Jornal do Ave nº190

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5 de novembro DE 2020 JORNAL DO AVE

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Quinzenário 5 de novembro de 2020 Nº 190 Ano 6 | Diretora Magda Machado de Araújo | 0,70 €

03 Covid -19

16 Desporto

Irmãos Figueiredo campeões europeus na Madeira

DEver cívico de Recolhimento

O que mudou desde esta quarta-feira, dia em que 121 concelhos entraram num regime de semi-confinamento? 04-05 Saúde

13 VN Famalicão

Ana Rocha de Sousa partilha testemunho de sucesso no Ymotion

07 Universidades

Instituições de ensino superior crescem em Famalicão

“Nunca ponham em causa o trabalho da equipa de saúde pública” PUB

OPJ VAI DOTAR vILA DAS AVES E mONTE cÓRDOVA DE PARQUES DeSPORTIVOS


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Atualidade

// Santo Tirso

Atropelado mortalmente em Água Longa Um homem de 76 anos morreu atropelado ao início da manhã de 29 de outubro, na freguesia de Água Longa, concelho de Santo Tirso. O atropelamento ocorreu cerca das 06h25, na Estrada Nacional 105, e o óbito foi declarado no local pelo médico da Viatura Médica e de Reanimação (VMER) do Hospital de S. João. No socorro estiveram os Bombeiros Voluntários de Santo Tirso, com duas viaturas quatro elementos, apoiados pela equipa VMER do Hospital de S. João e pela GNR. O corpo foi transportado para o Gabinete Médico-Legal e Forense do Ave, no Hospital de Guimarães, para ser autopsiado.

// Região

António Cunha é o novo presidente da CCDR-N

E stado em que ficou a viatura

// Vila Nova de Famalicão

GNR detém “em flagrante” traficante em Arnoso Santa Eulália O Núcleo de Investigação Criminal de Barcelos da GNR deteve, 22 de outubro, um homem de 58 anos por cultivo e tráfico de estupefacientes, em Arnoso Santa Eulália, no concelho de Vila Nova de Famalicão. A investigação, que resultou na detenção em “flagrante delito”, durava “há cerca de um mês”. No cumprimento de mandados de busca domiciliária e a veículo, os militares apreenderam 264 doses de canábis folhas, uma balança de precisão, uma faca de corte de estupefaciente, um telemóvel, duas soqueiras e um aerossol. O detido, com antecedentes criminais por tráfico de estupefa-

cientes, foi constituído arguido e os factos foram remetidos ao Tri-

bunal Judicial de Vila Nova de Famalicão.

A ntónio Cunha tomou posse a 29 de outubro António Cunha é o novo presi- Engenharia de Polímeros (desde dente da Comissão de Coorde- 2003) investigador do IPC - Instinação e Desenvolvimento Regio- tuto de Polímeros e Compósitos, nal do Norte (CCDR-N). A tomada presidente do Conselho de Reitode posse decorreu, a 29 de outu- res das Universidades Portuguebro, no Convento de São Francis- sas (2014 a 2017), e como adminisco, em Coimbra, onde foram tam- trador do CEIIA - Centro de Engebém empossadas as presidências nharia e Desenvolvimento (entre das restantes regiões. 2005-2009 e 2018-2020). Depois de ter sido reitor da UniA CCDR-N tem como vice-preversidade do Minho, entre 2009 e sidentes Beraldino Pinto, licen2017, e presidente do CoLab em ciado em Engenharia Civil e exTransformação Digital, nos dois -presidente da Câmara Municipal últimos anos, Cunha torna-se o de Macedo de Cavaleiros, e Cégestor do Programa Operacional lia Ramos, renomeada para o carNORTE 2020. go, que assumiu em dezembro de Licenciado em Engenharia de 2019, depois de ter integrado o Produção e doutorado em Ciên- Governo, como secretária de Escia e Engenharia de Polímeros, o tado do Ordenamento do Territónovo presidente da CCDR-N ocu- rio e Conservação da Natureza, pou ainda os cargos de professor tendo uma ligação com a CCDR-N catedrático do Departamento de que dura desde 1984. C.V.

e-mail: jsto@net.sapo.pt http://josesarmento. blogspot.pt https://www.facebook.com/sarmentojose http://sarmento-news.blogspot.pt


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Atualidade // Região

Santo Tirso e Famalicão sujeitos a “dever cívico de recolhimento” Os concelhos de Santo Tirso e Vila Nova de Famalicão estão, desde esta quarta-feira, condicionados a várias restrições extraordinárias, devido à pandemia de Covid-19. Os municípios fazem parte do lote de 121 que o Governo sinalizou, face à escalada do número de novos casos de infeção pelo novo coronavírus, estando sujeitos ao “dever cívico de recolhimento domiciliário”. CÁTIA VELOSO Até 19 de novembro – e num cenário em que as medidas se poderão prolongar para lá desta data -, a população residente em Santo Tirso e Vila Nova de Famalicão só poderá sair de casa por motivos essenciais, como ir para o trabalhou ou para a escola, fazer compras, ir ao médico, fazer exercício físico, passear os animais ou prestar assistência a alguém. Isto acontece porque os concelhos se situam na zona “vermelha” da taxa de incidência do vírus, ou seja, apresentam um valor superior a 240 casos por 100 mil habitantes. Esta semana, a Direção Geral da Saúde deixou de apresentar o número total de infetados por concelho para, em bre-

Regime de teletrabalho obrigatório É uma medida que em concelhos, marcadamente, industriais não deverá fazer-se sentir com muito significado, mas é válida para todos os trabalhadores, cujas funções, e independentemente do vínculo laboral, podem ser exercidas a partir de casa. O regime de teletrabalho só não se poderá aplicar por “impedimento do trabalhador” ou se as funções não permitam. Na impossibilidade de adotar esta medida, as empresas têm de desfasar os horários dos funcionários. Linha SNS24 pode emitir baixa médica Para facilitar a justificação de faltas ao trabalho relacionadas com a Covid-19, evitar sobrecarregar os centros de saúde e agilizar os pagamentos por parte da Segurança Social, o Governo decidiu atribuir à Linha SNS 24 o poder de emitir as declarações de isolamento profilático (baixa médica).

ve, passar a divulgar a taxa de incidência, nestes territórios. Desta semana, ainda não há dados conhecidos, mas na semana passada a taxa de incidência de Santo Tirso fixava-se em 379 por 100 mil habitantes, enquanto em Vila Nova de Famalicão era de 210 por 100 mil habitantes. Entre as regras impostas pelo Governo, estão também os horários de funcionamento dos estabelecimentos comerciais a retalho – que devem encerrar até às 22 horas. As farmácias, consultórios, funerárias, postos de abastecimento e rent-a-car compõem a lista de exceções. No caso dos restaurantes, o limite de horário fixa-se nas 22h30. Importa referir que pode ir jantar a qualquer restaurante, desde que à mesa não se sentem mais do que seis pessoas, excetuando se F eiras vão realizar- se estiverem elementos do mesmo agregado familiar (pessoas que podem seguir, no âmbito do Estado de Emergência, a ser decrevivam na mesma casa). Os eventos que impliquem tado pelo Presidente da Repúbliaglomerações de mais de cinco ca, tal como solicitou o primeiropessoas não se podem realizar. -ministro, que quer o Governo a Os espetáculos culturais e as cele- agir com mais segurança em terbrações religiosas não serão sus- mos de “enquadramento jurídipensos, no entanto devem reali- co”, para poder justificar limitazar-se tendo em conta todas as re- ções à liberdade de deslocação, gras emanadas pela Direção-Ge- medida de temperatura nos locais de trabalho e noutros locais ral da Saúde. Durante a apresentação das no- públicos e reforço dos meios de vas medidas a vigorar nos conce- saúde, com convocação das entilhos de risco, a 31 de outubro, o dades privadas e requisição dos primeiro-ministro António Costa militares e outros profissionais públicos para equipas de rasrevelou que as visitas aos utentes de lares são permitidas, tendo de treamento do vírus. Marcelo Rerespeitar as condições limitadas belo de Sousa declarou que o estado de emergência não será tão já em vigor. Entretanto, mais medidas se restritivo das liberdades como o

Clínica cria linha de apoio psicológico gratuito para profissionais de saúde A Clínica OldCare Saúde e Bem-Estar, de Vila Nova de Famalicão, criou uma Linha de Apoio Psicológico para os profissionais de saúde. O atendimento é gratuito e os profissionais de saúde podem usufruir do serviço de forma anónima. “O objetivo é proporcionar apoio a quem tem estado na linha de frente ao combate à Covid-19”, explica Susana Dias, diretora clínica da Oldcare, acrescentando que os profissionais de saúde estão “sobrecarregados e sob forte pressão” desde a primeira onda da pandemia e agora ainda mais com o agravamento da pandemia. A diretora clínica da Ooldcare considera que é “essencial cuidar de quem cuida”, destacando que “há profissionais exaustos, com ansiedade, stresse crónico, depressão e síndrome de burnout”.

que aconteceu em março. Feiras, afinal, vão realizar-se Apesar de ter determinado o encerramento das feiras de levante, o Governo recuou e decidiu dar às autarquias a autonomia para decidir sobre a sua realização. As câmaras municipais de Santo Tirso e de Vila Nova de Famalicão já se pronunciaram favoravelmente à realização das feiras. Em Santo Tirso, vão manter-se tanto a Feira Municipal, que se realiza à segunda-feira em Santo Tirso, como as feiras semanais de Vila das Aves e Vila Nova do Campo, que acontecem, respetivamente, ao sábado e à quarta-feira. “O nosso entendimento é que há condições para garantir o cumprimento das orientações definidas pela Direção-Geral de Saúde, pelo que não há razão para proibir a realização das feiras no nosso Município”, explicou Alberto Costa, salientando que, desde a reabertura das feiras, em maio, “a Câmara tem estado vigilante e colocado equipas de fiscalização no terreno que agora serão reforçadas”. “Temos que assegurar um equilíbrio difícil, por um lado reduzir os riscos de contágio da Covid-19 e, por outro, garantir condições para o desenvolvimento da atividade económica e a manutenção dos postos de trabalho”, acrescentou. Já a Feira Semanal de Vila Nova

de Famalicão, que tem lugar todas as quartas-feiras no centro da cidade, também vai continuar a realizar-se na observância das regras emanadas pela Direção Geral de Saúde. Através de despacho emitido hoje, 3 de novembro, Paulo Cunha autorizou a realização da Feira e o funcionamento do Mercado Municipal por considerar estarem “verificadas e acatadas as condições de segurança e o cumprimento das orientações definidas pela Direção Geral de Saúde”. “Quer na Feira Semanal, quer no Mercado Municipal será solicitado à Polícia de Segurança Pública e à Polícia Municipal um reforço do seu dispositivo de prevenção e fiscalização da utilização de máscara no espaço público por parte dos consumidores e vendedores, verificação do distanciamento social e demais medidas de segurança definidas quer no Plano de Contingência, quer nas orientações da Direção Geral de Saúde”, pode ler-se ainda no despacho. Em relação às feiras e mercados de levante realizados nas freguesias de Joane, Landim, Oliveira S. Mateus e Riba de Ave, a posição da autarquia é similar, sendo “autorizada a sua realização, verificadas que estejam as condições de segurança e o cumprimento das orientações definidas pela DGS, nomeadamente a existência de um Plano de Contingência devidamente divulgado”.


