A cadeia solar no Brasil: o que esperar? CLAUDIO LOUREIRO Engenheiro pela Escola Politécnica da USP e MBA pela Cranfield School of Management – reino Unido. Como executivo do setor, passou pela Canadian Solar, GE e pelo Conselho da ABsolar
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setor solar fotovoltaico recebeu de forma efusiva a confirmação pelo Ministério de Minas e Energia os dois novos leilões fotovoltaicos em agosto e novembro de 2015 e as movimentações já se iniciam para cadastramento de projetos e sua habilitação. Esta é uma excelente notícia, pois demonstra o compromisso com a fonte no longo prazo e permite aos investidores do setor vislumbrar o desenvolvimento no Brasil. Entretanto, as mesmas questões após o leilão de Outubro de 2014 continuam presentes e, mencionando Carlos Evangelista, colega do setor, pelas publicações em mídia hoje teríamos entre 12 e 15 fábricas de módulos em operação no Brasil, o que ainda não corresponde aos fatos. Assim sendo, a pergunta permanece: quem se estabelecerá e qual a capacidade a ser instalada no Brasil? Isto se dá pois nosso país definitivamente em muito difere de outras economias onde a tecnologia fotovoltaica foi rapidamente adotada; isto não é em absoluto um julgamento e deve ser contextualizado com base em nosso histórico
energético e seus fundamentos. Deve-se considerar, entretanto, que o aprendizado de investidores e fornecedores estrangeiros não se dá de forma imediata. Em suma, as decisões tendem a demandar mais elaboração e negociação entre entes públicos como privados em função de experiências anteriores em países onde existe maturidade no mercado, o que traz à tona uma série de questões que necessitam ser endereçadas de forma ágil, como as levantadas abaixo. Qual a demanda no setor fotovoltaico de grande escala e como isso afeta os fornecedores? · Em outubro de 2014 foram contratados aproximadamente 1 GWp em capacidade instalada fotovoltaica a ser conectada em outubro de 2017;
· Os leilões anunciados contratarão para conexão em agosto de 2017 e novembro de 2018; · Podemos considerar o início de envios de módulos nacionais a partir de Janeiro de 2016 com finalização em Junho de 2017, ou seja, 18 meses de produção local; · Caso o leilão de agosto/2015 acrescente 1 GWp à demanda para 2017, a capacidade instalada deverá ser de aproximadamente 1.3 GWp/ ano já em janeiro de 2016; · Considerações para o curto prazo: - Os fabricantes de módulos deverão decidir e comprometer-se ainda no 2º trimestre deste ano com sua capacidade futura; - Para a demanda acima, pode-se estimar que de 4 a 6 fabricantes terão que se instalar no país nos próximos meses. No momento em que este artigo era elaborado, apenas um havia publicamente confirmado sua intenção; - As decisões destes integrantes da cadeia podem ou garantir capacidade para os leilões ou deixar a alguns participantes a importação como única alternativa;
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Como o PADIS apoiará o estabelecimento da cadeia? · O PADIS – Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores e Displays - é um programa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior que visa apoiar a instalação da indústria de semicondutores no país e permite a isenção de tarifas/ impostos em contrapartida de investimento em P&D; · Aplicar seus benefícios na cadeia fotovoltaica reduziria de forma considerável os custos unitários dos equipamentos, o que permitiria não somente a mais rápida adoção da tecnologia mas também a maior competitividade do produto montado no país em caso de potenciais exportações; · Os prazos para inclusão de fornecedores no PADIS tende a ser exíguos dado o atual cronograma estabelecido para os primeiros leilões. Desta forma, o impacto de variações em preço, câmbio e tarifas/ impostos tende a ser significativo para os projetos já contratados. · Pontos a serem considerados: - A inclusão fast track de fornecedores no programa deve ser considerada pelos órgãos responsáveis para assegurar benefícios já no primeiro trimestre de 2016; - Extensão do programa para componentes complementares como inversores, cabos e estruturas em adição aos módulos fotovoltaicos, Qual as consequências de certificações na adoção da tecnologia? · Originalmente consideradas somente para módulos fotovoltaicos, em 1º de fevereiro entrou em caráter mandatório a certificação de inversores com potência inferior a 10 kWp; · A atual disponibilidade de laboratórios acreditados tem sido levantada por fabricantes, dadas restrições e gargalos no processo de certificação dos inversores; informações de mercado mencionam até 6 meses para conclusão dos testes para os que buscarem certificação na data deste artigo;
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· Além de restringir a importação de inversores até o devido registro, a certificação tem sido base para a não aprovação pelas distribuidoras de sistemas fotovoltaicos em fase final de conexão cujos equipamentos já encontramse nacionalizados; · Os custos de certificação de módulos e inversores aliados à obrigatoriedade de execução por modelo e não por família – esclarecendo, potências específicas como 250/255/260 Wp e não 60 células para módulos – aumenta significativamente os custos dos fabricantes e a restrição na oferta de modelos · Impactos para a adoção da geração distribuída - Custos adicionais no CAPEX reduzindo a taxa de retorno dos projetos; - Restrição na oferta de modelos e tecnologia, privilegiando unidades de mais baixo custo e de menor conteúdo tecnológico; - Lenta adoção em 2015, dado que autorizações para conexão têm demandado a certificação mandatória; - Redução na contribuição da GD no volume a ser manufaturado no país; Como o preço teto a ser definido nos próximos leilões pode influenciar a localização? · Recordando o leilão de 2014, é importante lembrar que foi o mais longo da história com um alto deságio de aproximadamente 18%, levando a reduzidas taxas de retorno; · Todos os projetos consideram a vigente redução da TUSD/ TUST para sistemas instalados até 2017, entretan-
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to não há formalização da extensão deste benefício; · A limitação da participação do Fundo Clima deve levar a incrementos nas taxas de juros do BNDES; · Módulos locais certamente terão influência do Custo Brasil, o que tem sido estimado entre 25 e 30% por questões cambiais, tributárias e de volume em comparação aos preços internacionais; · Assim sendo: - Seria de se esperar que o preço teto para os leilões de 2015 sejam mais altos que em 2014, inclusive com base no histórico de leilões eólicos e na atual conjuntura energética; - O incremento do preço teto em 2015 viria a compensar os custos adicionais na modelagem de projetos, sendo que o ROI dos projetos não de aumentar significativamente vis-à-vis 2014; - O deságio nos próximos certames será crítico para a viabilização da tecnologia; enquanto preços reduzidos beneficiam a sociedade, taxas de retorno reduzidas tendem a afastar empreendedores no setor. As considerações acima não contemplam todas as tendências que influenciarão o estabelecimento da cadeia fotovoltaica no país, mas certamente estão entre as mais relevantes para os investidores da cadeia que consideram seu estabelecimento no Brasil. O esforço para o sucesso é multidisciplinar e depende do alinhamento entre diversos entes públicos e privados. Se por um lado órgãos federais como as pastas de Minas e Energia, Ciência e Tecnologia e Industria, Desenvolvimento e Comércio Exterior e demais como ANEEL, EPE, BNDES - devem estabelecer uma pauta coerente e uníssona de forma a transmitir aos entes privados a segurança no desenvolvimento da cadeia, também é básico e necessário pelos investidores e participantes globais o seu aprofundamento e entendimento das questões e modus operandi do sistema elétrico brasileiro. Longe de querer apresentar respostas, mas sim promover o levantamento de questões e debate, esperemos que os próximos meses tragam uma base sólida para que nossas “jabuticabas solares” cresçam e se mantenham firmes nas próximas safras.
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The Brazilian PV supply chain: what´s next?
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he confirmation of the upcoming PV auctions for August and November 2015 have positively affected the market and are a clear message to the market: Brazil has committed to PV as a key energy source for the upcoming years. This however creates bottlenecks, for as we know, no module manufacturing facilities are yet confirmed in order to supply the contracted capacity. Therefore, the million-dollar question: who will come and how much capacity will be installed? This is a particularity of our country, as we significantly differ from other economies that have adopted PV prior to us; this is not a judgement, but helps put into perspective our Energy matrix and it background. The point is that investor´s and supplier´s learning curves are not as fast, therefore decisions tend to take a while longer and demand more interaction amongst public and private entities, bringing several questions that need to be addressed. What is the utility scale Market size and how would it affect suppliers? · With 1 GWp contracted in October 2014 and, let´s say, an additional 1 GWp to be auctioned in August 2015, the total capacity to be delivered in October 2017 would add up to 2 GWp; · The volume above would need to be delivered within 18 months and no single player would invest in such capacity; it could therefore be expected that at least 4 to 6 module manufacturers move into Brazil; · In order to start shipments in January
2016, decisions must be taken during the second quarter of 2015 and, so far, only one major player has publicly disclosed the commitment to local manufacturing; How will PADIS support the localization process? · The PADIS – Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores e Displays – is a program from the Ministry of Development, Industry and Trade that targets the development of the semiconductor industry in Brazil and could significantly benefit the PV chain by reducing tariffs/ taxes/ duties; · By investing in local R&D projects, the beneficiary of the program can be exempt of heavy burdens and speed-up the adoption of PV by offering components at a lower cost; · The application, however, is time consuming and suppliers might not be able to benefit from it for the early projects; What are the impacts of component certification? · As of February 1st 2015, not only PV modules but also inverters up to 10 kWp capacity must be certified under Brazilian Technical regulations prior to be connected to the grid. As there is a backlog due to accredited laboratories availability, suppliers have reported a waiting list of 6 months in order to have the tests performed; · The mandatory certification has
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become sine qua non factor so utilities grant the connecting authorization for any PV system; This leads to slower adoption on PV rooftop/ commercial markets and therefore a lower volume contribution to the prospective local manufacturers.
How will the cap price behave in the upcoming auctions? · Recapping: last year´s auction discount from BRL 262 to BRL 220 on average was not expected and winning projects are likely running on single digit return. On top of it, current scenario displays currency exchange pressures, reduced economies of scale and the influence of tariff barriers; · It might also be considered that an increase in transmission and distribution tariffs, as well as an impact in BNDES interest rates will impact financials for 2015 auctions in a different manner when compared to 2014; · In that sense, we should expect an increase in cap price for PV auctions, what is in line with wind experience; the concern is in the discount, since lower prices will definitely lead to anxiety amongst investors and entrepreneurs. Far from providing answers, let´s expect that the interaction amongst the several stakeholders, both public and private, will lead to solid and sustainable base to allow our “jabuticabas” to grow year after year.
EPE divulga presença de 382 projetos em energia solar para leilão de agosto A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgou um grande avanço nos projetos de energia solar no Brasil. De acordo com a EPE o leilão de energia solar que acontecerá em agosto de 2015 já reuniu 382 credenciamentos para esse tipo de energia. O total de megawatts ofertados nesse novo leilão será de 12.528, o qual é um valor
bem acima do que será produzido na Usina Hidrelétrica de Belo monte que ainda está em construção no estado do Pará. Com a intenção de ser uma promessa limpa de geração de energia, a energia solar tem ganhado espaço no país. Durante o ano de 2014 foram contratados 890 MW de capacidade instalada. O primeiro leilão que
aconteceu em outubro fechou contratos com preço médio de 215, 15 reais o megawatt/ hora. De acordo com Mauricio Tolmasquim, presidente da EPE, a maior parte dos projetos de energia solar foi fechada na região nordeste do país, onde a incidência do sol é maior.
EPE discloses the presence of 382 projects in solar energy Auction for August The Energy Research Company (EPE) announced a breakthrough in solar energy projects in Brazil. According to EPE solar energy auction to be held in August 2015 has gathered 382 accreditations for this type of energy. Total megawatts offered in this new auction will be 12,528, which is an
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amount well above what is produced in the hydroelectric plant of Belo lot which is still under construction in the state of Pará. Intending to be a promise of clean energy generation, solar energy has gained ground in the country. During the year 2014 we were contracted 890 MW of installed capacity. The first auction that
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took place in October signed contracts with an average price of 215, 15 reais per megawatt / hour. According to Mauricio Tolmasquim, president of EPE, most solar projects was closed in the northeast of the country, where the incidence of the sun is higher.
