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16 NOVEMBRO 2016 JORNAL DO AVE
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Quinzenal 16 de novembro de 2016 Nº 61 Ano 3 | Diretora Magda Machado de Araújo | 0,70 €
Homem apareceu morto no mato
//PÁG. 24
Manhã trágica tira a vida a dois jovens
//PÁG. 20
Davide Figueiredo campeão do Mundo
//PÁG. 15
//PÁG. 6
ACIST reativa polo de Vila das Aves //PÁGs. 13-15
50 anos ao serviço dos outros
//PÁG. 5
//PÁG. 8
PSD acusa Governo de suspender variante à EN 14
Paulo Leal “tranquilo” com auditoria às contas da Junta da Reguenga
Tribunal não deixa enterrar em novo espaço de cemitério
//PÁG. 2
//PÁG. 7
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JORNAL DO AVE 16 NOVEMBRO 2016
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Atualidade
// Santo Tirso
Paulo Leal aguarda auditoria à sua gestão com “total tranquilidade” Paulo Leal decidiu quebrar o silêncio acerca da sua demissão do cargo de presidente da Jun- lada pela Junta de Freguesia. Sen- trar decorrido mais de um mês sota de Freguesia de Reguenga, em Santo Tirso, para “repor a verdade dos factos, evitando a con- do minha obrigação a liquidação bre a sua emissão. Em última insatempada das faturas, achei por tância, quem pagou a obra foi a tinuidade de julgamentos em praça pública”. PATRÍCIA PEREIRA
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sua obrigação ou responsabilidade a realização da contabilidade, como é insinuado”. O ex-autarca aguarda com “total tranquilidade o resultado da auditoria às contas da Junta de Freguesia”, pois irá “repor toda a verdade e fará justiça à atuação de cada um dos membros do executivo, atribuindo a cada um, se assim entender por conveniente, a sua quota-parte de responsabilidade na gestão dos desígnios da Reguenga”.
ecorde-se que Paulo Leal apresentou a sua demissão a 10 de outubro. No dia 25 de outubro, realizou-se uma Assembleia Extraordinária da Junta de Freguesia, onde o atual executivo propôs a realização de uma auditoria externa à gestão da Junta, para, segundo Luísa Rocha, presidente da Assembleia, apurar “a verdadeira dimensão do problema” e verificar “quais são as irregularidades que existem na gestão deste mandato”. Até ao início de novembro, PauQuem pagou o muro lo Leal tinha optado pelo silêncio, foi a Câmara Municipal para que “todo o processo de avePaulo Leal refere ainda que a riguações acerca das (supostas) irconstrução do muro na Rua da Teregularidades do seu mandato delha tem sido apontada como “ilecorresse com a devida serenidade gal ou irregular” e servido como e neutralidade”. Mas como o “de“justificação para deturpações e curso do tempo veio demonstrar uma realidade bem diferente”, o Paulo Leal foi autarca da Reguenga acusações infundadas”. O ex-autarca confirma que para a “reconsex-autarca decidiu emitir um comunicado, que também foi publi- contas da freguesia (que em nada trução” do muro “não houve qualcado nas redes sociais. Paulo Leal saíam prejudicadas) à data proce- quer deliberação nesse sentido, confirma que “durante o ano de di ao depósito da diferença (457,82 podendo de uma forma legal ser 2015, por motivos de força maior”, euros) na conta da Junta”, com- efetuada uma ratificação à consrecebeu “18 vencimentos (mais pletou, referindo-se a estes factos trução do muro da Telha, em reuquatro do que aqueles a que tinha como os que “consubstanciam as nião de executivo posterior à data direito)”, mas que esses “não fo- irregularidades” do seu mandato. da construção. Paulo Leal explica O ex-autarca declara que é “ain- que “a adjudicação sem aprovaram, de modo algum, ocultados ou camuflados, existindo prova docu- da acusado de apropriação indevi- ção” se deveu a “um mal-entendimental e cabal do seu recebimen- da de outras verbas”, tendo sido do”, que terá sido confirmada pelo to em seu nome”. “Não era minha “sugerido” que procedesse “à de- empreiteiro Abel Rodrigues ao resintenção a apropriação indevida volução de 4500 euros por con- tante executivo da Junta. Segundo de montantes pertencentes à Jun- ta dessa apropriação indevida”, o o comunicado, quando foi “requeta de Freguesia, pelo simples facto que é “mentira”, assegura, uma rida apenas a realização de um orque pretendia devolver, até ao fi- vez que essa verba é “pertencen- çamento, o empreiteiro em causa nal do mandato e com a maior bre- te à Junta” e encontrava-se “em iniciou a obra de imediato”. “Quanvidade possível, os montantes re- caixa na sede da Junta de Fregue- do confrontado com tal facto, concebidos em forma de adiantamen- sia para pagamento das despesas substanciado numa fatura no valor tos”, denotou, referindo que, “com correntes e quotidianas da fregue- toral de 3578,52 euros, e uma vez enorme sacrifício pessoal e fami- sia”. Contudo, Paulo Leal confir- que a reconstrução (que se afiguliar”, já procedeu “ao depósito de ma que “há levantamentos sem rava necessária e quiçá urgente) já quatro salários” e “ainda o valor de justificação documental, efetua- se encontra feita, entendi ser meu 101,73, correspondente a dois me- dos nos dias 18 de julho de 2014 e dever moral liquidar as respetivas ses de subsídio de Natal de 2016”. 16 de julho de 2015, por exemplo”, faturas”, justificou. No entanto, para “não causar O ex-autarca esclareceu ainda, mas que isso “não significa que se em comunicado, que “durante o tenha apropriado indevidamente qualquer prejuízo à freguesia”, Paulo Leal conta que, a “13 de seano de 2013”, quando tomou pos- de tais verbas”. Desde a sua tomada de posse, tembro”, remeteu à Câmara Muse, fez-se “pagar a título de subsídio de Natal 610,43 euros, quando Paulo Leal, devido à sua formação nicipal de Santo Tirso “um pediapenas tinha direito a 152,61 eu- base, fez “a contabilidade da Jun- do de reforço de capital para paros”, porque “quem de direito de- ta de Freguesia, sem qualquer tipo gamento das faturas”, da empreveria ter recebido o montante em de remuneração adicional, sacrifi- sa “Abel Rodrigues, Lda”, no valor excesso não o recebeu” e, “errada- cando, por vezes, a sua vida pesso- total de 5688,81 euros. “Tal solicimente”, Paulo Leal entendeu “esta al e familiar de modo a poupar aos tação foi prontamente concedida renúncia ao direito de recebimen- cofres da autarquia o pagamento pela Câmara Municipal, que efeto do proporcional de subsídio de mais ordenados/serviços”. Por tuou a transferência da verba no como uma doação em seu benefí- estar “em regime de meio tempo”, valor total de 5688,81 euros no dia cio”. “Não pretendo prejudicar as Paulo Leal reafirma que “não era 20 de setembro para a conta titu-
conveniente proceder de imediato ao seu pagamento (sem utilizar subterfúgios ou segundas intenções para com os restantes membros do executivo), por se encon-
Câmara Municipal de Santo Tirso, não causando qualquer custo ou prejuízo para a Junta de Freguesia”, ressalvou.
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A partir de 8 de dezembro, todas as semanas nas bancas
Jornal do Ave: De bimensal a semanal
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// Santo Tirso
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A 4 de junho de 2014, nascia um plementação da tecnologia. jornal que prometia revolucionar Face ao sucesso do projeto jora forma de fazer jornalismo na re- nalístico, que é já referência para gião do Ave. Direcionado aos con- o público, decidimos avançar. E celhos que compõem esta região, porque é para a frente que temos com especial enfoque em Santo de olhar, está na hora de responTirso, Vila Nova de Famalicão e der às solicitações que, diariamenTrofa, o Jornal do Ave superou to- te, recebemos dos leitores e tordas as expectativas em dois anos nar o Jornal do Ave um periódide existência. co semanal. Hoje, é um jornal de referênEsta é a última edição antes da cia, que dá a conhecer as histó- mudança, que nos vai requerer O presidente da Câmara conrias de pessoas, empresas e ins- adaptações e, por isso, obrigaro dia de S. Martinho co- sidera que o Magusto Municipal tituições que marcam o dia a dia -nos-á a uma paragem de duas me-se castanhas e bebe-se o vi- “procura recuperar uma tradição do Vale do Ave. semanas. Mas a partir de 8 de de- nho”. Diz o ditado e manda a tra- da região”. “Na altura em que o O Jornal do Ave começou por ter zembro, o Jornal do Ave estará nas dição. Foi assim na Praça dos Car- país era principalmente agrícola, periodicidade bimensal e, rapida- bancas todas as semanas para dar valhais, em Santo Tirso, a 13 de esta festa, no fim das colheitas, timente, a projeção do projeto jun- à região do Vale do Ave a melhor novembro, para mais um Magus- nha um significado muito importo Municipal, promovido pela au- tante”, por isso ainda hoje se proto do público obrigou a aumentar informação. a frequência da saída para as banEnquanto isso, manteremos a tarquia tirsense. Aliar a tradição cura “recuperar e fazer permanecas. Correspondemos com a pe- edição online (www.jornaldoave. à cultura popular era o objetivo cer no tempo as tradições, os cosriodicidade quinzenal, mantendo pt) atualizada, incluindo com a do convívio de S. Martinho, que tumes e a história do município”, os valores por que se rege a equi- publicação das habituais repor- trouxe para a rua algumas asso- explicou o autarca. ciações do concelho, artesanaO espaço, decorado com alfaias pa que trabalha todos os dias para, tagens em vídeo. além de noticiar o presente e persEsta é uma prenda de Natal an- to e gastronomia da região, para agrícolas e outros apetrechos, fapetivar o futuro, dar a conhecer a tecipada que damos aos milhares “criar alguma movimentação e in- zia recuar no tempo. À festa juntahistória desta região, que ficou, in- de leitores que, desde a primeira troduzir algum fator de comércio ram-se o Rancho Folclórico Santa delevelmente, marcada pelo vigor edição, acreditaram no projeto e local”, adiantou o presidente da Maria da Reguenga, Cantares ao têxtil da indústria que, hoje, está depositaram em nós toda a con- Câmara Municipal de Santo Tirso, Desafio trazidos pelos cantadoJoaquim Couto. res Adília de Arouca e Bruno Dua renascer das cinzas graças à im- fiança num jornalismo credível.
Praça dos Carvalhais encheu para o Magusto “N
arte e o Agrupamento de Escuteiros de Rebordões, que preparou jogos tradicionais. A típica fogueira de S. Martinho também marcou esta tarde de outono. “A opinião geral das pessoas é muito positiva. O jardim esteve cheio, as pessoas satisfeitas e é um evento cultural que obviamente vamos repetir”, finalizou o autarca. Caldo-verde, papas de sarrabulho, doçaria caseira, preparados por alguns grupos folclóricos e etnográficos concelhios, e as tão desejadas castanhas assadas e o vinho fizeram as delícias de quem participou no Magusto Municipal de Santo Tirso. L.O./C.V.
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// Santo Tirso
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Um rodízio de sopas P
Faria, presidente da Associação ara mostrar que a sopa deve de Moradores do Complexo Habiser um prato de todos os dias, a tacional de Ringe. Associação de Moradores do ComO festival, que vai na 3.ª ediplexo Habitacional de Ringe, em ção, é “um sucesso”, e conta com Vila das Aves, organizou, a 5 de no- o apoio da Câmara Municipal de vembro, mais uma edição do Fes- Santo Tirso. “É uma iniciativa simtival de Sopas. ples e muito interessante, porque “A ideia surge vinda do sul, onde recupera um tema muito imporeu vi um festival de sopas. Achei tante para a nossa alimentação interessante e importei-o para e para o Minho. Junta as pessoas Vila das Aves”, explicou Joaquim na confraternização, que põem a
conversa em dia e, do ponto de vista cultural e cívico, é excelente”, informou Joaquim Couto, presidente da Câmara Municipal. Apesar da noite fria, muitas pessoas estiveram presentes e provaram um rodízio de 12 sopas, confecionadas por restaurantes e pessoas individuais, num evento onde para além da sopa não faltou a música e a animação. A.M./C.V.
Exterior da Secundária D. Afonso Henriques está em obras
As obras no exterior da Escola e reposição de pavimentos e dreSecundária D. Afonso Henriques, nagem de águas pluviais, a paviem Vila das Aves, já começaram. A mentação da faixa de rodagem e obra, onde foram investidos “cer- passeios e a colocação de sinalica de 40 mil euros”, tem como ob- zação vertical e horizontal. “Era uma reivindicação antiga, jetivo o melhoramento da zona expor parte da associação de estuterior da escola. A empreitada prevê a imple- dantes, e foi um compromisso que mentação da circulação em senti- assumi quando visitei a escola. É, do único no arruamento de aces- por isso, com agrado que vejo agoso à escola, a execução de uma via ra a concretização da obra”, explide saída desta área, a criação de cou Joaquim Couto, presidente da uma paragem de autocarros abri- Câmara Municipal de Santo Tirso. A.M./C.V. gada, assim como o levantamento
Caminhar e ajudar a CAID
Mais uma vez os passos serão solidários. A caminhada que vai decorrer em Santo Tirso, no primeiro dia do mês de dezembro, vai reverter a favor da Cooperativa de Apoio à Integração do Deficiente (CAID). Com partida marcada para as 10 horas, da Câmara Municipal de Santo Tirso, com destino ao Parque Urbano da Rabada, Os voluntários que queiram a iniciativa da autarquia pretende par ticipar podem inscrever- “criar laços e parcerias e contará -se até dia 16 de novembro, em com muitas surpresas”. As inscrihttp://santotirso.pt/juventude.
Câmara promove ação de limpeza voluntária no Rio Sanguinhedo O Rio Sanguinhedo vai ser alvo pela Câmara Municipal de Sande uma ação de limpeza, no dia to Tirso, em parceria com a Re19 de novembro, entre as 08.30 e sinorte, a Associação de Amigos de Sanguinhedo e com a União de as 13 horas. “Ajude-nos a ajudar” é a inicia- Freguesias de Santo Tirso, Couto tiva de voluntariado promovida (S. Cristina e S. Miguel) e Burgães.
ções já estão abertas e podem ser feitas na CAID, na oficina TOP CAR, no Ginásio My Way, na Loja Opticália e no Café do Rio. Os três euros da inscrição revertem na totalidade a favor da CAID, “com vista ao desenvolvimento e implementação de projetos destinados à população com deficiência e incapacidade”, e incluem um kit de caminhada, com uma t-shirt, uma garrafa de água e uma maçã. L.O./C.V.
Vila Nova do Campo promove “Encontro Arciprestado assinalou encerramento de Gerações” do Jubileu da Misericórdia A.M./C.V.
// Vila Nova de Famalicão
O Arciprestado de Vila Nova de Famalicão procedeu ao Encerramento do Jubileu da Misericórdia no dia 13 de novembro. Com a celebração de uma Eucaristia, às 19.15 horas, na Igreja Nova Matriz de Santo Adrião, em Famalicão, a Igreja Jubilar do Arciprestado, encerrou-se a Porta Santa. A celebração contou com a presença de 29 sacerdotes e quatro diáconos do Arciprestado, sendo presidida pelo padre Armindo Paulo Freitas. O momento coincidiu com o encerramento da Semana da Oração pelos Seminários, que foi também uma das intenções na celebração. Foram recordados ainda os três sacerdotes do Arciprestado que faleceram ao longo do ano: Alcino de Azevedo, Joaquim Pinheiro e Manuel Magalhães. No final da Eucaristia, houve um jantar convívio, onde participaram todos os sacerdotes e diáconos e onde foram presenteados dois presbíteros que celebraram recentemente as suas bodas sacerdotais: o padre António Loureiro Lopes, que celebrou as bodas de prata, e o padre David Ferreira Júnior, que celebrou as suas bodas de diamante. A.M./C.V.