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Entrevista

// Região

Nuno Carvalho, novo diretor executivo do Agrupamento de Centros de Saúde Santo Tirso/Trofa

“Admirado com a quantidade de trabalho não visível que é feito dentro desta casa” Depois de quase duas décadas a trabalhar na unidade de Santo Tirso do Centro Hospitalar do Médio Ave, Nuno Carvalho abraçou um novo desafio profissional. Da realidade dos cuidados hospitalares migrou para a dos cuidados primários de saúde, um mundo que, sendo dentro da mesma área, é novo, principalmente para quem assume funções diretivas em plena pandemia de Covid-19. Nomeado, a 16 de outubro, novo diretor executivo do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Santo Tirso/Trofa, o engenheiro hospitalar não esconde que ficou “preocupadamente admirado” com o trabalho desenvolvido pela equipa de saúde pública e por isso considera que é importante não colocar “em casa” o que está ser feito neste período de agravamento da pandemia. Com uma vasta experiência no voluntariado, tendo sido presidente da direção da Liga dos Amigos do Hospital de Santo Tirso, vogal na direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Tirsenses e presidente da assembleia-geral da Casa do Pessoal do Hospital de Santo Tirso, Nuno Carvalho é, atualmente, presidente da direção da delegação de Santo Tirso da Cruz Vermelha Portuguesa e deverá ser por isso que defende a ideia que, neste momento, a união de esforços é um dos caminhos a trilhar para aliviar a pressão das unidades de saúde. Convocar entidades com proximidade à população, como farmácias e juntas de freguesia, é, por conseguinte, um dos objetivos para o mandato, como revelou ao NT, em entrevista concedida uma semana depois de assumir funções, na sede do ACES, em Santo Tirso. CÁTIA VELOSO Jornal do Ave (JA): Como é que surge este desafio de liderar a direção executiva do ACES Santo Tirso/Trofa? Nuno Carvalho (NC): Foi um desafio que me foi lançado, há alguns meses. O processo foi mais longo do que se estava à espera, porque há um conjunto de burocracias a cumprir. Fui avaliado pelo dr. Carlos Nunes, presidente da ARS-N, numa primeira conversa que tivemos, tendo considerado, depois, que eu tinha as características necessárias para o desempenho da função. E embora seja por proposta dele ao gabinete da senhora ministra da Saúde a indicação de um diretor executivo do ACES; há outro trabalho mais burocrático que é feito pela CRESAP (Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública), que avalia os dirigentes com base numa análise curricular, numa entrevista, que, fruto dos momentos em que vivemos, foi feita de forma não presencial e num pequeno inquérito em que se determina as soft skills dos candidatos. Passando estas três fases, fui considerado como adequado para exercer a função e o gabinete da senhora ministra acabou por me nomear. JA: Seria mais fácil aceitar o desafio num contexto pré-Covid-19? NC: Quanto maior o risco maior é a proba bi lidade do suces so. Esta é uma frase de um antigo diretor-geral, com quem tive oportunidade de trabalhar e com quem aprendi muito. O risco é elevado, neste momento, o ACES Santo Tirso/Trofa tem bastante notoriedade, se houvesse um ranking, ele seria um dos melhores do Norte do País, senão do País. E como tal, tenho a noção clara que vou estar a dirigir uma equipa de exceção. A realidade é

nova para todos nós, tenho a noção de que estamos com as equipas esgotadas, que têm feito muito trabalho, e que normalmente não é visto pela comunidade, mas não pode ser visível, porque é dentro de portas. As nossas equipas de saúde pública têm sido incansáveis e não conseguem responder a todos os problemas que temos. E com o receio de poder não nomear alguém, porque são 14 unidades que temos, a equipa de saúde pública talvez seja a face mais visível, a que talvez tenha mais trabalho e a que seja menos reconhecida. JA: E que trabalho é esse que as equipas de saúde pública têm tido, principalmente nos últimos dias, com o agravamento da pandemia? NC: Numa fase pré-Covid, a unidade de saúde pública tinha um conjunto de competências que lhe são exigidas por lei, atingindo-as com competência. Esta fase que vivemos, com uma segunda vaga mais complexa e demasiado violenta e rápida, cria nas equipas alguma dificuldade de resposta. Posso dizer que tomamos a decisão de encerrar a nossa unidade de saúde pública ao atendimento presencial. Aparentemente, parece ser um contrassenso, mas acreditamos que esta é melhor forma de podermos servir melhor a população. Qualquer pequena alteração na unidade provoca a paragem de seis a oito profissionais para se resolver um problema mais pontual e não vou dizer que eles possam não ter alguma razão subjacente, mas o facto de nós evitarmos o contacto presencial vai-nos permitir prestar um serviço um pouco mais eficiente e conseguirmos evitar que se gerem mais atrasos. Os ACES são o “front office” enquanto a Linha SNS24 está mais em back office e todas as neces-

Nuno Carvalho elogiou o trabalho dos profissionais de saúde do ACES sidades da população têm de ser sionais de saúde, numa altura em resolvidas nas unidades de saú- que nós não sabíamos o que esde pública. Ora, todo este acrés- távamos a viver e este momento cimo de trabalho veio fazer com será, talvez não necessariamente que equipas excelentes – e que para bater palmas, mas para agranão o deixam de ser durante este decer aos profissionais de saúde tempo – fiquem com uma imagem sempre que os contactam, porque menos boa no seio da comunida- eles são a última barreira de uma de. Se há algo que eu posso pedir batalha que travamos contra um à população é que nunca ponham inimigo imprevisível e invisível. em causa o trabalho que está ser JA: Já teve oportunidade de feito pelas equipas de saúde pública, porque ao fim de uma se- tomar o pulso da realidade das mana, eu próprio, que venho de diferentes unidades do ACES? NC: Estou há cerca de uma seum ambiente hospitalar onde estive 20 anos, fiquei admirado com mana em funções. Os primeiros a quantidade de trabalho não visí- dias estiveram mais relacionavel que é feito dentro desta casa. dos com questões burocráticas, Preocupadamente admirado, por- já tive contacto com a maior parque sei que as equipas estão num te da população que trabalha na processo de saturação e com asa sede, aqui em Santo Tirso e temos quais temos de trabalhar com al- mais quatro unidades na área de guns pezinhos de lã. E se pensar- Negrelos e cinco na área da Tromos que a nossa área é compos- fa e de uma forma calma e pondeta por 120 mil utentes e nós temos rada irei visitá-las todas, dandoquatro ou cinco reclamações, afi- -me a conhecer aos coordenadonal, estaticamente, atingimos os res e às pessoas que lá trabalham. nossos objetivos. Lembro-me das Não quero alterar as rotinas, que palmas, há uns meses, aos profis- já estão muito alteradas devido à

Covid-19 e aproveitar as reuniões que fazem para marcar presença, apresentar-me, lançar alguns desafios e pôr-me à disposição para o que for necessário, dentro das competências que me estão confiadas por força da legislação. JA: É uma pessoa externa ao ACES. Tem algum receio que essa questão possa causar algum tipo de resistência nas equipas das diferentes unidades? NC: Não. Os cuidados primários de saúde e os cuidados hospitalares estão, muitas vezes, de costas voltadas. Talvez por eu conhecer tão bem a realidade dos cuidados hospitalares e, a breve prazo, vir a conhecer também a realidade dos cuidados primários, me possam ver como uma oportunidade. Talvez ajuda a quebrar algumas barreiras que existem entre as duas áreas, que não devem ser separadas, mas sim complementares. E se conseguirmos essa complementaridade, de certeza


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Atualidade // Região mácias, que nos queiram ajudar a apoiar as suas populações, uma vez que têm equipamentos informáticos disponíveis e as competências para as utilizar dentro de portas. Desta forma, conseguiríamos tirar alguma pressão de utentes nas nossas unidades, que nos seria útil, para fazer o trabalho relativo à Covid-19 e garantir que os recursos mínimos eram salvaguardados.

que haverá alguém a ganhar muito, que é a população que nós servimos e esse será um dos desafios. JA: Estamos numa altura, que, por força das circunstâncias, não permitirá grandes planeamentos a longo prazo, mas que projetos idealizou executar para este mandato? NC: Eu propus-me, inicialmente, em criar condições e garantir uma maior facilidade de acesso aos cuidados hospitalares de saúde. Ou seja, tentar diluir as tais barreiras que muitas vezes se criam entre os cuidados de saúde primários e os hospitalares. Nós temos o Centro Hospitalar do Médio Ave, com um Hospital de Santo Tirso, em que, com os devidos protocolos, poderá complementar, com o ACES, um conjunto de serviços à população, para evitar deslocações ao Porto ou a Braga. Com isso, acho que temos muito a ganhar e, na primeira linha, ganhará o ACES, com a notoriedade que conseguirá, garantindo uma facilidade de acesso aos cuidados hospitalares. Ganhará o próprio hospital, que terá acesso aos mesmos serviços e poderá ampliar as suas linhas de produção, mas sobretudo ganhará a população que poderá encontrar uma interligação entre as duas áreas de saúde, que se vão complementar. A segunda área a que me propus, e que poderá ser absurda neste momento em que combatemos uma pandemia, será tentar criar condições para que todos os núcleos do ACES tenham acesso

a saúde oral. Neste momento, temos um médico dentista a atuar na área de Negrelos e é um objetivo para as áreas de Santo Tirso e Trofa, que se poderá equacionar a muito curto prazo. A equipa de cuidados paliativos será uma outra área que gostávamos de ver aprovada pela ARS. Há, em cima da mesa, a possibilidade de termos equipamentos de imagiologia no ACES e iremos lutar por isso. Também aí nos podemos complementar à unidade hospitalar e retirar-lhe alguma pressão. Um outro desafio que temos é a nossa capacidade de comunicarmos com a comunidade, por forma a que esta esteja informada de todas as pequenas alterações que são feitas. Este aspeto é importante para não defraudarmos os utentes nem lhes causarmos falsas expectativas. Neste meu processo de governação do ACES irá ter um papel fulcral o trabalho de interligação com os municípios, juntas de freguesia e farmácias para chegar a uma população que tem mais dificuldade com as novas tecnologias, como o email, uma das ferramentas que usamos cada vez mais e que pode ser uma excelente alternativa para desentupir as linhas telefónicas, que estão constantemente lotadas. Este será um processo que não pode ser lento, terá de ser discutido de forma rápida, porque não temos tempo para tomar decisões. Provavelmente, iremos celebrar um conjunto de protocolos com as juntas de freguesia e far-

