RBS Magazine Ed. 04

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Qualificação de inversores c.c./c.a. para sistemas de microgeração fotovoltaica no Brasil PROF. DR. ROBERTO ZILLES (Chefe da Divisão Cientifica de Planejamento, Análise e Desenvolvimento Energético do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo e Presidente da Associação Brasileira de Energia Solar).

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ntre os anos 2011 e 2012 a Comissão de Estudos de Sistemas de Conversão Fotovoltaica de Energia Solar, CE 03.082.01, do COBEI/ ABNT, formada por fabricantes, distribuidoras e especialistas, estudou as normas internacionais, especialmente a IEC61727/IEC62116, a norma Alemã VDE-AR-N4105 e a Italiana CEI 0-21. Estes estudos tinham por objetivo a preparação das condições técnicas de segurança e qualidade dentro do novo contexto regulatório que se vislumbrava em 2011. Assim quando em abril de 2012 a ANEEL publicou a Resolução Normativa RN 482/2012 os trabalhos da CE 03.082.01 já estavam bem adiantados, particularmente no item mais crítico exigido pelas distribuidoras durante as discussões sobre as exigências de segurança e proteção, a saber, a garantia de proteção anti-ilhamento. Nesse sentido, no dia 06 de março de 2012 foi publicada a norma ABNT NBR IEC 62116:2012 – Procedimento de ensaio anti-ilhamento para inversores de sistemas fotovoltaicos conectados à rede, que passou a ser válida em 06/04/2012. O trabalho conjunto, fabricantes, distribuidoras e especialistas visou a produ-

ção de normas ABNT que atendessem as particularidades da rede elétrica brasileira e que estivesse no estado da arte para suportar o smart grid com os serviços ancilares de rede. Assim, visando à qualidade da energia e segurança do consumidor, acertadamente, fabricantes, distribuidoras e especialistas estabeleceram para as normas brasileiras os padrões que estavam sendo implantados no mercado internacional. Como resultado desse trabalho foram estabelecidas mais duas normas: - ABNT NBR 16149:2013 – Sistemas Fotovoltaicos (FV) – Características da interface (requisitos) de conexão com a rede de dis-

tribuição. Publicada em 01/03/2013 e válida desde 01/03/2014. - ABNT NBR 16150:2013 – Sistemas Fotovoltaicos (FV) - Características da interface de conexão com a rede de distribuição – Procedimentos de ensaio de conformidade. Publicada em 04/03/2013 e válida desde 04/04/2013. Estas normas dão sustentabilidade técnica e segurança para a sociedade, uma vez que serviram como base para as distribuidoras criarem suas normas internas de acesso para a geração distribuída e para a etiquetagem dos produtos através do INMETRO. Tais normas além de possibilitarem uma homogeneização das informações e exigências básicas para as distribuidoras de energia (no que tange a geração fotovoltaica distribuída), também possibilitaram através da certificação do INMETRO um controle de qualidade, que visa mitigar a “suposta restrição” das distribuidoras com essa tecnologia no Brasil. A Portaria n.º 357, de 01 de agosto de 2014 do INMETRO utiliza as normas mencionadas acima para os inversores conectados a rede elétrica serem certificados com selo INMETRO. Cujo âmbito de aplicação está restrito, nesse momento, para inversores com potencia menor ou igual a 10 kW. A avaliação de conformidade contempla os seguintes itens: 1. Cintilação 2. Injeção de componente contínua 3. Harmônicos e distorção de forma de onda 4. Fator de potência

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5. Injeção/demanda de potência reativa 6. Sobre/sub tensão 7. Sobre/sub frequência 8. Controle da potência ativa em sobrefrequência 9. Reconexão 10. Religamento automático fora de fase 11. Modulação de potência ativa 12. Modulação de potência reativa 13. Desconexão do sistema fotovoltaico da rede 14. Requisitos de suportabilidade a subtensões decorrentes de faltas na rede 15. Proteção contra inversão de polaridade 16. Sobrecarga 17. Anti-ilhamento No Brasil, de acordo com o documento “Orientações Gerais para fabricantes e importadores sobre a regulamentação de equipamentos para geração de energia fotovoltaica” do INMETRO (atualizado em 20/03/2015) há três laboratórios para realização de ensaios nos inversores para sistemas conectados à rede com potencia nominal de até 10 kW. A avaliação de conformidade de inversores

não está restrita aos laboratórios nacionais, isto está claramente explicito na Portaria INMETRO n° 357/2014. De acordo com Art. 3° dessa Portaria, é possível realizar os ensaios em laboratórios estrangeiros, desde que sejam observadas e documentadas a equivalência do método de ensaio e a metodologia de amostragem estabelecida. Neste caso, os laboratórios deverão ser acreditados pelo INMETRO ou por um organismo que seja signatário de um acordo de reconhecimento mútuo do qual o INMETRO também faça parte, como o Interamerican Accreditation Cooperation (IAAC) e o International Laboratory Accreditation Cooperation (ILAC). Portanto o alardeado estrangulamento está fora de lugar, pois se os produtos atendem as NBR podem recorrer aos laboratórios internacionais que fazem parte do IAAC e do ILAC. Grande parte dos fabricantes de inversores comercializam seus produtos em mercados consolidados, particularmente na Europa, para quais possuem certificação de seus inversores em laboratórios que fazem parte do IAAC e ILAC. Assim como necessitam a certificação confor-

me a VDE-AR-N-4105 para o mercado alemão e a CEI 0-21 para o mercado italiano, por exemplo, para o Brasil necessitam atestar o cumprimento das NBR 16149:2013 e NBR IEC 62116:2012. Merece destacar que a Portaria do INMETRO tem um papel crucial em defesa do consumidor e das distribuidoras, pois impede a importação de inversores que não atendem as normas de segurança e qualidade. Apesar da circulação de criticas nas redes sociais, as quais omitem os fatos, o marco regulatório e técnico brasileiro foi construído visando à sustentabilidade para o setor de geração distribuída com sistemas fotovoltaicos no país. Não tem sentido deixar entrar no país equipamentos que não atendem as normas de qualidade e segurança, o prejudicado será o consumidor ao comprar um produto que não atenderá as condições para obtenção de acesso à rede de distribuição. Portanto, há que se ponderar a situação de forma objetiva para que a microgeração fotovoltaica no país se desenvolva sobre uma base sólida e passe fazer parte das unidades consumidoras de energia de forma segura.

Inverters qualification c.c./c.a. for photovoltaic microgeneration systems in Brazil Between 2011 and 2012 the Commission Photovoltaic Conversion Systems Studies Solar Energy, EC 03.082.01, the COBEI / ASME, made up of manufacturers, distributors and experts, studied international standards, especially the IEC61727 / IEC62116, the standard German VDE-AR-N-4105 and the Italian CEI 0-21. These studies were aimed at preparing the technical conditions of safety and quality within the new regulatory framework that clearly showed in 2011. So when in April 2012 ANEEL published Normative Resolution RN 482/2012 the EC work 03.082.01 were already well advanced, particularly in the most critical item required by the distributors during the discussions on the requirements of safety and security, namely the anti-islanding protection guarantee. In this sense, on 06 March 2012 was published the ABNT NBR IEC 62116: 2012 - anti-islanding test procedure for inverters of photovoltaic systems connected to the network, which became valid on 06/04/2012. Working together, manufacturers, distributors and experts aimed at the production of relevant standards that met the particularities of the Brazilian grid and he was in the art to support the smart grid with the network of ancillary services. Thus, in order to power quality and consumer safety, rightly, manufacturers, distributors and experts established for Brazilian standards the standards that were being deployed in the international market. As a result of this work have been set up two standards: • ABNT NBR 16149: 2013 - Photovoltaic Systems (PV) - interface characteristics (requirements) connection to the distribution network. Published on 01/03/2013 and valid from 3.1.2014. • ABNT NBR 16150: 2013 - Photovoltaic Systems (PV) - Characteristics of the connection interface with the distribution network - compliance test procedures. Posted on 04.03.2013 and valid from 04/04/2013. These standards provide technical sustainability and security for society, as were the basis for the

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distributors to create their internal rules on access to distributed generation and for the labeling of products by INMETRO. Such standards they enable a homogenization of the information and basic requirements for the energy distribution (with respect to distributed PV generation), also allowed by INMETRO certification a quality control aiming at easing the “alleged restriction” with the distributors this technology in Brazil. Ordinance No. 357 of August 1, 2014 INMETRO uses the standards mentioned above for the inverters connected to the power grid be certified with INMETRO seal. Whose scope is restricted, then, for drives with less than or equal to 10 kW power. Conformity assessment includes the following items: 1. Flicker 2. DC component injection 3. Harmonics and distortion waveform 4. Power factor 5. Injection / reactive power demand 6. Over / under voltage 7. Over / under frequency 8. Control of active power in overfrequency 9. Reconnect 10. Automatic restart phase out 11. Active power modulation 12. Reactive power modulation 13. Disconnect the photovoltaic network system 14. Supportability requirements to undervoltage caused by faults in the network 15. Protection against polarity reversal 16. Overload 17. Anti-islanding In Brazil, according to the document “Guidelines for manufacturers and importers on the regulation of equipment for photovoltaic power generation” of INMETRO (updated 3/20/2015) there are three laboratories for testing the inverter to the connected systems network with nominal power up to 10 kW. The inverters of conformity assessment is not

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restricted to the national laboratories, this is clearly explicit in the INMETRO No. 357/2014. According to Art. 3 of this Ordinance, it is possible to carry out the tests in foreign laboratories, subject to compliance and documented the equivalence of the test method and sampling methodology established. In this case, the laboratories must be accredited by INMETRO or a body that is a signatory to a mutual recognition agreement which INMETRO also part as the Interamerican Accreditation Cooperation (IAAC) and the International Laboratory Accreditation Cooperation (ILAC). So strangulation touted is out of place, as if the products meet the NBR may use the international laboratories that are part of the IAAC and ILAC. Much of the inverter manufacturers market their products in mature markets, particularly in Europe, which have certification of their inverters in laboratories that are part of the IAAC and ILAC. As well as require certification in accordance with VDE-AR-N-4105 for the German market and the CEI 0-21 for the Italian market, for example, to Brazil need certify compliance with the NBR 16149: 2013 and IEC 62116: 2012 . It deserves noting that the Ordinance of INMETRO has a crucial role in consumer protection and the distributors because it prevents the import of inverters that do not meet safety and quality standards. Despite the critical movement in social networks, which omit the facts, the regulatory framework and Brazilian coach was built aiming at sustainability for the generation sector with distributed PV systems in the country. No sense letting it into the country equipment that do not meet quality and safety standards, the injured will be the consumer to buy a product that does not meet the conditions for obtaining access to the distribution network. Therefore, we must consider the situation objectively for the photovoltaic microgeneration in the country to develop on a solid foundation and go part of the consumer units of energy safely.


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INFORMAÇÃO DE MERCADO

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FRG Mídia Brasil LTDA, empresa que desenvolve e gerencia o Jornal Brasileiro de Energia Solar, informa aos parceiros e clientes, uma mudança a partir da edição de maio\junho. Segundo pesquisa com parceiros, anunciantes, associações, por decisão conjunta iremos transformar o JBES, em Solar Fotovoltaica muito tem aos poucos está se tornando um dos RBES – Revista Brasileira de Energia contribuído para a Inserção da mercados mais atrativos do mundo, Solar Fotovoltaica. Energia Fotovoltaica na Matriz com vários investidores, empresas e A Revista seguirá o alto padrão Elétrica Brasileira. Tornou-se um fundos de investimento preparando gráfico, que continuará sendo em fórum de contribuição dos mais e ajustando seus planos de negócios papel Reciclado, porém profissionais para finalmente tornar realidade o “A mudança é a diversos agora com a inclusão de e empresas dos mais que há anos já se previa. O Brasil, capa dura, o que vai lei da vida. E variados tamanhos. apesar de todos nossos problemas, ajudar ainda mais na continua sendo o país das aqueles que apenas Reúne artigos de manutenção da profissionais atuantes oportunidades! publicação e olham para o no mercado, A circulação nas principais feiras e durabilidade. eventos do setor no Brasil como passado ou para o acadêmicos Esta é uma INTERSOLAR, ENERSOLAR, ALL transformação que nos presente irão com respeitados, pesquisadores ABOUT ENERGY, dentre muitas deixa muito alegres, certeza perder o conhecidos, além de outras exposições e feiras que estão comenta Tiago Fraga, consultores e agentes previstas para 2015, todas diretor comercial do futuro”. públicos; sendo confirmadas; e a publicação como JBES. Sendo que só foi (John Kennedy) possível compartilhar “REVISTA BRASILEIRA DE possível e necessária pelo informações, colocar opiniões, ENERGIA SOLAR crescimento rápido e acentuado que a iniciar debates e desenvolver as mais FOTOVOLTAICA” estará circulando publicação teve um curto espaço de diversas analises conjunturais sobre com toda a força de sempre, uma tempo. A “RBES” terá uma o segmento fotovoltaico. O setor marca registrada que foi alcançada penetração ainda maior no mercado, fotovoltaico brasileiro, que antes era pelo JBES já nas primeiras edições tendo todo o charme e força de uma um mercado incipente e promissor publicadas. revista. É importante salientar que o site do JBES – www.jornalenergia solar.com será mantido no ar, e a Informamos também que já se encontra no Revista estará disponível para leitura em seu site oficial e também no site ar o site oficial do ANUÁRIO do Jornal, o qual é muito procurado BRASILEIRO DE ENERGIA SOLAR. dia a dia por leitores que buscam Mais um projeto que irá fortalecer o setor informações sobre Energia Solar. Carlos A. F. Evangelista, (editor chefe do JBES); O trabalho que vem sendo desenvolvido pelo JBES, agora RBES - Revista Brasileira de Energia

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de Energia solar no Brasil. Mais informações: Site: www.anuarioenergiasolar.com E-mail: contato@anuarioenergiasolar.com



4 anos de energia solar fotovoltaica no Brasil HAMILTON MOREIRA DA CUNHA JR. CEO Eletronica Santerno América Latina