“Encontro de Gerações” é a iniciativa que a Junta de Freguesia de Vila Nova do Campo está a organizar para o dia 18 de dezembro, na Escola Básica e Infantil de S. Martinho. A iniciativa vai contar com um “Almoço de Natal Sénior”, às 12 horas, oferecido a todas as pessoas com 70 anos ou mais. No caso dos casais, basta um elemento ter 70 anos e já podem os dois participar. Já a “Festa de Natal das Crian-
ças” começa às 14.30 horas, contando com a participação do Pai Natal, que vai oferecer presentes às crianças até aos seis anos, que não frequentem o 1.º ciclo. O evento vai ter a animação de Zédico e todas as crianças e seniores que queiram receber presentes ou que estejam interessados em participar no almoço devem inscrever-se na Junta de Freguesia, até 30 de novembro. A.M./C.V.
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Política
PSD acusa Governo de suspender variante à EN14 por “eleitoralismo” A Distrital do PSD do Porto acusa o Governo de “travar investimentos” em infraestruturas “essenciais”, como a construção da variante à Estada Nacional (EN) 14, entre os concelhos da Maia, Trofa e Vila Nova de Famalicão. PATRÍCIA PEREIRA
A
reação dos sociais-democratas surge na sequência do debate da especialidade do Orçamento de Estado para 2017, a 7 de novembro, onde o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, afirmou que faria essa empreitada quando tivesse “as condições de as fazer de um modo integrado, com prioridade para as áreas de localização empresarial”. “Não adjudicamos empreitadas parciais que acabam no meio da cidade da Trofa sem nenhumas condições de ligação a norte, atravessando o rio Ave”, afirmou, referindo-se à ausência da Declaração de Impacto Ambiental (DIA) e do Relatório de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução (RECAPE) para o atravessamento do rio Ave. Face ao anúncio do ministro, a Distrital do PSD do Porto marcou uma conferência de imprensa, a 10 de novembro, para, segundo comunicado, “denunciar a falta de respeito por parte do Governo com os munícipes da Maia e Trofa”
e “exigir a concretização de infraestruturas rodoviárias de elevada importância para o desenvolvimento daquelas regiões”. Bragança Fernandes, líder da Distrital do PSD e também presidente da Câmara Municipal da Maia, afirmou que o Governo está a “travar investimentos” em infraestruturas rodoviárias “essenciais” para os concelhos da Maia, Trofa e Vila Nova de Famalicão, por serem “concelhos liderados pelo PSD”. “Está descaradamente a fazer campanha política, tentando influenciar as elei- Sociais-democratas acusam Governo de suspender projeto por questões eleitoralistas ções autárquicas, prejudicando obras em concelhos socialistas?”, trução entre o nó do Jumbo e o toso” que o anterior Governo PSD/ claramente estes concelhos, as questionou, referindo-se também Interface da Trofa está em fase de CDS-PP tenha lançado “uma emempresas e as pessoas da região”, à revogação das obras do IC 35 e avaliação de propostas”, sendo do preitada a vir de sul (Maia) para seu conhecimento que “a Infraes- acabar no meio da Trofa e não teretorquiu. da EN 211. Uma decisão que a Distrital do Bragança Fernandes alertou truturas de Portugal (IP) já iniciou nha sequer feito os projetos de execução para fazer a ligação das PSD Porto considera ser “irres- que a EN 14 é “o principal eixo ex- o processo de expropriações”. zonas industriais, que já são no ponsável” e “eleitoralista”, uma portador de toda a região Norte”, “Não abandonamos concelho de Famalicão, a norte à vez que a “revogação” da emprei- mas que está “assente numa via obra nenhuma” A7”. “É incrível que falem tanto do tada da construção da variante à completamente esgotada, inseinvestimento e das áreas de locaEN 14 “não é por falta de dinhei- gura e intransitável”. “Demora-se Durante o debate, em resposta lização empresarial e no caso da ro”, mas por “uma questão políti- mais de uma hora para percorrer ca”. “Se o ministro vai parar estas os 12 quilómetros desde o nó do aos deputados sociais-democra- variante à EN 14, o troço a norte obras com financiamento assegu- Jumbo, na Maia, até à Trofa, pela tas, o ministro Pedro Marques afir- que ligaria as zonas industriais à rado, o que vai fazer a este dinhei- atual EN 14”, denotou, referindo mou que “não abandonamos obra A7 não ficou com projetos feitos”, ro? Será que vai servir para fazer que “o concurso público de cons- nenhuma”, considerando “espan- concluiu.
“Câmara Municipal já pagou os projetos de especialidades para que a obra pudesse começar” O presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, afirmou que já “há algum tempo” que sabia desta decisão do Governo de “resfriar” o início da intervenção na EN 14, mencionando que “os procedimentos em curso não estão propriamente parados, nem sequer suspensos”. Paulo Cunha considera que esta é “uma opção política” deste Governo, que “lamenta enquanto autarca”, mas espera que não tenha influência na seleção de empreitadas a fundos comunitários, onde Vila Nova de Famalicão candidatou a criação de duas vias internas a Lousado e Ribeirão. “O Governo dizendo sim, o Programa Operacional do Norte aprova o financiamento, que é concedido, e a Câmara Municipal
avança com a obra. Se temos problemas com o trânsito para sul, temos que criar soluções para norte. Nós estamos a querer minorar todas as consequências negativas do atravessamento Vila Nova de Famalicão-Trofa pela EN 14”, complementa. Para o edil famalicense, “não é correto” que o ministro tenha dito que “de nada valia fazer a primeira e segunda fase se não se fizer a terceira”, uma vez que estas duas fases vão “facilitar o escoamento do trânsito para a rede de autoestradas”. “Se fizermos a intervenção a norte, entre o topo sul da variante nascente de Vila Nova de Famalicão e a zona de Ribeirão, isso vai permitir que toda aquela zona de Ribeirão e Lousado possa escoar o trânsito facil-
mente para norte para a A3 e a A7. O mesmo acontece a sul. Se fizer a intervenção entre Maia e Trofa, vai facilitar que o trânsito da Trofa escoe para sul para a rede de vias que já existem de acesso ao Porto, ao aeroporto, Grande Porto e a sul”, justificou. O autarca denotou que “qualquer atraso que possa existir na terceira fase”, com a travessia do rio Ave, “não é razão para que não se avance com a primeira e segunda fase”. Até porque, do lado de Vila Nova de Famalicão, o Município “já pagou os projetos de especialidades para que a obra pudesse começar” e o autarca sabe que “está tudo pronto para avançar com a obra a norte”. Desde dezembro de 2015, que os presidentes das câmaras municipais
de Vila Nova de Famalicão, Tro- nião” com o primeiro-ministro, fa e Maia têm “um pedido de reu- António Costa. pub
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Atualidade
// Santo Tirso
ACIST reabre polo de Vila das Aves em aniversário Veja a reportagem vídeo em www.jornaldoave.pt
Foi com uma imagem renovada que a Associação Comercial e Industrial de Santo Tirso (ACIST) assinalou o seu 103.º aniversário, numa cerimónia comemorativa realizada no salão nobre da Junta de Freguesia de Vila das Aves, na noite de sexta-feira, 11 de novembro. PATRÍCIA PEREIRA
A
comemoração do aniversário ficou marcada pela reabertura do polo da ACIST de Vila das Aves, que vai funcionar “à terça-feira na parte da tarde”. Nos restantes dias, os associados vão contar com o apoio de um colaborador da Junta de Freguesia de Aniversário da ACIST foi assinalado com reativação do polo de Vila das Aves Vila das Aves. Miguel Rossi, presidente da ACIST, afirmou que “o nhamento de negócios, a área ju- existentes e um incentivo para os Aves permite “uma maior faciliprocesso” com a Junta de Fregue- rídica, médica e de formação. Va- não sócios se tornarem sócios”. dade dos seus sócios” de ter “um sia de Vila das Aves foi “facilitado, mos por etapas e percebendo o “Está-se a notar um ‘boom’ cres- relacionamento mais fácil, pela porque já tinha existido um polo, que os sócios nesta altura neces- cente em pequenos comerciantes localização, com a própria assoa disponibilidade da Junta foi sitam e vamos à procura de novos e nós vimos a necessidade mes- ciação”. total e foram criadas condições sócios, porque esta área tem um mo de apoio a esses pequenos coRui Rio foi o convidado de honpara que, a partir desta semana, défice muito grande de quanti- merciantes e de alguma forma ti- ra para fazer uma intervenção todos os sócios, comerciantes, dade de associados para a quan- vemos que nos mexer e o parcei- sobre o tema “Portugal, Polítiindustriais e também da área de tidade de comerciantes e indus- ro ideal pareceu-nos ser a ACIST”, ca e Economia”. O objetivo, segundo Miguel Rossi, presidente serviço desta zona do concelho triais”, completou. mencionou. possam ser atendidos na sala da A presidente da Junta de FreTambém Joaquim Couto, pre- da ACIST, é “dar relevo à associaassociação”. “O objetivo é que te- guesia de Vila das Aves, Elisabe- sidente da Câmara Municipal de ção” e daí a ideia de trazer “pesnham todos os serviços que têm te Faria, afirmou que o polo era Santo Tirso, referiu que a ACIST soas que tenham prestígio entre em Santo Tirso, como o acompa- “uma necessidade para os sócios ao instalar um polo em Vila das a sociedade”, mas que também
“não estivesse numa política ativa para não existir conotações”. Com a presença de Rui Rio, o presidente da ACIST acredita que deram “importância ao aniversário” e que o público presente “identificou mais a ACIST e a existência do aniversário”. Para Rui Rio “é importante” a existência de associações comerciais e industriais, “não só para defender os interesses dos empresários, mas para articulação e desenvolvimento da região onde se inserem”. “É absolutamente vital que existam associações, que as pessoas se associem, que defendam os seus interesses e debatam os seus problemas”, completou. Quanto a projetos futuros da ACIST, Miguel Rossi adiantou que vai “haver surpresas positivas no Natal” e que, “em dezembro”, decorre “uma iniciativa dedicada às médias e grandes empresas”. O presidente contou que “ainda não está finalizado o ordenamento de toda a estrutura”, assim como “a parte da comunicação com os sócios, e em termos de multimédia não está resolvida”. “Queremos estar mais ativos, perceber as necessidades dos sócios, do comércio e da indústria e ir ter com eles”, terminou.
ACIST disponibiliza cursos de formação para pessoas com deficiência Cozinha, Jardinagem e Artesanato são os cursos que, atualmente, a Associação Comercial e Industrial de Santo Tirso (ACIST) disponibiliza a pessoas com deficiência e incapacidade, que queiram ser admitidos no mercado de trabalho. CÁTIA VELOSO Estes cursos são ministrados em parceria com a CAID (Cooperativa de Apoio à Integração do Deficiente) e têm como metas “dotar as pessoas com deficiência e incapacidade dos conhecimentos e competências necessárias à obtenção de uma qualificação que lhes permita exercer uma atividade no mercado de trabalho, manter o emprego e progredir profissionalmente de forma sustentada”, explicou fonte da ACIST. Os interessados em ingressar nestes cursos devem ter idade
ativa, estar inscritos no Instituto de Emprego e Formação Profissional, não possuir habilitação profissional, ter cumprida a escolaridade obrigatória. Se tiverem menos de 18 anos, devem possuir comprovativo do estabelecimento de ensino de incapacidade para a frequência do mesmo. Os formandos têm direito a bolsa de formação, subsídio de transporte e subsídio de alimentação, porque os cursos fazem parte de um projeto financiado pelo Programa Operacional Inclusão Social e Emprego, no âm-
Curso de Jardinagem é uma das opções disponibilizadas pela ACIST
bito do Portugal 2020. As inscrições devem ser feitas nas instalações da ACIST ou da
CAID, através de marcação prévia de entrevista, podendo contactar os telefones 252 850 230
ou 252 808 280 para obter mais informações.
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// Vila Nova de Famalicão
Centro Hospitalar promove Jornadas de Saúde Materna e Pediátrica
Jornadas realizaram-se na Casa das Artes
Continuar a apoiar o Centro do conselho de administração do Hospitalar do Médio Ave (CHMA) CHMA, que também interveio dufoi o apelo deixado às câmaras rante as jornadas, frisou “a boa inmunicipais e população pela di- terligação existente entre os serretora do Serviço de Ginecologia/ viços hospitalares e os Cuidados Obstetrícia, Angelina Pinheiro, na de Saúde Primários e o espírito de décima edição das Jornadas de cooperação entre os três municíSaúde Materna e Pediátrica do pios e o Centro Hospitalar, dando Médio Ave, que se realizou no dia como exemplo a concretização 11 de novembro, na Casa das Ar- deste evento que vai na sua décites, em Vila Nova de Famalicão. A ma edição”, contou fonte do Cenespecialista sublinhou que a insti- tro Hospitalar. tuição “tem um enorme potencial Esta iniciativa contou “com e é, sem quaisquer dúvidas, uma boa adesão” e ficou marcada enorme mais-valia para a sua po- por vários momentos, como o pulação”. “Workshop – Entrevista ao AdolesJá António Barbosa, presidente cente”. C.V.
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Atualidade // Santo Tirso
Aula de defesa pessoal e showcooking marcaram Dia da Diabetes A
ula de defesa pessoal e um showcooking foram momentos que marcaram o Dia da Diabetes, que se assinalou a 14 de novembro, no Centro Cultural Municipal de Vila das Aves. Cerca de 130 seniores juntaram-se nesta iniciativa promovida pela Câmara Municipal de Santo Tirso, em parceria com o Agrupamento de Centros de Saúde de Santo Tirso e com a unidade de Santo Tirso do Centro Hospitalar do Médio Ave. A manhã começou com a aula de atividade física e de defesa pessoal, ministrada por Joaquim Fernandes, seguindo-se uma sessão de informação sobre o combaCerca de 130 seniores participaram na iniciativa da autarquia te à diabetes. Depois, a chef Lígia Santos preparou uma refeição fá- a desaconselhar os fritos, que po- edil tirsense sublinhou que o Placil, com ingredientes acessíveis e dem tornar bons alimentos em re- no “é um excelente instrumento, saborosos, adequada a pessoas feições de má qualidade. coordenado pela Câmara e agrecom a doença. “A iniciativa está inserida no Pla- gador de interesses e instuitições Com a ajuda de uma nutricio- no Municipal de Saúde de Santo ligadas à saúde, procurando o menista, os seniores viram reforça- Tirso e tem como objetivo a pro- lhor serviço à população”. da a importância de refeições que moção de hábitos de vida saudáDo mesmo modo, “outras aticontenham sopa, uma vez que é veis, nas áreas da atividade física e vidades têm sido desenvolvidas rica em vegetais e água. Do mes- da alimentação”, contou Joaquim com os mais novos, nas escolas”, mo modo, ouviram a especialista Couto, presidente da autarquia. O sublinhou o autarca. C.V.
Praga de escaravelhos invade Vale do Ave
A praga chegou ao Vale do Ave. Além da Trofa, Vila Nova de Famalicão e Santo Tirso também já foram invadidos pelo ‘Rhynchophorus ferrugineus (Olivier)’, vulgarmente conhecida por “escaravelho da palmeira” ou “escaravelho vermelho”.
“O meu pai informou-me de que a palmeira estava um bocadinho achatada e a crista da palmeira tinha desaparecido”, descreveu Adelino Reis, que subiu à árvoLiliana Oliveira/ Cátia Veloso re e, “no cume da palmeira, detetou o escaravelho”. De imediato procedeu “à desinfestação”. “Há um pesticida, que está certificado, para não haver contaminação. Eu usei um desses pesticidas para combater a praga”, adiantou o trofense. Quanto mais rápido for atacada, maior a possibilidade de eliminar a praga. As palmeiras que apresentem já sinais do ataque do escaravelho devem ser tratadas, recomendando-se poda sanitária, eliminação de todas as folhas que apresentem orifícios das larvas, limpeza de toda a parte afetada, até ao tecido são, tenEscaravelho foi detetado em várias palmeiras na cidade da Trofa do o cuidado de não danificar o O alerta foi dado por um tro- alguns sinais estranhos na pal- gomo apical. As palmeiras que já fense, Adelino Reis, que detetou meira que o seu pai tem em casa. estejam em fase avançada e sem
possibilidade de serem recuperadas “devem ser abatidas”, havendo alguns cuidados a ter para evitar a propagação da praga no momento do abate. Quanto aos pesticidas que podem ser aplicados, durante todo o ano, exceto julho e agosto, em árvores sãs ou pouco afetadas podem ser usados nemátodes entomopatogénicos. De março a outubro, usam-se pesticidas como abamectina (VERTIMEC 018 EC), imidaclopride (CONFIDOR CLASS, tiametoxame (ACTARA). No inverno, aconselha-se essencialmente a poda sanitária.