JA: Sobre o novo centro de saúde que está a ser construído em Santiago de Bougado, qual o feedback que recebeu acerca do ponto de situação da obra? NC: Ainda tenho pouca informação, porque ainda não tive oportunidade de falar com o engenheiro que acompanha a obra. Sei que houve alguns problemas iniciais, que atrasaram, em cerca de um ano, o prazo de conclusão da obra, mas ainda não estou munido de informação detalhada. Contudo, uma coisa é certa, iremos fazer os possíveis e impossíveis para que a obra avance a bom ritmo, fazendo pressão junto da ARS-N. JA: Ao nível de pessoal médico, como está o ACES? NC: Nós temos um misto. A população médica está em constante mutação, com os concursos dos jovens que fazem a sua especialização em medicina geral e saúde pública, com base nas saídas de médicos por reforma ou mobilidade. Nós tentamos que esses quadros sejam preenchidos. Nesta fase de pandemia, direi com alguma facilidade que temos escassez de recursos, uma vez que temos um quadro que tem de prestar um conjunto de serviços normais e outras tarefas ligadas à situação pandémica, que são complexas e que há oito meses não existiam. Em termos de quadro, foram colocadas, ontem, duas jovens médicas que irão para a Trofa e estamos à espera, possivelmente já está definido, de quatro enfermeiros. Iremos também tentar reforçar, junto das bolsas da ARS-N, a parte de secretariados clínicos. Não posso deixar de relevar o trabalho da equipa residente, que tem sido excecional. Sábados, domingos e feriados em casa em teletrabalho, as vezes, até com os próprios equipamentos telefónicos para se manterem contactáveis e contactarem os utentes. O meu trabalho será encontrar soluções que permitam menos stress e algum desafogo nas equipas, o que não será fácil.

Indaqua Santo Tirso/Trofa distribui água com qualidade acima dos 99% A Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos (ERSAR) continua a reconhecer como “boa” a qualidade da água abastecida pela Indaqua, nos concelhos de Santo Tirso e Trofa. Segundo o relatório “Controlo da Qualidade da Água para Consumo Humano”, o índice de qualidade da água é de 99,83 por cento, valor que supera a média nacional, que se situa nos 98,66 por cento. “Em 2019, esta classificação repetiu-se, o que reforça a confiança na água distribuída pela Indaqua”, sublinhou, em comunicado a concessionária, que releva ainda a indicação da ERSAR para as “mais de 1550 análises” realizadas em Santo Tirso e Trofa, “por laboratórios independentes acreditados”. O relatório refere ainda que, em Santo Tirso, a rede pública de abastecimento chega a mais de 40 mil habitantes, distribuindo 4558 metros cúbicos de água por dia. Na Trofa, abrange mais de 27 mil habitantes disponibiliza um volume diário de 2920 metros cúbicos. “Há 21 anos presente em Santo Tirso e na Trofa, a Indaqua assenta no aumento da qualidade da água, do serviço prestado e ainda da eficiência na gestão das redes, as linhas orientadoras do trabalho desenvolvido, que permite levar água 24 horas por dia às habitações de ambos os concelhos. Abrir a torneira e beber água da rede pública tornou-se um gesto seguro para cada vez mais habitantes, já que a taxa de cobertura de serviço nestes municípios começou nos 28 por cento, sendo agora de 95 por cento”, revela Anabela Alves, diretora geral da Indaqua Santo Tirso/Trofa. Para além de Santo Tirso e da Trofa, todos os outros concelhos em que a INDAQUA mantém operação tiveram classificações muito elevadas por parte da ERSAR (Santa Maria da Feira 100%; Matosinhos 100%; Vila do Conde 99,89%; Oliveira de Azeméis 99,56%; Fafe 99,49%). Em 2019, a ERSAR atribuiu à empresa sete prémios pela qualidade, abastecimento e uso eficiente da água e também pela excelência na gestão de saneamento de águas residuais.


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// Santo Tirso

Santo Tirso apresenta orçamento para “dar resposta à crise” A Câmara Municipal de Santo Tirso aprovou, a 29 de outubro, em reunião do executivo municipal, o Orçamento para o ano 2021. Num valor global de 50,6 milhões de euros, as Grandes Opções do Plano e Orçamento (GOP) refletem um reforço da trajetória iniciada em 2013, com a aposta na coesão social e na captação de investimento. Valor previsto para obras aumenta mais de dez por cento, fixando-se nos 17,6 milhões de euros. “Em função dos dados que são conhecidos à data da elaboração do documento, o orçamento tenta dar resposta ao agravamento da situação económica e social que, tanto quanto é possível antecipar neste momento, se prevê venha a ter lugar no próximo ano”, explica o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Alberto Costa. Assim, a opção tomada pelo executivo municipal é a de manter e, nalguns casos, reforçar o amplo conjunto de amortecedores sociais criados em 2013. “Alguns apoios tinham um caráter provisório, mas, em função da pandemia provocada pelo novo coronavírus, a opção é estendê-los e torná-los mais abrangentes“, acrescenta o autarca. A este nível, é de destacar o Plano Municipal de Emergência Social, programa que dá resposta às dificuldades concretas e imediatas das famílias, como o pagamento da renda, da fatura da água, luz

ou gás ou mesmo a comparticipação na compra de medicamentos. Alberto Costa sublinha ainda que, em paralelo, “o orçamento mantém a aposta na trajetória de desenvolvimento e, por isso, continua a dar especial atenção ao tecido empresarial, fonte de riqueza e de criação de novos postos de trabalho, reafirmando a estabilidade fiscal como instrumento de atração de novo investimento e de crescimento das empresas já sediadas no Município”. Assim, pelo sétimo ano consecutivo, as Grandes Opções do Plano e Orçamento preveem um pacote de incentivos fiscais que já se traduziram em mais de 12 milhões de euros de receita de que o Município abdicou a favor das famílias e das empresas. Orçamento para 2021 foi aprovado pela maioria socialista Ao nível do auxílio ao tecido insEm termos de poupança, pre- da como Alameda dos Plátanos, Parque do Verdeal, em Vila das titucional, em 2021, haverá ainda um aumento de oito por cen- vê-se também um valor histórico, a rotunda de acesso ao Mosteiro Aves e São Tomé de Negrelos; a to nos apoios em matéria de des- 10,8 milhões, que será canalizado São Bento, a Avenida Soeiro Men- requalificação da Rua Ferreira de des da Maia, a Rua Prof. Doutor Lemos, da Rua da Misericórdia, pesas correntes, passando para para investimento. Mesmo num clima de imprevisi- Fernando Augusto Pires de Lima, da última fase da ligação do ce1,5 milhões de euros, bem como uma melhoria dos prazos médios bilidade quanto ao futuro, o orça- a Avenida Sousa Cruz, a Rua Dr. mitério a Pardela, em Vilarinho, de pagamento a fornecedores, mento, no valor global de 50,6 mi- Oliveira Salazar e Rua do Olival, da EM318, em Água Longa, da lique se calcula que passem de 56 lhões de euros, continua a apostar a Rua Dr. Francisco Sá Carneiro, gação Reguenga-Seroa, do Parna autonomia financeira das jun- a Rua Prof. Pires Fernandes e Rua que do Rosal, em Rebordões, da para 25 dias. Para o presidente da autarquia, tas de freguesia. Em 2021, deve- Conde São Bento; bem como im- Zona Empresarial do Alto Cruz e este é um orçamento responsável rá fixar-se nos 3,2 milhões de eu- plica a construção do Centro de do Parque Pinto Leite, na União e sustentável: “Por prudência, em ros as transferências para as jun- Artes Alberto Carneiro, na Fábri- de Freguesias de Areias, Sequeiface da situação excecional que tas de freguesia por via de refor- ca de Santo Thyrso, a criação do rô, Lama e Palmeira. se vive, não contempla recurso ço de capital, duodécimos ou dea endividamento”. Em 2021, a dí- legação de competências. Para Alberto Costa o orçamenvida municipal volta a cair, de 25 milhões de euros para 23,3 mi- to para 2021 consegue, portanto, lhões, atingindo o valor mais bai- “ser genuinamente fiel à matriz soxo de sempre no ciclo autárquico lidária que marcou anteriores doEm comunicado, a concelhia do PSD de Santo Tirso considera que cumentos previsionais apresenta2017-2021. dos pelo atual executivo munici- as ferramentas de previsão financeira autárquica para o próximo pal, continuando a honrar os com- ano revelam “falta de ambição” e longe “das necessidades do concelho”, revelando “falta de previsão e estratégia no que se refere promissos assumidos para com a população de Santo Tirso”. “Com- as consequências da pandemia que afeta o nosso País”. Os sociais-democratas, cujos vereadores votaram contra o orçaprometemo-nos com um novo cimento, defendem que “este orçamento é mais uma vez o somatório clo de desenvolvimento para o Município e estamos a cumpri- da gestão corrente, com algumas obras há muito prometidas, graças em grande parte aos fundos comunitários alocados, sendo lamentá-lo”, conclui. vel que neste século o nosso município tenha de fazer apostas, que já há muito deviam ter sido executadas, como o plano de pavimentação das vias em terra ou com a rede pública de água ao Vale do Leça, Investimento cresce “mais de para que o concelho aumente a taxa de cobertura para 80 por cento”. dez por cento” A concelhia “laranja” considera também que o documento “não é Em matéria infraestrutural, o realista nem suportado nas análises macroeconómicas que estão proPlano Plurianual de Investimento jetadas para 2021 e num cenário de muita incerteza da pandemia”. reflete um crescimento de mais Os sociais-democratas criticam aquilo que consideram a falta de de 10 por cento, fixando-se nos uma “verdadeira aposta na rede dos transportes” e a ausência de 17,6 milhões de euros, para incorporar um conjunto de projetos es- “investimentos na melhoria de condições no nosso hospital” e de “políticas integradoras para a fixação de jovens”. truturantes para o Município. Já o Bloco de Esquerda pede “mais transparência na discussão É de salientar a implementação do Plano de Mobilidade Ur- do Orçamento”, solicitando que a autarquia disponibilize o documento aos “partidos não representados (no executivo municipal) e bana Sustentável, cuja zona de intervenção vai abranger a pon- aos cidadãos tirsenses”, para “garantir a participação democrática”. te sobre o rio Ave e via conheci-

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PSD aponta “falta de ambição” no orçamento


