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25 DE MARÇO DE 2021 JORNAL DO AVE
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Quinzenário 25 de março de 2021 Nº 200 Ano 6 | Diretora Magda Machado de Araújo | 0,70 €
03 Santo Tirso
PS e PSD/CDS anunciam candidatos à Câmara
04-05 Joaquim Faria
“Quatro anos são poucos para se realizar determinados sonhos”
06 Polícia
08-09 R aúl Palavras
Combinavam encontros sexuais para roubar
“Um empresário ligado a diversos negócios tem que ser um sonhador” PUB
OPJ VAI DOTAR vILA DAS AVES E mONTE cÓRDOVA DE PARQUES DeSPORTIVOS
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Atualidade
// Santo Tirso
Indaqua alerta para falta de qualidade da água de poços e furos particulares A conclusão foi divulgada em comunicado, esta segunda-feira, 22 de março. Numa “análise a 45 captações particulares de água nos concelhos de Santo Tirso e Trofa”, a Indaqua apurou que “67 por cento não cumprem os padrões que garantem a segurança e a qualidade da água”. Estes dados estão vertidos no estudo “Qualidade da água das captações particulares”, que a empresa de abastecimento de água indica ter realizado “com recursos a técnicos e laboratórios independentes”. “No Dia Mundial da Água, a Indaqua vem relembrar que a contaminação deste bem precioso é, muitas vezes, invisível. Prova disso são as captações particulares, como furos ou poços, que apesar de apresentarem água sem cor, cheiro ou sabor escondem muitas vezes riscos para a saúde de quem a consome”, refere, no comunicado. De acordo com a empresa, a análise decorre desde 2018, em 45 captações, “mediante autorização dos clientes, cujos consumos muito baixos (inferiores a 2m3) revelam a não utilização de água da rede pública para consumo, apesar de a terem disponível em casa”. “Para todos os casos em incumprimento da legislação relativa à qualidade da água, os clientes foram informados dos riscos que correm ao utilizar as suas captações particula-
I ndaqua identificou captações de particulares de água que “não cumprem os padrões de qualidade e segurança” res para consumo humano e receberam os resultados das análises”, acrescentou a Indaqua. O estudo abrangeu outros quatro concelhos. No total, das “805 captações” analisadas, “77 por cento estão contaminadas”. “A Indaqua identificou na água bactérias e outros elementos prejudiciais à saúde, que podem provocar, entre outros problemas mais graves, dores abdominais intensas e gastroenterites virais”, pode ler-se no comunicado. Anabela Alves, diretora-geral
da Indaqua Santo Tirso/Trofa, sublinha que o estudo, realizado “no âmbito de seu programa de educação e sensibilização ambiental”, serve “para consciencializar as famílias de que o consumo de água de poços e furos representa um sério risco para a saúde pública” e que “evitá-lo passa por algo tão simples como consumir água da rede pública, que para além de mais segura é também mais barata do que a água engarrafada”. Em Santo Tirso e Trofa, a taxa de adesão ao abastecimento pú-
blico de água é de 81,2%. Existem mais de 17 mil habitantes que ainda não estão ligados à rede, mesmo quando esta existe junto das suas habitações.
“Apesar dos benefícios, muitas famílias continuam a optar por não estar ligadas à rede ou por não a usar água, quando a ligação é feita”. Anabela Alves, diretora-geral da Indaqua Santo Tirso/Trofa
Indaqua atualiza modelo da fatura A Indaqua lançou um novo modelo de fatura, que já começou a chegar a casa dos clientes. O principal objetivo é apresentar, de forma mais rápida e intuitiva, toda a informação referente aos serviços do ambiente, ou seja, água, saneamento e resíduos. Esta nova fatura promete apresentar uma informação mais clara e transparente, num “compromisso assumido” pela Indaqua, que serve mais de 600 mil clientes em sete municípios, incluindo Santo Tirso e Trofa. Para além destas novidades, a empresa focou-se também em apresentar conteúdos gráficos que permitem explicar cada um dos serviços incluídos na fatura, mostrando também o valor e o destinatário de cada um. Assim, vai também ser possível ter acesso aos impostos, taxas e outros serviços prestados por terceiros, mas que também são cobrados na fatura da água, como por exemplo, os resíduos sólidos urbanos. Luís Lourenço, do departamento de comunicação da Indaqua, esclarece que atualizar a fatura “tornou-se fundamental para tornar ainda mais transparente a relação” da empresa com todos os clientes. Este novo modelo de fatura, que segundo a Indaqua “cumpre todas as recomendações” da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos, começa a ser distribuído entre março e maio. A empresa criou ainda um documento explicativo da fatura, que pode ser consultado em indaquastirsotrofa.pt. ANA BARREIRAS
e-mail: jsto@net.sapo.pt http://josesarmento. blogspot.pt https://www.facebook.com/sarmentojose http://sarmento-news.blogspot.pt
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Entrevista
//Santo Tirso
“Quatro anos são poucos para se realizar determinados sonhos” Prestes a terminar o primeiro mandato à frente da Junta de Freguesia de Vila das Aves, Joaquim Faria anunciou, recentemente, uma importante conquista política, que foi bandeira eleitoral em 2017: abrir a creche/berçário de Vila das Aves. O processo teve desenvolvimentos importantes com a Associação Habitacional de Ringe a assumir o processo. Apesar desta conquista, Joaquim Faria revela, em entrevista ao JA, que ainda “muito” lhe falta fazer na freguesia, abrindo a porta a uma possível recandidatura. Jornal do Ave (JA): A bandeira de campanha está prestes a ser hasteada. Como caracteriza todo este período em que decorreu o processo de aprovação do infantário de Vila das Aves por parte da Segurança Social? Joaquim Faria (JF): Não foi um processo fácil, é certo. Sobretudo, porque há sempre uma série de questões burocráticas. No entanto, sabíamos que, com determinação e afinco, iríamos concretizar este sonho da população de reabrir uma creche e berçário em Vila das Aves. Esta é uma valência que, de facto, faz muita falta na freguesia. Inicialmente, começamos por fazer um concurso público. Houve duas candidaturas, a vencedora encetou os trâmites normais para o licenciamento, mas dado à elevada burocracia e aspetos técnicos não conseguia abrir o mesmo em tempo oportuno e com alvará da Segurança Social. A candidata vencedora decidiu entregar todo o processo à Junta de Freguesia dado que a Segurança Social informou a candidata que, se todo processo passasse para uma IPSS, além de poderem candidatar-se ao programa PARES 2.0, ficava automaticamente com protocolo. O executivo, de imediato, contactou as IPSS avenses e a que aceitou o processo foi a Associação Habitacional de Ringe. A licença de funcionamento é o culminar de todo processo que valida legalmente a abertura da creche e berçário. JA: O que se segue a partir de agora? Que procedimentos têm de ser feitos e qual a previsão de data para o início da obra e que
P residente da Junta de F reguesia com o projeto da creche de Vila das Aves intervenção terá a Junta de Freguesia nesta fase? JF: O presidente da Associação de Ringe tem informado o executivo de todos os procedimentos e respostas por parte da Segurança Social, é público que o projeto submetido foi deferido e que a parte técnica do projeto teve de sofrer algumas alterações, tendo já sido retificado e enviado para a Segurança Social. Aguarda-se resposta para, o mais breve possível, se iniciar o concurso público para as obras se iniciarem. Nesta fase, o executivo está a aguardar também mais informações por parte da Associação. JA: Agora que este objetivo está prestes a ser cumprido, sente que a sua função está cumprida no exercício de funções de presidente de Junta? O que falta fazer ainda? JF: A minha função enquanto presidente da Junta é fazer, continuamente, mais e melhor. É verdade que estabeleci o compromisso com a população de abrir o infantário. E vamos abrir. Cumpri. Cumprimos! Mas, mais do que isso, eu diria que muito ainda me falta fazer. Quatro anos são poucos para se realizar determinados sonhos. Este primeiro mandato foi de “estágio”. Tivemos de aprender a perceber, no terreno,
quais as reais dificuldades da população. Priorizar os problemas e solucioná-los, sempre dentro daquelas que são as nossas competências. A verdade é que, em pouco mais de três anos, conseguimos fazer muita coisa que, só não vê quem não quer. A título de exemplo, a concretização da primeira fase dos passeios da Barca; a requalificação do muro do antigo cemitério; a reparação de muitos dos passeios que estavam em estado lastimoso; estamos a acabar com todas as ruas em terra; colocamos saneamento em zonas onde não existia. Reforçamos as limpezas nos arruamentos e nos cemitérios. Estabelecemos parcerias com algumas entidades locais, por forma a idealizarmos novos projetos em comum, como por exemplo a criação do Parque de Lazer em frente ao edifício sede da Junta de Freguesia, que, em acordo com uma imobiliária, conseguimos criar um espaço aprazível, onde as pessoas podem descansar, conversar e relaxar. É bom recordar, também, que ao nível dos recursos humanos, este executivo conseguiu ingressar todos os funcionários da Junta no quadro da Função Pública. Saliente-se que apenas dois funcionários estavam enquadrados. Todos os restantes vinham de contratos, sucessivamente, renova-
dos. É importante lembrar isto, porque nos preocupamos com o bem-estar também daqueles que colaboram connosco. Foi nossa preocupação garantir-lhes uma estabilidade profissional, pessoal e motivacional. Neste prisma, ainda saliento o facto de lhes termos comprado equipamento adequado para trabalhar, como fardas, impermeáveis, botas, enfim… material que lhes possa dar todas as condições de trabalho e toda a dignidade. Compramos ainda um carro de limpeza, para ajudar a acelerar o processo e assim, permitir, em menos tempo, termos mais ruas limpas. E claro, dentro de muitas outras coisas que vamos fazendo, e que aos olhos da população não são tão visíveis, como o apoio consecutivo que damos, como a cedência da carrinha da Junta de Freguesia para quem a solicita. O facto de termos uma equipa de voluntários que vai a casa dos que mais precisam, para prestar serviços, como entrega de mercearia, medicação, etc… E, finalmente, como bandeira da nossa campanha, como se refere na primeira pergunta, sim, vamos finalmente ter em Vila das Aves a creche e o infantário, que em tempos, encerrou portas. Uma promessa nossa, deste executivo, e que está neste momento a andar.
