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22 de outubro DE 2020 JORNAL DO AVE
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Quinzenário 22 de outubro de 2020 Nº 189 Ano 6 | Diretora Magda Machado de Araújo | 0,70 €
19 Saúde
sURTO DE covid-19 no hospital 02 Atualidade
Desemprego agrava na região 13 Vila Nova de Famalicão
Paulo Cunha contra aumento de taxa de Gestão de resíduos
03 Atualidade
13 Polícia
Bombeiros salvam gato preso em motor de carro
gnr detém traficante em flagrante PUB
OPJ VAI DOTAR vILA DAS AVES E mONTE cÓRDOVA DE PARQUES DeSPORTIVOS
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Atualidade
// Região
Desemprego agrava na região
A pandemia de Covid-19 provocou efeitos significativos na taxa de desemprego da região. Em seis meses, a taxa de desemprego nos concelhos de Vila Nova de Famalicão subiu 40,8 por cento. Segundo os dados disponibilizados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), em agosto, o número de desempregados no município era de 4942, quase mais 1432 do que em fevereiro, mês anterior ao do primeiro caso detetado em Portugal. Em Santo Tirso, o aumento foi menos abrupto, cifrando-se nos 24,2 por cento, que correspondem a 2952 desempregados inscritos,
em agosto, no IEFP. Esta descida do nível de emprego não foi constante ao longo dos meses de pandemia. Depois de maio ser um dos meses onde a queda foi mais acentuada, verificou-se a uma ligeira diminuição do número de inscritos nos centros de emprego, em junho e julho: em Famalicão, o número de desempregados desceu de 5027, em maio, para 4810, em julho, e em Santo Tirso, o número desceu de 2987 para 2887. Em agosto, mês em que muitas fábricas entram de férias, verificou-se um novo aumento da taxa de desemprego, com mais 132 de-
sempregados em Vila Nova de Famalicão, e mais 65 em Santo Tirso. A nível regional, subidas acima dos 40 por cento entre fevereiro e agosto só no concelho da Trofa, com uma subida de 51,6 por cento, no da Maia, com um crescimento do número de pessoas sem emprego de 43,5 por cento, e no de Gondomar, com uma subida de 41,1 por cento. Seguem-se Vila do Conde, com uma subida de 38,6 por cento, Barcelos, com 33,4 por cento, Valongo, com 31,2 por cento, Porto, com 28,7 por cento, Vila Nova de Gaia, com 28,5 por cento, Matosinhos, com 28,3 por cento, e Guimarães, com 24,4 por cento. C.V.
Exportações na região dispararam no 2.º trimestre Entre abril e julho de 2020, as exportações da região Norte subiram 95 por cento, atingindo o valor de 2040 milhões de euros e superando o crescimento da média nacional, que rondou os 71 por cento. Os números estão no relatório trimestral Norte Conjuntura, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte. Desta ava liação é destacada ainda o facto de “a resiliência do setor exportador da região do Norte em contexto de crise” ter sido “superior à nacional”, uma vez que “em Portugal, o valor das exportações em julho era ainda inferior ao registado em janeiro”. “Os indicadores do Norte Conjuntura dão igualmente nota do aumento do salário médio líqui-
Exportações subiram 95% do da Região e da sua tendência de convergência relativamente ao salário médio nacional. A diferença entre o salário nacional e o da Região foi de 43 euros, a menor diferença desde que existem registos sobre remunerações por NUTS II”, pode ler-se num comunicado enviado pela CCDR-N.
Em contraponto, o relatório dá conta do aumento do número de desempregados inscritos nos Centros de Emprego da Região, o qual cresceu 20 por cento relativamente ao período homólogo de 2019. Esta variação foi, ainda assim, inferior à observada à escala nacional (30,6 por cento).
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Saúde
Nuno Carvalho é o novo diretor do ACES Santo Tirso/Trofa Foi publicada, a 16 de outubro, em Diário da República, a nomeação do novo diretor executivo do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Santo Tirso/Trofa. Nuno Carvalho foi o escolhido para suceder a Ana Tato, que se manteve em funções de 23 de outubro de 2012 a 6 julho deste ano. Engenheiro hospitalar no Centro Hospitalar do Médio Ave durante os últimos 18 anos, Nuno Carvalho tem também uma vasta experiência no voluntariado. Foi presidente da direção da Liga dos Amigos do Hospital de Santo Tirso, vogal na direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Tirsenses e presidente da assembleia-geral da Casa do Pessoal do Hospital de Santo Tirso. Atualmente, é presidente da direção da delegação de Santo Tirso da Cruz Vermelha Portuguesa, tendo assumido o cargo em março de 2018. Nuno Carvalho contactado pelo JA remeteu comentários sobre a sua nomeação para as próximas semanas. O presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Alberto Costa, veio a público congratular-se com esta nomeação e chamar a si parte da responsabilidade por esta decisão. “O diálogo por mim estabelecido junto do Governo e de um conjunto de entidades regionais e locais deu finalmente frutos, para defesa da saúde das populações e dos profissionais que trabalham naquele agrupamento de centros de saúde. Todos cuidamos de todos”, defendeu o autarca. Recorde-se que o ACES ficou sem diretor executivo nem presidente do conselho clínico a 6 de julho, data em
// Santo Tirso & Trofa
que Ana Tato e Sanchez Silva, respetivamente, cessaram funções. A ex-diretora executiva, cujo mandato terminou em novembro de 2018, manteve-se em gestão corrente até este verão. Quem também se pronunciou sobre esta escolha foi o secretariado do Partido Socialista de Santo Tirso, que destacou o fim de uma “situação preocupante vivida nos últimos temNuno Carvalho foi escolhido para suceder a A na Tato pos”, com o vazio diretivo do ACES. mo concluir que, não fosse a ação e a pressão do PSD, a Sublinhando que “o processo de nomeação” passou por situação iria perdurar muito mais tempo, apenas porque “constrangimentos processuais e administrativos”, a estru- uma delegação social-democrata esteve reunida, dia 14 tura socialista não deixou de lançar algumas “farpas políti- de outubro, com a Administração Regional de Saúde do cas” ao Partido Social Democrata, acusando os deputados Norte, quando o despacho da Ministra da Saúde a nomear “laranja”, eleitos pelo círculo do Porto, de “tentarem tirar o novo diretor executivo dos ACES Santo Tirso/Trofa tem partido político e eleitoral da designação do novo diretor a data de 8 de outubro”, contra-argumentam os socialisexecutivo do ACES Santo Tirso/Trofa”. Em questão está o tas, que, no mesmo comunicado, aproveitaram para “exfacto de a distrital do PSD ter assumido, depois de uma pressar publicamente o reconhecimento pelo trabalho, reunião, a 12 de outubro, em que o presidente da Admi- dedicação e esforço de todos os profissionais (médicos, nistração Regional de Saúde do Norte “deu nota” que esta- enfermeiros, auxiliares e administrativos) do ACES Sanva “por dias a entrada em funções o novo diretor executi- to Tirso/Trofa, num contexto tão difícil e complexo como vo”, que esta decisão resultou da “ação e pressão do PSD”. aquele que o Mundo vive, por força da pandemia provo“Ao contrário do que é assumido pelo PSD, não é legíti- cada pelo novo coronavírus”.
CHMA marca Dia da Saúde Mental com conselhos para combater efeitos da Covid-19 A Covid-19 tem implicações ao nível da saúde mental. O medo e o isolamento são fatores que contribuem para o surgimento ou agravamento de doenças do foro psicológico e foi neste contexto que o Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA) orientou a campanha dinamizada a 10 de outubro, Dia Mundial da Saúde Mental. Dinamizada em parceria com as autarquias de Vila Nova de Famalicão, Santo Tirso e Trofa, a campanha foi dirigida “à população em geral e aos profissionais de saúde”, com o objetivo de “sensibilizar para a importância do reconhecimento, prevenção e tratamento das doenças mentais”. Numa nota informativa, o CH M A alerta à popu lação Houve um aumento superior a 10 % das consultas de saúde mental no CHMA para que se baseie em informação avançada por fontes credíveis, como a Organiza- te medidas de segurança e higiene recomendadas por ção Mundial da Saúde e a Direção-Geral da Saúde, e ado- estas entidades, reduzindo o consumo excessivo de no-
tícias que possam causar stress e ansiedade e optando por partilhar, com os outros, história positivas acerca de doentes que recuperaram da Covid-19. Aos grupos de risco, nomeadamente idosos e doentes crónicos, o Centro Hospitalar sublinha a importância de procurar “apoio prático e emocional em redes de cuidadores informais”, de garantir “o acesso à medicação crónica em quantidade suficiente” e de manter as “rotinas e horários regulares tanto quanto possível”, não abdicando de “exercícios físicos simples”. A quem está em isolamento, os profissionais do CHMA aconselham a usar o telefone, fazendo “vídeochamadas” e manter o contacto com os outros nas redes sociais. “No CHMA, durante o confinamento pela pandemia, foi mantida a monitorização presencial e os cuidados comunitários (através de visitas domiciliárias) para os pacientes com doença mental grave, sendo ainda criada uma resposta em crise para apoio a doentes e familiares de doentes internados com COVID-19”, fez saber o Centro Hospitalar, que, aponta ainda, realiza as consultas de forma presencial “desde o mês de junho” para “todos os pacientes”. Em comparação com o período homólogo de 2019, houve um aumento “superior a 10 por cento” das consultas de saúde mental no CHMA. “A articulação com os cuidados de saúde primários tem sido essencial para uma intervenção em rede a todas as pessoas com sinais ou sintomas de sofrimento psicológico”, frisou a instituição.
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Atualidade
// Santo Tirso
Câmara de Santo Tirso encerra cemitérios
Em articulação com as autoridades de saúde locais e os presidentes de junta das 14 freguesias do concelho, a Câmara Municipal de Santo Tirso vai encerrar os cemitérios de 31 de outubro a 2 de novembro. A medida tem como objetivo evitar ajuntamentos em torno do Dia de Todos os Santos e do Dia dos Fiéis Defuntos e prevenir, assim, a transmissão da Covid-19. “Não é, naturalmente, uma decisão que gostemos de tomar mas entendemos que no momento atual, em que se regista um aumento do número de contágios, é imperativo reduzir os ajuntamentos”, refere o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Alberto Costa. “Com esta medida não estamos
a dizer às pessoas para deixarem de ir aos cemitérios prestar culto aos entes queridos, estamos a pedir-lhes que o façam noutros períodos, anteriores ou posteriores a estas datas, apelando à responsabilidade cívica de todos para o exigente momento que atravessamos”, acrescenta. Os cemitérios estarão, assim, encerrados desde o sábado que antecede o Dia de Todos os Santos, 31 de outubro, ao Dia dos Fiéis Defuntos, 2 de novembro. A decisão foi tomada em articulação com a Subcomissão da Proteção Civil, que reúne as autoridades de saúde locais, bem como com os presidentes de junta das 14 freguesias do concelho. Excecionalmente, os cemitérios poderão abrir
para a realização de cerimónias fúnebres. Várias freguesias de Famalicão com cemitérios fechados No concelho de Vila Nova de Famalicão, as juntas de freguesia de Gondifelos, Cavalões e Outiz, Gavião, Castelões, Fradelos, Ribeirão, Vilarinho das Cambas, Delães, Landim, Joane, Nine, Vale S.Cosme, Telhado e Portela, Arnoso Santa Eulália, Santa Maria e Sezures, Carreira e Bente, Antas e Abade Vermoim, Oliveira Santa Maria, Brufe, e Ruivães e Novais também decidiram pelo encerramento dos cemitérios.
Casos em Santo Tirso e Famalicão crescem Os concelhos de Vila Nova de Famalicão e Santo Tirso registaram, na última semana, um crescimento elevado do número de casos de Covid-19. Segundo o relatório da Direção-Geral da Saúde de segunda-feira, que atualiza os dados dos concelhos, Santo Tirso contabilizou 111 novos casos, para um total de 662 casos identificados desde o início da pandemia. Este número é maior do que a soma de novos casos registados nas quatro semanas anteriores, ou seja, de 21 de setembro a 12 de outubro. Neste período foram contabilizados 101 infetados. Desde 28 de setembro e até à última atualização, foram detetados 170 infeções pelo novo coronavírus no concelho tirsense. Já Vila Nova de Famalicão registou 106 novas infeções na última semana. No total, estão contabilizados 1021 casos neste concelho. Desde 28 de setembro, foram identificados 266 casos. C.V.
