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SEMANÁRIO
FUNDADOR: José Barão I DIRETOR: Fernando Reis
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Protocolo foi assinado esta segunda-feira
Cais de acesso à Ilha de Tavira vai custar 2,5 milhões de euros P9
O Algarve mais rural (também) é uma maravilha
Paderne é a única finalista da região a nível nacional
Faro:
Governo incentiva médicos reformados a voltar a exercer P 24
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DO
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Em entrevista ao JA, o ciclista, natural de Vila Real de Santo António, revela que tem propostas para sair do país, mas prefere não entrar em detalhes, nem confirmar se são equipas do escalão World Tour
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Monchique ficou sem metade dos clínicos em julho
EXP ANSÃO EXPANSÃO
Amaro Antunes pode ser o próximo português na elite do ciclismo mundial
Mantém-se o suspense sobre a exploração de petróleo
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MAIOR
quinta-feira I 24 de agosto de 2017 I ANO LXI - N.º 3152
Protestos aguardam António Costa na visita ao Algarve
Festival F vai ter três noites de música e mais de 40 atuações na zona histórica
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ALMARGEM LAMENTA ATITUDE:
Promotores pressionam entidades para aprovação do Vale do Freixo Representante da United Investments em Portugal ameaça implementar o projeto noutro país se o presidente da Câmara de Loulé "não chegar rapidamente a um acordo com o ICNF"
RADIS Dr. Jorge Pereira
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LOULÉ:
MONCHIQUE FICOU SEM METADE DOS CLÍNICOS EM JULHO
Governo incentiva médicos The Gift entre os 40 espetáculos reformados a voltar a exercer dos quatro médicos do centro de saúde de Monchique passaram à reforma no passado mês de julho. da Noite Branca DoisA solução encontrada pelo Ministério da Saúde foi incentivar os médicos aposentados a voltarem a exercer No próximo sábado, 26 de agosto, pelas 20h06 (horário do pôr-do-sol), a cidade de Loulé irá vestir-se de branco para receber a festa oficial de despedida da animação de verão na região: Noite Branca Loulé – Algarve. Mais de 40 espetáculos de música e dezenas de 'performances' com mais de 250 animadores vão proporcionar um evento repleto de 'glamour', que se renova a cada edição e que, mais uma vez, promete surpreender os visitantes. The Gift são uma das apostas deste este ano para agitar a cidade. O grupo irá subir ao palco instalado junto ao Monumento Eng.º Duarte Pacheco para um espetáculo onde não vão faltar temas do seu mais recente trabalho, “Altar”, produzido por Bryan Eno, mas certamente irão recordar os êxitos de uma carreira com mais de duas décadas. A atuar em casa, a algarvia Viviane sobe ao palco da Noite Branca acompanhada por convidados que irão surpreender o público, enquanto que a radialista Ana Isabel Arroja, da Rádio Comercial, apresenta um DJ Set. Os projetos mais recentes da música nacional também têm lugar marcado neste programa: os Karetus, o duo que está a dar cartas na eletrónica; a cantora Kika, a nova aposta da pop portuguesa que entrou para a ribalta com apenas 16 anos; Benjamim, um dos pontas de lança da música indie em Portugal; Valas, a nova coqueluche do hip-hop; The Discotexas Band, que reúne Moulinex, Da Chick e Xinobi; os Octa Push (versão live) com os ritmos afro-eletrónicos; e os MGDRV, referência no circuito hiphop nacional. Em todos os cantos do centro da cidade a animação será uma constante, com propostas inovadoras e diferenciadoras nas áreas da ginástica, novo circo, malabarismo, espetáculos de fogo, entre outros. A programação completa da Noite Branca Loulé – Algarve 2017 só será divulgada no próprio dia já que o fator surpresa é uma das imagens de marca deste evento. Todas as propostas da Noite Branca são de entrada livre. Destaque ainda para o facto das lojas da cidade abrirem as suas portas durante esta noite, decoradas de branco, numa aposta na promoção do comércio e dinamização da economia local.