ENERSOLAR 2015:
Oportunidades e desafios no âmbito das energias renováveis Órgãos governamentais e a sociedade têm cada vez mais interesse em adotar medidas de eficiência energética e novas formas de gerar energia Com o crescente interesse no mercado de energias renováveis da América do Sul, a EnerSolar + Brasil| Feira Internacional de Tecnologias para Energia Solar será realizada de 15 a 17 de julho de 2015, no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center, em São Paulo. Em sua 4ª edição o encontro promoverá negócios, produtos e serviços que envolvem a energia solar, inversores e outros tipos de energias para aplicações industriais e civis. Com entrada gratuita, o encontro reúne fabricantes, fornecedores, distribuidores, prestadores de serviços e público qualificado que procura soluções para o abastecimento de energia. O evento é organizado pelo Grupo Fiera Milano com apoio da ABSOLAR |Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica. O grande potencial do Brasil está em especial nos segmentos de energia solar e eólica, já que é um dos países com maior índice de radiação solar do mundo e ventos contínuos em grande parte do território. As questões que englobam energias limpas ganham cada vez mais destaque com a atenção dos governos para novas formas e usos de recursos renováveis, incentivos e leilões destinados aos diferentes segmentos. O Leilão de Energia de Reserva, realizado em outubro de 2014, atraiu investimentos da ordem de R$ 7,1 bilhões, que serão utilizados na construção de mais de 30 empreendimentos de energia solar e outros 31 de energia eólica. Os empreendimentos de energia solar terão capacidade instalada total de 889,6 MW e os de energia eólica de 769,1 MW. O preço inicial da energia solar sofreu um deságio de 17,9%, saindo de R$ 262/ MWh, para um preço médio final de R$ 215/ MWh, o que deixa o Brasil entre os países com menor valor para essa fonte. A energia eólica caiu de R$ 144/ MWh para R$ 142,3/ MWh, deságio de 1,4%. Em um esforço para desenvolver fontes alternativas de energia, o Ministério de Minas e Energia, autorizou para este ano, a realização de dois leilões de reserva, com este tipo de energia. Em agosto será realizado o 1º Leilão de Energia de Reserva, de 2015, onde serão negociados contratos de energia de reserva (CER), a partir da fonte solar fotovoltaica. O inicio do suprimento será agosto de 2017 e prazo de suprimento de 20 anos. Já em novembro, serão negocia-
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como solução para a crise energética: políticas, perspectivas e mercado”.
dos contratos de energia de reserva, com prazo de 20 anos e inicio de suprimento em novembro de 2018, para contratação de energia solar fotovoltaica e eólica. 130 marcas expositoras apresentam novidades e lançamentos Com soluções voltadas às alternativas em fontes energéticas sustentáveis, expositores nacionais e internacionais (Itália, Estados Unidos, Alemanha, Espanha, França, Canada e China) irão apresentar inovações com destaque para as placas e módulos fotovoltaicos de captação de energia solar – com ampla diversidade de tamanhos, formatos e potências; geradores portáteis de energia de alto desempenho; inversores solares inteligentes (wi-fi); unidade solar cilíndrica; além de inúmeros projetos de instalações autônomas para áreas onde não há energia elétrica e sistemas conectados à rede para áreas urbanas. Sinergia de eventos para o setor Representativos eventos para o setor de energias renováveis serão realizados simultaneamente à EnerSolar + Brasil: Ecoenergy | Congresso de Tecnologias Limpas e Renováveis para a Geração de Energia e Hidro Power Expo |Exposição Internacional de Tecnologias e Serviços para Centrais Hidroelétricas. Também, a 7ª BioTech Fair | Feira Internacional de Tecnologia em Bioenergia e Biocombustível e o 10º Congresso Internacional de Bioenergia, com promoção da Porthus Eventos. ECOENERGY: energia renovável é a principal aliada contra crise energética Como destaque da programação da EnerSolar 2015, o V Ecoenergy | Congresso de Tecnologias Limpas e Renováveis para a Geração de Energia traz programa qualificado de conferências que aborda os mais diversos assuntos pertinentes ao desenvolvimento da cadeia produtiva do setor. Com abordagens divididas em quatro temáticas fotovoltaica, termosolar, hidroelétrica e eólica - serão discutidas alternativas e caminhos para o uso de energias renováveis no Brasil sob o tema “Energias renováveis
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O crescimento da EnerSolar reflete diretamente as novas demandas e o rumo do setor de energia no País “O Brasil está inserido num contexto privilegiado e existem grandes oportunidades. Nossa expectativa é trazer o que existe de mais atual oferecendo várias soluções no abastecimento de energia, atendendo todas as necessidades. O aumento da eficiência energética e a constante redução dos custos dessas tecnologias apontam para forte tendência de crescimento do setor”, comenta Marco Antonio Mastrandonakis, diretor geral do Grupo Fiera Milano no Brasil. MAIS INFORMAÇÕES: www.enersolarbrasil.com.br SERVIÇO: IV EnerSolar+Brasil| Feira Internacional de Tecnologias para Energia Solar De 15 a 17 de julho de 2015, das 13h às 20h \ ENTRADA GRATUITA – profissionais do setor -
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EVENTOS SIMULTÂNEOS: EcoEnergy|Congresso de Tecnologias Limpas e Renováveis para Geração de Energia Hidropower Expo| Exposição Internacional de Tecnologias e Serviços para Centrais Hidrelétricas Biotech Fair|Feira Internacional de Tecnologia em Bioenergia e Biocombustível 10º Congresso Internacional de Bioenergia Local: São Paulo Expo Exhibition & Convention Center Rodovia dos Imigrantes, Km 1,5 – São Paulo – SP – Brasil Transporte Gratuito: Estação do Metrô Jabaquara - Saída de Vans na Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 2.022 APOIO:
Um caso de P&D de sucesso! Inauguração de Usina de no IEE da sinais de mais avanços no setor no Brasil
No dia 28 de maio foi inaugurado no IEE o PD0068-0029/2011, um dos projetos oriundos da chamada 13/2011 da ANEEL, “Desenvolvimento de competências e avaliação de arranjos técnicos e comerciais em geração distribuída com sistemas fotovoltaicos conectados á rede”.
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m pouco de História: Em 1998 o LSF-IEE/USP conectou seu primeiro sistema fotovoltaico à rede elétrica. Este sistema, com potência de 750Wp, possibilitou as primeiras discussões com a distribuidora, no caso a Eletropaulo. Seguindo a mesma linha de atuação, em 2001 um sistema de 6 kWp foi instalado no prédio da administração do IEE e já em 2003 o mesmo sistema foi amplia-
do para 12 kWp, operando normalmente até hoje. Passados 17 anos da instalação do primeiro sistema fotovoltaico conectado à rede de distribuição no Campus CUASO, várias contribuições do IEEUSP serviram de base para o estabelecimento da regulamentação e desenvolvimento de normas técnicas para inserção de geração distribuída com sistemas fotovoltaicos no país.
No ano de 2012, com recursos de P&D oriundos da CTEEP e CESP, no contexto do P&D estratégico da ANEEL (chamada 13/2011), o IEE em parceria com as duas empresas de energia elétrica e com o apoio da FUSP e PUSP, implementou uma usina fotovoltaica com capacidade para atender 1% da demanda de eletricidade do Campus da USP do Butantã. O objetivo principal do projeto consiste na instalação, operação e monitoramento de uma usina solar fotovoltaica de 540 kWp conectada indiretamente por meio de unidades consumidoras à rede de distribuição de energia elétrica, constituída por 4 subsistemas incorporando os seguintes conceitos e estudos: BIPV Building Integration, BAPV - Building Applied, Central Solar e Correção do Fator de Potência. CONFIGURAÇÕES DOS 04 SUBSISTEMAS: - 150 kWp integrados em cobertura de
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FotoS: fotógrafo IEE
Maior estacionamento fotovoltaico do Brasil
vagas de estacionamento com configuração multi-string, 24 inversores CC/CA, módulos de silício monocristalino; BIPV. - 156 kWp aplicados em cobertura de edificação com configuração multistring, 10 inversores CC/CA, módulos de silício monocristalino; BAPV. -- 78 kWp aplicados em cobertura de edificação com configuração multistring de inversores CC/CA com controle de potência reativa; CORREÇÃO DE FATOR DE POTÊNCIA
- 156 kWp sobre o terreno com estrutura fixa, inversor CC/CA central de fabricação nacional, módulos de silício monocristalino; CENTRAL
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A R&D success case! On May 28 was opened in the IEE the PD-0068-0029/2011, one of the projects from the 13/2011ANEEL, “Skills development and evaluation of technical and commercial arrangements in distributed generation with photovoltaic systems connected in the grid”. A little history: In 1998 the LSFIEE/USP connected its first photovoltaic system in the grid. This system, with power of 750Wp, allowed the first discussions with the local distributor (in this case, Eletropaulo company). Following the same line of work, in 2001
a 6 kWp system was installed in IEE building administration and already in 2003 the same system was expanded to 12 kWp, operating normally up today. After 17 years of installation of the first photovoltaic system connected to the distribution network in the Campus CUASO, several contributions of IEE-USP served as the basis for establishing the regulation and development of
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technical standards for insertion of distributed generation with photovoltaic systems in the country. In the year 2012, coming from R&D resources of CTEEP and CESP, in the context of 13/2011 by ANEEL, the IEE in partnership with electric companies and with the support of FUSP and PUSP, implemented a photovoltaic plant with capacity for 1% of Campus Butantã/ USP electrical demand.
A energia fotovoltaica usada no combate à pior seca dos últimos anos DAVID BANON Diretor na empresa
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Nordeste brasileiro viveu em 2013 a pior seca dos últimos 50 anos, em 2015 continua a viver a falta de acesso á água potável, o que atinge uma quantidade significativa de nordestinos, não desprezando outras regiões. Hoje, o Brasil está no combate de duas crises, a da água e a questão energética do país (em que grande parte da energia elétrica vem da hidroelétrica), e no meio está á discussão como resolver ou minimizar os efeitos da seca. A crise de água faz com que o tempo perdido por uma pessoa para conseguir água potável de mínima qualidade possa chegar de 2 a 3 horas por dia em várias partes do Sertão e do Cariri, este cenário tem impacto nas empresas, no agro-negócio e nas pessoas. A crise afeta na decisão das empresas sobre o investimento e os custos operacionais, com elas são afetadas pessoas na sua qualidade de vida e economia. Ao serem afetadas é alterada a demografia regional do Nordeste e a competitividade da região, tudo isto apesar do Brasil ter um potencial de água enorme no sub solo e de irradiação solar. NO COMBATE À SECA Na empresa CEG SOLAR, desenvolvemos um projeto de bomba subaquática, alimentada por sistema solar, já utilizado e testado em países como Portugal, Espanha, Holanda, Alemanha, Israel, Marrocos, Argélia e outros. Hoje, já ultrapassámos os 300 sistemas de bombeamento com energia solar, 95 no RN e 50 na PB, integrado no programa de combate contra as secas do
DNOCS, e mais de 200 em poços particulares. O sistema solar-fotovoltaico foi projetado considerando as características locais e a necessidade de água das comunidades, para o consumo doméstico, agricultura e gado. Poços com a profundidade média de 60 a 90 metros e níveis estáticos e dinâmicos variaveis, e alto teor de PH. A escolha da bomba a utilizar teve como critério as condições da água e o esforço exercido pela distancia e vazão (4.000Lt /hora). A bomba que tem vindo a ser utilizada é de origem portuguesa e totalmente construída (interior e exterior) em aço inox 316, a qual já é usada na Europa, Médio Oriente e África, para resistir ao alto teor de Ph, alimentada por painéis solares de 240 Wp. Um sistema totalmente isolado /autonomo, sem necessidade de baterias. A instalação de sistemas isolados de energia solar fotovoltaica não foi pacífica, pois a tecnologia de energia solar fotovoltaica é diferenciada mas ainda desconhecida no Brasil. O resultado foi acompanhado de desconfiança, que se ultrapassou com o surgimento da água e com a continuidade desta enchen-
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do as caixas reservatório e em especial com a resolução da carência das comunidades. Foram encontradas dificuldade, as quais nada tem a ver com a energia solar, eram resultado da baixa vazão e de laudos muito antigos e sem quali-
dade técnica. Dificuldades que foram ultrapassadas. O IMPACTO SOCIAL As primeiras 30 bombas foram instaladas no Municipio de Apodi – RN, era impressionante o cenário nas terras onde preparávamos as instalações, terra seca onde o verde é somente pontos longínquos e escassos, ornamentada por cactos com aspecto seco, pela falta de água e ausência de cor. Além, ossadas de bois, vacas, jumentos e cabras, é a morte no Sertão Nordestino. Uns metros à frente podiam ver animais moribundos, uns de pé, outros deitados, pela falta de forças, desnutridos, cercados de Urubus, os anunciadores da morte.