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esde que o tema Energia Solar Fotovoltaica entrou oficialmente em pauta no Brasil, muitas iniciativas aconteceram, e nós que acompanhamos o processo desde o início, podemos afirmar que muito já foi feito e estamos evoluindo bastante! Inicialmente, com um esforço enorme para desenvolvermos todas as bases de introdução da tecnologia, desde a criação das normas técnicas de conexão e proteção dos sistemas de micro e minigeração distribuída, até a capacitação técnica dos diversos elementos que eram decisivos para a real introdução da tecnologia no país. Hoje podemos afirmar que Energia Solar Fotovoltaica é uma realidade não só no Brasil mas também nos principais clientes da América Latina. O Brasil especificamente, devido ao seu protagonismo na América Latina, segue liderando o processo de introdução e consolidação desta tecnologia. Otimismo à parte, ainda é muito evidente a falta de conhecimento por parte das lideranças do nosso país e infelizmente ainda temos uma grande estrada para caminharmos até encontrarmos um ambiente que seja atrativo e viável ao investimento. SEREI MAIS CLARO: É inegável a grande oportunidade que a conjuntura atual oferece para o investimento em FV: 1. Escassez Hídrica: A Real redução de geração elétrica devido a escassez hídrica trouxe como consequência um aumento do custo da energia elétrica em mais de 50% para os consumidores residenciais além da introdução da bandeira tarifária que inclui ainda mais um custo variável à conta. Já para aqueles consumidores industriais, que não tenham um contrato préestabelecido com as distribuidoras de energia, este aumento pode alcançar até 5 vezes o valor atual, considerando compra de energia no mercado “spot”. A falta de água desequilibrou tanto o setor elétrico, que chegamos ao cúmulo de empresários industriais enxergarem maior oportunidade em vender a energia contratada a valores su-

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Prodist. Estas serão as grandes protagonistas, para impulsionar á geração distribuída no Brasil. A Instalação de uma usina Solar fotovoltaica em uma industrial oferece grandes benefícios ao investidor. A começar pelo perfil de consumo energético de uma indústria que esta completamente em linha com o perfil de geração solar fotovoltaico, podendo assim consumir na totalidade a energia gerada, sem ter que devolvê-la à rede no sistema “net metering”, o qual ainda não se mostrou interessante para o gerador, devido principalmente á obrigação do pagamento de ICMS da energia gerada. periores a R$ 800 o megawatt, a manter sua produção em operação. 2. Possível falta de Energia: Ficou evidente o risco que manter uma matriz energética, baseada em geração hídrica pode trazer para o país. Nossos governantes estão atentos a tal situação, e veem por diversos caminhos promovendo outras formas de geração de energia, principalmente as renováveis. 3. Micro Geração Distribuída: O desejo de poder gerar sua própria energia, ser sustentável e principalmente não estar vulnerável a aumentos de energia por conta dos fatores já descritos acima, tem feito com que diversas pessoas se interessem pela tecnologia Solar Fotovoltaica. Basta conversar com empresas pioneiras de instalação solar ou os próprios fornecedores de equipamentos para confirmar esta afirmação. Costumo dizer que “Todos desejam ter uma instalação solar fotovoltaica”, porém ainda assim, são poucos os que estão dispostos a executar um investimento que traria um retorno em torno de 5 a 7 anos (Já considerando os aumentos comentados), ainda que esta economia durasse por mais 13 anos. Para os que têm disponibilidade de capital, não investir em FV trata-se pura falta de bom senso, pois, certamente tal investimento é muito melhor no médio prazo, que ficar com dinheiro investido em Fundos, Renda fixa, LCI, etc., os quais, com muita ginástica remunerariam cerca 1% ao mês. 4. Mini Geração Distribuída: São todas as instalações que consistem entre 100 kilowatts até 1 megawatt, de acordo com a regras do

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5. Geração em grande escala (Utilidades): Os últimos acontecimentos tem contribuído bastante para o estabelecimento das bases para a indústria fotovoltaica no país, como é o caso do ultimo leilão de Reserva (LER /A-3) onde foram negociados em torno de 1 gigawatt de energia Solar Fotovoltaica, os quais deverão estar disponíveis para o consumo a partir de 1º Janeiro de 2017. É evidente que somente 1 GW de energia Solar não é suficiente para fazer partir uma indústria no país, porém sinaliza uma grande oportunidade para os investidores acreditarem que a decisão de inserir Energias Renováveis na matriz energética nacional é séria e terá continuidade. 6. Novos Leilões já agendados: Além do leilão executado em 2014, o governo federal através da Aneel, já indicou mais 2 certames específicos para a tecnologia solar fotovoltaica, os quais deverão ocorrer nos meses de Agosto e Novembro de 2015, respectivamente. Considerando a robustez do ultimo leilão, a disponibilidades de projetos disponíveis e a volúpia dos participantes, imaginamos que facilmente alcançaremos até o final de 2015 uma demanda negociada em torno de 2 gigawatts de potência, o que finalmente trará condição para uma real instalação das industrias no país. Claro que não podemos terminar por aí, afinal 3GW não significa nada dentro da matriz energética brasileira e também não garantirá a evolução da indústria local. O governo deverá seguir demonstrando o desejo em realmente aumentar a participação das renováveis no decorrer dos anos.



AMEAÇAS: Cenários otimistas à parte, ainda existem muitas “amarras” que não permitem uma expansão expressiva da tecnologia Solar fotovoltaica e que necessitarão do auxílio dos nossos governantes para que alcancemos a demanda esperada. 1. Linhas de financiamento na micro e mini geração distribuída: Como citado anteriormente, muita gente teria disposição para investir na tecnologia se tivesse uma linha de financiamento que fosse competitiva e de fácil acesso. Infelizmente os bancos públicos e privados ainda não se atentaram para essa grande oportunidade; ficando os financiamentos reduzidos a CEF e poucos outros, com juros ainda muito altos. 2. Burocracia: As companhias distribuidoras de energia ainda não tiveram tempo hábil para desenvolver um processo menos burocrático para uma conexão residencial / industrial, o que vem causando diversos transtornos para os interessados em iniciar a produção e respectiva injeção de energia na rede, através do programa de net metering. A conexão à rede também tem trazido muitos problemas para as empresas instaladoras e fabricantes, uma vez que cada distribuidora definiu suas próprias regras e padrões de conexão, chegando ao ponto de definir seu próprio conceito de homologação. Cabe aos fabricantes o contato, apresentação e homologação dos seus produtos e aos instaladores, esperar por este pro-

cesso para posteriormente avançar no processo de solicitação de conexão. 3. Programa de Etiquetagem do Inmetro: Com o intuito de proteger os usuários residenciais e garantir um padrão de qualidade dos equipamentos comercializados no Brasil, desde fevereiro de 2015, todos os fornecedores de inversores Solares até 10KWatts deverão ser homologados por laboratórios acreditados pelo Inmetro (vide portaria 357). Infelizmente o prazo oferecido pelo Inmetro, não foi suficiente para que os laboratórios pudessem se adaptar a realidade, sendo que o primeiro disponível, tem capacidade de teste limitada, tanto em potência (até 6 kW) como disponibilidade, levando até 25 dias para finalizar um único teste. Ex. Considerando que cada fabricante tenha cerca de 8 modelos por família, este laboratório levaria pelo menos 6 meses para testar os equipamentos somente desta empresa. Tal fato tem causado um grande “gargalo” no desenvolvimento das vendas, exatamente por falta de produtos habilitados, e pior, em um momento onde a tecnologia nunca foi tão solicitada.

4. Cadeia Produtiva: No intuito de desenvolver a cadeia produtiva Solar Fotovoltaica e estabelecer as bases para a instalação da indústria no país, o governo federal optou inicialmente por impulsionar a indústria de módulos solares. Para esta foi concedido a todas as empresas que apresentassem um projeto de nacionalização dos módulos, no período de 5 anos – seguindo regras pré-estabelecidas, a possibilidade de financiamento imediato pelo BNDES (Programas FundoClima / Finem). À todos os outros componentes da instalação solar (Cabines, Transformadores, Inversores, etc). só estarão acessíveis aos financiamentos do BNDES, no caso em que oferecerem conteúdo local superior a 60%. Tal atitude, de certo modo força aos fabricantes que se estabeleçam no Brasil, porém é importante frisar que na contramão do que se espera, tal atitude tem elevado os níveis de preços de produtos nacionalizados a parâmetros superiores a 30% em relação aos mesmos componentes importados e internados no Brasil. Consequentemente, os investidores que necessitem de financiamento local para participação nas licitações, terão que considerar este aumento nos seus projetos financeiros e na maioria das vezes perderá competitividade com empresas internacionais que trazem linhas de financiamentos e produtos do exterior. O exemplo foi visto no último certame ocorrido em 2014. Assim sendo, para nós que investimos nesta tecnologia nos últimos 4 anos, nos resta seguir acreditando e lutando para que todos as barreiras sejam vencidas e a Energia Solar Fotovoltaica venha para ficar.

4 years of photovoltaic solar energy in Brazil HAMILTON MOREIRA DA CUNHA JR.

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CEO Eletronica Santerno América Latina

ince the topic Photovoltaic Solar Energy officially entered into the agenda in Brazil, many initiatives have happened, and we follow the process from the beginning, we can say that much has been done and we are evolving enough! Initially, with a huge effort to develop all the bases of introduction of technology, from the creation of technical standards connection and protection of micro systems and distributed minigeneration, to the technical training of the various elements which were decisive for the actual introduction of technology in the country. Today we can say that Photovoltaic Solar Energy is a reality not only in Brazil but also in the major Latin American clients. The Brazil specifically because of its role in Latin America, continues to lead the process of introduction and consolidation of this technology. Optimism aside, it is still very evident lack

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of knowledge on the part of the leaders of our country and unfortunately we still have a great road to walk until we find an environment that is attractive and viable investment. LET ME BE CLEAR: There is no denying the great opportunity that the current situation offers for investment in PV: 1. Water Scarcity: A Real reduction of electricity generation due to water scarcity brought the impact of increasing the cost of electricity by more than 50% for residential consumers besides introducing tariff flag which further includes a variable cost to the account. As for those industrial consumers who do not have a preestablished agreement with the energy distributors, this increase can reach up to 5 times the current value considering the purchase of energy on the market “spot”. The lack of water both unbalanced the electricity sector, we reached the height of industrial entrepreneurs see themselves more opportunity to sell the contracted energy to over

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R $ 800 a megawatt, keep your production running. 2. Possible lack of energy: It was evident the risk to maintain an energy matrix, based on hydro generation can bring to the country. Our governments are aware of this situation, and see different paths promoting other forms of power generation, especially renewable. 3. Micro Distributed Generation: The desire to be able to generate its own energy, be sustainable and not be especially vulnerable to energy increases due to the factors already described above, has caused many people are interested in the Solar Photovoltaic technology. Just talk to the pioneers of solar installation or equipment suppliers themselves to confirm this statement. I often say that “Everyone wants to have a photovoltaic solar installation,” but still, there are few who are willing to run an investment that would return about 5-7 years (considering the already commented increases), even though the economy lasted for over 13 years. For those who


have capital availability, not invest in PV this is pure lack of common sense, so certainly this investment is much better in the medium term, to stay with money invested in funds, fixed income, LCI, etc ... . which, very Fitness will pay about 1% per month. 4. Mini Distributed Generation: Are all facilities which consist of between 100 kilowatts to 1 megawatt, according to Prodist rules. These, I believe that will be the big players to drive the generation distributed in Brazil. The installation of a photovoltaic solar power plant in an industrial offers great benefits to investors. Starting with the energy consumption profile of an industry that is completely in line with the solar photovoltaic generation, and it may well consume the entire power generated without having to return it to the network on a “net metering”, which still was not interesting to the generator, mainly due to obligation to pay VAT of the energy generated. 5. Large-scale Generation (Utilities): Recent events have contributed enough to establish the basis for the photovoltaic industry in the country, such as the last Reserve Auction (LER / A-3) which were traded around 1 Gigawatt of Solar Photovoltaic energy, which should be available for consumption on or after 1 January 2017. It is clear that only 1 GW Solar energy is not enough to make from an industry in the country, but signals a great opportunity for investors believe that the decision to issue renewable energy in the national energy matrix is serious and will continue. 6. New auctions already scheduled: In the auction run in 2014, the federal government through Aneel, as indicated 2 more specific exhibitions for the photovoltaic solar technology, which will occur in August and November 2015, respectively. Considering the strength of the last auction, project cash available and the lust of the participants, we imagine that easily reach by the

end of 2015 a negotiated demand around 2 gigawatts of power, which will finally bring condition for an actual installation of industries in country. Of course we can not end there, after all 3GW means nothing in the Brazilian energy matrix and did not ensure the development of local industry. The government should follow demonstrating the desire to actually increase the share of renewable over the years. THREATS: Optimistic scenarios aside, there are still many “bonds” that do not allow a significant expansion of photovoltaic solar technology and they will need the help of our leaders so that we achieve the expected demand. 1. Credit lines in micro and mini distributed generation: As previously mentioned, many people have willingness to invest in technology if you had a line of credit to be competitive and easily accessible. Unfortunately the public and private banks have not paid attention to this great opportunity; getting funding reduced CEF and few others, still very high interest rates. 2. Bureaucracy: The power distribution companies have not had sufficient time to develop a less bureaucratic process for a residential / industrial connection, which has caused various disorders for those interested in starting production and its energy injection into the network by net metering program. The connection to the network has also brought many problems for installers and manufacturers, as each distributor set their own rules and connection patterns, to the point of defining their own concept of approval. It is up to manufacturers contact, presentation and approval of their products and installers, wait for this process to further advance the connection request process. 3. Labeling Program of Inmetro: In order to protect residential users and ensure a standard of quality of equipment sold in Brazil since February 2015, all suppliers of solar inverters to

10KWatts to be approved by laboratories accredited by Inmetro ( vide Ordinance 357). Unfortunately the term offered by Inmetro was not enough that the laboratories could adapt to reality, and the first available, have limited testing capability in both power (up to 6 kW) as availability, taking up to 25 days to finalize a single test. Ex. Since each manufacturer has about 8 per family models, this lab would take at least six months to test the equipment only from this company. This has caused a major “bottleneck” in the development of sales, just for lack of qualified products, and worse, at a time where technology has never been requested. 4. Supply Chain: In order to develop the Solar Photovoltaic production chain and lay the foundation for the industry installation in the country, the federal government opted initially for driving the solar module industry. For this was granted to all companies to submit one of the modules nationalization project in 5 years following pre-established rules, the possibility of immediate funding by BNDES (Programs FundoClima / Finem). For all other components of the solar installation (cabins, transformers, inverters, etc ....) will only be accessible to the BNDES, in the event that offer local content higher than 60%. This attitude, in a sense force the manufacturer to be established in Brazil, but it is important to note that contrary to what is expected, such an attitude has high levels of product prices nationalized the upper parameters to 30% compared to the same components imported and hospitalized in Brazil. Therefore, investors who need local funding for participation in tenders, will have to consider this increase in its financial projects and most often lose competitiveness with international companies that bring credit lines and outdoor products. The example was seen in the last event occurred in 2014. Therefore, for us to invest in this technology over the past four years, left in the following believing and fighting for all the barriers are overcome and Photovoltaics come to stay.

