O
SEMANÁRIO
FUNDADOR: José Barão I DIRETOR: Fernando Reis
Eleições para a Federação Socialista
António Eusébio apresentou a sua recandidatura
P4
Comboios modernos e mais rápidos a partir de 2019 P5
Orçamento participativo "ultrapassa expectativas" em Alcoutim
quinta-feira
DE I
MAIOR
EXP ANSÃO EXPANSÃO
14 de agosto de 2014 I ANO LVII - N.º 2994
I
Preço 1,10
DO
PORTE PAGO - TAXA PAGA
www.jornaldoalgarve.pt
UNIVERSIDADE DO ALGARVE APOSTA EM “BOLSAS DE EXCELÊNCIA” PARA FIXAR ESTUDANTES NA REGIÃO
Empresas pagam um ano de propinas aos melhores alunos Ser bom aluno compensa. E pode render quase mil euros. A Universidade do Algarve vai fazer parceria com cerca de 30 empresas da região para voltar a dar um ano sem propinas aos estudantes que a escolham, através da oferta de “bolsas de excelência”. O objetivo é fixar os melhores alunos na região, num período em que cada vez estudantes abandonam o ensino superior devido às dificuldades económicas
P 10
PROPOSTA DA CÂMARA ESTÁ A CAUSAR POLÉMICA EM OLHÃO
Plano prevê demolições na zona histórica
P8
FATACIL ARRANCA SEXTA-FEIRA NA CIDADE DE LAGOA
35 anos atraindo multidões e a mostrar o melhor do Algarve
Faro entre 27 e 30
Festival de curtas recebeu 2114 filmes a concurso P 13
Lídia Jorge apresenta poeta e embaixador Luís Castro Mendes
ALGAR VE ALGARVE
O plano de pormenor da zona histórica de Olhão, que vai custar cerca de 12 milhões de euros, prevê a demolição de vários edifícios. Neste momento, o plano aguarda apenas a aprovação da câmara municipal para entrar no período de discussão pública, que promete ser bem intenso. O executivo argumenta que pretende dar “maior vivacidade” às ruas estreitas da zona histórica da cidade. Mas, para alguns moradores, este plano vai descaracterizar o núcleo antigo de Olhão
P 15
RADIS Dr. Jorge Pereira
Agora com TAC - Rx - Ecografia - Mamografia RX Panorâmico Dentário Acordos - Convenções ADSE - SAMS - CGD - PSP - CTT - TELECOM - ADMFA ADMG - MÚTUA PESCADORES - MEDIS SAMS QUADROS - MULTICARE Rua Aug. Carlos Palma n.º 71 r/c e 1.º Esq. - Tel. 281 322 606 em frente à farmácia do Montepio (Tavira)
P7
Com o lema “2014 – a melhor de sempre”, a Fatacil aposta forte nesta edição em que completa 35 anos. Entre os dias 15 e 24 de agosto, cerca de 800 expositores mostram quase de tudo no parque de feiras e exposições de Lagoa. Do artesanato ao comércio, passando pela agropecuária e o turismo, sem esquecer os grandes espetáculos musicais, o evento volta a misturar na perfeição negócios com prazer. A diversificação é o segredo do sucesso desta feira, que tem como grande objetivo a promoção dos produtos de excelência do Algarve
P 11
www.jornaldoalgarve.pt
REDACÇÃO/ADMINISTRAÇÃO/PUBLICIDADE Tels. 281511955/6/7 - Fax 281511958 e-mail: jornaldoalgarve@gmail.com; ja.portimao@gmail.com Rua Jornal do Algarve, 46 - Apartado 23 8900-315 VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO
CASTRO MARIM
Edifício multifuncional em fase final de construção Está quase terminada a obra do Edifício Multifuncional de Empresas de Castro Marim. Localizado no centro histórico da vila de Castro Marim, este edifício destina-se a “apoiar a constituição de empresas que pretendam iniciar ou dinamizar a sua atividade, tendo por objetivo a incrementação do tecido económico local”, adianta a autarquia. “Dotado de autonomia funcional e orgânica, vai intervir ao nível da promoção e consolidação de novas empresas, com projetos viáveis do ponto de vista técnico, económico e financeiro e geradoras de desenvolvimento nas áreas social, económica e tecnológica na sub-região do Baixo Guadiana”. Segundo o presidente Francisco Amaral, “este edifício vai criar as condições favoráveis para o crescimento da iniciativa privada”. “Os riscos habitualmente associados à criação e desenvolvimento de um projeto empresarial vão diminuir significativamente”, realça o autarca. O edifício multifuncional de dois pisos, com espaço para nove empresas, distribuídos por uma área de 324 m2, cujo investimento ronda os quatrocentos mil euros, está a ser construído com materiais característicos da região, terá uma cobertura que respeita as técnicas milenares da arquitetura vernacular do Gharb-al-Andalus e estará concluído no final de setembro. A obra é cofinanciada por fundos europeus (FEDER), Programa de Cooperação Transfronteiriça Portugal-Espanha.
