Jornal do Algarver

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O

SEMANÁRIO

FUNDADOR: José Barão I DIRETOR: Fernando Reis

quinta-feira

DE I

MAIOR

EXP ANSÃO EXPANSÃO

29 de outubro de 2015 I ANO LVIII - N.º 3057

I

Preço 1,10

DO

ALGAR VE ALGARVE

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NEGOCIAÇÕES NA HOTELARIA E RESTAURAÇÃO ADIADAS PARA NOVEMBRO

NESTE NÚMERO

Patrões e sindicato não se entendem Acordo para aumento dos salários estabelecido no início deste ano ainda não foi cumprido. A direção da AHISA explica que as novas tabelas só serão publicadas com o resto do contrato coletivo de trabalho, que ainda não está acertado. Os empresários do setor exigem mais contrapartidas. Sindicato considera que estas repesentam "retirar direitos arduamente conquistados"

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Francisco Martins promete melhorias para o mercado de Lagoa

Reitor da UAlg:

As instituições devem estar ao lado dos refugiados

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Algarvios distinguidos na Gala do Desporto de Ayamonte

Volta ao Algarve termina no Malhão e terá etapa na Fóia P 20

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RADIS Dr. Jorge Pereira

Guadiana já está balizado até Alcoutim Falta dragar algumas zonas para concluir a última fase do desassoreamento

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REDACÇÃO/ADMINISTRAÇÃO/PUBLICIDADE Tels. 281511955/6/7 - Fax 281511958 e-mail: jornaldoalgarve@gmail.com; ja.portimao@gmail.com Rua Jornal do Algarve, 46 - Apartado 23 8900-315 VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO

JA COLABORA NA RECICLA GEM ECICLAGEM O Jornal do Algar Algarvve está a colaborar na reciclagem de papel, reutilizando e utilizando sobras. Desta fforma orma pre ores prettendemos sensibilizar os nossos leit leitores para a luta contra o plástico (utilizado por div er sos jornais e re vistas diver ersos revistas na eexpedição xpedição por correio) e para a necessidade de se def ender o meio ambient e. defender ambiente.

Luís Gomes integra Assembleia Regional e Local do Euromed

EDITORIAL Fernando Reis

Do jornalismo ideal ao jornalismo possível Respondendo ao repto lançado na última edição pelo nosso dedicado colaborador e querido amigo Carlos Albino, que como ele próprio lembra, não é novo, estamos completamente recetivos à ideia e prometemos levá-la à prática. Efetivamente, de um modo geral, o que jornais costumam fazer, incluindo o nosso, é limitarem-se a reproduzir, de quando em quando, as notas de imprensa que os nosso deputados nos fazem chegar, em vez de ser o jornal, como mandam as regras do verdadeiro jornalismo a ir em busca da notícia. Aliás, caro Carlos Albino, como sabes, isto não acontece apenas com as matérias parlamentares, mas também com as notas de imprensa que, em catadupa, as autarquias e muitas outras entidades públicas e privadas fazem chegar diariamente às redações dos jornais. O Jornal do Algarve, como certamente outros órgãos regionais, tem perfeita consciência que os conteúdos de um jornal têm que ir muito para além da mera reprodução dessas notas e, por isso, luta contra essa tendência instalada. Mas, infelizmente, a cada vez maior quebra de receitas publicitárias, que não é apenas um reflexo da crise económica que vivemos, mas também, e muito, das políticas que têm vindo a estrangular a comunicação social regional, ignorando o seu importante papel de serviço público, de reforço dos laços da nossa região com a comunidade algarvia espalhada pelo país e pelo mundo e de valorização da língua e da cultura portuguesas, não nos permite concretizar esse desiderato. O que significa que à nossa vontade de fazer, de uma forma sistemática, esse jornalismo de pesquisa e tratamento da informação, se sobrepõem a falta desses apoios que se refletem, naturalmente, em sérias dificuldades materiais e humanas para fazer esse trabalho. Ainda assim, fazemos o suficiente para que o Jornal do Algarve continue a ser uma referência no panorama da imprensa regional, através de um jornalismo sério, rigoroso e responsável. Já o temos dito repetidas vezes e voltamos a reafirmá-lo hoje, uma Região como o Algarve ou melhor muitos dos que, quer sejam empresas, instituições ou particulares têm defendido a autonomia administrativa do Algarve como um fator de progresso, acabam, contraditoriamente, por voltar as costas àquilo que o Algarve tem de melhor, preferindo o que vem de fora. E isto acontece com os nossos artistas, com os nossos poetas, com os nossos escritores, com os nossos produtos e, obviamente, também com os nossos jornais. Muitas das empresas sediadas no Algarve, da agricultura às pescas, passando pelo ensino, pela saúde ou pela indústria, apenas querem que os jornais sirvam, de forma gratuita, de veículos informativos para a sua promoção, negando quase sempre e em qualquer circunstância, investir um cêntimo que seja em publicidade. E verdade seja dita, salvo uma ou outra exceção, não fora o apoio publicitário das autarquias locais e a imprensa algarvia estaria hoje reduzida a zero. Para não falarmos também da falta de compreensão de muitos dos nossos assinantes, que persistem em não compreender que para receberem o Jornal do Algarve semanalmente em suas casas, temos que pagar 60% do custo desse envio, pontualmente, aos CTT. Esta é a realidade, nua e crua, amigo Carlos Albino. No entanto, seja como for, vamos tentar abraçar o teu desafio, no quadro destas limitações que, como sabes – já temos falado muito sobre elas - são muitas.