Que sinais? Os sinais de infestação apresentam “a coroa desguarnecida de folhas jovens no topo ou com aspeto achatado, folhas jovens pouco desenvolvidas, com folíolos comidos em forma de V ou truncados, orifícios e galerias na base das folhas, podendo conter larvas ou casulos com pupas e/ou adultos, presença de orifícios na zona das podas, presença de odor caraterístico, que resulta da putrefação dos tecidos internos da planta ou presença de exsudado viscoso junto aos orifícios de saída das larvas”, informou a autarquia do Porto.
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// Vila Nova de Famalicão
Tribunal não deixa enterrar no novo espaço do cemitério em Riba de Ave D
tima que se vê agora impedida de escontentes com a nova utilizar o novo espaço “para fins obra que permitiu o alargamento cemiteriais”. do cemitério de Riba de Ave, três Santo Oliveira, advogado que vizinhos do terreno onde foi feita representa os queixosos, alega a intervenção interpuseram uma que a obra está assente em “diverprovidência cautelar, à qual o Tri- sas ilegalidades”. “A falta de resbunal Administrativo e Fiscal de peito pelo afastamento de capeBraga (TAF) deu provimento, pou- las e jazigos relativamente aos vicos dias depois de a nova ala do zinhos, a violação da lei da acessicemitério ter sido benzida, numa bilidade, uma vez que a rampa de cerimónia pública onde marca- acesso tem muito mais do que o ram presença elementos da au- legalmente permitido, a compactarquia e Junta de Freguesia, a úl- tação dos terrenos e consequen-
te falta de vias para fazer o escoamento de águas quer pluviais, quer das próprias águas do cemitério, e a proximidade do alargamento a poços de rega” foram os argumentos utilizados pelo advogado, que considera o provimento do TAF “um bom indicador” para o desfecho da ação administrativa principal. Já Durval Tiago Ferreira, advogado que representa a Junta de Freguesia de Riba de Ave, assumiu ter ficado “perplexo” com a deci-
são do TAF. “Se o tribunal se tivesse pronunciado sobre as irregularidades que os requerentes invocam, até poderíamos compreender, mas foi sobre uma questão meramente procedimental, o que não faz qualquer sentido”, adiantou. A Junta de Freguesia argumenta que a obra era muito necessária e que “há já mais de três anos há cadáveres a serem sepultados no próprio passeio do cemitério por falta de espaço”. “É uma situação grave, que impede a fregue-
sia de utilizar um espaço cemiterial, o que pode prolongar-se por alguns meses até o Tribunal Central se pronunciar e por isso vamos pedir efeitos suspensivos”, fez saber Durval Tiago Ferreira. Este argumento não convence o advogado dos queixosos, que contrapôs com o facto de “terem sido apontados locais alternativos para que se fizesse um cemitério de raiz ou um alargamento para outro local que não trouxesse incómodos para os vizinhos”. C.V.
700 mil euros para saneamento e abastecimento de água em Arnoso e Sezures Levar o saneamento a 70 por cento do território de Sezures, a 83 por cento do de Arnoso Santa Maria e a 70 por cento do de Arnoso Santa Eulália é a projeção da autarquia de Vila Nova de Famalicão com o investimento “superior a 700 mil euros”, que se traduzem na ligação de “320 ramais de saneamento”, incluindo ainda “240 ramais de água”. A empreitada deve estar concluída no verão de 2017. Em visita às obras, em Sezures, Paulo Cunha, presidente do executivo camarário, admitiu que queria concretizá-las “há mais tempo”, mas só agora há “condições necessárias para arrancarem”. Jorge Amaral, presidente da União de Freguesias de Arnoso Santa Maria, Arnoso Santa Eulália e Sezures, considera a inter-
venção “fundamental para responder às necessidades básicas da população”. “Quando chegamos à Junta recebemos estas freguesias com um saneamento muito abaixo dos 50 por cento e ao fim de quatro anos vamos conseguir chegar acima dos 70 e 80 por cento”, afiançou o autarca. Rede de saneamento vai cobrir 50 por cento da freguesia de Requião Serão quase 200 as habitações da freguesia de Requião que vão passar a ser servidas com saneamento básico. Um investimento municipal que ronda os 200 mil euros, cuja empreitada deve estar concluída dentro de nove meses. Assim, esta freguesia famalicense passará de 35 para 50 por cento do seu território coberto
Autarquia está a reforçar redes de saneamento e abastecimento de água
por saneamento básico. Para o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famali-
cão, Paulo Cunha, esta empreitada “é fundamental para a qualidade de vida dos famalicenses”. Já
para o presidente da Junta de Freguesia, João Carlos Pereira, “esta é a obra que mais ansiavam, um dos principais objetivos do mandato e uma das maiores reivindicações da população”. Apesar do grande avanço em termos de saneamento, o presidente da Junta quer “chegar aos 65 por cento já no próximo ano”. No que diz respeito à rede de água, Requião conta já com uma cobertura “próxima dos 95 por cento”, avançou a autarquia. Este investimento na rede de saneamento em Requião integra a aposta do município, num valor superior a quatro milhões de euros, de levar mais “30 quilómetros de rede de água e 60 quilómetros de rede de saneamento básico a dez mil habitações do concelho”, esclareceu fonte do município. C.V./L.O.
Paulo Cunha defende regionalização Paulo Cunha voltou a defender tam”. O autarca acrescentou que, a regionalização. O presidente da apesar de haver uma “convergênCâmara Municipal de Vila Nova de cia intuitiva” entre municípios que Famalicão e do Conselho Regional “têm conseguido suplantar algum do Norte participou na conferên- défice de organização e de invescia “O Futuro do Minho”, organi- timento nacional”, será difícil “fazado pelo Correio do Minho e pela zer mais se não se avançar para as Rádio Antena Minho, e argumen- regiões administrativas”. tou que “a inexistência de uma “É minha convicção que temos estrutura administrativa regio- que pugnar pela alteração do panal acaba por ser a razão primeira radigma estratégico da relação para muitos dos problemas que as entre o Minho, o Norte e o País. autarquias do Minho hoje enfren- Não quero com isto descredibili-
zar as estruturas que já existem, não está em causa a dinâmica colaborativa que os municípios têm tido, mas sabemos que essas estruturas não conseguem federar interesses”, frisou. Na conferência realizada em Braga participaram ainda os autarcas José Maria Costa (Viana do Castelo), Domingos Bragança (Guimarães) e Miguel Costa Gomes (Barcelos), que também defenderam a regionalização. C.V.
Paulo Cunha participou em Conferência sobre futuro do Minho
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Ferraz e Ferreira quer aumentar internacionalização
Quinze mil rissóis e 25 mil bolinhos de bacalhau por hora. Mil e 200 toneladas de produtos por ano. Trinta e cinco colaboradores. Mais de 200 produtos disponíveis. Quase 40 anos de existência. Números que ditam o sucesso daquela que foi a primeira empresa de pré-congelados do país, a Ferraz e Ferreira. Liliana Oliveira/Cátia Veloso Veja a reportagem vídeo em www.jornaldoave.pt
Startup famalicense presente na Web Summit E
Empresa Ferraz e Ferreira produz 1200 toneladas de produtos
Foi a única startup com uma tup, viu na Web Summit uma oporplataforma de gestão de redes tunidade “única” para “encontrar sociais presente na tão afamada líderes empresariais e investidoWeb Summit. Instalada no polo da res de topo, bem como fazer neRiopele da incubadora Famalicão tworking com empreendedores Made IN, a empresa Swonkie foi a de outros países, de onde podem representante do concelho fama- nascer potenciais parcerias”. Uma das novas empresas crialicense na conferência mundial de tecnologia, que agitou Lisboa de 7 das com o apoio do Famalicão Made IN, através do seu Gabinea 10 de novembro. A startup aproveitou a Web te de Apoio ao Empreendedor, a Summit para lançar a sua solu- Swonkie é uma plataforma de gesção perante milhares de pessoas. tão de redes sociais onde bloggers, No stand, situado na área de So- agências gestoras de redes sociais cial, Chat and Bots, a Swonkie co- e marcas conseguem potenciar e locou um contador real dos utili- otimizar a produção de conteúdos, zadores que entraram na platafor- partilhando-os em segundos por ma. João Cortinhas, CEO da star- todas as suas redes sociais. C.V.
Famalicão Made IN integra Rede Nacional de Incubadoras A incubadora Famalicão Made IN passou a integrar a Rede Nacional de Incubadoras e vai poder prestar apoio não só às startups que já acolhe como a outros possíveis projetos empreendedores. A acreditação do Famalicão Made IN decorreu no âmbito da estratégia nacional para o empreendedorismo, a Startup Portugal, que inclui a medida Vale Incubação, enquadrada no Sistema de Incentivos do Portugal 2020, que “visa estimular as condições para a acele-
ração e o sucesso de novas empresas, apoiando o desenvolvimento do negócio por via da contratação de serviços de incubação a incubadoras acreditadas”. Durante o período máximo de um ano, a incubadora famalicense vai poder prestar apoio aos projetos empreendedores que abriga no que diz respeito a serviços de gestão, marketing, desenvolvimento de produtos, financiamento e assessoria jurídica. L.O./C.V.
mercial, Carlos Coutinho, acres- os mercados”. Mas as longas distâncias nem scolheram o concelho de centando que “há mais de sete Vila Nova de Famalicão para se anos que invertemos o nosso sempre são fáceis para mercasediarem e por lá permanecem. rumo, fizemos uma alavancagem dos como o dos pré-congelados. Quase quatro décadas depois de no mercado externo e é essa apos- “O custo do envio das amostras” é se abrirem as portas pela primei- ta que vamos continuar”. ainda uma fragilidade para a Ferra vez, o sucesso mantém-se e as Uma mudança que justifica que raz e Ferreira, porque “o produto novidades continuam a apare- 45 por cento da produção seja des- é ultracongelado e necessita, clacer. Uma das mais recentes é, por tinada à exportação. E quanto ao ramente, de frio. Por isso, tem que exemplo, o hambúrguer de baca- destino, Carlos Coutinho afirmou ser transportado em gelo seco, lhau, que foi apresentado a Paulo haver “facilidade em exportar os normalmente por avião e com cusCunha, presidente da Câmara Mu- produtos para os países lusófonos, tos altíssimos”, explicou o diretor nicipal de Vila Nova de Famalicão, também conhecidos como merca- comercial. Apesar disso, o objetivo é conaquando da visita, a 10 de novem- dos da saudade”, mas a empresa bro, no âmbito do roteiro Famali- trabalha, neste momento, “o Mé- tinuar a crescer e a atingir novos cão Made IN. dio Oriente e está à procura de mercados, sendo que o merca“Esta é uma empresa que tem o mercados muçulmanos e tam- do brasileiro tem tido “um crescipilar do pioneirismo, da inovação bém de outras geografias, como a mento muito grande”, facto que e do empreendedorismo bem pa- América do Sul, onde também já vai “pesar na faturação e volutente”, disse Paulo Cunha referin- estão desenvolvidos alguns con- me de vendas da empresa” no fido que esta “foi uma autêntica tactos”. O objetivo é “diversificar nal do ano. escola, onde muitos vieram obter pub formação para que hoje, não só no concelho mas também no país, existam outras empresas neste setor”. O presidente da autarquia afirmou ainda que a Ferraz e Ferreira “interpreta muito bem o conceito de empresa, porque há uma ligação muito forte, estável e presente entre todos quantos lá trabalham. Há um espírito de família, de colaboração, um sentimento de pertença e um projeto que é de todos”. “Todos percebem que o resultado, felizmente muito bom, é um sucedâneo da interação e da participação de todos”, constatou Paulo Cunha. Além do mercado nacional, a Ferraz e Ferreira quer, cada vez mais, conquistar os mercados além-fronteiras. “A nossa aposta clara e inequívoca é a internacionalização”, afirmou o diretor co-
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Forave ganha laboratório e curso através de protocolos A Forave assinou, a 8 de novembro, cinco novos protocolos com empresas da região. Liliana Oliveira/ Patrícia Pereira
A
Polopique financiou na íntegra, num valor que ronda os 250 mil euros, o curso de Manutenção Industrial, para o triénio 2016/2019. A Continental Mabor patrocinou o CONTILAB, um laboratório informático, com 27 computadores. O Grupo Celoplás e Olbo Mehler associaram-se “ao Programa de Mérito e Distinção da FORAVE, atribuindo prémios aos melhores alunos dos cursos de Polímeros e de Manutenção Industrial”, e a Fundação Mundos de Vida vai permitir aos estudantes da Forave “a possibilidade de praticarem atividades desportivas, associando a escola ao Centro Juvenil da Instituição”. Para Manuela Guimarães, diretora pedagógica da Forave, “se não existisse esta proximidade seria muito difícil fazer um trabalho assertivo e com a qualidade que tem”. A área da Manutenção Industrial tem uma empregabilidade muito elevada e o número de diplomados da Forave não é suficiente
para satisfazer as necessidades do mercado. Por isso, Luís Miguel Guimarães, administrador da Polopique, viu nesta parceria “uma maneira de manter a escola viva e apoiar as empresas que precisam de gente profissional”. Quanto às expectativas, o administrador da empresa espera que “os alunos que vão frequentar o curso saibam tirar proveito da oportunidade que lhes está a ser dada”. Pedro Carreira, da Continental Mabor, considera que “a raiz principal deste investimento foi há 25 anos”, quando a empresa se juntou à Forave, “que pretendia dar oportunidade aos jovens (garantindo a empregabilidade) e às empresas (com pessoas formadas que garantissem as suas necessidades) ”. O CONTILAB é mais uma oportunidade para “os estudantes utilizarem as novas tecnologias, que é, cada vez mais, uma necessidade das empresas”, afirmou o administrador da Continental. “Esperamos continuar a receber no futuro aquilo que temos vindo a receber até hoje: jovens
Veja a reportagem vídeo em www.jornaldoave.pt
Polopique vai financiar curso de Manutenção Industrial
de qualidade”, sendo este “o retorno deste investimento”, concluiu. Mas o dia não terminou aqui. O ginásio da escola transformou-se em auditório e ali foram entregues os diplomas e prémios de mérito aos melhores diplomados de 2016, distinguidos pelas empresas Continental Mabor, Continental Indústria Têxtil do Ave, Preh, Setlevel e Centro de Estudos QI3.
“Estamos a falar de uma média total de 60 alunos dos cursos de nível 4 profissionais e temos mais uma turma de ensino vocacional, que terminou a formação o ano passado, e, como tal, os alunos ficaram para fazer a formação profissional de nível 4, ou seja, tirar o 12.º ano”, explicou a diretora pedagógica. Foram ainda distinguidos “os
colaboradores da Forave, as empresas parceiras e associadas da escola e também as pessoas de mérito que costumam colaborar”, concluiu Manuela Guimarães. Esta distinção, diz Manuela Guimarães, serve “para incentivar os alunos para a excelência, mas também para chamar a atenção das empresas que estão à procura de talentos”.
