Maio de 2004

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DUAS PALAVRAS

Análise de sucessivas opções políticas para a Educação em Portugal Propriedade, Redacção e Administração Federação Nacional dos Professores Rua Fialho de Almeida, 3 1070-128 LISBOA Tels.: 213819190 - Fax: 213819198 E-mail: fenprof@fenprof.pt Home page: www.fenprof.pt Director: Paulo Sucena Chefe de Redacção: Luís Lobo Conselho de Redacção: António Avelãs e Manuel Grilo (SPGL), António Baldaia (SPN), Fernando Vicente (SPRA), Nélio de Sousa (SPM), Luís Lobo (SPRC), Manuel Nobre (SPZS), Teresa Chaveca (Ensino Superior) Coordenação: José Paulo Oliveira Paginação e Grafismo: Tiago Madeira Composição: Idalina Martins e Lina Reis Revisão: Inês Carvalho e Luís Lobo Ilustração: Rita Madeira Impressão: NAVEPRINTER Lugar da Pinta, Apartado 1121 4471 Maia CODEX Tiragem média: 68 500 ex. Depósito Legal: 3062/88 ICS 109940 O “JF” está aberto à colaboração dos professores, mesmo quando não solicitada. A Redacção reserva-se, todavia, o direito de sintetizar ou não publicar quaisquer artigos, em função do espaço disponível. Os artigos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. Membros da FENPROF SINDICATO DOS PROFESSORES DA GRANDE LISBOA R. Fialho de Almeida, 3 - 1070-128 Lisboa Tel.: 213819100 - Fax: 213819199 E-mail: spgl@spgl.pt Home page: www.spgl.pt SINDICATO DOS PROFESSORES DO NORTE Edif. Cristal Park R. D. Manuel II, 51-3º - 4050-345 Porto Tel.: 226070500 - Fax: 226070595 E-mail: geral@spn.pt Home page: www.spn.pt SINDICATO DOS PROFESSORES DA REGIÃO CENTRO R. Lourenço Almeida de Azevedo, 20 3000-250 Coimbra Tel.: 239851660 - Fax: 239851666 E-mail: sprc@mail.telepac.pt Home page: www.sprc.pt

Relatório europeu faz avaliação catastrófica S

egundo o relatório apresentado pela Fundação Europeia da Formação, “Thirteen years of cooperation and reforms in vocacional education and trainning in the acceding and candidated countries”, o qual refere estatísticas de 2001, Portugal apresentava índices de insucesso, de abandono escolar , de frequência do ensino secundário ou de conclusão de cursos superiores verdadeira­mente catastróficos, comparativamente com todos os países da uniâo ou com os novos aderentes. O índice mais favorável para o país é o que se refere à percentagem de licenciados, pois só Malta se situa atrás de Portugal. No entanto, se considerarmos a taxa de desem­penho da população com ensino secundário, Portugal volta a cair para o último lugar. Há, no entanto, outros índices que se sugerem para uma análise necessária e uma intervenção urgente: só 2,9% da população portuguesa realiza acções de formação ao longo da vida (contra 6% na Rep. Checa); dos alunos que abandonam precocemente o sistema de ensino só 2% frequentam acções de formação profissional, a que não é estranho o facto de só 22% das empresas oferecerem formação (contra 40% nos países do alarga­ mento); temos uma taxa de abandono escolar 9 vezes superior à da Estónia; o investimento realizado com os alunos do ensino superior é inferior ao dos países do alargamento (onde é quase totalmente público), sendo o único país da “Europa alargada” que gasta menos com os alunos do ensino superior do que com os

alunos do ensino secundário. Se não são já suficientemente alarmantes estes valores, não é possível deixar passar em claro o facto de na Bulgária e no Chipre haver o dobro dos diplomados em Portugal, sendo o índice mais elevado registado pela Estónia, com 30% de licenciados (9% em Portugal). Esta é a realidade do sistema de ensino e da política educativa seguida sucessivamente pelos nossos governos, revelando uma extraordinária incapacidade para dar a volta ao problema. Recentemente, Durão Barroso, Bagão Félix e David Justino têm-se desdobrado em iniciativas públicas com o objectivo de repor um optimismo que a situação actual do país não permite. A solução não passa por discursos envenenados, mas sim por prosseguir os ide­ais de Abril, com vista a uma maior escola­rização, formação e qualificação dos portugue­ses, conferindo-lhes a capacidade de se afirmar no trabalho, também pelas suas capacidades adquiridas. A contra-revolução foi também este aligei­rar de responsabilidades em relação à forma­ção e qualificação dos cidadãos, este desres­pon­sa­bilizar-se e despreocupar-se com a Educação em Portugal. Mudar de política e valorizar o factor humano do Trabalho é uma tarefa inadiável e passa por alterações qualitativas no Governo do país.

A luta contra a política deste governo, em diversas cambiantes, principalmente na defesa de serviços públicos de qualidade, tem levado a FENPROF a organizar ou a participar em diversas acções. O prosseguimento desta luta será determinante para que todos os cidadãos das mais variadas proveniências sociais mantenham direitos fundamentais, consagrados na Constituição da República Portuguesa, de que este governo tem dado sinais de querer suprimir.

Agrupamentos de escolas FENPROF escreve ao Presidente da República

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Concursos O caos das listas provisórias e a incompetência do ME

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Colégios querem estar acima da lei O problema do financiamento público e privado

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Professores contratados Luta obriga Ministério a recuar

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Cartas educativas Acentuados cepticismo e preocupação

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Gestão das escolas Tempo de votar e de afirmar a reversibilidade das políticas Com três perguntas apenas… Escolas em meio rural: o que dita o seu encerramento

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8º Congresso Nacional de Professores Depoimentos de convidados do Brasil e Cabo Verde Intervenção de Carvalho da Silva (CGTP-IN)

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Luís Lobo

Paulo Sucena com os jornalis­ tas junto ao MCES

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Federação desmonta Plano do Governo Insucesso e abandono escolares precoces

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FENPROF no MCES Passos significativos no sentido das negociações

SINDICATO DOS PROFESSORES DA MADEIRA Edificío Elias Garcia, R. Elias Garcia, Bloco V-1º A - 9054-525 Funchal Tel.: 291206360 - Fax: 291206369 E-mail: spm@netmadeira.com Home page: www.smembers.netmadeira.com/spm/spm

Janela Aberta As surpresas de uma espera Acção do movimento sindical no Dia Mundial da Saúde

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2 JORNAL DA FENPROF

SUMÁRIO

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Agenda Cultural Uma aliciante proposta da Companhia Nacional de Bailado

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JORNAL DA FENPROF 3


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