Por último, quero acrescentar a construção do Parque do Verdeal. Um investimento por parte da Câmara Municipal de Santo Tirso, de 1,8 milhões de euros, que vai satisfazer um programa que assenta nos seguintes objetivos: conceber uma estrutura verde de acesso público, multiusos, diversa e inclusiva; promover a conectividade natural e social; estimular a biodiversidade local pela preservação e plantação de núcleos de árvores (maioritariamente autóctones) resilientes e inspiradores para boas práticas de gestão florestal; ligar as freguesias de Vila das Aves e S. Tomé de Negrelos com novo atravessamento do rio Vizela, estimulando a requalificação urbana nas interfaces do parque. O projeto irá, por isso, envolver a criação de passeios pedonais e cicláveis e espaços multiusos. Serão criados bancos, para desfrute daquele espaço, e uma ponte-passadiço, que facilitará a junção dos dois lados do rio. Uma obra que, pelo que sabemos, está mesmo prestes a arrancar. Mas é importante referir que todo o bom trabalho que temos desenvolvido, tem sido sempre em articulação com a Câmara Municipal de Santo Tirso. Graças à estreita proximidade, conseguimos estabelecer um diálogo salutar e profícuo, que nos ajuda a priorizar os problemas. E aqui, nunca é demais referir que, com a entrada do atual presidente, Dr. Alberto Costa, foi implementada uma nova dinâmica de planeamento e de trabalho, que capacitou todas as juntas de freguesia com mais verbas para obras, como o facto de se pretender terminar com todas as ruas em terra. Possivelmente, não iremos terminar com todas neste mandato, mas estou certo que a breve trecho conseguiremos terminar. A Câmara Municipal de Santo Tirso tem sido fundamental para a exequibilidade dos nossos projetos, a quem estamos gratos, por todo o apoio dado até ao momento. Contudo, ambiciosos que somos, e respondendo à pergunta, reconheço que ainda há muita coisa por fazer. Mas estamos atentos e a todo o tempo, paulatinamente, iremos fazer de Vila das Aves uma freguesia apetecível, para se estar, para se viver e para se trabalhar.
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Política // Santo Tirso
Carlos Alves é o candidato do PSD/CDS à Câmara
PSD/CDS-PP acertam coligação e têm Carlos A lves como candidato à Câmara
Alberto Costa acolhe confiança do PS e avança para as eleições Foi unânime a escolha do Partido Socialista de Santo Tirso do nome do candidato à Câmara Municipal nas próximas eleições autárquicas. Sem surpresa, Alberto Costa, atual presidente da autarquia, avança para a corrida ao cargo que exerce desde junho de 2019, quando teve de assumir o mandato iniciado por Joaquim Couto. A reunião da Comissão Política Concelhia realizada, a 13 de março, em regime misto, num formato presencial e digital, para “garantir o cumprimento dos Estatutos em matéria de escrutínio por voto secreto”, revelou que os socialistas estão satisfeitos com o rumo político do partido no concelho. Por sua vez, Alberto Costa, que é também líder da concelhia do PS, mostrou-se “honrado” e “orgulhoso” pelo que considera ter sido um “expressivo voto de confiança dado pelo partido”, que não dissocia “do trabalho” que tem vindo a desenvolver “na dimensão partidária e municipal”. “Mesmo num momento tão difícil como aquele que estamos a viver, demos, no plano municipal, uma resposta à altura das responsabilidades e da capacidade da Câmara Municipal, procurando mitigar os efeitos do impacto social e económico provocado pela pandemia”, frisou o candidato, que, “no plano partidário”, sublinhou “o compro-
misso de dar voz ao partido e de reforçar a representatividade nos órgãos nacionais e distritais, que foi amplamente conseguido, bem como consolidar a união interna, aspeto que, pese embora os constrangimentos de saúde pública, também tem sido alcançado, como se atesta pela votação ocorrida por voto secreto no Secretariado e na Comissão Política Concelhia”. Alberto Costa considera a candidatura à Câmara Municipal “o maior desafio” da vida política, mas acredita “ter condições para honrar o legado do Partido Socialista e dar um contributo em prol do desenvolvimento do Município”. O Secretariado e a Comissão Política Concelhia deram cumprimento a uma recomendação da Federação Distrital do Porto do Partido Socialista, segundo a qual as estruturas concelhias deveriam designar o candidato à Câmara Municipal até 20 de março, de acordo com um calendário provisório estabelecido até à data das eleições, em setembro/outubro. Apresentada no Secretariado e aprovada na Comissão Política Concelhia por unanimidade, a proposta de designação de Alberto Costa como candidato do Partido Socialista à presidência da Câmara Municipal de Santo Tirso nas Eleições Autárquicas tem ainda de ser ratificada e homologada pelos órgãos do partido a nível distrital e nacional.
A concelhia do PSD de Santo Tirso anunciou que Carlos Alves é o candidato do partido à Câmara Municipal. A candidatura será apoiada pela concelhia do CDS-PP que, esta quarta-feira, num comunicado assinado por Miguel Rossi em conjunto com a líder do PSD de Santo Tirso, confirmou “o compromisso firme” das duas estruturas de disputar as eleições autárquicas em conjunto. “O acordo de coligação agora alcançado será assinado nas próximas semanas, com a apresentação pública do candidato da Coligação PSD/CDS, Carlos Alves”, pode ler-se no mesmo comunicado. Carlos Alves, que nas últimas eleições autárquicas encabeçou a lista do PSD/ CDS-PP à Assembleia de Freguesia de S. Tomé de Negrelos, tendo sido o terceiro mais votado, tem 45 anos é casado, pai de duas filhas, cresceu no concelho de Mirandela, residindo no concelho de Santo Tirso desde 1999. Professor do Ensino Básico, no Agrupamento de Escolas de Pedome, em Vila Nova de Famalicão, o agora candidato é ainda treinador de basquetebol das escolas de formação do Vitória Sport Club. Na política, é tesoureiro da comissão política concelhia do PSD, partido do qual é militante desde 1994, tendo ainda assumido a liderança da JSD Mirandela, no mandato de 1995 a 1997. Curiosamente, em 2013, surge num vídeo de apoio a Joaquim Couto, candidato do PS, que acabou eleito presidente da Câmara Municipal naquele ano. Agora encabeçando um projeto à direita, Carlos Alves é, segundo presidente da concelhia do PSD, Quitéria Roriz, o rosto de uma “candidatura vencedora, agregadora, onde todos serão poucos para construir um novo futuro para Santo Tirso, respeitando e elevando a história do nosso Partido e da nossa Terra”. “Carlos Alves é um homem sério, dinâmico, trabalhador e conhecedor das necessidades bem como das potencialida-
des do nosso concelho de Santo Tirso, fruto da sua forte ligação à comunidade quer através do associativismo, quer através da educação”, referiu ainda a presidente do PSD Santo Tirso. Em declarações ao JA, Carlos Alves referiu que a candidatura que encabeça assenta num “projeto de tentar criar em Santo Tirso uma cidade, extremamente, inovadora, virada para as pessoas, com capacidade de servir a população e pôr Santo Tirso no mapa do desenvolvimento”. O social-democrata, apostado em “combater 40 anos de socialismo na terra”, quer apresentar-se como uma “alternativa credível” e com “valor acrescentado para as pessoas”. “Eu não sei se tenho um atributo especial, mas sou uma pessoas comum, que sente as dificuldades do dia a dia. A minha maior vantagem é ser uma pessoa como quase todos os habitantes de Santo Tirso, que trabalha, tem família e paga os impostos. Além disso, conto com um conjunto de pessoas que têm ideias muito boas para o concelho”, acrescentou. Sem desconsiderar o passado do PSD de Santo Tirso, Carlos Alves admite que a candidatura que assume é “o virar de página do mesmo livro”. “Vamos fazer as coisas de outra forma, logo veremos se teremos sucesso”, referiu, e sem querer antecipar quais são os projetos que sustentarão o manifesto eleitoral, admitiu que “há propostas que já vêm há alguns anos nos programas do PSD, uma vez que passam os anos e as necessidades mantêm-se”. Quanto à coligação, Carlos Alves recorre à lógica matemática para a relevar e ainda abre a porta a mais interessados: “Quantos mais formos, mais possibilidades temos de ganhar. Tanto o PSD como o CDS-PP acreditam nas ideias e nos valores desta candidatura, pelo que não fazia sentido correrem em separado. E estamos abertos a que mais se juntem”. Carlos Alves fez saber ainda que prevê ter as listas às assembleias de freguesia fechadas “no final de abril”.
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Atualidade // Santo Tirso “A nossa grande urgência está na reconstrução da maioria dos passeios em Vila das Aves, ao longo deste mandato. A nível cultural, demos um novo rumo às Festas da Vila, deslocalizando-as para a zona do Estádio do CD Aves. Acrescentamos como novidade o conceito da feira gastronómica e do “Mark it”, com passagem de modelos através do comércio local, como forma de o promover. Mas tivemos muitas outras novidades, como a Festa da Espuma, o Festival da Cerveja e o Aves Fest, onde trouxemos à nossa freguesia grupos de excelência como “Piruka”; “Azeitonas”; “Quim Barreiros”; “Toy”, etc.
