Jornal do Algarve

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SEMANÁRIO

FUNDADOR: José Barão I DIRETOR: Fernando Reis

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quinta-feira I 8 de fevereiro de 2018 I ANO LXI - N.º 3176

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PORTE PAGO - TAXA PAGA

Pelotão de estrelas na Volta ao Algarve

P 17

Defeso:

Governo já pagou 267 mil euros a pescadores da sardinha

P4

Pesca lúdica:

Pescadores sentem-se discriminados na Costa Vicetina P5

Quarteira:

Câmara de Loulé desdramatiza polémica com Feira de Verão P9

Saúde: TERESA FERNADES ALERTA:

"A água já é mais valiosa que o petróleo para o Algarve"

Região prepara-se para celebrar mais um Carnaval

VRSA prepara nova estratégia para o setor do turismo

P 14/15

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P 10

O centro das atenções estará em Loulé, mas Vila Real de Santo António, Monte Gordo, Altura, Moncarapacho, Quarteira, Paderne, entre outras localidades, também se juntam à festa

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OBRAS PARA GRANDES NAVIOS ENTRAREM NO PORTO DE PORTIMÃO AGUARDADAS COM EXPETATIVA

Cruzeiros serão novo "trunfo" turístico a partir de 2020 O Algarve tem "condições únicas" para estar dentro do grande mercado de cruzeiros, mas ainda está fora, por falta de condições no porto de Portimão. No entanto, a intervenção aguardada há cerca de dez anos vai finalmente avançar. O grande salto a nível de cruzeiros na região é esperado a partir de 2020, já com o único terminal de cruzeiros do Algarve apto a receber navios de maiores dimensões > NUNO COUTO

Tudo começou em 2007, com apenas oito escalas e menos de seis mil passageiros. Mais de uma década depois, o porto de Portimão prevê atingir um novo recorde de navios de cruzeiro em 2018, projetando para este ano um total de 79 escalas e mais de 35 mil passageiros. Se se confirmarem estas previsões, registar-se-á um aumento de oito escalas e cerca de cinco mil passageiros a utilizar o único terminal de navios de cruzeiro da região, já que no ano passado o número de escalas foi de 71 (também mais 65% em relação a 2016) e o número de passageiros ficou perto dos 30 mil (mais 53%). Ou seja, o turismo de cruzeiros está em franca expansão, apesar de ainda estar longe de

atingir todo o seu potencial. Isto porque, o porto de Portimão aguarda há vários anos por obras para receber grandes navios e, assim, entrar definitivamente na rota das grandes companhias internacionais. Por enquanto, os navios com mais de 215 metros têm de ficar ao largo de Portimão, o que torna o destino menos atrativo. A expetativa está assim muito alta em relação ao que vai acontecer depois do investimento de 17,5 milhões de euros que está previsto para o porto de Portimão.

Navios de maior porte podem atracar a partir de 2020 As intervenções – que devem estar concluídas em 2020 – incluem obras de dragagem e ampliação do porto, que vão permitir a acostagem de navi-

Empresas algarvias e estrangeiras na ITB Berlim A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve está a promover um evento de cooperação empresarial da rede europeia Entreprise Europe Network, que arrancou na quarta-feira e termina amanhã (dia 9), na feira ITB Berlim 2018, na Alemanha. Esta é uma das mais importantes e antigas feiras de turismo para profissionais, tendo, no ano passado, alcançado resultados recorde com cerca de 120 mil visitantes e 10 mil expositores, provenientes de 187 países. Durante o certame, estão a ser realizados encontros para promover o contacto entre empresas algarvias e potenciais parceiros de negócio estrangeiros. As empresas da região podem assim apresentar novidades e produtos junto de profissionais de quase todo o mundo. “Este ano, o matchmaking event tem como principal enfoque as soluções digitais e o turismo de saúde e bem estar, mas continua a ser um fórum aberto a todos os agentes económicos do setor do turismo e afins”, revela a CCDR Algarve.