Nunca tinha visto tantos Urubus, pareciam colónias. A minha estada em África, nas margens do Rio Zambeze, Tete, Moçambique, onde passei meses, estava convencido de que tinha presenciado os maiores efeitos da falta de água, hoje tenho uma visão maior e mais ampla do que é a seca e suas consequências. Ao terminar a instalação da 1ª bomba com sistema solar, do projecto de Apodi – RN, no Sítio Bamburral, o morador João Edvandro, homem de 60 anos, com os olhos cheios de lágrimas, disse: Tomo um banho de semana a semana, ou de quinze em quinze dias, agora… “vou tomar o meu banho, todos os dias”. É grato ver os que recebiam os equipamentos de bomba com a energia solar, fazer uma festa, por ter o que nós desperdiçamos, a água. Eles a oferecem uns ao outros, fazem 2, 3 e mais Kms, de carroça, de jumento e de bicicleta para levar o liquido precioso que jorra da terra, puxada por bombas com energia
solar. “Que maravilha”, dizem eles. Houve famílias que fizeram festa, com direito ao lançamento de foguetes. As manifestações de gratidão são imensas. Repetidamente ouvi que acabávamos de proceder a um ato que ia mudar a vida das pessoas, na melhoria da qualidade de vida e na economia das famíliar. Para nós é grato ver o regozijo dos que recebem a água. Para mim e para toda a minha equipe deixamos a casa destas famílias com o sentimento de ter contribuído para o “combate à seca”. O lucro humano, de um “obrigado”, uma lágrima que se desprende pela alegria de ter o que é importante, a água, simbolo de vida é muito mais importante do que vender um equipamento solar . O FUTURO DA ENERGIA SOLAR NO COMBATE À SECA O relatório do Programa das nações Unidas para o meio Ambiente (PNUMA) perspetivou que entre 2012/2013 os investimentos em energias renováveis no mundo totalizam US$ 244 Bilhões, outros estudos há que confirmam
a possibilidade de um assentuado crescimento do investimento até 2050. O poder político começa a estar disperto para o uso da energia solar fotovoltaica no Brasil, à semelhança de outros 138 países no mundo. O Brasil quer vir a ocupar um lugar dianteiro e de destaque com a produção de energia renovável nos países da América Latina, desta forma começam as iniciativas do poder político legislativo para solucionar esta crise apresentando propostas, entre elas está o novo projeto lei do Senador Fleury, do partido DEM de Goiânia, que tem como objetivo modificar o uso de equipamentos de irrigação para formas sustentáveis o que poderá permitir o aumento da demanda de atividades, o que incentiva o uso de energia solar. Que surjam muitas iniciativas e muitos projetos lei, mas que usem o sol, recurso natural de energia limpa e renovável, para tirar do sub solo o liquido tão precioso que faz as famílias sorrirem e alegra os campos.
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Ceg solar – Fortaleza-CE a photovoltaic energy used in fighting worst drought of the last years The Brazilian Northeast lived in 2013 the worst drought in 50 years in 2015 continues to live the lack of access to drinking water, which affects a significant amount of the northeast, not neglecting other regions. Today, Brazil is in the fight of two crises, the water and energy of the country concerned (in which much of the electricity comes from hydroelectric), and in the middle is will discuss how to solve or minimize the effects of drought. The water crisis makes up for lost time by a person to get drinking water minimum quality can get 2-3 hours a day in various parts of the Hinterland and Cariri, this scenario has an impact on businesses, agribusiness and in people. The crisis affects the decision of companies on investment and operating costs, they are affected people in their quality of life and economy. To be affected is changed to regional demographics of the Northeast and the region’s competitiveness, all this despite Brazil having a huge water potential in the sub soil and solar radiation. IN THE FIGHT AGAINST DROUGHT In CEG SOLAR company, we have developed an underwater pump design, powered by solar system, already used and tested in countries like Portugal, Spain, Holland, Germany, Israel, Morocco, Algeria and others. Today, we overcame the 300 pumping systems with solar energy, the RN 95 and 50 in PB, integrated program to fight against drought DNOCS, and more than 200 in private wells. The solar-photovoltaic system was designed considering local features and the need for water from communities, for domestic consumption, agriculture and livestock. Wells with an average depth between 60 and 90 meters and static variables and dynamic levels, and high level PH. The choice of pump to use as a criterion had water conditions and the force exerted by the distance and flow (4.000Lt / hour). The pump that has been used is of Portuguese origin and built entirely (indoor and outdoor) in 316
stainless steel, which is already used in Europe, Middle East and Africa, to resist high Ph content, powered by solar panels 240 Wp. A fully isolated / autonomous system, without the need for batteries. The installation of isolated systems of photovoltaic solar energy was not peaceful, because the photovoltaic solar energy technology is differentiated but still unknown in Brazil. The result was accompanied by mistrust, which exceeded with the appearance of the water and the continuity of this reservoir filling the boxes and in particular the resolution of the lack of communities. Difficulties were encountered, which has nothing to do with solar energy, were the result of low flow and very old reports without technical quality. Difficulties were overcome. SOCIAL IMPACT The first 30 pumps were installed in the municipality of Apodi - RN, was impressive scenery on the land where we were preparing the facilities, dry land where the green is only scarce and distant points, ornamented with cacti dry appearance, lack of water and lack of color. In addition, bones of oxen, cows, donkeys and goats, is death in the Northeast Hinterland. A few meters ahead could see dying animals, some standing, others lying, lack of strength, malnourished, surrounded by vultures, the heralds of death. I’ve never seen so many Vultures seemed colonies. My stay in Africa, on the banks of the Zambezi River, Tete, Mozambique, where I spent months, was convinced he had witnessed the greatest effects of water shortage, today have greater insight and broader than is drought and its consequences . When you finish the installation of the 1st pump with solar system, the draft Apodi - RN in the site Bamburral, resident John Edvandro, 60 year-old man, his eyes filled with tears, said: I take a week bath a week, or every fifteen days now ... “I will take my bath every day.” It is grateful to see those who received the pump equipment with solar energy, to party, to have what we waste, water. They offer to one another, do 2, 3 and more
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Kms, cart, donkey and bicycle to bring the precious liquid that gushes from the earth, drawn by pumps with solar energy. “How wonderful,” they say. There were families who made party with the right to launch rockets. The expressions of gratitude are immense. Repeatedly heard that we had just carry out an act that would change people’s lives, improving quality of life and the economy of the familiar. We are grateful to see the joy of receiving the water. For me and my whole team left the house these families with the feeling of having contributed to the “drought relief ”. Human profit, a “thank you”, a tear that is shed by the joy of having what is important, the water, symbol of life is much more important than selling a solar equipment. THE FUTURE OF SOLAR ENERGY IN THE FIGHT AGAINST DROUGHT The report of the United Nations Program for the Environment (UNEP) estimates that between 2012/2013 investments in renewable energy in the world totaled US $ 244 billion, there are other studies that confirm the possibility of a marked investment growth by 2050. Political power begins to be awaked for the use of photovoltaic solar energy in Brazil, like other 138 countries in the world. Brazil wants to come to occupy a front place and highlighted with renewable energy production in Latin America, thus beginning the initiatives of the legislative political power to resolve this crisis with proposals, among them is the new project law of Senator Fleury, party DEM of Goiania, which aims to modify the use of irrigation equipment for sustainable ways which may allow the increased activities of demand, which encourages the use of solar energy. Arising out many initiatives and many projects law, but that use the sun, natural resource of clean, renewable energy, to take the sub soil liquid so precious that makes families smile and rejoice fields. DAVID BANON Director in the company CEG SOLAR - Fortaleza - CE
Subestações elétricas e meio ambiente: como portegê-los POR: MAËL CREURER (AKHELEC BRASIL) Assim como na Europa e demais países do mundo, o Brasil possui normas que impõem critérios a serem respeitados quando o assunto é instalação de subestação elétrica. Alguns equipamentos, como por exemplo, transformadores elétricos a óleo, podem ser prejudiciais, tanto para o meio ambiente como para a segurança. Ao longo do tempo, eles podem contribuir com a poluição do solo ou causar acidentes graves, como incêndio ou explosão. Um acontecimento como este pode deixar o sistema fora de operação e resultar em perdas de produção, geração de custos, poluição do meio ambiente e até propagação do incêndio em cadeia com outros equipamentos. Prevenção é sempre a melhor opção quando se trata de subestações elétricas e atualmente é possível encontrar no mercado empresas que oferecem produtos e soluções para este setor, sem deixar de lado a preocupação com o meio ambiente. É o caso da Akhelec
Brasil, que faz parte do grupo GMT, uma empresa francesa especializada na proteção ambiental e patrimônio das subestações elétricas. Entre os equipamentos oferecidos, merecem destaque as bacias de contenção metálicas com
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sistemas de filtragem da água e painéis corta-fogo, que contribuem para a proteção das subestações ao mesmo tempo em que preserva o meio ambiente. As bacias BAF são entregues já prontas para instalação e evitam a utilização de caixas coletoras e decantadoras, e contribuem na melhoria da qualidade da água filtrada, evitando assim, a poluição do solo. O produto seduz os recentes projetos desenvolvidos nos setores solares e eólicos pela facilidade de instalação e redução ou supressão de obra civil. As construtoras e os clientes finais estão de olho no assunto em termos de ganho de tempo e custo de instalação. O sistema de filtragem, exclusivos no Brasil, permite a drenagem da água da chuva sem a necessidade da caixa decantadora. Mais um ganho em termos de agilidade na instalação do transformador. Os filtros contêm um polímero
especial oleofilo e hidrofóbico, limpando e drenando a água da chuva com garantia de menos de 5ppm de resíduos de óleo. Isto é novidade no território Brasileiro e os órgãos ambientais estão satisfeitos. Os painéis metálicos corta-fogo, também é uma excelente opção quando o assunto é proteção contra incêndio, pois podem substituir a solução atual com brita. Isso permite a redução do volume total da bacia e dispensa o aterramento e escavações, já que a mesma bacia pode ser apoiada diretamente no solo. A maioria dos grandes parques solares e eólicos tem a instalação em áreas remotas, o que dificulta a realização de obras civis. A falta de mão de obra qualificada, de materiais de construção e a redução de riscos e de tempo de instalação atrai quem quer realizar obras com melhor qualidade. Convém a utilização de produtos prontos para instalação e com melhores resultados. Segundo as normas e critérios das seguradoras, a contenção do óleo é obrigatória para proteger qualquer infiltra-
Akhelec Brasil está sediada no Rio de Janeiro e tem como referência a parceria com a Vale, através das reformas de antigas subestações elétricas. Com fabricas no Brasil, a Akhelec oferece o melhor custo-benefício e prazo para a montagem ou reformas de subestações.
In Brazil, as in Europe and many countries across the world, there are some laws and regulations about the electrical substation installations Some equipment on those substations can be harmful and damaging to the environment, for example the oil filled electric transformers. Indeed, in case of an oil leak it will pollute the ground or explode. Accidents like this will take the electrical system down, resulting in loss of production, heavy repair costs thus risking the life of people in the near surrounding. How to prevent those risks? The French GMT Group has implemented an ambitious commercial, logistic and administrative development program in Brazil, leading to the creation of the subsidiary
AKHELEC BRASIL in 2012, specialized in environmental protection of substations. The company offers equipment and products to ease and improve substation installations or refurbishments. There are self-supporting and hotdip galvanized steel containment bunds for electrical oil transformer protection in accordance with European and Brazilian standards. Bunds manufactured in several sections and assembled on site. It works with all types of transformers, even the biggest ones. There is also a filtration system, exclusive in Brazil, which drains the rain water without
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using splitter box. The filters have a special polymer that capture the oil and let go rain water in less than 5 ppm of oil residues. We also offer fire and blast-resistant wall and fireextinguishing blanket, which contribute to protect equipment and people. Our solutions are price competitive and time saving in comparison with standard civil works. AKHELEC BRASIL is based in Rio de Janeiro and has the renovations of old electrical substations for Vale as reference. With factories in Brazil, AKHELEC offers the best cost-benefit and deadline to install or refurbish substations.
Inmetro abre consulta pública para que fabricantes possam se adaptar a novas regras sobre painéis solares Uma consulta pública aberta pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) que estará disponível até o dia 18 de junho, tem como objetivo abrir uma portaria que propõe uma prorrogação deste prazo para 2016, onde o fabricantes e importadores de sistemas conectados à rede com potência nominal de até 10kW possam se adaptar as regras impostas pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem de equipamentos para geração de energia solar. A intenção é que a prorrogação vá até 01 de março de 2016 e assim permita que as empresas tenham mais tempo para testar e registrar os painéis no Inmetro. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) o acesso restrito aos laboratórios onde os painé is solares são produzidos dificultou a capacidade do setor em atender as regras do programa. A consulta pública está disponível no site do Inmetro e poderá receber comentários e sugestões sobre o tema até dia 18 de junho. A proposta foi disponibilizada por meio da portaria Inmetro, número 240. Para o diretor de Avaliação da Conformidade do Inmetro, Alfredo Lobo, as novas regras contribuirão para que a energia limpa ganhe cada
vez mais espaço no país. “O Cenário atual nos desafia a encontrar oportunidades de promover a segurança energética e hídrica no País, e essas medidas propostas favorecem a entrada de equipamentos geradores de energia limpa, além de dar transparência à sociedade sobre as decisões do processo de regulamentação do Inmetro” explicou ele.