// Vila Nova de Famalicão
Sete meses depois, Emília voltou a jantar com o filho
Se há quem tem sido fortemente afetada pela pandemia de Covid-19 é a população sénior. Durante meses privados de verem filhos e netos, os idosos têm sofrido com o receio de serem contaminados e, talvez mais, com a solidão a que o confinamento obrigou. No lar-residência da Mundos de Vida não foi exceção. Os residentes, cujos familiares mais próximos tinham acesso livre à instituição para poderem visitar os entes queridos sempre que quisessem, e até partilhar refeição com eles, viram-se privados de estar com regularidade com aqueles que amam, a bem da sua saúde. Porém, a 15 de outubro, na instituição aconteceu um episódio que, pela vulgaridade, não se-
ria notícia, não fosse ter-se passado em tempos de exceção. A Emília é uma das residentes da Mundos de Vida e quase todos os dias contava com a presença do filho, Miguel, ao jantar. Em março, tudo mudou. Só o voltou a ver em maio, mas não mais puderam partilhar o jantar… até 15 de outubro. Num texto emotivo publicado nas redes sociais, a instituição conta que foi com recurso às amplas varandas que o jantar especial aconteceu. “Uma mesa na sala e outra mesa lá fora, frente a frente, com a porta-janela fechada pelo meio. Os familiares já estão habituados a visitas na varanda, usando auscultadores profissionais. Assim, puderam jantar e conversar ao mesmo tempo. Foi o primeiro
M iguel e E mília jantaram juntos
a
que fizemos. Não só foi um momento de família, como animou muito os outros residentes e todas as colaboradoras, enchendo de alegria o fim da tarde”, contou a instituição. “A pandemia está a ser difícil para todos. O segredo é aproveitar os momentos que temos (ou inventá-los) para estarmos juntos”,
15 de outubro escreveu a instituição, que agora espera pela visita da Vera, a outra filha da Emília e também recorrente nas refeições partilhadas com a mãe. Para elas, pensa a Mundos de Vida em providenciar um pequeno almoço de domingo, em estilo brunch. E para quem tem dúvidas da importância destes gestos, diz
quem tem experiência na área que “estar com alguém que tem mais de 80 ou 90 anos faz toda a diferença”, pois “vai encher o coração e o dia de quem cuidou e se sacrificou por nós quando éramos pequenos e nos amou uma vida inteira”. C.V.
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Atualidade // Região
Santo Tirso, Maia, Valongo e Matosinhos unem-se para dar nova vida ao Leça Santo Tirso juntou-se à Maia, Matosinhos e Valongo para recuperar o Rio Leça. As quatro câmaras municipais anunciaram, recentemente, a criação, para breve, de uma nova associação de municípios vocacionada para promover atividades de valorização, promoção e defesa daquele recurso hídrico. Com uma orçamentação prevista de 28 milhões de euros, a “Corredor Verde do Leça – Associação de Municípios”, resulta de um já amplo “trabalho intermunicipal, que permitiu a elaboração do plano estratégico, que conta com 17 parceiros identificados na esfera pública, científica, cultural e local”, revelou a autarquia da Maia, em comunicado. Para o presidente desta edilidade, António Silva Tiago, a criação da nova associação é reveladora da “vontade de todos na recuperação do rio”. “ Esta é uma oportunidade única que temos de saber aproveitar. Temos feito um trabalho comum de grande
seriedade que nos permite encarar com fundado otimismo o futuro do Leça”, acrescentou. Entretanto, já arrancou uma intervenção no troço do rio, entre a Ponte de Moreira e Ponte da Pedra, com ligação a Picoutos, num percurso de 6,9 quilómetros. Estão previstas mais duas ações, numa extensão de 18 quilómetros, com vista à “completa despoluição do curso fluvial e para a valorização paisagística das margens do rio, transformando-as numa área de lazer e devolvendo-as à fruição da população”, detalhou, por sua vez, a Câmara Municipal de Matosinhos. Novas pontes pedonais, passadiços e sete quilómetros de ciclovia fazem parte dos objetivos deste projeto de reabilitação, que privilegiará o melhoramento da visibilidade do rio e dos seus focos de poluição, promovendo um maior contacto com a natureza e novas oportunidades de mobilidade junto ao rio. Os autarcas dos quatro municípios já realizaram reuniões de trabalho, uma das mais recentes aconteceu no
Centro Empresarial da Lionesa, em Leça do Balio, Matosinhos, para delinearem estratégias. O Rio Leça nasce em Monte Córdova, concelho de Santo Tirso, e tem 44,8 quilómetros de comprimento no seu curso de água principal. Passa por Refojos de Riba de Ave, Lamelas, Reguenga, Agrela e Água Longa, no município tirsense, Alfena e Ermesinde, no concelho de Valongo e Maia até desaguar no Porto de Leixões, em Matosinhos. Atravessando uma região com intensa atividade industrial, o rio foi, ao longo dos anos, afetado com vários focos de poluição, que degradou a qualidade da água e dos sistemas biológicos, chegando ser apontado como um dos rios mais poluídos da Europa. Desde 2016, que um grupo de grupo de trabalho, constituído por elementos dos municípios de Matosinhos, Maia, Valongo e Santo Tirso, tem vindo a trabalhar na consolidação, estratégia e definição de um plano para o corredor do Leça.
Bloquistas pressionam Governo a tomar medidas sobre descargas no Rio Pele Depois de denúncias feitas pela Junta de Freguesia de Castelões acerca de “dois episódios de descargas”, o grupo parlamentar do Bloco de Esquerda questionou o Governo sobre “a poluição no Rio Pele, em Vila Nova de Famalicão”. Das denúncias, datadas de “18 de junho e 13 de outubro”, feitas por esta autarquia “ao SEPNA da GNR e à Câmara Municipal”, ainda não há “resultados” conhecidos, sublinham os deputados bloquistas eleitos por Braga, José Maria Cardoso e Alexandra Vieira. “E as descargas continuam a acontecer”, referem os deputados que, no documento entregue na Assembleia da República, assumem a urgência da “identificação e eliminação dos focos de poluição e a punição dos poluidores, de forma a evitar estes episódios, bem como proceder à reabilitação do rio para proteger o ecossistema”.
“Que medidas vai o Ministério do Ambiente e da Ação Climática tomar para garantir a identificação das entidades poluidoras, a sua responsabilização, a cessação dos focos poluidores e a despoluição da linha de água afetada”, questionam os deputados, que querem ainda saber que medidas a tutela “assumiu ou vai assumir, eventualmente em articulação com o Município de Vila Nova de Famalicão, para acabar com as descargas poluidoras e garantir a boa qualidade do Rio Pele e de toda a bacia hidrográfica do Rio Ave”. Com uma extensão aproximada de 22 quilómetros, o Rio Pele é um dos principais afluentes do Rio Ave, nascendo na freguesia de Oleiros, atravessa as freguesias de Vermil, Santa Maria de Airão, no concelho de Guimarães, e as freguesias de Joane, Pousada de Saramagos, Castelões, no concelho de Vila Nova de Famalicão, até desaguar no rio Ave, no concelho de Santo Tirso.
Junta de Castelões denunciou descargas
Autarquia relança campanha “Todos por Todos” Três toneladas de alimentos e 2500 euros em donativos era, até ao fim da semana passada, o saldo da atuação da campanha solidária lançada pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, em junho, com o envolvimento das comissões sociais inter-freguesias do concelho. Com o objetivo de acudir às necessidades das famílias famalicenses afetadas com a pandemia de Covid-19, a campanha “Todos por Todos” mobilizou “particulares, empresas e o comércio local” do concelho, num esforço coletivo que permitiu ajudar “mais de cem famílias”, anunciou a autarquia, num comunicado que quis assinalar o relançamento da campanha, na semana em que se assinalou o Dia Internacional da Erradicação da Pobreza (17 de outubro). “A iniciativa estimula o espírito de solidariedade dos famalicenses e beneficia toda a comunidade local, numa lógica de economia solidária e enquadrando-se no Plano de Reação Epidémica e de Intervenção Social e Económica do município, como forma de contribuir para a mitigação das consequências da pandemia da Covid 19”, sublinhou a autarquia. As contribuições para a campanha podem ser feitas em forma de donativos financeiros ou bens adquiridos, nos quase 60 estabelecimentos comerciais aderentes, espalhados pelo concelho e identificados com a imagem associada à iniciativa “Todos por Todos”.
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Santo Tirso, Maia, Valongo e Matosinhos unem-se para dar nova vida ao Leça Santo Tirso juntou-se à Maia, Matosinhos e Valongo para recuperar o Rio Leça. As quatro câmaras municipais anunciaram, recentemente, a criação, para breve, de uma nova associação de municípios vocacionada para promover atividades de valorização, promoção e defesa daquele recurso hídrico. Com uma orçamentação prevista de 28 milhões de euros, a “Corredor Verde do Leça – Associação de Municípios”, resulta de um já amplo “trabalho intermunicipal, que permitiu a elaboração do plano estratégico, que conta com 17 parceiros identificados na esfera pública, científica, cultural e local”, revelou a autarquia da Maia, em comunicado. Para o presidente desta edilidade, António Silva Tiago, a criação da nova associação é reveladora da “vontade de todos na recuperação do rio”. “ Esta é uma oportunidade única que temos de saber aproveitar. Temos feito um trabalho comum de grande seriedade que nos permite encarar com fundado otimismo
o futuro do Leça”, acrescentou. Entretanto, já arrancou uma intervenção no troço do rio, entre a Ponte de Moreira e Ponte da Pedra, com ligação a Picoutos, num percurso de 6,9 quilómetros. Estão previstas mais duas ações, numa extensão de 18 quilómetros, com vista à “completa despoluição do curso fluvial e para a valorização paisagística das margens do rio, transformando-as numa área de lazer e devolvendo-as à fruição da população”, detalhou, por sua vez, a Câmara Municipal de Matosinhos. Novas pontes pedonais, passadiços e sete quilómetros de ciclovia fazem parte dos objetivos deste projeto de reabilitação, que privilegiará o melhoramento da visibilidade do rio e dos seus focos de poluição, promovendo um maior contacto com a natureza e novas oportunidades de mobilidade junto ao rio. Os autarcas dos quatro municípios já realizaram reuniões de trabalho, uma das mais recentes aconteceu no Centro Empresarial da Lionesa, em Leça do Balio, Mato-
sinhos, para delinearem estratégias. O Rio Leça nasce em Monte Córdova, concelho de Santo Tirso, e tem 44,8 quilómetros de comprimento no seu curso de água principal. Passa por Refojos de Riba de Ave, Lamelas, Reguenga, Agrela e Água Longa, no município tirsense, Alfena e Ermesinde, no concelho de Valongo e Maia até desaguar no Porto de Leixões, em Matosinhos. Atravessando uma região com intensa atividade industrial, o rio foi, ao longo dos anos, afetado com vários focos de poluição, que degradou a qualidade da água e dos sistemas biológicos, chegando ser apontado como um dos rios mais poluídos da Europa. Desde 2016, que um grupo de grupo de trabalho, constituído por elementos dos municípios de Matosinhos, Maia, Valongo e Santo Tirso, tem vindo a trabalhar na consolidação, estratégia e definição de um plano para o corredor do Leça. O JA tentou contactar a autarquia de Santo Tirso, mas não obteve resposta em tempo útil.
Bloquistas pressionam Governo a tomar medidas sobre descargas no Rio Pele Depois de denúncias feitas pela Junta de Freguesia de Castelões acerca de “dois episódios de descargas”, o grupo parlamentar do Bloco de Esquerda questionou o Governo sobre “a poluição no Rio Pele, em Vila Nova de Famalicão”. Das denúncias, datadas de “18 de junho e 13 de outubro”, feitas por esta autarquia “ao SEPNA da GNR e à Câmara Municipal”, ainda não há “resultados” conhecidos, sublinham os deputados bloquistas eleitos por Braga, José Maria Cardoso e Alexandra Vieira. “E as descargas continuam a acontecer”, referem os deputados que, no documento entregue na Assembleia da República, assumem a urgência da “identificação e eliminação dos focos de poluição e a punição dos poluidores, de forma a evitar estes episódios, bem como proceder à reabilitação do rio para proteger o ecossistema”.
“Que medidas vai o Ministério do Ambiente e da Ação Climática tomar para garantir a identificação das entidades poluidoras, a sua responsabilização, a cessação dos focos poluidores e a despoluição da linha de água afetada”, questionam os deputados, que querem ainda saber que medidas a tutela “assumiu ou vai assumir, eventualmente em articulação com o Município de Vila Nova de Famalicão, para acabar com as descargas poluidoras e garantir a boa qualidade do Rio Pele e de toda a bacia hidrográfica do Rio Ave”. Com uma extensão aproximada de 22 quilómetros, o Rio Pele é um dos principais afluentes do Rio Ave, nascendo na freguesia de Oleiros, atravessa as freguesias de Vermil, Santa Maria de Airão, no concelho de Guimarães, e as freguesias de Joane, Pousada de Saramagos, Castelões, no concelho de Vila Nova de Famalicão, até desaguar no rio Ave, no concelho de Santo Tirso.