Joaquim Faria considera que pode fazer “Muito mais” por Vila das Aves JA: Em que medida é que a pandemia condicionou a atuação da Junta de Freguesia e a concretização das atividades/ obras programadas? JF: Infelizmente, temos uma doença que se chama Covid-19, que assolou, não só o nosso País, mas todo o Mundo. A vida parou. A economia quebrou. As pessoas ficaram em casa. Muitas sem trabalho, outras sem famílias… Por aqui, em Vila das Aves, as situações são idênticas. Tivemos que nos reinventar. Tínhamos um plano de atividades com iniciativas programadas a nível cultural, desportivo e social, que, obviamente, umas canceladas e outras realizadas em formato online. Contudo, nunca estivemos parados. A obra continuou no terreno. Estamos a terminar as ruas em terra e requalificamos a fachada da sede da Junta de Freguesia. JA: Notou algum agravamento da situação sócio-económica da população, devido à crise provocada pela pandemia? Neste contexto, como atuou a Junta de Freguesia no apoio à população? JF: Como temos o apoio da Câmara Municipal de Santo Tirso, facilmente conseguimos chegar às pessoas e ajudá-las naquilo que mais precisam. Temos estado, por isso, sempre muito ativos. Resolvemos já várias ques-
tões. Respondemos a várias solicitações de pessoas, tanto a título individual, como a nível institucional. Temos recebido vários pedidos de ajuda. Contudo, convém frisar que, com ou sem pandemia, o lema da nossa Junta de Freguesia tem sido sempre o mesmo: ajudar as pessoas, dentro das nossas possibilidades e das nossas competências. JA: Que iniciativas mais significativas foram realizadas na freguesia neste mandato? JF: Não esqueçamos que Vila das Aves é terra de grandes talentos. Por isso, a cultura é também um dos nossos propósitos. É importante relembrar as iniciativas que introduzimos em Vila das Aves. Algumas mantivemos, outra inovamos. Umas organizadas por nós, outras, com o nosso apoio. Neste mandato tivemos “Vila das Aves City Race”, uma prova de orientação pedestre e de exploração urbana, aberta a todas as pessoas e de qualquer idade, feita de forma individual ou em grupo. Marcamos na agenda o “Rali Só Desce”, organizado pelos Escuteiros. Tivemos a “Corrida de Carrinhos de Rolamentos” e “O Especial Sprint Vila das Aves”, com Show de Drift; Kartcross; Freestyle e Clássicos. Também o Aves Beach Volley e o Torneio de Pinheirinhos de Ringe, voltaram a marcar os eventos desportivos
JA: Que projetos são necessários em Vila das Aves, para a afirmação do território como potência de desenvolvimento? JF: A nossa equipa está consciente das necessidades, quer a nível das vias de circulação, quer a nível da criação de espaços de lazer, quer no apoio à dinamização das coletividades. Mas a nossa grande urgência está na reconstrução da maioria dos passeios, pois a melhoria da mobilidade pedonal é um objetivo que nos propusemos alcançar neste mandato. Queremos apostar nas infraestruturas como meio de segurança para a população. Queremos apostar na melhoria do espaço público e dos nossos espaços verdes. Aumentar as ofertas lúdicas, desportivas e culturais. Pretendemos reforçar os apoios sociais. Estamos a aprimorar a limpeza urbana. Também a aposta na comunicação é preponderante. É nosso objetivo divulgar o que de melhor se faz e acontece na nossa freguesia. Somos uma freguesia com os olhos postos no futuro e estamos conscientes da importância dos canais de comunicação. Por isso, apostamos na aplicação “Juntar A Junta”. Uma ferramenta criada para privilegiar a interatividade com as pessoas, concedendo-lhe um acesso mais facilitado a toda a informação e serviços da freguesia. Ao mesmo tempo, a população pode através desta aplicação, fazer chegar as suas sugestões/reclamações. Estamos a mudar a nossa identidade, através da criação de uma nova imagem, onde pretendemos dar um “ar fresco”, apostando num novo conceito e visualmente mais “moderno”.
Reguenga pavimenta quatro ruas Continua em marcha o plano de pavimentações pelas freguesias do concelho de Santo Tirso. Desta vez, foi anunciada a conclusão das obras em quatro ruas, outrora em terra, na Reguenga. Agora com novo piso estão as ruas de Talhó e Nossa Senhora de Fátima e as travessas da Igreja e do Vila. “São quatro intervenções importantes para a freguesia, que pretendem contribuir para a melhoria da mobilidade da população”
explica o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Alberto Costa, lembrando que a autarquia contou com o apoio dos presidentes de junta “que definiram as prioridades e ficaram responsáveis pela execução das obras”. Em todo o concelho, as intervenções são financiadas pela Câmara Municipal e executadas pelas juntas de freguesia, num investimento de dois milhões de euros, aplicados na pavimentação de 20 quilómetros de arruamentos.
82 PME Líder recebem louvor da autarquia É o maior número de organizações reconhecidas com o selo PME Líder no concelho de Santo Tirso. Este ano, 82 empresas receberam o estatuto do IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação, que serve para distinguir os agentes económicos com os melhores níveis de desempenho e solidez financeira. A Câmara Municipal de Santo Tirso decidiu também reconhecer o trabalho destas empresas, aprovando um voto de louvor, na reunião de executivo de 11 de março. Para o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Alberto Costa, “este crescimento espelha, inequivocamente, o dinamismo económico que se vivia no Município antes da pandemia” e que
tinha também “tradução noutro tipo de indicadores como a taxa de desemprego, em queda há quase uma década”. O autarca salientou ainda que “a Câmara não pode deixar de prestar um tributo ao papel absolutamente decisivo em prol do ambiente económico e social desempenhado pelas empresas, que já cá estavam instaladas e que tiveram a capacidade de investir e de crescer e as que escolheram Santo Tirso para criar riqueza e postos de trabalho, fruto dos apoios de natureza fiscal atribuídos nos últimos anos pelo Município”. Em 2019, tinham sido 75 as empresas reconhecidas com o estatuto de PME Líder.
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Atualidade
// Região
Combinavam GNR termina festa com 16 pessoas em Água Longa encontros sexuais
Detido por desobediência às medidas Covid-19 Mal se apercebeu da presença
para roubar
GNR identificou 16 pessoas, com idades entre os 18 e os 65 anos dos militares da GNR, começou a fugir, mas acabou intercetado. Um homem de 43 anos foi detido por desobediência, em Vila Nova de Famalicão, a 19 de março, após reincidir na violação do dever geral de recolhimento domiciliário. Em comunicado, a Guarda revelou que a detenção aconteceu, na sequência de uma “ação de patrulhamento”, na qual os militares “verificaram que o suspeito, ao se aperceber da presença da patrulha, iniciou uma fuga apeada”. Intercetado pelos guardas, e após diligências policiais,
o suspeito foi indentificado como um dos intervenientes da tentativa de furto que ocorreu no dia 17 de março, no concelho de Barcelos, e já reincidente no incumprimento do dever geral de recolhimento domiciliário. “Pelo facto de se tratar de um recluso em gozo de licença de saída administrativa extraordinária, o suspeito foi encaminhado para o Estabelecimento Prisional de Vale do Sousa”, fez saber a GNR, que remeteu os factos para o Tribunal Judicial de Vila Nova de Famalicão.
Ferido em incêndio numa habitação em S. Miguel do Couto Um incêndio deflagrou, na tarde de 20 de março, numa habitação, na rua da Varziela, em S. Miguel do Couto, Santo Tirso. Do incêndio resultou um ferido leve, o único morador na habitação, que foi transportado para a unidade de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave. Nas operações de socorro e combate estiveram os Bombeiros Voluntários de Santo Tirso e Tirsenses e a PSP de Santo Tirso. A casa ficou nem condições de habitabilidade, ficando a Ação Social do Município responsável por garantir alojamento ao morador quando regressar do hospital.
Um homem e uma mulher, com 49 e 25 anos, respetivamente, foram detidos por roubo, numa ação desencadeada pelo Núcleo de Investigação Criminal do Destacamento de Santo Tirso da GNR. As detenções aconteceram a 15 de março, em Vila das Aves, e resultaram de “uma investigação relacionada com dois crimes de roubo com recurso a arma branca”. “Os militares da Guarda desenvolveram diversas diligências policiais que culminaram com a identificação e detenção do casal de namorados que aliciava potenciais clientes em plataformas online, para a prática de relações sexuais, sendo que as vítimas eram alvo de roubo quando ocorriam os encontros”, revelou a GNR em comunicado. Duas vítimas apresentaram queixa, mas a Guarda suspeita que “existam outras vítimas que não formularam a respetiva denúncia”. No seguimento da ação policial,
foto: halayalex
A Guarda Nacional Republicana identificou 16 pessoas, com idades entre os 18 e os 65 anos, por estarem numa festa ilegal, que decorria numa moradia em Água Longa, concelho de Santo Tirso, a 13 de março. Os militares do posto de Santo Tirso deslocaram-se ao local depois de “uma denúncia de ruído”. “Foi possível constatar que a festa ainda se encontrava a decorrer, tendo sido dado ordem para terminar o evento. No seguimento da ação policial, foram identificadas 16 pessoas, tendo sido elaborados os respetivos autos de contraordenação por incumprimento do dever geral de recolhimento domiciliário, pela violação da limitação de circulação entre concelhos e pelo incumprimento da realização de eventos”, fez saber a Guarda em comunicado. Esta ação policial contou com o reforço dos militares do posto territorial de Alfena e do Destacamento de Intervenção (DI) do Porto. No mesmo comunicado, a GNR sensibiliza a população para “o cumprimento das medidas impostas pelo Estado de Emergência, no âmbito do combate à pandemia COVID19, fundamental para conter a propagação do vírus”.