Inmetro opens public consultation so that manufacturers can adapt the new rules on solar panels A public consultation opened by the National Institute of Metrology, Quality and Technology (Inmetro) which will be available until June 18, aims to open an ordinance proposing an extension of this deadline to 2016, where manufacturers and importers systems connected to network with nominal power of up to 10kW can adapt the rules imposed by the Brazilian Labeling Program of equipment for solar power generation. The intention is that the extension go to March 1, 2016 and so allow companies more time to test and record the panels on the Inmetro. According to the Brazilian Association of Solar Energy Photovoltaic (Absolar) restricted access to laboratories where solar panels are produced hampered the
sector’s ability to meet the rules of the program. The public consultation is available at Inmetro’s site and you may receive comments and suggestions on the subject until June 18. The proposal was made available by Inmetro ordinance, number 240. For evaluation director at Inmetro Conformity, Alfredo Lobo, the new rules will contribute to clean energy will become even more space in the country. “The current scenario challenges us to find opportunities to promote energy and water security in the country, and these proposed measures encourage the entry of clean energy generating equipment, and provide transparency to the society on the decisions of the Inmetro regulatory process” explained it.
RBS Magazine – Revista Brasil Solar, entrevista Jackson Chirollo Diretor Operacional SICES BRASIL RBS MAGAZINE – Como você avalia a atual situação do setor de energia solar no Brasil? Jackson Chirollo, Atuo no mercado de energia solar fotovoltaico no Brasil desde 2009 e recordo que em janeiro de 2010 para conseguir maior conhecimento do mercado, contratei um relatório com pesquisa de mercado na PUC-RJ, pois as únicas informações a respeito deste seguimento eram sobre o programa federal “Luz para Todos”. Após o relatório nada mudou, as informações do mercado permaneciam as mesmas e perspectivas na época de um mercado estruturado e incentivado para sistemas conectados à rede eram apresentados através de inúmeras palestras e eventos. Na época vivenciava pessoalmente o “boom” do mercado italiano e outros já em declínio exatamente após o estouro da Itália, enxergava o Brasil como o futuro enquanto via a evolução dos mercados europeus em fase de saturação pela fortíssima competitividade e especulação. Com o tempo surgiram as primeiras audiências públicas que trouxeram em Abril 2012 a Portaria 482 e em seguida 517. Recordo que muitos vislumbravam uma explosão imediata, enquanto outros entendiam que levaria tempo para amadurecer, eu pessoalmente pensava na segunda hipótese até porque regulamentava o modelo “Net metering” e não o famosíssimo “Feed in Tarif ”, que permitiu crescimento de mercado de forma desproporcional e especulativo em outros países. Na época o mercado fotovoltaico conectado à rede poderia até ter deslanchado de forma mais rápida, mas junto a Portaria 482, no mesmo ano de 2012 tivemos a MP número 579 (reduzindo as tarifas de energia elétrica em 20% na média), tudo isso apenas poucos meses antes que as concessionárias de energia
Proprietário e Diretor Geral Leonardo Curioni (em pé) ao lado do Diretor Operacional Jackson Chirollo
elétrica deveriam estar tecnicamente aptas para receber as conexões dos Sistemas de mini e micro geração, certamente foi um “balde de agua fria” para muitas “poucas” empresas no setor fotovoltaico na época, sem levar em consideração as inúmeras dificuldades e incoerências que as empresas encontravam para conectarem e legalizarem os Sistemas FV junto à rede da concessionaria local, quando tivemos casos de 18 meses para devida legalização. Neste cenário, desmotivava qualquer empresário do setor e qualquer potencial cliente que tivesse conhecimento da atual situação e tornava-se sempre mais complicado a aceitação da energia fotovoltaica no mercado e o que mais importante, pelo consumidor final. Como não bastasse tantas barreiras e empecilhos, logo em seguida, abril 2013, recebíamos o Convenio ICMS do CONFAZ, que, determinaria a cobrança da alíquota sob o Sistema de compensação de energia elétrica da resolução ANEEL 482/ 2012. Neste cenário de permitirem a compensação, os primeiros sinais consis-
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tentes de instalações começaram a acontecer somente em final de 2013 e concretizando em um mercado embrionário somente em 2014, neste ano a mídia sobre a tecnologia fez sua parte, presente em capas de revistas setoriais e anúncios de jornais quotidianos ajudaram na disseminação da tecnologia e seus benefícios. Muitas instalações pilotos aconteceram, usinas do P&D na ANEEL foram concluídas e o mercado residencial alto padrão saiu na frente. Seguindo em frente e inicio 2015, exatamente colhendo o efeito boomerang da MP 579, constatamos aumentos de algumas distribuidoras de energia acima de 40%, neste cenário o visto como vilão das fontes de energia, se tornava a opção mais atrativa e o aumento das instalações fora relevante e exponencial. Por sua vez, enfrentávamos outros desafios no mercado, um significativo aumento do Dólar e consequentemente, sendo 100% de nossos equipamentos e componentes importados, refletiu em nossos custos acima de 30% em alguns
produtos e ao mesmo tempo lidar com a barreira de conexão à rede com a entrada em vigor da Portaria INMETRO nº 357/2014. A Sices Brasil em todos esses momentos esteve pronta e com tomadas de ações estratégicas superando as barreiras e o mercado de Energia Solar Fotovoltaica jamais deixou de crescer e amadurecer e avalio a atual situação do setor em um processo de definição de vários fatores. Este ano será determinante para o real avanço do setor no Brasil, já vemos os primeiros avanços com a isenção da alíquota ICMS na compensação de energia em alguns Estados com o Convenio CONFAZ em abril, consulta pública do Inmetro visando a prorrogação da Portaria 357/2014 a qual ao momento representa o maior entrave ao mercado e paralisa pequenas instalações e por final a audiência pública da ANEEL com a proposta de revisão da RN 482/2012 com o intuito de reduzir as barreiras ainda existentes à conexão dos micro e minigeradores à rede das distribuidoras, aumentar o público alvo permitindo implementações na GD de até 5MW e compatibilizar as regras do sistema de compensação de energia elétrica de forma equânime. RBS MAGAZINE – Você acredita que o Brasil será uma potência quando o tema for geração de energia por sistemas solares fotovoltaicos? Jackson Chirollo), Sim, com certeza absoluta com a definição de todos os processos em curso referente a Portaria Inmetro, Convenio CONFAZ e audiência pública RN 482, estaremos vivenciando um mercado que nos proporcionará grandes resultados. Afinal com todos os entraves até hoje o segmento continuou evoluindo graças ao forte empreendedorismo de todos os personagens atuantes no mercado. RBS MAGAZINE – Quais são os principais parceiros da SICES hoje em seu processo de atuação no mercado da energia solar? Jackson Chirollo), Escolhemos sempre atuar com os melhores parceiros, desde fornecedores e clientes, nossa escolha em sua maioria não é pelo porte da
empresa e sim porque acreditamos nas pessoas que as gerenciam e no comprometimento das mesmas nos acordos negociados. Neste cenário de comprometimento, selecionamos rigorosamente desde nosso operador logístico internacional, despachantes aduaneiros até a montadora de Stands em nossas feiras. Nossa principal estratégia no segmento de energia solar fotovoltaica é a identificação dos melhores fabricantes internacionais que possam apresentar qualidade e preços competitivos e que tenham presença jurídica em território nacional, para efeitos de garantias e agilidade em solucionar eventuais problemas relacionados a fornecimentos. Assim como comercialmente concentramos nossas operações de vendas em algumas empresas estratégicas em cada Estado, desta forma criando uma organização robusta e estruturada com parceiros a 360º e em todo território nacional. RBS MAGAZINE – Hoje a SICES é um dos grandes destaques do setor no Brasil. Quais os processos que você destaca com mais importantes? Jackson Chirollo), Principalmente o foco. Começamos junto a publicação da portaria ANEEL 482/2012 e como acontece em qualquer novo mercado, a maior dificuldade era identificar a melhor atuação nele. A SICES Brasil, empresa controlada por um grupo italiano, já possuía experiência na tecnologia por ter implementado 60MW na Europa e era necessário determinar o papel de atuação no mercado brasileiro. Elaboramos nossa estratégia, traçamos nossos planos e objetivos e escolhemos atuar em apresentar e fornecer soluções a todos os integradores, instaladores e projetistas do mercado. Nossa solução foca no fornecimento de todos os equipamentos e componentes, conforme projeto e necessidade do cliente final de nosso parceiro, oferecendo diferentes propostas de equipamentos e soluções de fixação do arranjo
FV para qualquer tipo de telhado e superfície, acompanhando nosso parceiro com todo suporte técnico. Muitos eram iniciantes e hoje se tornaram realidades e referência no mercado e continuam sendo nossos melhores parceiros. Neste cenário, determinamos como principal política comercial que não atuaríamos e/ou venderíamos para consumidor final ou pessoa física, pois é nosso principal objetivo proteger o trabalho e esforço de nosso parceiro e jamais ser seu próprio concorrente. No começo perdemos negócios, mas não desistimos e seguimos determinados em nosso foco e a médio prazo fomos recompensados, declinamos de contatos provenientes de consumidor final e os direcionamos ao parceiro mais próximo de sua região.
RBS MAGAZINE – É de conhecimento do mercado que a SICES é a principal importadora e distribuidora de equipamentos FV no Brasil. Como a empresa conseguiu alcançar este destaque? Jackson Chirollo), Identificamos os melhores processos de importação, definimos os melhores parceiros neste projeto e programamos com exatidão os fluxos de importação e compras, independentemente de termos pedidos de nossos clientes, disponibilizando os equipamentos a pronta entrega no mercado. Equipe própria em todos os processos evitando terceirizar e tendo maior controle sobre as operações, experiência e pleno conhecimento dos produtos fotovoltaicos comercializados e em todos os processos logísticos internacionais e desembraço aduaneiro, além de contar com
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a estrutura internacional da SICES em outros países, estruturamos uma organização altamente competitiva, ágil e sustentável. Atualmente (Junho2015) movimentamos 2,5MW por mês em equipamentos para energia solar, entre módulos fotovoltaicos, inversores, string box, estruturas, cabos solares e todos demais componentes… Praticamos o empreendedorismo dinâmico e inovador, cumprindo exatamente quanto combinado junto aos nossos clientes, jamais prometemos algo que não temos certeza de cumprir e como em nossa atuação dependemos de muitas formalidades burocráticas fora de nosso controle, sempre preferimos deixar alguns aspectos claros e em máxima transparência já na primeira negociação, mas graças a nossa competente equipe conseguimos em sua maioria sair na frente, quando conseguimos preferimos surpreender ao invés de prometer…No primeiro impacto, nossa extrema sinceridade pode causar desconforto ao nosso novo cliente, mas com a evolução e conclusão do primeiro negócio, conquistamos sua confiança e satisfação. Bem, a confiança de nossos parceiros e clientes certamente é nosso principal alicerce, obviamente considerando os inúmeros processos e pedidos atualmente, há casos que deixamos a desejar, mas criamos a filosofia de dar extrema prioridade em solucionar problemas e encontrar a melhor solução no menor prazo possível para satisfação de nossos clientes. Somos uma empresa sólida em todos os aspectos o que nos faz buscar sempre a qualidade e redução de custos, consequentemente temos o melhor preço do mercado. Além disso, buscamos obter todas as vantagens oferecidas pela legislação, o que permite que nossos clientes se beneficiem das mesmas ao adquirir nossos sistemas fotovoltaicos. RBS MAGAZINE – A SICES oferece soluções completas para projetos de FV. Qual a importância de ter parceiros de peso, que são algumas das principais marcas em nível mundial?