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Aplicação de sistemas híbridos solar-eólico para fornecimento de energia elétrica em pequenos consumidores no Nordeste MILTHON SERNA SILVA Professor da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e Vinícius Souza Santos - Graduando em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Sergipe (UFS) – São Cristóvão - SE. O trabalho mostra a metodologia adequada para viabilizar a instalação e operação de um sistema hibrido autônomo. Sendo assim, dividiu-se em 4 etapas: a primeira refere-se a aquisição dos dados; em segundo lugar: é feito o tratamento dos dados com os softwares adequados para cada fonte de energia (solar e eólica); em terceiro lugar: analisa-se os resultados obtidos a partir dos dados previamente obtidos, para dimensionar o sistema híbrido; e por último: o estudo de caso, no qual demonstrará o funcionamento do sistema eólico e solar e os outros dispositivos que fazem parte do sistema elétrico ligados para suprir uma determinada carga. 1.0 - INTRODUÇÃO O Nordeste Brasileiro possui ótimos recursos para as duas principais fontes de energias alternativas, solar e eólica [1]. A região nordeste do Brasil, por ser mais próxima do que as demais regiões da linha do Equador, onde o sol incide diretamente, é a que possui maior área de radiação solar e também aonde ela é mais favorável, com níveis que variam entre 5.700 e 6.100 Wh/m² dia. Além disso, o Brasil tem grande potencial eólico concentrado nas regiões litorâneas e no nordeste, o maior produtor dessa energia no Brasil, com capacidade de 75.000 MW. A partir disto, essa localidade é um cenário interessante para o desenvolvimento de projetos híbridos. Esse tipo de energia é muito usado em regiões distantes, isoladas, que ainda hoje não possuem interconexão elétrica. Além disso, para as concessionárias levarem a estrutura necessária até esses lugares e estenderem sua rede sairia bastante dispendioso, então os sistemas autônomos híbridos, ou seja, sistemas elétricos que não necessitam da rede elétrica de distribuição que usam aerogeradores e/ou painéis fotovoltaicos são os mais indicados para serem utilizados, sendo sistemas que podem atingir essa meta e que não agridem o meio ambiente. Contudo, não basta apenas fazer a aquisição do gerador eólico e as placas fotovoltaicas e instalá-los no lugar desejado, antes é preciso fazer análises do comportamento dos recursos necessários para o funcionamento do aerogerador e paneis no período mínimo de 1 ano. Por isso, esse trabalho visa demonstrar as etapas necessárias para levar ao pleno funcionamento de um

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sistema híbrido, desde a aquisição dos dados. 2.0 - AQUISIÇÃO DOS DADOS Antes de instalar um sistema híbrido, é necessário analisar a disponibilidade do recurso encontrado na região desejada. Para que possa estimar o comportamento da irradiação solar e do vento (velocidade e direção), para cada respectivo sistema. 2.1 – PARÂMETROS PARA O DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA EÓLICO Foi disponibilizado para os autores deste trabalho bases de dados com valores coletados de velocidades e direções dos ventos relativos a uma estação meteorológica na cidade de Galinhos-RN. Essa série possui dados de um ano em intervalos de uma hora. A série disponibilizada contém dados a partir de 01/05/2011 até 01/04/2012, ou seja, cerca de um ano. Destes, foram extraídos e organizados os dados mais relevantes para o estudo, correspondentes aos valores de velocidade média, rajada de vento e direção do vento. Na FIGURA 1 são mostradas as localizações do município, da torre anemométrica com dados disponibilizados e do local de análise para a simulação do projeto, escolhida de acordo com as características planas e com poucas obstruções da rugosidade local, a existência de parques eólicos próximos, o que indica condições eólicas favoráveis.

Figura 1 - Localização de Galinhos/RN

O vento é uma variável probabilística, então uma maneira conveniente de expressar os

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resultados da avaliação do potencial eólico de uma região é utilizar expressões analíticas que caracterizem o comportamento do vento de forma contínua ao longo do tempo [2]. Faz-se uso então, a expressão da distribuição de probabilidade de Weibull que é calculada a partir dos dados medidos diretamente no local, por uma torre anemométrica. O emprego desta técnica oferece uma ferramenta consistente para realizar extrapolações relativas à localização e alturas em relação aos dados originais e permitir comparações de diversos locais. A densidade de probabilidades de Weibull, representada pela equação 1.0, é um modelo adequado para caracterizar a distribuição de velocidades do vento em diversas regiões, além de representar de maneira bastante aproximada o histograma de distribuição de velocidades e ser uma função de fácil associação ao regime de ventos que se deseja simular. Utilizando-se o conjunto de dados obtidos através de medições, calculam-se o parâmetro de escala c e o fator de forma k. Pela aplicação do modelo obtemos uma função que representa com uma boa aproximação a probabilidade de ocorrência dos diversos valores de velocidade: Equação 1.0 onde c representa o parâmetro de escala, dado em unidades de velocidade, que está relacionado ao valor da velocidade média do vento e k é o fator de forma, o qual é adimensional e está relacionado com a uniformidade da distribuição das velocidades e V é a ocorrência de velocidades. Um valor de k próximo de 1 indica um regime de vento altamente variável, enquanto que k > 3 indica um regime estável de vento. 2.2 – PARÂMETRO PARA O DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO O Centro de Pesquisas de Energia Elétrica – CEPEL/Eletrobrás disponibiliza na internet um vasto banco de dados das características da irradiação solar, como global e difusa, de todos os meses do ano de todas as regiões do Brasil referentes ao ano de 2000, a exemplo da TABELA 1 [3]. A partir desses dados, usando o sof-



tware PVsyst V5.06, é possível determinar os parâmetros necessários para o sistema Fotovoltaico. Além disso, é necessário localizar o posicionamento no globo da região que no caso está na latitude 5º 6’ 50" Sul e na longitude 36º 16’ 48" Oeste. TABELA 1 – Dados mensais da cidade de Galinhos/RN oriundos do banco de dados CEPEL/Eletrobrás Mês Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro

Irradiação Global (kWh/m²/dia) 5,66 5,82 5,63 5,24 4,92 4,56 4,87 5,25 5,52 5,71 5,41 5,58

Irradiação Difusa (kWh/m²/dia) 2,32 2,51 2,46 2,35 2,09 1,97 1,88 1,92 2,37 2,44 2,55 2,39

namento do local no globo que o painel deve ficar com inclinação de 5º para o Norte para obter os melhores de níveis de irradiação global, no caso 1956 kWh/m² por ano, como mostrado na figura 4 parte (a). Além do mais, ao simular os dados do dia 01/01/2000 à 31/12/ 2000, como mostrado na figura 4 parte (b), o gráfico de entrada e saída diária, revelou que os valores de produção de energia ficariam mais presentes no canto superior direito do gráfico, constatando ser uma região de boa irradiação solar para produção de energia elétrica.

4.2 – DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA EÓLICO O aerogerador de pequeno porte é composto basicamente por um rotor, pás, pelo cubo e gerador assíncrono que quando excitado pelo vento produz energia elétrica em CA. Esse aerogerador foi dimensionado para suprir com folga a demanda do sistema elétrico, com potência nominal de 1 kW, corrente alternada trifásica. Ele será instalado a 20 metros de altura. A tensão de saída do aerogerador é então convertida de CA em CC, através de um retifica-

Disponível no link: http://www.cresesb.cepel.br/index.php?section= publicacoes&task=livro&cid=2

3.0 - RESULTADOS OBTIDOS E DISCUSSÃO

Figura 4 (a): Determinação do ângulo de inclinação do painel fotovoltaico. (b): Gráfico de Energia efetiva de saída X Incidência global no plano coletor

dor, e alimenta o banco de baterias com a tensão de operação de 24 Volts em CC, conforme mostrado na figura 6.

3.1 EÓLICA

Figura 2- Rosa-dos-ventos à esquerda e a distribuição de frequências à direita da região de Galinhos/RN

A determinação Rosa-dos-ventos da função de distribuição de frequências de Weibull representada pela figura 2 equivalente ao perfil de ventos do local foi realizada através do software WindFarmer, que realizou a verificação dos dados e os cálculos necessários. Os parâmetros da distribuição de Weibull são: fator de escala de 9,1 m/s, fator de forma de 4,15; com uma velocidade média 8,21 m/s e densidade de potência de 418 W/m². Ao analisarmos, a Rosados-ventos, nota-se que há pouquíssimas variações da velocidade do vento o que revela um comportamento estável, favorável a produção de energia elétrica. Além disso, a média de velocidade do vento obtido foi bastante satisfatória, já que foi mais que o dobro da velocidade média de partida de um aerogerador de pequeno porte convencional. 3.2 SOLAR O software PVsyst, analisou os dados de posição e determinou de acordo com o posicio-

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4.0 – ESTUDO DE CASO Após concluir a analise dos recursos solar e eólico, pode ser dimensionado o sistema híbrido adequado para um pequeno consumidor. Considerando consumidores de baixa renda, seu consumo mensal médio é de 80kWh. E para esse valor será dimensionado o sistema hibrido. 4.1 DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO Os painéis fotovoltaicos foram dimensionados para atender toda a demanda da carga. Sendo assim, é composto por um total de 10 módulos fotovoltaicos do tipo monocristalino de 65Wp/12V. Os módulos são agrupados em ligações em série de 2 módulos cada, conseguindo-se uma tensão de 24 Volts CC (corrente contínua). Os 5 grupos-série de dois módulos são então ligados em paralelo, conforme ilustrado na figura 5. O painel fotovoltaico possui uma potência nominal de 650 Wp.

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Figura 6: Topologia

4.3 – DIMENSIONAMENTO DO BANCO DE BATERIAS O banco de baterias é o sistema de armazenamento de energia utilizado para suprir a demanda de energia do consumidor isolado durante a noite ou em dias chuvosos ou com ausência do vento, quando a geração dos painéis fotovoltaicos e do aerogerador é nula ou insuficiente para produção de energia. Considerando as baterias inicialmente carregadas, foi dimensionado para atender um consumo diário de 2.7 kWh por três dias consecutivos sem o fornecimento de energia pelos painéis fotovoltaicos e pelo aerogerador. Isso corresponde a uma capacidade de armazenamento de energia útil de aproximadamente 8.4 kWh. O banco de baterias é composto por 16 baterias estacionárias seladas com as seguintes especificações de 44 Ah/12 Volts em ciclo de descarga profundo organizadas em 5 arranjos de 2 baterias associadas em série ligados em paralelo, operando com tensão de 48 Volts CC. Figura 5: Associação mista de módulos fotovoltaicos


4.4 – FUNCIONAMENTO DO SISTEMA Como ilustrado na figura 7, o painel fotovoltaico e o aerogerador deverão ser ligados diretamente ao Controlador de carga, compatível com a potência do aerogerador e dos painéis fotovoltaicos. Ele vai fazer o gerenciamento do nível de carga da bateria, quando a bateria estiver plenamente carregada, sinalizará através de um LED e fará a desconexão imediata do banco para que não ocorra sobrecarga. Além disso, vai gerenciar o fluxo de energia, em situações em que a energia gerada pela turbina e pelo painel fotovoltaico forem insuficientes, ele injetará a energia da bateria no sistema. A saída do Controlador de carga em CC será ligada, ao inversor de frequência, que por sua vez converterá a CC para CA na frequência de aproximadamente 60 HZ para as tomadas da residência, tornando-se pronto para o uso para os mais diversos eletrodomésticos de uma residência em tensão de 110V ou 220V.

do atual ao que os dados foram obtidos, as mudanças climáticas provenientes do efeito estufa, seria um fator a considerar em uma possível discrepância da situação real. No processo de análise da região para a instalação do sistema hibrido o local escolhido na cidade Galinhos/RN, mostrou-se excelente para o desenvolvimento dos dois sistemas. Já que, primeiramente para o projeto eólico, a região apresenta estabilidade no comportamento do vento, porque apresenta um fator de forma de 4,15. Outro fato, é uma velocidade média de 8,9m/s o que favorece a criação de projetos eólicos de pequeno à grande porte, com produção de energia satisfatória. Segundo, por se tratar de uma região próxima a

Outro fato, é uma velocidade média de 8,9m/s o que favorece a criação de projetos eólicos de pequeno à grande porte, com produção de energia satisfatória.

Figura 7: Esquema de ligação do sistema.