Suspeitos combinavam encontros sexuais foram realizadas duas buscas, uma domiciliária e uma em veículo, tendo sido possível apreender diverso material, como duas armas brancas, dois telemóveis e artigos de indumentária utilizados na prática do crime. No âmbito do mesmo processo, foi ainda identificado um homem e uma mulher de 46 anos, proprietários da residência onde ocorriam os encontros. Os factos foram remetidos ao Tribunal de Instrução Criminal de Matosinhos.
// Vila Nova de Famalicão
Detidos em flagrante a agredir companheiras A Guarda Nacional Republica- Riba de Ave deteve, em flagrante, na, através dos militares do posto um homem de 36 anos por violênde Vila Nova de Famalicão, dete- cia doméstica, no mesmo concelho. ve um homem de 41 anos, no dia A detenção resultou de “uma de22 de março, por violência domés- núncia de que estaria a decorrer tica, naquele concelho. um episódio de violência domés“Na sequência de uma denúncia tica”. Chegados ao local, os milia dar conta de um episódio de vio- tares depararam-se com o homem lência doméstica numa residên- “a agredir e a insultar a vítima, sua cia”, os militares da Guarda “des- companheira de 33 anos, na prelocaram-se rapidamente para o lo- sença dos três filhos menores, cal e apuraram que o suspeito de dois de quatro anos e um de qua41 anos infligiu maus-tratos ver- tro meses, que estavam aterrorizabais, psicológicos e ameaças de dos com o escalar das agressões”. morte à vítima, sua companheira Ambos os detidos foram prede 39 anos, o que levou à sua de- sentes ao Tribunal Judicial de Vila tenção em flagrante”, fez saber a Nova de Famalicão para aplicação GNR em comunicado. das medidas de coação. Já no dia 15 de março, a GNR de
// Santo Tirso
Jovem detido por tráfico de droga
Casa ficou sem condições de habitabilidade
Um jovem de 20 anos foi detido, a 11 de março, pela Polícia de Segurança Pública, por tráfico de estupefacientes, na Rua Infante D. Henrique, na cidade de Santo Tirso. Na altura da detenção, detinha “cerca de 191 doses individuais” de liamba e uma balança digital, que lhe foram apreendidas.
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Atualidade // Santo Tirso
Nova Praça-Mercado de Famalicão inaugurada a 25 de abril A renov ada P raça- Mercado Municipal de Vila Nova de Famalicão vai abrir portas no próximo dia 25 de abril, quase 70 anos depois da inauguração. Com a intervenção, este equipamento municipal surge completamente remodelado e adaptado aos novos tempos, estreando um novo conceito de Praça. O presidente da Câmara Municipal de Famalicão, Paulo Cunha, anunciou, a 19 de março, durante uma visita de trabalho ao local com o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), António Cunha, e o presidente da Associação Comercial e Industrial de Famalicão (ACIF), Xavier Ferreira a data de inauguração desta infraestrutura municipal. Satisfeito por testemu n ha r “esta realização de grande qualidade”, o presidente da CCDR-N afirmou tratar-se de “um excelente exemplo da aplicação
dos fundos comunitários”. Com um custo total de quatro milhões de euros, a intervenção contou com verbas aprovadas no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU), assinado entre a autarquia e o Programa Operacional Norte 2020, que garantiram um cofinanciamento FEDER de 3,1 milhões de euros. “É uma obra muito bem conseguida, porque regenera o tecido urbano, recupera uma infraestrutura que já existia, mas cria também novas valências, desde logo um espaço polivalente e aberto à feira com um potencial enorme, com um espaço de restauração, e que terá vida própria para além do mercado”, elogiou António Cunha. A Praça-Mercado de Famalicão P rojeto de quatro milhões de euros contou com comparticipação de cerca de 80 por cento “é muito mais do que um local, é uma dinâmica, é uma forma de este novo espaço será também do é um “fator de esperança, de gerações também se fixem por produzir e consumir”, por isso, um espaço de recreio e de di- modernidade, mantendo a tradi- cá. Se conseguirmos fazer deso autarca sublinha que as por- versão noturna, apostando-se ção e apostando no novo concei- te espaço uma sala de eventos to da própria cidade”. “Esta pra- para a juventude também será tas do mercado “vão muito além “numa lógica de polivalência”. Já para o presidente da ACIF, ça vai criar uma nova centralida- muito interessante e trará uma dos limites territoriais”. Paulo Cunha relembrou que Xavier Ferreira, o novo merca- de e pode fazer com que as novas nova centralidade”, sublinhou.
Dias de Páscoa com cabrito à mesa A iniciativa de promoção gastronómica e apoio à restauração do concelho “Dias à Mesa” regressa a Famalicão, entre 25 e 28 de março e entre 1 e 4 de abril. O cabrito assado no forno será a principal atração dos 14 restaurantes aderentes, que irão servir tendo em conta as condicionantes impostas pela pandemia Covid-19, ou seja, trabalhando em regime take-away e entregas ao domicílio. Bis – Pasta&Risotto; Bisconde; Casa Pêga; Churrascão Sousa; Forever; Garfo Dourado; Moutados; O Caçarola; Oprato; Outeirinho; Sabores do Algarve; Sara Cozi-
nha Regional; Tosco e Vinha Nova são os estabelecimentos onde os interessados podem fazer as encomendas, podendo contar com o serviço de entregas ao domicílio gratuito, montado pela Câmara Municipal e a Associação de Restaurantes de Famalicão. “Não podemos permitir que a pandemia nos afaste das tradições que fazem parte do património gastronómico e que acompanham a nossa comunidade ao longo da história, por isso, dentro das nossas possibilidades estamos a fazer de tudo para manter essas tradições vivas adaptando-as a estes tempos conturbados
que vivemos, com segurança e confiança”, referiu Paulo Cunha, presidente da Câmara Municipal, promotora do “Dias à Mesa”. Este ano, o evento surge com adaptações, já que ao menu gastronómico não está associado nenhum evento cultural ou recreativo, mas foi mantido o Passaporte Gastronómico, que dá a oportunidade de jantar ou almoçar gratuitamente num restaurante à escolha. Os restaurantes aderentes vão distribuir os passaportes já carimbados aos clientes, com cada uma das encomendas.
14 restaurantes aderiram à iniciativa gastronómica
Abertas candidaturas ao programa Retomar Já decorre o período de candidaturas ao Retomar, Programa Extraordinário de Apoio Direto à Economia Local de Vila Nova de Famalicão. O requerimento está disponível nas páginas de internet do Famalicão Made In (www. famalicaomadein.pt), e do muni-
cípio de Famalicão (www.famalicao.pt), num processo que decorre, integralmente, em formato digital. O Retomar Famalicão vai disponibilizar aos empresários fortemente afetados pela crise pandémica “comparticipação por parte
da autarquia de metade dos encargos mensais com as faturas de energia (gás e eletricidade) e ambiente (água, saneamento e resíduos sólidos)”. A medida está disponível para um universo de cerca de mil empresas da área do comércio a re-
talho não alimentar, pastelarias, bares e cafés, operadores turísticos, ginásios, cabeleireiros, entre outras atividades económicas, desde que o valor das faturas apresentadas seja inferior ao valor homólogo do respetivo mês de 2019, sinal da redução/suspen-
são da atividade. O programa, lançado em parceria com a ACIF – Associação Comercial e Industrial de Famalicão, vai implicar um esforço financeiro da autarquia que pode chegar aos 2 milhões de euros.
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Entrevista
// Santo Tirso
“Um empresário ligado a diversos negócios tem q Para Raúl Palavras, a vida que construiu, num projeto profissional que ainda não chegou ao termo, foi feita de “empenhamento, trabalho, estratégia e visão”. E sozinho, podia somar sucesso, mas preferiu multiplicar, construindo uma equipa de profissionais a quem elogia o comprometimento e profissionalismo. Os frutos do esforço pessoal que dedicou anos a fio foram batizados de Rarial e Pacoli, a primeira uma empresa de artigos têxteis-lar, com marca própria, a outra um negócio de construção civil, que, apesar da pandemia, tem vários investimentos em curso, alguns dos quais prometem revolucionar a oferta de habitação na cidade de Santo Tirso. Jornal do Ave ( JA): Desde cedo que tomou rédeas do seu caminho profissional. De onde vem essa veia de empresário? Raúl Palavras (RP): Julgo que poderá haver da parte dos Eragos, avó materna, alguma apetência para o empreendedorismo. Mas não deixa de ser menos verdade que os conhecimentos que adquiri através da formação a nível técnico-profissional foram importantíssimos para olhar em frente e ir ponderando as diver-
R aúl Palavras, um empresário multifacetado, que construiu negócios de sucesso com a R arial e a Pacoli “I SCA P ”, traba lhei dois anos no “Banco Angola” e depois na JA: A aposta nos têxteis-lar, “U.B.P.”. Talvez por rebeldia ou depois de sair do banco, sur- inconformismo com o dia a dia giu como efeito “contágio” da que não se coadunava com a misupremacia deste setor na re- nha maneira de ser, o primeiro lugar para onde vou viver é Vilagião? RP: Após a minha vinda de rinho, que pertence a Santo Tirso Angola, em 1975, andei um ano e fica a três quilómetros de Vizeno Porto a terminar o curso do la. De facto, a região onde estava sas etapas.
inserido tinha um potencial eco- ras de trabalho diário aparecesnómico tremendo e praticamen- se a “Têxtil Rarial”, em 1979. De te tudo andava à volta dos têxteis. uma maneira estruturada e com O grande poder de compra que a estratégia criei a marca própria nível interno se ia verificando e “Dona Erago”, que a Têxtil Rarial sobretudo o comércio fronteiriço começou a comercializar com locom Espanha fez com que, com jas próprias e venda por junto. A uma pequena estrutura e muito partir de 2002, tomamos a opção trabalho, abdicando de férias e de nos especializarmos, mais em fins de semana, e com muitas ho- têxteis-lar, e acho que fizemos a opção certa. JA: Como foram os primeiros anos e como foi superar a crise que abalou, fortemente, o têxtil na viragem do século? RP: Os primeiros anos foram de sucesso pleno. A estrutura foi aumentando e os lucros também seguiram no mesmo sentido. Havia um consumismo desenfreado, vendia-se tudo. A crise na viragem do século abalou tremendamente a têxtil. A concorrência com outros mercados, levou a têxtil a repensar os produtos a fabricar e o nível dos mesmos. Todos aprendemos e todos tivemos que nos ajustar.