Junta de Castelões denunciou descargas
Autarquia relança campanha “Todos por Todos” Três toneladas de alimentos e 2500 euros em donativos era, até ao fim da semana passada, o saldo da atuação da campanha solidária lançada pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, em junho, com o envolvimento das comissões sociais inter-freguesias do concelho. Com o objetivo de acudir às necessidades das famílias famalicenses afetadas com a pandemia de Covid-19, a campanha “Todos por Todos” mobilizou “particulares, empresas e o comércio local” do concelho, num esforço coletivo que permitiu ajudar “mais de cem famílias”, anunciou a autarquia, num comunicado que quis assinalar o relançamento da campanha, na semana em que se assinalou o Dia Internacional da Erradicação da Pobreza (17 de outubro). “A iniciativa estimula o espírito de solidariedade dos famalicenses e beneficia toda a comunidade local, numa lógica de economia solidária e enquadrando-se no Plano de Reação Epidémica e de Intervenção Social e Económica do município, como forma de contribuir para a mitigação das consequências da pandemia da Covid 19”, sublinhou a autarquia. As contribuições para a campanha podem ser feitas em forma de donativos financeiros ou bens adquiridos, nos quase 60 estabelecimentos comerciais aderentes, espalhados pelo concelho e identificados com a imagem associada à iniciativa “Todos por Todos”.
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// Vila Nova de Famalicão
Dois feridos em acidente em Arnoso Santa Maria Na madrugada desta quarta-feira, 21 de outubro, duas pessoas ficaram feridas na sequência de um despiste na Avenida Conde de Arnoso, freguesia de Arnoso Santa Maria. O alerta chegou ao quartel dos Bombeiros Voluntários Famalicenses cerca das 00h10, dando conta de que duas pessoas estavam encarceradas no interior da viatura sinistrada. A corporação mobilizou três veículos e dez elementos, tendo contado com o apoio diferenciado da equipa do INEM da Viatura Médica de Emergência e Reanimação. Os feridos foram transportados para a unidade de Vila Nova de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave. A GNR tomou conta da ocorrência.
F eridos foram transportados para a unidade de
União de Lemenhe, Mouquim e Jesufrei lança projetos para o futuro
de
Famalicão do CHMA
// Santo Tirso
A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão está a elaborar um projeto que visa a requalificação do edifício da Junta de Freguesia de Mouquim e zona envolvente. A boa-nova chegou na semana passada, numa visita de trabalho que o presidente da autarquia, Paulo Cunha, fez pela união de freguesias de Lemenhe, Mouquim e Jesufrei. Esta obra é, segundo a Câmara Municipal, “muito desejada para o futuro” e segue-se ao lançamento das obras de requalificação do adro da igreja de Lemenhe, e da intervenção no alargamento da Estrada Municipal 571/1, em Jesufrei. Durante o périplo que fez pelas três localidades, juntamente com o presidente da Junta, Carlos Alberto Fernandes, e com o vereador das Freguesias, Mário Passos, o edil famalicense destacou o trabalho da Junta, que, “com o apoio do município, tem desenvolvido um trabalho de grande mérito, promovendo o crescimento harmonioso destas freguesias”. A rede viária tem sido uma das apostas e nestes últimos anos já foi requalificada quase uma dezena de ruas e arruamentos.
Vilarinho com mais cinco ruas pavimentadas
Jorge Faria acredita que será possível terminar com as ruas de terra em Vilarinho Tem andado pelas freguesias a atestar o resultado das empreitadas resultantes do subsídio atribuído pela Câmara Municipal às juntas de freguesia e, desta vez, passou por Vilarinho. Alberto Costa, presidente da autarquia de Santo Tirso, diz-se satisfeito com o trabalho feito para acabar com as ruas em terra. “Iniciámos em junho um périplo pelas 14 freguesias para perceber se a estratégia que a Câmara gizou com os presidentes de junta foi a mais acertada. Vilarinho tem já cinco ruas terminadas e, como deu para perceber pela visita que fizemos, o dinheiro está a ser muito bem investido, pelo que esta é, seguramente, uma aposta ganha”, afirmou o edil. Num discurso em que reitera a estratégia do município de trabalhar “em rede”, neste caso, com as juntas de freguesia, Alberto Costa justificou que estas “estão perto da
população e conhecem bem os problemas do dia a dia”. Numa toada de reciprocidade, Jorge Faria, presidente da Junta de Freguesia de Vilarinho, admitiu que acredita que, “com esta forma de trabalhar do presidente Alberto Costa”; será possível “terminar com as ruas em terra em Vilarinho”. “É um grande esforço financeiro por parte da Câmara mas penso que vale a pena”, acrescentou. Em Vilarinho, estão concluídas as intervenções na Rua de Quintão aos Carvalhos da Lamela, na Travessa Carvalhos do Monte e ainda um troço da Calçada Carvalhos do Monte, da Rua da Fontinha e da Rua de S. Silvestre. Estão ainda a iniciar as obras na Calçada de Santa Iria, Rua do Clipal e na Travessa de Paradela. Este plano de pavimentações abrange todo o território do concelho de Santo Tirso, numa extensão de 20 quilómetros, através de um investimento municipal de cerca de dois milhões de euros.
Câmara comparticipa beneficiação de ruas e antiga escola do Louro Desde o início do ano, a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão já investiu perto de 100 mil euros em obras de beneficiação da rede viária, na freguesia do Louro. O melhoramento das vias tem sido uma das grandes apostas da autarquia, que procura assim melhorar a qualidade de vida da população, aumentando a segurança de peões e automobilistas. O presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, visitou, a 7 de outubro, a freguesia acompanhado pelo vereador das freguesias, Mário Passos, e pelo presidente da Junta, Manuel Silva, tendo visitado também a antiga escola de Armental, que vai ser intervencionada. A obra vai, igualmente, contar com comparticipação por parte da autarquia.
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Atualidade // Santo Tirso
Mc Donald’s abre restaurante em Santo Tirso Era um desejo conhecido dos tirsenses e cumpriu-se este ano, num investimento privado de cerca de um milhão de euros, inserido no plano de modernização das antigas instalações da Fábrica do Arco. A Mc Donald's abriu o primeiro restaurante na cidade de Santo Tirso, criando 50 postos de trabalho e apresentando o conceito mais moderno da empresa em Portugal. Para Regina Alves, franquiada da Mc Donald's há 24 anos, este foi a “realização de um sonho dos tirsenses e da própria marca”, que “há muito tempo” tinha Santo Tirso como “localização pretendida”. “(O concelho) merecia ter um Mc Donald's. E eu tive oportunidade de sentir o entusiasmo das pessoas durante o período da obra, sempre a perguntarem quando abria. Finalmente, chegou o dia”, contou a responsável pelo restaurante, que abriu portas ao meio-dia de 15 de outubro. Com oportunidade de conhecer, por dentro, todo o funcionamento do restaurante, o presidente da Câmara Mu-
E stabelecimento criou 50 postos de trabalho
nicipal de Santo Tirso apadrinhou a inauguração do espaço e desejou que o sucesso do negócio se reflita na vitalidade económica do concelho e qualidade de vida da população. “Grande parte dos tirsenses esperavam por este dia. O Município fez deste restaurante um projeto de interesse municipal, que implicou um investimento de cerca de um milhão de euros e criou 50 postos de trabalho”, sublinhou Alberto Costa, destacando ainda a particularidade de o espaço estar localizado na “nova centralidade” da cidade e onde se prevê que, no futuro, envolva um total de “40 milhões de euros de investimento” e crie “500 postos de trabalho”. Com uma decoração inovadora, o restaurante Mc Donald's de Santo Tirso conta com os quiosques multimédia, onde se pode fazer o pedido e o pagamento, e os serviços de MC Café e MC Drive, com medidas de segurança e higiene reforçadas, devido à pandemia de Covid-19.
Serviço de entregas Glovo disponível em Santo Tirso O aplicação Glovo, que permite comprar, e solicitar entregas de produtos ao domicílio, começou a operar em Santo Tirso, a 15 de outubro. A cidade tirsense é a mais recente aposta da startup espanhola. Na fase inicial, o horário de funcionamento de entregas será entre as 12h00 e as 23h00, todos os dias. Segundo a empresa, já são 15 os estabelecimentos associados à Glovo, mas, em breve, deverão ficar disponíveis mais quatro.
Ricardo Batista, country manager da Glovo em Portugal, afirma que “o concelho de Santo Tirso, representante mais de 70 mil habitantes, é mais um marco na expansão da operação a nível nacional”. “Sendo um concelho rico na oferta gastronómica como é apanágio das várias regiões portuguesas, esperamos, juntamente com todos os nossos parceiros, poder levar aos tirsenses as propostas gastronómicas que mais desejam, oferecendo-lhes comodidade e conveniência no dia a dia”, destacou.
O serviço prestado através desta aplicação para telemóvel permite aos estabelecimentos de restauração que não dispõem de serviço próprio de entregas, oferecer agora as suas propostas gastronómicas no serviço ao domicílio, através da Glovo. Para além de comida, a aplicação entrega “Qualquer coisa” na condição de que o pedido seja efetuado numa zona geográfica onde a plataforma está presente e desde que o produto caiba na mochila do estafeta.
Águas do Norte conclui empreitadas em Santo Tirso Mais de duas mil pessoas das freguesias de Água Longa, Monte Córdova, Reguenga e Agrela e União de Freguesias de Carreira e Refojos de Riba de Ave vão ser beneficiadas com a nova rede de drenagem de águas residuais concluída, recentemente, no município de Santo Tirso, pela Águas do Norte. O número é apresentado pela empresa concessionária, que adianta ainda que a empreitada incluiu a construção de uma rede de “25 quilómetros” e “o prolongamento em cerca de 900 metros do intercetor do rio Leça, em Monte Córdova”. “Foi igualmente possível a instalação de 850 ramais de ligação ao coletor de águas residuais, que terá como destino final a ETAR de Água Longa”, acrescenta a empresa, em nota informativa.
No concelho de Santo Tirso está “em fase de conclusão”, a construção das redes de drenagem do sistema de águas residuais de Rabada e de Lordelo/Aves, que abrangem as freguesias de Areias, Lama, Sequeirô, Burgães, Rebordões, S. Tomé de Negrelos, Vila das Aves e Roriz (com destino na ETAR de Rabada), e das freguesias de Roriz, S. Mamede de Negrelos, S. Salvador do Campo, S. Martinho do Campo e Vilarinho, cujo efluente será tratado na ETAR de Lordelo. “A empreitada inclui a construção de rede de saneamento de águas residuais, em baixa, com uma extensão de 35.000 metros, permitindo ainda a instalação de cerca de 1250 ramais de ligação ao coletor de águas residuais e o con-
sequente alargamento do serviço de saneamento prestado pela Águas do Norte a mais cerca de 3300 habitantes residentes nas referidas freguesias”, detalhou a empresa. O investimento nestas empreitadas rondam os “cinco milhões de euros”, dos quais quase 60 por cento são comparticipados por fundos comunitários e o restante pela Câmara Municipal de Santo Tirso. As ligações à rede de saneamento são gratuitas, para todos os ramais domiciliários que não ultrapassem os 20 metros de extensão entre a rede pública de saneamento e o limite de cada propriedade.