Primeira reunião debateu migrações e soluções para aumentar as oportunidades de emprego jovem O presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, Luís Gomes, integrou, esta segunda-feira, a Comissão para o Desenvolvimento Sustentável do Território, um organismo da Assembleia Regional e Local Euro-Mediterrânica (Arlem). As migrações e a crise do mediterrâneo foram alguns dos assuntos em debate na primeira reunião da assembleia, nomeadamente a necessidade de ampliar a cooperação transfronteiriça e de criar novas perspetivas sobre as relações de “vizinhança” no sul da Europa. “Mais do que um novo cenário político e económico, as transformações operadas, nos últimos anos, na faixa do Mediterrâneo, deverão ser observadas como um desafio para estender os laços de colaboração económica e social, nomeadamente no que se refere à qualificação de recursos humanos e às múltiplas potencialidades trazidas pela economia do mar”, considera Luís Gomes, que é também membro do Comité das Regiões da União Europeia. A Euromed propôs ainda a aplicação dos fundos estruturais nas regiões mais desfavorecidas do Mediterrâneo, de forma a ampliar a sua competitividade e promover o incremento do emprego, tendo por base as metas regionais e locais de cada um dos países e os objetivos da

Agenda Europeia 2020. “Com estas medidas, estão traçadas as bases para fortalecer as estratégias de acolhimento dos países do sul da Europa, envolvendo os governos locais, o setor privado e a sociedade civil. Da mesma forma, é promovida a construção de uma justiça social nos países do mediterrâneo onde os fluxos migratórios têm gerado progressivas transformações económicas e sociais”, refere Luís Gomes. A Arlem foi fundada em 2010 pelo Comité das Regiões da União Europeia e

tem como missão cimentar o diálogo entre os representantes locais e regionais das políticas europeias e o mediterrâneo, aproximando as fronteiras da União Europeia e as autoridades dos países banhados pelo mediterrâneo. A assembleia é composta por 80 membros e está equitativamente repartida por 15 representantes do Mediterrâneo (da qual fazem parte países como Marrocos, Tunísia e Argélia), pela União Europeia e por um conjunto parceiros, associações e instituições corporativas.

FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA DE TURISMO

Melhor filme de turismo de natureza é algarvio A natureza algarvia foi premiada no Festival Internacional de Cinema de Turismo Art&Tur 2015. Os vencedores foram conhecidos este fim de semana, em Vila Nova de Gaia, numa cerimónia com a participação de mais de 150 convidados de todo o mundo. O vídeo promocional da Algarve Nature Week, evento que este ano juntou milhares de turistas e algarvios em torno de várias atividades ao ar livre na região, foi eleito o melhor filme português do festival na categoria de “Turismo Rural e de Natureza”. O filme distinguido foi um trabalho da produtora algarvia Margem Produções para a Região de Turismo do Algarve e contou com direção e argumento de João Viegas e

direção de fotografia e edição de Pedro Matos. Cada filme inscrito no festival ART&TUR, um dos mais prestigiados a nível mundial, é

submetido a vários processos de seleção pelos diferentes membros do júri e é avaliado de forma independente em seis critérios, da temática até

à produção. A oitava edição teve a participação recorde de 256 filmes turísticos, competindo em 15 categorias temáticas.


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