Jornal do Algarve

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O

SEMANÁRIO

FUNDADOR: José Barão I DIRETOR: Fernando Reis

DE

MAIOR

EXP ANSÃO EXPANSÃO

quinta-feira I 31 de agosto de 2017 I ANO LXI - N.º 3151

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UMA TRAGÉDIA À ESPERA DE ACONTECER

NESTE NÚMERO

Produtores florestais alertam para falhas graves na prevenção de incêndios O facto de o Algarve não ter sido afetado por grandes incêndios nos últimos anos é motivo de satisfação, mas também aumenta consideravelmente o risco de fogos. E como está a floresta na região, pode acontecer uma tragédia igual à de Pedrógão Grande. A opinião é do engenheiro Emílio Vidigal, presidente da Aspaflobal, que representa mais de 500 produtores florestais do barlavento algarvio. O maior problema, diz ao JA, é "a opção governamental de privilegiar o combate aos incêndios em detrimento da prevenção florestal" P3

Endocaminhada:

Vila Real Sto. António:

Caminhante quarteirense prepara travessia do país

Diogo Piçarra é cabeça de cartaz na festa da padroeira

P6

Animação:

Programa "365 Algarve" investe 1,5 milhões na época baixa

JA magazine

Mais de 7 mil acidentes fizeram 21 mortos até meados de agosto

P 20

P 24

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IMOBILIÁRIO:

Algarve e Faro no topo da lista de casas com ar condicionado Tanto por regiões como por capitais de distrito, o Algarve lidera no número de casas, equipadas com aquele sistema, que estão atualmente para venda ou arrendamento Faro é a capital de distrito com mais casas para arrendar ou para venda equipadas com ar condicionado (14,8%), revela um estudo do portal imobiliário “idealista”, que analisou 150 mil imóveis de todo o país anunciados na sua base de dados. Segue-se Lisboa, onde 12,8% da habitação disponível possui este sistema, Braga (11,9%), Viseu (11,7%) e Castelo Branco (10,1%). No Porto apenas 6,6% dos imóveis têm ar condicionado. No lado oposto da tabela está a Guarda (0,4%), seguida pelo Funchal (1,1%), Bragança (2%) e Leiria (2,3%). Por regiões, o Algarve conta com a maior percentagem de casas climatizadas (13,2%), seguida por Lisboa e Vale do Tejo, bem como Alentejo (10,3% em ambos os casos). Madeira, pelo contrário, é onde menos há (0,9%), seguida das regiões Centro (5,4%) e Norte (4,7%). Refira-se que a média nacional é de 7,9 %.

Pouca diferenças entre venda e arrendamento No parque habitacional português a diferença entre as casas climatizadas em venda e em arrendamento é pouco significativa, ganhando vantagem o arrendamento. Das casas disponíveis para arrendar, 8,6% conta com ar condicionado, enquanto as casas que se encontram para venda apenas 7,8% tem esta comodidade. A cidade de Faro marca o teto do número de casas climatizadas para arrendar: 23,5% contam com estes aparelhos. Seguem-se Braga (22,5%), Lisboa (21,5%), Beja (16,7%) e Castelo Branco (16,4%). No Porto, a percentagem é de apenas 6,9%. De referir que em Santarém, Vila Real, Portalegre, Bragança e Guarda não existem casas para arrendar com ar condicionado e em Aveiro apenas 1,5% das casas disponíveis são climatizadas. No mercado de venda, Faro volta a estar no topo da lista com 14,6% de casas com este equipamento, seguida por Viseu e Lisboa (11,9% em ambos os casos) e Braga (11,5%). Por outro lado, a Guarda (0,4%), o Funchal (1%) e Leiria (2%) são as cidades que apresentam os valores mais baixos de habitação com ar condicionado.