Pacoli está a operar verdadeira revolução na oferta de habitação em Santo T irso
JA: Qual foi o segredo para o crescimento tão grande e sustentado da Rarial? Em que inf luenciou a aposta na industrialização do negócio, com a assunção da confeção dos produtos? RP: Trabalho, empenhamento, estratégia, visão e, sobretudo, a parte importante de qualquer empresa, o trabalho em equipa.
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Entrevista // Santo Tirso
que ser um sonhador” Se não tivermos bons colaboradores, estamos condenados ao fracasso. Esta é a formula mágica para qualquer empresa. JA: A crise pandémica vai fazer mossa nos resultados económicos futuros da Rarial? Como se adaptou a empresa para esta realidade? R P: A crise pandémica faz mossa nos resultados económicos de qualquer empresa. A Rarial não é exceção. Este ano de 2021 já vai para três meses com as portas encerradas de todas as nossas lojas. Partindo do princípio que não haverá mais confinamento até ao fim do ano, vamos ver se conseguimos controlar também os prejuízos. JA: Decidiu passar a Rarial para Santo Tirso há cerca de cinco anos e tem agora em marcha um grande plano de investimento neste concelho, através da Pacoli. O que é que a empresa tem em execução, atualmente? RP: A Pacoli tem em fase de acabamentos cerca de 70 apartamentos, contando realizar as escrituras com os clientes nos meses de abril e maio de 2021. Em fase intermédia cerca de 50 apartamentos e lojas comerciais que estarão concluídas em finais de 2021, princípios de 2022. E em fase inicial, ou seja, fundações, temos um hotel com 74 quartos e 31 apartamentos, classe A. Terminamos o hotel “B&B”, em junho de 2022, e os apartamentos no último trimestre de 2022. Estamos ainda a desenvolver outros projetos e a obter as respetivas licenças junto das respetivas entidades.
Pacoli tem em fase de acabamentos cerca de 70 apartamentos e, em fase intermédia, mais 50 habitações e lojas comerciais JA: O que tem Santo Tirso que o faz ser tão atrativo do ponto de vista económico? RP: Fundamentalmente, o facto de viver aqui em Santo Tirso há cerca de 30 anos e ter adotado esta simpática e charmosa cidade como minha. Do ponto de vista económico, acho que Santo Tirso vai dar o salto, pois vislumbra-se um forte crescimento e uma atividade industrial e comercial fora do normal. JA: Relativamente à Pacoli, a pandemia criou obstáculos significativos ao seu crescimento? RP: A pandemia cria obstáculos a qualquer atividade, excetuando uma minoria, sobretudo
as que estão relacionadas com a saúde, que essas têm crescimento e obtêm lucros, mas isto será a exceção e não a regra. Na Pacoli, fomos andando, mas não com o ritmo que gostaríamos. Os prazos para finalização foram alargados, mas felizmente está a voltar tudo ao normal. JA: O que ainda lhe falta fazer nos negócios? RP: Um empresário ligado a diversos negócios tem que ser um sonhador. Nestes tempos conturbados se não for resiliente, confiante e não tiver uma estratégia acertada claudica. Continuo a acreditar no futuro, com as cautelas que o presente nos aconselha. Temos uma equipa
de trabalho excelente e assim sendo com certeza que irão aparecer novos projetos e novos ne-
gócios, sobretudo nas áreas que dominamos.
Os números da R arial A primeira loja com a designação “Dona Erago” abriu em Bragança, seguindo-se as de Moscavide, Cova da Piedade, Seixal, Barreiro, Baixa da Banheira, Setúbal, Montijo, Coimbra e em Santo Tirso, onde se localiza a própria sede da Rarial, também com venda ao público. A Rarial emprega, diretamente, 45 pessoas e, de forma indireta, cerca de 50. Em termos de investimentos futuros, a prioridade é a venda online, tirando partido das capacidades que a empresa já possui e agilizando processos. A faturação em 2020 foi inferior à de 2019, devido à pandemia de Covid-19. Houve quase dois meses em que as lojas estiveram fechadas e isso refletiu-se no fecho de contas de 2020.
Os números da Pacoli Os investimentos em execução situam-se na cidade de Santo Tirso e em Vila das Aves. A tipologia dos apartamentos entre os T1 e T5, tendo também em projeto várias moradias. Atualmente, a empresa tem em execução um investimento na ordem dos 30 milhões de euros. Tem cerca de 20 postos de trabalho direto e cerca de 80 postos indiretos. Quanto ao futuro, a Pacoli está a “a projetar e viabilizar alguns investimentos”, revelou Raúl Palavras. “Nesta altura só podemos falar sobre o que temos dado como certo e que já nos referimos atrás. Com certeza que vamos continuar de mangas arregaçadas, porque o nosso lema continuará a ser confiança e futuro. Confiança nos nossos clientes e fornecedores. O futuro a Deus pertence, mas nós também podemos fazer alguma coisa para ter a expectativa de o tornar melhor. Mais humano, mais solidário e mais justo e sobretudo continuar a ter orgulho no caminho que vamos traçando”.
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Atualidade
// Vila Nova de Famalicão
Famalicão avança para “segunda geração” do Plano para a Igualdade e Não Discriminação “Definir uma estratégia de territorialização das políticas de igualdade e não discriminação, baseada num diagnóstico local e no quadro dos agentes e instituições locais”. Este é o propósito da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão com a criação de um novo Plano Municipal para a Igualdade e Não Discriminação 2021-2025, cujo apoio à elaboração e implementação foi aprovado pelo Programa Operacional Inclusão Social e Emprego, do Portugal 2020, com comparticipação a 85 por cento dos 35 mil euros de investimento. Com o primeiro Plano Municipal a terminar este ano, a autarquia pretende avançar para uma “segunda geração” da estratégia, através da “avaliação dos resultados alcançados e da consolidação da experiência adquirida”. “O novo plano enquadra-se assim no prosseguimento do trabalho desenvolvido procurando-se agora aprofundar a cara-
Novo plano foi aprovado pelo Portugal 2020 terização das diferenças sociais a edilidade, em nota informativa. Entre as ações previstas estão do território no que diz respeito a desigualdades não só de géne- “a priorização das necessidades ro, mas de funcionalidades e de na organização e no território em ciclo de vida, com a necessidade matérias alinhadas como a igualde analisar o problema da igual- dade entre mulheres e homens e dade numa visão interna dos tra- a prevenção e combate à discribalhadores do município, mas minação em razão do sexo, bem também externa, no contexto do como à discriminação que resulta município e das respostas sociais, da interseção de vários fatores de de emprego e saúde”, fez saber discriminação, como a origem ra-
Paulo Cunha em Congresso da ONU sobre a Prevenção do Crime e a Justiça Penal O presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, participou, a 11 de março, no 14.º Congresso das Nações Unidas para a Prevenção do Crime e a Justiça Penal, que decorreu entre 6 e 12 de março em Quioto, no Japão. A iniciativa decorreu sob o lema “Fazer avançar a prevenção da criminalidade, a justiça penal e o Estado de direito: para a realização da Agenda 2030”.
Na sua intervenção, que decorreu via online, o autarca famalicense sublinhou a importância das políticas locais na prevenção e combate à criminalidade e na promoção da integração social. “Tradicionalmente, esta é uma área entregue às instituições internacionais e aos governos nacionais, mas há outros níveis de governação, como é o caso dos municípios, que podem fazer muito por este tema. É uma espécie de
glocalização, onde as ações locais são essenciais para a obtenção de resultados globais” referiu o edil. Paulo Cunha apontou ainda alguns exemplos do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelo Município de Vila Nova de Famalicão e que contribui para a prevenção e combate à criminalidade, destacando a criação de um plano educativo forte e inclusivo; a promoção e criação de uma agenda multicultural local; a perceção da prática desportiva enquanto “receita social”; a implementação de uma estratégia local de desenvolvimento integrado e a criação de um novo modelo de governança onde cada cidadão tem um papel importante a desempenhar no desenvolvimento da comunidade. E acrescentou: “Só vamos prevenir o crime se estivermos a erradicar a fome, a acabar com a pobreza, se tivermos educação para todos, se reduzirmos as desigualdades e se não deixarmos ninguém ficar para trás”.
cial e étnica, a idade, a deficiência, a nacionalidade”. A autarquia destaca ainda “um conjunto de ações a decorrer, ao nível da dimensão municipal, nomeadamente formação na área da igualdade e não discriminação para mais de 40 por cento dos dirigentes e para os recursos humanos do município; representatividade equilibrada das mulheres e homens nos diversos órgãos; conciliação da vida profissional, familiar e pessoal dos colaboradores municipais e orientações para uma representação equilibrada de mulheres e de homens nos textos e nas imagens utilizadas ao nível da comunicação”. “A nível do território concelhio,
o Plano atenderá à inclusão ao nível dos diversos domínios da atuação municipal de medidas visando a promoção dos objetivos da Estratégia Nacional para a Igualdade e a Não Discriminação (ENIND ) e a Rede de Municípios Solidários; a organização de sessões junto da população sobre a igualdade e a não discriminação; a promoção dos objetivos da ENIND nos apoios municipais e nos fóruns e concelhos municipais existentes”, acrescentou. No final do processo de elaboração, o novo Plano Municipal para a Igualdade e Não Discriminação 2021-2025 será submetido a aprovação em reunião de Câmara.