Novo hostel inaugura em edifício centenário de Faro Situado no coração da cidade de Faro, junto à zona de diversão noturna e à antiga mouraria, o 1878 Hostel recuperou um edifício urbano apalaçado, património classificado e que data do século XIX. Desde então até esta parte, as suas paredes já acolheram uma escola primária e a sua última utilização foi a Instituição de Proteção às Raparigas. Concluída a sua mais recente reabilitação, o novo hostel – o maior de Faro em termos de capacidade – foi inaugurado no fim de semana. O edifício mantém a traça original da sua fachada. Mas a história centenária também ficou preservada em detalhes interiores, como os gradeamentos de motivo floral, as arcadas de pedra e alguns conjuntos de azulejaria. Dispõe de 74 camas, distribuídas por oito dormitórios (um feminino e sete mistos), mais dois quartos duplos e duas suites. Disponibilizando gratuitamente internet wi-fi, cacifo individual, ar condicionado, toalha de banho e iluminação de leitura (por cama), os quartos possuem um elevado pé-direito e teto reconstruído em madeira. “O novo hostel vocaciona a sua oferta para jovens ativos e que procuram mais do que relaxamento para as suas férias. É por isso que, para além de aproveitar a proximidade com as esplanadas e restaurantes mais frequentados, o 1878 Hostel dinamiza uma série de atividades acompanhadas pelos anfitriões que visam a integração do hóspede nos espaços da cidade e no life&style regional”, frisam os responsáveis, salientando que a ideia é “(re)descobrir o misticismo árabe de Faro, a ruralidade do barrocal e a natureza da Ria Formosa”.
JA COLABORA NA RECICLA ECICLAGEM GEM O Jornal do Algar Algarvve está a colaborar na reciclagem de papel, reutilizando e utilizando sobras. Desta fforma orma pre ores prettendemos sensibilizar os nossos leit leitores para a luta contra o plástico (utilizado por div er sos jornais e re vistas diver ersos revistas na eexpedição xpedição por correio) e para a necessidade de se def ender o meio ambient e. defender ambiente.