Famalicão na Galiza para fortalecer geminação com Arteixo Formalizaram um acordo de geminação em abril de 2016 para “dar um novo impulso à força económica” que caracteriza as regiões e desde então são várias as iniciativas que têm sido levadas a cabo para que este não seja apenas uma geminação em papel. Vila Nova de Famalicão e Arteixo
vão voltar a reunir-se, agora numa conferência de dois dias, que visa consolidar o cluster transfronteiriço na Euro Região Galiza Norte de Portugal. Leonel Rocha, vereador do Empreendedorismo, e Augusto Lima, coordenador do Famalicão Made IN, representam a Câmara Muni-
Colheita de Sangue em Bairro O Salão Paroquial de Bairro recebe, no dia 20 de novembro, entre as 9 e as 12.30 horas, uma colheita de sangue. Promovida pela Associação de Dadores de Sangue de Vila Nova de Famalicão, com o apoio do CNE – 27 da localidade, a iniciativa é aberta a toda a população. A colheita vai ser feita pelo Instituto Português do Sangue e da Transplantação. A.M./C.V.
nando Xavier Ferreira, presidente da ACIF – Associação Comercial e Industrial de Vila Nova de Famalicão, e por empresários do setor. Está ainda prevista uma visita às instalações do poderoso grupo têxtil Inditex, sediado em Arteixo. “Mais do que um ato simbólico de reforço dos laços culturais, o acordo de geminação representa um forte contributo para a dinâmica das economias da Galiza e do Norte de Portugal por asseFamalicão e Arteixo firmaram acordo de geminação em abril gurar uma cooperação mais eficipal de Vila Nova de Famalicão trial e empresarial entre Arteixo caz entre empreendedores, asno seminário que se realiza a 17 e Vila Nova de Famalicão” serão sociações empresariais e instituie 18 de novembro, no Centro Tec- os temas abordados pelos fama- ções de educação e do conhecimento”, afirmou fonte da autarnológico de Arteixo, com o epíte- licenses. O concelho português vai ainda quia famalicense. to “Diseño, textil y logística en el Ao seminário está associada a eje Arteixo-Vila Nova de Famali- estar representado por Braz Costa, cão”. “Planeamento estratégico diretor geral do CITEVE – Centro Universidade Internacional Mee empreendedorismo tecno-in- Tecnológico das Indústrias Têxtil e néndez Pelayo. dustrial” e a “Cooperação indus- do Vestuário de Portugal, por FerC.V.
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Atualidade // Santo Tirso
Firmino Neto: meio século em prol do socorro “São 50 anos de muito esforço, de momentos muito felizes e de alguns menos felizes. No decorrer destes 50 anos, fiz tudo aquilo que podia ter feito, dei sempre o meu melhor e daí sentir-me realizado”. Firmino da Cunha Neto terminou a comissão de serviço como 2.º comandante dos Bombeiros Voluntários de Santo Tirso, por limite de idade, em outubro. PATRÍCIA PEREIRA
O
seu primeiro contacto Em 1978, recebeu a medalha com a corporação de Bombeiros da Liga dos Bombeiros Portuguede Santo Tirso aconteceu quando ses-Grau Prata 3 Estrelas, por ter tinha “17 anos” e decidiu acompa- salvo duas vidas, pondo em risco nhar “um amigo”, numa de “ex- a própria vida. Firmino recorda pectativa e curiosidade” para “ver que “na altura ainda não existiam como era”. Ficou “a gostar do am- os Bombeiros de Vila das Aves”, biente” e por lá permaneceu até cabendo à corporação de Santo aos dias de hoje. O bombeiro foi Tirso e à dos Tirsenses fazer essa admitido como aspirante em 1967 cobertura. Nesse dia, Firmino fez e, no próximo ano, completa 50 parte da equipa que foi chamada anos de serviço em prol do so- a socorrer os “dois senhores” que corro da população do concelho. “ficaram” dentro do poço com
Joaquim Souto Comandante dos Bombeiros Voluntários de Santo Tirso
“O Firmino Neto foi o meu braço-direito durante estes quase 13 anos que eu levo de comandante. É uma pessoa que além de ser um grande operacional, é extremamente bem organizada e dedicada. É reconhecida a disponibilidade dele a qualquer hora do dia ou da noite, esteve sempre pronto para o que fosse preciso. Se eu soubesse que ele estava numa ocorrência, podia estar descansado que não falhava nada. O Firmino marcou várias gerações de bombeiros e é uma marca deste corpo de bombeiros, que vai ficar aqui muitos anos.”
“bastante profundidade”, quando “estavam a fazer umas perfurações”, devido ao “monóxido carbono e gases” provocados pelos “tiros que tinham feito no dia anterior”. “Felizmente, consegui, com êxito, tirá-los do fundo do poço e foram salvos”, lembrou. Firmino era vendedor de uma empresa de produtos alimentares, quando em “1999” passou a funcionário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Santo Tirso. Em 2000, a Liga dos Bombeiros Portugueses entregou-lhe a medalha de Grau Ouro Assiduidade 30 Anos e, no ano seguinte, assumiu o cargo de 2.º comandante. Após 15 anos a Firmino Neto esteve quase 50 anos no ativo nos Bombeiros exercer o cargo de 2.º comandante dos Bombeiros Voluntários de das coisas que mais o marcou nesO chefe tem “uma história muiSanto Tirso, Firmino Neto vai dei- se tempo”, foi a busca por um ca- to grande” com a sua filha, Susaxar o comando por limite de ida- dáver de “um senhor que se tinha na Neto, quando esta o informou de, mas, assegura, que o seu “fu- afogado” e que só foi encontrado que se queria inscrever nos Bomturo” passa por “continuar a an- “passados seis meses na berma do beiros Voluntários. Firmino condar” por esta corporação, que foi rio”. Durante “uma semana”, “não” fessa que “nunca quis que Susaa sua casa, onde “deu tudo e a sua conseguiu “almoçar nem jantar”, na entrasse”, pois, como “a covida”. “Nunca a irei abandonar, porque “vinha sempre ao nariz nhecia”, sabia que havia “certas nunca deixarei de ser um bom- aquele cheiro”. e determinadas coisas que ela beiro da Associação Humanitánão era capaz de fazer” e que, inria dos Bombeiros Voluntários de Filha seguiu pisadas do pai clusive, “desmaiava quando via Santo Tirso. Atendendo ao limite A partir do momento que se en- sangue”. Susana terá dito ao pai de idade também me irei reformar vereda por esta profissão ou se que ele “não tinha razão nenhue vou andar por cá a ver e a cola- quer seguir esta carreira, Firmi- ma para a impedir de se inscreborar naquilo que puder e solici- no não tem dúvidas que é “a fa- ver nos bombeiros”, uma vez que tarem a minha ajuda”, salientou. mília aquela que mais sofre” e não lhe conseguia dizer que “não Nestes quase 50 anos ao ser- aquela que é “esquecida em de- tinha capacidade”. Hoje Susana viço da corporação, Firmino tem trimento de outros”. “Às vezes”, é bombeira e Firmino recorda“vários” momentos que o marca- conta, os bombeiros até se “es- -se de uma das primeiras saídas ram, “não” sendo “capaz de con- quecem de ligar à família a dizer da filha, que foi das “coisas mais seguir enumerá-los”. Mas “uma que estão bem”. marcantes a nível de acidentes”:
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// Santo Tirso
um “choque em cadeia com quatro ou cinco viaturas”, em que havia “três cadáveres”, e uma das viaturas tinha um casal “encarcerado”, com “o pai em cadáver e a mãe muito mal tratada” com “dois bebés”. “Uma situação bastante horrenda e isso marcou-me, porque elas foram as primeiras a chegar e assumiram o acidente com profissionalismo. No fim, interroguei-me como quem não tinha coragem de ver sangue e de fazer certas e determinadas coisas, tem uma atitudes daquelas? Fiquei satisfeito pelo trabalho deFirmino e a filha, Susana, partilham muitas histórias na corporação sempenhado por ela e pela outra bombeira”, ressalvou. bombeiros de Santo Tirso e os garantiu. O seu genro, Hélder Marques, é Tirsenses faz parte da memória Firmino relatou “as brincadeibombeiro, e o seu neto, de sete dos mais antigos. Firmino Neto ras” existentes naquela altura, anos, também diz que quer ser recorda-se de “certas brincadei- como “dar uma mangueirada e bombeiro. A ele, Firmino diria que ras” que existem nos seus “princí- encharcar todo de água” o bomteria que “crescer muito e pensar pios” de bombeiro, como “cortar beiro da outra corporação duranbem antes de se inscrever”. “Se mangueiras” ou “atravessar car- te o combate a incêndios. “Naquefor só para te inscreveres e dize- ros na frente”. O bombeiro refe- le tempo, o piquete da noite era res que és bombeiro então não o re que era uma “rivalidade pura”, fixo, sempre com os mesmos elefaças”, aconselha. mas o “caricato” era que quando mentos. Em todos os incêndios de estavam “à civil eram todos ami- noite as equipas eram sempre as A “rivalidade pura” gos, saíam e iam para as borgas e mesmas e havia essa dita rivalidaentre os “chineses” festas”. “Mas quando nos fardáva- de de chegar primeiro (ao local) e os “índios” mos, virávamos as costas uns aos e depois dar um banhito no meio A rivalidade existente entre os outros. Era uma pura estupidez”, do incêndio”, contou, lembrando-se que, “a dado momento”, a “vítima não foi um bombeiro, mas o senhor comandante Eugénio Miranda”, dos Tirsenses, que “andava lá de lanterna”. Até que um dia, Alberto Costa, na altura 2.º comandante dos Ex-comandante dos Bombeiros Bombeiros Tirsenses, e Firmino Voluntários Tirsenses Neto pensaram em fazer “uma formação conjunta”, para “que“Firmino era uma pedra chave e muito forte nos bombeiros. Foi brar estas barreiras de 70 anos sempre uma pessoa com um espírito de liderança muito forte, com de costas voltadas”. O projeto uma capacidade de trabalho, abnegação, de altruísmo, de socorro foi levado “a peito” e, juntamene ligado também àquilo que é trabalhar para o próximo. te com os Bombeiros de Vila das O Firmino é daqueles exemplos que são excelentes. Para além Aves, conseguiram fazer “uma de ser aquela pessoa que sempre reconheci vestindo a camisola formação conjunta entre estagidos Vermelhos, demonstra a todos que é possível defender o seu ários e bombeiros para as promoclubismo e associação, ao mesmo tempo que se criam laços de ções de 2.ª classe e 1.ª classe”. A amizade e de trabalho fortes, que permitem que esta população escola surge “no ano de 2000” e de Santo Tirso saia beneficiada com o socorro de qualidade e da dela saiu, por exemplo, Vítor Pinqual ele faz parte. to, 2.º comandante dos BombeiEspero claramente que o Firmino continue a dar o seu apoio, conros Tirsenses. Firmino considetributo e a sua ajuda, quer aos serviços municipais de proteção cira que este foi um ato “histórivil, quer também ao nível dos bombeiros, porque eu sei que ele ainco”, porque era “quase impossída tem muito para dar e quanto mais não seja tem muito conhevel encontrar ou juntar bombeicimento e experiência que poderá dar a todos estes bombeiros e ros vermelhos e amarelos”. Desagentes da proteção civil. de esse dia, passou a existir “boa Até por telefone ele apagava incêndios. Recordo-me de um incompreensão entre todos, tudo cêndio no pé da serra na Agrela, em que ele estava de férias no Alé feito em conjunto e acabaram garve, e eu perguntava-lhe, de madrugada, como vamos resolver essas quezílias”. “Essa é uma das este problema. E ele, por telefone, deu-nos todas as dicas e todas coisas pelas quais também me as pistas de qual seria a melhor estratégia e a melhor forma de sinto orgulhoso: fazer parte desapagar o incêndio, com base em diversas questões. Por um lado se projeto. O projeto foi tão hiscom base no histórico, sabia como o incêndio se comportava, satórico que tivemos a presença do bia onde é que ele começava, como é que ele se ia desenvolver e senhor Governador Civil do Porpor onde ele eventualmente iria acabar, se fizéssemos o que deto, para a imposição das divisas víamos. Mas também um conhecimento claro à distância daquie a promoção desses estagiários. lo que era o terreno e as condições atuais, o que demonstrava um Foi único e feito em praça públiacompanhamento constante daquilo que era o seu território e a ca”, terminou. sua linha de ação.”
Alberto Costa
Azuil Dinis
Presidente da Associação Humanitária dos Bomb. Vol. Santo Tirso
“Ele foi escolhido pela direção numa altura em que os bombeiros tiveram uma grande reestruturação. Dos chefes dos Bombeiros, ele era a pessoa mais indicada. Ele estava a trabalhar numa empresa, deixou e foi a primeira vez que contratamos um bombeiro. Ele veio para 2.º comandante, porque eu reconhecia nele qualidades operacionais ótimas e dedicação inegável, de manhã à noite aqui.”
Susana Neto Filha
“O facto de ter o pai nos bombeiros complicou a minha inscrição nos bombeiros, porque o ele sabia dos perigos que aqui existiam e então não queria muito e foi um bocadinho renitente à minha entrada. Essa minha decisão, apesar de ter sido difícil ele aceitar, acho que sentiu orgulho. Para mim é um exemplo e o meu herói. É um orgulho enorme ser filha do Firmino e tentar seguir as pisadas do meu pai, que nunca vou conseguir. Não conheço muita gente que algum dia chegue a ser um bombeiro equiparado a ele, isto não é por ser filha, mas por ser bombeira. Eu acho que ele é um homem que entregou a vida a uma causa, que empenhou tudo, momentos de família. Isso para mim é um exemplo e um incentivo. Ele ensinou-me a querer dar de mim também aos outros. Acho que está na altura de ele parar e ele próprio quer parar. Acho que já ensinou o que tinha a ensinar, já trabalhou o que tinha a trabalhar e acho que é uma boa altura para ele viver a nossa vida familiar, que nunca podemos viver este tempo, inclusive a estar mais tempo com a minha mãe. A mim custa-me imenso a saída dele, não por ser 2.º comandante, mas acho que ele ainda tinha muito para dar. Ele tinha um know-how muito grande em tudo, sempre foi uma pessoa muito atualizada. Há pouco tempo, mesmo sabendo que estava no último ano de mandato, foi fazer a formação dele. Não foi uma pessoa que parou no tempo. Ele ensinava tudo. O que ele ia aprender, trazia, nunca escondeu nada de ninguém, nunca tentou guardar para ele. Ele partilhava conhecimento e o saber dele. Muitas vezes encontrávamos colegas, também de fora, que diziam que estando lá o comandante Firmino, meio incêndio estava apagado, porque ele nos florestais tinha um traquejo enorme. Enquanto bombeira tenho uma história que me marcou profundamente. Nós estávamos num incêndio, em 2006, em Rebordões, e era ele que estava a comandar. Eu estava numa viatura de combate e fiquei cercada pelo fogo. Naquela hora, esqueci-me que era o comandante, peguei no rádio, errado, e disse ‘pai por favor tira-me daqui’. Ele perguntou onde é que eu estava. Foi complicado gerir aquele momento, porque ele era o comandante daquela operação, mas a filha dele estava ali e em perigo. Foi um momento assustador. Quando eu consegui sair, a primeira coisa que eu fiz foi abraçar-me a ele, porque pensei que nunca mais o ia ver.”
A partir de 8 de dezembro o Jornal do Ave passa a sair para as bancas todas as semanas
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16 NOVEMBRO 2016 JORNAL DO AVE
Atualidade // Santo Tirso
Célia Fonte
Elemento da Proteção Civil da CM Santo Tirso
São muitas as qualidades pessoais, humanas e profissionais. A sua competência, disponibilidade, o rigor e a disciplina, mas acima de tudo a capacidade de motivar e animar os bombeiros. Havia situações muito complicadas e ele era sempre o primeiro a dar o exemplo, ou seja, ele conseguia manter a equipa sempre unida e motivada e tinha sempre uma palavra de incentivo e de ânimo. Sentiremos a falta dele. No terreno contacto com os restantes comandantes, segundos comandantes e adjuntos de comando, mas o conhecimento do terreno que o senhor Firmino tem é inigualável. Ele conhece o concelho como ninguém. Costumo dizer que lhe comprava a patente do GPS que ele tem na cabeça, porque eu com GPS e com cartas oriento-me muito bem, mas ele sem nada disso, só com o conhecimento que tem do terreno, nunca se engana e nunca falha. Além do mais, os incêndios têm um padrão cíclico, se as variáveis da topografia e do declive de ocupação de solo se mantêm, o que varia normalmente é a direção do vento. Ou seja, os incêndios comportam-se sempre da mesma maneira e esse conhecimento que ele tem acumulado de anos perde-se.
Emílio Castelar Oliveira Ex-comandante dos Bombeiros Voluntários Tirsenses
Recordo-me que numa das primeiras formações que fizemos em conjunto na nossa Associação, houve bombeiros deles que não entraram e o Firmino entrou. Prezo-me por ter acabado com as quezílias e o Firmino contribui para que isso tivesse terminado. Eu saí porque achei que devia sair. (…) Mas o Firmino ainda tem muito para dar e acho que a legislação está mal. Há anos, havia elementos do comando que se arrastavam nos corpos de bombeiros, agarrados ao poder. Hoje, o Firmino ainda tem muito para dar aos Bombeiros de Santo Tirso e à população.