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// Vila Nova de Famalicão
Nova entrada para o Centro de Estudos Camilianos conclui projeto de Siza Vieira O Centro de Estudos Camilianos de Seide, projetado pelo arquiteto Siza Vieira, oferecerá aos seus visitantes uma nova entrada mais ampla, mais digna e mais bela, percorrida entre jardins mesmo diante da Casa do Nuno, a residência do filho de Camilo Castelo Branco, onde o escritor chegou a habitar numa fase final da sua vida. A criação da nova entrada, operacional a partir de maio, representa a conclusão do projeto de Siza Vieira que, para além da construção do Centro de Estudos, envolveu um plano global de valorização do espaço camiliano, com o arranjo urbanístico do Largo de Camilo, construção do Centro Social e Paroquial, requalificação da igreja paroquial e adaptação da Casa do Nuno a sede da Junta de Freguesia. As obras arrancaram em feve-
reiro e têm um prazo de execução de 90 dias, implicando um investimento municipal superior a 31 mil euros. De acordo com a memória descritiva, a intervenção engloba a construção de caminhos pedonais em cubo granito azul, a construção de muros de vedação em alvenaria de pedra e a preparação de uma zona ajardinada. “É o culminar de uma vontade persistente da Câmara Municipal de Famalicão em cumprir o projeto de Siza Vieira, que contemplava para aquele espaço a entrada principal do Centro de Estudos Camilianos”, referiu o presidente da autarquia, Paulo Cunha, lembrando que depois de criadas as novas instalações para a Associação Desportiva e Recreativa de Seide S. Miguel (ADERE), que era a proprietária do terreno contíguo
ao Centro de Estudos Camilianos, onde está a ser construída a nova entrada, a autarquia conseguiu as condições necessárias para concluir o projeto de Siza Vieira. “É a peça que faltava no Centro de Estudos Camilianos, para se vivenciar aqui um ambiente verdadeiramente camiliano, numa homenagem ao romancista que ali viveu e escreveu grande parte da sua obra”, acrescentou. Paulo Cunha elogiou “a disponibilidade da ADERE para deixar de lado as questões que são periféricas e colocar no centro questões que são essenciais”. Refira-se que o Centro de Estudos Camilianos foi inaugurado em 2005 com as presenças da ministra da Cultura de então, Isabel Pires de Lima, a escritora Agustina Bessa-Luís e Siza Vieira. Desde essa altura que a entrada para
Obra foi possível graças a um entendimento com a ADERE o equipamento cultural era provisória porque o espaço proposto para a entrada principal estava ocupado pela ADERE. Para além desta obra em prol da valorização da memória de Camilo Castelo Branco, decorrem em Seide as obras de renovação e restauro da Quinta e da Casa dos Caseiros, observando a traça original do edifício. A intervenção insere-se-se na can-
didatura “Rota Camilo: Valorização da Casa-Museu e Cemitério da Lapa”, aprovada no âmbito do programa operacional Norte 2020, sendo cofinanciada através Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER). Com um investimento de cerca de 320 mil euros e o prazo de execução de um ano, a obra diz respeito à remodelação, ampliação e arranjos exteriores da Casa de Camilo.
Associação de Cidades Educadoras distingue “EnvolvAr-te” O Município de Vila Nova de Famalicão ficou entre os dez finalistas do Prémio Cidades Educadoras 2020, cuja cerimónia de entrega dos prémios realiza-se esta quinta-feira, 25 de março. O projeto “EnvolvAr-te”, promovido pela Câmara Municipal de Famalicão em parceria com o Instituto Nacional das Artes do Circo (INAC) mereceu distinção no âmbito das Boas Práticas de Inclusão e Democratização da Cultura, ins-
tituído pela Associação Internacional de Cidades Educadoras. O “EnvolvAr-te” tem como objetivo “envolver e integrar cidadãos portadores de deficiência do concelho”, através das artes circenses e da sua capacidade de estímulo à liberdade. “Este projeto vai assim ao encontro dos objetivos da Associação Internacional de Cidades Educadoras que, com este prémio, quer valorizar e reconhecer internacional-
mente o trabalho que as Cidades Educadoras desenvolvem e inspirar outros municípios na construção de ambientes mais educativos e inclusivos, destacando o potencial educativo da cultura”, revelou a autarquia famalicense. O prémio vai na sua terceira edição e desta vez foram enfatizadas boas práticas de promoção do acesso à cultura, a contribuição e a participação de todas as pessoas (especialmente dos gru-
pos mais vulneráveis) na vida cultural da cidade como forma de inclusão e promoção do sentimento de pertença e boa convivência. Bem como boas práticas que contribuem para promover a diversidade cultural como fonte de inovação e de desenvolvimento pessoal, social e económico. Foram apresentados a esta edição do Prémio Cidades Educadoras 2020 um total de 58 nomeações de 50 cidades-membro, dis-
tribuídas por 13 países e quatro continentes Os projetos vencedores foram Aqui Vive A Cultura: Rede de Casas de Cultura, Teatros, Unidades de Vida Articuladas e Laboratórios de Produção sonora (RED CATUL), de Medellín (Colômbia); A Educação Propulsora Para a Inclusão da Diversidade Étnica e Cultural, de Santos (Brasil) e o Projeto no Coração Da Minha Infância, de Torres Vedras (Portugal).
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ACIST elege esta quinta-feira novos órgãos sociais Hugo Assoreira encabeça a lista única à direção da ACIST - Associação Comercial e Industrial de Santo Tirso, num ato eleitoral que decorre esta quinta-feira, 25 de março, das 18 às 20 horas, na sede da associação. Os novos órgãos sociais estarão em funções no triénio 2021-2024. A liderar a Assembleia Geral estará Luís Miranda e a presidir ao conselho fiscal Tiago Vilaça. Já o presidente cessante Miguel Rossi ficará a presidir ao Conselho Consultivo da ACIST.
Hugo A ssoreira encabeça lista aos órgãos sociais da ACIST
// Vila Nova de Famalicão
Casa da Juventude promove “Aventura na Páscoa” online A pensar no período de férias escolares que se aproxima, a Casa da Juventude de Vila Nova de Famalicão preparou um programa de atividades online para os jovens do concelho. A “Aventura na Páscoa” decorre de 29 de março a 1 de abril, com a realização de várias oficinas pedagógicas e com a realização de um torneio de videojogos online em equipas. “Jovens Sustentáveis: que futuro
queremos construir?”; “Nem eu me explico … nem tu me entendes”; “Receitas sem desperdício” e “Magia” são as quatro oficinas que vão decorrer, entre as 10h00 e as 12h00, via plataforma Zoom. Os jovens do concelho podem também inscrever-se no “Torneio CS: GO ONLINE”, organizado pela Casa da Juventude em parceria com o Famalicão Extreme Gaming /RE – Associação Desportos Eletrónicos. O torneio vai
decorrer da parte da tarde, entre as 14h30 e as 17h00, tem um prémio final no valor de 275 euros e vai ter transmissão stream nos canais Twitch do Famalicão Extreme Gaming e no Facebook da Casa da Juventude de Famalicão As inscrições para as várias atividades decorrem no portal da Juventude de Famalicão, em www. juventudefamalicao.org.