4.0 - CONCLUSÃO Para uma análise com maior confiabilidade, seria necessário maior quantidade de dados, sendo esses mais recentes. No que se diz respeito ao cenário eólico, dados dos últimos três anos para se ter uma dimensão mais precisa do comportamento principalmente do vento. Entretanto, esse rigor é normalmente aplicado a projetos de grande porte, e o projeto de um sistema autônomo trata-se de pequeno porte, podendo assim ser estimado que o vento se comporte assim nos próximos anos. Já no cenário solar, os dados adquiridos são de 15 anos atrás. Apesar do projeto está sendo desenvolvido em uma região próxima a linha do Equador, dados atuais dariam uma dimensão mais real do comportamento da irradiação no local. Já que do perío-

to na região tendo um regime bastante estável, como demonstrado, teria uma probabilidade menor de ocorrência que deixaria o consumidor sem energia. Com um sistema hibrido, o banco de baterias com capacidade de aproximadamente 8.4kWh, que foi dimensionado para suprir a carga da residência por 3 dias será pouco utilizado. Já que acontece a complementação entre as fontes de energia, por exemplo, nos dias em que o céu estiver nublado e a geração de energia da placa fotovoltaica for reduzida o aerogerador continua sua produção e sustenta o sistema. Exceto, quando a turbina eólica e as placas fotovoltaicas não consigam gerar energia elétrica, o que para as condições da região é uma situação bastante remota, a carga será suprida pelo banco de baterias. Futuramente, quando a rede elétrica de distribuição da concessionária de energia chegar a essa localidade, o consumidor pode optar por ligar sua residência ao sistema para expandir a carga na residência. Além disso, ele pode ter acesso a essa rede por meio da Resolução da ANEEL 482/2012 [4], a qual estabelece as condições para o acesso de microgeração e minigeração distribuída aos sistemas de energia elétrica. O aerogerador e o painéis fotovoltaicos serão denominados pequenas centrais geradoras de energia elétrica para o sistema elétrico de distribuição, atendendo o consumo local e injetando o excedente na rede. Sendo assim, o consumidor pode fazer uso do sistema de compensação de energia elétrica, ou seja, o que não for utilizado será lançado no sistema da distribuidora, que utilizará o crédito para abater o consumo dos meses subsequentes ou em outras unidades do mesmo proprietário.

linha do Equador, região onde recebe diretamente os raios solares obtendo assim uma irradiação anual de 1956 kWh/m². Além disso, o clima favorável contribui para poucas precipitações, favorecendo a produção de energia. Tanto o aerogerador, quanto o sistema fotovoltaico poderiam ser os únicos geradores de energia do sistema junto ao banco de baterias, já que para ambos as condições de funcionamento são favoráveis. Entretanto, o que teria melhor aproveitamento caso fosse o único, seria a turbina eólica. Já que, uma sequência de dias de chuvas no inverno, bastando apenas ser pelo período do dia, superior a quantidade de dias para o qual o banco de bateria foi dimensionado, poderia deixar o consumidor sem energia. Em contrapartida, o ven-

Com um sistema hibrido, o banco de baterias com capacidade de aproximadamente 8.4kWh, que foi dimensionado para suprir a carga da residência por 3 dias será pouco utilizado.

5.0 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] Potencial solar e eólico. Disponível em <http:// www.brasilsolair.com.br/potencial-solar-e-eolico> . Acesso em 13 de Março de 2015. [2] Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito (CRESESB). Tutorial Eólica. Disponível em: <http://www.cresesb.cepel.br/ content.php?cid=tutorial_eolica> Acesso em 13 de Março de 2015. [3] Rauschmayer, Hans. Curso de Energia Solar – Projetista de Sistemas Fotovoltaicos Conectados à Rede. SEBRAE-SE. Julho de 2014. [4] ANEEL – Agencia Nacional de Energia Elétrica Resolução Normativa Nº482 de 17 de Abril de 2012. Disponível em: <http://www.aneel.gov.br/cedoc/ren2012482.pdf>. Acesso em 13 de Março de 2015.

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Politicas Públicas e Inovação: Contribuindo para a Difusão da Energia Solar FV JOSÉ ROBERTO DE ARAÚJO CUNHA NETO

JOSÉ ARTHUR DE ARAÚJO CUNHA Relevance Consulting

A relação entre desenvolvimento econômico e meio ambiente ganhou impulso a partir da década de 90 e continua sendo tema importante em discussões no setor público, privado, terceiro setor e academia, além de organismos internacionais. O grande debate sobre esta relação decorre do fato de que o desenvolvimento econômico implica muitas vezes em ações que causam impactos negativos ao meio ambiente. A energia, por sua vez, é um insumo fundamental para o desenvolvimento econômico e social de qualquer nação sendo que o principal componente da matriz energética mundial é o combustível fóssil (carvão, petróleo e gás natural) cuja queima e utilização degrada o meio ambiente devido à elevação da quantidade de CO2 na atmosfera, poluição do ar e da água com compostos tais como SO2, NOx e materiais particulados, entre outros. Esse problema pode ser mitigado por meio do uso de tecnologias de energias limpas e renováveis, as quais podem contribuir para suprir de modo sustentável a demanda crescente de energia elétrica da sociedade. Entretanto, o custo ainda elevado destas tecnologias renováveis em relação aos custos das fontes tradicionais de energia representa o principal limitador da expansão das fontes alternativas. Os efeitos de aprendizagem promovem a inovação que é fundamental para a redução de custo. Esses efeitos podem ser promovidos por meio da elaboração de políticas públicas as quais têm se mostrado extremamente relevantes para a promoção das energias renováveis, em especial a energia solar foto-

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voltaica (FV). Tais políticas públicas destinadas a fomentar o desenvolvimento de energias alternativas são essenciais para contribuir no desenvolvimento sustentável. Entre tantas fontes de energia alternativas, a energia solar FV tem se demonstrado uma das mais relevantes devido a importantes vantagens e características de sua tecnologia e fonte de energia. Uma das principais vantagens é o fato da energia solar ser extremamente abundante uma vez que sua fonte é o sol, sendo, portanto, não só a energia renovável de maior potencial na Terra, como também a de maior potencial em relação a qualquer outra fonte de energia estabelecida (Figura 1), gerando cerca de 10 mil vezes a energia necessária no planeta. Isso significa que o problema de escassez de energia do futuro seria reduzido, pois somado a isso, o silício, principal componente da célula solar FV, é o segundo elemento químico mais abundante da crosta terrestre, logo após o oxigênio. Figura 1 - Irradiação solar versus recursos de energia globais estabelecidos Nota: nessa figura, os combustíveis fósseis são expressos em relação ao total de suas reservas e as energias renováveis em relação ao seu potencial anual. Fonte: EPIA (2011).

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As vantagens da energia solar FV em relação aos combustíveis fósseis são claros, uma vez que é uma fonte limpa e renovável. Entretanto, estas vantagens também estão presentes em outras fontes alternativas de energia, tais como hidroelétricas, eólicas, biomassa e geotérmicas. Porém, a energia solar FV também possui algumas vantagens importantes em relação às energias alternativas. A primeira delas consiste no fato de que o módulo solar FV, principal componente do sistema, tem uma garantia de duração de cerca de 25 anos ou mais, sendo que neste período, de todos os componentes, apenas o inversor necessita de uma manutenção periódica por volta de 10 anos de uso. Desta maneira, a tecnologia solar FV possui uma combinação única de vida útil longa e baixo custo de operação.



Outra vantagem extremamente relevante da energia solar FV em relação às outras fontes de energia alternativas é a sua capacidade de permitir a construção de sistemas stand-alone, gerando potências de microwatts até megawatts. Isto permite a utilização de energia elétrica em diversos nichos de mercado, como em: comunidades remotas, sistemas solares residenciais, veículos espaciais, entre outros, nos quais o custo de se levar uma rede é muito alto ou até mesmo inviável, como nos casos espaciais. Por fim, o progresso da tecnologia solar FV, medido em $/Wp, apresenta relevantes perspectivas de melhorias tanto em tecnologias já consolidadas no É interessante mercado ressaltar que o (pesquisas desenvolvimento que levem ao aumento do último de eficiência segmento ou redução do custo dos (sistemas dispositivos) conectados à quanto em rede) ocorreu tecnologias em estágio devido a de pesquisa, programas de como as tecpolíticas de nologias de estímulo terceira genacional como ração. Isso em nos EUA, Japão, resulta um elevado China, Itália, potencial de inovação na Espanha e tecnologia Alemanha. solar FV, sendo um caso de estudo interessante para a aplicação de processos de inovação e políticas públicas. Tais vantagens não só fazem da energia solar FV uma fonte complementar às demais, mas também a coloca como uma fonte de relevante potencial na matriz energética mundial do futuro. Entretanto o atual e maior limitador para que isto ocorra no curto prazo é o custo elevado desta fonte alternativa de

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energia em relação aos combustíveis fósseis e a outras fontes alternativas. Este limitador, no entanto, tem se tornado cada vez menos importante, visto que a energia solar FV tem sido a fonte de energia que vem apresentando a maior redução de custo nas últimas décadas, declinando por um fator próximo a 100 desde a década 1950 e apresentando uma taxa média de crescimento da capacidade instalada acumulada de 29,9% ao ano no período entre 1980 e 2012. Como mencionado anteriormente, os mercados para a energia solar FV são diversos e podem ser agrupados em três principais segmentos: i) aplicações industriais remotas (telecomunicações, bombeamento e tratamento de água, atividades espaciais); ii) produtos para o consumidor (aplicações indoor, como calculadoras, relógios, instrumentos e recarregadores de bateria); iii) sistemas conectados à rede. Os dois primeiros

É interessante ressaltar que o desenvolvimento do último segmento (sistemas conectados à rede) ocorreu devido a programas de políticas de estímulo nacional como nos EUA, Japão, China, Itália, Espanha e Alemanha. Assim, diversos programas de incentivos têm sido utilizados em diversos países para a promoção e desenvolvimento de novas fontes alternativas de energia. Entretanto, tais incentivos variam de país para país e alguns variam entre fontes de energias diferentes. Segundo a nota técnica da EPE (2012), as duas principais classes de mecanismos de incentivo mais difundidas no mudo para a promoção de fontes de energias renováveis são: o sistema de preços (Feed-in Tariff) e o sistema de cotas (Renewable Certificates e leilões de compra). Entretanto, há uma diversidade muito grande de mecanismos de incentivos para promover a geração de energia solar FV, além dos citados anteriormente (Quadro 1).

segmentos foram as principais causas do desenvolvimento inicial da energia solar FV, ao passo que o último segmento é o principal fator de crescimento nos anos recentes e futuros.

Além destes, existem diversos outros mecanismos de incentivo para a promoção de energias renováveis, sejam eles financeiros, políticos ou de regulações.

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Entre eles, estão: i) subsídios à produção de componentes (cadeia produtiva), investimentos em pesquisas e desenvolvimento, projetos de investimentos destas energias; ii) empréstimos diferenciados; iii) mecanismos de regulação fiscal (redução de imposto de renda, de imposto de energia); entre outros. Por fim, é importante ressaltar que a maioria dos países adota não uma, mas uma combinação destes mecanismos de incentivos, além de adequá-los a suas próprias necessidades e exigências. Isto pode ser demonstrado pelo Quadro 2 a seguir para o caso de incentivos direcionados à energia solar FV.

binação de mecanismos de incentivo à geração solar FV: Alemanha, Itália, EUA, Japão, Espanha e França. Isto demonstra, como dito anteriormente, a importância das políticas de incentivo para a promoção da energia solar FV, ao menos enquanto seu custo ainda estiver acima de suas fontes concorrentes. Estes programas de políticas de incentivo para a inserção de novas fontes alternativas de energia são justificados por diversos motivos, como: desenvolvimento de uma nova cadeia produtiva (econômico), geração de empregos (social), domínio tecnológico e independência energética (estratégico), redução

tos de aprendizagem estão: learning-bydoing, learning-by-researching, learning-by-interacting, learning-by-using e economias de escala. O efeito learning-by-doing é o conceito de aprendizagem mais antigo e ocorre no estágio de produção de um bem, ou seja, depois que o produto/tecnologia já foi desenhada. Tal efeito parte do principio de que a experiência acumulada na produção do bem leva a redução de custo devido a diversos fatores associados com a repetição da tarefa, como aprendizado do trabalhador (aumento de eficiência), aprendizado do gestor, inovação nos processos e aperfeiçoamento no método de produção, mudanças na estrutura administrativa, melhor uso dos insumos (racionalização e substituição), entre outros. O efeito learning-by-researching identifica os gastos com pesquisa e desenvolvimento (P&D) como um mecanismo de aprendizagem que permite a firma identificar e explorar o conhecimento propagado nos laboratórios, institutos e academias de ensino. Esse efeito representa as melhorias e avanços nos processos de inovação de uma tecnoloDesta forma, a distribuição da ener- dos gases de efeito estufa (ambiental), gia. É dominante não só no estágio de gia solar FV ao redor do mundo está entre outros. Entretanto, uma das justi- inovação, mas também nos estágios de muito atrelada aos incentivos de políti- ficativas fundamentais para sustentar e difusão e saturação da tecnologia. cas públicas, concentrando-a, portanto, subsidiar a elaboração de políticas púO efeito learning-by-using acontece em países que promovam tais políticas. blicas destinadas à promoção e expan- quando o produto sai do estágio de deA Tabela 1 apresenta os dez países com são da tecnologia solar FV, são os efei- senvolvimento e produção e é introdumaior capacidade total instalada de ener- tos de aprendizagem que contribuem zido no mercado, sendo essencial para gia solar FV até dezembro de 2012, as- para a inovação, sendo fundamentais o desenvolvimento do produto, uma vez sim como os dez países que mais inves- para a redução de custo de qualquer tipo que o desenvolvimento não pode ser tiram na construção da capacidade ins- de tecnologia. Entre os principais efei- completamente alcançado dentro dos latalada desta energia Tabela 1 boratórios de alternativa no mes- Capacidade total instalada e capacidade instalada de energia solar fotovoltaica em 2012 (MW): 10 maiores países pesquisa e das fámo ano. bricas. Os efeitos Com a exceção da da experiência do China, os sete priusuário e dos meiros países com seus feedbacks maior capacidade são importantes instalada atualmente fontes de aprensão os mesmos paídizado tecnológises, não por acaso, co para a firma. apresentados no Ajuda a entender Quadro 2, ou seja, a performance e aqueles que mais limitações do possuem uma comproduto e a apreBrazilian Journal of Solar Energy

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ender mais sobre as reais necessidades do usuário. O efeito learning-by-interacting ocorre no estágio de difusão do produto, ou seja, nas interações entre todos os atores do ambiente, como as pesquisas de laboratórios, a indústria inserida, concorrentes, os usuários finais e o governo que aumentam a difusão do conhecimento. As relações com a rede inserida no ambiente tem um papel crucial para alcançar melhorias eficientes no produto, além de aumentar a base de conhecimento da firma com a troca de informações sobre características dos produtos, necessidades do usuário com todos os stakeholders. Por fim, deve-se ressaltar a importância do efeito da economia de escala que reduz o custo unitário de produção à medida que a produção aumenta, ocorrendo, portanto, no estágio de produção em massa do produto. Ela também é considerada um efeito de aprendizagem, pois o efeito decorrente da economia de escala encoraja a produção em larga escala, que por sua vez promove os outros efeitos de aprendizagem.

