O
SEMANÁRIO
FUNDADOR: José Barão I DIRETOR: Fernando Reis
DE
MAIOR
EXP ANSÃO EXPANSÃO
quinta-feira I 14 de dezembro de 2017 I ANO LXI - N.º 3168
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DO
ALGAR VE ALGARVE www.jornaldoalgarve.pt
PORTE PAGO - TAXA PAGA
Turismo já representa 7% da economia portuguesa O turismo da região vale cada vez mais para a economia, emprego, exportações e investimento em Portugal. O ritmo de crescimento do setor é quatro vezes superior ao da economia nacional, o que revela o bom desempenho do Algarve
Tavira e Tânger ligadas por cabo elétrico de 220 quilómetros P5
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Nova frente de mar de Monte Gordo estará concluída em maio P 10
Odeleite vai transformar-se num presépio este fim de semana P 13
VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO
Proprietários apostam na recuperação de imóveis no centro histórico
Trabalhos valorizam o património e, paralelamente, têm servido de tábua de salvação para pequenas empresas de construção que, desta forma, têm conseguido contornar a crise que se abateu há alguns anos no setor. É que só agora é que a construção de novos imóveis começou a ganhar um novo fôlego um pouco por toda a região
RADIS Dr. Jorge Pereira
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Cinco dias para celebrar passagem de ano em Albufeira P 14
Festa M80 e Dino D'Santiago no fim de ano de Quarteira P 15
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JA COLABORA NA RECICLA GEM ECICLAGEM O Jornal do Algar Algarvve está a colaborar na reciclagem de papel, reutilizando e utilizando sobras. Desta fforma orma pre ores prettendemos sensibilizar os nossos leit leitores para a luta contra o plástico (utilizado por div er sos jornais e re vistas diver ersos revistas na eexpedição xpedição por correio) e para a necessidade de se def ender o meio ambient e. defender ambiente.
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ALGARVE DESPERTA ATENÇÃO DE INVESTIDORES DE TODO O MUNDO
Tudo o que é lançado é vendido antes da obra concluída Hélder Renato morre aos 44 anos após paragem cardio-respiratória Presidente do PSD/Portimão trabalhava desde 2009 na Câmara de Monchique Hélder Renato, 44 anos de idade, era o presidente do PSD/Portimão desde 2014 e amigo e chefe de gabinete do presidente da Câmara de Monchique, Rui André, desde 2009. Morreu, na semana passada, vítima de paragem cardio-respiratória, quando estava a trabalhar na autarquia monchiquense. A morte inesperada de Hélder Renato Rodrigues colheu de surpresa muitas pessoas. Natural de Angola, onde nasceu em 1973, o líder da secção dos sociais-democratas de Portimão iniciou o seu percurso político como chefedegabinetenaCâmaraMunicipaldeArruda dos Vinhos, no distrito de Lisboa, tendo sido gestor e consultor de diversas empresas na área da hotelaria e do ambiente. Em 2006, Hélder Renato mudou-se para a cidade de Portimão, onde começa a militar na estrutura local. Para além das manifestações de pesar do PSD, a presidente socialista da Câmara de Portimão, Isilda Gomes, também lembrou “um cidadão e autarca exemplar, um profissional competente”, guardando a memória de “uma pessoa frontal e autêntica, sempre disponível para defender, com as suas convicções, Portimão, cidade que escolheu para viver e constituir família”. Já o amigo e autarca de Monchique, Rui André, publicou nas redes sociais uma mensagem onde recorda e descreve Hélder Renato como “o companheiro de tantas lutas, de infindáveis horas de partilha e de trabalho em defesa de tanto daquilo que tínhamos em comum”. “Partiu, precisamente no local onde sempre esteve de forma digna, honesta e leal, desempenhando sempre todos os desafios de forma competente e apaixonante como nunca vi em ninguém”, remata Rui André sobre o seu “colaborador, braço direito, mas sobretudo amigo”. N.C.
Atualmente, a maioria dos projetos imobiliários que são lançados para o mercado são vendidos antes da obra concluída, porque o Algarve está na "lista de compras" de grandes fundos imobiliários, fundos institucionais, empresas norte-americanas e novos investidores alemães, holandeses, britânicos, suíços e chineses > NUNO COUTO * A oferta de imóveis é cada vez menor em relação à procura em várias zonas do Algarve. A situação chegou a um ponto em que a venda de casas, escritórios e lojas ainda em planta voltou em força ao mercado imobiliário. Alguns operadores do mercado confirmaram ao Expresso que a venda em planta de habitações é um fenómeno que está de volta, “principalmente nos centros das cidades de Lisboa, Porto e nalguns pontos do Algarve, zonas onde a oferta de imóveis é menor que a procura”. Manuel Reis Campos, presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) explica que “durante a crise deixou de se vender, o prédio fazia-se, estava à venda e ninguém comprava. Agora há quem veja um projeto a nascer e queira assegurar a compra, tanto para a construção nova, como reabilitação”, frisa. Acredita que a procura vai manter-se, mas que também se vai assistir a mais construção nova nos próximos tempos. Até porque, conforme revelam os números mais recentes da CPCI, a construção nova registou um crescimento de 24,7% nos primeiros nove meses deste ano em relação ao período homólogo do ano passado ao somar 10.437 fogos.
