Jornal ID 84 fev/mar 2015

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fevereiro / março 2015 - Ano 13 - nº 84

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Radiologia no trato do paciente oncológico amplia o papel da especialidade Os avanços tecnológicos estão mudando a rotina médica e reposicionando o médico da área da imagem dentro da equipe multidisciplinar. Ele deixa de ser um laudador, para diagnosticar, participar e opinar na conduta ou até intervir no tratamento do paciente. Em entrevista ao ID – Interação Diagnóstica, o dr. Marcos Roberto de Menezes, Diretor do Serviço de Radiologia Intervencionista guiada por Imagem do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, fala sobre essas mudanças e enfatiza principalmente o que está mudando na Oncologia com a chegada desses novos recursos diagnósticos e de conduta. Depois de um estágio de três meses nos Estados Unidos, onde teve a oportunidade de comparar e conviver com especialistas com grande experiência em intervenção guiada por imagem, dr. Marccos Menezes enfatiza a importância do profissional se atualizar, estar atento aos novos rumos da especialidade. A radiologia intervencionista tem um papel importante nesse contexto, complementando o diagnóstico e oferecendo técnicas pouco invasivas que contribuem para melhorar a qualidade de vida do paciente que convive com o câncer. “A radiologia exerce hoje uma função central no manejo do paciente oncológico, desde o diagnóstico inicial ao acompanhamento do tratamento”. O caráter multidisciplinar da Oncologia traz novas oportunidades para o médico da imagem e amplia, portanto suas expectativas profissionais e sua possibilidade de contribuir para uma evolução melhor dos tratamentos indicados. Págs. 6 e 7.

Novas regras para Telerradiologia

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Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou, em dezembro, uma resolução que atualiza as regras para o exercício da Telerradiologia no Brasil. O objetivo da entidade é assegurar a ética e a legalidade na área. O documento exige, por exemplo, que os responsáveis pela transmissão e o recebimento de exames e relatórios emitidos à distância tenham título de especialista em Radiologia e Diagnóstico por Imagem. A resolução determina ainda que a Telerradiologia só pode ser feita por empresas sediadas no Brasil, por profissionais com registro nacional. Foram também definidas as normas operacionais e requisitos mínimos para transmissão e manuseios dos exames e laudos. Na pág. 5, o dr. Aldemir Humberto Soares, relator da referida norma e representante da Associação Médica Brasileira no CFM, fala sobre o tema.

Médicas ocupam seu espaço na entidade

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ulheres médicas ganham espaço e começam a assumir cargos de liderança na área do diagnóstico por imagem, assim como já ocorria em outras especialidades médicas. Neste inicio de 2015, quatro Sociedades Regionais do CBR comemoram a eleição de radiologistas para a presidência. Nesta edição, o ID manteve contato com a dra. Cibele Carvalho, eleita no ano de 2014 na Sociedade de Radiologia de Minas Gerais, e com a dra. Maria de Fatima Vasco Aragão, na Sociedade de Radiologia de Pernambuco. No Rio de Janeiro, foi eleita a dra. Salete Rego, e no Mato Grosso do Sul, a dra. Sirlei Faustino Ratier. Veja pág. 2

Exame do CREMESP reprova 55% dos recém-formados em SP

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Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo apresentou os resultados de seu último exame anual, promovido em outubro de 2014. Dos 2.891 médicos recém-graduados em escolas médicas paulistas que participaram do exame, 1.589 – ou 55% deles – foram reprovados, ou seja, acertaram menos de 60% do conteúdo da prova. O índice de reprovação foi de 33% entre os participantes graduados em cursos públicos e de 65,1% para os egressos de escolas privadas. Embora evite concentrar a discussão dos resultados na comparação entre o ensino público e o particular, o CREMESP demonstra preocupação com o ritmo de abertura de cursos de medicina. “Os resultados podem contribuir para o debate sobre a qualidade do ensino médico, sobretudo quando um grande número de escolas são abertas”. Na pág. 8, apresentamos matéria sobre o assunto.