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// Vila Nova de Famalicão

CESPU cresce em ano difícil para a Saúde Escola Superior de Saúde do Vale do Ave, da CESPU, viu o número de alunos crescer este ano letivo. Apesar das condicionantes provocadas pela pandemia, a estratégia de internacionalização começa a dar frutos: metade dos estudantes representam 14 nações. CÁTIA VELOSO Se as instituições de ensino universitário se confrontaram, assim como as outras escolas, com grandes dificuldades de adaptação à nova realidade com a Covid-19, as ligadas à área da saúde confrontaram-se com muitas mais. Apesar disso, em Vila Nova de Famalicão, a Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU) consegue ter, pelo menos para já, a situação controlada, e até apresentar zero casos de infeção, servindo-se da vantagem do protocolo firmado com o Estado para a realização dos testes. “Nós conseguimos testar os nossos alunos muito rapidamente. Fazemos a colheita de manhã e em poucas horas sabemos o resultados”, detalhou Almeida Dias, presidente da administração da CESPU, que revelou ainda que, apesar do contacto permanente com o risco, num cenário de pande-

CESPU viu número de alunos crescer este ano mia que dificultou muito a organização das atividades letivas, a instituição conseguiu ver o número de matrículas aumentar este ano letivo. “Já estamos acima dos 800 alunos, ainda poderemos atingir os 900, falta ainda o resultado de uma terceira fase”. Fisioterapia é um dos cursos “mais procurados”, assim como Enfermagem, que “encheu completamente”. Já a licenciatura em Imagem Médica e Radioterapia e os CteSP (cursos

técnicos superiores) são as grandes novidades relativamente ao ano letivo transato Almeida Dias justifica o aumento da procura com a “estratégia de internacionalização” da instituição. “A CESPU decidiu para as suas escolas ter dois caminhos, nos estabelecimentos de ensino em Portugal, captar alunos da União Europeia e, neste momento, metade dos estudantes representam 14 nacionalidades, e replicar o nosso modelo noutros conti-

nentes, por isso estamos em África, quer em Angola e Marrocos, abrimos no Recife, Brasil, e pela primeira vez vamos abrir na Europa, mais concretamente em Düsseldorf, na Alemanha”, explicou. E ainda que condicionada pela pandemia, que não permitirá executar todos os projetos pretendidos, a CESPU vai avançar, em breve, para “a construção de uma unidade clínica em ambiente real, na área da motricidade humana”, na escola superior situada na ci-

dade famalicense, anunciou Almeida Dias. O aumento das matrículas nas instituições de ensino universitário no concelho são, para a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, um motivo de satisfação. Em visita à CESPU, Paulo Cunha elogiou a capacidade de atrair capital humano externo para o concelho. “É bom notar que, ao nível dos alunos que frequentam esta escola superior, tem havido um aumento, sabendo que, parte desse aumento, resulta dos alunos que vêm de outros países. É um bom sinal, porque sabemos o quão a mundividência é importante do ponto de vista da multiculturalidade e para enriquecimento dos territórios”, referiu Paulo Cunha, que admitiu “gostar de ver famalicenses por todo o mundo”, mas também de ver “um pouco de todo o mundo em Famalicão”. Paulo Cunha concluiu na CESPU um ciclo de visitas pelo ensino superior em Famalicão, que tinha iniciada há algumas semanas na Universidade Lusíada. Para além destas duas instituições, o autarca passou ainda pelo IPCA e pelas novas instalações da Universidade do Minho, ambas instaladas no CIIES, em S. Cosme do Vale.

UMinho já investiu mais de um milhão em Famalicão Um dos pontos de paragem do prazo cerca de 30 investigadoroteiro de Paulo Cunha foi o Cen- res e, por arrastamento, estudantro de investigação da Universida- tes de doutoramento e estudantes de do Minho, criado há cerca de de mestrado”. um ano no CIIES (Centro de Inves“É um número significativo, que tigação e Inovação e Ensino Supe- tenderá sempre a aumentar por rior de Famalicão), em Vale S. Cos- efeito de alargamento da nossa me. Acompanhado por Rui Viei- atividade aqui”, afirmou Rui Vieira de Castro, reitor da instituição, ra de Castro, que não escondeu a Paulo Cunha inteirou-se sobre o ambição de criar em Vila Nova de trabalho desenvolvido nos dois Famalicão “um verdadeiro polo laboratórios que já funcionam na da Universidade do Minho”. estrutura e sobre os projetos para “Nós criamos aqui estas duas o futuro. E ainda recebeu a ban- unidades instaladas, mas a nossa deira da Universidade. “Estamos perspetiva é bastante mais ama demonstrar a nossa intenção e biciosa. Verdadeiramente, o que a nossa ambição de consolidar a nós esperamos é ir construindo a Universidade do Minho neste ter- ideia de uma universidade mulritório através de um projeto com tipolar, com uma presença mais futuro”, explicou o reitor. vincada em Famalicão”. A Universidade do Minho já inO reitor relevou ainda o ambienvestiu em Famalicão mais de um te empresarial propício existenmilhão de euros em equipamen- te no concelho, salientando que tos para apetrecharem os labora- “este é um contexto extremamente tórios de Biotecnologia Alimentar favorável à universidade para que e de MicroNano Fabricação. De ela possa materializar algumas acordo com o reitor, para além das suas dimensões de atividade”. do equipamento, “a UniversidaSatisfeito com as intenções da de trará para o concelho a curto Universidade do Minho para o

Centro de I nvestigação da Universidade do M inho está situado no CIIES concelho, o presidente da Câma- Universidade do Minho, afirmarra Municipal disse que “Famali- -se no contexto nacional e intercão é hoje um concelho fortemen- nacional”. O autarca salientou ainda a imte industrializado e o epicentro de grandes empresas, reunindo portância “do ambiente propício um potencial enorme, para, atra- à partilha de conhecimentos e à vés de parcerias como esta com a inovação”, tendo em conta a pro-

ximidade destas estruturas ao TECMEAT, Centro de Competências do Agroalimentar, que também está instalado no CIIES, assim como a um conjunto de empresas e entidades ligadas ao agroalimentar.


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JORNAL DO AVE 5 de novembro DE 2020

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// Santo Tirso

Autarca elogia “contributo” do Instituto de Emprego na dinamização económica “O trabalho desenvolvido pelo Centro de Emprego de Santo Tirso tem-se mostrado fundamental”. Foi desta forma que Alberto Costa se referiu ao “contributo” que o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) tem dado na “dinamização económica do concelho”. Presente na visita que o IEFP promoveu à Finieco, no âmbito da parceria que alimenta com a empresa, o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, sublinhou a capacidade de o Centro de Emprego de “enriquecer o quadro de pessoal das empresas, através das ações de qualificação”, e de “potenciar a criação de novos postos de trabalho”. Alberto Costa aproveitou ainda a ocasião para elogiar a política de recursos humanos da Finieco por “disponibilizar aos colabo-

radores ações de formação e qualificação, bem como por apostar na formação de desempregados”. Satisfeito pelas sinergias que o Centro de Emprego de Santo Tirso tem criado com o tecido empresarial, Alberto Costa garantiu que a Câmara irá continuar a ter um papel ativo no estímulo da atividade económica: “Vamos continuar a investir no apoio às empresas, auxiliando no acesso a instrumentos de capitalização e financiamento”. O autarca lembrou ainda “que só com este trabalho em rede e com a colaboração e empenho dos diversos agentes é possível alcançar o sucesso”. Fomentar a cooperação com diferentes entidades é, de resto, algo que Alberto Costa pretende, igualmente, dar continuidade. “Ao Município compete ser um agente facilitador”, adiantou,

explicando que, para isso é preciso “estar atento às necessidades das empresas, apostar na requalificação das zonas empresariais, mas também ser um parceiro de proximidade e aberto ao diálogo”. “O IEFP pode, por isso, contar com o apoio da Câmara não só para promover a qualificação de recursos humanos dentro das empresas, mas também para potenciar a formação de desempregados e facilitar a sua integração no F inieco aproveita programas de formaçao do IEFP mercado de trabalho”, concluiu. A visita à Finieco permitiu ao lhadores da própria empresa au- -nos dar a conhecer a nossa géIEFP tomar pulso dos resultados mentem a capacidade de traba- nese e a nossa filosofia de trabada parceria firmada, tendo em lho e desenvolvem mais compe- lho ainda antes de serem admivista a capacitação do capital hu- tências, tendo acesso aos progra- tidos, para que possamos pegar em pessoas que tenham tido exmano da empresa. António Leite, mas de formação”. Por sua vez, a administração da periências menos boas e colocávice-presidente da entidade, explicou que estes protocolos per- Finieco está satisfeita com os fru- -las em perspetiva do que pode mitem que “trabalhadores de- tos desta parceria, que, defende, ser o futuro na área do trabalho”, sempregados que fazem forma- “consegue reposicionar os traba- detalhou Paulino Ribeiro, admição possam ser incluídos nos qua- lhadores desempregados numa nistrador da empresa. dros das empresa” e que “traba- relação de emprego”. “Permite-

Santo Tirso dinamiza formação gratuita em agroalimentar e biotecnologia Decorrem, até à próxima segunda-feira, 9 de novembro, as candidaturas para a ação de formação “Agroalimentar e Biotecnologia”, que a Câmara Municipal de Santo Tirso vai dinamizar, em ambiente digital, no âmbito do Projeto Laces - Laboratórios de Apoio à Criação de Emprego e Empresas

de Economia Social. A formação é gratuita e decorrerá entre 9 de novembro e 15 de dezembro e terá um total de 80 horas. O objetivo desta iniciativa é “proporcionar novas oportunidades na área agroalimentar e de biotecnologia”, abordando temas que incluem a compreensão do impacto

da biotecnologia no consumo de alimentos, o conceito de Organismos Geneticamente Modificados e enquadramento da biotecnologia nos diferentes setores. Todos os interessados, que sejam colaboradores de empresas da economia social que trabalhem ou pretendam vir a trabalhar nas

áreas do agroalimentar e biotecnologia ou mesmo empresários que já estão nestes setores, podem submeter as candidaturas através da secção “Investir” do site do Município de Santo Tirso. O Município de Santo Tirso, através do Invest Santo Tirso, é um dos parceiros do projeto ibérico LA-

CES, co-financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) através do Programa Interreg V-A Espanha-Portugal (POCTEP) 2014-2020, cujo principal objetivo passa pela promoção e consolidação da economia social da Euro-região Galiza – Norte de Portugal.