Jackson Chirollo), Já vivenciamos muitas empresas na Europa que para conquistarem mercado, utilizavam e forneciam equipamentos de baixíssimo custo, inclusive gigantes da indústria com suas próprias marcas no desenvolvimento O&M de Inversores junto a empresas do continente asiático, onde, o principal objetivo era o menor preço para competir em um mercado altamente competitivo. O resultado após poucos anos, foram de inúmeras problemáticas e necessidade de troca dos equipamentos, sem levar em consideração que muitas empresas que tinham atuando no mercado com sua própria marca, já tinham descontinuado ou abandonado o setor e por sua vez não reconheciam as garantias. Este mesmo modelo de negócio, começa a ser praticado no mercado brasileiro e o pior cenário é do “verdadeiro” fabricante não ter nenhuma presença no Brasil. Tendo em consideração, que o Sistema Fotovoltaico é um investimento e deve nos proporcionar confiabilidade e vida útil de longo prazo, consideramos oportuno atuarmos somente e exclusivamente com os melhores fabricantes pela sua qualidade e que tenham apresentado já histórico positivo nos longos dos anos em outros mercados. Desta forma, nossa escolha do parceiro é minuciosa desde o fabricante de módulos fotovoltaicos, inversores, estruturas de fixação e demais componentes. RBS MAGAZINE – Como a empresa pretende manter esta participação expressiva no mercado nacional, que cresce a cada dia, com a concorrência de novas marcas e empresas que começam a atuar no mercado brasileiro? Jackson Chirollo), Competitividade no mercado quando criterioso e sem es-
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peculação é saudável para todos e hoje já realizamos inúmeros fornecimentos, inclusive de valores relevantes, para empresas que hipoteticamente seriam nossas concorrentes aos olhares de outras pessoas, não por oportunismo, pois retornamos a fazer negócios com as mesmas empresas. Desta forma acreditamos que neste mercado há espaço para todos e no médio, longo prazo haverá uma seleção natural. Nosso continuo trabalho é o planejamento e a um ano atrás já tínhamos programado qual seria nosso novo modelo de expansão no mercado nos dias de hoje. Há meses estamos já colocando em pratica e desenvolvendo o modelo de negócios que gostaríamos de atuar no médio e longo prazo no mercado fotovoltaico, estamos confiantes que até o final do ano estará estruturado para executa-lo a 360º a partir de 2016. O modelo de negócio em desenvolvimento reflete exatamente o método de atuação atual da SICES, onde, prioriza a parceria entre empresas, viabilização de negócios, comprometimento com consumidor final e sucesso nos resultados. Estamos esperançosos que seja vencedor… RBS MAGAZINE – A SICES é parceira da RBS Magazine, desde seu início como Jornal Brasileiro de Energia Solar. Qual a importância da publicação, como canal direto com clientes e parceiros? Jackson Chirollo), A SICES Brasil, sempre acreditou no comprometimento da RBS Magazine com o mercado fotovoltaico e na credibilidade que este veículo tem em todo o setor. Além disso, suas publicações são de grande interesse, proporcionando a nossos clientes e parceiros informações atualizadas sobre o setor de fotovoltaico. Por tudo isso, esta mídia tem da nossa parte o maior respeito e consideração, fazendo com que seja um grande aliado nosso na divulgação da energia solar fotovoltaica no Brasil.
Internacional
Arábia Saudita cria meta para aumentar energia solar no país
Os benefícios da energia solar estão expandindo o mundo. Em uma conferência realizada em Viena as duas potências da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) destacaram o interesse sobre esse tipo de energia renovável. A Opep enalteceu seus esforços para
aderir a energia solar o quanto antes. “Se formos bem sucedidos no aproveitamento dessa energia, posso lhes garantir que a Arábia Saudita terá uma nítida vantagem relativa: área plantada e o sol todos os dias” ressaltou Ali al-Naimi, ministro saudita do Petróleo. O comentário realizado está semana pelo ministro da Arábia Saldita demonstra que os avanços nas matrizes de energia solar nos países mais ensolarados estão bastante evoluídas. A meta estabelecida pelo país é construir um setor de energia solar de 41gigawatt em um prazo de 20 anos.
Saudi Arabia creates goal to increase solar energy in the country The benefits of solar energy are expanding the world. At a conference held in Vienna the two powers of the Organization of Petroleum Exporting Countries (OPEC) highlighted the interest on this type of renewable energy. OPEC praised their efforts to adhere to solar energy as soon as possible. “If we succeed in harnessing this energy, I can assure you that Saudi Arabia will have a clear comparative advantage: acreage and the sun every day,” said Ali al-Naimi, Saudi oil minister. The review is done week by the Minister of Saudi Arabia shows that advances in arrays of solar energy in sunnier countries are quite evolved. The target set by the country is to build a solar power sector 41gigawatt in a period of 20 years.
Banco Sustentável é instalado na cidade portuguesa Penafiel A cidade de Penafiel, em Portugal inaugurou ontem, 05 de junho, um banco de jardim sustentável, o qual possui em sua infraestrutura painéis solares capazes de carregar eletrônicos móveis, como celulares. Considerado pela autarquia portuguesa como uma inovação para o país, o banco está localizado no Parque das Lages e tem capacidade para oito ou
nove pessoas. De acordo com o presidente da Câmara de Penafiel, Antônio Sousa, a novidade do parque também está preparada para iluminar a área durante a noite. A iluminação do parque será feita através de luzes LED, as quais serão abastecidas por energia solar captada durante o dia. O Banco auto sustentável irá beneficiara população de modo que os mesmos possam recarregar seus dispositivos móveis a qual momento do dia no parque. “A utilização do banco
de jardim, com o conceito inovador da produção de energia no próprio local, apresenta-se como uma ideia útil, moderna e inovadora, que permite abrir novos horizontes na reestruturação dos espaços públicos modernos” ressaltou Sousa. Futuramente, Sousa também ressalta que o banco servirá como ponto gratuito de internet sem fio, o chamado Wi Fi. Além disso, o projeto sustentável poderá ser expandido para outras áreas da cidade.
Sustainable seat is installed in the Portuguese city Penafiel The city of Penafiel in Portugal opened yesterday, June 5, a database of sustainable garden, which has in its infrastructure solar panels capable of carrying mobile electronics, like cell phones. Considered by the Portuguese authority as an innovation for the country, the bank is located in the Lages Park and has a capacity of eight or nine people. According to
the president of Penafiel Chamber, Antonio Sousa, the new park is also prepared to illuminate the area at night. The lighting of the park will be made by LED lights, which will be supplied by solar energy captured during the day. Sustainable Bank will auto benefited population so that they can recharge their mobile devices which time of the day in the park. “The use of the park bench, with the innovative
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concept of energy production on site, presents itself as a useful, modern and innovative idea, which lets you open new horizons in the restructuring of modern public spaces,” said Sousa. Future Sousa also points out that the bank will serve as point free wireless internet, called Wi-fi. In addition, the sustainable project could be expanded to other areas of the city.
Energia Solar fotovoltaica e Biomassa: avanços e desafios para expansão de uso na matriz elétrica nacional OSVALDO SOLIANO PEREIRA1 | MARIA DAS GRAÇAS FIGUEIREDO2 | TEREZA MOUSINHO REIS2 | LUCAS CORTE IMPERIAL2 1 Introdução Em decorrência da crise energética porque vem passando o País, fruto de vários fatores adversos (atrasos nos projetos de geração, mudança no arcabouço do setor, não realização de leilões no momento adequado, crise hídrica, aumento da geração térmica e consequente aumento de tarifas), distintos agentes públicos, particularmente os vinculados ao Governo Federal, veem sinalizando com mudanças regulatórias e incentivos para fomentar mais rapidamente o uso de novas tecnologias na matriz energética, com ênfase particular na energia solar e de biomassa, prevendo-se grandes mudanças no cenário de geração dessas fontes. Considera-se aqui, que a fonte eólica, apesar de ainda encontrar algumas barreiras, estas não se encontram no nível enfrentado pelas demais. Ao longo deste artigo procura-se enfatizar as convergências de mudanças no arcabouço da energia solar fotovoltaica que também beneficiam ou limitam uma maior disseminação do uso da biomassa para produção de energia elétrica. Diversas ações estão sendo tomadas nos distintos segmentos de mercado, seja na micro e minigeração (compensação de energia elétrica), na geração distribuída, e nos leilões de fontes alternativas. Medidas simples, como a isenção de ICMS e impostos federais sobre a energia injetada, por exemplo, torna o custo da energia para projetos de geração distribuída (GD), de qualquer fonte, em termos de paridade tarifária, viável para consumidores de dezenas de distribuidoras do País. 2 Perspectivas da biomassa e energia solar fotovoltaica Desde sua regulamentação, em 2012, até março de 2015, apenas 533 unidades geradoras foram instaladas fazendo uso do mecanismo de compensação de energia elétrica (net-metering), das quais, 498 unidades do total com fonte solar, que
somam 5.441 kW de potência instalada (ANEEL, 2015a). Já com biomassa foram implantados 4 projetos de biogás, totalizando 763 kW. Recente estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE, 2014), considera que a energia solar pode ser uma importante solução para a atual crise energética, uma vez que painéis fotovoltaicos instalados nos telhados residenciais, no mecanismo de net metering, podem gerar tecnicamente 287 mil GWh, duas vezes a energia consumida nas residências do País hoje. Num outro estudo, a EPE (Tolmas-
de solar, 25 TWh de biogás e 91,2 TWh de cogeração, que certamente incluiria biomassa. Numa análise setorial, as projeções da EPE indicam que o setor comercial pode instalar 29 GWp, o industrial 13 GWp e o poder público 3 GWp, o que totaliza 45 GWp de potência em energia solar. Apesar de não poder ser pulverizada quanto esta, a geração distribuída para usos comerciais e industriais, recentemente incentivada através de geradores a Diesel e gás natural, pode ser feita, em alguns casos com resíduos ou ainda biodiesel ou biometanao, quando incentivados.
Figura 1: Geração Distribuída Total Fonte: Tolmasquim, 2015, Apud EPE. Nota: “GD - Outros” concentra basicamente a geração distribuída na indústria de exploração e produção de petróleo e gás natural, de refino, do alumínio e de papel. Fonte: Tolmasquim, 2015, Apud EPE.
quim, 2015) calculou em 53,4 TWh o total da energia produzida no Brasil em 2013, oriunda da GD, sendo que apenas 0,2 TWh eram oriundos do biogás e a produção da fonte solar era zero (Figura 1). No longo prazo, a GD pode atingir 257 TWh, em 2050, sendo 103,3 TWh
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3 Compensação de Energia Elétrica Duas iniciativas importantes e recentes do governo federal trabalham no sentido de incentivar a expansão do mercado de compensação de energia elétrica:
A proposta de revisão da Resolução 482/ 2012 (Aneel, 2012), que trata das condições gerais de acesso da micro e da minigeração distribuída à rede de distribuição, e a revisão do Convenio SEFAZ sobre ICMS cobrado no sistema de compensação, comentadas a seguir. 3.1. A revisão da Resolução Normativa 482/2012 Prevista desde sua edição em 2012, a revisão pela ANEEL da Resolução n. 482/2012 certamente foi antecipada considerando que desde sua publicação, até março de 2015, apenas 533 unidades geradoras foram instaladas, sendo que 69% em unidades residenciais, 18% comerciais e 7% em consumidores do grupo A, segundo pesquisa realizada pela própria ANEEL (2015a). Os principais aspectos em revisão são os seguintes: - Diversificação das fontes de energia e revisão dos limites de potência instalada de 100 kW para 75 kW na microgeração, fazendo coincidir com a potência limite de BT, e aumento da potência instalada na minigeração de 1 para 5 MW, exceto para pequenas centrais hidrelétricas. - Padronização da documentação e redução dos prazos de registro/conexão dos sistemas para agilizar os processos. - Extensão para as Unidades Consumidoras (UCs) localizadas em áreas contíguas, (condomínios residenciais e comerciais), do direito a participar do sistema de compensação (comunhão de interesse de fato) antes restrito as UCs com a mesma titularidade (CPF ou CNPJ). - Dispensa do consumidor dos custos de sistemas de medição que deve ser assumido pela distribuidora. Um aspecto importante levantado na Nota Técnica nº 17/2015-SRD/ANEEL, de 13/04/2014 (ANEEL, 2015a), que embasa a revisão da RN 482/2015, é chamar as distribuidoras a uma posição mais proativa nesse mercado, realizado estudos para identificar na sua rede os locais mais adequados à inserção de GD, particularmente com potencia superior a 1 MW.
3.2 Desonerações tributárias A excessiva carga tributária sobre insumos e máquinas da cadeia produtiva solar, assim como de cadeias de outras fontes, e a própria geração GD, no caso do sistema de compensação, dificulta o desenvolvimento no País de indústrias locais, comprometendo a competitividade num mercado internacional cada vez mais acirrado e desestimulando a micro geração pelos consumidores. Além dos impactos na cadeia produtiva, a redução de impostos sobre a energia solar pode reduzir o seu preço médio de geração em cerca de 10% a 20%, segundo a ABSOLAR (CanalEnergia, 2015a), com expressivo ganho de competitividade. Números similares podem ser alcançados para a energia com biomassa ou pequena eólica. Considerando que o ICMS é o principal tributo na produção/consumo de energia fazendo uso do net metering (alíquota média de 20%) é bastante positiva a revisão do Convênio ICMS Nº16/2015 do Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ), que permite aos estados isenção na cobrança de ICMS sobre a parcela de energia injetada, com o imposto incidindo apenas sobre a quantidade de energia fornecida pela distribuidora a vigorar a partir de setembro de 2015. A adesão não é compulsória, (já aderiram os estados de São Paulo, Goiás, Pernambuco e Rio Grande do Norte além de Minas Gerais que já adotava por iniciativa própria). Para a ANEEL, num cenário otimista com a adesão de todos os estados, a isenção pode incentivar a inclusão de 700 mil unidades residências e comerciais, uma vez que estas não terão seus projetos de microgeração caracterizados como atividade de comercialização de energia. O segundo passo é a isenção de PIS e COFINS, de responsabilidade exclusiva do governo federal, e assegurada pelo MME (Brasil Energia, 2015 a, b), com implantação até o junho de 2015, isenção que pode ser estendida à produção de equipamentos. Estudo similar pode ser feito sobre equipamentos da cadeia da energia da biomassa. 4 Geração distribuída A GD no horário de ponta tem sido um dos pontos focados pelo governo para o suprimento de energia no País.