João Pedro Goulart Comandante dos Bombeiros Voluntários da Trofa
Firmino Neto era conhecedor dele próprio e tinha sempre a noção e a consciência dos seus limites, e essa é uma das muitas aprendizagens que tive com ele. Ele gostava de atuar no limite e como tal, quando íamos para o teatro de operações, seja ele em incêndio florestal ou industrial, em acidentes ou até em cenários multi-vítimas, o Firmino levava sempre a que as equipas atuassem próximo do limite. E ele fazia isto com alguma segurança, porque ele próprio tinha a noção dos seus limites. Era um homem que enquanto líder e elemento do comando nunca submetia ninguém ao perigo. No entanto, extraía o potencial máximo do socorrista e isso era a grande aprendizagem que nós tínhamos. O Firmino era um sábio que quando chamado a comandar nas operações de socorro fazia com que o socorro fosse eficiente e eficaz. Pela explicação que dei, acho que o distrito sai a ganhar, por ter tido um elemento com estas qualidades e ficou o grande ensinamento dele, porque não sendo escrito em papel fica registado na memória e no saber fazer de cada um de nós este conhecimento que foi transmitido pelo Firmino e que vai ainda continuar a transmitir numa retaguarda.
Dois jovens perdem a vida em violento despiste na EN 105
Carro onde seguiam os cinco jovens ficou desfeito
O
pantes sofreram apenas ferimenestado em que ficou a via- tos ligeiros. Outro sofreu ferimentura faz antever a violência do des- tos muito graves e foi transportapiste que levou à morte de dois jo- do para o Hospital de S. João, no vens, na manhã de 6 de novembro, Porto. Já outros dois jovens, Riem Carreira, no concelho de San- cardo Marinho de 22 anos e Bruno to Tirso. O BWM que circulava na Azevedo de 30, foram projetados, Estrada Nacional 105 com cinco aquando do choque, e acabaram ocupantes, no sentido Santo Tir- por falecer, tendo ficado “debaiso-Porto, despistou-se logo após xo da árvore” derrubada, segunuma curva e bateu num muro que do contou Joaquim Souto, comanseparava a estrada de um arrua- dante dos Bombeiros Voluntários mento, chocando ainda contra de Santo Tirso. uma árvore, “partindo-a ao meio”, Os cinco ocupantes do carro, recontou uma testemunha, que jus- sidentes em Famalicão e com idatificou o acidente com “excesso de des entre os 22 e os 30 anos, iam velocidade”. O carro ficou desfeito. jogar futebol naquela manhã de O condutor e outro dos ocu- domingo, que acabou em tragédia.
No local estiveram os Bombeiros Voluntários de Santo Tirso, com cinco viaturas e 17 elementos, os Bombeiros Voluntários Tirsenses, com quatro viaturas e 13 elementos, duas Viaturas de Emergência e Reanimação do Hospital de S. João e da unidade de Vila Nova de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA) e a ambulância de Suporte Imediato de Vida da unidade de Santo Tirso do CHMA. Foi ainda mobilizada a unidade móvel de apoio psicológico do INEM, para os familiares das vítimas. A Guarda Nacional Republicana tomou conta da ocorrência.
// Vila Nova de Famalicão
Mais de 50 bombeiros combateram chamas em armazém Um armazém de fios situado num pavilhão têxtil da Fábrica de Fiação dos Casais, na Rua Joaquim Ferreira Júnior, em Riba de Ave, concelho de Famalicão, foi totalmente destruído por um incêndio que deflagrou durante a tarde de 6 de novembro. O fogo “de grande envergadura”, como apelidou Manuel Antunes, comandante dos Bombeiros Voluntários de Riba de Ave, obrigou à intervenção de 53 soldados da paz, apoiados por 15 viaturas, das corporações de Riba de Ave, Famalicão, Taipas e Guimarães. Aos jornalistas, Manuel Antunes afirmou que a “preocupação” dos bombeiros “foi evitar que o incêndio entrasse dentro da fábrica e isso não aconteceu”. “Conseguimos dominá-lo de dentro para fora”, acrescentou.
Fogo não pôs em causa funcionamento da fábrica
No ataque às chamas um bombeiro ficou ferido, tendo sido transportado ao Hospital de Riba de Ave. O alerta do incêndio foi dado
cerca das 17.30 horas e foi dominado cerca de três horas depois. Só o armazém ficou destruído, não afetando a fábrica. C.V.
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Atualidade // Santo Tirso
Célia Fonte
Elemento da Proteção Civil da CM Santo Tirso
São muitas as qualidades pessoais, humanas e profissionais. A sua competência, disponibilidade, o rigor e a disciplina, mas acima de tudo a capacidade de motivar e animar os bombeiros. Havia situações muito complicadas e ele era sempre o primeiro a dar o exemplo, ou seja, ele conseguia manter a equipa sempre unida e motivada e tinha sempre uma palavra de incentivo e de ânimo. Sentiremos a falta dele. No terreno contacto com os restantes comandantes, segundos comandantes e adjuntos de comando, mas o conhecimento do terreno que o senhor Firmino tem é inigualável. Ele conhece o concelho como ninguém. Costumo dizer que lhe comprava a patente do GPS que ele tem na cabeça, porque eu com GPS e com cartas oriento-me muito bem, mas ele sem nada disso, só com o conhecimento que tem do terreno, nunca se engana e nunca falha. Além do mais, os incêndios têm um padrão cíclico, se as variáveis da topografia e do declive de ocupação de solo se mantêm, o que varia normalmente é a direção do vento. Ou seja, os incêndios comportam-se sempre da mesma maneira e esse conhecimento que ele tem acumulado de anos perde-se.
Emílio Castelar Oliveira Ex-comandante dos Bombeiros Voluntários Tirsenses
Recordo-me que numa das primeiras formações que fizemos em conjunto na nossa Associação, houve bombeiros deles que não entraram e o Firmino entrou. Prezo-me por ter acabado com as quezílias e o Firmino contribui para que isso tivesse terminado. Eu saí porque achei que devia sair. (…) Mas o Firmino ainda tem muito para dar e acho que a legislação está mal. Há anos, havia elementos do comando que se arrastavam nos corpos de bombeiros, agarrados ao poder. Hoje, o Firmino ainda tem muito para dar aos Bombeiros de Santo Tirso e à população.
João Pedro Goulart Comandante dos Bombeiros Voluntários da Trofa
Firmino Neto era conhecedor dele próprio e tinha sempre a noção e a consciência dos seus limites, e essa é uma das muitas aprendizagens que tive com ele. Ele gostava de atuar no limite e como tal, quando íamos para o teatro de operações, seja ele em incêndio florestal ou industrial, em acidentes ou até em cenários multi-vítimas, o Firmino levava sempre a que as equipas atuassem próximo do limite. E ele fazia isto com alguma segurança, porque ele próprio tinha a noção dos seus limites. Era um homem que enquanto líder e elemento do comando nunca submetia ninguém ao perigo. No entanto, extraía o potencial máximo do socorrista e isso era a grande aprendizagem que nós tínhamos. O Firmino era um sábio que quando chamado a comandar nas operações de socorro fazia com que o socorro fosse eficiente e eficaz. Pela explicação que dei, acho que o distrito sai a ganhar, por ter tido um elemento com estas qualidades e ficou o grande ensinamento dele, porque não sendo escrito em papel fica registado na memória e no saber fazer de cada um de nós este conhecimento que foi transmitido pelo Firmino e que vai ainda continuar a transmitir numa retaguarda.
Dois jovens perdem a vida em violento despiste na EN 105
Carro onde seguiam os cinco jovens ficou desfeito
O
pantes sofreram apenas ferimenestado em que ficou a via- tos ligeiros. Outro sofreu ferimentura faz antever a violência do des- tos muito graves e foi transportapiste que levou à morte de dois jo- do para o Hospital de S. João, no vens, na manhã de 6 de novembro, Porto. Já outros dois jovens, Riem Carreira, no concelho de San- cardo Marinho de 22 anos e Bruno to Tirso. O BWM que circulava na Azevedo de 30, foram projetados, Estrada Nacional 105 com cinco aquando do choque, e acabaram ocupantes, no sentido Santo Tir- por falecer, tendo ficado “debaiso-Porto, despistou-se logo após xo da árvore” derrubada, segunuma curva e bateu num muro que do contou Joaquim Souto, comanseparava a estrada de um arrua- dante dos Bombeiros Voluntários mento, chocando ainda contra de Santo Tirso. uma árvore, “partindo-a ao meio”, Os cinco ocupantes do carro, recontou uma testemunha, que jus- sidentes em Famalicão e com idatificou o acidente com “excesso de des entre os 22 e os 30 anos, iam velocidade”. O carro ficou desfeito. jogar futebol naquela manhã de O condutor e outro dos ocu- domingo, que acabou em tragédia.
No local estiveram os Bombeiros Voluntários de Santo Tirso, com cinco viaturas e 17 elementos, os Bombeiros Voluntários Tirsenses, com quatro viaturas e 13 elementos, duas Viaturas de Emergência e Reanimação do Hospital de S. João e da unidade de Vila Nova de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA) e a ambulância de Suporte Imediato de Vida da unidade de Santo Tirso do CHMA. Foi ainda mobilizada a unidade móvel de apoio psicológico do INEM, para os familiares das vítimas. A Guarda Nacional Republicana tomou conta da ocorrência.
// Vila Nova de Famalicão
Mais de 50 bombeiros combateram chamas em armazém Um armazém de fios situado num pavilhão têxtil da Fábrica de Fiação dos Casais, na Rua Joaquim Ferreira Júnior, em Riba de Ave, concelho de Famalicão, foi totalmente destruído por um incêndio que deflagrou durante a tarde de 6 de novembro. O fogo “de grande envergadura”, como apelidou Manuel Antunes, comandante dos Bombeiros Voluntários de Riba de Ave, obrigou à intervenção de 53 soldados da paz, apoiados por 15 viaturas, das corporações de Riba de Ave, Famalicão, Taipas e Guimarães. Aos jornalistas, Manuel Antunes afirmou que a “preocupação” dos bombeiros “foi evitar que o incêndio entrasse dentro da fábrica e isso não aconteceu”. “Conseguimos dominá-lo de dentro para fora”, acrescentou.
Fogo não pôs em causa funcionamento da fábrica
No ataque às chamas um bombeiro ficou ferido, tendo sido transportado ao Hospital de Riba de Ave. O alerta do incêndio foi dado
cerca das 17.30 horas e foi dominado cerca de três horas depois. Só o armazém ficou destruído, não afetando a fábrica. C.V.
16 JORNAL DO AVE 16 NOVEMBRO 2016
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Política
// Vila Nova de Famalicão
21 anos de PSD em Joane “S
ão 21 anos de luta e dedicação aos ideais social-democratas, a Joane e aos joanenses, sendo reveladora da força do PSD de Joane. Hoje, e mais uma vez, confirmamos que este é o caminho de recuperação da confiança dos militantes e faz parte do nosso projeto de proximidade aos militantes, mas não só. Somos um grande Núcleo que não se encerra apenas
nos seus militantes. Somos muitos mais. Representamos muitos joanenses que se identificam connosco”. Foi desta maneira que Cristina Peixoto, líder do PSD de Joane, se referiu aos 21 anos de existência do núcleo. Perante militantes, simpatizantes e amigos, de onde se destacavam o líder concelhio do partido, Paulo Cunha, e o deputado Jorge Paulo Oliveira, Cristina Peixoto não deixou de lembrar
o passado e “o trabalho desenvolvido pelos presidentes anteriores e pelas suas equipas” e de projetar o futuro, vaticinando que “é esperado muito trabalho e grandes desafios, com a aproximação de um novo ato eleitoral aos órgãos autárquicos, no próximo ano”. Além da longevidade, Paulo Cunha elogiou “a união, a dedicação e a motivação desta equipa na luta por Joane”. C.V.
Bloquistas preparam eleições com lugar na autarquia na mira “Retirar a maioria absoluta de direita atualmente no poder em Vila Nova de Famalicão, com a eleição de um vereador para a Câmara Municipal e reforçar a representação na Assembleia Municipal” foram os objetivos traçados pela estrutura concelhia do Bloco de Esquerda para as próximas eleições autárquicas de 2017. Num encontro de militantes e simpatizantes, no início do mês, os bloquistas tra-
çaram as metas para o sufrágio autárquico, assumindo “o crescimento que o BE tem vindo a ter e a consistência do seu trabalho autárquico”. “É extremamente positivo para o concelho de Famalicão que o Bloco esteja representado na Câmara Municipal”, defendem. Este encontro marcou também o início do “processo” de elaboração do programa eleitoral do partido no concelho, que está aber-
to às “opiniões e ideias” dos famalicenses, para que seja “o mais abrangente possível”. “O Bloco de Esquerda está igualmente empenhado na preparação de candidaturas nas freguesias de forma a consolidar o partido também nos órgãos autárquicos que estão mais próximos das populações”, afirmaram também os bloquistas. C.V.
Teresa Morais em tertúlia sobre participação feminina na vida pública e cívica “Verificamos um aumento da representação das mulheres em cargos públicos e na vida social, contudo, ainda estamos aquém do esperado, pelo que o Movimento das Mulheres Social Democratas de Famalicão quer pôr o dedo na ferida e discutir este tema entre mulheres e com os homens da sociedade em geral”.
É desta forma que a coordena- tertúlia sobre “a participação da dora do Movimento das Mulhe- mulher na vida pública e cívica res Social Democratas de Fama- – fragilidades e oportunidades”, licão, Maria Manuel Martins, lan- que tem como objetivo “refletir ça a Tertúlia com Chá, agendada sobre a intervenção das mulhepara este sábado, 19 de novem- res na vida pública e motivar as bro, pelas 16.30 horas, na Funda- mulheres a participar ativamenção Castro Alves, em Bairro. te na vida pública e social do nosTeresa Morais é um dos rostos so município”. L.O./C.V. que vai marcar presença, numa
JSD celebra 40 anos de estrutura no concelho A Casa das Artes reuniu antigos to do seu concelho ou da sua free atuais dirigentes, militantes e guesia”, apesar da “crescente dessimpatizantes para comemorar o credibilização da política”. 40.º aniversário da Juventude SoTambém presente na cerimónia, cial Democrata de Vila de Nova de o presidente do PSD de Vila Nova Famalicão. de Famalicão, Paulo Cunha, hoSegundo a estrutura, foi um “en- menageou o passado e apelou a contro de gerações”, que visou “uma participação mais ativa de “aliar passado, presente e futuro toda a comunidade juvenil” no fue essencialmente juntar todos os turo do concelho. que encontraram na JSD FamaliFirmino Costa, presidente da cocão um local de partilha de valo- missão distrital da JSD de Braga, res comuns”. também se associou à festa e fez Além de fazer questão de falar saber que “a JSD Famalicão semdo passado e de sublinhar “os pi- pre se destacou pela excelência lares que têm pautado a atuação dos seus quadros, o que demonsdesta estrutura”, Pedro Fonse- tra a forma como ao longo dos ca, atual presidente da juventu- anos esta estrutura tem influende partidária, frisou que sente que, ciado de forma positiva o percur“a nível local, há cada vez mais pes- so dos jovens que escolhem fazer soas dedicadas e empenhadas em na JSD a sua participação politicontribuir para o desenvolvimen- ca ativa”. C.V.
Candidato a secretário-geral da JS em Famalicão Ivan Gonçalves escolheu Vila Nova de Famalicão para apresentar a candidatura a secretário-geral da Juventude Socialista aos militantes do distrito de Braga, na sexta-feira, 18 de novembro, pelas 21.30 horas, em local ainda a definir. O candidato, atual deputado na Assembleia da República e líder da Federação Distrital da JS de Setúbal, é o autor da moção global de estratégia “Do Lado Certo da História”, na qual a JS de Vila Nova de Famalicão deu contributos, no fórum de discussão “Por um Futuro Com Direitos”, realizado em Torres Novas. “Com vista à realização do Congresso Nacional que definirá o próximo secretário-geral da JS, a estrutura concelhia irá eleger os seus Delegados ao Congresso que este ano realizar-se-á no distrito do Porto. A JS Famalicão participará
neste congresso com sete delegados que serão eleitos no próximo sábado, dia 19 de novembro, em Assembleia Concelhia convocada para o efeito”, afirmou a juventude partidária. A JS de Famalicão acrescentou ainda que “continua a apostar e a valorizar a formação dos seus quadros, através da participação e fomentação de escolas de formação política”, como foi a conferência “Política, Um passo à Esquerda”, organizada pela Federação Distrital de Braga, em Barcelos, a 11 de novembro, e a “Escola de Formação Política – Mais Juventude”, que teve lugar no Palácio Vila Flor, em Guimarães, no dia seguinte. “Os desafios da Esquerda Democrática, Autarquias Locais, Experiência Governativa e Participação Política foram os temas principais abordados e discutidos”, contou a estrutura. C.V.
