Fevereiro de 2004

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DUAS PALAVRAS

SUMÁRIO

Assim não, Sr. Ministro! Propriedade, Redacção e Administração Federação Nacional dos Professores Rua Fialho de Almeida, 3 1070-128 LISBOA Tels.: 213819190 - Fax: 213819198 E-mail: fenprof@fenprof.pt Home page: www.fenprof.pt Director: Paulo Sucena Chefe de Redacção: Luís Lobo Conselho de Redacção: António Avelãs e Manuel Grilo (SPGL), António Baldaia (SPN), Fernando Vicente (SPRA), Nélio de Sousa (SPM), Luís Lobo (SPRC), Manuel Nobre (SPZS), Teresa Chaveca (Ensino Superior) Coordenação: José Paulo Oliveira Paginação e Grafismo: Tiago Madeira Composição: Idalina Martins e Lina Reis Revisão: Inês Carvalho Fotografia: Jorge Caria Ilustração: Rita Madeira Impressão: NAVEPRINTER Lugar da Pinta, Apartado 1121 4471 Maia CODEX Tiragem média: 68 500 ex. Depósito Legal: 3062/88 ICS 109940 O “JF” está aberto à colaboração dos professores, mesmo quando não solicitada. A Redacção reserva-se, todavia, o direito de sintetizar ou não publicar quaisquer artigos, em função do espaço disponível. Os artigos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. Membros da FENPROF SINDICATO DOS PROFESSORES DA GRANDE LISBOA R. Fialho de Almeida, 3 - 1070-128 Lisboa Tel.: 213819100 - Fax: 213819199 E-mail: spgl@spgl.pt Home page: www.spgl.pt SINDICATO DOS PROFESSORES DO NORTE Edif. Cristal Park R. D. Manuel II, 51-3º - 4050-345 Porto Tel.: 226070500 - Fax: 226070595 E-mail: geral@spn.pt Home page: www.spn.pt SINDICATO DOS PROFESSORES DA REGIÃO CENTRO R. Lourenço Almeida de Azevedo, 20 3000-250 Coimbra Tel.: 239851660 - Fax: 239851666 E-mail: sprc@mail.telepac.pt Home page: www.sprc.pt

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educação é em si mesma a base alicerçante e estruturante de uma sociedade. Sabe-se que só com a Educação a sociedade se valoriza; só a educação permite que as pessoas possuam um vasto conjunto de saberes que vão desde o domínio cognitivo-intelectual ao domínio puramente técnico-prático; só a educação permite que as pessoas cresçam e convivam adquirindo um melhor conhecimento da Realidade, cons­truindo um saber capaz de se posicionar criticamente em relação ao Mundo. Os Governos e governantes, atentos e com sentido de estado, desde sempre sentiram que a educação é tarefa imprescindível à construção do Bem Social, e que uma sociedade sustentada no conhecimento e no saber será mais Demo­crá­tica, mais Livre, mais Solidária, mais Justa, e porque não dizê-lo, será mais produtiva permitindo ao país o seu efectivo desenvol­vimento. O desenvolvimento de um país, hoje em dia, é visto (de uma forma muito simplista) pela produtividade e competitividade. Estes dois conceitos estão, a meu ver, directamente relacionados com o grau de habilitações profissionais tanto dos trabalhadores como dos empresários, estão directamente relacionados tanto com as competências profissionais na construção de um produto, como do modelo e modos de gestão empresarial. É neste sentido que podemos reflectir sobre as políticas da educação que têm sido desen­volvidas em Portugal. Em termos gerais essas políticas não possuíram uma orientação estratégica de valorização do papel da escola na sociedade. E hoje, com as políticas deste Governo, mais se acentua esse desinteresse e desinvestimento da Educação / Formação. Para se valorizar a educação, há, primeiro, que prestigiar e dignificar o papel dos agentes educativos, que são na primeira instância os professores, porque são eles os elos funda­ mentais da cadeia que conduz a sociedade para o progresso; são os professores os promotores do desenvolvimento, são a força motriz, os actores privilegiados que orientam para a mu-

dança. Sem eles qualquer reforma/alteração será infrutífera. Há que valorizar o papel da escola, escola livre e democrática, solidária e verdadeiramente integrativa, escola onde existe um sentimento de pertença comum, verdadeira escola comunidade. Espaço Comum de pro­ fessores, alunos, funcionários, técnicos, pais,... que partilhem todos o mesmo espírito, o da vivência comum e da aprendizagem mútua. Ora, esta ideia não se constrói com políticas que pretendem: • Destruir o verdadeiro papel do professor, transformando-o num simples “funcionário” da educação; • Construir um modelo empresarial nas escolas como se fossem simples fábricas fazedoras de “produtos”; • Criar modos de gestão profissional, sem a intervenção democrática de toda a comu­nidade educativa; • Ver a escola como um simples local onde a vertente “relação financiamento/produto conse­guida” é mais importante do que todas as aprendizagens e relações vivenciadas; • Continuar com escolas sobrelotadas de alunos e instalações sem as condições mínimas para o trabalho pedagógico; • Continuar com turmas com número exagerado de alunos, inviabilizando o processo ensino aprendizagem; • Continuar com milhares de professores em situação precária de emprego; • Continuar com milhares de professores no desemprego; • ... Assim não Sr. Ministro! Assim não se valoriza a educação, não se entusiasma a mudança, não se constrói a sociedade que todos queremos no futuro. Por isso Sr. Ministro, ouça os professores, ouça a escola, a comunidade educativa, ouça quem representa a classe docente e partilhe verdadeiramente, sem demagogias e autismos, o sentido de mudança. Fernando Vicente

DIA 11 DE MARÇO GRANDE PROTESTO NACIONAL Dia 11 de Março os trabalhanaturalmente, se incluem os professores e educadores, uma política alternativa o que, no momento presente,

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passa pela existência de

Constituição de Agrupamentos de Escolas Ministério da Educação violou a Lei

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uma alternativa política que todos nós temos de ajudar a construir. A política geral do Governo,

Contratados e desempregados Desenvolvimento do País precisa de todos!

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as suas medidas para a Administração Pública e as propostas que apresenta

Contra-reforma na Educação Especial Acabar com a Escola Inclusiva é objectivo do Governo

para a Educação merecem, da generalidade dos docentes, o mais vivo repúdio. Outra não poderia ser a nos-

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sa posição face ao congelamento dos salários, às novas regras de aposentação, aos regimes de avaliação e

Plataforma para a acção imediata aprovada no 10º Congresso da CGTP-IN As prioridades da intervenção sindical

contratação que o Governo quer aplicar, ao aumento do desemprego que são, entre outros, alguns dos traços mais visíveis daquela

educadores e investigadores portugueses devem estar presentes na luta contra

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Dignificação da profissão docente O porquê de dizer não à criação da Ordem dos Professores

Educação Factor estratégico para o desenvolvimento Simpósio Internacional “Ciência, Conhecimento e Mercado”

Neste dia os professores,

Iniciativa em Lisboa no dia 20 de Março “Pela Paz, contra a guerra e a ocupação do Iraque”

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estas políticas, nas capitais

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de distrito, em todas as localidades em que os Tra

Janela Aberta “Emigração, integração e emprego”

balhadores saírem à rua.

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Marcha Nacional pela Educação O futuro exige que esta acção se alargue e fortaleça

voltam à rua para exigir

actual Governo.

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dores portugueses, onde,

política muito negativa do

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23 de Janeiro - uma grande Greve Contra a política do Governo para a Administração Pública e para o País

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