Todos esses efeitos estão sendo fundamentais para a redução de custo da energia solar FV, assim como para sustentar e subsidiar as políticas públicas destinadas a essa fonte de energia, como pode ser observado em países como EUA, China, Japão, Alemanha e Espanha. No caso do Brasil, algumas iniciativas públicas foram adotadas visando promover efeitos de aprendizagem. Entre os exemplos estão a criação da Empresa Brasileira de Pesquisa à Inovação Industrial (EMBRAPII) que tem como objetivo explorar as sinergias entre instituições de pesquisas tecnológicas e empresas industriais, por meio da cooperação com instituições de pesquisas científicas e tecnológicas, públicas ou privadas, a fim de estimular o setor industrial a inovar mais e com maior intensidade tecnológica para potencializar a força competitiva das empresas. Outra iniciativa recente do governo foi a aprovação da PEC nº 12 de 2014 que cria condições necessárias para uma maior integração entre estado, instituições de pesquisas tecnológicas e empresas inovadoras. Por fim, em outubro de

2014, o governo brasileiro realizou o primeiro leilão específico de energia solar no Brasil, com resultados acima do esperado pelo mercado. No total foram vendidos 1.048MW de capacidade instalada a um preço médio de BRL 215/ MWh. O desenvolvimento de novas tecnologias alternativas, com destaque para a energia solar FV, contribuem para aliar crescimento econômico à sustentabilidade do meio ambiente. No entanto, a difusão da energia solar FV é limitada em virtude de seu elevado custo em relação às demais fontes de energia tradicionais. Ao analisar o contexto internacional, é possível observar que as politicas públicas demonstram-se eficientes na promoção da redução desse custo por meio dos efeitos de aprendizagem, os quais estimulam os fatores de inovação. No Brasil, identificam-se algumas iniciativas em termos dessas políticas, porém ainda incipientes quando comparadas a outros países que promovem um conjunto abrangente de mecanismos de políticas públicas focadas na inserção, desenvolvimento e difusão da energia solar FV.



ENTREVISTA EXCLUSIVA

Entrevista com Deodato Taborda Vicente - Managing Director Weidmüller Conexel - RBS: Temos visto um crescimento do setor de energia solar no Brasil, apesar de alguns setores em nosso país, estarem passando por dificuldades. Quais são os planos da WEIDMUELLER para acompanhar este crescimento que o setor de energia solar esta passando, e aumentar sua participação nos projetos do setor que estarão sendo desenvolvidos nos próximos anos? DEODATO: “É claro para o grupo Weidmüller que os segmentos de energias renováveis em geral e que a energia fotovoltaica em particular são as áreas com maior potencial de crescimento em termos de geração energética em nosso país. Nos últimos anos os governos e a sociedade em geral ganharam consciência que o futuro da energia têm que ter uma forte componente de produção de fontes renováveis, principalmente por questões ambientais sociais e econômicas. Neste momento estão em grande desenvolvimento projetos consideráveis na área das energias renováveis, nomeadamente Fotovoltaica, Eólica, Hídrica, Biomassa, ora o Brasil é assumidamente um país rico em todos estes recursos naturais, previsíveis e abundantes. Temos Sol, água, vento, florestas em quantidades abundantes, só temos de os aproveitar. Claramente as energias renováveis são o negócio do presente e do futuro no Brasil. Em virtude disto, estamos trabalhando em diversas frentes colaborando no desenvolvimento deste mercado. A primeira frente de trabalho refere-se à disseminação de conhecimento: Dispondo de uma experiência acumulada de mais de 10 anos fornecendo string boxes, junction boxes, Protetores de surto, bornes e porta fusíveis especiais, ferramentas e conectores para aplicações fotovoltaicas. Já estamos realizando seminários in company sobre o assunto e ampliaremos no segundo semestre estas atividades em nosso auditório dedicando-nos à formação técnica de profissionais do setor. Outra ação, neste mesmo sentido de disseminação de conhecimento, foi o patrocínio da Weidmüller à edição do “Curso Técnico Instalador de Energia Solar Fotovoltaica”, uma publicação de alto nível, dedicada a profissionais da área e que já está na sua segunda edição em Portugal e no Brasil, sendo que este material deve ser, em um futuro próximo, adequado às condições geográficas e aos termos técnicos usados no Brasil. Por fim, estamos trabalhando intensamente na transferência para o Brasil do know-how já adquirido ao longo dos anos no centro de competência de Energia Fotovoltaica da Weidmüller que se situa em Espanha. O objetivo é desenvolver fornecedores e ativar uma linha de produção local de String Boxes com nacionali-

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das por String Boxes da Weidmüller são uma garantia muito grande aos investidores, projetistas e instaladores de instalações Fotovoltaicas. “

zação superior a 60%. Com toda esta gama de produtos e soluções, a Weidmüller é hoje um dos principais parceiros dos fabricantes de módulos; dos investidores; projetista e instaladores de qualquer parque fotovoltaico.” RBS: Vocês estão focando no desenvolvimento de uma linha de produção local String Boxes. Qual a função de uma String Box e o que caracteriza uma String Box de boa qualidade? DEODATO: “Em uma usina fotovoltaica são montadas várias séries de painéis fotovoltaicos, sendo que tipicamente cada conjunto de painéis fornece de 8 a 9KW. Cada conjunto é chamado de uma String e a String Box (também chamada de Combiner Box) recebe estes conjuntos, agrupando-os em uma saída maior (1000VDC x 100 a 300 Amperes) que é direcionada para uma das a entradas do inversor de frequência. Idealmente uma String Box deve ser capaz de monitorar individualmente a corrente de cada uma de suas entradas para identificar problemas de fornecimentos relacionados às Strings individuais. Adicionalmente, a String Box deve ter sistemas de proteção individualizados para cada fio de cada String (fusíveis próprios para aplicação fotovoltaica), chaves seccionadoras próprias para 1000VDC, protetores contra surtos adequados para 1500 VDC, um invólucro altamente resistente à irradiação solar e a variações de temperatura e, por fim, muito espaço interno para dissipar a geração e calor inerente ao uso de fusíveis. Apenas estas condições permitem que uma String Box opere sem restrições por períodos que vão de 15 a 25 anos. Os mais de 6GW de instalações a nível mundial que são atualmente protegidas e monitora-

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RBS: O desenvolvimento local do mercado fotovoltaico passa pela produção de painéis solares. Como a WEIDMUELLER pode contribuir com o fornecimento de painéis solares de alta durabilidade? DEODATO: “Um ponto crítico na construção do painel solar é o sistema de conexão montado na parte de trás do mesmo. Por sofrer variações extremas de temperatura o painel solar tem dilatações e retrações quase que diárias, neste sentido, o conector instalado na traseira do mesmo (chamado de Junction Box) deve ser construído de modo a absorver estas dilatações sem apresentar problemas de contato que inutilizariam o painel solar e, consequentemente, todo o string. A Weidmüller desenvolveu um Junction Box único no mercado por três motivos: Motivo 1: É o único sistema que tem uma base de fixação ao painel solar com sistemas expansão e retração que acompanham totalmente as variações dimensionais do painel. Motivo 2: A base de fixação ao painel solar é separada da placa de conexão da fiação portanto, em caso de necessidade de troca do painel solar, não há nenhuma necessidade de desconectar a fiação nem de parar o string (que continuará operando por meio de diodos de desvio montados na placa de conexão da fiação). Motivo 3: Por ser montada em uma placa de circuito impresso, a placa de conexão pode ser fornecida em diferentes configurações de contatos do painel solar. A JB desenvolvida e comercializada pela Weidmüller considerada hoje, a mais avançada tecnologicamente no mercado, certificada pela TÜV e testada pelas principais fábricas de módulos solares na Europa. A tecnologia e desenvolvimento da “JB” custou á Weidmüller cerca de 1 milhão de euros. Temos já assinado um acordo com aquele que irá ser o principal fabricante nacional de painéis solares que ao escolher a nossa JB e outros produtos de alta qualidade se compromete no fornecimento de um painel Fotovoltaico de elevada qualidade e performance. RBS: Quantos colaboradores a empresa conta hoje para atividades no Brasil, e no mundo? DEODATO: “Temos 160 pessoas trabalhando diretamente na Weidmüller Conexel do Brasil e cerca de 4800 funcionários no grupo


mundialmente falando, não incluindo nestes números nossa vasta rede de parceiros como representantes de vendas, distribuidores e integradores de sistemas.” RBS: Sabemos que a WEIDMUELLER é um dos grandes players do setor no mundo, com grande destaque no mercado Europeu. Qual a importância que a empresa da para o mercado brasileiro, e qual a importância dos negócios gerados no Brasil para os planos da empresa? DEODATO: “O Brasil foi e continua sendo uma das maiores apostas do grupo Weidmüller e prova disto é o intenso investimento de recursos feito na operação brasileira nos últimos 4 anos. Como resultado, neste período, a unidade brasileira da Weidmüller adequou seu sistema de produção tornando-o idêntico ao adotado nas outras unidades do grupo, criou o único centro de reparos de sistemas de identificação e máquinas automáticas da América Latina, modernizou seu centro de pesquisa e desenvolvimento passando a ter acesso aos mesmos arquivos da matriz alemã e tornou-se responsável pelo suporte técnico e venda de componentes aos outros países da América do Sul. O grupo entende que hoje a empresa tem plenas condições de desenvolver o potencial disponibilizado pelo mercado sul-americano que é certamente superior a 750 MLHÕES de Reais e a filial brasileira tem papel importante como plataforma de suporte para este desenvolvimento. Foi por considerar o projeto da Weidmüller no Brasil muito interessante que decidi aceitar o honroso convite que me foi dirigido para vir ocupar o cargo de MD desta unidade, depois de 23 anos a trabalhar na Weidmüller em diversos Países na Europa o projeto Brasil, devido a sua dimensão e potencialidade, é muito aliciante do ponto de vista pessoal e profissional razão pela qual aceitei sem exitar este importante desafio.” RBS: quais produtos são produzidos pela empresa aqui no Brasil? DEODATO: “Hoje produzimos localmente a linha de bornes a parafuso SAK, a linha de bornes a terminal olhal ST, diferentes linhas de conversores analógicos (EMA, EG e DEK), acopladores a relé, acopladores ópticos, supervisores de tensão e corrente, réguas montadas e soluções customizadas.” RBS: A empresa tem algum lançamento ou projeto que pretende lançar neste ano? DEODATO: “Todos os anos o grupo Weidmüller disponibiliza novas soluções ao mercado. Neste ano teremos a consolidação do portfólio de I/Os remotos (u-remote) este importante projeto da Weidmuller a nível mundial é fruto de alguns anos de trabalho de Engenharia e de mais de 30 Milhões de Euros de investimento, felizmente os resultados estão a superar as nossas melhores espectativas em todo o mundo e também no Brasil. O lançamento da linha de conversores ana-

lógicos ACT20C que além de transmitir os sinais analógicos também disponibiliza os dados de processo na rede Ethernet, o lançamento de conectores modulares para distribuição de energia WPD (Weidmüller Power Distribution) e novidades únicas em sistemas de identificação. No caso específico de sistemas fotovoltaicos estamos prevendo para este ano um avanço sem igual em sistemas de monitoração de strings por meio de redes wireless, mas estas novidades preferimos detalhar nas próximas feiras do setor.” RBS: qual a importância de uma publicação que trate exclusivamente dos interesses do setor de Energia Solar no Brasil. Papel feito hoje pela Revista Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, trabalho este que começou com o Jornal Brasileiro de Energia Solar? DEODATO: “Como colocado anteriormente, a disseminação de conhecimento é fundamental para garantir o desenvolvimento seguro e sustentável de uma nova tecnologia. No caso da tecnologia fotovoltaica há uma série de detalhes que diferem fortemente das outras áreas de eletricidade e demandam cuidados, ferramentas e procedimentos que não tem paralelo na formação eletrotécnica tradicional. Apenas a título de exemplo: O trabalho em tensão DC, em níveis que chegam a 1000V e a impossibilidade de eliminar a geração de energia em sua fonte primária de um modo rápido são três fatores inerentes à geração fotovoltaica e que exigem dos profissionais de projeto e instalação um conhecimento que é ainda é muito limitado em nosso país. Neste ambiente, publicações como a Revista Brasileira de Energia Solar, que indicam os melhores caminhos e práticas a serem adotados por nossos profissionais garantem o desenvolvimento da tecnologia, preservam a qualidade dos investimentos e promovem a segurança das instalações e dos profissionais que estão atuando nesta área.” RBS: O que a história do desenvolvimento da energia solar na Europa pode ensinar ao Brasil? DEODATO: “Como em qualquer tecno-

logia iniciante existe uma curva de aprendizado que iniciou-se na Europa a cerca de 10 anos e que agora está se iniciando no Brasil. Podemos tomar vantagem desta situação e observar alguns pontos que mostraram-se falhos na experiência europeia que não precisam ser repetidos no Brasil: 1) Nunca usar componentes próprios para tensões de 690VAC em aplicações fotovoltaicas de 1000VDC: Em uma aplicação sob 1000VDC os fios, fusíveis, porta fusíveis, conectores externos, protetores de surtos e chaves seccionadoras tem de estar certificados para o uso nestas condições. Nas primeiras instalações fotovoltaicas na Europa, por não dispor facilmente de materiais adequados a esta aplicação, muitos instaladores ficaram tentados a trabalhar com produtos adequados a uso em 690VAC. Na prática em pouco tempo esta decisão mostrou-se contraproducente e até perigosa pois os componentes utilizados nestas condições sofreram uma degradação muito mais rápida do que seria previsto, obrigando a execução de reformas em parques solares inteiros. 2) Nunca usar ferramentas de trabalho típicas para aplicações de baixa tensão (220VAC) em instalações de 1000VDC: As ferramentas usuais de um montador/instaladorelétrico são os alicates de decapar, alicates de crimpar, alicates de corte, etc. Se este instalador tenta usar estas ferramentas em instalações fotovoltaicas que trabalham com 1000VDC ele encontrará cabos com capas muito mais resistentes que os das instalações de baixa tensão e, inevitavelmente, a qualidade do trabalho de instalação ficará comprometida. No passado, instalações feitas nestas condições mostraram-se um risco a seus usuários. 3) Sempre usar sistemas com monitoramento por strings: No sentido de reduzir o custo de implantação de grandes usinas fotovoltaicas alguns fornecedores de sistemas instalaram conjuntos sem o recurso de monitoração por string. Na prática, embora esta ação reduza os custos de implantação de uma usina fotovoltaica em menos que 1%, ela aumenta enormemente os custos de operação desta mesma usina e ao mesmo tempo reduz em muito a capacidade de geração da mesma. Ao longo da vida útil de uma usina fotovoltaica, certamente painéis solares terão situações de falha e perda de eficiência (seja por sombreamento, sobreaquecimento, sujeira ou objetos estranhos), conectores apresentarão mau contato e outros problemas podem surgir de modo a reduzir a eficiência de strings. Nestas condições, sem uma monitoração individualizada no nível da String Box, torna-se quase impossível identificar dentre 200 Strings que são agrupados pelas String Boxes em um inversor, quais não estão apresentando máximo rendimento. Assim uma pequena economia no início do processo tornase uma perda de eficiência e de venda de energia que passa a estar presente ao longo de boa parte da vida útil da usina.”

