Jornal do Algarve

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O

SEMANÁRIO

FUNDADOR: José Barão I DIRETOR: Fernando Reis

Utentes prometem mais ações contra portagens P4

DE

MAIOR

EXP ANSÃO EXPANSÃO

quinta-feira I 15 de dezembro de 2016 I ANO LX - N.º 3116

I

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DO

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Todos os detalhes do negócio entre Governo e britânicos

P 11

Associação Algfuturo faz radiografia do ano 2016 P6

Milhares de crianças aprendem a comer saudavelmente

Algarve vai explorar petróleo?! Revelação chegará em 2017 O próximo ano vai ser crucial no que toca aos planos das petrolíferas para explorar petróleo e gás no Algarve. Tudo está dependente do preço do petróleo, mas também da posição do Governo e do alcance dos protestos da população e autarcas. Ameaça ou oportunidade de desenvolvimento? Só o futuro o dirá

P7

"Purobranco" é o novo espaço para casamentos e eventos P8

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GALARDÕES FORAM ENTREGUES NA ÚLTIMA SEMANA

Alcoutim, Castro Marim e VRSA são autarquias amigas das famílias Este ano foram distinguidas 58 autarquias em todo o país, três das quais do Algarve. Alcoutim recebeu o galardão pela primeira vez, Vila Real de Santo António já vai no oitavo ano consecutivo e Castro Marim já foi distinguido quatro vezes apoiado centenas de agregados familiares no concelho”. A atribuição gratuita de livros escolares a todos os alunos do primeiro ciclo, residentes ou a estudar no concelho, e o Programa Cuidar, através do qual já foram realizadas 300 cirurgias e mais de 5000 consultas oftalmológicas, são algumas das ações que contribuíram para que o município de VRSA continue a destacar-se a nível nacional.

> DOMINGOS VIEGAS As câmaras municipais de Alcoutim, Castro Marim e Vila Real de Santo António são as três do Algarve galardoadas este ano com a Bandeira Verde que as distingue como “Autarquia + Familiarmente Responsável”, um prémio atribuído pelo Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis (OAFR). Através desta iniciativa, o OAFR dá visibilidade, pelo oitavo ano consecutivo, às boas práticas municipais de política de família existentes no país. Nesta oitava edição foram distinguidos em todo o país 58 autarquias, mais 16 do que no ano anterior. A prestação das autarquias foi avaliada através de um inquérito realizado a nível nacional, cuja participação é voluntária, onde foram analisadas as políticas de família em dez áreas de atuação: apoio à maternidade e paternidade; apoio às famílias com necessidades especiais; serviços básicos; apoio à educação e formação; habitação e urbanismo; transportes; saúde; cultura, desporto, lazer e tempo livre; cooperação, relações institucionais e participação social. Foram ainda analisadas as boas práticas das autarquias para com os seus funcionários autárquicos em matéria de conciliação entre trabalho e família. As Bandeiras Verdes, símbolo desta distinção, foram entregues no passado dia 07, numa cerimónia realizada no Auditório da Fundação para os Estudos e Formação Autárquica (Fundação CEFA), em Coimbra.

Alcoutim estreia-se Alcoutim recebeu o galardão pela primeira vez e, de acordo com o edil Osvaldo dos Santos

Castro Marim soma quatro galardões

Alcoutim recebeu o galardão pela primeira vez. Na imagem Osvaldo dos Santos Gonçalves (ao centro)

Gonçalves, esta distinção “constitui um reconhecimento do trabalho efetuado em prol dos alcoutenejos e o resultado das estratégias, opções e políticas sociais que têm sido implementadas e desenvolvidas nos últimos anos.” A distinção “é resultado da aposta do município numa estratégia de ação centrada nas pessoas e para as pessoas, assente na relação de proximidade com as famílias e na concretização de respostas eficazes para as suas problemáticas”,

acrescenta Osvaldo Gonçalves.

