6 minute read
extra e
from Edição 1211
MACEIÓ - ALAGOAS
www.ojornalextra.com.br
Advertisement
Suprema farsa
1- O Supremo Tribunal Federal (STF), por unanimidade, acabou com a prisão especial para quem tem curso superior por entender que o benefício é inconstitucional. A prerrogativa consta do Código de Processo Penal, mas agora só vale para cidadãos de primeira classe.
2- O art. 5º da Constituição diz que todos são iguais perante a lei, mas a decisão do Supremo revela que uns são mais iguais do que outros. Na prática, a decisão do STF só vale para o zé-ninguém, que mesmo tendo curso superior não poderá usufruir de privilégios das elites.
3- Mais do que declarar a inconstitucionalidade de um direito, o Supremo discrimina quem não tem cargo público nem integra as elites do país e aprofunda a desigualdade entre os cidadãos brasileiros.
Pega na mentira
Arthur Lira garantiu que a sede da Codevasf não será transferida para Maceió. Mentiu descaradamente, pois sabia que a decisão já havia sido tomada pela direção da estatal.
Disse que a companhia terá em Maceió um escritório para atender a todos os prefeitos alagoanos e não apenas dos municípios do vale do São Francisco. Na verdade, a sede da companhia em Penedo é que vai virar um escritório.
Balcão de negócios
A decisão – que certamente tem as digitais de Arthur Lira – foi aprovada no dia 27 de março último pelo Conselho de Administração da companhia. Desde que passou para o controle do Centrão, a Codevasf ampliou seu raio de ação para se transformar em bilionário balcão de negócios que alimenta currais eleitorais a serviços de políticos inescrupulosos.
Barra sem prefeito
EDITORA NOVO EXTRA LTDA
CNPJ: 04246456/0001-97
Av. Aspirante Alberto Melo da Costa,796
Ed. Wall Street Empresarial Center
Sala 26 - Poço - Maceió - AL CEP: 57.000-580
EDITOR
Fernando Araújo
CONSELHO EDITORIAL
Luiz Carnaúba (presidente), Mendes de Barros e Maurício Moreira
Servi Os Jur Dicos
Rodrigo Medeiros
ARTE
Fábio Alberto - 9812-6208
REDAÇÃO - DISK DENÚNCIA contato@novoextra.com.br
IMPRESSÃO Grafmarques preimpressao@grafmarques.com.br
As colunas e artigos assinados não expressam necessariamente a opinião deste jornal
4- Apesar da decisão, o direito de prisão especial continua valendo para as seguintes autoridades:
●Presidente e vice-presidente da República;
●Ministros de Estado;
●Governadores ou interventores de Estados e do Distrito Federal, e seus respectivos secretários;
●Senadores;
●Deputados federais, estaduais ou distritais;
●Prefeitos e vereadores;
●Ministros de confissão religiosa;
●Ministros do Tribunal de Contas da União;
●Magistrados;
●Delegados de polícia e os guardas-civis, ativos e inativos;
●Cidadãos inscritos no “Livro de Mérito”;
●Oficiais das Forças Armadas e os militares dos Estados e do Distrito Federal;
●Cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a função de jurado, salvo quando excluídos da lista por motivo de incapacidade para o exercício daquela função;
5- A legislação também prevê que integrantes do Ministério Público, advogados, professores e jornalistas tenham a garantia da prisão especial.
A Barra de São Miguel está praticamente acéfala desde que o vice Floriano Melo foi afastado do cargo de Secretário de Governo por pressão das duas famílias do prefeito Benedito de Lira.
Desde que Biu de Lira ganhou a eleição, o prefeito de fato era o vice Floriano, amigo e aliado há 18 anos, que vinha sofrendo pressão para entregar os principais cargos da prefeitura aos Pereira e Palmeira. Até o prefeito sucumbiu à guerra familiar.
Nepotismo
Com sérios problemas de saúde, o prefeito mal aparece na cidade, que está sob controle político de Joãozinho Pereira e Marcelo Palmeira. A dupla aliou-se à vereadora Maria Quitéria, presidente da Câmara, em troca de cargos para dois filhos, dois irmãos, quatro sobrinhos e 80 cabos eleitorais. Mas os postos importantes estão com os parentes do prefeito. Há meses, Biu de Lira despacha os processos do município em sua residência de Maceió e só apareceu na cidade para comandar a distribuição eleitoreira de pescados na semana santa. Há denúncias de que os peixes estavam estragados. Pelo andar da carruagem os órgãos de fiscalização terão muito trabalho pela frente.
Reintegração de posse
As indústrias instaladas no Polo Industrial de Marechal Deodoro em terrenos doados pelo Estado terão que desocupar os imóveis ou indenizar o proprietário das terras. São 200 hectares que estavam em disputa judicial, com ganho de causa para o agricultor Jorge Florentino, que há 30 anos explorava a área na condição de posseiro.
A conta da irresponsabilidade será paga pelas indústrias que ali se instalaram de boa fé, mas deverão acionar o Estado para serem ressarcidas dos prejuízos.
Efeito Orloff
“A deterioração da Argentina mostra ao Brasil a importância de seguir regras fiscais e monetárias”. Editorial do jornal O Estado de S. Paulo sobre decadência econômica e desagregação social do país vizinho.