Abertas candidaturas para 3.ª edição de programa de incubação

Santo Tirso procura projetos inovadores na moda e tecnologias digitais Estão abertas as candidaturas para a terceira edição do programa de incubação AYCH. Inserido na parceria europeia Atlantic Youth Creative Hubs (AYCH), na qual o Município de Santo Tirso é o único representante nacional, o programa visa apoiar o desenvolvimento de ideias de negócio inovadoras nas áreas da moda e design sustentável ou das tecnologias e ferramentas digitais. As candidaturas decorrem até 18 de novembro. Aprovado pelo INTERREG Espaço Atlântico e com uma rede de parceiros que inclui representantes de Portugal, Espanha, França e Reino Unido, o projeto foca-se na

promoção do empreendedorismo e emprego jovem no setor criativo. Depois de duas edições de sucesso, direcionadas para as indústrias culturais e criativas, o Município procura, agora, projetos inovadores nas áreas da moda e design sustentável e das tecnologias e ferramentas digitais. O programa dirige-se a jovens entre os 16 e os 30 anos, promotores de ideias de negócio com potencial de aplicabilidade em Santo Tirso e que, ao mesmo tempo, demonstrem preocupações ambientais e com a sustentabilidade. Os projetos selecionados terão acompanhamento, em duas fases,

que lhes dará o impulso necessário para a concretização das suas ideias de negócio. Primeiro, através de workshops de capacitação para o empreendedorismo e coaching de equipas e, depois, usufruindo de três meses de incubação na Fábrica de Santo Thyrso, com sessões de coaching especializado na respetiva área de atividade e individualizado, com foco no desenvolvimento do negócio. A primeira edição do programa de incubação AYCH contou com 13 projetos, promovidos por 31 empreendedores e a segunda assegurou a evolução de 12 projetos, levados a cabo por 23 empreendedores.

P rograma dirige - se a jovens dos 16 aos 30 anos As inscrições podem ser feitas até 18 de novembro através do link

https://bit.ly/3ipk8YL.


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Atualidade // Santo Tirso

Projeto “Eu e a Minha Reforma” arrancou em Santo Tirso

Fundação Cupertino de Miranda apoia seniores na capacitação financeira Capacitar a população sénior para as questões da gestão das finanças pessoais é o principal objetivo do projeto “Eu e A Minha reforma”, que arrancou no concelho de Santo Tirso a 23 de outubro. O trabalho junto dos beneficiários será feito através de um projeto da Fundação Cupertino de Miranda, que o Município de Santo Tirso aceitou “de corpo e alma”. CÁTIA VELOSO

“Eu e a minha reforma” é um projeto apoiado pelo Fundo Social Europeu e dirigido a pessoas com mais de 55 anos, cuja missão é “a capacitação digital e financeira” através de várias ações, como os “laboratórios de educação financeira”, que decorrem em “sessões de continuidade” semanais para “pequenos grupos”, explicou Inês Cupertino Miranda, administradora da Fundação Cupertino de Miranda. “Cada vez mais, as questões são mais complexas, os produtos financeiros também são mais difíceis de entender e as pessoas, se não forem apoiadas, acabam excluídas. O mesmo acontece com a vertente digital. Há serviços fi-

nanceiros, como o home banking, que implicam que as pessoas estejam capacitadas para poderem beneficiar deles, sob pena de ficarem de parte”, argumentou, durante a apresentação do projeto, na Fábrica de Santo Thyrso. Além dos laboratórios de capacitação, o programa pressupõe ainda a realização de seniors summits e fóruns, colocando em debate questões como o envelhecimento ativo e a qualidade de vida associada à capacitação financeira. “Ao longo de várias semanas, vamos ter oportunidade de abordar questões como o planeamento e a gestão do orçamento, técnicas de poupança, produtos financeiros, fraude e seguros, tema muito relevante e ao qual as pessoas não dão a devida importância”, detalhou Inês Cupertino de Miranda. Apesar de ter sido projetado e aprovado num contexto pré-pandemia, o projeto conta com as adaptações à atual situação sanitária do País. As sessões vão acontecer online e, para isso, a Fundação disponibiliza “uma equipa que está preparada e disponível para dar suporte a todos os participantes”. “Nós sentimos que nas primei-

P rograma visa capacitar a população sénior para a gestão das finanças pessoais ras sessões, as pessoas têm algumas dificuldades. Há uma formação que é dada em paralelo para que elas consigam ultrapassar os obstáculos, porque se não for assim, as pessoas desistem e não é isso que queremos”, frisou a administradora. Este projeto é mais um investimento da Câmara Municipal de Santo Tirso no desenvolvimento das competências digitais, num esforço de tornar mais acessíveis

os serviços públicos. Sendo a Fun- município”. Alberto Costa revelou que o indação Cupertino de Miranda pioneira, no país, nas questões da li- vestimento municipal para este teracia financeira, o presidente projeto, que capacitará “200 seda autarquia, Alberto Costa, con- niores”, é de “18 mil euros”, para sidera que não podia haver “me- “três anos”. “Este programa está englobado lhor parceiro”. “Tem muito know how nesta matéria e, desde logo, no plano municipal para as comquando nos apresentou este pro- petências digitais. Já temos um jeto, dissemos que sim e avan- trabalho feito junto dos munícipes çamos de corpo e alma, porque seniores, nomeadamente com a achávamos que fazia todo o sen- mentoria em parceria a escola da tido, no âmbito da estratégia do OFICINA”, revelou o edil tirsense.

ACIST lança campanha de apoio ao comércio local

Museus iluminados de azul em homenagem à ONU Santo Tirso associou-se às comemorações dos 75 anos da Organização das Nações Unidas (ONU). O Museu Internacional de Escultura Contemporânea (MIEC) e o Museu Municipal Abade Pedrosa estiveram na lista dos mais de 180 edifícios e monumentos que se iluminaram de azul, a 24 de outubro. O Dia das Nações Unidas é assinalado desde 1948 e pretende marcar a entrada em vigor da Carta das Nações Unidas (1945).

“Numa altura em que o comércio local atravessa uma grave crise económica, decorrente da pandemia, que atinge todos os setores de atividade, pretende a ACIST contribuir para ajudar os comerciantes a retomar a sua atividade económica normal”. Foi desta forma que a Associação Comercial e Industrial de Santo Tirso (ACIST) anunciou a nova campanha de comunicação que lançou durante esta semana e que vigorará nos meses de novembro e dezembro. “Rostos do Nosso Comércio” é o epíteto da iniciativa da associação, que, desta forma, pretende “dar a conhecer o melhor que existe no comércio de Santo Tirso, através da apresentação pública, em fotos e em vídeo, de algumas caras, que o representam e estão intima-

Campanha já “rola” nas redes sociais mente ligados ao comércio local, sejam eles donos ou colaboradores e a cujo rosto o cliente associa de imediato à respetiva loja ou estabelecimento local”. Para a divulgação desta campanha, a ACIST vai utilizar, entre outras, como as redes sociais, a

via dos outdoors e mupis existentes no concelho, para “poder chegar ao maior número de pessoas” e, assim fazer com que “o comércio local de Santo Tirso possa ser cada vez reconhecido por todos pela sua excelência e qualidade”.


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// Vila Nova de Famalicão

Autarquia garante que obra criará mais espaço arbóreo na cidade Com o início das obras de requalificação do centro urbano de Vila Nova de Famalicão, algumas vozes se levantaram contra o abate de árvores. Só que a autarquia refuta as acusações, justificando que serão colocadas mais 300 árvores. A comissão política concelhia do PAN foi uma das que se insurgiu contra este acontecimento, depois de “receber várias queixas” sobre o abate de árvores “no Parque Sinçães, Avenida de França, junto aos campos de ténis e, mais recentemente, nas Praças D. Maria II e Mouzinho de Albuquerque”. Em comunicado, a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão deu conta de que, no âmbito da empreitada, “apenas duas dezenas das árvores existentes serão abatidas pelo seu estado de conservação, enquanto que outras 67 serão transplantadas”, e, em contrapartida, perto de “três centenas de novas árvores vão juntar-se às 116 que permanecerão”. O argumento não convenceu o PAN, que defende “a priorização de uma coexistência de usos e proteção do património ambiental, este que faz parte da nossa história e que contribui para uma biodiversidade diferente das árvores que possam a vir ser plantadas”. Segundo o partido, feitas as contas, “a cidade irá perder 88 árvores adultas”.

Maria II e Mouzinho de Albuquerque e ruas adjacentes, dotando-as de mais e melhores zonas sociais e, simultaneamente, de mais espaços para peões e para os modos de transporte suaves. IL critica falta de parque subterrâneo

Autarquia garante que será criada grande “mancha verde” na cidade A autarquia insiste, por sua vez, numa versão contrária, garantindo que as obras darão à população “um centro com uma mancha arbórea muito superior à existente, a que se juntará os vários ajardinamentos que se vão espalhar pelos 3000 metros quadrados” de área de intervenção e que vai incluir ainda a recuperação da margem ribeirinha do Rio Pelhe, junto à antiga Ponte Românica, na

extremo nascente Praça Mouzinho do Albuquerque”. “A redução da poluição atmosférica, o aumento da área arbórea, como filtro de poeiras, fator de captação de carbono e regulador microclimático, a integração no plano de drenagem sustentável, o aumento da permeabilidade do solo e o controlo da biodiversidade como fator de resiliência e da valorização ambien-

tal, são objetivos que foram devidamente transmitidos aos famalicenses, tanto nas sessões públicas de esclarecimento organizadas como através da publicação de todos os documentos ao longo do processo no portal do município”, acrescentou a edilidade. Sob o mote “Um novo Centro. Uma Nova Cidade”, a empreitada vai abranger todo o quarteirão urbano localizado entre as praças D.

Em comunicado, a Iniciativa Liberal de Famalicão defendeu que “as obras que estão previstas para o centro da cidade no valor de vários milhões de euros, esqueceram a construção de um parque subterrâneo para o local onde continuará a existir estacionamento à superfície”. “É do conhecimento geral que o estacionamento de viaturas no centro da cidade é um problema que poderia muito bem ser resolvido com um parque subterrâneo, com maior capacidade de parqueamento. Assim, consideramos que uma intervenção que poderia transformar a Praça D. Maria II, num local fantástico para o lazer, deixando toda a superfície livre para as pessoas, mas tal não irá acontecer, porque continuará a existir um parque de estacionamento, tal como acontecia até aqui”, considera o partido. Para os liberais, “um parque subterrâneo com maior capacidade de aparcamento favorecia o comércio local, já que atrairia mais gente para o centro da cidade”.