Fóruns temáticos no CBR: o primeiro será em abril

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nova diretoria do Colégio Brasileiro de Radiologia, presidida pelo dr. Antônio Carlos Matteoni, e que acaba de ser empossada, está programando um calendário de Fóruns Temáticos para discutir questões de interesse da especialidade. Os encontros terão a participação de debatedores convidados e serão seguidos de discussões com a plateia presente. Depois de finalizados, os fóruns ficarão disponíveis na Internet. “Será quase uma consulta pública”, informa o prof. Manoel de Souza Rocha, diretor cientifico do CBR.

O objetivo, segundo ele, é “definir novos caminhos para a Radiologia, discutindo a residência, a realidade atual e apontando caminhos para o futuro das subespecialidades. Quando necessário, atuar até como suporte às escolas médicas na definição de seus currículos”. O tema do primeiro fórum, marcado para o dia 10 de abril no auditório do CBR, em São Paulo, será a formação do ultrassonografista. Serão discutidas questões como a demanda atual por profissionais especializados em ultrassom, o tempo e o currículo mínimo recomendáveis para a formação desse especialista. Mais informações na pág. 13.

Toshiba amplia fabricação no Brasil

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Toshiba Medical do Brasil já está expandindo a capacidade produtiva de sua fábrica brasileira de equipamentos de diagnóstico por imagem, inaugurada há pouco mais de um ano em Campinas (SP). A empresa já vendeu mais de 200 equipamentos de ultrassom e 110 de tomografia computadorizada produzidos localmente desde então. “Foi uma grande surpresa para a matriz obtermos resultados tão expressivos nesse espaço de tempo”, afirma o diretor comercial da empresa, Flavio Martins. A Toshiba Medical do Brasil é a terceira na lista das subsidiárias com melhores resultados no grupo, atrás apenas das unidades dos Estados Unidos e Europa. Para Martins, a abertura de uma fábrica local foi decisiva para esse bom desempenho. “Foi uma decisão corajosa”, acredita o executivo, que falou ao ID sobre os planos da empresa para o mercado brasileiro. Entrevista na pág. 9.


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Por Luiz Carlos de Almeida (SP)

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editorial

Os rumos da formação, informação e conhecimento, num mundo virtual

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hegamos à nossa edição de número 84. Quatorze anos de muito trabalho, enfrentando as oscilações de uma economia que não tem regras, que vive ao sabor de casuísmos, nunca de um planejamento, onde governos só trabalham para se manter no poder. Não é um lamento, é uma realidade. De direita, de esquerda, do meio ou do centro, as figuras politicas são sempre as mesmas e, apesar deles, a vida segue, e chega a 2015 com muito vigor e novos projetos. Numa avaliação rápida, quando abrimos a nossa coleção de jornais e vemos a capa da nossa primeira edição, nos vem a certeza de que, apesar de tudo, evoluímos muito. E o segmento da imagem no País, ao longo dessa década, passou por grandes transformações. Posicionam-se os especialistas brasileiros, hoje, entre os melhores do mundo e um retrato disso é o grande número de profissionais radicados no Exterior e com grande projeção. Os tempos eram um pouco melhores no que tange a valores, mais ética, mais respeito, mais compromisso. Hoje, com a chegada do “virtual”, mudaram-se as rotinas, os conceitos e também a forma de entender todas estas mudanças. Tem-se muita informação, mas o conhecimento e a vontade de se aprofundar vão sendo colocados de lado, como se não fossem necessários. Com o computador, o acesso a um simples toque,mudou o mundo. Vivemos a era da cabeça baixa, olhando para um painel de celular ou tablet, tropeçando nas pessoas, escrevendo mensagens cada vez mais lacônicas. O supérfluo, o fútil toma conta do necessário, do objetivo, e vai mudando tudo em nossa volta. Essas considerações nos levam a uma reflexão sobre o que está acontecendo com o nosso ensino, em todos os níveis, com os compromissos profissionais e com a defesa do que é melhor. Trabalhamos com conteúdo, com conhecimento e com informação e, no caso da Medicina, isso faz uma grande diferença. Números recentes do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo mostram, de alguma forma, os reflexos do momento em que vivemos. Mais de 55% dos médicos que prestaram o Exame do CREMESP não conseguiram a nota mínima, foram reprovados. O exame, que tem por objetivo avaliar a qualidade do ensino ofe-