Autarquia financia esterilização de animais de companhia Até 27 de novembro, a Câmara Municipal de Santo Tirso tem a decorrer uma campanha de esterilização de animais de companhia, numa medida que está acessível a toda a população do concelho. A campanha é gratuita e para aceder ao serviço, os interessados devem contactar o canil municipal, através do contacto telefónico 252 856 292. A esterilização, que pode ser feita em cães e gatos saudáveis, com mais de seis meses, e cujos proprietários sejam residentes no concelho de Santo Tirso, vão realiza-se de segunda a domingo, du-
rante a parte da manhã. “Entendemos que a esterilização é uma das mais importantes medidas de proteção da vida animal e esta campanha é um sinal claro de que a autarquia está empenhada em promover políticas ativas nesta área”, sublinhou o presidente da autarquia, Alberto Costa, numa alusão às iniciativas que têm sido levadas a cabo, como a campanha de adoção e sessão de esclarecimento junto dos agentes da proteção civil e juntas de freguesia. Campanha é gratuita
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// Vila Nova de Famalicão
Nova incubadora Made IN estimula a sustentabilidade Está localizada no CIIES – Centro de Investigação, Inovação e Ensino Superior, em Vale S. Cosme, e a sua função é dar condições para que as startups acolhidas possam prosperar num “ecossistema potenciador de inovação” e garantir um futuro de sustentabilidade. Recetiva a receber novos inquilinos - as candidaturas estão abertas a partir do portal www.famalicaomadein.pt – a nova incubadora surge entre valências como o novo Centro Tecnológico das Carnes, o Instituto Politécnico do Cávado e do Ave e o laboratório de formação, investigação e conhecimento da Universidade do Minho. Na inauguração do espaço, esta terça-feira, 20 de outubro, Paulo Cunha, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, referiu que o objetivo da incubadora é “estimular o surgimento de projetos que sejam sustentáveis”, mas também que os projetos que ali nasçam “ajudem à sustentabilidade de outras empresas”. “Infelizmente, sabemos que muitos projetos empresariais provocarão o esgotamento dos recursos naturais e nós temos que combater esta tendência criando no mercado condições para que os proje-
tos empresariais possam conviver com esses mesmo recursos naturais assegurando a longevidade dos mesmos”, postulou. A rede Incubadora Famalicão Made IN pertence à Rede Nacional de Incubadoras e pretende fixar, apoiar e promover novos negócios que acrescentem valor à já sólida indústria do concelho, no sentido de robustecer a economia local com projetos inovadores, competitivos e com vocação internacional, capazes de promover e incentivar o emprego qualificado, contribuindo para a afirmação de Famalicão como um ecossistema que facilita e promove o desenvolvimento empresarial. Um dos pilares deste ecossistema é a Rede Famalicão Empreende, cujas entidades que a compõem – locais, regionais e nacionais - podem dar o melhor acompanhamento nas áreas da qualificação, inovação, investigação, internacionalização e financiamento às startups incubadas. Algumas das vantagens da rede Incubadora Famalicão Made IN é o facto de estar acreditada pelo IAPMEI para prestação de serviços de incubação; fomentar e potenciar oportunidades de negócio
Paulo Cunha referiu que o objetivo da incubadora é estimular o surgimento de projetos que sejam sustentáveis junto de parceiros empresariais; presta acompanhamento em processos de internacionalização de startups, entre outros benefícios. A inauguração da incubadora dedicada à sustentabilidade surge no contexto de comemoração do 6.º aniversário do projeto Fa-
malicão Made In, a grande aposta do Município para promover o crescimento económico e social do concelho, através da promoção de um contexto municipal facilitador da iniciativa empresarial. O município tem mais duas incubadoras, uma localizada no polo
da Riopele, dedicada aos serviços para a indústria, e outra situada no polo Edifício Globus dedicada aos serviços gerais. No total, as duas incubadoras já receberam a instalação de 33 startups, que criaram 54 postos de trabalho.
Uma mercearia à antiga para “cuidar” do futuro Uma loja à antiga, com pensamento novo. É assim que se caracteriza a Mercearia da Vila, uma loja que disponibiliza ao público produtos a granel e biológicos e uma variedade de produtos ecológicos e naturais. CÁTIA VELOSO
Abriu portas em janeiro deste ano, na loja 5 da Rua Júlio de Araújo, perto da antiga Igreja Matriz de Vila Nova de Famalicão, num projeto de Catarina Silva, formada em criminologia, mas com sentido apurado para a alimentação saudável e sustentável. Nasceu assim o conceito da Mercearia da Vila, onde se pode comprar a granel todo o tipo de alimentos naturais, como cereais, leguminosas, chás e infusões, especiarias e frutos secos, e opções sustentáveis como champôs sólidos, óleos essenciais e detergentes ecológicos, também a granel, que utilizam óleo alimentar usa-
do como matéria-prima principal e que são altamente biodegradáveis, e produtos em bambu. Há ainda opções menos conhecidas, como por exemplo filtro de carvão ativo, para “purificar” o sabor da água da companhia, panos de seda que são uma alternativa à película aderente, ou kombucha, uma bebida natural feita à base de chá verde e chá preto fermentado. A venda é feita em modo self-service, ou seja, o cliente retira a quantidade que deseja de qualquer produto. “Cada um leva o que precisa. Evita-se o desperdício e fomenta-se o consumo de produtos bons para a saúde e para o ambiente”, justifica Catarina Silva. Apesar da pandemia, que podia ter sido fatal para um negócio acabado de nascer, a Mercearia da Vila resistiu, graças à “valorização do comércio de proximidade”, durante o confinamento.
A pesar da pandemia a M ercearia da Vila resistiu graças à valorização do comércio de proximidade Paulo Cunha, presidente da autarquia de Vila Nova de Famalicão, fez uma visita à loja, no âmbito do Roteiro pela Inovação, e elogiou o
conceito. “É um projeto pleno de virtudes. Aqui compra-se o que é preciso e aposta-se em produtos de qualidade e em compras
na quantidade certa. Defende-se o consumidor e protege-se o meio ambiente. Um bom exemplo para o futuro”, sublinhou.
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Atualidade
Famalicão reforça laços para “projetos concretos” com Fort Collins Vila Nova de Famalicão assina, esta quinta-feira, 22 de outubro, um memorando de entendimento com a cidade norte-americana de Fort Collins, num prolongamento da “relação de parceria” firmada há dois anos, com o Programa Internacional de Cooperação Urbana (IUC), da Comissão Europeia. A assinatura decorre durante a International Week 2020, que decorre no concelho famalicense até 24 de outubro, e é o “ponto alto” da iniciativa. “Entre outros trabalhos, as duas cidades comprometem-se a manter o diálogo sobre os temas de cooperação abordados no âmbito
// Vila Nova de Famalicão
ficar oportunidades de financia- a 19 de outubro, com o webinar mento externo para a cooperação “Sobre o Palco – Internacionalizaem áreas de mútuo interesse que ção das Artes Performativas”, tenpoderá passar pela participação do ainda sido palco do debate soconjunta em conferências, visitas bre “Interculturalidade em Famatécnicas, entre outras atividades”, licão: conquistas e oportunidades de integração”, no dia 21. No últiexplicita a autarquia. Augusto Lima, vereador do pe- mo dia do evento, 24 de outubro, louro da Internacionalização do o tema centra-se nos “Famalicenmunicípio, explicou que o refor- ses no Mundo: rede de valor(es)”. ço da parceria segue “a lógica” O objetivo da International Week do que tem sido feito nos últimos é “fortalecer e dar visibilidade à anos com outras cidades. Neste dinâmica de internacionalização caso, sublinha, Fort Collins tem do município famalicense, bem “muito em comum” com Vila Nova como reforçar os laços institucioFort Collins inspirou- se no sofá amarelo da cidadania de Famalicão de Famalicão e esta parceria per- nais entre representantes da audo Programa IUC – nos domínios conhecimento sobre planeamen- mite “passar da fase de partilha tarquia local, do tecido empreda mobilidade de baixo carbono, to, políticas, boas práticas, avan- de boas práticas para a imple- sarial, da academia e responsáparticipação social e parcerias e ços e resultados nas várias áreas mentação de projetos concretos”. veis diplomáticos”, detalhou o A International Week começou município. economia circular -, a partilhar de trabalho conjunto e a identi-
Ação de limpeza do monte de S. Miguel-o-Anjo antecede ações de preservação do património “Dar um sinal à comunidade da importância de manter o território limpo de forma a preservar e valorizar o património natural e cultural”. Foi este o objetivo da ação de limpeza e remoção de lixo, que decorreu no Monte de S. Miguel-o-Anjo, a 17 de outubro, protagonizada por elementos de vários serviços do município de Vila Nova de Famalicão, responsáveis da União de Freguesias de Famalicão e Calendário e membros da Associação de Moradores da Cal. Leonel Rocha, vereador da Cultura da autarquia famalicense, esteve presente na atividade e mostrou-se satisfeito com a “união de esforços”, não deixando, po-
rém, de lamentar “a atitude dos cidadãos que depositaram lixo, incluindo monstros domésticos num espaço de grande riqueza ambiental e patrimonial”. O terreno, com cerca de 80 mil metros quadrados, foi adquirido pela autarquia em 2017, com o objetivo de salvaguardar e preservar este património, permitindo o estudo e a investigação sobre o passado histórico daquele local, classificado como imóvel de interesse público desde 1990, por acolher as ruínas de um povoado fortificado cujos achados arqueológicos apontam para uma datação que se situa entre o séc. I a.C. e o séc. I d.C..
Neste âmbito, a autarquia está a elaborar um plano estratégico com um conjunto de ações, donde sobressai a prospeção arqueológica do local e respetivo levantamento topográfico. Mas, para já, estão a ser desenvolvidos trabalhos, que permitirão disponibilizar em breve um espaço verde, cuidado e qualificado ao serviço da população. Localizado num pequeno outeiro que se destaca do vale, o Castro de S. Miguel-o-Anjo goza de uma ampla vista em todo o seu redor. Da sua plataforma central (acrópole), usufrui-se de um domínio visual privilegiado sobre a cidade de Vila Nova de Famali-
Paulo Cunha contra o aumento da Taxa de Gestão de Resíduos Numa carta enviada ao ministro do Ambiente e da Ação Climática, o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, mostrou o “desagrado e desacordo” à medida aprovada em Conselho de Ministros para “o aumento do valor da Taxa de Gestão de Resíduos de 11 para 22 euros, a
ser cobrado a partir de janeiro de 2021”. Na missiva dirigida a João Pedro Matos Fernandes, o autarca considera a medida “inoportuna”, tendo em conta a “atual pandemia”, já que “tanto os municípios, como os cidadãos ou até as empresas estão penalizados pelo
acréscimo das despesas decorrentes da mesma”. “Para este tipo de tomadas de decisão deveriam os municípios ser consultados, individualmente ou através da Associação Nacional de Municípios Portugueses, o que não aconteceu”, defendeu Paulo Cunha, que considera o aumento da taxa “desproporcional”.
L eonel Rocha
mostrou - se satisfeito com a união de esforços
cão, o Monte do Facho e de quase todo o concelho; quando as condições atmosféricas são favoráveis
também são visíveis os concelhos vizinhos (Trofa, Santo Tirso, Guimarães e Vila do Conde) e o mar.
Desta forma, continua o edil famalicense, “dá-se mais um passo para diminuir o poder de compra dos cidadãos e aumentar a carga fiscal ao setor empresarial”. Não colocando em causa a intenção de “incentivar a redução da produção de resíduos e a separação e reciclagem de materiais”, Paulo Cunha aponta “um maior investimento em campanhas de sensibilização e fiscalização” como caminho alternativo ao aumento do imposto, medida que “só será adequada após se esgotarem as medidas de apoio à recolha dos
diferentes tipos de resíduos”. “A título de exemplo, cerca de 40 por cento dos resíduos indiferenciados são respeitantes a biorresíduos e refira-se que vários municípios do Vale do Ave submeteram candidaturas de apoio à recolha deste tipo de resíduos e as mesmas não foram aceites. Atualmente, em Vila Nova de Famalicão, faz-se esta recolha com meios próprios porque se considera que esta medida será mais eficaz na redução de resíduos que seguem para aterro”, sublinhou Paulo Cunha.