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Internacional

China coloca em operação sua primeira usina dupla

Para fortalecer ainda mais seu sistema elétrico, a China colocou em operação ontem, em abril, sua primeira usina a produzir eletricidade a partir da biomassa e de painéis solares. Chamada de Longquan, a usina tem como missão produzir 162 milhões de quilowatts – hora por ano. A nova usina conta com dois gera-

dores de biomassa, os quais consumirão 250 mil toneladas de combustível de biomassa vinda de resíduos rurais. Para dar conta de produzir todos os quilowatts da missão, a usina contará com a ajuda de um sistema de energia solar, o qual será instalado até o final de abril. Com ele, a energia solar adicionará mais 1,3 milhão KWh por ano na rede elétrica.

O primeiro dia de produção, muitos agricultores da região enviarão caminhões com resíduos agrícolas em troca de yuans, moeda china. Dentre as matérias primas para a produção de energia de biomassa estão serragem e palha. Os resíduos agrícolas quando são reciclados possuem o potencial de gerar quilowatts equivalente a queima de 656 milhões de toneladas de carvão.

China put into operation its first dual power plant To further strengthen its electrical system, China put into operation yesterday in April, its first power plant to produce electricity from biomass and solar panels. Called Longquan, the plant’s mission is to produce 162 million kilowatt-hours per year. The new plant has two biomass generators, which will consume

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250 thousand tons of biomass fuel coming from rural residues. To give an account of producing all kilowatts of the mission, the plant will have the help of a solar power system, which will be installed by the end of April. With him, the solar energy will add more 1.3 million KWh per year in electrical network. The first day of production, many

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farmers in the region will send trucks with agricultural waste in Exchange for Yuan, china’s currency. Among the raw materials for the production of energy from biomass are sawdust and straw. The agricultural waste when recycled have the potential to generate kilowatts equivalent to burning of 656 million tons of coal



Internacional

Conselho Católico de Londres investe na instalação de painéis solares Preocupados com o meio ambiente, estabelecimentos de Londres estão buscando investir em energia solar. O Conselho católico da cidade londrina chamado de London District em parceria com a empresa Sarnia Aamjiwnaang First Nation Estruturais Tech Corp e uma empresa de energia solar estão firmando um acordo, o qual prevê a instalação de painéis solares nos telhados de 13 escolas.

A iniciativa, de acordo com o portavoz do conselho escolar, John Boles, tem como missão incentivar o uso de energias verdes. “Recebemos dinheiro com isso há 20 anos e estamos enviando uma mensagem boa, positiva sobre a gestão ambiental” ressaltou ele. Segundo Boles, o projeto foi iniciado em 2009 com a empresa canadense Amaresco Canadá, porém com as mudanças nas regras dadas pelo governo, a instalação acabou atrasando. A ideia é que os painéis sejam instalados ainda

nesta primavera e que todos sejam interligados até 2016. O acordo assinado pela instituição faz parte de uma parceria de mais de 20 anos e pretende gerar cerca de 800 mil dólares para a diretoria do conselho. A eletricidade gerada a partir dos painéis ira abastecer a rede municipal e gerará cerca de 1.025MW. As escolas beneficiadas com os painéis solares são: St. Marguerite d’Youville, St. Nicholas, Sagrada Família, São Sebastião e São Andre Bessette.

London Catholic Board invests in the installation solar panels Concerned about the environment, establishments of London are seeking to invest in solar energy. The Catholic Council of londrina city called London District in partnership with the company Sarnia Aamjiwnaang First Nation Tech Corp and a Structural company solar energy are firming a deal, which provides for the installation of solar panels on the roofs of 13 schools. The initiative, according to the spokesman of the School Board,

John Boles, ‘s mission is to encourage the use of green energy. “We received money with it for 20 years and we are sending a good message about positive environmental management,” he stressed. According to Boles, the project was started in 2009 with the Canadian company Amaresco Canada, but with the changes in the rules given by the Government, the facility ended up delaying. The idea is that the panels be installed yet this spring and may they all be

interconnected until 2016. The agreement signed by the institution is part of a partnership of more than 20 years and aims to generate about 800 thousand dollars to the Board of the Council. The electricity generated from the panels will supply the municipal network and generates approximately 1,025 MW. The beneficiary schools with solar panels are: St. Marguerite d’Youville, St. Nicholas, Holy family, St. Sebastian and St. Andre Bessette.

Projeto criado por estudantes peruanos prevê uso de energia solar para purificar água Uma proposta desenvolvida por alunos da Universidade Nacional de San Marcos, no Perú, pretende viabilizar um projeto de energia solar que é capaz de purificar água. O projeto que é chamado de “Iluminação usando painéis solares e de purificação de água com raios Ultravioleta” foi apresentado na quinta edição do prêmio Odebrecht para Desenvolvimento Sustentável. A iniciativa criada pelos estudantes é considerada economicamente viável pelos or-

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ganizadores, além de também ser totalmente a favor do meio ambiente. O projeto é composto por painéis solares, os quais armazenam a energia produzida em baterias com lâmpadas LED. As baterias fazem com que o sistema de um filtro remova 99% das bactérias presentes na água através de raios ultravioleta. O projeto pretende melhorar a qualidade de vida das pessoas, oferecendo-as energia limpa e água purificada. A proposta já conta com um projeto piloto que está implementado no assentamento humano “Chavin de Carabayllo”.

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Para Vania Reynoso, uma das idealizadoras do projeto, a iniciativa é capaz de ajudar muita gente. “Desde que conheci a liquidação Chavin Carabayllo e seus graves problemas de suprimentos básicos, percebemos que com o nosso apoio, a situação poderia ser diferente. Investigamos e receber o apoio de um grande grupo de muito entusiasmado. Depois de ver os principais resultados podem agora garantir que não há melhor maneira de superar as lacunas que a partilha de conhecimentos com empenho e espírito de serviço” comenta ela.



Internacional

Obama anuncia iniciativa solar para ajudar governo a cumprir meta em prol do meio ambiente O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou na semana passada em Utah, mais uma iniciativa para incentivar o uso de energia solar no país. Para impulsionar o crescimento da indústria solar, o presidente anunciou que pretende treinar cerca de 75 mil pessoas para trabalhar na indústria de energia solar, incluindo veteranos militares. Antes de voltar para Washigton, Obama programou sua fala sobre os

planos de energia na base da força aérea. O departamento de Energia do país irá iniciar a preparação das pessoas para o mercado de trabalho solar em 2020. Além do treinamento, o departamento de defesa americano em parceria com o departamento de energia irão lançar programas em 10 bases militares pelo país , cujo o foco é incentivar a instalação de painéis solares no local. O objetivo principal do governo americano é continuar a reduzir a emissão de carbono e criar bons empregos

no setor de energia limpa. Para contribuir com essa redução, o governo também irá buscar a aprovação de um projeto de lei que visa o treinamento da força de trabalho solar, o qual permitiria que os veteranos participassem de um programa voltado para o setor solar. Através dessas iniciativas, Obama pretende ajudar o país a atingir a meta submetida na Convenção- Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que é reduzir as emissões líquidas de gases estufa.

Obama Announces solar initiative to help the Government fulfill goal in favor of the environment The President of the United States, Barack Obama, announced last week in Utah, another initiative to encourage the use of solar energy in the country. To boost the growth of the solar industry, the President has announced that it intends to train about 75 thousand people to work in the solar energy industry, including military veterans. Before returning to Washington, Obama scheduled his speech about power plans on air force base. The

Department of energy of the country will start to prepare the people for the labor market solar in 2020. In addition to training, the u.s. Defense Department in partnership with the Department of energy will launch programs in 10 military bases across the country, whose focus is to encourage the installation of solar panels at the site. The main objective of the Government is to continue to reduce the carbon footprint and create good jobs in

the clean energy sector. To contribute to this reduction, the Government will also seek the approval of a bill aimed at the solar workforce training, which would allow the veterans to participate in a program dedicated to the solar industry. Through these initiatives, Obama intends to help the country achieve the goal under the United Nations Framework Convention on climate change, which is to reduce net emissions of greenhouse gases.

México atrai empresas geradoras de Energia Solar A Associação Nacional de Energia Solar do México (ANES) divulgou esta semana que o número de empresas interessadas em produzir energia solar no país aumentou. De acordo a associação em quatro anos o crescimento de empresas dedicadas a este segmento cresceu 1200%, ou seja, de 46 em 2010 para 600 em 2014. De acordo com AlbertoValdés Palácios, presidente da ANES, o número de profissionais capacitados para a função também cresceu. A ANES salientou que

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a demanda por pessoal treinado para executar atividades paralelas ao fornecimento como design, instalação, pesquisa e desenvolvimento teve um grande crescimento para o setor de energia

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solar em geração distribuída. Dados da ANES estima-se que o valor da geração distribuída poderá chegar a oito bilhões de dólares e também criar meio milhão de empregos diretos nos próximos seis anos. Além das vantagens econômicas que a energia solar traz ao México, os maiores beneficiados também serão os consumidores. No setor residencial mais de 500 mil usuários já utilizam a energia limpa para consumo. No setor comercial mais de 3 milhões de empresas já utilizam a tecnologia sustentável.



FAÇA-SE A LUZ!! ARTIGO POR CARLOS EVANGELISTA

S

eria bom se fosse possível ignorarmos as leis da física e resolver alguns de nossos problemas de fornecimento de energia. Infelizmente isso não é possível, por exemplo, não podemos criar energia. O mesmo ocorre com as leis da economia. Quando tentamos contorna-las ou mesmo ignora-las, mais cedo ou mais tarde o equilíbrio do mercado inexoravelmente nos cobrará, por vezes a um custo maior que o suportado. A Lei da Oferta e Procura (ou Lei da Oferta e Demanda) é definida em economia como relação entre a demanda (procura) de um produto ou serviço e a quantidade que o mesmo é ofertado no mercado (oferta). A partir dessa relação é possível descrever o comportamento predominante dos consumidores na aquisição de bens e serviços em determinados períodos, em função de quantidades e preços. Quando a oferta de um produto excede muito à procura, seu preço tende a cair. Por outro lado, quando a demanda supera a oferta, a tendência é de aumento do preço. A estabilização da relação entre a oferta e procura leva a uma estabilização do preço. Existem alguns fatores importantes que podem desequilibrar essa relação, como concorrência, regulamentação, inovação desruptiva, etc, provocando alterações de preço. O preço de um pro-

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duto ou serviço funciona como estímulo positivo ou negativo para que os consumidores adquiram os bens que necessitam. No entanto, apesar do fator preço ser fundamental, existem outros elementos importantes que irão afetar a relação da oferta e procura. - A existência de concorrência; (mercado livre / mercado cativo) - O poder de compra do consumidor; (classe A, B, C, etc) - O produto ser uma necessidade básica; - Medidas governamentais; (resoluções, medidas provisórias, etc) - Monopólios, etc Da mesma forma que a oferta exerce uma influência sobre a procura dos consumidores, a frequência com que as pessoas buscam determinados produtos também irá influenciar no aumento e diminuição dos preços de bens e serviços. Mas qual a relação disso com energia solar fotovoltaica? Isso vale para o mercado livre tanto quanto para o mercado cativo?

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Mesmo em mercados “fechados”, sem possibilidade de escolha de fornecedor como o mercado cativo, a Lei da Oferta e Procura impactará nos preços. Se olharmos as principais ações efetivadas no mercado de energia nos últimos anos, sob o enfoque de oferta x demanda, veremos que todas, com maior ou menor efetividade, afetaram o equilíbrio da famosa lei descrita acima. Vamos começar pela água, por exemplo. Por volta de 66% de nossa matriz elétrica é oriunda de conversão de energia potencial hidráulica em energia elétrica. São as usinas hidrelétricas de todos os portes e tipos. Desde as PCH’s até a gigantesca usina hidrelétrica de Itaipu. Existem estudos mostrando que o nível médio das represas vem caído ano a ano, isso devido aos mais diversos fatores. Não apenas por causa dos meses secos que tivemos recentemente, mas também pelo fato dos reservatórios terem esvaziado progressivamente desde janeiro de 2012 até dezembro de 2014, quando chegaram ao pior nível da história. Isso nos leva a concluir que tal fato já afetou e ainda afetará mais, de maneira direta e indireta, a produção de energia. Portanto, haverá menos oferta de energia – sendo assim, pela lei da oferta e procura, o preço tende a subir... Agora, muita atenção! Não podemos apenas culpar São Pedro; pelo gráfico abaixo é possível notar que o declínio não é devido a uma sequencia de hidrologias anteriores severas e o ano de 2014 não é o pior da história.