recido a estes alunos, retrata num nível mais elevado, a tragédia da nossa Educação e é motivo de preocupação. As maravilhas do virtual estão aí. Agilizando o acesso, criando necessidades e deletando muitas certezas e muitas verdades. A primeira delas, a escrita está sendo abreviada e os sinais falam por ela. Como consequência, o saudável habito de ler e entender está indo para o ralo. Produz se, cada vez mais, pessoas habilitadas no virtual e totalmente alheias ao que é essencial. Hoje, o grande desafio da mídia impressa é provar que não pode morrer. Que a cultura e educação só irão para a frente se souberem somar,

com eficiência, os benefícios das duas mídias. Um trabalho científico, uma crônica, uma entrevista num veículo impresso têm atrativos que a mídia virtual não pode proporcionar. E o contrário para muitos também é uma verdade. Embora ainda jovem, apenas 14 anos, o ID – Interação Diagnóstica está adequado a essa realidade. Já abrigou muitas histórias, muitos acontecimentos, descobriu talentos e valorizou trabalhos e desafios. Pretende dar continuidade à sua proposta, de levar conhecimento e conteúdo, com o apoio de entidades e pessoas especiais, e não apenas informação para o médico que se preocupa em se atualizar. E quando vemos números tão expressivos como os das provas do CREMESP, no Estado de São Paulo, um reflexo de toda essa situação, com um excesso de escolas médicas, muitas delas despreparadas para cumprir a sua missão, é muito importante que as entidades trabalhem em questões fundamentais, que passam pelo conhecimento, pela atualização e pela informação, mas também pelos valores. Uma coisa é querer ser médico, outra é exercer a Medicina.

Transmissão de cargo no CBR Em ato, realizado na sede do Colégio Brasileiro de Radiologia, foi empossada no dia 31 de janeiro a nova diretoria do Colégio Brasileiro de Radiologia, sob a presidência do dr. Antonio Carlos Matteoni de Athayde, da Bahia.

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embros da diretoria, representantes das entidades estaduais e de clínicas de diagnóstico por imagem participaram do evento, ocasião em que o dr. Henrique Carrete Jr. procedeu à abertura da sessão, num clima de muita informalidade e cordialidade, primeiramente para agradecer a todos que colaboraram com a sua gestão, enfatizando em especial o trabalho da equipe de funcionários do CBR. Lembrou em seguida os grandes desafios vencidos, os projetos iniciados como o PADI, que já se encontra em fase de implementação, o trabalho

da Comissão Cientifica e da Comissão de Eventos. Feita a transmissão do cargo, o dr. Matteoni enfatizou o trabalho da diretoria que o antecedeu, na estruturação de projetos e de organização, criando condições para que assuma com total tranquilidade, e para que possa dar continuidade a esse trabalho. Agradeceu a todos que confiaram no seu nome e que aceitaram participar de sua chapa, lembrando também que o CBR é a casa de todos. No ano de 2015, o Congresso Brasileiro de Radiologia será realizado no Rio de Janeiro, em um novo local: o Centro de Convenções Sulamerica. E os preparativos já começaram.


