Jornal do Algarve

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O

SEMANÁRIO

FUNDADOR: José Barão I DIRETOR: Fernando Reis

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quinta-feira I 8 de junho de 2017 I ANO LXI - N.º 3141

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AUTARQUIA FARENSE APRESENTA PLANO DE RENOVAÇÃO URBANA AMBICIOSO

Antiga zona industrial dá lugar a "espaço com dimensão internacional" Um centro de investigação, um aquário, um centro de congressos, uma incubadora de empresas, uma marina, três hotéis e vários espaços comerciais e de restauração. Esta é a aposta da Câmara de Faro e do Centro de Ciências do Mar do Algarve para uma zona nobre da cidade, mas que estava há muito esquecida P 10

INVESTIMENTO DE 200 MILHÕES DE EUROS NO INTERIOR DE LOULÉ

Ambientalistas denunciam pressões para aprovar empreendimento A associação ambientalista Almargem denuncia uma "nova vaga de pressões" para aprovar um projeto em Vale do Freixo, que prevê a construção de dois hotéis e oito aldeamentos turísticos, num total de 1.700 camas. Na semana passada, o promotor deste investimento de 200 milhões de euros ameaçou deixar os terrenos ao "abandono" caso o projeto não obtenha “luz verde” em breve

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Reforço policial não acompanha aumento da procura turística P3

Objetivo de "reduzir sinistralidade em 35%" está comprometido P4

P 12

Feira de artesanato:

Lagoa:

Uma "genuína viagem ao passado" em Alcoutim

Carvoeiro veste-se de preto e branco por uma noite P 13

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Investigador da Universidade do Algarve descobre nova espécie de planta A equipa coordenada por Mário Mendes, investigador do Centro de Investigação Marinha e Ambiental (CIMA) da Universidade do Algarve, descobriu recentemente uma nova espécie de esporo atribuível a fetos da família Anemiaceae. A nova espécie, designada com o nome científico Costatoperforosporites friisiae, até hoje, apenas foi identificada nas paleofloras portuguesas. “A descrição desta nova espécie, no âmbito de estudo que pretende compreender as condições paleoambientais que presidiram à radiação e desenvolvimento das angiospérmicas (plantas

Mário Mendes, “o estudo das plantas fósseis tem grande interesse paleoecológico, pois permite tirar ilações acerca da paleoclimatologia local e regional dessa época, designadamente no que se refere a anomalias de temperatura e de precipitação”. Desta forma, as plantas fósseis são um marco central para a compreensão da evolução dos ecossistemas terrestres através do tempo. com flor), constitui, sem dúvida, um excelente contributo para a ciência e para o avanço da paleobotânica no nosso país, já que esta área se

encontra ainda muito pouco explorada”, adianta em comunicado a universidade algarvia. Segundo o investigador

Compreender a evolução da vegetação até aos dias de hoje “Através do estudo da flora fóssil pode compreender-

se melhor a flora moderna”, realça o investigador, frisando que este conhecimento é uma mais-valia na medida em que “contribui para a formação de cidadãos informados e conhecedores de fenómenos naturais, sendo capazes de refletir criticamente sobre a evolução da vegetação do nosso planeta”. De referir ainda que a paleobotânica é economicamente importante no estudo de restos de vegetais fósseis indispensáveis, por exemplo, para pesquisa de matériasprimas energéticas, tais como, o petróleo ou o carvão vegetal.

Os resultados desta investigação, que tem suscitado grande interesse por parte de inúmeros investigadores de outros países, como França, Japão, Suécia, Alemanha e Espanha, foram recentemente publicados numa revista científica de circulação internacional indexada no ISI Web of Science. Para além do envolvimento da universidade algarvia, este projeto (CretaCarbo), financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), teve ainda como parceiros a Universidade de Coimbra e a Universidade Nova de Lisboa.

OCUPAÇÃO A 73% NO ÚLTIMO MÊS

SINDICATO E AGENTES DENUNCIAM “SITUAÇÃO GRAVE” EM FARO

Melhor maio nos últimos 17 anos para a hotelaria algarvia

"Formados para polícias e não empregados de limpeza nem jardineiros"

A taxa de ocupação na hotelaria algarvia em maio último foi de 73%. Foi o melhor registo desde o ano 2000 (74,9%), indicando que o setor continua em alta este ano Em maio de 2017, as unidades de alojamento do Algarve registaram uma das ocupações mais altas desde que se iniciaram os registos da Associação de Hotelaria e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), em 1996. A taxa de ocupação global média/quarto foi de 73%, o que representa uma subida de 4,4% em relação ao ano anterior. Segundo os dados provisórios da AHETA, os mercados que mais subiram em maio de 2017 foram o britânico (+12,9%), o irlandês (+15,5%) e o francês (+7,2%). Já o volume de vendas aumentou 14 por cento durante o mês, sendo que, em termos acumulados, desde o início do ano, “a taxa de ocupação quarto regista uma subida de 5,7%”. Por zonas geográficas, as maiores subidas ocorreram nas zonas de Tavira (+15,1%), Monte Gordo/VRSA (+5,5%) e Vilamoura/Quarteira/ /Quinta do Lago (+5,2%). Albufeira, a principal zona turística do Algarve, registou uma subida de 3,1%.

Elementos treinados pela Unidade Especial da Polícia estão a ser obrigados a proceder à limpeza das instalações em Faro, por falta de pessoal afeto a esse serviço. O sindicato independente descreve a situação como "completamente inaceitável" e "ridícula" O Sindicato Independente dos Agentes de Polícia (SIAP) exige uma “resolução imediata” para uma “situação grave”, que já foi denunciada no final de maio. O caso passa-se na Unidade Especial de Polícia (UEP) de Faro, onde o sindicato e um grupo de agentes (que recusa identificar-se por temer represálias) dizem que os elementos desta unidade policial estão a ser obrigados a proceder à limpeza das instalações e zonas envolventes, supostamente por falta de pessoas afetas a esses serviços. Numa carta dirigida ao diretor nacional da PSP, a que o JA teve acesso, Jorge Borges Prata, do SIAP, refere que “é completamente inaceitável que elementos policiais estejam a ser obrigados a tais tarefas”. “Os mesmos foram formados para serem polícias e não empregados de limpeza nem jardineiros. Para além do mais, neste caso, tratando-se de ele-

mentos especialmente treinados e formados pela Unidade Especial de Polícia, torna a situação ainda mais gravosa e ridícula”, lê-se no documento.

"Ordens altamente duvidosas" Já na última semana, o sindicato diz que a situação tem vindo a piorar, na medida em que “os elementos da UEP-Faro estão a ser convocados para reuniões” onde alegadamente sofrem pressões dos seus superiores. “Perante os factos graves que estão a decorrer, este sindicato

exige uma medida urgente da direção nacional da PSP perante ordens altamente duvidosas e considerando já a opinião do nosso gabinete jurídico, ilegais”, frisa Jorge Borges Prata. Contactado esta semana pelo JA, o comissão Casimiro Bernardes Rodrigues, adjunto do comandante da UEP-Faro, remeteu qualquer esclarecimento para o departamento de relações públicas da direção nacional da PSP, já que não está autorizado a prestar declarações sem autorização superior. N.C.


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