os até 272 metros de comprimento, contra os 215 metros atuais. Para isso, as obras contemplam o alargamento do canal de acesso e da bacia de rotação, bem como a dragagem até à cota de 10 metros, para que os navios de maiores dimensões não sejam forçados a ficar fundeados ao largo do porto de Portimão, como acontece atualmente. O problema é que a maioria dos turistas destes grandes cruzeiros, muitos com mobilidade reduzida, prefere não sair do navio nestas condições. Depois das intervenções, e

de acordo com as previsões do próprio Governo, o porto de Portimão deverá passar dos atuais 30 mil passageiros por ano para 180 mil em 2030, enquanto o número de escalas de navios poderá chegar aos 190 movimentos por ano, face aos 71 registados no ano passado. “Para se ter uma ideia, vai ser possível que navios com a capacidade de cerca de 2.500 cruzeiristas possam confortavelmente atracar no cais do porto de Portimão, em vez de ficarem fundeados ao largo da nossa cidade. Estamos finalmente a dar passos concretos

para aproveitar o potencial do porto de Portimão, eliminando os constrangimentos que até agora impediram o seu desenvolvimento, aproveitando-se o potencial da porta de entrada do Algarve ao segmento turístico dos cruzeiros”, realça ao JORNAL DO ALGARVE Pedro Poucochinho, chefe de divisão de informação, comunicação e marca da Câmara de Portimão.

Principais companhias mundiais de "olho" no porto algarvio Pedro Poucochinho acrescenta que este investimento também “visa responder às

solicitações das principais companhias mundiais, que, por várias vezes, manifestaram as suas intenções de virem mais ao porto de cruzeiros”, nomeadamente depois da conclusão das obras que vão permitir a receção de grandes navios. “Portanto, vamos finalmente ter capacidade de receber os maiores navios dessas companhias”, sublinhou. Estas obras – que já foram noticiadas por diversas vezes mas nunca chegaram a avançar – estão inscritas no documento estratégico para o aumento da competitividade dos portos comerciais do Continente, aprovado no final do ano passado. Segundo o documento, os estudos e projetos devem estar concluídos até ao final de 2018, enquanto o concurso será lançado durante o ano de 2019. O final da empreitada deverá acontecer em 2020. No total, custará 17,5 milhões de euros. Entretanto, enquanto a intervenção não arranca, o porto algarvio vai marcar presença nos maiores certames internacionais da indústria dos cruzeiros em 2018, como a Seatrade Cruise Global, que terá lugar em Fort Lauderdale (Estados Unidos da América), durante o próximo mês de março.

VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO

Manuel Cabanas nasceu há 116 anos

Comemorações decorrem sábado no Arquivo Histórico Municipal António Rosa Mendes > DOMINGOS VIEGAS

A Liga dos Amigos do Mestre Manuel Cabanas comemora este sábado o 116.º aniversário do nascimento do mestre Manuel Cabanas com a já habitual romagem ao cemitério de Cacela, para a colocação de flores, seguida por uma conferência no Arquivo Histórico Municipal António Rosa Mendes, em Vila Real de Santo António. A cerimónia junto à campa de Manuel Cabanas está agendada para as 10h00. Depois, as comemorações prosseguem no Arquivo Histórico, na cidade pombalina, com um momento musical de guitarra clássica a cargo de Rui Martins (11h00). Um quarto de hora depois tem início a conferência “O Algarve na Luta pela Liberdade (1827-1834)”, por António Pires Ventura. Às 12h30, o artista plástico Elias Nunes vai mostrar “festejos, tinta e outra formas de 'dar de vaia' a Manuel Cabanas”. As comemorações encerram com um almoço convívio.

Manuel dos Santos Cabanas, ou mestre Cabanas, como ficou conhecido em Vila Real de San-to António, nasceu em Vila Nova de Cacela, em 1902, e faleceu no Hospital de Faro, em maio de 1995, aos 93 anos. Foi mestre de xilogravura, autodidata, republicano e membro fundador do Partido Socialista. No final da vida, por escritura pública de doação, legou o seu património artístico à comunidade, hoje exposto no Espaço Manuel Cabanas do arquivo histórico da cidade pombalina. Por isso, Vila Real de Santo António possui a maior colecção de xilogravuras de Portugal, todas da autoria do artista Manuel Cabanas. O seu trabalho como ferroviário levou-o a passar grande parte da vida profissional no Barreiro, onde também desenvolveu cargos e funções no Sindicato dos Ferroviários do Sul e Sueste. Foi militante antifascista (chegou a ser preso pela PIDE) e mestre maçon (pertenceu aos quadros do Grande Oriente Lusitano). Em 1985 foi condecorado com a Grã-Cruz da

Ordem da Liberdade, no grau de comendador, pelo então Presidente da República, Ramalho Eanes, e em 1991 foi agraciado pelo Presidente da República, Mário Soares, com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.


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