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16 NOVEMBRO 2016 JORNAL DO AVE
Cultura
Continental apresenta percurso por terras famalicenses
// Vila Nova de Famalicão
“Uma indústria não é apenas uma fábrica que produz”. Este é o mote para a exposição “Percurso da Continental por Terras Famalicenses”, que foi inaugurada na sala de exposições da Casa do Território, no Parque da Devesa, a 7 de novembro. PATRÍCIA PEREIRA
A
pessoas que trabalham todos os mostra pretende dar a co- dias da forma como o fazem”. A nhecer o percurso do grupo ale- Continental tem apostado, “ao mão em Vila Nova de Famalicão, longo dos anos”, na “capacitaonde desde 1990 tem instaladas ção” de “todos os quadros e opeduas unidades produtivas e já in- radores” e essa será “a base do vestiu “cerca de 600 milhões de seu sucesso”. euros”. O presidente da ContinenO presidente da Continental Matal Mabor, Pedro Carreira, afirmou bor adiantou que estão “a trabaque a exposição conta “a histó- lhar dentro da empresa, em conria de muitos homens e mulheres junto com a casa mãe”, para ter que fizeram da fábrica e do gru- “mais 25 anos de sucesso em Porpo aquilo que ela hoje represen- tugal”. Recentemente, a empreta em Portugal”. “São muitos anos sa lançou “o primeiro pneu agro”, de trabalho dedicado e apaixona- que está “agora na fase de indusdo por aquilo que se faz no dia a trialização”. A “fábrica em unidade dia e que mostra um bocadinho de produção” arranca “no próximo o percurso do que foram estes 25 ano”. Há ainda “muitos outros proanos, com os nossos altos e bai- jetos que já estão aprovados”, mas xos, mas sempre numa trilha de que só serão apresentados no “seu sucesso”, completou. devido tempo”. Além disso, a ContiPedro Carreira gostaria de dizer nental Mabor trouxe para Portugal que “não há segredos” para o su- “um centro de desenvolvimento de cesso da Continental, mas, se hou- software, que precisam para reliver, o segredo da empresa são “as gar com as máquinas”, que é “mais
Censura em Portugal é tema dos Encontros de Outono Os Encontros de Outono, promovidos pelo Museu Bernardino Machado, estão de volta. A vigésima edição vai realizar-se a 25 e 26 de novembro, na Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão, e trará a debate “A censura em Portugal (1910-1974) ”. Mais de uma dezena de investigadores e historiadores vão juntar-se para abordar o impacto da censura na I República, nos governos republicanos, durante a I Guerra Mundial, durante a Ditadura Militar e o Estado Novo, a censura na literatura e espetáculos para menores, no teatro e no cinema. “Quem participar nestas atividades ficará com um conhecimento vasto, correto e rigoroso sobre este tema”, afirmou Norberto Cunha, coordenador científico do Museu. E para assistir basta inscrever-se previamente no site www.bernardinomachado.org, sendo a participação gratuita. O colóquio está acreditado para professores dos grupos 200, 210, 220, 300, 400 e 410. Para o presidente da autarquia famalicense, Paulo Cunha, o Museu tem contribuído para a afirmação de Vila Nova de Famalicão no país, como uma cidade que promove o conhecimento da história. “Agora, o Museu chama os maiores especialistas nacionais na investigação da censura para durante dois dias redescobrir e reescrever esta importante página da nossa história”, concluiu Paulo Cunha. Para mais informações sobre o programa pode consultar http:// www.bernardinomachado.org/. L.O./C.V.
Veja a reportagem vídeo em www.jornaldoave.pt
Exposição está patente na Casa do Território, no Parque da Devesa
uma aposta no futuro, dos tais 25 que o facto de a Continental ter anos que hão de vir”. projetos para mais 25 anos é “uma E numa altura em que se vê “em- boa notícia”. presas a diminuir postos de traPatente na Casa do Território balho, a abrandar a produção e a até ao final do mês de janeiro de fazer contas à vida”, o edil fama- 2017, a exposição quer guiar os vilicense, Paulo Cunha, considerou sitantes pela evolução do Grupo
Continental, nomeadamente pelos acontecimentos que trilharam o seu desenvolvimento e as relações económicas e sociais estabelecidas no território famalicense e no mundo, durante mais de duas décadas.
Ilustrações de Museus de Famalicão a percorrer o país são projeto vencedor do “Programar em Rede” Pode chegar aos dez mil euros o apoio que a Fundação Cupertino de Miranda vai ter para executar o projeto cultural “Museus Ilustrados em Rede”, que venceu a iniciativa “Programar em Rede”, numa votação que decorreu no dia 2 de novembro na Casa das Artes, durante a reunião do Conselho Municipal da Cultu- Projeto vencedor pertence à Fundação Cupertino de Miranda explicou António Gonçalves, da ca Didáxis - A2D em parceria com ra. CÁTIA VELOSO Fazer com que ilustradores, como Afonso Cruz e André Carrilho, criem uma imagem para cada museu do concelho famalicense e juntar todos os trabalhos artísticos numa exposição itinerante a nível nacional é o objetivo do projeto vencedor. “Ele foi criado a pensar num produto uniformizado com informação acessível e atrativa de todos os Museus da Rede Municipal, procurando-se fazer uma aproximação aos diferentes públicos através da ilustração”,
Fundação Cupertino de Miranda. Estão ainda previstas atividades conexas à exposição, como visitas guiadas e oficinas de ilustração. O projeto vai ser financiado pela Câmara em 50 por cento, num valor máximo de dez mil euros. Na primeira edição do “Programar em Rede”, criado pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão com o objetivo de criar um evento marcante para o concelho, foram ainda apresentados outros projetos: “Oficina de formação teatral”, da Associação Académi-
a Fundação Narciso Ferreira e a Cooperativa Mais Plural, “Memórias Musicais”, da Associação Sócio Cultural Metáforas à Solta em parceria com a Associação de Professores Novo Rumo e “Mostra de Territórios Dramáticos”, do Teatro Didascália em parceria com a Associação Teatro Construção. Paulo Cunha, presidente da autarquia e do Conselho Municipal da Cultura, destacou “o trabalho desenvolvido em parceria entre várias instituições” e “a qualidade dos projetos apresentados”.
18 JORNAL DO AVE 16 NOVEMBRO 2016
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Cultura
// Vila Nova de Famalicão
“Lux” vence Concurso e Mostra de Cinema Jovem
Personagens da saga Star Wars “aterraram” na Fundação Cupertino de Miranda, na noite de sábado, 12 de novembro, para garantir que a Gala do Ymotion 2016 – Concurso e Mostra de Cinema Jovem tivesse o ambiente cénico da sétima arte.
Veja a reportagem vídeo em www.jornaldoave.pt
PATRÍCIA PEREIRA
O
público foi convidado a contribuir com um valor simbólico mínimo de um euro, que reverterá a favor de duas associações juvenis famalicenses que desenvolvem trabalho social. A noite foi enriquecida culturalmente com um concerto a solo de Jorge Palma. A curta-metragem “Lux”, dos jovens Bernardo Lopes e Inês Malveiro, foi a grande vencedora da noite, ao arrecadar o Grande Prémio Joaquim de Almeida, no valor de mil euros, assim como o Prémio de Melhor Banda Sonora Original e Melhor Direção de Fotografia, no valor de 150 euros cada. Lux conta a história de Pedro, um escritor solitário, que resolve embarcar num desnorteio imaginário para conseguir chegar à ideia para o seu novo romance. Bernardo Lopes, finalista do curso de Cinema da Universidade Lusófona de Lisboa, adiantou que “não estava de todo à espera” de ser premiado com a mais alta distinção da noite, mencionando que a curta-metragem já
tem “um ano de circuitos de festivais”, sendo esta mostra “talvez a 35.ª” participação. O vencedor destacou que este tipo de iniciativas devia acontecer “mais vezes”, uma vez que “é fundamental” e para “jovens é muito motivador e o maior alimento que têm nesta altura”. O júri do concurso foi constituído pelo argumentista Tiago Santos, pelos jornalistas Mário Augusto e Rui Pedro Tendinha, o produtor e realizador Rodrigo Areias e o produtor Vasco Josué. Quanto à curta-metragem vencedora, Tiago Santos destacou “a originalidade, o ponto de vista e o controlo de tom muito forte e a segurança de uma pessoa nova”, que “chamou a atenção” dos membros do júri. Dirigido a jovens dos 12 aos 35 anos, o Ymotion procura “promover a criação, produção e divulgação do cinema jovem português e fomentar sinergias entre escolas secundárias e instituições de ensino superior”. Nesta 2.ª edição, foram submetidas a concurso “um
Ymotion visa premiar trabalhos cinematográficos feitos por jovens
conjunto de 55” obras, das quais foram selecionadas 32 que foram projetadas na Mostra de Cinema Jovem, que decorreu de 5 a 11 de novembro, na Casa da Juventude. “Pronto, era assim” de Patrícia Rodrigues e Joana Nogueira venceu nas categorias Melhor Curta de Animação e Melhor Realização, no valor de 150 euros cada, “Alice” de Bárbara Araújo arrecadou o prémio de “Melhor Argumento”, no valor de 150 euros, e a cur-
Rui Rodrigues Sousa expõe na galeria Matriz-Arte “Os Desenhos do Rui”. É este o nome da exposição do arquiteto e professor de Riba D’Ave, Rui Rodrigues Sousa, que vai estar patente na galeria Matriz-Arte, até ao dia 30 de novembro. Com uma técnica que recorre, na sua maioria, a caneta sobre papel, alguns trabalhos usam tam-
bém a técnica de pontilhismo e a técnica mista. A exposição inclui pequenas esculturas policromadas, em madeira de medronho, e uma mostra de peças de “bijouterie” em xisto colorido. Os trabalhos podem ser visitados de terça a sexta-feira, entre as 15.30 e as 17 horas, na galeria Ma-
triz-Arte, “um projeto cultural da professora e pintora Helena Romão, criado com o objetivo de reforçar a presença da arte em Vila Nova de Famalicão”, informou fonte do município. A galeria localiza-se na Rua Santo António, junto à Igreja Matriz. L.O./C.V.
// Santo Tirso
workshop “Filosofia com Humor”, que tem entrada gratuita, mas sujeita a marcação prévia. Fonte da autarquia fez saber que “instrumento fundamental para o desenvolvimento da própria argumentação, o humor é um recurso pedagógico importante e diferente para aprender Filosofia de um modo divertido”. “Ao lon-
Famalicão debate desafios para os arquivos na era digital “Que desafios para os arquivos na era digital” é o mote para o seminário que o arquivo Municipal Alberto Sampaio vai receber, a 21 de novembro. Uma iniciativa da autarquia famalicense e da Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas (APBAD), que visa ”refletir sobre as oportunidades e os desafios que atualmente se colocam aos profissionais da informação no que se refere a garantir o acesso e a preservação da informação digital a longo prazo”. Para mais informações pode contactar o site http:// apbad.pt/ ou o email formacao@bad.pt. L.O./C.V. // Santo Tirso
“Filosofia com Humor” na Biblioteca Municipal Miguel Coimbra vai mostrar que a filosofia tem utilidade para a vida e para o quotidiano das pessoas, no dia 19 de novembro, pelas 15 horas, na Biblioteca Municipal de Santo Tirso. O coordenador do depar tamento de Filosofia e Artes da Associação Portuguesa de Ética e Filosofia Prática vai ministrar o
ta “Livre” valeu a Pedro Nogueira o Prémio Público e o Prémio Escolas. Quanto aos filmes propostos para esta edição, o argumentista afirmou que havia “ótimos e surpreendentes projetos”, ressalvando que “é bom ver que estão a fazer muitas curtas-metragens e que há muitas pessoas novas a querer fazer cinema, a escrever e a fotografar cinema”. Tiago Santos também integrou o júri na primeira edição e referiu que nesta
edição “aconteceu uma coisa que não aconteceu o ano passado e que mostra que o festival está penetrante”: encontrou “amigos realizadores que concorreram com os seus filmes”. “É sinal de que as pessoas estão a ficar mais despertas e mais atentas para este festival. Acho que a qualidade foi melhor e até a qualidade dos filmes de escola foi melhor. Considerando que o ano passado foi o ano zero, isto aqui tem muitas pernas para andar e acho que só pode melhorar”, esclareceu. Para o edil famalicense, Paulo Cunha, o Ymotion pretende “fazer de Vila Nova de Famalicão a capital do cinema para os jovens”, sendo este projeto “uma ferramenta provocadora para os jovens, desafiando-os a participar na vida comunitária”. “Os jovens deram um sinal muito claro de adesão ao projeto e nós ficamos muito satisfeitos com a duplicação do número de filmes a concurso”, completou. O Ymotion é apadrinhado por António Pedro Vasconcelos e Joaquim de Almeida, o que Paulo Cunha considera ser “um sinal do carinho que esses vultos do cinema mundial têm pelo projeto que está a nascer em Vila Nova de Famalicão”.
go da História da Filosofia, muitos foram os filósofos que recorreram ao humor para estimular o espírito crítico e também, desse modo, iniciar um diálogo sobre os pressupostos de uma determinada teoria filosófica”, acrescentou. O dia Mundial da Filosofia assinala-se a 17 de novembro. C.V.
Biblioteca de Santo Tirso recorda Miguel Torga Recordar Adolfo Correia da Rocha ou Miguel Torga como sempre foi conhecido. É este o convite da Biblioteca Municipal de Santo Tirso para a noite de 18 de novembro. A partir das 21.30 horas, o auditório da Biblioteca recebe a palestra “Filho da Terra, minha mãe adorada: o Doiro e os mitos em Torga”, com destaque para a presença de José Ribeiro Ferreira. A comemorar o seu 16.º aniversário, a Biblioteca Municipal de Santo Tirso sugere recordar um dos grandes nomes da literatura nacional. Além de José Ribeiro Ferreira, António Sousa declamará alguns poemas de Miguel Torga. L.O./C.V.
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Cultura // Santo Tirso
Fábrica recebe Fórum de Etnografia e Folclore O auditório da Fábrica de Santo Thyrso prepara-se para receber este sábado, 19 de novembro, entre as 9.30 e as 17 horas, o “XI Fórum Distrital de Etnografia e Folclore”, promovido pela Federação das Coletividades do Distrito do Porto, com a colaboração
do Grupo Folclórico Infantil e Juvenil da Ermida, Rancho Folclórico São Salvador Monte Córdova, Grupo Etnográfico das Aves, Grupo Etnográfico Sta. Maria de Negrelos, Rancho Típico da Reguenga e Rancho Folclórico São Pedro de Roriz. L.O./C.V.
“Rondas” quer promover património religioso Conhecer o património religioso do concelho de Santo Tirso é o objetivo da iniciativa “Rondas”, levada a cabo pela autarquia tirsense, com o objetivo de “fomentar o conhecimento do conjunto patrimonial do concelho, partindo à descoberta dos edifícios e equipamentos em destaque”. A partida para este roteiro está marcada para as 9 horas do dia
26 de novembro, da Loja Interativa de Turismo. Com passagem pelas Capelas do Senhor do Padrão, Nossa Senhora de Valinhas e Nossa Senhora do Parto, a visita, aberta ao público em geral, termina na Capela do Nosso Senhor dos Passos. A inscrição é gratuita e o percurso será feito de autocarro. L.O./C.V.
“A maior flor e outras histórias segundo José” em exibição “A maior flor e outras histórias segundo José” é a peça que vai poder ser vista, no dia 26 de novembro, às 16 horas, no Centro Cultural Municipal de Vila das Aves. Inspirada na obra literária de José Saramago, a Câmara Municipal de Santo Tirso promove a iniciativa, que tem entrada livre.