Santiago Belacqua expõe em igrejas de Famalicão A partir deste sábado, dia 27 de março, o público vai poder apreciar a obra de Santiago Belacqua, o primeiro artista português convidado a expor no Vaticano, em sete igrejas do concelho de Vila Nova de Famalicão. A exposição “…e o Seu reino não terá fim” apresenta 20 quadros da autoria do artista plástico famalicense. A mostra, promovida no âmbito do programa “Há Cultura”, através da CSIF do Vale D’Este, vai estar patente até 8 de maio na Igreja Paroquial de Sezures, Igreja Paroquial de Arnoso Santa Maria, CaE xposição conta com 20 quadros pela do Senhor dos Passos (Arnoso Santa Maria), Mosteiro de seu percurso, como “A Imacularoquial de Nine. Arnoso Santa Eulália, Capela de Santiago Belacqua traz a esta da Conceição”, “A Última Ceia”, Nossa Senhora do Fastio (Arnoso exposição pinturas das coleções “Pregado na Cruz”, “RessurreiSanta Eulália), Igreja Paroquial de “Cristo Suspenso” e “Pietà” e ain- ção”, entre outros. Arnoso Santa Eulália e Igreja Pa- da outros quadros que marcam o
Dia do Pai celebrado no CHMA O Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA), assinalou, a 19 de março, o Dia do Pai com a entrega de um postal com uma foto do(a) recém-nascido(a) ao respetivo pai Este gesto foi possível, uma vez que, no dia 3 de março, foi levantada a proibição da permanência de acompanhante da grávida desde o parto até à alta, medida implementada devido à pandemia
de Covid-19. Os trabalhadores do hospital que são pais também tiveram direito a uma lembrança, recebendo uma carta de agradecimento e reconhecimento pelo esforço e dedicação que têm no seu papel enquanto pais, que neste último ano compatibilizaram com exigência que a sua profissão exigia por causa da pandemia. CARLOS LOPES
ALTERAÇÃO DE OPERAÇÃO DE LOTEAMENTO DISCUSSÃO PÚBLICA Dr. Alberto Manuel Martins da Costa, Presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso: Torna público que, em cumprimento do disposto no nº 3 do artigo 21º do Regulamento Municipal da Urbanização e Edificação de Santo Tirso, decorrerá um período de discussão pública sobre o pedido de alteração da licença da operação de loteamento (lote 21), titulada pelo alvará 37/82 de 16/04/82, localizado na Rua de Lameirões, na freguesia de Monte Córdova, com a duração de 15 dias e início 8 dias após a data da afixação do presente edital no edifício dos Paços do Concelho. O projeto de alteração da operação de loteamento, poderá ser consultado no balcão único da Câmara Municipal bem como no edital publicitado na página da CM na internet. Os interessados devem apresentar as suas reclamações, observações ou sugestões, por escrito. E para constar e devidos efeitos, vai o presente edital ser afixado e publicado nos termos legais. Santo Tirso e Paços do concelho, 23 de março de 2021
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Dr. Alberto Manuel Martins da Costa, Presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso: Torna público que, em cumprimento do disposto no nº 3 do artigo 21º do Regulamento Municipal da Urbanização e Edificação de Santo Tirso, decorrerá um período de discussão pública sobre o pedido de alteração da licença da operação de loteamento (lote 3), titulada pelo alvará 7/98, localizado em Trav. da Quelha, Lote Nº 3, na freguesia Vila Nova do Campo e com a duração de 15 dias e início 8 dias após a data da afixação do presente edital no edifício dos Paços do Concelho. O projeto de alteração da operação de loteamento, poderá ser consultado no balcão único da Câmara Municipal bem como no edital publicitado na página da CM na internet. Os interessados devem apresentar as suas reclamações, observações ou sugestões, por escrito. E para constar e devidos efeitos, vai o presente edital ser afixado e publicado nos termos legais. Santo Tirso e Paços do concelho, 23 de março de 2021
“Promover o desporto e os valores associados ao mesmo, através do reconhecimento e apoio aos atletas de excelência desportiva que pelo seu desempenho se destaquem no panorama nacional e internacional” é o objetivo da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão com o Programa de Promoção do Rendimento Desportivo, cujo regulamento se encontra em discussão pública até 12 de abril. O documento encontra-se à disposição do público para consulta pública e para recolha de sugestões, nos Serviços de Atendimento ao Público, durante as horas normais de expediente e no sítio oficial do Município na Internet em https://www.famalicao.pt/ discussao-publica O regulamento foi elaborado com o intuito de “alargar as medidas de apoio em vigor no município na área do desporto e assim regulamentar as regras e condições de acesso ao Programa Mu-
arquivo
ALTERAÇÃO DE OPERAÇÃO DE LOTEAMENTO DISCUSSÃO PÚBLICA
Programa de Promoção do Rendimento Desportivo com regulamento em discussão pública
nicipal de Promoção do Rendimento Desportivo, definindo os tipos de apoios e formas da sua concessão, os procedimentos que devem ser cumpridos pelos seus beneficiários e as formas de garantir a conformidade entre os fins visados pelos apoios e a sua efetiva prossecução”, explicou a autarquia. Com este mecanismo, é preten-
dido que se “estabeleça critérios gerais de atribuição de apoios em condições de igualdade para todos os atletas beneficiários e se monitorize a aplicação dos apoios concedidos, de modo a garantir o cumprimento princípios gerais da atividade administrativa, isto é, da legalidade, da prossecução do interesse público, da igualdade e da imparcialidade”.
Regulamento da Paisagem das Pateiras do Ave em discussão pública Até 17 de abril decorre o período de discussão pública do projeto de regulamento da Paisagem Protegida Local (PPL) das Pateiras do Ave. Até este dia, os interessados em enviar sugestões, podem fazê-lo, por escrito, à Câmara Municipal. O documento está disponível para consulta nos Serviços de Atendimento ao Público, durante as horas normais de expediente, e no portal online do Município de Vila Nova de Famalicão em https://www.famalicao.pt/discussao-publica. “Este projeto de regulamento define a criação da Paisagem Protegida Local das Pateiras do Ave, regulamenta os seus objetivos e a sua gestão, a composição dos respetivos órgãos, as atividades interditas ou condicionadas na área de intervenção da Paisagem Pro-
tegida Local, entre outras matérias”, fez saber a autarquia famalicense, em nota informativa. Localizada numa área com cerca de 1800 hectares, em território das freguesias de Fradelos, Ribeirão e Vilarinho das Cambas, a Paisagem Protegida Local das Pateiras do Ave conta “com paisagens e elementos que evidenciam o
grande valor estético, ecológico e cultural da região”. “A sua classificação visa a proteção dos valores naturais e culturais existentes, realçando a identidade local e a adoção de medidas compatíveis com os objetivos da sua classificação. O projeto da PPL das Pateiras do Ave pretende envolver e mobilizar as comunidades locais na recuperação e valorização deste território”, acrescentou a Câmara Municipal. Preservar “um mosaico de floresta e campos agrícolas, centrado na freguesia de Fradelos, na sua arquitetura tradicional, nas suas tradições, mas, principalmente, na sua biodiversidade, nos seus habitats e nos seus ecossistemas que persistem nas margens do rio Ave” é o objetivo deste projeto.
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// Vila Nova de Famalicão
Mais de 700 árvores vão ser plantadas
Parque da Devesa com arvoredo reforçado no outono No outono, o Parque da Devesa vai ficar mais “verde”, com a plantação de 732 árvores e arbustos de 63 espécies. Esta ação, a realizar entre os meses de setembro e outubro, resulta de um investimento da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão na ordem dos “75 mil euros”, que, entretanto, já foi adjudicado à empresa Justacolina. Em nota informativa, a edilidade explicou que, à luz de “um estudo paisagista realizado em 2018”, pretende “adensar e diversificar a estrutura arbórea da Devesa, criar mais zonas de sombra ao longo do parque e, consequentemente, mais áreas de estadia e convívio, e promover a biodiversidade abrigando uma maior quantidade e diversidade de espécies de fauna”. “Uma maior produção de oxigénio”, assim como “maior captura de dióxido de carbono e um aumento da capacidade de purificação do ar” são os resultados que a Câmara Municipal espera alcançar com este investimento. “Grande parte das novas árvores a plantar são de espécies autóctones, como carvalho-alvarinho, bétula ou vidoeiro, sobreiro, pinheiro-manso, faia, loureiro, cerejeira, aveleira, castanheiro, mas está também prevista a plantação de espécies exóticas como sequoia, pseudotsuga, pinheiro-de-weymouth, áceres, entre outras”. A autarquia refere ainda que, nos nove anos de existência do Parque, “várias árvores caíram,
P lantação vai ocorrer entre setembro e outubro sobretudo, devido a fatores naturais, tais como a idade ou as condições atmosféricas”. O pinheiro-manso, as bétulas e os choupos são as árvores dominantes na Devesa, às quais se juntam, também com alguma predominância, nas margens do rio, os amieiros e os salgueiros. “22 mil árvores” plantadas em cinco anos No âmbito do projeto “25 mil árvores até 2025”, a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão anunciou atingir, em breve, a barreira das “22 mil” plantadas desde 2016. “Aproveitando as comemorações do Dia da Floresta e do Dia da Árvore, a autarquia fama-
license está mais uma vez a sensibilizar a comunidade para a importância da floresta e das suas espécies nativas, levando a cabo mais uma ação do projeto de reflorestação, desta vez na freguesia de Seide São Miguel, na sede da ADERE – Associação Desportiva e Recreativa de Seide de S. Miguel, onde estão a ser plantadas 269 árvores e arbustos de espécies autóctones”, revelou a autarquia em comunicado. Reabilitar aproximadamente 25 hectares do território concelhio através da plantação de 25 mil árvores e arbustos nativos da região em áreas urbanas, espaços rurais, ao longo das linhas de água e em montes e serras é o objetivo deste projeto.
João Antunes com exposição digital Os famalicenses vão poder conhecer o trabalho do artista plástico e performer famalicense João Antunes através de uma exposição digital disponível no portal da Juventude de Famalicão, em http://www.juventudefamalicao.org. João Antunes colaborou no projeto “Plastic Organic”, de Alex Côté, e foi codirector do projecto “AGIT Lab - art residence”, onde teve a oportunidade de conhecer e colaborar com diversos artistas internacionais, tais
como Mathieu-Philippe Perras, Zoé Boivin, Christopher Fuelling, Paulina Almeida e Dulce Duca. Nesta exposição, o artista famalicense apresenta um conjunto de trabalhos em pastel sobre diversos materiais, “onde procura romper com o estado embriagado das pessoas, utilizando cores saturadas, uma espécie de néon, de forma a captar a vista de quem a vê aos primeiros instantes e deixá-las divagar pelas cores presentes”.
Jornal do Ave - 2.ª publicação - 25-03-2021
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25 DE MARÇO DE 2021 JORNAL DO AVE
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Ambiente
Santo Tirso e Famalicão associam-se à Hora do Planeta
Descarga pinta Rio Sanguinhedo de vermelho Na data em que se comemorou beiros Voluntários de Santo Tirso, o Dia Mundial da Água, a denún- para auxiliar os agentes da PSP a cia para uma eventual descarga determinar a origem da descarga. numa ribeira perto da Zona InO curso de água, que desadustrial da Picaria, em Santo Tir- gua no Rio Ave, atravessa a área so, chegou à esquadra da Polícia empresarial onde “estão instalade Segurança Pública durante a das várias fábricas”, sendo que tarde, alertando para o facto de a as “descargas têm sido frequencor da água do Rio Sanguinhedo tes nos últimos tempos”, garancorrer vermelha. tiu Norberta Coelho, proprietáA PSP confirmou ter recebido ria de uma quinta localizada pauma denúncia e que compareceu redes meias com o rio Sanguinheno local para fazer averiguações, do, junto à zona empresarial, que tendo sido, entretanto, requisita- “tem sido vítima nos últimos temda a presença da Brigada de Pro- pos de várias descargas, sendo teção Ambiental da PSP do Porto que nunca se conseguiu determie foram ainda acionados os Bom- nar a origem”.