GRUPO PARLAMENTAR DO PCP QUESTIONA MINISTRO DA ECONOMIA
Exportação de sal tradicional dificultada por falta de apoios O grupo parlamentar do PCP questionou, recentemente, o Ministério da Economia sobre as medidas implementadas ou a implementar para apoiar a produção de sal marinho no Algarve e noutras regiões do país. Segundo os comunistas, “existem sérios constrangimentos ao desenvolvimento do setor de produção de sal marinho, relacionados com o escoamento para o mercado nacional”. “Efetivamente, as grandes superfícies comerciais, que controlam grande parte do mercado nacional, praticam uma inaceitável política de esmagamento de preços, diminuindo as margens de lucro dos produtores para valores incomportáveis que impedem o investimento na expansão e modernização do setor e até podem colocar em risco a sua própria sobrevivência”, denuncia o PCP, alertando para o perigo que a “ditadura” das grandes superfícies representa para a sustentabilidade da produção nacional. “Exige-se que o Governo adote medidas que ponham fim a práticas abusivas por parte das grandes superfícies comerciais”, sublinham os deputados. A solução encontrada pelos produtores de sal marinho algarvios para contornar esta situação tem sido a canalização de parte da produção para a exportação. “Contudo, apesar de o sal marinho regional, assim como a flor de sal serem muito apreciados noutros países devido à sua elevada qualidade, o incremento das ex-
portações é dificultado pela ausência de uma política governamental consistente de apoio à exportação de produtos nacionais”, lamenta o PCP, exigindo também aqui uma intervenção do Governo na divulgação e promoção do sal marinho nacional nos mercados externos.
“Existe um significativo potencial de expansão” Estas questões foram dirigidas ao Ministério da Economia após uma delegação do PCP ter reunido com diversas entidades ligadas à produção de sal marinho na região. No final, os responsáveis realçaram que o Algarve apresenta condições “muito favoráveis” para a produção de sal marinho, tendo sido responsá-
vel, em 2013, por cerca de 95% da produção nacional (86.545 das 91.282 toneladas produzidas no país). “Apesar de a maior parte do sal marinho ser produzido por métodos industriais, o sal marinho artesanal tem vindo a ganhar expressão, em resultado da recuperação de salinas tradicionais na Ria Formosa e na Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António”, adiantam. Assim, os responsáveis salientam que “existe um significativo potencial de expansão desta atividade produtiva na região algarvia”, sendo de esperar que diversas salinas que foram abandonadas no passado (principalmente nos anos 70), possam ser recuperadas, aumentando significativamen-
te a área de produção. “Apesar de estas salinas se encontrarem em áreas protegidas (Ria Formosa e Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António), a sua reativação não colide, de forma alguma, com a conservação da natureza e a defesa da biodiversidade. Pelo contrário, tal como nos foi garantido por responsáveis da Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António, as salinas, embora sejam um habitat artificial, constituem verdadeiros santuários de biodiversidade, permitindo um equilíbrio notável entre o aproveitamento económico de um recurso e a conservação de valores naturais”, concluem os deputados do PCP.
Assembleia municipal aprova “Loulé Solidário” Depois da câmara, foi a vez da assembleia municipal de Loulé aprovar o regulamento municipal 'Loulé Solidário'. Tratase de um instrumento que a autarquia louletana pretende utilizar para “apoiar as famílias que atravessam maiores dificuldades económicas, visando uma melhoria no combate ao enorme flagelo social, que se tem vindo a abater sobre as pessoas e as famílias, cujo sofrimento, quer pela via do desemprego, quer pela redução dos seus rendimentos, que lhes foram impostos pelas políticas de austeridade governamental, as tem prejudicado substancialmente”. A candidatura aos apoios deverá efetuar-se presencialmente na Divisão de Intervenção Social e Voluntariado da Câmara , com a apresentação de documentação que comprove o valor
da renda e do rendimento, a inexistência de bens imóveis alternativos e as despesas elegíveis. As candidaturas serão posteriormente analisadas por técnicos dos serviços. “A avaliação das candidaturas pressupõe uma prévia articulação com a rede social do município, de forma a garantir a inexistência de duplicação de respostas”, adiantam os responsáveis. Refira-se que o montante a atribuir a título de apoio económico previsto neste regulamento constam das grandes opções do plano e as verbas são inscritas no orçamento anual da Câmara Municipal de Loulé. “A criação de políticas de apoio às famílias foi uma das prioridades do atual executivo durante a campanhae que começa a ganhar forma com medidas concretas”, conclui a câmara.