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Diante de conjunturas adversas como foi o ano de 2014 e se prolonga em 2015, tendo em vista reduzir a dependência da geração hidrelétrica e termelétrica. Para tanto estão em discussão uma política mais agressiva de apoio à GD e o acesso ao gás natural a preços mais competitivos para alavancar a cogeração. No curto prazo, com base na Nota Técnica DEA 01/15 (EPE, 2015), o MME editou a Portaria Nº 44/2015 para estimular o uso do potencial de geração existente em consumidores do grupo A, e não aproveitado nos horários de maior demanda (entre 14 e 17 horas), para os que usam como fonte o diesel e o gás natural, comvalores de referência - VR já definidos. Existe a possibilidade de substituição do diesel por combustíveis renováveis, como o biodiesel e biometano, se estas fontes forem estimuladas. Esses poderão se habilitar em processos de chamada pública das distribuidoras para produzir energia destinada ao seu consumo próprio e também à injeção na rede. A ideia de estender por pelo menos três horas diárias a geração própria abriu uma oportunidade de negócio para geração com outras fontes, em especial no setor comercial (shoppings e supermercados). Outra alternativa em análise é que na renovação das concessões das distribuidoras previstas para este ano também poderão ser incluídas medidas de incentivo à geração solar, como o aluguel de telhados dos consumidores pelas distribuidoras para instalar sistemas de geração solar. A EPE encaminhou ao MME uma Nota Técnica, com proposta de revisão do VR para energia solar, na modalidade de contratação de GD em média tensão (tarifa A4) para viabilizar projetos nessa faixa, uma vez que para a baixa tensão já existe a compensação de energia elétrica e na alta tensão os leilões de energia. A EPE vem trabalhando vem estudando a revisão do valor para cogeração, seguindo uma tendência de resgatar um VR específico por fonte (Canal Energia, 2015b, c), como orginalmente concebido em 1999. O VR específico além de criar uma redução no resultado dos leilões do ano anterior, pode contemplar externalidades com a distinção dos com-
ponentes de energia, fio ou serviços de confiabilidade, como ressalta Mário Veiga, na matéria “GD: o nó do VR começa a ser desatado” (Canalenergia, 2015b). 5 Leilões Os leilões de energia elétrica somam até o momento 890 MW da fonte solar e 1.920,6 MW de biomassa, considerando os leilões realizados desde 2013, e cujas fontes foram distribuídas conforme apresentado na Tabela 1. Tabela 1: Capacidade Instalada de Biomassa Contratada no período 20132015 (MW)
Fonte: EPE
Em 2015, o MME continua promovendo leilões para as fontes solar e biomassa, a exemplo dos leilões A-5 e de Fontes Alternativas já realizados em 2015, em que foram arrematados 500 MW de duas formas de biomassa, e o realizado em outubro de 2014, que deve assegurar mais de 890 MW de capacidade instalada de energia solar a partir de 2017. Este ano, já foi agendada a participação de energia solar em dois leilões, em agosto (exclusivo) e novembro (inclui a fonte eólica) e mais um leilão onde está prevista par a biomassa, a ser realizado em julho, conforme a Tabela 2. Para o 1º LER/2015, foram credenciados 382 projetos de energia solar que somam uma capacidade instalada de 12.528 MW (EPE, 2015a) enquanto para o LEN (A-3), a ser realizado em agosto estão cadastrados 604 MW em projetos de biomassa. Com relação aos preços, a conjuntura atual é indicativa de aumento em razão de vários fatores: aumento da taxa de juros para o financiamento do BNDES (de 5% para 5,5%), aumento da alíquota do PIS/COFINS em 2,5% pontos percentuais, de 9,25 para 11,75% para produtos importados e, desvalorização cambial (33%) o que aumenta os custos de investimento em que a maioria dos equipamentos ainda é importada (CanalEnergia, 2015d).
Tabela 2 - Leilões agendados para 2015 com renováveis
Fonte: EPE (posição abril/2015)
Em razão desses fatores, a expectativa do mercado é de que nos LERs de 2015 para solar haja uma correção entre 20% e 30% no preço teto sobre o valor do LER/2014 (R$ 262,00/MWh). 6 Conclusões Fruto de uma conjuntura adversa e históricos fatores estruturais, o setor elétrico brasileiro deve passar por modificações para atender à crescente demanda de energia do país, destacando-se a diversificação da matriz energética, com redução do papel dos grandes projetos hidrelétricos e a crescente inserção da GD, na qual a energia solar deve ocupar papel de destaque. Apostando nessa tendência, medidas estão sendo tomadas pelo governo federal no sentido de remover as barreiras, a exemplo do que aconteceu com a fonte eólica. Dentre as principais estão: a revisão da Resolução ANEEL 482/2012; a revisão do Convenio CONFAZ 016/ 2015 que isenta a cobrança de ICMS so-
bre a parcela da energia gerada/consumida pela unidade consumidora; a inser-v ção da fonte nos leilões programados para 2015; e os estímulos a GD não só pelas empresas que já dispõem de usinas, bem como a exploração desse mercado mediante o uso das Chamadas Públicas, com a fixação de um VR atrativo aos geradores em média tensão (tarifa A4). Resta equacionar os aspectos de financiamento para o desenvolvimento da geração distribuída particularmente para atender pessoas físicas. As opções existentes não atendem às características dos tomadores, em termos de prazo de amortização (até 5 anos, oferecidos pelos bancos públicos e privados) e taxas de juros, altas para um investimento de baixo risco e retorno de longo prazo. Uma forma de superar este obstáculo seria incorporando os custos de aquisição de sistemas fotovoltaicos ao financiamento imobiliário oferecido por bancos públicos e privados para novas construções ou reformas de construções existentes.
REFERENCIAS ANEEL (2012). Resolução Normativa Nº 482, de 17 de abril de 2012. Disponível em http://www.aneel.gov.br/cedoc/ren2012482.pdf. ANEEL (2015a). Nota Técnica nº 017/2015 - SRD. 13 de abril de 2015. Proposta de abertura da Audiência Pública para o recebimento de contribuições visando aprimorar a Resolução Normativa nº 482/2012 e a seção 3.7 do PRODIST. Disponível em: http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/audiencia/arquivo/2015/026/ documento/nota_tecnica_0017_2015_srd.pdf. ANEEL (2015b). Nota Técnica nº 077/2015-SEM-SRD-SGT-SFF/ANEEL. 8 de maio de 2015. Análise das contribuições da Audiência Pública 012/2015. Aprimoramento da regulação para contratação de geração própria de unidade consumidora, conforme disposto na Portaria nº 44/2015. Disponível em: http:// www.aneel.gov.br/aplicacoes/audiencia/arquivo/2015/012/resultado/nt_077_2015_srm_srd_srg_sgt_sff_scg_aneel-analise_das_contribuicoes_ap_12-2015.pdf Brasil Energia (2015a). A nova ordem do setor elétrico. Edição nº 414, maio de 2015. pg.12-16. \ Brasil Energia (2015b). Governo abraça fonte solar. Edição nº 414, maio de 2015. pg.32- 34. CanalEnergia (2015a). Rodrigo Sauaia, da Absolar: Solar fotovoltaica proporciona tripé de benefícios ao sistema elétrico brasileiro. 27/05/2015. Disponível em: http://www.canalenergia.com.br/zpublisher/materias/Noticiario.asp?id=106633 CanalEnergia (2015b). Geração Distribuída: o nó do VR começa a ser desatado. 08/05/2015. Disponível em: http://www.canalenergia.com.br/zpublisher/ materias/Reportagem_Especial.asp?id=106351. CanalEnergia. (2015c). EPE elabora proposta de novo VR para geração distribuída. 05/05/2015. Disponível em: http://www.canalenergia.com.br/zpublisher/ materias/Regulacao_e_Politica.asp?id=106294. CanalEnergia (2015d) LER: preço da energia solar pode ficar 30% mais alto, avaliam agentes. 16/03/2015 Disponível em: http://www.canalenergia.com.br/ zpublisher/materias/Newsletter.asp?id=105568 EPE (2014). Inserção da Geração Fotovoltaica Distribuída no Brasil - Condicionantes e Impactos. Nota Técnica DEA 19/14. Rio de Janeiro, outubro 2014. Disponível em: http://www.epe.gov.br/mercado/Documents/S%C3%A9rie%20Estudos%20de%20Energia/DEA%2019%20-%20%20Inser%C3% A7%C3%A3o%20da%20Gera%C3%A7%C3%A3o%20Fotovoltaica%20Distribu%C3%A Dda%20no%20Brasil%20%20Condicionantes%20e%20Impactos%20VF%20%20(Revisada).pdf. EPE (2015) Nota Técnica DEA 01/15. Estimativa da Capacidade Instalada de Geração Distribuída no SIN. Aplicações no Horário de Ponta. Rio de Janeiro, fevereiro de 2015. Disponível em: http://www.epe.gov.br/mercado/Documents/S%C3%A9rie%20Estudos%20 de%20Energia/DEA%2001%20%20Gera%C3%A7%C3%A3o%20Distribu%C3%ADda%20no%20 Hor%C3%A1rio%20de%20Ponta.pdf EPE (2015a) 1º Ler 2015: EPE credencia 382 projetos de energia fotovoltaica. Disponível em: http://www.epe.gov.br/leiloes/Documents/ Leil%C3%A3o%20de%20Reserva%20(2015)/1o%20LER%202015.pdf. MME (2015). Portaria Nº 44, de 10 de Março de 2015. Disponível em http://www.aneel.gov.br/cedoc/prt2015044mme.pdf. Tolmasquim (2015). Importância da Geração Distribuída para a Matriz Elétrica Nacional. Fórum Cogen/CanalEnergia. São Paulo, maio de 2015. Disponível em http://cogen.com.br/ForumCogenGD/COGEN__Mauricio_Tolmasquim_3.pdf. (FOOTNOTES) 1 Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). 2 Centro Brasileiro de Energia e Mudanças Climáticas (CBEM).
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Realizando instalação de baterias VRLA Cuidando bem do operador, da bateria e do Meio ambiente ARTIGO POR:
ENG. ARMANDO FERRO PATRÍCIO (DIRETOR COMERCIAL – NEWMAX BATERIAS - OPT ELETRÔNICOS E BATERIAS LTDA) COORDENADOR NO COBEI DA COMISSÃO DE ESTUDOS CE 21:02 – BATERIAS ESTACIONÁRIAS \ ESPECIALISTA ANATEL
A
ideia deste artigo é apresentar informações importantes de serem aplicadas quando do procedimento de instalação de baterias estacionárias chumbo-ácidas reguladas por válvula – VRLA, desde o recebimento no local definido para a instalação até a conclusão da instalação, liberando as baterias para o procedimento de ativação junto ao sistema de energia. ARMAZENAMENTO Quando do armazenamento de baterias VRLA, seja no almoxarifado ou no local destinado a instalação, cuidados devem ser tomados quanto á umidade e temperatura máxima que as baterias possam ser submetidas, de modo a preservar o seu tempo de vida estimado conforme projeto. A leitura do Manual Técnico do fabricante da bateria é recomendada para prover informações e detalhes específicos a serem seguidos. As baterias não devem ser mantidas em ambiente aberto, ao tempo, mesmo que por pequenos períodos de tempo e mesmo que cobertas com plásticos ou outros artifícios. Caso seja necessário manter as baterias armazenadas por determinado período deve ser escolhido ambiente abrigado livre de incidência de raios solares, excessiva umidade e temperaturas elevadas. Se esse período de armazenagem for ultrapassar a 3 meses, deve se atentar para o tempo necessário para a realização de recarga, pois baterias sem estarem conectadas a uma Fonte de energia CC sofrem, naturalmente, redução do seu estado de carga, devido ao processo de auto descarga. Esse período de tempo entre recarga deve ser seguido conforme orientação do Manual
Técnico do fabricante da bateria. No armazenamento nunca deve ocorrer o empilhamento dos elementos/monoblocos desembalados e no caso de estarem embalados, deve ser verificado as indicações do fabricante quanto ao lastro e níveis de empilhamento. PRECAUÇÕES PARA INSTALAÇÃO Devido as baterias terem energia acumulada internamente e por se tratar de um produto na maioria das vezes pesado, requerem sempre precauções para o seu manuseio de modo a se garantir a integridade do operador, do local da instalação e da própria bateria. Mesmo tratando-se de baterias reguladas por válvula que não apresentam internamente eletrólito livre, devido se encontrar na forma absorvida na manta de lã de vidro - AGM ou na forma de Gel, pequenas quantidades de eletrólito podem vazar assim como pequena quantidade de gases podem também ser liberados onde regras de segurança devem ser seguidas, conforme segue: Para a realização de uma instalação de bateria, no mínimo os seguintes instrumentos e equipamentos para manuseio seguro e proteção
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devem estar disponíveis: - Multímetro; - Termômetro; - Torquímetro; - Iluminação portátil; - Óculos de segurança com protetor lateral ou protetor facial; - Luvas eletricamente isolantes, apropriadas para as características elétricas da instalação; - Calçado de segurança; - Ferramentas com isolação adequada; - Dispositivo para movimentação de elemento/bateria com capacidade adequada ao peso do elemento/monobloco a ser manuseado; - Dispositivo para içamento (quando aplicável).