As câmaras municipais de Santo Tirso e de Vila Nova de Famalicão associam-se, a 27 de março, à iniciativa “Hora do Planeta”, a maior campanha ambiental a nível global. Entre as 20h30 e as 21h30, Santo Tirso vai desligar, parcialmente, as luzes do edifício da Câmara Municipal e da iluminação pública do Largo Coronel Batista Coelho, da Praceta da Alto da Feira e da Via Panorâmica, enquanto, em Famalicão, serão desligadas as luzes, interiores e exteriores, de alguns edifícios e monumentos emblemáticos, nomeadamente o edifício dos paços do concelho e jardim envolvente, a Casa das Artes e jardim envolvente, o Centro de Estudos Camilianos, o Palacete Barão da Trovisqueira/Museu Bernardino Machado, a Casa da Cultura e Largo dos Eixidos, a Casa da Juventude, a Casa do Território (Parque da Devesa) e a Fundação Cupertino de Miranda. A “Hora do Planeta”, promovida em todo o mundo pela WWF – World Wild Fund for Nature, volta a contar com estes municípios na defesa do aquecimento global. Dia 27 de março, entre as 20h30 e as 21h30, toda a população é, igualmente, convidada a desligar as luzes e a associar-se a esta causa. No âmbito da evolução da campanha, cujo tema deste ano é Água e Alterações Climáticas, e do conceito ‘Liga-te ao Planeta’, o Município de Famalicão compromete-se ainda em continuar o tra-
L uzes de edifícios municipais vão apagar- se durante uma hora balho de redução das perdas de água nas infraestruturas da rede de distribuição à população e de substituição de condutas mais fragilizadas e de maior risco de provocar perdas de água. A autarquia assume ainda o empenho em reduzir os consumos próprios, isto é, os consumos de água nos edifícios, parques e jardins sob a gestão da autarquia e realizar uma campanha de sensibilização para o Uso Eficiente da Água, com especial enfoque na população escolar. Refira-se ainda que o Gabinete de Sensibilização Ambiental irá promover junto das 55 Eco-Escolas do município um apagão ge-
neralizado, nas casas dos respetivos alunos, pedindo, também, que acendam uma vela, colocando-a à janela e que tirem uma foto e a partilhem nos canais e redes de comunicação habituais com a hashtag #horadoplanetafamalicao2021. Tendo começado como um evento simbólico de apagar de luzes em Sydney, a Hora do Planeta é, desde 2007, a maior campanha ambiental a nível global com mais de 3,5 mil milhões de pessoas em 190 países e territórios a mostrarem o seu apoio a esta causa ao desligarem simbolicamente as suas luzes.
PAN critica postura da TRATAVE no caso das descargas no Rio Ave “Temos assistido a constantes atropelos ambientais que colocam em causa a recuperação da biodiversidade do Rio Ave”. Foi desta forma que Sandra Pimenta, porta-voz da comissão política concelhia do PAN, se referiu às supostas “descargas efetuadas no Rio Ave, na freguesia de Pedome, a 15 de março”. Numa missiva dirigida à TRATAVE, integrante do SIDVA (Sis-
tema Integrado de Despoluição do Vale do Ave), a estrutura do partido considerou “chocante” a postura da empresa, que “deveria ter como princípio contribuir ativa e positivamente para a despoluição dos nossos rios, não acautelar esta situação”. “Qualquer que seja a origem das descargas de ef luentes agrícolas, industriais ou particulares - estas são extremamen-
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te poluentes e têm sempre con- mente descarregada e se a emsequências devastadoras para presa procedeu a alguma anália biodiversidade do rio, quer se à mesma, atendendo às declaafastando, quer eliminando al- rações da empresa que garangumas espécies locais, como é te que estas descargas apenas o caso da lontra comum”, pode causaram 'um impacto ambienler-se no comunicado divulga- tal reduzido'”. Insatisfeita com as respostas do pelo partido. O PAN quer, por isso, “saber dadas pela TRATAVE ao primeique tipo de descarga se trata, em ro “conjunto de questões”, o PAN relação à sua composição quími- “reforçou o pedido de esclarecica, que quantidade foi efetiva- mentos”, para “perceber o pro-
pt | Redação: Magda Araújo e Hermano Martins | Colaboração: António Costa, Manuel Veloso | Composição: Magda Araújo | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Rua de S. Brás, n.º1 Gualtar Braga | Assinatura Anual: Continente 18,5 €; Europa:39 €; Extra europa: 45€; PDF 13 € (IVA Incluído) | Avulso: 0,70 € Tiragem
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cesso desencadeado neste procedimento”. “É imperioso criar alternativas para o tratamento eficaz das águas da rede, seja através do aumento da capacidade de tratamento, da interligação de unidades existentes, ou até do aumento da sua capacidade de tratamento atual”, concluiu Sandra Pimenta.
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Ambiente
// Santo Tirso
Loja de Santo Tirso entra na revolução ambiental da Mercadona A revolução iniciada pela Mercadona, que promete ajudar o meio ambiente, já está em marcha na loja de Santo Tirso. O supermercado, inaugurado em 2020, é uma das 72 lojas em Espanha e Portugal que estão a ser adaptadas à chamada “Estratégia 6.25”, que se caracteriza pela implementação de seis ações até 2025, com os objetivos de reduzir 25 por cento do plástico utilizado nos produtos e espaços, conseguir ter todas as embalagens de plástico recicláveis e reciclar todos os resíduos de plástico. Com este compromisso, a Mercadona estima investir 140 milhões de euros. A primeira das seis ações já está concluída em Santo Tirso. Trata-se da eliminação dos sacos de plástico de uso único em todas as secções. No supermercado estão já disponíveis os sacos compostáveis, feitos de fécula de batata, que devem ser depositados no contentor de lixo orgânico, como
se pode atestar pelo pictograma incluído nestes artigos. Nos restantes sacos na linha de caixas, a Mercadona dispõe de três opções de sacos reutilizáveis e sustentáveis. Com esta ação, o retalhista aponta para a redução de 3200 toneladas de plástico por ano. Mas a estratégia ambiental da Mercadona é já visível noutras secções. No espaço onde o cliente pode recolher sumo de laranja natural, as garrafas utilizadas são, agora, todas feitas com 100 por cento de plástico reciclado. O mesmo se pode verificar na secção de produtos de limpeza do lar. No sentido de contribuir para a literacia ambiental da comunidade onde está inserida, a Mercadona tem colocado sinalética da respetiva reciclagem nos corredores dos supermercados, como no caso das bebidas em embalagem de plástico. Entre as seis ações que dão corpo à Estratégia 6.25, estão ainda os objetivos de “eliminar os descartáveis de
M ercadona tem colocado sinalética da respetiva reciclagem nas secções plástico de uso único; diminuir em 25% o plástico das embalagens; promover o desenvolvimento de emba-
bre reciclagem, sustentabilidade e o compromisso ambiental da marca. O ano passado, em mar-
buição Urbana Sustentável e na melhoria da qualidade do ar nas cidades, através da utilização de camiões e carrinhas propulsados por tecnologias mais limpas e eficientes. Estas ações inserem-se no extenso plano de Responsabilidade Social do retalhista, que inclui ainda a colaboração com mais de 290 cantinas sociais, 60 bancos alimentares e ou-
tras entidades sociais em Portuga l e E span ha, às quais doa diariamente e participa em campanhas de recolha de alimentos organizadas pelas mesmas. Em 2020, a iniciativa social da Mercadona cifrou-se em 17 mil toneladas de alimentos, 1200 dos quais em Portugal. Em Santo Tirso, a Mercadona tem um protocolo com a associação ASAS, à qual entrega, de segunda a sexta-feira, várias caixas compostas por bens essenciais, alimentares e não alimentares. A Mercadona colabora ainda de forma próxima com 32 fundações e centros ocupacionais na decoração das suas lojas com murais de trencadís (mosaicos típicos do Mediterrâneo), elaborados por mais de mil pessoas com incapacidade intelectual. Em 2011, o retalhista assinou o Pacto Mundial das Nações Unidas para a defesa dos valores fundamentais em matéria de Direitos Humanos, Normas Laborais, Meio Ambiente e Luta contra a Corrupção.
Sacos de uso único são biodegradáveis
Garrafas são feitas com 100% plástico
lagens recicláveis/compostáveis; reciclar os resíduos de plástico gerados nas lojas e formar e informar os clientes de como se deve efetuar a separação correta dos resíduos, quer através de informação nas embalagens quer nas lojas”. A Estratégia 6.25 está a ser implementada tendo em conta “a opinião de clientes e colaboradores”, num período em que foram recebidas “mais de 50 0 0” sugestões. Num processo que quer, constantemente, transparente, a Mercadona atualiza a informação sobre a Estratégia 6.25 na secção “Cuidemos do Planeta” do seu site corporativo. Aqui, o cliente encontra também conteúdos so-
ço, a Mercadona juntou-se à Smart Waste Portugal para promover a Economia Circular no país, tendo aderido também ao Pacto Português para os Plásticos. Esta plataforma colaborativa pretende fomentar a Economia Circular dos plásticos em Portugal e evitar que estes se transformem em resíduos. A empresa começou a trabalhar nesta estratégia em 2019, envolvendo todos os seus colaboradores no desafio de “Continuar a Cuidar do Planeta” e tornar os diversos processos da linha de montagem mais sustentáveis. Ainda relacionado com o Sistema de Gestão Ambiental a Mercadona assumiu o Projeto de Distri-
P rodutos para limpeza do lar são feitos de plástico reciclado