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// Santo Tirso
Balanço positivo no encerramento do “Santo Tirso Empreende” Chegou ao fim o projeto “Santo Tirso Empreende”, que deu ao mercado português 18 novas ideias de negócio, criadas e germinadas no concelho. O projeto envolveu um investimento municipal de “400 mil euros”. CÁTIA VELOSO Com duas edições, esta espécie de escola de empreendedorismo montada na Fábrica de Santo Thyrso ajudou pessoas a desenvolverem novos projetos em áreas relacionadas com a moda, o design de moda e o turismo. A Bebé de Algodão, marca de vestuário que tem como core business a criação de uniformes confortáveis para bebés, ficou em 2.º lugar na primeira edição do Santo Tirso Empreende, em 2018. A “mãe” da ideia é uma fisioterapeuta que nunca antes tinha contactado com as áreas do design e da moda. Por isso, ressalta Ana Lopes, a oportunidade que agarrou com este projeto foi essencial para o sucesso da marca. “Foi muito bom partir daqui. A segunda fase do Santo Tirso Empreende permitiu-me ter coaching na área do design e da moda e também da parte do empreendedorismo, para perceber como funciona a dinâmica de um negócio e a gestão de uma empresa”, referiu, durante a conferência que marcou o encerramento do projeto, a 8 de outubro. Já a fase final do projeto, o período de incubação na FáA s duas edições do Santo T irso E mpreende contaram com a participação de 122 empreendedores brica de Santo Thyrso com “todos os materiais, espaços e equipamentos disponíveis”, permitiu a Ana Lopes “cor- a “promoção do empreendedorismo”, estratégia que já riscar e de conquistar o espaço a que têm direito no merresponder às expectativas dos clientes e concluir as en- envolveu um investimento municipal de “800 mil euros”. cado”, frisou João Borga, que referiu que “todos, quer secomendas”. “Queremos continuar a desenvolver, reforçar e dinamizar jam pequenas empresas ou grandes organizações, estão Em dois anos, congratulou-se Ana Lopes, a Bebé de Al- o ecossistema empreendedor de Santo Tirso”, sublinhou a olhar para maneiras de fazer a mesma coisa de forma godão já conseguiu “fidelizar clientes” e internacionali- o presidente da autarquia, Alberto Costa, agradado por mais rápida, barata e melhor”. zar-se, entrando no mercado luxemburguês. O diretor da Startup Portugal assinalou ainda a “expotestemunhar “todos os casos de sucesso que saíram do O Santo Tirso Empreende partiu de uma candidatura ao Santo Tirso Empreende e perceber a interação que tem sição do mercado internacional”. “Se eu for português esprograma de empreendedorismo do Norte 2020, que foi vindo a ser criada entre as grandes indústrias, as peque- tou em exato pé de igualdade com alguém que seja inglês, aprovada em 2017. Nas duas edições contou com a parti- nas e médias empresas e os empreendedores”. “Por um para exportar para o mercado inglês, porque toda a gente cipação de 122 empreendedores e 78 projetos e destes lado, é uma importante fonte de dinamização económica está a fazer negócios em versão online, toda a gente está foram selecionados 18 novas ideias de negócio, que usu- e, por outro, uma forma de atração de novos investimen- a encontrar novos clientes, fornecedores e serviços atrafruíram de programas de incubação na Fábrica de San- tos, o que é muito vantajoso”. vés de reuniões pelo Zoom, convites pelo LinkedIn, etc. to Thyrso, que incluíram workshops especializados, sesOlhar para a situação pandémica em que vivemos so- Isso é único, não sabemos quanto tempo vai durar, mas sões de coaching direcionadas para competências trans- bre o prisma da oportunidade foi um dos conselhos deixa- está a acontecer e os empreendedores têm de aproveitar versais à gestão de negócios, consultoria especializada, dos pelo diretor da Startup Portugal, que também marcou essas oportunidades”. informação sobre apoios financeiros e elaboração de um presença na conferência final do “Santo Tirso EmpreenO empreendedorismo no feminino e o futuro do emPlano de Negócios. de”. “Este é o momento em que aparecem as grandes star- preendedorismo foram alguns dos temas apresentados Face aos resultados obtidos com este programa, o mu- tups, aquelas que vêm mudar pequenas coisas, que serão durante a conferência final do projeto, que contou ainda nicípio de Santo Tirso mantém a estratégia de priorizar coisas muito grandes no mundo. Este é o momento de ar- com a participação da estilista Katty Xiomara.
Câmara lança concurso de receitas para turmas do pré-escolar e 1.º ciclo No Dia Mundial da Alimentação Saudável, assinalado a 16 de outubro, a Câmara Municipal de Santo Tirso lançou um concurso de receitas destinado às turmas do pré-escolar e do 1.º ciclo do concelho. O objetivo é “continuar a promover hábitos de alimentação saudável junto dos mais novos”, esclarece a autarquia, que desafia cada turma a apresentar um vídeo em que seja confecionada uma receita que inclua hortofrutícolas. A submissão das receitas decorre até 6 de novembro através do email de@cm-stirso.pt. As sete vencedoras serão apresentadas no facebook do Município. Para Alberto Costa, presidente da Câmara Municipal de
Santo Tirso, este concurso “é mais uma forma de chamar à atenção das crianças para a importância de fazer boas escolhas alimentares”. “Desde que, em 2018, lançámos o Programa Crescer para Cima, temos realizado um conjunto de iniciativas, junto das escolas do concelho, por forma a incentivarmos o consumo de hortofrutícolas e desencorajarmos a ingestão de alimentos processados, com excesso de açúcar, sal ou gordura”, sustentou. Durante o período de confinamento, foi lançada, nas redes sociais do Município, a rubrica “Receitas em família”, com o intuito de promover, junto das famílias, o hábito de cozinhar com opções alimentares saudáveis.
O objetivo do concurso é
promover hábitos saudáveis
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Arrancaram obras que vão revolucionar centro urbano de Famalicão Já estão no terreno as obras que prometem revolucionar a mobilidade no coração da cidade de Vila Nova de Famalicão. “Um novo Centro. Uma Nova Cidade” é o slogan do projeto de reabilitação da zona urbana, que encerra “um dos maiores investimentos públicos de sempre” nesta área, neste concelho: mais de oito milhões de euros estão canalizados para fazer da cidade “mais amiga das pessoas, do ambiente e do comércio de proximidade”, assinalou a Câmara Municipal, em comunicado. “A empreitada vai abranger todo o quarteirão urbano localizado entre as praças D. Maria II e Mouzinho de Albuquerque e ruas adjacentes, dotando-as de mais e melhores zonas sociais e, simultaneamente, de mais espaços para peões e para os modos de transporte suaves”, descreve a autarquia, que ressalva os “inevitáveis constrangimentos e perturbações no dia a dia dos famalicenses” que as obras, com duração de cerca de um ano, vão provocar. Paulo Cunha, presidente da edilidade, considera que, neste aspeto, “o sucesso desta intervenção depende desde logo da compreensão dos cidadãos, particularmente dos que vivem e trabalham na zona de influência da obra em execução”. “Mas todos estes transtornos e inconvenientes vão resultar num enorme ganho pelo retorno que a obra vai trazer ao concelho, muito particularmente à cidade de Famalicão”, assegurou. A empreitada vai, segundo Paulo Cunha, “criar condições para que o comércio de proximidade funcione melhor” e para que a mobilidade se faça com “mais segurança”. Desta forma, defende, criam-se “melhores condições para que a cidade seja mais desfrutada, não só pelos que lá vivem e trabalham, mas também para que seja cativante para que muitos a possam visitar”. “Trata-se de um projeto de excelência que permitirá construir naquela zona uma área muito qualificada para o futuro do nosso concelho”, explica ainda Paulo Cunha, lembrando que a intervenção, inserida no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano, foi tema de uma ampla participação pública, tendo o projeto final contado com o contributo dos famalicenses. “É um projeto arrojado, que consideramos que vai de encontro àquilo que é a vontade dos famalicenses desde os comerciantes aos cidadãos, às pessoas que vivem na zona da cidade e a todos que a frequentam”. No imediato, a intervenção vai originar o encerramento dos parques de estacionamento das praças D.ª Maria II e Mouzinho de Albuquerque e da Rua do Ferrador. Como alternativa, há os parques de estacionamento gratuito do atual campo da feira (encerrado apenas às quartas-feiras) e dos parques, também gratuitos, localizados nas duas en-
“Um novo centro, uma nova cidade” é o slogan do projeto de reabilitação tradas principais do Parque da Devesa (junto à Central de te, e Mouzinho de Albuquerque, com 184 lugares de esCamionagem e junto ao CITEVE). Para além destes, exis- tacionamento gratuito, mais quatro do que os existentes. A partir da conclusão do conjunto de intervenções será te ainda a opção pelo parque de estacionamento pago sientão possível aos famalicenses e visitantes da cidade tuado junto aos Paços do Concelho. Em linhas gerais, a intervenção vai permitir a amplia- deixarem as suas viaturas a escassos metros do centro e ção para norte e para sul, da Praça D. Maria II, com a su- vivenciarem o espaço público de forma pedonal e social. pressão ao trânsito automóvel dos dois topos, e a requali- “É todo um novo paradigma urbano que vai ser potenciaficação de todas as artérias envolventes que terão um per- do no núcleo central de Vila Nova de Famalicão que perfil único de circulação partilhada, com prioridade para o mitirá a fruição do espaço público com uma qualidade de peão. A Praça Mouzinho de Albuquerque, corresponden- vida muito superior à existente”, sublinhou Paulo Cunha. A obra tem comparticipação do Norte 2020, através do te ao antigo Campo da Feira, uma área muito degradada da cidade, será toda ela renovada com organização da programa FEDER - Fundo Europeu de Desenvolvimenárea de estacionamento e valorização da margem ribei- to Regional. rinha do Rio Pelhe. Os efeitos esperados são a melhoria da qualidade de CITAÇÃO vida das populações residentes, uma maior atratividade da cidade, reforço da rede pedonal e ciclável complementada com o uso de transportes públicos, melhoria amUm centro urbano mais atrativo, sustentável e acessíbiental e qualificação dos espaços de utilização pública. vel, com mais mobilidade, mais comércio, mais estacioAs pessoas ganham espaço, os carros perdem terreno, namento, mais ambiente, mais segurança e mais vida mas permanecem e o estacionamento, em igual número ao existente, passa a estar organizado e concentrado nos Paulo Cunha, presidente da Câmara dois parques situados no centro, na Praça D. Maria II, com de Vila Nova de Famalicão 107 lugares de estacionamento tarifado, como atualmen-
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Autarquia indica zonas de estacionamento para substituir espaços em obra Na sequência do arranque das obras de requalificação do centro urbano de Famalicão, que tornou inativo, durante o período de obras, dois parques de estacionamento – o Parque pago D. Maria II e o parque livre Mouzinho de Albuquerque (antigo campo da feira) – e na sequência da apreensão pública que surgiu na comunidade, a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão lembra as alternativas existentes em Famalicão ao nível do estaciona-
mento público. As zonas de estacionamento gratuito estão situadas no Parque do Campo da Feira (800 lugares, exceto à quarta-feira, Parque da Devesa junto à Central de Camionagem (347 lugares), Parque da Casa das Artes (108 lugares), Parque do Estádio Municipal (50 lugares), Parque da Estação (70 lugares, gratuito para detentores de titulo de transporte público).
Para além destes, há os parques de estacionamento do Jumbo e do E-Leclerc, que disponibilizam largas centenas de estacionamento público nas entradas Norte e Este da cidade. Existem ainda os parques de estacionamento pago, como o Parque Cónego Joaquim Fernandes (Paços do Concelho), com 239 lugares, e o Parque Sagres (Parque da Juventude), com 150 lugares.
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Educação // Vila Nova de Famalicão
Mais alunos nas instituições de Ensino Superior em Famalicão No mês em que milhares de alunos iniciam mais um ano letivo no Ensino Superior, o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, quis tomar pulso da realidade das instituições de ensino universitário do concelho.
A 16 de outubro, Paulo Cunha esteve no polo do Instituto Politécnico do Cávado e Ave (IPCA), instalado no CIIES (Centro de Investigação e Inovação e Ensino Superior de Famalicão), em Vale S. Cosme, e percebeu que, num ano, a instituição mais do que duplicou o número de estudantes. Foi neste local, aliás, que a instituição “concentrou o maior número de vagas da Escola Técnica Superior Profissional” para o presente ano letivo, contando com “quase 600 alunos” nos 11 Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CteSP), ligados a diversas áreas como Comércio Eletrónico, Design de Moda, Eletrónica, Automação e Comando, Domótica, Sistemas Eletrónicos e Computadores e Manutenção Industrial. Para a Câmara Municipal, este número reflete a “aposta forte” que o IPCA fez em Vila Nova de
Autarca foi perceber como se prepararam as universidades para o ano letivo de 2020/21 Famalicão, respondendo “não só ao desafio lançado pela autarquia, como também acompanha as necessidades do tecido económico do concelho e da região”. A presidente da instituição, Maria José Fernandes, confirma: “Os CTeSP que lecionamos respondem às necessidades das empresas da região, que chegam mesmo a pedir, expressamente, que se desenhem determinados cursos para que elas próprias pos-
sam absorver estes quadros qualificados”. “Somos um concelho marcadamente e orgulhosamente industrial, as nossas empresas precisam de recursos humanos em quantidade e qualidade e esta escola assegura isso mesmo”, acrescentou o edil. Já a 9 de outubro, Paulo Cunha tinha visitado a Universidade Lusíada, que, apesar da pandemia, apresentou resultados que “dão
alento otimismo”. “Entraram mais alunos na universidade, as classificações aumentaram e os alunos tiveram melhores notas”, detalhou João Redondo, presidente do conselho de administração da Fundação Minerva e responsável máximo pela universidade. Entre licenciaturas, mestrados e pós-graduações, há mil alunos ligados a esta instituição, que registou lotação esgotada nos cursos de Contabilidade e de Gestão
de Empresas. Houve ainda uma procura significativa ao curso de Engenharia de Gestão Industrial e Arquitetura. Durante a visita, João Redondo relevou os projetos em que a Universidade está envolvida localmente, como o “My Machine”, que desafia crianças a criarem as próprias máquinas, ou a estação meteorológica para monitorização da qualidade do ar no território. “São projetos que nos dão boas perspetivas e que são um sinal da excelente ligação da universidade à comunidade”, sublinhou. Já Paulo Cunha saiu da Lusíada “com a convicção” que esta universidade “se adaptou às novas circunstâncias e soube reunir as condições para que este seja um ano letivo bem-sucedido”. “Além de ser uma resposta aos jovens que queiram concluir o plano de estudos, é também um polo de referência para o desenvolvimento do concelho. O que está aqui a ser desenvolvido e criado tem uma enorme utilidade para o futuro do concelho do ponto de vista da investigação científica e da educação”, salientou ainda o autarca.