IMPORTANTE: - Os instrumentos utilizados devem sempre estar aferidos; - Sempre deve existir um extintor de fogo classe C ou outro indicado pelo fabricante disponível no local da instalação. SEGURANÇA Devem ser seguidas regras segurança tais como: - Isolamento da área; - Não fumar e evitar qualquer tipo de chama e centelhamento nas imediações da bateria; - Evitar objetos metálicos, tais como pulseiras, anéis, relógios ou correntes; - Não deixar ferramentas ou outros objetos sobre a bateria;
- Assegurar-se de que a área de trabalho esteja adequadamente iluminada; - Seguir as instruções do fabricante quanto a movimentação e manuseio dos elementos/monoblocos; - Seguir as recomendações do fabricante quanto ao posicionamento dos elementos ou monoblocos no local da instalação; - Nunca remover as válvulas reguladoras de pressão dos elementos/monoblocos; - Evitar carga estática, mantendo contato físico periodicamente com um ponto aterrado; - Nunca utilizar os pólos das baterias para movimentar os elementos/monoblocos; - Evitar o acesso de pessoal não autorizado à área de instalação da bateria. É recomendado que o pessoal que vai realizar a instalação da bateria tenha NR10. MONTAGEM Começar montando a estante ou armários conforme projeto, atentando para o nivelamento e a estabilidade da estrutura antes da montagem dos ele-
mentos/monoblocos de bateria. Constatar que os elementos/monoblocos, não foram danificados no processo de transporte e estão íntegros, isto é, sem rachaduras no vaso e tampa e se os pólos não estão amassados. Em seguida montar os elementos/ monoblocos acomodando-os de preferência da parte inferior para a superior da estante/armário verificando a estabilidade da estrutura após a acomodação de cada nível. Respeitar a distância entre elementos/monoblocos recomendada pelo fabricante da bateria. Caso seja requisito, conectar o cabo de terra no ponto indicado na estrutura da estante/armário. Com a utilização de um voltímetro, verificar a polaridade de todos elementos / monoblocos antes de iniciar as conexões, registrando os valores medidos em relatório para uso comparativo futuro. Em seguida realizar as conexões elétricas das interligações de modo a minimizar o esforço mecânico nos terminais. Após constatado o perfeito alinhamento de todos elementos/monoblocos que compõem a bateria, proceder o aperto dos parafu-
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sos das conexões utilizando torquímetro aferido, ajustado no valor recomendado pelo fabricante da bateria. Introduzir etiquetas com números para identificar a posição de cada elemento/monobloco na instalação e facilitar referencia futura, sendo sempre a partir do pólo positivo na sequência de associação. Instalar a plaqueta de identificação da bateria em local de fácil visibilidade. Medir a tensão total e individual de cada elemento/monobloco da bateria para ter certeza da correta instalação. A tensão total deve ser aproximadamente igual ao número de elementos/ monoblocos interligados em série, multiplicado pela tensão medida do elemento/monobloco em circuito aberto. Se o valor obtido for menor que o esperado, inspecionar novamente as interligações, certificando-se de que não há polaridade invertida. Todos os valores medidos devem ser registrados para compor a documenta-
ção da bateria para referencia e consultas futuras. Instalar os dispositivos protetores de pólos ou tampa em todos elementos/monoblocos que compõem a bateria e, pronto. A bateria esta apta para o processo de ativação. DESTINAÇÃO FINAL
Quando no processo existir baterias desinstaladas e em final de vida, devem
ser devolvidas pelos usuários ao fabricante para processo de destinação final segundo lei ambiental do Brasil. A Resolução do CONAMA 401 de 4/11/ 2008 – Conselho Nacional do Meio Ambiente, define todo procedimento a ser seguido para promover o descarte, segregação, coleta, transporte, recebimento, armazenamento, manuseio, tratamento, reciclagem e disposição final das bateria ácidas inservíveis quando esgotadas energeticamente de forma ambientalmente adequados. A ABNT Disponibiliza para o mercado a norma brasileira NBR 15.389 - Bateria
chumbo-ácida estacionária regulada por válvula – Instalação e montagem, onde podem ser encontrados procedimentos para armazenagem, montagem, ativação e aceitação de baterias chumbo-ácidas reguladas por válvula para aplicações estacionárias, além todos requisitos de segurança e de instrumentação. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS: - ABNT - NBR 15.389 -Bateria chumboácida estacionária regulada por válvula – Instalação e montagem - Manual Técnico – Baterias NEWMAX
Performing installation of VRLA batteries Taking good care of the operator, the battery and the Environment ARTICLE BY: ENG IRON ARMANDO PATRÍCIO (COMMERCIAL DIRECTOR - NEWMAX BATTERIES - OPT ELECTRONICS AND BATTERIES LTD.). COORDINATOR IN COBEI THE EC STUDY GROUP 21:02 - STATIONARY BATTERIES/ ANATEL SPECIALIST The idea of this article is to present important information to be applied when the lead-acid stationary batteries installation procedure regulated by valve - VRLA, from receiving the defined location for installation until the installation is complete, releasing the batteries for the procedure activation by the power system. STORAGE When the VRLA battery storage, either in the warehouse or on site for the installation, care must be taken as to the humidity and maximum temperature that the batteries can be submitted in order to preserve its lifetime estimated according to the project. Reading the Technical Manual of the battery manufacturer is recommended to provide information and specific details to follow. Batteries should not be kept in an open environment, the weather, even for short periods of time and even if covered with plastics or other devices. If you need to keep the batteries stored for a certain period should be chosen free sheltered environment of incidence of sunlight, high humidity and high temperatures. If this storage period is exceeding 3 months should pay attention to the time required to perform recharging, since batteries without being connected to a DC power source suffer naturally reduce its charge state, due to the process of self discharge. This period of time between recharging should be followed as directed by the Technical Manual of the battery manufacturer. Storage should never occur stacking the elements / unpacked monoblock and if they are packaged, should be checked the manufacturer’s instructions regarding ballast and stacking levels. INSTALLATION PRECAUTIONS Because the batteries have energy stored internally and it is a product most often heavy, always requiring precautions for handling in order to ensure the operator’s integrity, the installation location and the battery itself. Even in the case of valve regulated batteries that do not have internal free electrolyte due be in the form absorbed on glass wool blanket - AGM gel or in the form of small quantities of electrolyte can leak as small amount of gas may also be released where safety rules must be followed, as follows: To conduct a battery of installation, at least the following instruments and equipment for safe handling and protection should be available: - Multimeter; - Thermometer; - Torque Wrench; - Portable lighting;
- Safety glasses with side protection or face shield; - Electrically insulating gloves, appropriate to the characteristics electrical installation; - Safety shoes; - Tools with adequate insulation; - Device for element drive / battery capacity suitable for the weight element / monoblock to be handled; - Device for lifting (when applicable). IMPORTANT: - The instruments should always be measured; - There should always be a fire extinguisher class C or other indicated by the manufacturer available at the site of installation. Safety rules must be followed such as: - Area of insulation; - Do not smoke and avoid open flame and spark in battery vicinity; - Avoid metal objects such as bracelets, rings, watches or chains; - Do not leave tools or other objects on the battery; - Ensure that the work area is adequately lit; - Follow the manufacturer’s instructions regarding the movement and handling of the elements/ monoblock; - Follow the manufacturer’s recommendations on the placement of the cells or bloc at the installation site; - Never remove the control valve pressure of the elements / monoblock; - Avoid static charge, maintaining physical contact periodically with a grounded point; - Never use the poles of the batteries to move the elements / monoblock; - Avoid personnel of unauthorized access to the battery installation area. It is recommended that staff will hold the battery installation is NR10. ASSEMBLY Start riding a bookcase or cabinet according to the project, paying attention to the flatness and stability of the structure prior to assembly of the elements / monoblock battery. Note that the elements / monoblocks, were not damaged in the shipping process and are intact, i.e., no cracks in the vessel and lid and the poles are not crushed. Then assemble the elements / monoblock accommodating them preferably from the bottom to the top of the bookcase / cabinet verifying the stability of the structure after the accommodation of each level. Respect the distance between elements / monoblock recommended by the battery manufacturer. If requirement, connect the ground wire at the point
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indicated in the structure of the bookcase / cabinet. By using a voltmeter, check the polarity of all elements / monoblock before starting the connections, recording the values measured in comparative report for future use. Then make electrical connections of the interconnections in order to minimize mechanical stress on the terminals. After found the perfect alignment of all elements / candybar that make up the battery, proceed tightening the screws of connections using calibrated torque wrench, set the value recommended by the battery manufacturer. Enter labels with numbers for identifying the position of each element / monobloc facilitate installation and future reference, always being from the positive pole in the association sequence. Install the battery nameplate within easy visibility. Measure total and individual voltage of each element / monobloc battery to make sure the proper installation. The total voltage should be approximately equal to the number of elements / monoblock connected in series multiplied by the measured voltage of the element / monobloc open circuit. If the value obtained is less than expected, again inspect the connections, making sure that there is no reverse polarity. All measured values must be registered to compose the battery and reference documentation for future reference. Install protective devices poles or cap on all elements / candybar that make up the battery and ready. The battery is suitable for the activation process. FINAL DESTINATION When the process be uninstalled and end of life battery must be returned by the users to the manufacturer for disposal process according to environmental law in Brazil. CONAMA resolution 401 of 4/11/2008 - National Environmental Council, defines the entire procedure to be followed to promote the disposal, segregation, collection, transportation, receipt, storage, handling, treatment, recycling and disposal of acid battery unserviceable when depleted energy in an environmentally appropriate way. ABNT ABNT provides for the market to Brazilian NBR 15389 - stationary lead-acid battery regulated by valve Installation and assembly, where procedures can be found for storage, assembly, activation and acceptance of lead-acid batteries regulated by valve for stationary applications, in addition to all safety requirements and instrumentation. BIBLIOGRAPHIC REFERENCES: - ABNT - NBR 15389 stationary lead-acid -Battery regulated by valve - Installation and assembly - Technical Manual - Batteries NEWMAX
Novas construções de Cubatão deverão ter equipamentos sustentáveis A cidade de Cubatão, localizada na Baixada Santista, irá receber nos próximos anos construções mais sustentáveis. A novidade faz parte de um projeto de lei assinado em junho, pela prefeita Marcia Rosa, o qual visa obrigar as novas construções a terem um caráter ambiental. As novas construções da cidade deverão conter equipamentos de captação
(Imagem meramente ilustrativa)
de energia solar e também de aproveitamento da água da chuva. O projeto de lei pretende obrigar todos os novos imóveis da cidade a partir do mês de junho. A assinatura do projeto foi realizada em um fórum no Bloco Cultural do Paço Municipal Piaçaguera. O evento também contou com debates sobre a importância da preservação do meio ambiente.
New constructions of Cubatao should have sustainable equipment The city of Cubatao, located in Santos, will receive in the coming years more sustainable buildings. The news is part of a bill signed on Saturday, June 6, the mayor Marcia Rosa, which would require the new buildings
to have an environmental character. The new buildings of the city should include capture solar energy and also utilization of rainwater equipment. The bill intended to require all new buildings of the city
from the month of June. The signing of the project was held in a forum Cultural Block City Hall Piaçaguera. The event also included discussions about the importance of preserving the environment.
Greepeance e Observatório do Clima criam petição online para fortalecer uso de energia solar A Organização Não Governamental Greepeace em parceria com o Observatório do Clima iniciou uma campanha em prol da energia solar. Apesar de o Brasil ser um dos países com grande potencial para esse tipo de energia, apenas 1% da eletricidade nacional é gerado a partir de fonte solar. Para mudar essa situação, ONG e a entidade buscam dar apoio ao fim da cobrança do imposto sobre circulação de mercadorias e prestação de serviços (ICMS) sobre os equipamentos de energia solar. Para isso, as duas entidades criaram uma petição online, onde é possível pressionar os governos dos estados a partir da assinatura dos brasileiros. O abaixo-assinado foi criado logo após a medida do governo federal que permitiu os estados a isentarem o ICMS so-
bre a energia solar. Os estados que já estão colaborando com a iniciativa são São Paulo, Pernambuco, Goiás e Minas Gerais. Uma pesquisa encomendada pela ONG a Datafolha, mostrou que 40% dos brasileiros adotariam o sistema de energia solar através de painéis solares, mesmo sem redução dos impostos. Com a medida a produção solar ficaria ainda maior, chegando a 70% dos brasileiros dispostos. A petição fica disponível no site: https://secure.avaaz.org/ po/brasil_icms _solar_b/ ?bnbIoeb&v=57982 e estará disponível até setembro de 2015.