Famalicão lança estratégia para a habitação A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão assinou um protocolo com a Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP) para, no âmbito do projeto “Habitar Famalicão”, dar resposta às “diversas necessidades da população em termos de habitação”, mas contribuir com soluções “em termos de reabilitação urbana”. “A definição de uma estratégia local para a habitação e para a reabilitação urbana, que qualifique o território e ao mesmo tempo potencie o bem-estar social, assegurando o acesso a uma habitação condigna a todas as famílias do concelho, tem sido uma das principais apostas do executivo municipal de Vila Nova de Fama-

licão”, sublinha a autarquia, que explica a Câmara Municipal, que acredita que, com esta parceria disponibiliza ainda um Gabinete com a FAUP, será possível “che- de Apoio à população, para um gar a todos os agentes que pro- “atendimento personalizado”, que duzem o território”, não se fican- pode passar por “prestar apoio do apenas por aqueles que “têm técnico a inquilinos e proprietácapacidade técnica e capital eco- rios” e “facilitar o contacto entre nómico”, mas abrangendo tam- o tecido social e a equipa de plabém “aqueles a quem se destinam neamento, constituída por arquios programas públicos, o cidadão tetos e investigadores da FAUP”. Com esta metodologia permitecomum e as Instituições Particulares de Solidariedade Social, a tí- -se que a equipa de planeamento construa a Estratégia e o Plano tulo de exemplo”. “O projeto desdobra-se em vá- respondendo não só aos problerias ferramentas, desde logo, atra- mas e necessidades concretos da vés da, já anunciada, plataforma comunidade, como também à caonline que reúne toda a informa- pacidade de intervenção das entição sobre os programas de apoio dades públicas e privadas de âmà habitação existentes a nível na- bito social que nela operam. O gabinete está a funcionar no cional e municipal e que está alojada no portal oficial da autarquia”, departamento de ação social do

Gabinete de A poio faz atendimento personalizado município e as marcações podem tps://www.famalicao.pt/habitarser feitas através da plataforma ht- -famalicao


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// Santo Tirso

// Vila Nova de Famalicão

Polopiqué instala Nine aposta armazém automático num futuro mais verde É mais um passo na transformação digital da empresa. A Polopiqué, empresa sediada em Vilarinho, concelho de Santo Tirso, adquiriu um armazém automático com 32 níveis de armazenamento para organizar todas as amostras de acessórios de confeção. Esta aquisição permitirá à empresa o reforço da capacidade de armazenagem em “mais de 80 por cento”, numa área reduzida: menos de seis metros quadrados. Com este investimento, são esperados ganhos ao nível da organização e do tempo de acesso aos produtos e, por conseguinte, da produtividade.

Os stocks de botões, fechos, etiquetas e fitas estão acondicionados num só espaço, gerido através de um software, que permite à Polopiqué controlar, em tempo real, todos os aspetos da logística dos produtos. Com mais de 80 anos de experiência na indústria têxtil, a Polopiqué é especializada na produção de artigos que vão da fibra à confeção da peça acabada, num domínio de todas as fases do processo produtivo. O grupo português fatura 110 milhões de euros e dá emprego a cerca de mil pessoas.

// Vila Nova de Famalicão

Dias à Mesa com castanhas no prato

Desde que iniciou em junho, um novo ciclo de visitas de trabalho pelas freguesias do concelho, o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, já percorreu 20 localidades do território, reunindo com os presidentes de junta, verificando os investimentos municipais realizados, dando conta das principais necessidades e lançando projetos para o futuro. Esta terça-feira, acompanhado pelo vereador das freguesias, Mário Passos, visitou Nine, onde decorre um conjunto de obras de grande importância para o desenvolvimento da freguesia. Só no melhoramento e beneficiação da rede viária, a autarquia investiu recentemente cerca de 165 mil euros. Uma das principais intervenções decorre na Rua dos Caçadores, uma artéria essencial para o dia a dia da população. Para os próximos dias, está também previsto o arranque de uma obra de grande importância, que é a construção do parque de estacionamento junto à igreja e à Capela Mortuária. “É uma obra necessária e que será muito funcio-

E m Nine estão em marcha obras de relevo nal para Nine, indo de encontro às ambições da população”, referiu Paulo Cunha. O autarca aproveitou ainda a oportunidade para visitar a Associação Desportiva Ninense que tem neste momento a decorrer um conjunto de intervenções para a concretização de um campo de futebol 7, obras que contaram já com o apoio municipal no valor de 60 mil euros. Para além das obras que decor-

rem neste momento, Paulo Cunha ficou a par das grandes ambições para o futuro, nomeadamente a concretização do parque lúdico e desportivo, que vai já em breve começar a receber a plantação de diversas árvores. E ainda a criação de um espaço polivalente para servir as várias gerações de Ninenses.

Famalicão e Fort Collins estreitam relação de cooperação Castanhas promovidas através do evento municipal Dias à M esa Quentes e boas. Novembro é o mês das castanhas e em Vila Nova de Famalicão elas são promovidas a rainhas da gastronomia durante mais uma edição dos Dias à Mesa. Entre 12 e 15 de novembro, 16 restaurantes do concelho promovem a castanha nos seus menus. A iniciativa surge associada à 22.ª edição dos Fins de Semana Gastronómicos, promovida pela Turismo do Porto e Norte de Portugal. Os restaurantes aderentes são o Alfa; Amaury; Bisconde; Casa dos Frangos de Baltar; Casa Pêga; Churrascão Sousa; El Vagabundo; Fondue; Garfo Dourado; Marco; Moutados; O Caçarola; Oprato; Páteo das Figueiras; Tosco e

Vinha Nova. Novembro é o último mês com Dias à Mesa, sendo que depois das Castanhas, haverá ainda um evento relacionado com massas. Apesar da não realização dos eventos culturais que acompanham habitualmente a iniciativa, o regresso dos Dias à Mesa “tem sido um sucesso”, garante a autarquia municipal, responsável pelo projeto, que, este ano, teve como novidade a introdução de um “Passaporte Gastronómico”, que oferece um desconto de dez por cento nos restaurantes aderentes. Para além disso, o passaporte dá a oportunidade de jantar ou almoçar gratuitamente num restaurante à escolha.

“Estamos muito contentes com a Apesar da distância, o presi- cial e parcerias e economia circooperação que temos tido nos úl- dente da autarquia famalicense cular -, a partilhar conhecimentimos dois anos, mas ainda mais não tem dúvidas de que Famali- to sobre planeamento, políticas, entusiasmados com as relações cão e Fort Collins estão mais pró- boas práticas, avanços e resultaque vamos estabelecer no futu- ximas do que nunca pela sua es- dos nas várias áreas de trabalho conjunto e a identificar oporturo”. Foi desta forma que o City Ma- tratégia e visão de futuro. nager de Fort Collins, Darin AttePaulo Cunha apontou as políti- nidades de financiamento exterberry, reagiu à assinatura do me- cas de Fort Collins para a mobili- no para a cooperação em áreas morando de entendimento entre dade como uma “inspiração” para de mútuo interesse que poderá a cidade norte-americana do esta- Vila Nova de Famalicão, que neste passar pela participação conjundo do Colorado e o município de momento tem no terreno um con- ta em conferências, visitas técVila Nova de Famalicão. junto de intervenções que vão mu- nicas, entre outras atividades. As duas cidades formalizaram, dar a forma como os famalicenses Recorde-se ainda que também a 22 de outubro, a relação de par- vivem a cidade, como é o caso da Fort Collins já se inspirou nas ceria que têm vindo a desenvol- requalificação do centro urbano e boas práticas promovidas pelo ver desde 2018 no âmbito do Pro- da construção da Rede Urbana Pe- município famalicense. A cidade do Colorado inspirou-se no sofá grama Internacional de Coope- donal e Ciclável. ração Urbana (IUC), numa sesCom a assinatura deste memo- amarelo da cidadania de Famalisão que decorreu online e pôde rando de entendimento, que mar- cão, uma das marcas do Festival ser acompanhada nas redes so- ca a edição deste ano da Inter- Famalicão Visão’25, para mobiliciais do Município e que contou national Week de Famalicão, as zar a sua comunidade e envolvêcom a participação de altos res- duas cidades comprometem-se -la no debate do Plano para as Alponsáveis de várias cidades par- a manter o diálogo sobre os te- terações Climáticas. Os responsáceiras do município famalicense, mas de cooperação que já abor- veis replicaram o exemplo de Fatais como Gary Miller, Vice Mayor dam desde 2018 no âmbito do IUC malicão convidando os munícipes de Liverpool, e Carlos Calvelo, – nos domínios da mobilidade de a deixarem as suas ideias escriAlcaide de Arteixo. baixo carbono, participação so- tas na lousa.


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Atualidade // Vila Nova de Famalicão

Reabilitação da envolvente ao Mosteiro é “obra do século” em Oliveira Santa Maria “Esta é a obra do século para locais, falaram sobre novos invesOliveira Santa Maria”. É desta timentos e projetos para o futuro. forma, que o presidente da JunA garantia de um investimenta de Freguesia, Delfim Macha- to municipal de quase 150 mil do Abreu, se refere às obras de euros para a segunda fase das reabilitação e ampliação da zona obras na zona envolvente à igreenvolvente ao Mosteiro, que estão ja paroquial deixou o Delfim Maa decorrer e que vão tornar esta chado Abreu muito satisfeito. Na área num cartão de visita obriga- primeira fase a autarquia investória de Oliveira Santa Maria. tiu 23 mil euros. Os trabalhos inO autarca mostrava a sua satis- cidem essencialmente na pavifação durante a visita de trabalho mentação do espaço com granito que o presidente da Câmara Mu- amarelo, na plantação de dezena nicipal, Paulo Cunha, efetuou à e meia de árvores, entre outros freguesia, a 28 de outubro. Acom- melhoramentos. panhados pelo vereador das frePaulo Cunha elogiou a obra guesias, Mário Passos, os autar- “que para além da sua utilidade, cas percorreram vários espaços corresponde a uma ansiedade

da população que vê assim esta importante intervenção concretizada”. Para além desta obra, o município investiu no último ano cerca de 40 mil euros na rede viária com destaque para as obras de pavimentação na rua Vista Alegre, Avenida do Mosteiro e Cruz da Estrada. Refira-se que o presidente da Câmara Municipal iniciou em junho um ciclo de visitas de trabalho semanais às diversas freguesias, reunindo-se com os vários autarcas e percorrendo o concelho, dando conta do desenvolvimento e progresso do território.

Garantido apoio de quase 150 mil euros para segunda fase da obra

Em Riba de Ave sopram ventos de “progresso” “Depois de vários anos marcados por um notório desinvestimento nacional e ainda ensombrados pelos efeitos da crise no têxtil que eclodiu no final dos anos 90, a vila de Riba de Ave começa agora a dar sinais claros de crescimento e progresso consolidados nas mais diversas áreas”. A convicção é da autarquia municipal de Vila Nova de Famalicão que, no âmbito de uma visita de trabalho do presidente Paulo Cunha, percecionou que “da cultura, ao desporto, da educação às acessibilidades e ao ambiente, os projetos surgem e são concretizados, elevando a qualidade de vida dos ribadavenses e projetando o nome da Vila na região”. “É um trabalho gigante que está a ser desenvolvido pela Junta de Freguesia, que tem feito esforço

imensurável pelo progresso da Vila”, afirmou Paulo Cunha, que, acompanhado pela presidente da Junta, Susana Pereira, e pelo vereador das freguesias, Mário Passos, percorreu vários espaços da localidade inteirando-se dos projetos realizados e ouvindo as ambições para o futuro. Neste momento, para além da reabilitação do Teatro Narciso Ferreira, que renascerá em breve como um polo cultural do concelho, a autarquia tem investido muitos milhares de euros no melhoramento da rede viária. Depois de concluídas as obras de requalificação das ruas Luís de Camões e António Gonçalves, a autarquia irá comparticipar a beneficiação da Rua Conde de Riba de Ave, um importante eixo rodoviário da vila.