Qualifica de Famalicão já melhorou competências de 4500 adultos Mais de 4500 adultos viram as suas competências certificadas através do Centro Qualifica de Famalicão. Esta valência, promovida pela autarquia e que possibilita o melhorar os níveis de escolaridade e reforçar a capacidade de empregabilidade dos formandos, orientando-os para as necessidades do mercado do trabalho.
O Centro Qualifica funciona duas vezes por semana, em horário diurno e noturno, nas instalações das escolas secundárias do concelho ou através das plataformas digitais. Os interessados em melhorar os níveis de qualificação através desta ferramenta pode consultar as informações constantes do sítio do Famalicão
Educativo, através do link www. famalicaoeducativo.pt/_centro_ qualifica_inscricao. “Esta é uma aposta sempre renovada, pelo que o Centro Qualifica de Famalicão continua a desenvolver a sua atividade que viabiliza a continuidade das inscrições, do encaminhamento para formação qualificante ou do desenvolvi-
mento e certificação dos processos de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC) escolares e profissionais, no sentido de assegurar a resposta adequada aos adultos que pretendem aumentar os níveis de qualificação”, sublinhou a autarquia. Os Centros Qualifica, que vie-
ram substituir os Centros Novas Oportunidades, nasceram com o objetivo de melhorar os níveis de qualificação da população. Segundo dados da Eurostat datados de 2016, mais de 50 por cento dos portugueses, com idade entre os 25 e os 64 anos, apresentavam um nível de qualificação igual ou inferior ao 9.º ano de escolaridade.
Deputados recomendam ao Governo requalificação da EB 2/3 Júlio Brandão Os deputados do Partido Social Democrata entregaram um projeto de resolução, na Assembleia da República, que recomenda ao Governo a requalificação da EB 2/3 Júlio Brandão, no concelho de Vila
Nova de Famalicão. “As “mazelas” provocadas pela passagem do tempo e o modelo conceptual próprio da época da sua construção, não são consentâneas com a escola moderna e
funcional dos tempos de hoje e às atuais exigências curriculares”, pode ler-se no documento que tem como primeiro subscritor o deputado famalicense Jorge Paulo Oliveira e que recomenda
que o Governo aja em “colaboração com a escola e os agentes educativos”. Em funcionamento desde o ano letivo 1987/88, este edifício é aquele que, segundo os deputa-
dos sociais-democratas, “maiores necessidades apresenta em termos de intervenção” física, depois de iniciados os processos para a requalificação da EB 2/3 de Ribeirão e Escola Secundária de Joane.
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Polícia
Homem ferido em acidente na A3
F erido foi transportado para o Hospital de S. João Um homem com 21 anos ficou ferido num despiste automóvel na A3, ao quilómetro 16, no sentido Valença-Porto, ao início da tarde de segunda-feira, 19 de outubro. O alerta foi dado cerca das 13h05 e para o local foram mobilizados os Bombeiros Voluntários de Santo Tirso, com duas viaturas e sete elementos e os Bombeiros Voluntários de Famalicão, com uma viatura e 2 elementos. O condutor sofreu ferimentos leves e foi transportado para o Hospital de S. João no Porto.
// Região
GNR detém traficante em flagrante A Guarda Nacional Republicana deteve um homem de 35 anos por tráfico de estupefacientes, no concelho de Vila Nova de Famalicão, na segunda-feira, 19 de outubro. A detenção, resultado de uma operação do Núcleo de Investigação Criminal de Barcelos, foi feita em “flagrante delito”, fez saber a Guarda, em comunicado. O suspeito já tinha sido detido, em julho, no âmbito de uma investigação, juntamente com outros sete indivíduos, e na qual foram apreendidas mil doses de estupefaciente. Sujeito a apresentações periódicas em posto policial da área de residência, o homem agora detido novamente foi apanhado a “vender a droga na via pública”. Foi dado ainda cumprimento a um mandado de bus-
Homem já tinha sido detido em julho ca domiciliária, através da qual foram apreendidos 401 doses de haxixe, uma faca, dois telemóveis e 150 euros em dinheiro. O detido, com antecedentes
criminais por tráfico de estupefacientes, foi presente ao Tribunal Judicial de Guimarães, esta terça-feira, para primeiro interrogatório.
Detidos por roubos violentos a postos de combustível Bombeiros salvaram gato preso em motor de carro Os Bombeiros Voluntários de Santo Tirso salvaram, ao final da tarde de 11 de outubro, um gato que estava preso no motor de um carro, em Santa Cristina do Couto. O alerta chegou ao quartel cerca das 18h45 e, no local, os elementos da corporação dos “Vermelhos” verificaram que o pequeno gato estava preso, tendo conseguido retirá-lo com vida. O animal foi, de seguida, entregue ao veterinário municipal.
Detido por injuriar e tentar agredir PSP A Polícia de Segurança Pública deteve um homem de 29 anos, na Avenida da Boavista, no Porto, por injúrias e tentativa de agressão aos agentes da esquadra do Campo de Francos. A detenção aconteceu na manhã de 11 de outubro, cerca das 8h40, quando os polícias, “numa ação de patrulhamento auto, junto da referida artéria”, foram alertados para “desacatos” causados por um homem, num espaço comercial. “Abordado pelos agentes, o mesmo reagiu com injúrias e tentou agredi-los, pelo que foi o agressor imobilizado de modo a ser dado cumprimento às medidas de polícia”, fez saber a PSP, em comunicado. O detido, desempregado e residente em Vila das Aves, foi notificado para comparecer, junto das autoridades judiciárias.
Entre março e outubro terão espalhado o medo no concelho de Santo Tirso, através de assaltos com recurso a armas brancas e agressões violentas a funcionários de postos de abastecimento de combustível. Na semana passada, a 15 de outubro, acabaram detidos pela Guarda Nacional Republicana, na sequência de “várias diligências” do Núcleo de
Investigação Criminal (NIC) do Destacamento Territorial de Santo Tirso da GNR. Os dois suspeitos, de 25 e 30 anos, são suspeitos de perpetrarem sete roubos. Na sequência da investigação, os militares deram cumprimento a três buscas, duas domiciliárias e uma em veículo, onde foi “possível apreender uma viatura, as armas bran-
cas utilizadas nos roubos e ainda um telemóvel”, detalha a Guarda, em comunicado. Com antecedentes criminais pela prática de crimes de tráfico de estupefacientes, os detidos foram presentes a interrogatório judicial no Tribunal Judicial de Matosinhos, para aplicação das medidas de coação.
CITEVE doa 2500 peças de vestuário a nova associação A associação Juntos por Famalicão, fundada recentemente em Vila Nova de Famalicão, recebeu uma doação de 2500 peças de vestuário por parte do Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal (CITEVE). Calças, camisas, blazers, vestidos e camisolas, para todas as idades, fazem parte do lote de artigos doados e que serão disponibilizados às famílias com carências económicas, através da loja solidária da associação, situada na Rua de António, no centro da cidade de Vila Nova de Famalicão. “Estamos extremamente gratos ao CITEVE, cujo gesto não tem preço. Estamos a falar de roupa de grande qualidade, que não tinha destino, e que a Associação Juntos Por Famalicão coloca à disposição dos famalicenses que mais precisam”, afirma Miguel Lascasas, presidente da associação, frisando. No primeiro mês de atividade, a Loja Solidária atendeu 69 famílias, que receberam 832 doações, entre peças de vestuário, têxteis-lar, brinquedos, artigos para a cozinha e outros objetos para o lar. A Juntos Por Famalicão nasceu de um movimento criado na rede social Facebook durante o estado de emergência, em março, com o objetivo de para apoiar pessoas e instituições famalicenses na resolução de necessidades e problemas provocados pela pandemia.
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Atualidade
// Santo Tirso
João Sousa mostrou “Horizonte” em defesa da barreira de coral Começa já a ser marca distintiva do trabalho de João Sousa as alusões aos efeitos das alterações climáticas, à destruição de habitats e às ameaças às condições de subsistência de determinada comunidade. Desta vez, não foi diferente. CÁTIA VELOSO Sensível ao trabalho da bióloga Emma Camp, o designer de moda tirsense levou ao espaço Bloom do Portugal Fashion uma coleção inspirada em imagens que atestam o desaparecimento da barreira de coral da Austrália. “Horizonte” é o nome da coleção e junta-se a outras que fazem já parte do portefólio do jovem artista: “Legadema”, coleção primavera/verão 2020, foi dedicada ao trabalho feito pelos cineastas e exploradores da National Geographic, Beverly e Dereck Joubert, em prol da preservação das espécies felinas em África; e “Filhos do Lago”, da primavera/verão 2019, foi inspirada no trabalho fotográfico de David Bazar, de 2011, que registou a arte dos pescadores Intha, no lago Inle, na Birmânia, e a ameaça vinda dos agricultores de jardins flutuantes e do lodo criado por estes. “Todos os dias vemos notícias, sempre os mesmos textos, sempre a mesma coisa, apresentada da mesma forma. São temas que me fazem querer mudar
ral, além de um processo de perda de micro-organismos e habitats de diversas espécies marítimas, é um fenómeno de perda de cor, pois, quando um coral morre fica branco e perde as suas mil e umas tonalidades. O trabalho de Emma, ao longo destes últimos anos, tem sido recolher novos corais de zonas menos propícias da Austrália, como rios, e plantá-los novamente junto ao recife para que as espécies de corais possam voltar a crescer e combater a mancha branca que tem invadido os mares do oceano índico/ pacífico”, explicou o jovem designer, que destaca as cores escolhidas para a coleção que “remetem para o seu estado natural e o branco a morte dos corais”. “É ainda uma coleção que aborda a roupa e acessórios de mergulho que remetem ao trabalho de Emma para colher e plantar novos corais”, acrescentou. Linho, algodão, napa e denim são os tecidos utilizados nos coordenados, cuja peça-chave reside num vestido branco, que “simboliza a morte dos corais e um novo recomeço”. “Horizonte” serve de homenagem a E mma Camp Os coordenados privilegiam “a fluidez nas formas e matérias”, e eu posso mudar com um peque- cou em entrevista ao JA. Desta vez, “Horizonte” serve de aludindo para “a leveza dos cono gesto, mas se cada um mudar uma pequena coisa, numa grande homenagem a Emma Camp, pe- rais que se movem com as ondas escala muda muito. As minhas co- rante a evidência da destruição do mar”, enquanto “os folhos e leções acabam por ser uma men- preocupante da barreira de coral as camadas representam as forsagem em forma de arte”, expli- australiana. “A morte de um co- mas que os corais criam entre si”.
João Sousa nasceu a 10 de junho de 2000 e com 15 anos começou a estudar design de moda na Escola de Moda do Porto. Teve a oportunidade de desenvolver o seu ADN com muitos profissionais da indústria da moda em Portugal, com os seus projetos escolares, constantes de moda nacionais e internacionais. Em 2018, a coleção de moda para a primavera e verão de 2019, “Filhos do Lago”, marcou a estreia do tirsense na passerelle do Bloom, a plataforma para jovens designers de moda do Portugal Fashion. João Sousa foi ainda um dos participantes da primeira edição do programa AYCH – Atlantic Hub Creative Jam, uma parceria internacional para a promoção do empreendedorismo e emprego jovem, que conta com a participação da Câmara Municipal de Santo Tirso. O jovem designer participou no programa com o projeto Tyrso Design Cube e, desde então, ficou incubado na Fábrica de Santo Thyrso, onde desenvolve as suas coleções. “Contei com um espaço enorme onde pude modelar, cortar e produzir as peças, tal como um armazenamento dos materiais. Além disso, a Fábrica de Santo Thyrso serviu também como cenário para o lookbook da coleção”, explicou o designer.
Centro Cultural acolhe exposição Santo Tirso recebe Festival Internacional de Órgão de Mariana Macias Sampaio “Ukiyo – Mundo Flutuante” é o pode ser vista até 30 de novemepíteto da mais recente exposição bro, com entrada livre. patente no Centro Cultural MuniAtravés de “Ukiyo – Mundo Flucipal de Vila das Aves. Quem a as- tuante”, Mariana Macias Sampaio sina é Mariana Macias Sampaio, “propõe um estudo de dois reique apresenta obras com três mo- nos da classificação dos seres vimentos de criação artística: ilus- vos, Plantea e Fungi – flora e cotração naturalista, retrato em mi- gumelos silvestres do Norte de niatura e escultura. Portugal”. “Pretende retratar o que se co“A palavra japonesa Ukiyo, que nhece através de novas combina- dá nome à exposição, traduz um ções, utilizando diferentes técni- mundo de beleza que foge da reacas. Papel, telas, tintas, lápis de lidade onde surgem visões fancor, arame e pasta de modelar tásticas e especiais baseadas na são alguns dos materiais, por ex- vida”. E no mundo apresentado celência, que ajudam na elabo- pela artista, os “objetos de esturação do bidimensional e do tri- do são representados com caracdimensional”, descreve a autar- terísticas e qualidades humanas quia, promotora da mostra que ou são retirados do seu contex-
to normal”. Licenciada em Artes Plásticas – Pintura, pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e mestre em Ilustração e Animação pelo Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, Mariana Macias Sampaio conta já com participação em várias exposições individuais e coletivas de pintura, tendo recebido várias menções honrosas. A exposição pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 12h30 e das 14h30 às 17h30. As regras de segurança estão asseguradas, conforme orientações da Direção-Geral de Saúde.