SINISTRALIDADE CONTINUA A AUMENTAR NAS ESTRADAS ALGARVIAS

Mais de 7 mil acidentes fizeram 21 mortos até meados de agosto

Os acidentes nas estradas algarvias provocaram este ano 21 mortos, mais seis do que em igual período de 2016, segundo a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR). O número de acidentes e de feridos graves também está a crescer em relação ao ano passado

> NUNO COUTO Entre 1 de janeiro e 21 de agosto, os acidentes nas estradas algarvias provocaram 21 mortos em 7.010 acidentes, segundo a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR). A ANSR, que reúne dados da PSP e da GNR, indica que são mais seis vítimas mortais (e os dados dizem apenas respeito às vítimas cujo óbito foi declarado no local do acidente ou a caminho do hospital) e mais 313 acidentes do que em período homólogo de 2016. Até 21 de agosto, foram ainda contabilizados 126 feridos graves, mais 24 do que em igual período do ano passado (102 em 2016). Aliás, Faro é o segundo distrito do país com mais feridos graves este ano, apenas sendo superado por Lis-

boa (184 feridos com gravidade). De acordo com a Segurança Rodoviária, o distrito de Faro, com 7.010 acidentes, também só é ultrapassado neste indicador de sinistra-lidade por Lisboa (16.629 acidentes) e Porto (14.705 acidentes). Já em relação aos distritos com maior número de mortos este ano, os líderes são o Porto (52), Setúbal (40), Lisboa (30), Santarém (30), Aveiro (25) e Faro (21). Este aumento do número de mortos, acidentes e feridos graves nos primeiros oito meses de 2017 é considerado preocupante pelas autoridades, já que surgem na sequência do pior dos últimos três anos em termos de sinistralidade rodoviária no Algarve. O ano de 2016 foi trágico nas estradas algarvias, com 10.241 acidentes (mais 751 quando comparado com o ano ante-

rior), 31 mortes e 158 feridos graves. Ou seja, este ano corre-se o risco de bater todos estes números novamente...!

Maioria das obras está concluída Entretanto, mais de metade da requalificação da estrada nacional 125 – a principal via rodoviária regional – já está concluída, designadamente entre Vila do Bispo e Olhão. Os longos traços contínuos e os separadores centrais têm evitado muitos acidentes, acreditam os responsáveis da concessão Rotas do Litoral, mas também têm provocado muitos engarrafamentos em várias zonas. Já a eliminação dos “pontos negros” no troço entre Olhão e Vila Real de Santo António só deverá arrancar em força no próximo ano.

Museu de Lagos encerra para obras até janeiro de 2019 No ano em que cumpre 87 anos de vida, o museu municipal de Lagos vai encerrar temporariamente as portas, no próximo dia 1 de setembro, para a realização de importantes obras de reabilitação e ampliação, completando um processo que começou com a reabilitação da Igreja de Santo António. “Prevê-se que a intervenção esteja concluída no início de 2019”, adianta a autarquia, frisando que a Igreja de Santo António, que lhe é contígua, permanecerá aberta ao público. Os trabalhos a levar a efeito pelos serviços municipais, apoiados pela Direção Geral do Património Cultural e Direção Regional de Cultura do Algarve, integram várias etapas, entre as quais, “a retirada em segurança de todas as coleções do museu”, “o

tratamento das peças, a remodelação e beneficiação arquitetónica do edifício” e “a ampliação do museu ao edifício da antiga cadeia e a um edifício contíguo localizado na Rua de S. Gonçalo de Lagos, que irá permitir a instalação de um novo núcleo dedicado à arqueologia”. O processo de “Remodelação, Modernização e Dinamização do Museu Municipal Dr. José Formosinho” envolve um investimento total superior a 3,4 milhões de euros, com uma comparticipação de fundos comunitários na ordem dos dois milhões de euros. Prevê-se que estas obras de reabilitação e ampliação estejam concluídas em janeiro de 2019, altura em que o “novo” museu voltará a reabrir ao público.


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