Magazine Brazilian Photovoltaic Solar Energy
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Empresas de Sucesso
TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO O êxito obtido pela Brametal, ao longo dos anos, também está ligado à filosofia de produtividade da empresa, que busca transformar seus potenciais em ações concretas e eficazes, adequando-se, também, às constantes mudanças do mercado. E para atender este mercado cada vez mais exigente, a Brametal busca melhorias constantes em sua produção, sempre inovando e automatizando seus processos para garantir mais qualidade, agilidade e confiabilidade no produto final. Contamos com profissionais qualificados e máquinas modernas, além de ferramentas
SUPORTES DE PLACAS FOTOVOLTAICAS A busca por novas soluções energéticas é uma constante no atual cenário brasileiro e internacional. É exatamente neste cenário que se apresenta uma nova opção: a energia solar. Como o próprio nome diz, a luz do sol é captada por painéis especiais formados por células fotovoltaicas e convertida em energia elétrica, podendo ser considerada uma fonte limpa e inesgotável. Já existem diversas iniciativas para a implantação de parques solares no Brasil e a
perspectiva é de uma demanda ainda maior no futuro, portanto uma empresa com o porte e o know-how da Brametal não poderia deixar de participar dessa oportunidade. A Brametal, que já atua há décadas no mercado de subestações e torres para linhas de transmissão, criou uma solução voltada para o mercado de energia solar e apresenta os suportes treliçados para painéis fotovoltaicos como um novo produto em seu escopo. Estes suportes treliçados formados por cantoneiras, perfis dobrados a frio e ligações parafusadas representam uma solução vantajosa frente às soluções já existentes no mercado. Mais leves, portanto mais baratos, estes suportes são instalados de forma simples e rápida e praticamente dispensam manutenção durante sua vida útil. A experiência da Brametal na entrega de produtos em todo o Brasil e fábricas com máquinas e mão de obra especializada, garantem a montabilidade e a entrega rápida em todo o território nacional e até internacional. MAIS INFORMAÇÕES: www.brametal.com.br
ECO – Sustentabilidade, Meio Ambiente, LUZ – Energia, resumem o objetivo inicial desta empresa brasileira, criada em 1988, com o objetivo de consolidar a eficiência energética como uma ferramenta fundamental para um crescimento sustentável da sociedade. A ECOLUZ é uma ESCO (Energy Service Company) que se consolidou como pioneira e líder nacional no seu segmento, desenvolvendo trabalhos nas suas unidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador (sede). Empresa por diversas vezes premiada, onde pode-se destacar o Prêmio FIESP de Conservação e Uso Racional de Energia bem como o Prêmio PROCEL – Eletrobrás em pelo menos três edições, através de soluções que envolveram projetos, instalações, obras em regime turn-key, gestão e financiamento de ações sustentáveis por natureza, sempre baseados no conceito do estado da arte no uso de energia e contratos de performance. A ECOLUZ Participações S/A, holding, nasceu com o objetivo de ampliar as ações
do grupo e possibilitou que em 1999 fosse criada a CITELUZ, empresa de iluminação urbana eficiente, fruto de “joint-venture” com a empresa francesa CITELUM, pertencente à EDF-Eletricité de France, que assumiu o controle total em 2007, contando já com mais de 1.800 colaboradores. Sempre atenta aos anseios e necessidades brasileiras, a ECOLUZ empreendeu em 2000 a usina termelétrica UTE BAHIA I – 30MW para atender demandas em tempos de racionamento de energia, efetivada através de SPE (Sociedade de Propósito Específico) com a PROMON ENGENHARIA adquirida posteriormente pela PETROBRAS. Em 2010, a ECOLUZ entra para a área de geração de energia a partir de fontes renováveis através da ECOLUZ Solar do Brasil S/A, inicialmente através da união com a empresa alemã Gehrlicher AG, então uma das dez maiores empresas de energia da Europa. Posteriormente a ECOLUZ assumiu o controle total da empresa no Brasil. A modelagem negocial mostrou-se capaz
de, num espaço mínimo de tempo, colocar a empresa em situação de destaque nacional, ao se tornar a primeira empresa a implantar uma usina solar fotovoltaica de cobertura num estádio de futebol na América Latina, que é o estádio de Pituaçu em Salvador- BA de 400 kWp, fato ocorrido nos seus primeiros seis meses de existência. Menos de um ano depois, sagrou-se vencedora da licitação para a construção da primeira usina solar fotovoltaica de solo de 1 MWp em área contígua ao Estádio da Arena Pernambuco, tornando-se a única empresa brasileira a dispor de referência na construção de usinas de cobertura e de solo no país. Atualmente, o Grupo ECOLUZ atua em toda gama de serviços da área de eficiência energética, bem como projeta, constrói e opera centrais fotovoltaicas no Brasil, desenvolvendo empreendimentos que englobam desde micro e minicentrais de geração distribuída (“Netmetering”) até grandes usinas solares. MAIS INFORMAÇÕES: www.ecoluz.com.br
A Brametal foi fundada, no Brasil, em 1975, na cidade de Criciúma, em Santa Catarina, para atender ao ramo da construção civil e construiu sua história e valores a partir das atitudes empreendedoras do seu idealizador, o engenheiro Ayrton Egídio Mattos Brandão e, em seguida, do seu filho, o engenheiro Ricardo Minatto Brandão. que garantem a segurança e preservam a vida de nossos trabalhadores.
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Sistemas Solares Isolados: uma alternativa ao desafio global de Acesso à Energia POR: PAULO FRUGIS - GERENTE DE ACESSO À ENERGIA DA SCHNEIDER ELECTRIC O acesso à energia minirredes híbridas calimpa e segura ainda é pazes de fornecer 24 um desafio global. Sehoras de energia e água gundo relatório do para comunidades inBanco Mundial, 1,2 biteiras. lhão de pessoas não No início desse ano, tem acesso à energia tive a oportunidade de em todo mundo e cervisitar comunidades rica de 3 bilhões possubeirinhas na região de em um acesso inseguLaranjal do Jari e ro, caro ou movido por Monte Dourado, na combustíveis fósseis. divisa dos estados do Mas, e no Brasil, Pará e Amapá, onde ainda tem gente que fui treinar a população não tem energia? Pra local para usar duas soquem mora nas gran- Instalação do kit solar em aldeia luções de acesso à des metrópoles, pode ser difícil imagi- energia, adquiridas por uma concessionar que existem famílias que ainda não nária de energia, que tem uma usina hitem energia elétrica em casa. E o mais drelétrica da região. Uma das soluções assustador é quando descobrimos esse é uma luminária portátil de LED, à pronúmero: de acordo com dado divulga- va d’água, que funciona à base de enerdo pelo Ministério de Minas e Energia gia solar e vem com entrada USB para no final de 2013, cerca de 1,5 milhões de brasileiros não tem energia elétrica ou vivem em situação de pobreza energética, quando a energia é errática e não confiável. A maior parte dessa população está concentrada nas regiões Norte e Nordeste do país, especialmente em comunidades remotas, onde as redes das concessionárias de energia ainda não Mulher da comunidade observa a luminária de LED movida à energia solar - Jari conseguem chegar. Conscientes desse desafio e enxer- carregar celular. A inovação é usada nas gando um mercado potencial nessa po- casas, que recebiam energia por meio pulação, muitas empresas do setor elé- de geradores à base de diesel. Mas a tectrico começaram a investir em progra- nologia tem especial importância duranmas de alívio da pobreza energética no te o período de colheita de castanha – Brasil e montar um portfólio com solu- principal fonte de renda local – quando ções exclusivas de acesso à energia, que os homens passam dias dentro da flovai desde a oferta de pequenos sistemas resta fechada. Antes, eles usavam lande iluminação individual composto por ternas comuns que, além de não durar um painel solar, controlador de carga, o tempo necessário, as pilhas eram enbateria e luminárias LED, vendidos em terradas na floresta quando não tinham kits auto-instaláveis, até sistemas foto- mais utilidade, o que acabava contamivoltaicos de bombeamento de água e nando o solo. Também foram entregues
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as comunidades kits de iluminação por energia solar, instalados pelos próprios moradores em escolas, postes de saúde e centros comunitários.
Instalações do sistema de geração de energia solar - Tumbira
Outro caso de sucesso na área de Acesso à Energia foi realizado em 2012 em duas comunidades do Amazonas Tumbira e Santa Helena do Inglês – onde foram construídos dois sistemas híbridos de geração solar, numa parceria entre empresas, entidades locais e a Fundação Amazonas Sustentável. A energia elétrica gerada é armazenada em baterias, substituindo os geradores a diesel, que hoje funcionam apenas como backups para longos períodos de chuva. A tecnologia não demandou desmatamento e levou 24 horas de energia para as comunidades, que antes tinham apenas algumas horas disponíveis. O custo mensal de energia por família caiu pela metade, assim como as emissões de CO2 e o consumo médio de diesel. Além do impacto ambiental e da melhora na qualidade de vida da população, o projeto também cumpriu uma importante função social e qualificou 19 comunidades da região em eletricidade básica, o que permitiu à população local ser envolvida na implantação da tecnologia e na reforma das instalações elétricas das casas, que eram bastante precárias. Enquanto todos estão falando hoje
sobre geração solar centralizada e distribuída, existe um mercado de sistemas isolados com grande potencial e que cresce cada vez mais no Brasil. As soluções estão sendo aprimoradas e, agora, cabe ao governo e empresas investirem nesse segmento. Vale lembrar que iniciativas como essas terão sucesso somente quando conduzidas de forma inclusiva e sustentável, isto é, ouvindo a comunidade, envolvendo-a desde o início no projeto e a conscientizando sobre os limites de consumo disponíveis a cada família, já que a solução solar é dimensionada em função dos parâmetros da própria comunidade.
Placas solares instaladas no teto do Centro Comunitário - Tumbira
Isolated Solar systems: an alternative to global energy access challenge Access to clean and safe energy is still a global challenge. According to World Bank report, 1.2 billion people lack access to energy worldwide and about 3 billion have insecure access, expensive or powered by fossil fuels. But, and Brazil, still there are people who have no energy? For those who live in large cities, it may be hard to imagine that there are families who still do not have electricity at home. And the scary thing is when we find out this number: according to data released by the Ministry of Mines and Energy in late 2013, about 1.5 million Brazilians have no electricity or live in energy poverty, when power is erratic and unreliable. Most of this population is concentrated in the North and Northeast of the country, especially in remote communities, where networks of utilities still cannot arrive. Aware of this challenge and seeing a potential market in this population, many power companies began to invest in energy poverty relief programs in Brazil and assemble a portfolio of unique solutions for energy access, ranging from the supply of small lighting systems individual composed of a solar panel, charge controller, battery and LED lamps, sold in self-installable kits, to photovoltaic water pumping systems and hybrid mini networks able to provide 24 hours of electricity and water for entire communities. Earlier this year I had the opportunity
to visit coastal communities in the region Laranjal do Jari and Monte Dourado, on the border of the states of Para and Amapa, where I was training local people to use two energy access solutions, acquired by a concessionaire energy, which has a hydroelectric plant in the region. One solution is a portable LED lamp, waterproof, which runs on solar energy base and comes with USB port to charge cell. Innovation is used in homes, receiving power through diesel generators base. But technology is especially important during the chestnut harvest period - the main source of local income - when men spend days inside the thick forest. Before, they used that ordinary flashlights, and not last as long as necessary, the batteries were buried in the forest when they were no longer useful, which ended up contaminating the soil. Also they were handed lighting kits communities by solar energy, installed by the residents themselves in schools, health posts and community centers. Another success story in the Energy Access area was conducted in 2012 in two communities of the Amazon - Tumbira and Santa Helena from English - which were built two hybrid systems of solar generation, a partnership between companies, local authorities and the Amazonas Sustainable Foundation. The generated electricity is stored in batteries, replacing diesel generators, which now function only as backups for long periods
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of rain. The technology not demanded deforestation and took 24 hours of power to communities, which previously had only a few hours available. The monthly energy cost per household fell by half as well as CO2 emissions and the average diesel consumption. In addition to the environmental impact and improvement in people’s quality of life, the project also fulfill an important social function and qualified 19 communities in the region in basic electricity, which enabled the local population to be involved in the implementation of technology and reform of electrical installations the houses, they were poor. While everyone is talking today about centralized and distributed solar generation, there is a market of isolated systems with great potential and growing increasingly in Brazil. The solutions are being improved and now it is up to the government and companies to invest in this segment. Remember that initiatives like these will succeed only when conducted in an inclusive and sustainable manner, that is, listening to the community and include them early on in the project and raising awareness of the limits of consumption available to each family, as the solar solution is tailored to the specific parameters of the community.
Paul Frugis Energy Access Manager for Schneider Electric