Jornal do Ave 222

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JORNAL DO AVE 3 DE março DE 2022

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Atualidade

// Vila Nova de Famalicão

Ministério Público abriu inquérito sobre agressões no Hospital de Famalicão PSP garante ter já identificado a maioria dos autores das agressões, levadas a cabo por um grupo de pessoas, cerca de 15, nas urgências da unidade de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave. O Ministério Público confirmou a abertura de um inquérito. O caso das agressões a profissionais de saúde no Hospital de Famalicão, fez esta terça-feira uma semana, encontra-se em investigação no DIAP da Procuradoria da República da Comarca de Braga. Foi durante a madrugada que se deu a invasão do serviço de urgência do Hospital de Famalicão. Segundo o que foi relatado pelo presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Pedro Costa, – que na sequência deste caso pediu que a violência contra profissionais passe a ser crime público, rep-

to feito também pela bastonária da Ordem dos Enfermeiros – o ataque à equipa deu-se depois de um utente ter recusado inscrição para ser atendido, protestando por não ser observado de imediato. Seguiram-se agressões por parte de membros de uma família, em que terão participado cerca de 15 pessoas. “Durante 45 minutos, o serviço de urgência do Hospital de Famalicão foi tomado por 15 pessoas que fizeram o que entenderam. Isto põe em causa a liberdade de todas as pessoas”, descreveu Pedro Costa, questionando também a demora na intervenção da PSP, dado que, no local, estava um segurança, também agredido, e até à chegada da polícia terá passado quase uma hora. Um dos enfermeiros, agredido com uma barra de suporte de soro, ficou com a boca aberta e a cabeça partida, tendo havido ou-

tros dois feridos, entre eles uma enfermeira de 62 anos. A ministra da Saúde repudiou as agressões e garantiu que as equipas estão a receber apoio psicológico. Na sequência deste incidente, o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão reuniu com membros do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA) e responsáveis pela PSP e reivindicou “o reforço de meios e uma maior articulação entre as forças policiais do concelho”, nomeadamente a PSP, a GNR e a Polícia Municipal. Em declarações à comunicação social, Mário Passos referiu que a escassez de recursos da PSP foi um dos assuntos levantados no encontro, contingência que “não pode ser ignorada pela Administração Central”, mas que pode ser minimizada pela existência de “um protocolo de interação” que assegure uma maior cooperação entre as várias forças policiais. “A existência de um plano de ação bem definido para situações de gravidade extrema como a que assistimos esta semana no hospital garantiria, certamente, uma resposta mais musculada e eficaz”, disse o autarca, sensibilizando para a importância das instâncias superiores refletirem sobre estes aspetos. Recorde-se que o quartel da GNR fica “a dois minutos a pé” do

E nfermeiro ficou gravemente ferido na sequência das agressões hospital, mas, como a ocorrência foi na cidade, apenas foi chamada a PSP, que apesar de também estar perto do hospital, terá demora-

do 45 minutos a chegar, alegadamente por falta de efetivos. Quando chegaram, os agressores já se tinham posto em fuga.

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