Paulo Cunha tomou pulso aos investimentos que estão a ser feitos na vila No que diz respeito à área desportiva, a Câmara Municipal de-

cidiu atribuir uma verba de 160 mil euros para comparticipar as

obras de beneficiação das instalações desportivas do Riba d'Ave Hóquei Clube. Entretanto, no final de 2019, a Câmara Municipal inaugurou as obras da escola básica de Riba de Ave, num processo que recuperou totalmente o edifício, de plano centenário, que se encontrava em avançado estado de degradação e que foi reabilitado e ampliado. “As obras estão à vista de todos. Dentro daquilo que está ao nosso alcance tudo tem sido feito pelo futuro de Riba de Ave”, afirmou a presidente de Junta de Freguesia, que aproveitou a presença de Paulo Cunha para demonstrar a vontade de ver nascer na Vila um parque verde. “É o nosso próximo grande projeto”, sublinhou Susana Pereira.

PAN denuncia descargas e deposição de resíduos nas ribeiras de Lousado A Comissão Política Concelhia do PAN denunciou o “elevado nível de poluição” e “estado de abandono” a que estão votadas as ribeiras de Penouços e Ferreiros, na freguesia de Lousado, concelho de Vila Nova de Famalicão. Em comunicado, o PAN revela que, numa visita à freguesia, deparou-se com “a ocorrência de uma descarga de cor avermelhada”, na ribeira de Ferrei-

ros, defendendo a reabilitação “urgente” destes recursos hídricos, alvo de “constantes descargas e à deposição indevida de resíduos em toda a envolvência”. As ribeiras vão ser alvo de uma reabilitação, no âmbito do projeto de construção da variante à Estrada Nacional 14. “Verificamos que, lamentavelmente, esta obra, nesta altura, mais não passa do que a simples garantia de ver assegurados inte-

resses económicos, visto que esta requalificação ambiental resultou de uma das imposições da Agência Portuguesa do Ambiente para a aprovação da declaração de impacte ambiental do projeto da nova ponte sobre o rio Ave”, referiu Sandra Pimenta, porta-voz do PAN no concelho famalicense. O partido alerta ainda para a existência de lixo na zona envolvente às ribeiras, tendo “reco-

lhido cerca de 60 litros de resíduos numa ação de limpeza que levou a cabo durante a visita”. “Ao que se apurou, uma das ruas identificadas como foco de deposição de resíduos será da responsabilidade da empresa Continental que, segundo a Junta de Freguesia de Lousado, será notificada para proceder à devida limpeza”, pode ler-se ainda no comunicado do PAN.


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Cultura

Lantal conta história de 40 anos de veludo Está parente, até 24 de janeiro, a exposição “40 anos de veludo em Portugal”, que assinala o percurso industrial da Lantal Textiles. A mostra pode ser vista no Centro Interpretativo da Indústria Têxtil, na Fábrica de Santo Thyrso, de segunda a sexta, das 09h00 às 17h30. A entrada é gratuita. Inserida num “ciclo que programação” que visa “olhar” para o têxtil como património histórico da região, usando, neste caso, o testemunho de um dos maiores grupos têxteis da Europa, vocacionado para os têxteis de transportes, seja ao nível da aviação ou dos

transportes públicos terrestres. Como apareceu, no Vale do Ave, uma empresa internacional vocacionada para têxteis de transportes e como sucedeu a integração de uma empresa de veludos de Água Longa, neste conglomerado têxtil internacional com base Suíça, são algumas das questões que os visitantes da exposição vão poder ver esclarecidas. A Lantal Têxtiles alia a experiência e tradição à inovação e aposta em processos tecnológicos avançados que lhe permitem um crescimento sustentável e garantem uma posição de liderança.

// Santo Tirso

E xposição pode ser vista no Centro I nterpretativo da I ndústria T êxtil , na Fábrica de Santo T hyrso

// Vila Nova de Famalicão

Ana Rocha de Sousa partilha testemunho de sucesso cinematográfico no Ymotion A realizadora Ana Rocha de Sousa, autora do filme “Listen”, que arrecadou seis prémios no Festival de Cinema de Veneza deste ano, é presença confirmada na gala final do Ymotion, o Festival de Cinema Jovem promovido pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão. A fase final do Festival, que começou na segunda-feira, 2 de novembro, e culmina no sábado, dia 7, com a sessão de encerramento, no Centro de Estudos Camilianos. A presença de Ana Rocha de Sousa no festival está agendada para o último dia do evento. Para além da exibição de uma das suas

últimas curtas-metragens, a realizadora portuguesa vai também estar à conversa com Rui Pedro Tendinha, jornalista e comissário do Ymotion, que nesse mesmo dia estará também à conversa com o ator e realizador Diogo Morgado, num tributo prestado pela organização do festival. Neste dia serão conhecidos os vencedores dos oito prémios atribuídos pelo Ymotion, com natural destaque para o “Grande Prémio Joaquim de Almeida”, no valor de 2500 euros, que será entregue à melhor das 45 curtas em competição. A grande final do Ymotion con-

tará também com a atribuição, pela primeira vez, do Prémio Carreira ao ator português Nuno Lopes e com a habitual homenagem do festival, que este recairá sobre ator mais “hollywoodesco” do Brasil, Rodrigo Santoro. Do programa geral do festival, destaque também para sexta-feira, dia 6, que ficará marcado pela organização da Mostra do Novíssimo Cinema Português, comissariada por Rui Pedro Tendinha e que consistirá numa conversa com as atrizes Catarina Wallenstein e Sara Barradas sobre interpretação, e pela exibição das primeiras imagens do filme “Bem

Bom” com uma conversa com Tozé Brito e Eduardo Breda, um dos protagonistas do filme inspirado na história da banda portuguesa Doce. Recorde-se que o júri do Ymotion é composto por Tiago R. Santos, argumentista e critico de cinema, pela realizadora Luísa Sequeira, pelo jornalista da RTP e Antena 1, Tiago Fernando Alves, pela diretora de casting Patrícia Vasconcelos, pelo jornalista do Público Samuel Silva, e pelo realizador Pedro Cabeleira, vencedor do Grande Prémio Joaquim de Almeida da última edição do Ymotion.

Mário Passos e Joaquim Carneiro propõem mudança do paradigma energético em Portugal “Uma proposta de novo paradigma energético para Portugal com base nos sistemas fotovoltaicos”. É assim que o vereador do Município de Vila Nova de Famalicão, Mário Passos, apresenta o livro que escreveu em conjunto com o colega de curso de Física e Química e de docência na faculdade, Joaquim Carneiro, e que foi apresentado a 23 de outubro, na Casa das Artes, com a presença do presidente da autarquia, Paulo Cunha. Resultado de muitas conversas, estudo e debate ao longo dos anos, o livro Sistemas Fotovoltaicos – Fundamentos sobre Dimen-

sionamento “insere-se numa temática muito atual e que se refere aos sistemas fotovoltaicos (SFV), uma das fileiras das energias renováveis mais relevantes para Portugal, na medida em que, na última década, têm constituído um dos principais vetores estratégicos da matriz energética portuguesa (e europeia)”, refere o autor. Para além dos aspetos de índole mais geral e diretamente relacionados com os SFV, o livro contém informação bastante aprofundada, no que concerne aos materiais semicondutores e às principais propriedades optoelectrónicas. “A introdução deste livro no

mercado permitirá que professores e estudantes do ensino superior (e também, do ensino secundário, ou mesmo aos profissionais que operam na área da instalação de SFV), que frequentem cursos de licenciatura ou de mestrado integrado nas áreas da física, ciências e tecnologias do ambiente, engenharia eletrónica industrial, engenharia mecânica, engenharia civil, engenharia dos materiais, entre outros, possam adquirir e/ou aprofundar um conjunto de conhecimentos que os auxilie a desenvolver a conceção e dimensionamento de SFV e/ou, até, a promover a sua instalação.”

L ivro foi apresentado na Casa das A rtes Uma partilha de conhecimentos que o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha elogiou e que resultou numa obra “que tem

tudo para ser uma referência da área em Portugal”. A publicação tem chancela da Quântica Editora.


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Atualidade

// Vila Nova de Famalicão

Casa das Artes de Famalicão acolhe nova exposição de Serralves A Casa das Artes de Famalicão inaugurou, esta quarta-feira, 4 de novembro, a exposição “Jorge Pinheiro – da coleção de Serralves em Famalicão”. Esta exposição vai estar patente no foyer do teatro municipal até 24 de fevereiro de 2021 e é a segunda exposição que Serralves traz à Casa das Artes em menos de um ano. A mostra tem entrada livre, mas o acesso à Casa das Artes é atualmente condicionado ao cumprimento da lei e das regras impostas pelas autoridades de saúde. Jorge Pinheiro, reconhecido como um dos nomes mais influentes do contexto artístico português da segunda metade do século XX, é o único sobrevivente do célebre Grupo dos Quatro Vintes, formado com Ângelo de Sousa, Armando Alves e José Rodrigues. Ao longo de uma carreira de mais de 50 anos, Pinheiro tem vindo a desenvolver uma obra de uma profunda coerência teórica e intelectual traduzida num corpo de trabalho visualmente diverso, no qual coexistem a pintura

figurativa e a abstração concreta e conceptual. A sua obra baseia-se em princípios de matemática e semiótica, sendo particularmente inspirada na célebre sequência de Fibonacci, matemático italiano do século XII, segundo a qual cada número sucessivo resulta da soma dos dois números anteriores. À presença de modulações geométricas e padrões de alto contraste cromático junta-se uma muito aturada exploração das noções de ritmo e de serialidade, cuja formalização evidencia o interesse do artista pela área da música. A proposta expositiva para a Casa da Artes, sob a curadoria de Joana Valsassina, centra-se na obra Babel, a maior peça tridimensional do artista, produzida propositadamente para a exposição monográfica Jorge Pinheiro: D'après Fibonacci e as coisas lá fora, desenvolvida em diálogo com o artista Pedro Cabrita Reis e realizada no Museu de Serralves em 2017. Mantendo uma ligação à referi-

E xposição patente até 24 de fevereiro de 2021 da sequência numérica, a escultura configura-se em quatro módulos que se desenvolvem em torno de um eixo, no seio do qual dois espelhos cruzados multiplicam o espaço e absorvem perceptualmente a estrutura de ferro que os sustenta. Para além desta obra escultórica de grandes dimensões, a exposição inclui um conjunto de obras sobre tela e sobre papel que evidenciam as investigações do artista em torno

Centro de Atletismo começa a ser construído em 2021 O executivo municipal de Vila Nova de Famalicão aprovou a abertura do concurso público para a construção do Centro de Atletismo. A proposta para o arranque da empreitada foi aprovada na reunião de câmara de 22 de outubro, implica um investimento de mais de dois milhões de euros e tem um prazo de execução de 210 dias. Depois da realização de um conjunto de trabalhos preparatórios, que acabaram por demorar mais do que o previsto devido à “enorme complexidade técnica” das condições geológicas do terreno, a construção deste equipamento desportivo entra agora numa nova fase com a construção integral da pista de atletismo que inclui o relvado interior com áreas para lançamento de dardo, lançamento de peso, salto à vara, salto em comprimento, entre outras modalidades, a construção de bancada, do edifício de photo finish, do acesso pedonal para atletas e público e das torres de iluminação.