Santo Tirso recebe, no próximo fim de semana, a segunda parte da sexta edição do Festival Internacional de Órgão. O evento, com direção artística de Marco Brescia, divide-se pelos concelhos de Santo Tirso e Vila Nova de Famalicão, sendo que o arranque foi dado no segundo concelho, no passado fim de semana, e prossegue agora na cidade tirsense, mais concretamente, no Mosteiro de S. Bento, com a atuação do organista espanhol Javier Sáez Docón, com som do realejo histórico de Manuel de Sá Couto. No dia seguinte, à mesma hora, o portuense Tiago Ferreira oferecerá um recital ao órgão Späth (1976) da Igreja Matriz de Fontiscos, e, para encerrar, no dia 25, Marco Brescia, acompanhado pelo Cuarteto Alicerce de Santiago de Compostela, interpretará concertos setecentistas para órgão e cordas ao órgão positivo Späth (1981), levado para a Igreja Matriz de São Martinho do Campo, às 17h00. A lotação nos espaços é limitada, devido à pandemia, pelo que, para contornar essa limitação, a organização do festival decidiu transmitir em streaming, nas redes sociais do Festival Internacional de Órgão, o primeiro (que já aconteceu) e último concertos, numa medida a pensar nos interessados impossibilitados de aceder presencialmente aos espetáculos.
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Atualidade // Santo Tirso
“Round and About” marca regresso de Klessinger a Santo Tirso Mais de 30 obras, entre desenhos, esculturas, pinturas e vídeo-instalações, ajudam a contar a história do processo criativo de Reinhard Klessinger, na sede do Museu Internacional de Escultura Contemporânea (MIEC). A mostra “Round and About”, a primeira a estrear depois da pandemia, pode ser vista até 24 de janeiro. “Estamos muito entusiasmados por termos conseguido montar esta importante exposição de um artista que tem já uma relação de longa data com Santo Tirso, cumprindo, naturalmente, todas as regras de segurança e diretrizes da Direção Geral de Saúde”, referiu o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Alberto Costa. Nas salas do MIEC, Klessinger exibe obras de todos os seus dife-
K lessinger exibe obras de diferentes períodos criativos e produtivos Recorde-se que o artista alerentes períodos criativos e produtivos. O trabalho está ligado por mão tem uma marca em Santo Tirum círculo (imaginário), que não so, desde 1991, com a escultura tem um centro determinado mas “A natureza da pedra”, localizada que continuamente revela novos junto à Praça 25 de Abril e que faz parte do espólio do MIEC. pontos de referência.
Nuno Lopes e Rodrigo Santoro homenageados no Ymotion 2020 Nuno Lopes e Rodrigo Santoro vão ser loureados na próxima gala do Ymotion. O Festival de Cinema Jovem de Vila Nova de Famalicão decorre de 2 a 7 de novembro, contando com 45 curtas-metragens a concurso.
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Depois de uma semana de exibições dos trabalhos, que começa no dia 2 e que também ficará marcada por uma conversa com o ator e realizador Diogo Morgado, pela apresentação exclusiva das primeiras imagens do filme “Bem Bom”, de Patrícia Sequeira, e pela divulgação da Mostra do Novíssimo Cinema Português, comissariada por Rui Pedro Tendinha, o festival encerra na noite de 7 de novembro, com uma gala realizada no Centro de Estudos Camilianos. Esta sexta edição do Ymotion terá como homenageados o ator brasileiro mais “hollywoodesco”, Rodrigo Santoro, e um dos artistas mais afamados do teatro, cinema e televisão portugueses, que dá cartas internacionalmente, Nuno Lopes. A habitual homenagem cabe a Santoro, como forma de destacar a forma como este “inspira jovens atores em todo o mundo”. Já o artista português, recebe o Prémio
Serão entregues oito prémios relativos a outras tantas categorias Carreira, instituído pela primeira vez neste evento. As 45 curtas-metragens, selecionadas entre 183 propostas, serão avaliados pelo júri do festival, composto pelo argumentista e crítico de cinema Tiago R. Santos, pela realizadora Luísa Sequeira, pelo jornalista da RTP e Antena 1 Tiago Fernando Alves, pela diretora de casting Patrícia Vasconcelos, pelo jornalista do Público Samuel Silva e pelo realizador Pedro Cabeleira, vencedor do Grande Prémio Joaquim de Almeida da última edição do Ymotion. Serão entregues oito prémios, relativos a outras tantas categorias. O mais importante é o Grande Prémio Joaquim de Almeida,
no valor de 2500 euros, atribuído à melhor “curta” do concurso. “Prémio Escolas Secundárias” e “Prémio Melhor Documentário”, no valor de 750 euros, “Prémio Melhor Curta de Animação”, no valor de 600 euros, “Prémio do Público”, no valor de 350 euros, e prémios para “Melhor Representação”, “Melhor Direção de Fotografia” e “Melhor Argumento”, no valor de 250 euros são as restantes categorias a concurso. Promovido desde 2015 pelo pelouro da Juventude da Câmara Municipal de Famalicão, o Ymotion distingue as melhores curtas-metragens produzidas por jovens com idades compreendidas entre os 12 os 35 anos.
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Cultura
// Vila Nova de Famalicão
“O Cânone” uma crítica literária editada pela Tinta-da-China e pela Fundação Cupertino de Miranda Camilo Castelo Branco entre os escritores que fazem o “cânone” da literatura portuguesa
neiro, Sexta-feira Santa, Corpo de Deus, 1 de maio, 15 de agosto e 8, 24, 25 e 31 de dezembro.
O escritor Camilo Castelo Branco, que viveu parte da vida em Vila Nova de Famalicão, é um dos cerca de 50 escritores que figuram no livro “O Cânone”, uma crítica literária editada pela Tinta-da-China e pela Fundação Cupertino de Miranda, que pretende estabelecer as referências da literatura portuguesa. António Feijó, João Figueiredo e Miguel Tamen são os editores da obra, que se caracteriza por variados ensaios, alguns assinados pelos próprios e outros encoCamilo Castelo Branco é um dos cerca de 50 escritores que figuram no livro “O Cânone” mendados a diferentes especialistas, como Pedro Mexia, Fernando “O Cânone”, descreve a editora, autores e as suas opiniões, muitas Famalicão. Trata-se de uma exCabral Martins, Joana Matos Frias “não é um dicionário ou um guia vezes minoritárias”, explica ain- posição permanente dedicada à ou Abel Barros Baptista. neutro para a história da literatu- da a Tinta-da-China, sublinhan- literatura portuguesa, que se esOs ensaios estão dispostos por ra portuguesa: é um livro de críti- do que neste livro se “encontrará tende por quatro andares e 14 saordem alfabética dos escritores ca literária para nos fazer pensar muitas opiniões discordantes so- las, através de uma linha do temmencionados, à exceção de Luís sobre a literatura portuguesa”. A bre muitos autores portugueses, po que inicia no século XX e rede Camões e Fernando Pessoa, escolha dos escritores não nasceu muitas escolhas, muitas ideias, e cua até ao século XIII, composta que “abrem” e “fecham” o livro, de um “consenso ou votação po- muitos tons diferentes”. por diverso material multimédia. tendo direito a dois textos cada pular”, mas pelo facto de “terem A “torre literária” está disponíA obra foi apresentada a 14 e 15 um. Figuram ainda Agustina Bes- sempre leitores, mesmo que pou- de outubro, poucos dias antes da vel para visita de segunda a sexsa-Luís, Cesário Verde, Eça de cos, ao longo do tempo”. abertura da “Torre Literária - Lou- ta-feira, das 10h00 às 12h30 e das Queirós, Gil Vicente, Bocage, José “Os ensaios aqui incluídos não vor e simplificação da literatura 14h00 às 18h00, e aos sábados e feSaramago, Luiza Neto Jorge, Maria representam nenhum consenso. portuguesa”, na Fundação Cuper- riados, das 14h00 às 18h00. EncerJudite de Carvalho, entre outros. Representam as ideias dos seus tino de Miranda, em Vila Nova de ra aos domingos e nos dias 1 de ja-
Escritores presentes na obra Agustina Bessa-Luís, Alexandre Herculano, Alexandre O’Neill, Almada Negreiros, Almeida Garrett, Antero de Quental, António José da Silva, António Nobre, António Vieira, Aquilino Ribeiro, Bernardim Ribeiro, Bocage, Camilo Castelo Branco, Camilo Pessanha, Carlos de Oliveira, Cesário Verde, Dom Duarte, Eça de Queirós, Fernando Pessoa, Fernão Lopes, Fernão Mendes Pinto, Fiama Hasse Pais Brandão, Florbela Espanca, Frei Luís de Sousa, Gil Vicente, Gomes Leal, Herberto Helder, Irene Lisboa, João de Deus, Jorge de Sena, José Régio, José Rodrigues Miguéis, José Saramago, Júlio Dinis, Luís de Camões, Luiza Neto Jorge, Maria Judite de Carvalho, Mário Cesariny, Mário de Sá-Carneiro, Miguel Torga, Oliveira Martins, Raul Brandão, Ruben A., Ruy Belo, Sá de Miranda, Teixeira de Pascoaes, As Três Marias (Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa), Vitorino Nemésio.
“Encontro das artes” acontece em novembro com o 5.º BINNAR A Música, a fotografia, o vídeo e as artes plásticas dão corpo à 5.ª edição do Festival BINNAR, que decorre em Vila Nova de Famalicão – e online – de 5 a 27 de novembro. Promovido pela associação Estrelas e Pelicanos, o evento apresenta-se em vários espaços culturais da cidade, contando com a performance de artistas emergentes e consagrados, estudantes e formadores. É considerado pela organização como um “encontro das artes, das pessoas, dos coletivos, das escolas”. “Um encontro da cidade e do concelho, do território famalicense consigo mesmo, com os seus espaços, os seus dinamizadores e o seu público”, acrescentam os dinamizadores, que idealizam o BINNAR também como uma forma de “tratar a cul-
F estival decorre de 5 a 27 de novembro tura no seu estado mais puro, sem a pressão dos números de plateia, para servir e incluir todos, com entrada e inscrição totalmente livres nos eventos, exposições, oficinas ou workshops”. O programa deste ano é com-
posto por dois concertos, uma mostra coletiva de fotografia e vídeo e uma mostra de arte experimental, esta última disponível para apreciação no site do festival, binnar.org, de 23 a 27 de novembro, com trabalhos de alunos
da Oficina, na sua parceria de três anos com o festival. A Casa das Artes recebe, a 5 de novembro, às 21h45, o concerto de Caterina Palazzi, com visuais de F. Scacchioli. “Zaleska”, epíteto do espetáculo, dá ao público um ambiente “escuro, íntimo e hipnótico”, através ´de traços melódicos com apontamentos “distorcidos” e “dissonantes”, que remetem para uma “orquestra fúnebre solitária”. Cada composição inspira-se num ator que personificou Drácula no cinema. Na mesma noite, sessão de cinema com “Family Romance, LLC”, de Werner Herzog, numa parceria do festival com o CineClube de Joane. A 21 de novembro, às 22h00, a Fundação Castro Alves é palco de um concerto do projeto “Criatura Azul”, seguidor dos “sons
díspares, distintos e psicadélicos” e cujas armas são “as melodias sombrias e melancólicas com detalhes de felicidade e perfeição”. “A sua missão é a partilha de paz interior e bem-estar nas viagens em que conduz os ouvintes até um destino que é sempre incerto”, pode ler-se na sinopse do espetáculo. De 10 a 27 de novembro, Joana Moher, David Nero, Fátima Abreu Ferreira, Johannes Gerard e Frederico Dinis apresentam, numa coletiva de fotografia e vídeo, uma mostra, cujo ponto de partida são “as palavras partidas e reajustadas, coladas como motor de inspiração”. São apresentadas “reflexões sobre o mundo, entre o que nos liberta e o que nos condena, numa espécie de mote premonitório do que nos atravessa as vidas”.