O teatro Art'imagem apresenta a peça que tem como base o livro “A Maior Flor do Mundo” de José Saramago e que se insere no “Ciclo Teatro Para a Infância”. A peça dirigida para maiores de seis anos, tem encenação de José Leitão e a interpretação de Daniela Pêgo e Flávio Hamilton. A.M./C.V.
Workshop para dar a conhecer a discalculia Dar a conhecer a perturbação neurológica que afeta a capacidade de aprendizagem dos mais novos na área da matemática é o objetivo do workshop “Discalculia: Conhecer para Intervir”, que vai ter lugar no dia 23 de novembro, pelas 14.30 horas, na Biblioteca Municipal de Santo Tirso. Dirigida a profissionais de educação e saúde, pais e encarregados de educação, esta iniciativa será orientada por Inês Salgado Rodrigues, que vai “explicar e informar a população sobre o assunto”, sendo abordado “o fun-
cionamento cerebral no processo de aprendizagem da Matemática, bem como identificadas as características dos alunos com esta perturbação” e “ainda a análise das principais características da discalculia, assim como estratégias de intervenção e pedagógicas indispensáveis e facilitadoras no processo de ensino e aprendizagem da Matemática”, explicou fonte da Câmara Municipal de Santo Tirso. O workshop é gratuito, mas sujeito a inscrição prévia. C.V.
Coral da Misericórdia celebrou 18.º aniversário em concerto O
Coral da Misericórdia de Santo Tirso atingiu a maioridade. Dezoito anos depois da sua formação, o ambiente foi de festa. O auditório Engenheiro Eurico de Melo, em Santo Tirso, recebeu um concerto comemorativo que envolveu, além do Coral aniversariante, o Orfeão da Fundação ALORD e Grupo Coral da Jorba. José dos Santos Pinto, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Santo Tirso, felicitou o Coral “pelo trajeto de sucessos acumulados com a divulgação da música coral que vem praticando pelos vários cantos do país e além-fronteiras”, mas também aproveitou o momento para “lamentar que o Coral durante todo este percurso só possa contar com o apoio da Misericórdia de Santo Tirso, apesar de hoje ser considerado por muitos um dos maiores embaixadores do con-
Coral da Misericórdia atuou no auditório Engenheiro Eurico de Melo
celho de Santo Tirso”, informou fonte do Coral. O provedor aproveitou ainda o momento para expressar o desejo que no futuro o coro continue “o trabalho próspero, que contribua para o aumento da relação
entre os povos, para a promoção da terra e da Instituição”. Depois de uma viagem pela música proporcionada pelas interpretações dos três grupos, seguiu-se um momento de convívio. L.O./C.V.
Orquestra Andaluza com espetáculo solidário em Santo Tirso Vivaldi e Piazzolla “confrontaram-se” em palco, com um concerto protagonizado pela Orquestra Andaluza, na noite de 12 de novembro, na Fábrica de Santo Thyrso. “Vivaldi e Piazzolla: Oito Estações” serviu para “mostrar por-
que as estações do ano serviram de inspiração a compositores tão distantes no tempo e no espaço”. Promovido pela autarquia, em parceria com a New Vibrations, o espetáculo musical teve cariz solidário, pois a bilheteira reverteu
a favor da Associação de Solidariedade Humanitária de Monte Córdova. Alejandro Galindo e o tirsense Pedro Carneiro dirigiram a orquestra composta por cerca de 20 instrumentistas de cordas. C.V.
Vila das Aves promove jovens talentos “O Triunfo dos Acéfalos”, “IN VEIN”, “Wet Socks” e “Pipes Bazar” são as bandas que vão subir ao palco no Centro Cultural Municipal de Vila das Aves, para o espetáculo “Jovens Talentos”. A iniciativa promovida pela Câmara Municipal de Santo Tirso, realiza-se a 18 e 19 de novembro, às 21.30 horas e tem entrada gratuita. Quatro bandas do concelho vão protagonizar o evento, que vai contar com espetáculos de estilos musicais diferentes, onde o objetivo é dar a conhecer as bandas do concelho. No dia 18, vão subir ao palco “O Triunfo dos Acéfalos” e “IN VEIN”. No dia 19, os concertos serão pro-
tagonizados por “We Socks” e “Pipes Bazar”. “O Triunfo dos Acéfalos” leva ao palco, através de Luís Ramos, o estilo alternativo/experimental, onde a música é apresentada na sua essência natural. Com voz, baixo, guitarra e percussão, o objetivo é que a música possa ser sentida e não só ouvida. Com António Rocha na voz, André Almeida e Paulo Monteiro na guitarra, Luís Moreira na bateria e João Costa no baixo, o grupo tirsense “IN VEIN”, formado em 2015, apresenta o metal como sonoridade original. O último dia é dedicado ao rock, que vai ser apresentado em diferentes vertentes. “We
Socks” apresentam um rock psicadélico com influências punk. A banda, que tem menos de um ano, tem Gabriel Coelho na guitarra e no baixo, Diogo Faria na bateria e Gonçalo Rebelo na guitarra, no sintetizador e na voz. “Pipes Bazar” chega com o rock alternativo. Em 2014, quatro estudantes e amigos juntaram-se para dar um concerto no colégio onde estudavam, o Colégio das Caldinhas, fazendo surgir a banda. Com André Faria na guitarra e voz, Álvaro Granja no baixo e Tiago Fonteboa na bateria, o grupo de rock experimental já conta com músicas originais. A.M./C.V.
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Desporto
// Modalidades
Davide Figueiredo é campeão do mundo da Meia Maratona
Futebol: Campeonato de Portugal
N
atural de Vila Nova de Famalicão, mas a viver no concelho da Trofa, Davide Figueiredo sagrou-se campeão do Mundo da Meia Maratona, no escalão M45, que se realizou a 6 de novembro, na Austrália. O pódio ficou completo por John Sang (Quénia) e Patrick Kwist (Países Baixos). Para o famalicense, que corre pela equipa Figueiredo's Runner & Friends, a conquista deste título foi “um sonho de criança” concretizado, esperando que agora “se abram mais portas” para o apoiar no World Masters Games, que se realiza em abril de 2017, na Nova Zelândia. Davide Figueiredo afirmou que esta foi uma corrida de grau de dificuldade “muito grande”, tendo em conta que “os atletas quenianos são bastantes fortes” e que tinha como “adversário o atual campeão do mundo de cinco mil metros”. “Tive que arriscar bastante a partir dos sete quilómetros, onde sou mais forte, em vez de esperar pela parte final da corrida. Foi onde fiz a diferença com os meus adversários”, referiu. Tendo em conta que é o campeão europeu e o atleta com “a melhor marca do mundo des-
Trofense goleia Aliança de Gandra A “vingança” serviu-se com uma goleada. Depois de, na primeira jornada da série B do Campeonato de Portugal, ter perdido na “secretaria” por não conseguir adiar o jogo com o Aliança da Gandra para resolver questões administrativas, o Trofense recebeu o adversário na segunda volta com “ganas” de mostrar dentro de campo quem é mais forte. A motivação “extra” por este episódio acabou por surtir efeito e a equipa da Trofa conseguiu vencer por 4-1, não dando hipóteses de resposta ao Aliança da Gandra, que assim viu o adversário aproximar-se na tabela classificativa. À 10.ª jornada, o Trofense está no 6.º posto e soma 13 pontos, meDavide Figueiredo correu na Austrália nos um que o oponente e o S. Marte ano e escalão”, Davide tinha que “não o ajudou muito”. Contu- tinho que, na mesma ronda, ven“enormes expectativas”, mas a pre- do, o atleta teve que “superar isso ceu o Pedras Rubras por 2-1. No paração “não foi a melhor” e teve e correr com motivação” para se topo da tabela mantêm-se Fel“dificuldades” com os apoios, o sagrar campeão do mundo. P.P. gueiras e Marítimo B, com 22 e 20 pontos, respetivamente, seguidos de Amarante, que tem 19 pontos.
4000 inscritos esperados na Meia e Mini Maratona de Famalicão Sara Moreira, Rosa Oliveira, Rui Pedro Silva e Filomena Costa já garantiram presença na Meia Maratona de Famalicão, no dia 27 de novembro. A prova que, em 2015 contou com mais de três mil inscritos, está a ganhar cada vez mais expressão na região e promete ultrapassar barreiras. Jorge Teixeira, diretor da Runporto, assumiu, em conferência de apresentação da iniciativa realizada esta segunda-feira, que o objetivo deste ano é chegar aos quatro mil inscritos. Para já, estão confirmadas duas mil inscrições. “Temos a participação de grandes atletas de renome internacional e temos o único presidente de Câmara do país que corre a distância de uma maratona, o que é um enorme privilégio”, afirmou Jorge Teixeira, referindo-se a Paulo Cunha, autar-
meia maratona vem dar força à mensagem que queremos transmitir, que em Famalicão estamos a criar condições para a prática de todas as modalidades desportivas e que queremos fazê-lo numa lógica competitiva”, numa alusão ao projeto que a autarquia vai brevemente executar da pista de atletismo e centro de BTT. O edil famalicense apelou a quem não quiser correr os 21 quilómetros, que participe na mini Meia Maratona foi apresentada maratona, de sete quilómetros, ca famalicense, que não se coi- que até pode ser feita a caminhar. biu de participar nesta prova nos As inscrições decorrem até dia 26 anos transatos. (informações no site da Runporto, A prova, organizada pela Run- em www.runporto.com). Porto em parceria com a Câmara Meia e mini maratona têm parMunicipal e Associação de Atletis- tida da Avenida do Brasil e chegamo de Braga, é para Paulo Cunha da no parque de estacionamento “um sinal da dinâmica desportiva da Casa do Território, no Parque do concelho”. “A organização da da Devesa. C.V.
Abaixo do Trofense seguem Caniçal e Camacha, com 11 pontos, Pedras Rubras, com dez, e Torre Moncorvo, com um. Na próxima jornada, que se realiza a 27 de novembro, enquanto o Trofense viaja ao reduto do Pedras Rubras, o S. Martinho viaja à Madeira para defrontar o Marítimo B. Na série A, a AD Oliveirense entrou na segunda volta com um triunfo por 1-2, no reduto do Vilaverdense, cimentando a 2.ª posição, com 24 pontos, estando em excelente condição de assegurar lugar no play-off de promoção. O Merelinense é líder, com 26 pontos, e abaixo seguem o Bragança, com 18 pontos, o Vilaverdense, com 16, o Torcatense, com 14, e o Pedras Salgadas, com 11. O Ponte da Barca é último classificado, com seis pontos. O próximo adversário da equipa de Oliveira Santa Maria é o Limianos, penúltimo classificado, com sete pontos.
Câmara subsidia obras para novos campos de ténis e futebol Dos 490 mil euros que o Ténis Clube de Famalicão necessita para concretizar um complexo desportivo, 240 mil euros já foram garantidos através de um subsídio atribuído pela Câmara Municipal. Com este apoio financeiro, a coletividade pode arrancar “de imediato” com o projeto, que consiste na construção de quatro novos campos de ténis de piso rápido, garantindo condições para acolher provas nacionais e internacionais. A atribuição do subsídio foi aprovada em reunião de câmara, ao mesmo tempo que um outro, de 480 mil euros, destinado
“ao arranque da primeira fase de execução do novo centro de treinos” do Futebol Clube Famalicão, que terá “três campos de relva sintética para futebol de 11, 7 e 5, balneários, gabinetes técnicos e médicos, zona de estacionamento e lazer e bancada com capacidade para 550 pessoas”, informou fonte autárquica. Paulo Cunha, presidente do município, afirmou que o trabalho desenvolvido pela autarquia tem “o propósito de diversificar e massificar a prática desportiva e, por vezes, isso obriga a intervenções infraestruturais fundamentais”. C.V.
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Desporto // Modalidades
Voleibol e Natação do Ginásio Clube de Santo Tirso em destaque No que diz respeito às modali- guiu evidenciar-se, ao vencer o CD dades do Ginásio Clube de San- Póvoa por 16-25. A equipa conseto Tirso, o fim de semana foi de guiu assim a segunda vitória em destaque para o voleibol e para dois jogos disputados. a natação. A equipa sénior de voleibol feminino segue sem perder Natação com dois pódios e na natação, a par dos recordes e 31 recordes pessoais, somaram-se dois pódios no Campeonato Regional de PisO Ginásio Clube de Santo Tirso cina Curta. conquistou 31 recordes pessoais e Em jogo a contar para o Campe- dois pódios nos Campeonatos Recom certeza continuar a levar o onato Nacional de Voleibol, a equi- gionais de Juvenis, Juniores e Seoze de novembro de 1930. nome do C. D. Aves bem longe”, pa sénior feminina de voleibol do niores de Piscina Curta, que se re- Assim começou a ser escrita a pá- disse o presidente do CD Aves, ArGinásio Clube de Santo Tirso, que alizaram de 11 a 13 de novembro, gina da história do Clube Despor- mando Silva. compete na série A da 2.ª divisão, na Piscina do Clube Fluvial Por- tivo das Aves. Oitenta e seis anos As festividades começaram a conseguiu uma vitória clara sobre tuense. Dos recordes alcançados, depois, o Clube de Vila das Aves 12 de novembro, com o hastear o CD Póvoa, por três sets. Com o três foram recordes absolutos do não quis deixar a data em bran- da bandeira, no pavilhão do CD primeiro set a ser o mais disputa- Clube, conseguidos por David Al- co e assinalou mais um aniversá- Aves, e salva de morteiros, sedo dos três, a equipa tirsense aca- meida nos 50 e 100 metros Mari- rio com dois dias de festa. guindo-se a animação pelas ruas bou por vencer por 22-25. A segun- posa e Estafeta Sénior 4x50m Es“Estamos todos de parabéns da freguesia. À noite, a Quinta da ronda voltou a dar vantagem tilos. O Juvenil B, Francisco Neto por, ao longo destes 86 anos, ser- de Vila Verde foi o local escolhià equipa visitante, com o Giná- sagrou-se Vice-campeão Regio- mos um clube de referência a ní- do para juntar à mesa dirigentes, sio Clube a vencer por 20-25. Mas nal nos 50 metros Mariposa e, na vel nacional, pelo prestígio, ho- atletas, equipa técnica, sócios, foi no último set disputado, que a mesma categoria, Miguel Gonçal- nestidade e seriedade, vamos adeptos e amigos do clube. equipa feminina de voleibol do Gi- ves conseguiu o terceiro lugar nos násio Clube de Santo Tirso conse- 200 metros Mariposa. L.O./C.V.
86 anos de CD Aves D
No dia seguinte, 13 de novembro, decorreu uma missa na Igreja Matriz, seguida de uma romagem ao cemitério. E quanto ao futuro, o presidente da direção do Aves deixou um desejo: “Continua esta direcção com um só sentido: engrandecer o Clube, tanto no seu património, como no aspecto desportivo. A envolvência de todos é prioritária e só com a vossa ajuda podemos ser ainda maiores”. L.O./C.V.