Fonte Fonte: gráfico elaborado pelo Instituto Ilumina

A falta de chuvas nos últimos meses foi apenas a gota d’água (sem trocadilho) que desequilibrou o sistema, que na verdade ficou vulnerável devido à perda ano após ano de sua capacidade hídrica disponível. O problema é de difícil equacionamento, pois além de estarmos esvaziando os reservatórios, não parece que conseguiremos enchê-los o suficiente. De fato, com o baixo potencial disponível, foi necessário um aumento da oferta com energia proveniente de outras fontes para manter o sistema estável, e nossa matriz permite que complementemos com energias de fontes termoelétricas. Acionamos todas a pleno vapor, ou melhor dizendo, a pleno óleo, diesel, etc. Ora, aumentamos a oferta, porque o preço não caiu? Por dois motivos: Primeiro, não aumentamos a oferta, apenas repusemos uma queda da oferta de energia no mercado. E segundo, porque foi uma reposição de oferta com custo muito superior a media do mercado, elevando os patamares de preço. A materialização de tudo isso, alem do preço mais alto, é a bandeira vermelha que vem sinalizada em nossas contas de energia. Infelizmente, além da bandeira também não vem um gráfico comparando o custo das outras opções de produção de energia. Todos veriam que existem outras tecnologias que cus-

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tam bem menos que as térmicas, comparando uma a uma. Mas há o sentimento de que a térmica é quase perene pois independe de influencias sazonais externas; isso é parcialmente verdade. Enquanto tivermos gás, diesel, óleo e carvão suficientes e disponíveis, será sempre possível deixa-las funcionando quanto tempo for necessário (ou até quebrarem). Ainda bem que nosso diesel ou gás não é oriundo de países envolvidos em conflitos como a Rússia, por exemplo, que de vez em quando sinaliza fechar as torneiras... e deixar os consumidores do leste europeu esfriarem a cabeça, literalmente. Há outras considerações, em 2012 a medida provisória 579 colocou a energia elétrica em média 20% mais barata. Isso foi feito de maneira artificial, com uma fundamentação regulatória e contábil bastante controversa. O resultado foi implacável, passado o devido tempo, o mercado cobra inexoravelmente a Lei da Oferta e Procura. Além disso, existiu um efeito secundário naquela medida. Parte dos consumidores ficou com a percepção que nossa energia elétrica era abundante e barata. Há controversas se isso provocou aumento da demanda, alguns estudos dizem que em curto prazo isso foi irrelevante para a demanda. As explicações acima não são com-

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pletas, na verdade, estão longe disso. Neste último ano o nosso PIB (vulgo “pibinho”), foi abaixo de todas as previsões e expectativas, em tese, demandamos menos energia elétrica do que o esperado e planejado, isso porque alguns setores da indústria mantiveram seus níveis de produção ou até decresceram sob o atual cenário econômico. Então porque a aparente falta de energia se a demanda não cresceu vigorosamente ? A explicação disso passa por nossa real capacidade de produzir energia. Há trabalhos muito interessantes, acadêmicos e de consultorias especializadas, colocando em cheque a nossa real capacidade de produção de energia, ou em outras palavras, esses trabalhos ou estudos mostram que a capacidade do país de fornecer toda a energia contabilizada pelos órgãos reguladores governamentais é menor do que o previsto nos planos. O sistema está subdimensionado; agora o quanto esta subdimensionado é bem difícil de mensurar. Há inúmeras considerações a fazer, diversas variáveis a considerar, infinitos modelos a interagir, no entanto, uma coisa é muito fácil de notar. A pontual mas preocupante falta de energia que tivemos em 19 de janeiro, corrobora a tese de que a demanda está maior que a oferta, não porque a demanda aumentou “descasada” da oferta, mas sim porque a oferta que já era menor do que o estimado, na verdade diminuiu. São apenas pequenos exemplos onde é possível sintetizar problemas conjunturais em um simples desequilíbrio da Lei da Oferta e Procura. Diante desse cenário, mais reajustes virão e novamente teremos uma janela de oportunidades se abrindo, em todas as áreas. Iniciamos efetivamente o mercado fotovoltaico no Brasil em 2008, de lá para cá muita coisa mudou. Tivemos a chamada 13/2011 da ANEEL, a regulamentação da mini e micro geração pela



Fonte: TR Soluções – ANEEL – fev/2015

482/ANEEL, os leilões FV, algumas fábricas sendo anunciadas, etc. Quem está nesse mercado sabe do que estou falando, mesmo sem detalhar o que foram esses pequenos marcos citados sabemos o quanto foram importantes. Todos eles influenciaram a Lei da Oferta e

Procura, e portanto, o mercado fotovoltaico. Mas uma coisa é notória, o discurso padrão que servia para justificar toda omissão em relação a investimentos no mercado fotovoltaico era “...buscamos modicidade tarifária...”. Felizmente esse discurso desgastado já não

é mais pronunciado. Agora o novo discurso é “....buscamos diversidade de tecnologias e aumento da oferta....”. Alguns até arriscam a dizer “...vamos incentivar a geração distribuída...”. Parece que a lei da Oferta e Procura volta a ser considerada. Independentemente de preferências ou interesses comerciais ou políticos, não podemos nos dar ao luxo de excluir nenhuma tecnologia, nem depender de São Pedro para ter garantidas nossas necessidades básicas. Devemos ter muito cuidado com leis, decretos, normas, resoluções, etc., que venham a interferir artificialmente nas leis de mercado. Planejar, projetar, implementar e controlar fazem parte da boa gestão, seja ela pública ou privada. Dessa maneira, precisamos de menos estimativas e previsões e de mais ações com bons resultados. Seria bom se fosse suficiente apenas dizer: Façase a luz!

LET THERE BE LIGHT!! It would be nice if we could ignore the laws of physics and solve some of our problems of energy supply. Unfortunately this is not possible, for example, we can not create energy. The same applies to the laws of economics. In economy , the Law of Supply and Demand, also called the Supply and Demand Law is the law that establishes the relationship between the demand for a product - that is, the demand - and the amount that is offered, the offer . From there, you can describe the predominant behavior of consumers when purchasing goods and services at certain times, in amounts of function and price. In periods when the supply of a product far exceeds demand, its price tends to

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fall. Already in periods in which the demand starts to outstrip supply, the trend is the rising price. The stabilization of the relationship between supply and demand leads in the first instance, to a price stabilization. A possible competition , for example, can disrupt these relationships, causing price changes. Contrary to what may seem at first, the behavior of society is not only influenced by the prices. The price of a product can be a positive or negative incentive for consumers to buy the services they need, but not the only one. Just as the offer has an influence on the demand of consumers, how often people look for certain products can also increase and decrease the prices of goods and services.

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Even in “closed” markets without the possibility of choice of supplier as the captive market, the Law of Supply and Demand impact on prices. If we look at the main actions take effect in the energy market in recent years, under the supply x demand approach, we see that all, more or less effective, affected the balance of the famous law described above. Let’s start with water, for example. Around 66% of our energy matrix comes from hydraulic potential energy conversion into electricity. Are the power plants of all sizes and types. Since the PCH to the giant Itaipu hydroelectric plant. There are studies showing that the average level of dams has fallen year on year, this due to various factors.



Sistemas de Iluminação de rua com ultra LED ARTIGO POR: PAULO SERGIO DOS SANTOS - Engº Mecanico, Diretor Da Dinamica Trade representante no Brasil da Zocen fabricantes de módulos fotovoltaicos

Adotada em vários setores e países preocupados com a sustentabilidade e visando seus enormes benefícios como: Redução no consumo de energia, evitar a manutenção por mais de 5anos, fácil e rápida instalação e manutenção, durabilidade da lâmpada por mais de 10 anos, acendimento e desligamento automático garantido por fotocélulas, lâm-

padas de baixo consumo e as com a mais alta tecnologia do Mercado, etc. O equipamento é indicado em: rodovias, pontes, viadutos, estacionamentos, ruas, locais de circulação de automóveis, pedestres e etc. Esta é a terceira geração de LED que tem um tempo de vida de 50.000hs e 100lm por watt

Segurança de tráfego melhorada A iluminação de rua com LED moderna também aumenta a segurança de tráfego. O refletor de alta definição quebra a luz em muitos pontos de luz menores, sem ofuscamento. Os motoristas e os pedestres não são ofuscados pelo brilho da luz. As áreas claras, bem iluminadas podem ajudar a reduzir as taxas de acidentes. Potencial de economia de energia Além das inúmeras vantagens de luz e tráfego, também há o potencial de economia de energia considerável que pode ser alcançado facilmente com a iluminação de rua de LED. As cidades e os municípios podem fazer economia de energia de até 80% em comparação com a iluminação padrão.

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Os benefícios da iluminação de rua de LED · Flexibilidade: Produtos desenhados especialmente para LEDs bem como retrofits para modernização e expansão dos sistemas existentes · Economias em potencial de energia e emissões de CO2 de até 80% comparados com a iluminação convencional · Economias em potencial através do sistema de controle de luz inteligente

· Economias em potencial através das opções de atualização no futuro, por gerações de LED ainda mais eficientes · Baixa manutenção Diferentes cores de luz – geralmente branco neutro e branco quente – podem oferecer às áreas internas da cidade oportunidade para design e orientação urbana. · 100w convencional = 250w ultra Led · 200w “ = 500w · 400w “ = 1000w

CARACTERÍSTICAS: Material: carcaça de alumínio Tensão: AC110-AC265V, Potência: 100-200-400w Lumen: 90-100LM / W Ângulo de visão: 80-155 grau, IP: IP65, Garantia: 5 anos. Vida útil: 50.000 horas

Street lighting with LED ultra Adopted in various sectors and countries concerned about the sustainability and aiming their huge benefits such as: Reduction in energy consumption, avoid maintenance for more than 5years, quick and easy installation, durability lamp

for more than 10 years, ignition and automatic shutdown guaranteed by photocells, energy-saving lamps and with the highest technology market and etc.

lots, streets, car-free sites, hiking, etc. This is the third generation of LED has a life of 100lm per watt and 50.000hs

The equipment is indicated for: highways, bridges, overpasses, parking

ENHANCED TRAFFIC SAFETY Modern LED street lighting also increases traffic safety. The reflector highdefinition breaks the light in many points of lower light without glare. Motorists and pedestrians are not dazzled by the brightness of the light. The light areas, well lit can help reduce accident rates ENERGY SAVING POTENTIAL In addition to the numerous benefits of light and traffic, there is also the potential for considerable energy savings that can be achieved easily with LED street lighting. Cities and municipalities can make up to 80% energy saving compared to standard lighting. THE BENEFITS OF LED STREET LIGHTING • Flexibility: Products

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designed especially for LEDs and retrofits for modernization and expansion of existing systems • Energy potential savings and CO2 emissions of up to 80% compared with conventional lighting • Potential savings through intelligent light control system • Potential savings through upgrade options in the future, LED generations even more efficient • Low maintenance Different colors of light usually neutral white and warm white - can provide the internal areas of the city the opportunity to design and urban orientation. • 100w = 250w conventional ultra Led • 200 w = 500w • 400w = 1000w FEATURES: Material: aluminum housing Voltage: AC110-AC265V, Power: 100-200-400W Lumen: 90-100LM / W Viewing angle: 80-155 degree, IP: IP65, Warranty: 5 years. Lifetime: 50,000 hours



LEILÃO DE ENERGIA

Leilão de Energia Solar acontecerá em agosto A data do primeiro leilão de energia solar foi divulgada no começo desta semana pelo governo federal. Previsto para o dia 14 de agosto, o leilão de energia reservada terá um contrato de 20 anos e leiloará apenas energia produzida através de painéis fotovoltaicos. As regras foram publicadas no Diário Oficial da União. Os interessados em participar do leilão deverão se cadastrar até o dia

14 de abril. O suprimento começará em agosto de 2017 e segundo o ministério de

Minas de Energia tem como objetivo diversificar a matriz elétrica do país. Quem calculará o preço-teto do leilão será a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e será aprovado pelo ministério e divulgado no edital pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Uma das exigências para o leilão de Energia Solar é que o empreendimento seja conectado ao Sistema Interligado Nacional.

ENERGY AUCTION

Solar Energy auction will take place in August The date of the first solar energy auction was announced earlier this week by the federal government. Scheduled for August 14, the reserved energy auction will have a 20-year contract and will auction only energy produced by photovoltaic panels. The rules were published in the Offi-

cial Gazette. Those interested in participating in the auction must register until the 14th of April. The supply will begin in August 2017 and according to the Ministry of Energy Mines aims to diversify the energy matrix of the country. Who will calculate the ceiling price of the auction will be the Energy Research

Company (EPE) and will be approved by the Ministry and published in the announcement by the National Electric Energy Agency (ANEEL). One of the requirements for the Solar Energy auction is that the project is connected to the National Interconnected System.

Univates é destaque em sustentabilidade no consumo de energia Foto: Site da UNIVATES

Um projeto inovador colocou a Univates como grande destaque nacional em geração de energia fotovoltaica, em todo o setor acadêmico. Localizado na cidade de Lajeado-RS, o centro universitário conta a partir de abril, com uma Usina de Energia Solar. Todos os equipamentos estão sendo instalados sobre os prédios que compõem o Parque Científico e Tecnológico do Vale do Taquari – Tecnovates. Este projeto transformará a instituição em autossuficiente quanto gerar toda a demanda de energia do local, que possui 5.200 m² de área construída. No complexo existem laboratórios, auditório, salas de capacitação, salas de reunião, espaços de convivência e lanchonete. A instalação está sendo feita por técnicos

de uma empresa Alemã, país pioneiro na utilização da energia solar fotovoltaica. Para o professor Oto Moerschbäecher (pró-reitor Administrativo da Univates), além da importância de promover o uso de fontes limpas e renováveis de energia, a economia que a instituição terá á médio prazo,

An innovative project put Univates as great national prominence in photovoltaic energy generation throughout the Brazilian academic sector. Located in the city of Lajeado-RS, the centro universitário account from April, with a Solar power plant. All equipment are being installed on the buildings that make up the Scientific and technological Park of the Taquari Valley – Tecnovates. This project will transform the institution into self-sufficient as generate local energy demand, which has 5,200 m² of constructed area. In the complex there are

laboratories, Auditorium, training rooms, meeting rooms, living spaces and cafeteria. The installation is being made by a German company, country pioneer in photovoltaic solar energy utilization. For professor Otto Moerschbäecher (Dean of Univates Administrative), in addition to the importance of promoting the use of clean and renewable sources of energy, the economy that the institution will have medium-term will add up to enough reasons for investment. According to the Coordinator of the Univates Bioreactors laboratory, Prof. Konrad Odorico,

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somam razões suficientes para o investimento. Segundo o coordenador do Laboratório de Biorreatores da Univates, professor doutor Odorico Konrad, as tratativas sobre o tema, surgiram em 2012. Em 2013, foi feito uma visita á empresa fornecedora da tecnologia para ver de perto os equipamentos, etc., comenta Konrad. Ainda segundo o professor, um país como a Alemanha que é referência internacional em geração de energia solar fotovoltaica, tem em seu potencial solar equivalente, ou até menor, do que a pior situação encontrada em nosso país, completa Konrad. Matéria com informações do site da UNIVATES. the talks on the subject arose in 2012. In 2013, a visit was made to the supplier of the technology to view the equipment, etc., says Konrad. According to the professor, a country like Germany that is the international reference in photovoltaic solar power generation, has in its solar potential equivalent, or even smaller, than the worst situation found in our country, complete Konrad. Matter with the UNIVATES site information


Aeroporto Santos Dumont instala sistema de Energia Solar O Aeroporto Santos Dumont, localizado no Rio de Janeiro, divulgou esta semana que já conta com um terminal solar para carregar computadores e outros dispositivos móveis dos passageiros. Com o objetivo de praticar o consumo sustentável de energia, o novo totem é abastecido exclusivamente por um sistema de energia solar. A iniciativa, que é pioneira no Brasil, conta com painéis solares de filme fino, os quais são flexíveis e bem leves. Os mesmos foram montados no telhado do Aeroporto. Apesar de ter apenas um

totem instalado, a iniciativa do aeroporto já contribui com à substituição de todas as tomadas do aeroporto, as quais são utilizadas por cerca de oito milhões de passageiros

durante o ano. O sistema instalado foi idealizado pela empresa brasileira Sunlution, a qual é especializada em energia distribuída. De acordo com Ores-

tes Gonçalves, diretor da Sunlution, o terminal solar irá ajudar a diminuir os gastos com energia e também oferecer uma maior segurança energética.