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Desporto
Novo complexo dá “melhores condições” aos tenistas de Famalicão São quatro novos campos de piso rápido que, além de darem “melhores condições” aos atletas do concelho, habilitam-se a receber “futuras competições nacionais e internacionais”. É esta a convicção da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão com a construção do novo Complexo Municipal de Ténis, inaugurado a 10 de outubro. “Os atletas e alunos do Ténis Clube de Famalicão já não têm que ir para outros concelhos e outros clubes à procura de melhores condições para a prática da modalidade”, referiu a autarquia, que investiu “570 mil euros” para construir três campos de ténis de piso rápido, três outdoor e um indoor. “A inexistência de courts cobertos era, de resto, uma das maiores lacunas da atividade do clube famalicense, que, com esta nova infraestrutura, passa a oferecer con-
// Vila Nova de Famalicão
dições ímpares aos seus quase 70 atletas e cerca de 100 alunos”. “A renovação deste complexo era essencial para o futuro do clube. A formação potencia o surgimento de novos valores e é isso que esperamos que aconteça neste espaço daqui para a frente”, revelou o presidente do Ténis Clube de Famalicão, Carlos Loureiro. Para Paulo Cunha, presidente do município, o antigo espaço não correspondia à “ambição dos praticantes da modalidade”. Agora, “para além de dignificar esta zona nobre da cidade, este recinto reúne todas as condições para que o primeiro passo - o da formação e o da aprendizagem Quatro novos campos de piso rápido habilitados a receber competições nacionais e internacionais seja dado e para que a modalidade possa ser praticada ao mais ram ainda realizados trabalhos tarquia que visa o melhoramento atletas e dos seus clubes”. “Estapara a instalação, numa fase pos- e valorização do parque desporti- mos a trabalhar para que se posalto nível”, acrescentou. vo do concelho. O objetivo é fazer sa dizer que em Vila Nova de FaTodos os campos estão equipa- terior, das respetivas bancadas. Esta requalificação do Comple- com que Vila Nova de Famalicão malicão se podem praticar todas dos com iluminação LED e com um bate-bolas que permite o xo de Ténis de Famalicão insere- “seja cada vez mais reconhecido as modalidades”, comprometeuaperfeiçoamento do jogador. Fo- -se na estratégia gizada pela au- pelo sucesso desportivo dos seus -se Paulo Cunha.
“Famalicão em Forma” descentralizado a Ribeirão, Joane e Oliveira S. Mateus A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão vai descentralizar o programa desportivo “Famalicão em Forma”. A iniciativa, que já decorre no Parque da Devesa, no centro da cidade famalicense, estende-se agora às freguesias de Ribeirão, Joane e Oliveira de S. Mateus, mantendo o cariz gratuito e regular. Os interessados em usufruir deste programa, devem inscrever-se num dos três complexos municipais das piscinas destas freguesias, onde decorrerão os treinos. Mais informações podem ser solicitadas através do contacto telefónico, 252 320 954, ou do email desporto@famalicao.pt “Se o objetivo passa por proporcionar a todos os famalicenses o acesso à prática regular de atividade física, faz todo o sentido que o programa do 'Famalicão em Forma' se expanda para outros locais. Estamos a levar desporto, saúde e qualidade de vida a cada vez mais famalicenses e isso é uma boa no-
Em R ibeirão os treinos realizam- se às terças, quintas e sextas tícia”, sustentou o presidente da Câmara, Paulo Cunha. Em Ribeirão, os treinos realizam-se às terças, quintas e sextas-feiras, das 9h00 às 10h15 e das 18h45 às 20h00. Na freguesia de Joane, os treinos têm lugar às terças, quintas e sextas-feiras, das 8h45 às 10h00 e das 18h45 às 20h00. As aulas em Oliveira de S. Mateus realizam-se às segundas e quintas-feiras, das 19h00 às 20h15. No Parque da Devesa, os treinos mantêm- se às segundas, quartas e sábados, das 9h00 às 10h30, e às terças e quintas-feiras, das 19h00 às 20h30.
Segundo a Câmara Municipal, atualmente, “cerca de 500 pessoas” estão inscritas neste programa desportivo, que possibilita aos participantes um acompanhamento personalizado dos técnicos de Educação Física da autarquia, que avaliam o estado de saúde através de uma avaliação inicial, que inclui a análise da composição corporal, função respiratória e cardiovascular e a caracterização dos comportamentos e estilos de vida adotados. Posteriormente, é “prescrito” um plano de exercício físico de acordo com as necessidades e características de cada praticante.
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Desporto
Irmãos Figueiredo e Joaquim Lopes campeões nacionais Os irmãos Davide e Joaquim Figueiredo e Joaquim Lopes sagraram-se campeões nacionais de masters, no Campeonato Nacional da Associação Nacional de Atletismo Veterano (ANAV), que decorreu a 17 de outubro, em Lisboa. Joaquim Figueiredo, do Clube Desportivo de S. Salvador do Campo, arrecadou duas medalhas, tendo vencido nas provas de três mil metros e 10 mil metros, no escalão de M50. Na segunda corrida, conseguiu bater o “recorde pessoal e a 2.ª melhor marca
de sempre”. “Dou os meus parabéns à ANAV pela coragem e determinação de fazer os Campeonatos Nacionais nesta altura tão difícil em que nos encontramos. Mostrou que o atletismo pode ser praticado se todos fizermos a nossa parte”, referiu o atleta, que fez ainda questão de agradecer “a todos pelo apoio e carinho”, assim como aos patrocinadores. Davide Figueiredo, da Associação Figueiredo Runners, venceu nos 10 mil metros, no escalão
de M45, somando o terceiro título consecutivo na disciplina. Para o atleta famalicense, este título é “vitamina de motivação para o Campeonato Europeu de Estrada”, que acontece no final do mês, na ilha da Madeira. O CD S. Salvador do Campo conseguiu o 4.º lugar coletivo, tendo ainda mais um atleta vencedor: Joaquim Lopes foi campeão nacional de 10 mil metros, em M55. Gil Ferreira, da mesma coletividade, foi vice-campeão da mesma disciplina, mas em M45. C.V.
Bernardino Alves reconduzido na direção da AA Porto O tirsense Bernardino Alves dicação, paixão e humildade, cofoi reconduzido para o terceiro nhecendo e reconhecendo as dimandato na Associação de Atle- ficuldades dos clubes, dirigentes tismo do Porto (AAP). As eleições e atletas, e das dificuldades da decorreram a 9 de outubro, com própria modalidade”, fez saber a duas listas a sufrágio. A lista A, li- nova direção, que espera “contiderada por Bernardino Alves, re- nuar a contar com o apoio de tocolheu 35 votos contra 17 votos da dos para o quadriénio 2020/2024”. lista adversária. “Caminhamos sempre ao lado de Segundo nota de imprensa da todos aqueles que se dedicam, AAP, “todos os 52 clubes filiados empenham e são apaixonados estiveram presentes neste ato como nós por mais e melhor Atleeleitoral, tornando a única eleição tismo, não só no distrito do Porto, inédita com a participação de to- mas em Portugal”, acrescentou. dos os clubes”. Os objetivos para o novo manBernardino A lves cumprirá dato passam, entre outros, por mais quatro anos de mandado, “reunir os municípios” para apelar depois de oito num processo de ao “maior apoio” dos clubes, no“construção de uma base sólida, meadamente “ao nível das inscricapaz e competente, desenhada e ções na modalidade”, “do apoio projetada para um futuro sustentá- financeiro” e “da disponibilizavel da nossa modalidade”. ção de espaços e condições de “É com muita competência e treino”; “apoiar os clubes a estaconhecimento que trabalhamos, belecer parcerias com os munimas acima de tudo com muita de- cípios para a abertura das pistas
à organização de provas conjuntas com a AAP” e “procurar distribuir os locais de competição” para facilitar “as deslocações dos clubes”.
Tirsense eliminado da Taça de Portugal O Futebol Clube Tirsense foi, esta quarta-feira, eliminado da Taça de Portugal pelo Olímpico de Montijo, em jogo em atraso da 2.ª eliminatória da competição. O jogo, realizado no Estádio Abel Alves de Figueiredo, em Santo Tirso, ficou marcado pelo triunfo forasteiro por 2-3, que encerra a participação do clube je-
suíta na prova rainha do futebol português. O Olímpico do Montijo entrou, praticamente, a ganhar, ao marcar, aos três minutos, na conversão de uma grande penalidade convertida por Didi. O Tirsense conseguiu empatar, aos 11 minutos, por João Martins e o marcador não sofreu mais alteração na
primeira parte. Na etapa complementar, o CO Montijo conseguiu chegar, de novo, à vantagem, com um tento de Patchu, aos 58 minutos, mas João Martins voltou a igualar a partida, aos 66 minutos. Aos 72 minutos, o CO Montijo beneficiou de mais um penálti, que foi convertido Didi, esta-
belecendo assim o resultado final, que dá o apuramento à formação aldeana. A equipa treinada por Tonau centra-se, agora, no Campeonato de Portugal, onde ainda só cumpriu uma das três jornadas já realizadas, devido à pandemia de Covid-19. Este domingo, 25 de outubro, os jesuítas recebem o Fafe,
num jogo marcado para as 12 horas, com transmissão no Canal 11. Da mesma série B, a equipa tirsense da AR S. Martinho recebe o Rio Ave, numa partida que também terá transmissão televisiva pelo canal da Federação Portuguesa de Futebol, a partir das 14 horas.
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22 de outubro DE 2020 JORNAL DO AVE
Surto de Covid-19 no Hospital de Santo Tirso São, para já, 13 as pessoas infetadas que trabalham ou estão internadas na unidade de Santo Tirso do Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA). O foco de contaminação estará numa doente, que estava internada e sem sintomas e a quem ia ser dada alta. Contactada pelo JA, fonte do
CHMA afirma que, perante a confirmação da infeção nessa utente, foram efetuados cerca de cem testes à Covid-19 a todos os doentes internados na unidade de Santo Tirso, bem como a todos os profissionais que trabalham no internamento. Neste momento ainda se aguar-
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Saúde
// Santo Tirso
dam resultados de alguns dos testes realizados, tendo-se verificado, entretanto, sete resultados positivos em profissionais e seis em doentes internados. Foram já tomadas todas as medidas recomendadas nestas circunstâncias.
Santo Tirso promove vacinação contra a gripe nas farmácias O presidente da Câmara Muni- soas junto às unidades de saúde, pe para evitar a simultaneidade cipal de Santo Tirso, Alberto Cos- libertando-as para tarefas mais das duas doenças”. Em Santo Tirso, o protocolo agota, assinou esta quarta-feira, 21 de urgentes, como o combate à panoutubro, com a Associação Digni- demia da Covid-19”. Para além ra celebrado abrange 17 farmátude, o protocolo que estabelece disso, o autarca relembrou que cias. A medida dirige-se a pesa adesão do Município ao progra- “esta é também uma solução para soas com mais de 65 anos, sendo ma “Vacinação SNS Local”, que os utentes que têm receio de se a vacina gratuita e livre de presirá promover a vacinação contra deslocar às unidades de saúde, crição médica. No total, estimaa gripe sazonal, dos utentes com por serem locais de maior risco”. -se que sejam vacinados nas farmais de 65 anos, nas farmácias. A Em representação da Dignitude, mácias do concelho cerca de dois medida tem como objetivo dimi- Maria de Belém, coordenadora- mil utentes, num investimento da nuir o fluxo de doentes nos Cen- -geral da Associação, sublinhou autarquia que ascende aos 4500 tros de Saúde. que “as farmácias aderentes têm euros. Resultado de um acordo estabe“A partir de agora, os utentes capacidade técnica para fazer vacom mais de 65 anos, com aces- cinação em segurança, cumprin- lecido entre o Ministério da Saúso à vacinação gratuita contra a do com todos os requisitos” e sa- de, a Direção Geral de Saúde, a gripe, passam a poder fazer a ad- lientou a necessidade de “neste Associação Nacional de Farmáministração da vacina nas farmá- momento de grande pressão, ali- cias e a Associação de Farmácias cias”, adiantou o presidente da viar as estruturas de atendimen- de Portugal, o programa “VaciCâmara Municipal de Santo Tir- to e internamento para que façam nação SNS Local” já está em viso, Alberto Costa, na Farmácia Fa- aquilo que é essencial”. A antiga gor e permite a vacinação contra ria, durante a assinatura do pro- ministra da Saúde aproveitou ain- a gripe nas farmácias comunitátocolo que, explicou, “irá possibi- da a ocasião para deixar um con- rias com a vacina do Serviço Nalitar menos aglomerados de pes- selho: “Vacinem-se contra a gri- cional de Saúde. Ficha Técnica Proprietário e Editor: Justbrands – Consultoria e Comunicação Unipessoal, Lda | Nif. 510170269 Detentor 100 % capital: Maria Araújo| ERC: 126524 | ISSN 2183-4601 Depósito Legal: 469158/20 Diretora: Magda Machado de Araújo Subdiretor: Hermano Martins | e-mail: geral@jornaldoave.pt; publicidade@
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20JORNAL DO AVE 22 de outubro DE 2020
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