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o bimestre

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Por Luiz Carlos de Almeida (SP)

io de Janeiro – Uma história a ser comemorada – No momento em que completa 40 anos como radiologista e 20 anos como chefe do Serviço de Radiologia da Santa Casa no Rio de Janeiro, o prof. Hilton Augusto Koch, em janeiro último, viu um dos seus mais interessantes desafios galgar mais um degrau: a formatura de mais uma turma do Curso de Pós Graduação em Radiologia e Diagnóstico por Imagem, em solenidade realizada na Casa da Medicina, oficialmente liberada para o uso da Medicina pelo Reitor Pe. Josafá Carlos de Siqueira. Neste espaço poderá se concretizar mais um sonho desse Radiologista, que saiu do Rio Grande do Sul e fez sua história no Rio de Janeiro, sucedeu ao prof. Abercio Arantes Pereira na Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde chegou a professor titular e chefe do Departamento e ao prof. Nicola Caminha na Santa Casa de Misericórdia, onde reestruturou e restaurou todo o serviço. Foi presidente da SBRad, do CBR, chegou à Academia Nacional de Medicina e hoje, Decano do CCBS e Coordenador do Curso de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, projeta novos desafios. Como um dos mais tradicionais e marcantes cursos da Escola Médica de Pós-Graduação da PUC-Rio, o curso de Radiologia foi criado em 1960 pelo prof. Caminha. Em seus 55 anos de história e com mais de 1.300 alunos já formados, deixou sua marca na Radiologia no Brasil. A mais nova turma de 22 formados celebrou a finalização do curso de 3 anos, com a parceria da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Em seu discurso para os formandos, Prof. Koch afirmou a necessidade de tratar bem os pacientes, com carinho e cuidado no atendimento, e levou sua mensagem final: “gostaria de agradecer ao Pe. Josafá. Eu tenho um sonho de fazer uma faculdade de Medicina pela PUC, uma faculdade que seja diferente, até porque os alunos que eu tive durante todos esses anos me mostraram essa necessidade de ser diferente”. Presentes, o Presidente da Academia Nacional de Medicina, Prof. Pietro Novelino, o Secretário do Colégio Brasileiro de Radiologia, Prof. Alair Sarmet, o Vice-Decano do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da PUC-Rio e Presidente da Academia de Medicina de Reabilitação, Prof. Mauro Pena, e a Presidente da Sociedade de Radiologia do Rio de Janeiro, Dra. Salete Rego.

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ecife – SRPe empossa nova presidente – Marcando uma tradição da Sociedade de Radiologia de Pernambuco, o Dia do Radiologista, comemorado em novembro, marcou também a eleição e posse da nova presidente da entidade, a dra. Maria de Fátima Vasco Aragão. O evento, muito prestigiado, contou com a presença do então presidente do CBR, dr. Henrique Carrete, do novo presidente da entidade, dr. Antonio Carlos Matteoni de Athayde, do presidente da entidade, dr. Paulo Borba e de ex-presidentes, além de amigos e colaboradores, como mostra a foto. Nessa

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solenidade, foram também homenageados com Título de Sócio Honorário o Dr. Lucilo Ávila e com o Título de Sócio Benemérito a Sra. Jerusa Ávila, pelos serviços prestados à radiologia pernambucana na Comissão Estadual de Honorários Médicos de Pernambuco. Terceira medica a presidir a entidade, já que a primeira foi a dra. Norma Maranhão e a segunda, a dra. Adônis Manzella, a dra. Fátima Aragão enfatizou a necessidade de dar continuidade aos trabalhos de seus antecessores, e de “continuar estimulando a Radiologia de Pernambuco no cenário científico, sempre aberta para a cooperação nacional e internacional. Acrescentou, ainda, que a missão da

elo Horizonte – SRMG intensifica defesa profissional – Em plena atividade, desde o ano de 2014, a dra. Cibele Carvalho é a pimeira presidente da Sociedade de Radiologia de Minas Gerais, e vem desenvolvendo intensa atuação. Enquanto prepara a Jornada Mineira de Neurorradiologia (pag. 18), falou ao ID sobre o seu trabalho e sobre planos e expectativas: “Assumir a Presidência da Sociedade de Radiologia de Minas Gerais é uma grande honra, maior ainda quando ela é exercida por uma mulher, pela primeira vez. O reconhecimento do trabalho, a confiabilidade na liderança, e o enorme apoio, são os pilares que nos fortalecem a enfrentar conhecidos e também novos desafios. Durante algum tempo, nós abdicaremos um pouco da nossa vida