NAST prepara S. Martinho Equipa Sénior do Aves segue isolada na liderança com atividades desportivas
Caminhada, Orientação Pedes- ção. Depois das provas, festeja-se O fim de semana foi de bons re- ceu por 21-25. tre ou BTT. Os participantes só o S. Martinho com várias iguarias, sultados para as equipas feminiNo dia seguinte, foi a vez da equi- têm que escolher uma das três no campo de futebol, cuja inscrinas de voleibol do Clube Despor- pa sénior jogar no pavilhão do ins- modalidades para participar na ção é obrigatória. Deve inscrevertivo das Aves (CD Aves). Dois jogos, tituto Politécnico do Porto, onde atividade “Santo Tirso em movi- -se através do site www.nast.pt, duas vitórias. venceu a CD IPP por 2-3, com os mento”, promovida pelo Núcleo do e-mail 2013.nast@gmail.com Os juniores entraram em cam- parciais de 17-25; 22-25; 25-23; 25- Associativo de Santo Tirso (NAST), ou do contacto 914061281, até po, no pavilhão do Clube Despor- 20; 10-15. Apesar da equipa do CD que sai à rua este sábado, 19 de esta quarta-feira, 16 de novemtivo da Póvoa, no sábado, 12 de no- Aves ter entrado melhor na parti- novembro. O ponto de encontro bro, podendo fazê-lo até ao dia vembro, para defrontar o CD Póvoa, da, o percalço do terceiro e quar- é no Campo de Futebol de Lame- da prova, sujeitando-se à existênem jogo a contar para o Campeo- to set deixaram tudo em aberto, las. A caminhada arranca às 9.30 cia de mapas. nato Inter-regional de Juniores, da mas na “negra” acabou por con- horas, meia hora depois partem a Para participantes com 20 ou 1.ª Fase da Série C da Associação trolar o jogo conseguindo a impor- prova de BTT e o Trail de Orienta- menos anos a atividade tem um de Voleibol do Porto (AVP). Apesar tante vitória.A partida contou para de terem entrado bem no jogo, os a primeira fase do Campeonato Inavenses acabaram por perder o ter-regional de Seniores da 3.ª Di- Voleibol primeiro set (25-17). Ainda assim, visão, da Série A da AVP. Em causa a recuperação foi notória e vence- estava a liderança da tabela clasram o segundo set (18-25). O tercei- sificativa, uma vez que a CD IPP, tal ro set foi de clara vantagem para a como a equipa do Aves, só somava equipa de Vila das Aves, que ven- vitórias. Assim, a equipa sénior do O Famalicão Atlético Voleibol ceu por 9-25. O último set foi mais voleibol do CD Aves segue isolada Clube (AVC) recebeu o Leixões SC, equilibrado, mas o CD Aves ven- na liderança da séria A. em encontro da 4.ª jornada do Campeonato Nacional da 1.ª Divisão de seniores femininos, que se realizou na tarde de domingo, 13 de novembro. O Famalicense Atlético Clube (FAC) recebeu o GC Vilacondense na O Leixões saiu a ganhar, por terceira jornada do Campeonato Nacional da 2.ª Divisão de voleibol, 0-3, com os parciais de 19-25, 20e perdeu por 3-1. A equipa de Vila do Conde venceu o primeiro set por 25 e 19-25. Segundo fonte do Fa25-13 e a equipa de Famalicão ganhou o segundo por 25-20. O terceimalicão AVC, as equipas proporro e quarto set foram ganhos pelo visitante, por 25-18 e 25-23, respecionaram “um bom jogo de votivamente. Na próxima jornada, o FAC recebe o Gondomar. A.M./C.V. AVC derrotado em casa leibol”. P.P.
Leixões derrota AVC
FAC perde com Vilacondense
custo de 1,5 euros e cinco euros com a participação no magusto. Para pessoas com mais de 20 anos, a atividade tem um custo de três euros e mantêm-se os cinco euros para os que também queiram participar no magusto. Os sócios e atletas do NAST pagam 1,5 euros para participar na atividade. A iniciativa é aberta a qualquer pessoa e pode ser realizada individualmente ou em grupo. L.O./C.V.
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Desporto
// Modalidades
Sanguinhedo APIK 2016 com “balanço positivo” Com o rio Sanguinhedo, em Santo Tirso, como pano de fundo, uma das provas mais descontraídas do ciclismo nacional saiu à rua, a 5 de novembro. Luís Mendonça, Maria Fernandez e Daniel Silva foram os vencedores da prova que alia a competição à boa disposição. Liliana Oliveira/ Cátia Veloso
A
terceira edição do Sanguinhedo Apik desafiou os atletas a subir uma pista de 280 metros, que chegou a atingir 30 por cento de inclinação. Uma prova que Luís Mendonça já domina, uma vez que este ano somou a terceira vitória consecutiva, que lhe deu direito ao estatuto de tricampeão. “É uma prova que se enquadra bem nas minhas características: é explosiva”, afirmou o vencedor do Apik 2016, Luís Mendonça. No feminino, foi a espanhola Maria Fernandez a primeira a cortar a meta. Esta atleta do país vizinho assume-se “muito competitiva” e, apesar da “concorrência ter
sido muito dura”, conseguiu mesmo cumprir o desejo de ganhar a prova. “Fiquei muito feliz por ganhar esta prova. É espetacular e muito específica, porque é uma subida muito dura e é uma vitória muito boa para o meu palmarés desportivo”, comentou Maria Fernandez. No Sanguinhedo Apik vale tudo, até porque a originalidade também é premiada. Com a ajuda da galinha Zulmira Júnior, o trofense Daniel Silva foi o participante mais original. Mas este ano a prova apresentou novidades. A par dos mais crescidos, os mais pequenos também puderam participar. Pela primeira vez, a organização apresen-
Veja a reportagem vídeo em www.jornaldoave.pt
Boa disposição marcou mais uma edição do Sanguinhedo APIK
tou o Mini Apik que, feitas as contas, “correu muito bem”, contando com “cerca de 20 crianças”. “Uma das nossas preocupações é o uso da bicicleta por parte das crianças”, por isso o Mini Apik “pode ter um papel importante nas próximas edições”, afirmou o presidente da Junta da União de Fregue-
sias de Santo Tirso, Couto (Santa Cristina e S. Miguel) e Burgães, Jorge Gomes. No final, o “balanço foi positivo” e as expectativas foram superadas “em termos de dinâmica e de ciclistas”, comentou o presidente da Junta. A par dos 120 participantes, Rui Vinhas, Gustavo Velo-
so, José Gonçalves, Tiago Machado e Daniel Silva foram alguns nomes de destaque na modalidade que não deixaram de marcar presença no Sanguinhedo Apik 2016. Quanto ao futuro, Jorge Gomes deixou o desejo de que “mesmo que não seja presidente” tudo fará “para que o Apik seja realizado”.
Dança Desportiva
Par famalicense é campeão nacional de Standard Tomás Gomes e Gabriela Teixeira, em Juvenis 1 da Academia Gindança, sagram-se campeões nacionais na modalidade Standard, durante o último Circuito Nacional de Dança Desportiva, que se realizou nos dias 5 e 6 de novembro, em Vila Franca Xira. Nesta pro-
va, a Academia Gindança viu mais quatro pares sagram-se vice-campeões nacionais: Martim Matos e Lara Sousa (Juvenis 1), Gonçalo Conde e Bruna Matos (Juniores 2 iniciados), Filipe Gomes e Lara Batista (Juniores 1 Open) e Sérgio Costa e Rita Almeida (Adultos
Open). Já o par Telmo Teixeira e Sara Teixeira, em Juventude Iniciados, ficou em 6.º lugar. Na modalidade de Latinas, Filipe Gomes e Lara Batista sagraram-se vice-campeões em Juniores 1 Open, enquanto Tomás Gomes e Gabriela Teixeira (Juvenis 1) e Gonçalo Conde e Bruna Matos (Juniores 2 Iniciados) ficaram em 3.º lugar e Martim Matos e Lara Sousa (Juvenis 1) terminaram em 4.º. Em prova estiveram ainda, pelo “primeiro ano de competição”, os pares Tiago Lemos e Juliana Pereira, Telmo Teixeira e Sara Teixeira, que, segundo a Gindança, “estiveram muito bem, prevendo-se um futuro de muitos sucessos”. “Muitos parabéns a todos pela prestação na prova mais importante do calendário desportivo”, com-
Tomás Gomes e Gabriela Teixeira são campeões nacionais
pletou. Já no sábado, 12 de novembro, Sérgio Costa e Rita Almeida representaram Portugal no Campeonato do Mundo de Standard, em
Aarhus, Dinamarca. O par classificou-se em 68.º lugar na “prova mais importante do calendário internacional de Dança Desportiva”. P.P.
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Desporto // Modalidades
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Hóquei em Patins
Juventude de Viana goleia Riba d’ Ave O Riba d’ Ave HC saiu derrotado, por 7-1, na visita ao reduto da Juventude de Viana, em jogo a contar para a 6.ª jornada do Campeonato Nacional da 1.ª Divisão. Segundo fonte do Riba d’ Ave HC (RAHC), o resultado final “peca por exagero e deveu-se bastante à forma como os árbitros (Rui Torres e Florindo Cardoso) conduziram a partida”. O 2-0 da Juventude de Viana surge, segundo a mesma fonte, devido a “uma falta na área,
que não existiu,” e que foi assinada pelo juiz Florindo Cardoso, e que a existir seria “sempre fora da área”. No segundo tempo, fonte do RAHC denotou “o festival de cartões azuis” num jogo “perfeitamente tranquilo e sem justificação para tal”. Este sábado, 19 de novembro, o RAHC recebe a formação do HC Turquel, pelas 18.30 horas. FAC vence Gulpilhares O Famalicense Atlético Clube (FAC) venceu o Gulpilhares, por
4-1, em encontro da 5.ª jornada do Campeonato Nacional da 2.ª Divisão. O Gulpilhares foi o primeiro a marcar no jogo, mas o jogador do FAC, Álvaro Pinto, conseguiu o empate e, pouco depois, marcou o segundo. A equipa famalicense entrou na segunda parte a vencer e rapidamente marcou o terceiro golo. No último minuto, Chumbinho, na marcação de um livre direto, fixou o resultado em 4-1. O FAC sobe assim ao 8.º lugar e recebe, no dia 19 de novembro, às 21 horas, o Escola Livre.
Basquetebol
FAC perde na Póvoa de Varzim A quarta jornada do Campeonato Nacional da 1.ª Divisão de basquetebol levou o Famalicense Atlético Clube (FAC)/Crédito Agrícola à Póvoa de Varzim, onde perdeu por 68-60.
No primeiro período, o CD Póvoa vencia por 24-14, tendo a equipa famalicense conseguido reduzir a desvantagem no segundo período para 43-31. O último período deu a vitória à
equipa da casa, que fixou o resultado em 68-60. O FAC/Crédito Agrícola ocupa a 3.ª posição e recebe, no dia 26 de novembro, a Juventude Pacense. A.M./C.V.
Adriana Gonçalves foi a primeira atleta FAC num Campeonato do Mundo Adriana Gonçalves já começou a sua participação no Campeonato do Mundo de Juniores, em Bilbau (Espanha). Por “opção do selecionador nacional”, a atleta do FAC não participou na prova de singulares.
Já na variante de pares senhoras, Adriana Gonçalves triunfou com Mariana Paiva (NGD – Espinho) e ficará para a história por ter obtido o primeiro triunfo de uma atleta FAC num Campeonato do Mundo. Depois de terem vencido uma
dupla da Arménia na primeira ronda, perderam contra um conjunto ucraniano. Com Carlos André Silva (CHEL – Algarve), em pares mistos, foram afastados logo na primeira ronda contra uma dupla inglesa. A.M./C.V.
Caminhada e BTT para angariar alimentos
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“Ajude-nos a ajudar”. Este é o apelo da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Famalicão, que desafia a sociedade a caminhar ou a pedalar por um alimento. Assim, pelas 9.30 horas deste domingo, 20 de novembro, realiza-se a quarta edição da Caminhada e BTT Solidário, com partida do quartel dos Bombeiros. A caminhada com cerca de seis quilómetros vai percorrer as ruas da cidade, enquanto o passeio de BTT, de 25 quilómetros, decorre em “alguns caminhos flo-
restais”. A participação “não carece de nenhuma inscrição”, bastando aos interessados comparecer no quartel, pelas 9 horas, “munidos de bens alimentares”. O objetivo passa por “ajudar as famílias mais carenciadas das 49 freguesias de Vila Nova de Famalicão, num ato que até ao momento tem sido coroado de sucesso”, segundo adiantou fonte da Associação Humanitária. José Cardoso, da direção da Associação Humanitária, afir-
mou que cada dia que passa estão “mais satisfeitos com o êxito desta atividade”, sendo que, “em 2015 foram entregues seis mil quilogramas” e, este ano, gostavam de “atingir a meta dos sete mil quilogramas”. Até ao momento, os Bombeiros já recolheram “3500 quilogramas”, após “a passagem pelo Hipermercado Jumbo”. “Os Bombeiros de Famalicão continuam a receber alimentos no seu quartel, onde os interessados podem deixar os seus alimentos”, denotou. P.P.
Próxima edição do JA é publicada a 8 de dezembro
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24JORNAL DO AVE 16 NOVEMBRO 2016
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Desporto
// Modalidades
Única famalicense a praticar enduro quer federar-se
Batom, rímel e salto alto não entram neste dress code. No enduro, as botas, o capacete, a mota e a lama é que compõem a toilete. Débora Oliveira é famalicense e descobriu recentemente o gosto pela modalidade. Liliana Oliveira/ Cátia Veloso
É
a única mulher do concelho de Vila Nova de Famalicão a praticar a modalidade e o 1.º Enduro Internacional Feminino foi a sua estreia em competições oficiais. A aventura começou há um ano, quando Débora Oliveira decidiu tirar carta de mota. Mas as dificuldades na condução apareceram e “surgiu a ideia de comprar uma mota um pouco mais pequena e ágil para praticar um bocadinho”. Para aperfeiçoar a condução, Débora Oliveira trocou a estrada pelo
monte e começou assim “o gosto pela mota de monte e do próprio enduro”. Apesar de ser a única mulher no concelho a praticar a modalidade, Débora sente-se “bem”, porque, confidenciou, conta com a “compreensão e ajuda” do sexo oposto. Foi por acidente que esta famalicense descobriu o enduro, mas agora descreve-o como “uma sensação de liberdade e de maior contacto com a natureza”, considerou. O 1.º Enduro Internacional Feminino foi a sua “primeira prova oficial”. Mas Débora não viajou sozinha. Além da JPM Motos e Desifilme, a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão foi um grande apoio para a jovem. “Temos muito a agradecer ao Município, porque apoia muito o desporto”, confidenciou Débora Oliveira. Esta foi a primeira prova internacional que juntou 55 mulheres, sendo nove de outras nacionalidades, que partilham o gosto pelo enduro. “Esta prova está no calendário da Federação de Motociclismo. Foi uma prova oficial, mas não entra no campeonato nacional. Se continuarem a fazer, no próximo ano será uma prova obrigatória para
as federadas”, explicou Débora. No final da prova, a famalicense estava satisfeita. “Correu bem. Desde que eu chegasse ao final seria uma vitória para mim, porque nunca tinha feito nada do género”, comentou. Em estreia absoluta em provas oficiais, Débora Oliveira conseguiu o 10.º lugar na sua categoria, Hobby principiante, depois de um trajeto de 25 quilómetros, que lhe causou “situações muito complicadas”. Ainda assim, considerou “uma recompensa muito grande, pelo menos ter chegado ao final”, por ter sentido que fez “o trajeto sem ajudas”. “Todas as provas que existem em Portu-
gal, sendo federadas ou não, são sempre mistas”, explicou a atleta. Quanto à representatividade do sexo feminino na modalidade, Débora Oliveira considera que “existem, se calhar, muitas amadoras, mas efetivamente a competir há muito poucas”. Às meninas que têm medo de arriscar o conselho de quem experimentou e gostou é claro: “Incentivo todas as mulheres a experimentar, porque vão gostar de certeza absoluta”. Assume gostar “cada vez mais da modalidade”, por isso, vai “continuar a lutar e, se tiver apoios”, o objetivo passa por se “federar e, na próxima época, competir no Campeonato Nacional de Enduro”. pub
Última hora
Apareceu morto no mato
Cadáver foi encontrado numa zona de mato
Nu e em elevado estado de decomposição. Foi assim que o cadáver de um ho-
mem foi encontrado numa zona de mato, perto da Estrada Nacional 14, em Jesufrei, concelho de Vila Nova de Famalicão, na tarde de terça-feira, 15 de novembro. Uma mulher encontrou o corpo numa zona conhecida pela prática da prostituição e alertou as autoridades, cerca das 15 horas. O cadáver aparenta ser de um homem com idade entre os 40 e os 50 anos e pelo estado de decomposição poderá ter estado naquele local durante vários dias. À hora de fecho desta edição, as autoridades não conseguiram confirmar se o corpo pertence a um homem que há cerca de dez dias foi dado como desaparecido e cujo paradeiro se mantinha desconhecido até esta terça-feira. Mário Jorge Silva, de 47 anos, é natural de Oliveira Santa Maria, concelho de Famalicão, e é emigrante na Suiça. Foi visto pela última vez em Lordelo, Guimarães. C.V. pub