E mpreitada deve arrancar no início do próximo ano Refira-se ainda que a pista do Centro de Atletismo de Famalicão, que vai nascer no lugar de Talvai, conta com 8 corredores em piso sintético que respeitam as exigências técnicas do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) e seguem as orientações standard da Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF), estando assim preparada para receber competições nacionais e internacionais da modalidade. O complexo desportivo contará ainda com um edifício de apoio

que será construído posteriormente e albergará as necessidades administrativas da academia, assim como todo o suporte à prática desportiva, desde balneários, bar, salas de fisioterapia e cuidados médicos e salas de prática desportiva. O presidente da Câmara Municipal fala num complexo “de grande valor para o atletismo do concelho de Vila Nova de Famalicão” que atualmente conta com cerca de 200 atletas federados, apontando para o inicio do ano o arranque da intervenção.

de arranjos musicais, combinações cromáticas e formulações geométricas. A obra de Jorge Pinheiro vai conviver 112 dias com a permanente obra do seu colega Ângelo de Sousa que solenemente cobre as paredes da Casa das Artes de Famalicão. Uma oportunidade para testar o convívio de dois grandes nomes da criação artística nacional do século XX nesta inusitada coabitação artística.

Casa das Artes altera horários Em consequência das mais recentes determinações que obrigam ao encerramento dos espaços culturais até às 22h30, a Casa das Artes de Famalicão decidiu antecipar os horários de início dos espetáculos do próximo fim de semana para as 20h45. Em causa está o concerto de TAINÁ, esta sexta-feira, dia 6, e a peça “Para Atravessar Contigo o Deserto do Mundo”, com Pedro Lamares e Lúcia Moniz, no sábado. Às pessoas que já tenham adquirido os seus ingressos e que seja impossível estarem presentes, podem pedir o reembolso dos mesmos junto da entidade onde os adquiriram. Para bilhetes adquiridos na bilheteira da Casa das Artes, enviar email para bilheteira.casadasartes@famalicao.pt ou contactar pelo 252371297; para bilhetes adquiridos através da Bilheteira Online (BOL) contactar a plataforma através do email ajuda@bol.pt. Esta decisão circunscreve-se, para já, aos espetáculos deste fim de semana, estando em análise se será necessário estendê-la por um período mais alargado.

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Atualidade pub

TrofaClima Rally Team conquista título regional nas Terras d’Aboboreira

TRofaClima R ally T eam com fim de semana vitorioso A dupla Augusto Costa e Susana Silva conquistou mais uma vitória no Campeonato Norte de Ralis, no que às duas rodas motrizes diz respeito. Com a performance que apresentou no Rali Terras d’Aboboreira, a equipa da TrofaClima Rally Team conquistou o título reservado a esta categoria. “Estamos muito felizes, conseguimos conquistar o

objetivo proposto para esta temporada", começou por dizer Augusto Costa. Sobre a corrida, foi realizada com várias cautelas. A dureza dos troços, misturada com os anseios da equipa levaram a essa estratégia, mas ainda assim o Peugeot 208 R2 não se fez rogado e terminou num brilhante 4.º lugar da classificação geral, somando a vi-

tória entre os carros de duas rodas motrizes. "Fizemos a prova conforme a idealizamos, não corremos risco e, acima de tudo, divertimo-nos", adiantou o piloto. Com o resultado alcançado no Rali Terras d’Aboboreira, Augusto Costa e Susana Silva subiram também à terceira posição do Campeonato Norte de Ralis absoluto.

A DECO aconselha... Sabia que, afinal, se até 31 de março de 2021, deixar de pagar o prémio do seu seguro automóvel, já não fica logo sem seguro? As regras especiais aprovadas para os contratos de seguros obrigatórios, durante o período de crise provocada pela Pandemia COVID-19, foram prolongadas até ao dia 31 de março de 2021. Esta medida excecional de prorrogação automática do seguro permite que, na ausência de um acordo mais favorável ao tomador do seguro, em caso de falta de pagamento do prémio na data prevista, o contrato seja automaticamente prorrogado por um período de 60 dias a contar da data do Ficha Técnica Proprietário e Editor: Justbrands – Consultoria e Comunicação Unipessoal, Lda | Nif. 510170269 Detentor 100 % capital: Maria Araújo| ERC: 126524 | ISSN 2183-4601 Depósito Legal: 469158/20 Diretora: Magda Machado de Araújo Subdiretor: Hermano Martins | e-mail: geral@jornaldoave.pt; publicidade@

jornaldoave.pt | Redação: Cátia Veloso | Colaboração: António Costa, Manuel Veloso | Composição: Cátia Veloso | Impressão: Gráfica do Diário do Minho, Rua de S. Brás, n.º1 Gualtar Braga | Assinatura Anual: Continente 18,5 €; Europa:69,50 €; Extra europa: 88,50€; PDF 12,50 € (IVA Incluído) | Avulso:

vencimento do prémio. Com esta medida o consumidor poderá manter o seu contrato de seguro válido durante 60 dias, ainda que não tenha pontualmente cumprido com a sua obrigação de pagamento na data indicada. Para mais esclarecimentos con-

0,70 € Tiragem 7000 exemplares| NIB: PT 50 0038 0000 39909808771 50 | Telefone: 252 414 714 | Sede e Redação: Rua Aldeias de Cima, 280 Trofa | Publicidade 969848258 | Redação 925 496 905 | | Nota de redação: Os artigos publicados nesta edição do Jornal do Ave são da inteira responsabilidade dos seus

tacte a DECO através do email deco.norte@deco.pt, do tele fone 223 391 960 ou presencialmente na Rua da Torrinha 228, 5º, 4050-610 Porto (atendimento por marcação prévia). A DECO, sempre consigo.

subscritores. Todos os textos e anúncios publicados neste jornal estão escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico. É totalmente proibida a cópia e reprodução de fotografias, textos e demais conteúdos, sem autorização escrita. Estatuto editorial em http://jornaldoave.pt/index.php/estatuto-editorial


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Desporto

Irmãos Figueiredo campeões europeus

Davide F igueiredo foi o melhor português na meia-maratona Joaquim e Davide Figueiredo sagraram- na, com o tempo de 01:19:30 horas. -se campeões europeus no Campeonato de Davide Figueiredo, da Figueiredo's RunMasters que se realizou na ilha da Madei- ners & Friends, também não ficou atrás. Em ra, de 29 a 31 de outubro. M45, venceu a corrida coletiva de cortaJoaquim Figueiredo, atleta do CD S. Sal- -mato estafetas e sagrou-se campeão eurovador do Campo, conseguiu o feito de con- peu de 10 mil metros estrada, com o temquistar o título europeu, no escalão de M50, po de 00:33:46 minutos, e da meia-maraem três disciplinas: primeiro nos 10 mil me- tona, com o tempo de 01:16:20 horas, que tros estrada, com o tempo de 00:33:45 mi- lhe valeu ainda o 7.º lugar na classificação nutos. Seguiram-se as vitórias no corta-ma- geral, sendo o melhor português da prova. to de estafetas (21:21:00) e na meia-marato-

Armindo Araújo recupera liderança e já aponta baterias para o Algarve Armindo Araújo e Luís Ramalho foram os grandes vencedores do Rali Terras D’Aboboreira e recuperaram a liderança do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR). A dupla do Skoda Fabia R5 Evo dominou da primeira à última especial da prova organizada pelo Clube Automóvel de Amarante e parte para o derradeiro rali do ano, no Algarve, com vantagem na luta pelo título. Após a excelente prestação da primeira etapa, o piloto de Santo Tirso iniciou o segundo dia de prova de novo ao ataque e na primeira passagem pela especial de Amarante quase sentenciou o resultado final. “Voltámos a entrar muito bem e sabíamos que poderíamos fazer uma boa diferença num troço com mais de 20 quilómetros. Atacámos onde achámos que o devíamos fazer e gerimos o ritmo conforme nos era mais útil. Acabámos a primeira ronda com uma boa vantagem e de tarde usámos

a mesma tática. Desde a entrada no parque de assistência da manhã que sabíamos do erro do Adrien Fourmaux, que lhe iria valer uma penalização e, por isso, não estávamos preocupados com o ritmo dele. Claro que vencer à geral é um duplo sabor, mas o nosso grande objetivo era a vitória entre os concorrentes do CPR”, disse no rescaldo da corrida. Com 8,88 pontos de vantagem sobre o seu direto e único adversário na luta pelo título, Bruno Pinheiro, as contas finais serão feitas no Rali Casinos do Algarve, de 13 a 15 de novembro. “Toda a equipa fez um excelente trabalho, o carro estava perfeito e estamos muito motivados para a última prova. É claramente melhor partimos em vantagem, mas sabemos que ainda nada está ganho. O nosso foco é sermos campeões”, disse ainda Armindo Araújo.

Covid-19 obriga Tirsense a novo isolamento O jogo entre o Tirsense e o Mondinense, agendado para quarta-feira, dia 4 de novembro foi adiado, devido à existência de casos positivos de Covid-19 no clube jesuíta. A confirmação de novos casos de infeção no seio da equipa sénior foi dada a 29 de outubro, num comunicado em que o clube criticou a postura o delegado de saúde regional, por este ter determinado o isolamento profilático de todo o plantel e staff, “pese embora com testes negativos”. “Esta atitude do senhor delegado de saúde regional é, deveras, incompreensível, o que merecerá da nossa parte, e no local

certo, as devidas razões para tal. A dualidade de critérios que existe é tão gritante que na presente semana, outro Clube do nosso Campeonato padeceu da confirmação de três casos positivos no plantel, tendo todos os outros testado negativo, violando assim as mais elementares regras. Mais, no espaço de dois dias, retomaram os treinos, vão realizar o seu jogo e nada nem ninguém põe termo a estas violações reiteradas das diretrizes da DGS”, condenou o emblema tirsense no mesmo comunicado. Entretanto, foi anunciado que o jogo que se realizaria na quarta-feira foi reagendado para 18 de novembro, às 15 horas.


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