no mesmo local. Pelo menos, diz o Governo, enquanto as vagas não são preenchidas em futuros concursos > NUNO COUTO A população de Monchique ficou desde o passado mês de julho sem dois dos quatro médicos que trabalhavam na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP), que passaram à reforma. O pior é que um destes médicos “dava cobertura assistencial a todos os utentes das extensões de saúde de Alferce (215 utentes) e de Marmelete (564)”, como reconhece o próprio Ministério da Saúde. Um pouco mais tarde, no final de julho, há ainda mais uma história infeliz para contar: um médico – que tinha começado a trabalhar há menos de uma semana no centro de saúde de Monchique, através de uma empresa de prestação de serviços – morreu, momentos após ter chegado ao local de trabalho! Para colmatar a saída dos profissionais de saúde neste concelho, o Governo está a tentar contratar precisamente os dois médicos aposentados que exerciam as suas funções em Monchique até este verão. O ministério sublinha ainda que já encetou os necessários procedimentos para “a contemplação destas duas vagas em próximos concursos para especialistas de medicina geral e familiar”, considerando “a necessidade de manter o contexto de estabilidade assistencial” no concelho, mas tam-
Os dois médicos aposentados que exerciam em Monchique já terão manifestado o interesse em manterem-se ao serviço, salienta o Ministério da Saúde
bém “o manifesto interesse público e a necessidade premente das populações de Monchique, Alferce e Marmelete continuarem a usufruir de médico de família e acompanhamento de qualidade e proximidade”. O problema é que estas vagas ficam quase sempre por preencher nestes concursos e a situação arrasta-se há anos...!
Medidas de recurso para colmatar falta de médicos As explicações do Governo surgem em resposta à pergunta colocada, há cerca de um mês, pelo deputado Paulo Sá, do PCP. O parlamentar alertava para o facto de dois dos quatro clínicos do centro de saú-
de de Monchique terem já efetuado pedidos de passagem à reforma, “situação que exigia a tomada de medidas urgentes para garantir que todos os utentes do concelho de Monchique – incluindo os das extensões de saúde de Alferce e de Marmelete – continuariam a ter médico de família”. Na resposta ao grupo parlamentar do PCP, o Ministério da Saúde informou que os dois médicos aposentados que exerciam em Monchique “já manifestaram o interesse em manterem-se ao serviço, ao abrigo do dispositivo legal disponível para a contratação de médicos aposentados”. Ainda assim, o presidente da junta de freguesia de Alferce disse recentemente ao
deputado Paulo Sá que “a médica que efetuava serviço nesta extensão de saúde de Alferce já se desligou do serviço, estando de momento sem médico”. Já o Ministério da Saúde, após consultar a Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve, adiantou que já foram efetuados “reajustamentos nas agendas dos médicos existentes na UCSP de Monchique, assim como a alocação de horas médicas mediadas por prestação de serviços”, para garantir a devida assistência aos utentes. Além disso, o ministério frisa que na sede da UCSP existe “uma consulta de recurso todos os dias do ano” em funcionamento.
Marcelo promulga diploma que cria centro hospitalar e universitário O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou na passada quinta-feira, o diploma do Governo que altera a denominação do Centro Hospitalar do Algarve (CHA) para Centro Hospitalar e Universitário do Algarve (CHUA). Além desta alteração, o diploma procede ainda à transferência de atribuições da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve, relativas ao Centro de Medicina Física e de Reabilitação do Sul. Já no que respeita ao centro de medicina e reabilitação, localizado em São Brás de Alportel, a ARS salienta que, “ao proceder à transferência para o CHUA das competências da ARS Algarve relativas ao Centro de Medicina Física e de Reabilitação do Sul, vai reforçar as sinergias, garantir uma utilização mais eficiente dos recursos humanos e financeiros disponíveis
e obter ganhos de racionalidade e qualidade”. O Centro Hospitalar e Universitário do Algarve (CHUA) será assim composto por quatro polos: duas unidades hospitalares (uma em Portimão/Lagos e outra em Faro), o Centro de Medicina de Reabilitação do Sul e um polo de investigação e de ligação com a Universidade do Algarve, que “vão trabalhar em conjunto e com grande autonomia”. O objetivo é “aumentar a atratividade do CHUA para que possa receber mais médicos, enfermeiros e outros técnicos de saúde e, ao mesmo tempo, reforçar a ligação à universidade, nomeadamente fortalecer e potencializar o curso de medicina, para poder oferecer aos profissionais de saúde uma oportunidade de crescer também no plano de investigação e dessa maneira criar uma estrutura hospitalar forte, atrativa e dinâmica”.