Investimento estrangeiro Estas declarações corroboram o que Reinaldo Teixeira, administrador da 'gigante' Garvetur, adiantou ao JA há cerca de um mês. Segundo o responsável, “atualmente, na região, já se começa a sentir falta de produto e novas construções”. Reinado Teixeira revelou ao JA que há vários pontos da região que atraem cada vez mais o investimento estrangeiro, já que “o Algarve está bem posicionado como destino europeu de proximidade e de segurança, para apresentar um crescente fator de competitividade, face a mercados concorrenciais do sul do Mediterrâneo”. A Garvetur – que no ano passado registou um aumento de 19% nas vendas no Algarve, consolidando “um crescimento que se verifica desde 2014 e deverá prolongar-se em 2017 e 2018” – trabalhou só este ano com clientes de 22 nacio-
nalidades. Ou seja, procura não falta... especialmente para o segmento de luxo. Atualmente, revela o administrador da Garvetur, “o Algarve atrai perto de 90% das compras de segunda residência de estrangeiros”. E, este ano, “cresceu o interesse por terrenos para novos empreendimentos (turístico-residenciais, hotelaria, comércio e habitação), indicador do grande escoamento dos produtos, que surgem tanto na lista de compras dos fundos imobiliários que tradicionalmente investiam em Portugal, como por mais de uma vintena de novos tipos de investidores alemães, holandeses ou britânicos, suíços e chineses”, acentua.
Procura expressiva Mas há mais: “manifestam-se igualmente interessados os grandes fundos institucionais, ou empresas privadas norte-americanas, em edifícios de escritórios, imóveis para reabilitar, mas também nas unidades habitacionais”, continua Reinaldo Teixeira, registando também o crescimento do setor habitacional, em que “a procura dos T2 e T3 foi expressiva e é visível o investimento na reabilitação de habitações, nomeadamente nas zonas históricas das cidades de Faro, Lagos ou Vila Real de Santo António, uma nova realidade”.
Ou seja, face a tanta procura e pouca oferta, não é de espantar que tudo o que é lançado para o mercado seja vendido anos antes da obra concluída. Além disso, tudo indica que os preços das habitações continuem a subir nos próximos anos na maioria dos concelhos algarvios. Como revelou o JA há cerca de um mês, o preço das casas já está a atingir valores “proibitivos” para a maior parte das famílias algarvias. O valor das habitações está a aumentar drasticamente em praticamente todos os concelhos da região algarvia, com exceção de Alcoutim e Monchique, os únicos municípios algarvios que registam preços abaixo do valor médio a nível nacional (que é de 896 euros por metro quadrado). Segundo o INE, o Algarve e o município de Lisboa têm, assim, as casas mais caras do país. A capital do país apresentou o preço mais elevado (2.231 euros/m2), enquanto em alguns concelhos da região algarvia os valores ascendem aos 1.650 euros/m2 (Loulé) e 1.555 euros/m2 (Lagos). Face a estes valores, e com base num estudo de uma plataforma de simulação gratuita de produtos financeiros (ComparaJá.pt), os algarvios têm de trabalhar, em média, mais de 12 anos (sem gastar em mais nada, nem alimentação) para conseguirem comprar casa.
David Santos reeleito líder do PSD Algarve David Santos sucede a... David Santos. O presidente do PSD Algarve desde janeiro de 2016 foi reeleito, no passado sábado, durante as eleições para os órgãos distritais do PSD Algarve para o biénio 2017-2019. A votação, que contou com mais de setecentos militantes, ficou marcada por um significativo processo de renovação dos seus elementos. Se na presidência da comissão política distrital (CPD) se manteve David Santos (Faro), não só parte significativa desse órgão é constituída por outros militantes, que não do anterior mandato, como para os restantes órgãos distritais verificou-se uma mudança de todos os seus presidentes. Passando a mesa da assembleia distrital a ser presidida por Luís
Gomes (VRSA); o conselho de jurisdição distrital por Paulo Freitas (Albufeira); e o conselho distrital de auditoria financeira por Miguel Madeira (Loulé).“Quanto ao programa com que David Santos foi reeleito, depois de não ter alcançado o objetivo principal nas últimas eleições autárquicas, passa por “promover a discussão o mais alargada possível e visando a maior participação de eleitos locais, militantes ou independentes, para o atual mandato”.“David Santos também pretende criar um gabinete de estudos para promover palestras e debates com oradores da sociedade civil, criar um gabinete autárquico e aponta ainda como seu propósito que “a lista de deputados a eleger pelo círculo eleitoral do Algarve nas próximas eleições legislativas, previsivelmen-
te a terem lugar em 2019, seja constituída por elementos com indiscutível ligação à região algarvia”.