VRSA faz o pleno Vila Real de Santo António recebeu o prémio pelo oitavo ano consecutivo, o que significa que este município tem sido galardoado desde a primeira edição da iniciativa. Para o presidente da autarquia vila-realense, Luís Gomes, este galardão “distingue o já longo e contínuo trabalho desenvolvido em matéria de auxílios e políticas sociais, muitas delas pioneiras, que têm servido como exemplo de boas práticas e

Por seu turno, Castro Marim recebeu o galardão pelo quarto ano consecutivo. O presidente da autarquia, Francisco Amaral, considera que a distinção reconhece aquilo que tem assumido desde que que tomou posse: “o compromisso de continuar a ter o bem-estar e a qualidade de vida das famílias como prioridade”. Entre as políticas que contribuíram para a atribuição do galardão a Castro Marim destaca-se o primeiro programa municipal de combate à obesidade e o programa de cessação tabágica, bem como obras em habitações e pagamento de rendas a famílias carenciadas, isenção do pagamento do projeto de obras e das taxas urbanísticas, habitação social, atribuição de bolsas de estudo, manuais escolares e transporte escolar gratuito ou a pioneira Unidade Móvel de Saúde, com atendimento médico. Castro Marim e Vila Real de Santo António receberam a denominada Bandeira com Palma, atribuída pela OAFR aos municípios que alcançaram aquele galardão por três ou mais anos consecutivos, reconhecendo desta forma a continuidade na implementação das iniciativas e medidas sociais.

DÚVIDAS EM RELAÇÃO À EFICIÊNCIA DA GESTÃO DO CENTRO HOSPITALAR DO ALGARVE

Partidos pressionam Governo por causa da saúde na região Os problemas (antigos) na área da saúde sentidos na região algarvia continuam na ordem do dia. Os partidos da direita e da esquerda estão a pressionar o Governo para encontrar soluções urgentes, estando mesmo em cima da mesa o fim do Centro Hospitalar do Algarve (CHA), tal como o JA adiantou na última edição. Para o PSD Algarve, “o SNS no Algarve encontra-se à beira do caos”. Os sociais-democratas recorrem aos dados oficiais para denunciar que, “na quase totalidade dos parâmetros de medição dos cuidados de saúde prestados pelo Centro Hospitalar do Algarve (CHA), o mesmo tem vindo continuadamente a registar um decréscimo da sua oferta assistencial, tendo em 2016 atingido o seu patamar mais baixo”. Estes dados indicam que o Algarve tem “o segundo mais alto índice de mortalidade dos 40 hospitais do país (8,2) e o pior índice de demora média do país (9,3)”, assim como “uma das piores percentagens de reinternamento no prazo de 30 dias (4,0) e uma redução de 9,6 % de cirurgias programadas”.

O PSD Algarve diz ainda que não aceitará que o atual modelo de gestão dos hospitais algarvios (CHA) seja apresentado como “a razão do falhanço desse desiderato”. Segundo os sociais-democratas, a extinção do CHA “ainda que possa, eventualmente, atenuar alguns estrangulamentos, não irá determinar a existência de mais médicos, mais enfermeiros e melhores condições de trabalho para todos os profissionais de saúde”.

Dúvidas sobre eficiência do centro hospitalar Por seu lado, o CDS quer ver o estudo sobre a separação do CHA, mandado efetuar pela ARS Algarve. O pedido surgiu depois do anúncio que a ARS está a concluir um estudo relativo à eventual separação dos hospitais de Faro e Portimão, atual Centro Hospitalar do Algarve. “Alegadamente, o estudo em questão apontará para a continuidade do modelo conjunto dos hospitais de Lagos e de Portimão e a cisão entre estes e o hospital de Faro.” Assim, o grupo parlamentar do CDS-PP pretende consultar o estudo para verificar a

eficiência da gestão do centro hospitalar algarvio e dos cuidados de saúde nele prestados. Também o BE questionou o Governo sobre as dificuldades no hospital de Portimão, nomeadamente “a falta de médicos, enfermeiros e pessoal auxilia”, apelando ao executivo para que tome medidas para colmatar esta carência. Já o PCP denunciou “a situação de precariedade laboral de cerca de uma centena de profissionais dos centros e extensões de saúde do Algarve, sobretudo assistentes técnicos e assistentes operacionais”, que são mantidos com contratos a prazo. O grupo parlamentar do PCP pretende que esta situação seja regularizada. Recorde-se que, na semana passada, o ministro da Saúde admitiu que algo não está bem no CHA, que resultou da fusão das unidades hospitalares de Faro, Portimão e Lagos, em 2013. A solução que o governo está a ponderar passa pela separação do Centro Hospitalar do Algarve.


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