Santos Dumont Airport installs Solar power system The Santos Dumont Airport in Rio de Janeiro, announced this week that already has a solar terminal to load computers and other mobile devices for passengers. With the aim of practicing sustainable energy consumption, the new totem is fueled solely by a solar power system. The initiative, which is a

pioneer in Brazil, with thinfilm solar panels, which are flexible and quite light. They were mounted on the roof of the airport. Despite having only one totem installed, the initiative of the airport contributes with the replacement of all the airport outlets, which are used by about eight million passengers during the year.

The installed system was designed by the Brazilian company Sunlution, which specializes in distributed energy. According to Orestes Gonçalves, Director of Sunlution, the solar terminal will help decrease energy costs and also offer greater energy security.

Brazilian Journal of Solar Energy

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ENERGIA SOLAR

Consumidores investem em Energia Solar em Minas Gerais A procura por energia mais barata e que não polui o meio ambiente, está levando muitas pessoas a aderirem à instalação de equipamentos fotovoltaicos, ou seja, equipamentos que produzem energia a partir dos raios solares. Um dos adeptos a essa nova tecnologia é Cleber Pereira, engenheiro agrônomo que instalou o sistema On Grid em sua casa, em Caratinga, Minas Gerais. Além de gerar energia para sua própria casa, o engenheiro também poderá fornecer energia elétrica para a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Um sistema fotovoltaico atualmente

custa em média de 10 a 15 mil reais e depende muito do tamanho e da complexida-

de da instalação. A instalação pe feita em apenas 2 dias e uma vez o sistema instalado, o único gasto que o consumidor terá é taxa padrão da Cemig e a iluminação pública. De acordo com Pereira, a instalação do sistema fotovoltaico não é barata, porém compensa futuramente, quando a economia com a energia é sentida no orçamento. Além de produzir energia para sua casa, Pereira conta que ganhará créditos que serão abatidos da sua conta de luz quando fornecer energia para a rede municipal é o sistema de compensação de energia elétrica estabelecido pela Resolução Normativa nº482 de 2012 da Aneel.

SOLAR ENERGY

Consumers invest in Solar Energy in Minas Gerais Demand for cheaper energ y and does not pollute the environment, is leading many people to adhere to the installation of photovoltaic systems, so, equipment that produce energy from sunlight. One of the supporters of this new technology is Cleber Pereira, an agricultural engineer who installed the On Grid system in your home, in Caratinga, Minas Gerais. In addition to generating power for your

home, the engineer can also supply electricity to the Energy Company of Minas Gerais (Cemig). A photovoltaic system currently costs an average of 10-15 thousand dollars and depends largely on the size and complexity of the installation. The Standing installation made in just two days and once the installed system, the only expense that the consumer will is standard Cemig rate and street lighting.

According to Pereira, the installation of the photovoltaic system is not cheap, but pays off in the future, when the economy with the energy felt in the budget. In addition to producing energy for your home, Pereira account that will earn credits that will be slaughtered your electricity bill when supply power to the municipal network is the power compensation system established by the Normative Resolution 482 of 2012 Aneel.

Projeto “teste” para geração de energia solar em reservatórios pode iniciar a parti de julho Dentro de 120 dias, o Ministério de Minas e Energia, deve dar início aos testes do projeto-piloto de geração de energia solar em reservatórios de hidrelétricas. A nova tecnologia utiliza flutuadores com placas solares e está sendo usada na Europa e EUA. No Brasil, a ideia é testar a tecnologia nos grandes reservatórios. O primeiro será o da Usina Hidrelétrica de Balbina, no Amazonas. É o reservatório mais favorável, porque tem grande área alagada com reduzida geração de energia, que será captada dentro dos reservatórios, usando subestações e linhas que já existem. Esta é mais uma busca de incluir a geração de energia solar fotovoltaica na matriz energética brasileira de forma mais acentuada. O caminho ideal não seja este, pois a ge-

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ração por fonte de hidrelétricas, tem se mostrada falha, prejudicial ecologicamente falan-

do, além de ter deixado o país as escuras, em momentos de alto consumo de energia.

Project “test” for solar power generation reservoirs can start the break of July -Within 120 days, the Ministry of mines and energy, should initiate the pilot project testing of solar power generation in hydroelectric reservoirs. The new technology uses floats with solar panels and is being used in Europe and USA. In Brazil, the idea is to test the technology in large reservoirs. The first will be the Balbina dam in the Amazon. It is the most favorable reservoir, because it has large flooded area with reduced power generation,

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which will be captured within the reservoirs, using substations and lines that already exist. This is more a search to include solar photovoltaic power generation in the Brazilian energy matrix of more steeply. The optimal path is not this, because the source of hydroelectric power generation, has shown a failure, detrimental ecologically speaking, besides having left the country in the dark, at times of high energy consumption.



Destaque empresarial

A Romagnole é uma das maiores e mais tradicionais fabricantes de produtos para redes elétricas do país. A empresa atua nos segmentos de distribuição de energia, para o qual oferece a linha completa de produtos e acessórios, transmissão, fabricando estruturas de concreto e torres metálicas e geração de energia solar produzindo estruturas metálicas para fixação de painéis fotovoltaicos. Com mais de meio século no mercado, a empresa é reconhecida no Brasil e no exterior pela elevada qualidade

dos produtos que fabrica e pela seriedade nas negociações, tendo recebido inúmeros reconhecimentos e premiações ao longo desses anos. Seus produtos são fornecidos para concessionárias de energia, empreiteiras e empresas em todo o território nacional e dezenas de países das Américas, África, Europa e Oriente Médio. A empresa tem sua atuação pautada em valores como a ética, o respeito ao ser humano e ao meio ambiente e a busca constante pela melhoria dos produtos e processos, assim como a satis-

fação plena dos clientes. ATUAÇÃO NO SETOR DE ENERGIA SOLAR As estruturas metálicas produzidas pela Romagnole para fixação de painéis fotovoltaicos são fabricadas em aço galvanizado ou alumínio, oferecendo diferentes opções de ancoragem. Os produtos estão presentes em diversos projetos de geração solar implantados no país nos últimos anos, inclusive em obras construídas para atender as demandas da Copa do Mundo FIFA 2014.

Empresas de sucesso A AWC desenvolve soluções tecnológicas para o setor de energia. Nosso compromisso com a excelência e a inovação nos permite oferecer produtos e serviços agregam valor para áreas estratégicas do ponto de vista do desenvolvimento sustentável. Nossa equipe é formada por profissionais qualificados, com formação e larga experiência nas áreas de tecnologia e energia. No foco de nosso desenvolvimento estão as soluções integra-

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das para a geração distribuída de energia elétrica fotovoltaica e para eficiência energética. NEGÓCIO: Tecnologia para gestão de energia elétrica MISSÃO: Criar tecnologias inovadoras e eficientes para o setor de ener-

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gia elétrica, integrando qualidade de vida, conectividade e informação. VISÃO: Ser líder nacional em tecnologia para o setor de energia e referência de criatividade e inovação, inspirando pessoas. VALORES: Inovação, ética, sustentabilidade, criatividade, simplicidade, excelência, disciplina, perseverança, comprometimento, integridade, sinergia, energia e respeito. Site: www.awcengenharia.com.br



FECONATI 2015

Feira da Construção Sustentável gera sua própria energia Uma feira que apresenta ao mercado inovações e soluções para a construção sustentável deve não só exibir produtos e novidades do setor como também fazer parte deste processo. E, pensando assim, nós da FECONATI em parceria com o expositor Águia, empresa que oferece soluções em sistemas fotovoltaicos, iremos construir na Estação Atibaia – local do evento, uma mini usina para a captação da energia solar e, portanto, gerar nossa própria energia consumida durante os quatro dias de evento. Todo consumo da feira virá desta usina que estará exposta para demonstração técni-

ca para o público. Nossa mini usina funcionará com as placas instaladas na área externa que irá captar a luz solar e a transformará em energia limpa e totalmente renovável. Desta forma estaremos diminuindo o consumo de energia da concessionária e assim, fazemos nossa parte. Para controlar o gasto será instalado um relógio que informará os visitantes o quanto estamos economizando de energia. Com isso apresentaremos de forma eficaz ao público que visitará a feira as possibilidades na prática sobre as soluções encontradas nos sistemas de energia alternativa. A RBS Magazine, Revista Brasileira de Energia Solar, além de apoiadora do evento, estará participando com stand. Será distri-

buída uma grande tiragem da publicação a todos os visitantes e expositores da FECONATI. SERVIÇOS Segunda Edição FECONTI – Feira de Construção Sustentável Data: De 28 a 31 de maio de 2015 Horário: de 28 a 30 - das 10h às 20h | dia 31 - das 10h às 18h Local: Estação Atibaia Endereço: Avenida Jerônimo de Camargo, 6308 - Atibaia - SP, 12944-000 A Entrada para A FECONATI é gratuita basta realizar o credenciamento diretamente no site www.feconati.com.br

FECONATI 2015

Sustainable Construction fair generates its own energy A trade fair that presents to the market innovations and solutions for sustainable construction must not only display products and industry news as well as be a part of this process. And, come to think of it, we at FECONATI in partnership with the Exhibitor Eagle, a company which offers solutions in photovoltaic systems, we will build on the event – local Streetly, a mini power plant to capture solar energy and, therefore, generate our own energy consumed during the four-day event. All fair consumption will come from this plant that will be exposed to technical

demonstration for the public. Our mini power plant will work with the plates installed in the outdoor area that will capture sunlight and turn into clean energy and totally renewable. In this way we will be lowering the energy consumption of the concessionaire and so, we do our part. To control the expense will be installed a clock that will inform visitors how much we are saving energy. With that we will effectively to the public that will visit the fair chances in practice on the solutions found in alternative energy systems. The RBS MAGAZINE and supporter of the event, will be participating

with stand. Will be distributed a large print run of the publication to all visitors, exhibitors at FECONATI. SERVICES Second Edition FECONATI – Sustainable Construction fair Date: from 28 to May 31, 2015 Time: from 28 to 30-of 10:0 at 8:0 pm | day 31das 10:0 at 6:0 pm Location: Atibaia Station address: Avenida Jerônimo de Camargo, 6308-Atibaia-SP, 12944-000 The entrance to the FECONATI is free just perform accreditation directly on the site www.feconati.com.br

Greenpeace realiza manifesto para reduzir imposto sobre painéis solares A Organização não governamental (ONG) Greenpeace reuniu seus membros em frente ao Ministério da Fazenda, em Brasília no começo de abril para pedir a redução do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) imposta sobre a comercialização de painéis solares. A manifestação da ONG foi direcionada principalmente ao Ministro da Economia, Joaquim Levy, o qual não quis se pronunciar e nem receber os manifestantes em seu gabinete. O Greenpeace protocolou um documento destinado ao ministro, o qual evidencia todas as reivindicações da ONG. Durante o manifesto, alguns integrantes seguraram uma faixa, a qual pedia a Levy que “deixasse o Sol iluminar o futuro do Brasil”. Para eles, o ministro será extremamente importante para influenciar na decisão de redução do imposto, no mês abril, em Goiânia. De acordo com Bárbara Rubim, representante da Campanha de Clima e Energia do

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Greenpeace do Brasil, o imposto sobre os painéis é o que trava sua entrada no país. “Esse imposto é um dos maiores entraves para o desenvolvimento da energia solar no Brasil. Queremos que o Joaquim Levy se po-

sicione sobre a redução do ICMS. Esperamos que ele assuma o papel de líder da política fazendária e dê uma sinalização que o governo federal é favorável aos incentivos para a energia solar” ressaltou ela.

Greenpeace makes manifest to reduce tax on solar panels The non-governmental organisation (NGO) Greenpeace gathered its members in front of the Ministry of finance in Brasilia in early April to ask for the reduction in the tax on Circulation of goods and services (ICMS) imposed on the marketing of solar panels. The manifestation of the NGO was directed mainly to the Minister of economy, Joaquim Levy, who did not want to comment and didn’t even receive the protesters in his Office. Greenpeace filed a document intended for the Minister, which highlights all the claims of NGOS. During the manifest, some members held a track, which asked Levy “let the Sun illumi-

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nate the future of Brazil.” For them, the Minister will be extremely important to influence the decision of tax reduction, which will be discussed next Friday, April 10, in Goiânia. According to Barbara Rubim, representative of the climate and energy campaign for Greenpeace in Brazil, the tax on the panels is what crashes your entry into the country. “This tax is one of the biggest obstacles to the development of solar energy in Brazil. We want the Joaquim Levy if position on the reduction of the GST. Expect it to take on the role of leader of the financial policy and signaling that the federal Government is favorable to incentives for solar energy “, she stressed.




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