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Prêt-à-porter nas finanças de Alagoas

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FINANÇAS PESSOAIS

FINANÇAS PESSOAIS

ras com o dinheiro surrupiado deles. Só em Alagoas! Cadê a justiça estadual que não responde ao pedido de suspensão da maracutaia feito pelo MPE?!

curto e médio prazo, tem o grosso dos pagamentos de suas parcelas para este e o próximo ano. Vai dar ruim... Não há mágica. Vai faltar grana para o resto.

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Fragoso Elias

Essa semana o secretário Santoro, da Fazenda de Alagoas, assentiu ao jornal Valor que as finanças estaduais estão em dificuldades (em frangalhos, digo eu). Venho alertando quase solitariamente para a gestão ruinosa desse senhor à frente das finanças estaduais. Embora, volta e meia, alguns insistam em incensá-lo com títulos idiotas como “mago das finanças”, ou “fazedor” de milagre levando o vulgo a crer na lorota de que as finanças do estado foram/estão equilibradas. Alagoas está quebradinha da silva. E ponto.

Já nem paga os seus fornecedores (tem gente beirando um ano sem receber); recentemente, o secretário da Fazenda inventou uma estória para pôr a mão nos recursos do Alagoas Previdência (grana que pertence ao servidor), para pagar o 13º. De quem? Dos próprios servidores!!! Surreal. Pagou os ca-

Avisei várias vezes que iria faltar dinheiro em 2023 para o Estado cumprir uma agenda mínima. Pois bem, está faltando até para o papel higiênico, o governo não pagou o salário de janeiro aos professores não concursados e por cima suspendeu seus contratos; falta merenda nas escolas para alimentar as crianças e os jovens. E esparadrapo nos hospitais onde cirurgias foram suspensas, nas secretarias de Estado há um deserto de tudo. Até água para beber...

Pouco? Que nada! O reinício das aulas foi suspenso: faltam recursos para as escolas funcionarem (elas que não mais pertencem ao Estado graças à lambança de final de ano do “super secretário” para pôr a mão na grana dos servidores). Quebrada, Alagoas agora terá que pagar aluguel para poder usar todas as escolas que lhe pertencia, sem que tenha recebido um centavo pela “venda”!!! Como pode tanto despautério? A justiça precisa dar um basta nesse desvario, nessa safadeza antes que Alagoas, uma terra arrasada, fique ainda pior.

Desde que o super secretário (sic) assumiu, a dívida de longo prazo de Alagoas – que vem sendo empurrada de barriga – aumentou brutalmente em termos reais. E a de curto prazo contraída de forma irresponsável na sua gestão para pagar despesas correntes e fazer obras de retorno econômico negativo no

A procissão e a cavalgada

túnios da existência.

As procissões, manifestações públicas da fé de um povo que, cultuando seus santos, entoam cânticos e louvores, empunhando terços e proferindo orações, realizam a fé no sentido mais pleno.

Geraldo Magela

n Procurador de Justiça aposentado. Escritor.

Afé, para mim, é algo indefinível, transcendental, inexplicável. Cria, em determinados momentos, êxtase.

A religiosidade, tão diversa e necessária, é onde a fé se manifesta de forma forte, pura e convincente.

As pessoas simples, de religiosidade pura e encantadora, têm na fé a energia indispensável para suportar a dor e os infor-

Todos os anos, em 2 de fevereiro, dia da padroeira de Arapiraca, Nossa Senhora do Bom Conselho, a procissão percorre as ruas da cidade. A santa, após uma missa, na cidade de Bom Conselho, no interior de Pernambuco, é trazida por um cortejo de mais de duzentos cavaleiros, repetindo há vinte anos, o mesmo trajeto que o fundador da cidade de Arapiraca, Manoel André, realizou em 1864.

Os cavaleiros e amazonas, vestidos de forma impecável, cavalos perfilados, conduzem a santa pelas ruas da cidade de Arapiraca, assistidos por uma multidão que os espera. É momento de pura emoção e de extremo êxtase.

A saída dele? Como sempre, aumentar impostos. Escorchar o alagoano. Isso numa terra de economia arrasada, de maior pobreza do país, com o maior nível de desemprego. Vai arrebentar ainda mais todo mundo e não vai resolver o problema. Apenas agravá-lo. Esse senhor sabe-se faz parte de um grupo que causou graves danos ao Estado do Rio de Janeiro. A Gazeta de Alagoas de 05.05.2022 publicou sobre ele (que estaria saindo da SEFAZ):

“Demorou, mas chegou o momento em que o governo de Alagoas se livrou do agora ex-secretário da Fazenda George Palermo Santoro. Fora das funções administrativas, ele terá mais tempo para acompanhar sua extensa ficha criminal, que inclui ações fiscais para beneficiar grupos econômicos no seu Estado de origem. Quando aceitou o convite para cuidar do cofre alagoano, ele deixou para trás investigações, processos e até uma CPI que apura o rastro de prejuízos à arrecadação fluminense. Num dos processos, ele e mais três, foram flagrados num esquema que fez o Estado deixar de arrecadar R$ 213,2 milhões, entre 2013/15”. Fica o alerta.

“Alagoas tem à frente seu passado” adaptando frase do grande Millôr Fernandes.

Onde anda seu futuro?

Os cavaleiros e amazonas, semblantes contidos, olhos marejados, expressando fé e amor, sentem, naquele instante, ao olhar para a multidão que aplaude a santa e a eles, a grandeza da fé e o orgulho imensurável do trajeto percorrido.

As pessoas precisam da fé para suportar o infortúnio e a dor.

A cavalgada, hoje integra com honra e fé, e para orgulho de um povo, o 2 de fevereiro de Arapiraca. Ela faz parte da emoção e do êxtase.

Há cavaleiros que a fazem desde 2003. Essa tradição, liderada por Sérgio Murilo, a quem tributamos respeito e amizade, hoje é parte integrante da festa religiosa. Não se concebe que os cavaleiros e amazonas não entreguem ao pároco da cidade a imagem da santa, trazida da cidade de Bom Conselho, do interior de Pernambuco. É tradição que se mantém.

Como pode tanto despautério?

A justiça precisa dar um basta nesse desvario, nessa safadeza antes que Alagoas, uma terra arrasada, fique ainda pior. Desde que o super secretário (sic) assumiu, a dívida de longo prazo de Alagoas – que vem sendo empurrada de barriga – aumentou brutalmente em termos reais.

Ao ver a cavalgada, a imagem da santa, os cânticos e os aplausos, em atitude de respeito e fé, meus olhos marejam, meu coração acelera, minha emoção aflora, aí sinto a grandeza da existência e o significado da fé.

Quando a cavalgada, cheia de fé e entusiasmo, conduzindo a santa com garbo, passa nos povoados, entre Pernambuco e Alagoas, o povo simples, com terço na mão e muita fé, abre seus lares e capelas, para, em atitude de deferência, aplaudir e rezar, e olhos marejados saudar os cavaleiros. Emoção grande, já a senti. O povo, na fé e na reza, supera o infortúnio e a miséria. Os cavaleiros e amazonas seguem, com o coração contrito e a fé inabalável, em direção à Igreja matriz, em chegada triunfal, onde o povo chora e aplaude, em atitude de profundo respeito e indescritível emoção.

A Fé é a alma de um povo.

Os cavaleiros e amazonas, vestidos de forma impecável, cavalos perfilados, conduzem a santa pelas ruas da cidade de Arapiraca, assistidos por uma multidão que os espera. É momento de pura emoção e de extremo êxtase.

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