Jornal do Algarve

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SEMANÁRIO

FUNDADOR: José Barão I DIRETOR: Fernando Reis

quinta-feira

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21 de julho de 2016 I ANO LX - N.º 3095

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Detetadas falhas na assistência a paciente que morreu com AVC

Auditoria do Tribunal de Contas aponta o dedo ao Hospital de Faro e ao INEM. Relatório fala de falhas na triagem, má referenciação, tempo "excessivo" de espera e "incapacidade de pronta mobilização de meios para o transporte do doente". São ainda apontadas "falhas graves" ao inquérito realizado posteriormente pelo Hospital de Faro e que deveria ter servido para apurar responsabilidades

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IRREGULARIDADES NA CÂMARA DE SILVES

Tribunal de Contas obriga ex-autarcas a devolver dinheiro Os dois anteriores presidentes da Câmara de Silves, Isabel Soares e Rogério Pinto (ambos do PSD), poderão ter que devolver 669 mil euros aos cofres municipais. O caso "Viga d'Ouro" já tem mais de uma década, mas só agora o Tribunal de Contas confirmou a existência de "irregularidades" nas contas da autarquia, devido aos contratos celebrados com uma empresa de construção. A atual presidente da autarquia, Rosa Palma (CDU), diz que vai "despoletar todas as ações necessárias à defesa do erário público e à efetivação de responsabilidades de eleitos locais" neste processo

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Turismo:

Vila Real de Sto. António:

Tavira:

Trabalhadores da hotelaria exigem aumento de salários

Câmara nega favorecimento na atribuição de jazigos

Ministro inaugura requalificações ribeirinhas

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Mortes superam nascimentos há cinco anos consecutivos

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JA COLABORA NA RECICLA GEM ECICLAGEM O Jornal do Algar Algarvve está a colaborar na reciclagem de papel, reutilizando e utilizando sobras. Desta fforma orma pre ores prettendemos sensibilizar os nossos leit leitores para a luta contra o plástico (utilizado por div er sos jornais e re vistas diver ersos revistas na eexpedição xpedição por correio) e para a necessidade de se def ender o meio ambient e. defender ambiente.

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ORDEM DOS MÉDICOS PEDE SOLUÇÕES AO GOVERNO

Escassez de médicos é cada vez "mais aguda" A Ordem dos Médicos afirma que "a saúde no Algarve continua instável" e que existem poucos médicos devido "às recentes más políticas de saúde". Segundo a OM, as especialidades hospitalares com maior carência são a anestesiologia, ortopedia e ginecologia/obstetrícia A crónica escassez de recursos humanos na região algarvia “não radica na falta de médicos, mas sim na desvalorização do trabalho médico no Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, afirma a Ordem dos Médicos (OM). Num comunicado enviado esta semana à nossa redação, com o título “saúde no Algarve continua instável”, a OM pede ao Governo formas de resolver este problema. “É bem conhecida desde há muito a carência de médicos no Algarve, fruto das recentes más políticas de saúde, quer na medicina geral e familiar, quer nas especialidades hospitalares”, realça aquele organismo. No entanto, a Ordem acentua que essa falta de médicos “verifica-se de uma forma mais aguda” em algumas especialidades, nomeadamente na

anestesia, ortopedia e ginecologia/ /obstetrícia, “resultado do abandono do SNS por um elevado número de médicos”. Estes problemas são mais visíveis e tornam-se mais graves durante o período de verão, quando a população triplica devido à chegada de milhares de turistas, inundando muitas vezes os serviços de saúde, com particular gravidade no caso das urgências hospitalares. Para piorar a situação, os concursos abertos para preencher as vagas não têm tido grande adesão dos médicos e ficam por preencher ano após ano. Esta reação da OM surge dias após o Ministério da Saúde ter deslocado três médicos de Bragança para a área do Algarve (de julho a setembro), ao mesmo tempo que

criou um concurso com vista à contratação de clínicos para as especialidades com “comprovada carência” daquela região.

Comentários provocam polémica Entretanto, a Ordem dos Médicos refere-se ao caso da substituição da diretora de Serviço de Neurocirurgia do Centro Hospitalar do Algarve (CHA), Alexandra Adams, no início de julho, criticando a administração pelos “inesperados e inusitados comentários sobre a sua competência

MEDALHA DE HONRA DO MUNICÍPIO

Presidente condecora Lídia Jorge em Loulé O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, está esta quinta-feira em Loulé para presidir à cerimónia de entrega da Medalha de Honra do Município de Loulé à escritora Lídia Jorge. A referida cerimónia realiza-se a partir das 18h00 no Cine-Teatro Louletano. Trata-se da mais importante distinção que a autarquia louletana atribui aos seus cidadãos. Lídia Jorge não pôde estar presente na Cerimónia dos Agraciados, que decorreu no Dia do Município de Loulé (05 de maio), e a entrega da referida Medalha de Honra foi adiada para esta quinta-feira.

técnico-profissional”, referidos na carta de demissão da própria. “Não é admissível que qualquer conselho de administração e um qualquer administrador ponham em causa a competência técnico-profissional de um médico sem que haja sequer um processo de averiguações que o prove”, reage a OM. Também os diretores de departamento e diretores de serviço se manifestaram, numa onda de protestos, solidarizando-se com Alexandra Adams, pelo facto de “o seu trabalho ser reconhecido como de gran-

de competência técnica em prol da neurocirurgia do Algarve”. A OM, através do conselho distrital do Algarve/Conselho Regional Sul e do seu basto-nário, expressa solidariedade para com a profissional, reconhecendo o “excelente trabalho como neuro-cirurgiã em prol dos doentes algarvios, e recomendando ao conselho de administração do CHA o investimento em formação para melhorar competências a nível de gestão de recursos humanos altamente diferenciados”. N.C.

Almargem aponta "graves incorreções" no POC Odeceixe-Vilamoura A associação Almargem considera que o Programa da Orla Costeira Odeceixe-Vilamoura (POCOV), cujo período de discussão pública terminou na passada terça-feira, está “ferido de graves incorreções, contradições e ambiguidades”. Por isso, a associação de defesa do ambiente e património propõe que o programa não seja aprovado tal como foi apresentado à discussão pública, propondo em alternativa que o mesmo seja alvo de “um processo de revisão aprofundado e plenamente participado”. A Almargem critica a “muita falta de clareza na demarcação das diferentes classes de espaços, com omissão ou desvio incompreensíveis das faixas de salvaguarda em inúmeros locais”, além do “tratamento pormenorizado de algumas zonas de praia, em contraste com outras zonas de praia e com a maioria da restante orla costeira, onde o zonamento se torna difícil de perceber”. Por outro lado, a associação critica o facto de o POCOV propor a demolição de construções situadas

em faixas de salvaguarda, “ignorando completamente o facto de que, para muitas outras construções nas mesmas condições, não se prevê qualquer tipo de intervenção”. Entre o rol de críticas da Almargem está ainda a “persistência na defesa dos processos de alimentação artificial de praias como instrumento básico de gestão da orla costeira”, bem como a “incapacidade de reconhecer o crime perpetrado em 2015, na Praia de Dona Ana (Lagos), sem comentar criticamente a intervenção nem apresentar uma proposta de reversão da situação através da demolição do dique ilegal então aí construído”. Refira-se que estes programas especiais, onde se integram os Programas de Orla Costeira (POC), prevalecem sobre os planos territoriais de âmbito intermunicipal e municipal. Isto leva a Almargem a afirmar que “os interesses públicos surgem no POCOV muitas vezes subalternizados relativamente aos interesses privados”.


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