Lixo tóxico
O lixo que está tirando o sono do prefeito JHC é o mesmo que ameaça derrubar o prefeito Luciano Barbosa, de Arapiraca, e já levou um ex-prefeito de Maceió às barras da Justiça. Sem falar em outros personagens menos conhecidos.
n gabrielmousinho@bol.com.br
Desconforto no MDB
Odesconforto no MDB, depois da indicação do vereador Chico Holanda para liderança do governo de JHC, tem incomodado os caciques do partido, que começam a observar uma revoada da agremiação a partir do próprio presidente da Casa de Mário Guimarães, Galba Neto.
Meia volta
Esta história de substituir o nome do tradicional bairro de Cruz das Almas pegou feio para quem apresentou a sugestão. Depois de uma reprimenda clássica do cantor Djavan, o vereador correu para reparar a pisada na bola. Cruz das Almas continua o que era antes, necessitando de um apoio da Prefeitura de Maceió para sanar os seus problemas.
Corda esticada
A disputa, como sempre acontece em um ano antes das eleições, vai se tornar mais intensa nos próximos dias e o jogo, para observadores, está apenas começando.
Sem nomes
Enquanto o prefeito JHC trabalha para fortalecer o seu nome na campanha pela reeleição, o grupo adversário ainda não tem um nome definido para disputar o pleito do próximo ano em Maceió. Alexandre Ayres e Rafael Brito não têm, até agora, empolgado os caciques do partido, que trabalham para um candidato que possa disputar em igualdade de condições com JHC.
Reticente
Se por um lado a situação trabalha para a reeleição de JHC com o apoio de Arthur Lira e Rodrigo Cunha, o Palácio República dos Palmares não deseja arriscar um nome que possa ser que não dê certo. Como o MDB, afora o caso de Djalma Falcão nunca emplacou na capital, apostar só por apostar não está nos planos de Paulo Dantas e da família Calheiros.
Vai e volta
Não demorou muito para alguns prefeitos que migraram para o MDB voltassem aos partidos de origem, em um trabalho de convencimento feito por Arthur Lira, presidente da Câmara Federal. Foi o caso do prefeito de Anadia, Celino Rocha, que retornou às hostes pepistas.
Os rumores e as discussões nos bastidores da sigla comandada em Alagoas pela família Calheiros indicam que investidas serão dadas oportunamente e que os seus filiados poderão ser enquadrados regimentalmente, mas, no momento, nenhuma posição oficial.
Outros virão
Observadores políticos acreditam que a volta de Celino ao PP é apenas uma amostra do que vem por aí, com o retorno de outros que acreditam nas propostas e no trabalho da direção do partido, em Alagoas.
Não agradou
A participação do deputado Isnaldo Bulhões em um grupo na Câmara e que contou com o apoio de Arthur Lira, não agradou nada aos dirigentes do MDB em Alagoas. Principalmente ao senador Renan Calheiros, que soltou o verbo na polarização que mantém com o presidente da Câmara dos Deputados.
Mau início
Ale
Ações criminosas
Entre outras denúncias, JHC diz literalmente que algumas ações realizadas pelo seu antecessor foram cruéis e até mesmo criminosas, com as unidades de saúde entregues ao abandono. Achou pouco e garantiu que as indicações para postos chaves nas unidades não estão sendo feitas por aliados políticos. Será?
Nas alturas
Parecendo preocupado apenas com o apoio dos vereadores à sua administração, o prefeito JHC esquece que são parcerias políticas fortes que darão, realmente, força na sua reeleição. É o caso de Davi Davino que ainda não foi anunciado como secretário do município da demorada reforma política e Jó Pereira. Não se acredita que o deputado Arthur Lira esteja satisfeito com essa demora.
Céu de brigadeiro
Com o apoio incondicional da Assembleia Legislativa e em particular do presidente Marcelo Victor, o governo de Paulo Dantas garante a realização de obras no social e infraestrutura, com investimentos assegurados, definidos e projetos consolidados.
Ajuda
Com Renan Filho no Ministério dos Transportes, Alagoas pode melhorar sua malha rodoviária e avançar na duplicação da Al101 Norte, além da construção do Aeroporto de Maragogi, porta de entrada do turismo alagoano por aquela região. É, simplesmente, querer.
Tirando o couro
Em plena campanha para a reeleição, o prefeito JHC não perde a oportunidade, no programa “Bom Dia, prefeito”, às segundas-feiras, de tirar o couro, mesmo sem falar no seu nome, de Rui Palmeira, atual secretário do governo de Paulo Dantas.
A incidência de 19% do ICMS e Fecoep no preço dos combustíveis e naturalmente nos alimentos e outros produtos, é um verdadeiro massacre. Ao estabelecer um percentual nacional para a aplicação do ICMS, o governo pouco está se importando com os consumidores.
Nunca quebrou
Uma defasagem de 27 bilhões de reais nos cofres públicos com a redução dos impostos, nem quebrou os governos estaduais, nem tampouco os empresários, que choram de barriga cheia.
Eficiência
O governo de Alagoas tem mesmo que comemorar com a redução da violência no mês de março, menor número em 12 anos. Isso deve-se à eficiência dos órgãos de segurança pública geridos pelo secretário Flávio Saraiva. A sensação de segurança aumenta a cada dia a presença de turistas em Alagoas.