SRPe é desenvolver o trabalho em favor da formação dos médicos e dos radiologistas, da ética, da atualização profissional, da união dos radiologistas e da defesa da profissão. Finalizou dizendo que “o objetivo maior de todo o nosso trabalho sempre será direcionado para que os nossos pacientes tenham um excelente atendimento humanizado e atualizado. O ano de 2015 será de alegria e orgulho para toda a SRPe porque será celebrado o aniversário dos 25 anos do tradicional “Curso de Imagem da Mama”, fundado e coordenado pela Dra. Norma Maranhão, e os 18 anos da “Jornada Pernambucana de Radiologia”, concluiu.

pessoal, para assumirmos um objetivo coletivo: a valorização da Medicina e o reconhecimento de nossa especialidade, tudo isto, por um bem maior: a saúde do ser humano. Acredito que hoje, a nossa maior luta é enfrentar este holocausto político e econômico em que estamos inseridos, onde as contas não fecham nem no SUS e nem na saúde suplementar, e os culpados sempre somos nós, médicos, a única classe que faz greve para receber seus honorários trabalhados e não para reivindicar aumento. Pelo contrário, falando-se em Radiologia, temos vivido até a redução de nossa remuneração, já sem reajustes há anos. É neste contexto que estamos buscando, para o próximo biênio, na Sociedade de Radiologia de Minas Gerais, o foco na educação continuada e na valorização da nossa especialidade.


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regulamentação

Telerradiologia: CFM define novas regras e valoriza o papel do médico O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou uma resolução no Diário Oficial da União, em 17 de dezembro de 2014, atualizando as regras para o exercício da Telerradiologia no Brasil. Esta resolução, CFM 2.107/14, revoga a anterior, de 2009 – CFM 1.890/09.

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egundo a entidade, o objetivo é assegurar a ética e a legalidade na área. Dr. Aldemir Humberto Soares, relator da norma e conselheiro representante da Associação Médica Brasileira (AMB) no CFM, ressalta alguns enfoques importantes no texto publicado. Primeiramente, o CFM define os especialistas responsáveis pela transmissão de exames e relatórios emitidos à distância: “Nas duas pontas, a responsabilidade deve ser assumida por um profissional especialista em Radiologia e Diagnóstico por Imagem; tanto o médico local como o responsável por receber o exame, ambos devem ser titulados”, ressalta.

Ainda, médicos com certificado em Mamografia e em Densitometria Óssea só podem ser responsáveis por exames e relatórios em sua área respectiva. Sua intervenção nas demais - Radiologia Geral e Especializada; Tomografia Geral e Especializada; Ressonância Magnética; Densitometria Óssea; e Medicina Nuclear – fica impossibilitada. Dr. Aldemir indica como segundo ponto de atenção o fato de estar proibida a prática de Telerradiologia para exames de ultrassonografia e procedimentos intervencionistas. “Estes procedimentos devem ser realizados por um médico local”, enfatiza. E, finalmente, o relator explica que a Telerradiologia só pode ser feita por empresas que tenham sede no Brasil, e por profissionais com registro nacional. As normas operacionais e requisitos mínimos para transmissão e manuseios dos exames e laudos também são abordados pelo texto. Para compressão e transmissão das imagens, deve-se adotar o sistema DICOM 3, específico para casos de maior complexidade. Dr. Aldemir confirma que, assim, o profissional que emitir o laudo terá todas as possibilidades de manipulação da imagem. O texto também pontua a necessidade de garantir a privacidade do paciente – ele deve autorizar previamente que sua identificação seja transmitida a outro profissional. A íntegra da resolução pode ser conferida no endereço http://www.portalmedico.org. br/resolucoes/CFM/2014/2107_2014.pdf.

Outros pontos da nova resolução O texto afirma também que, para atividades em Medicina Nuclear, o responsável deverá ser médico portador de título de especialista na área, registrado no Conselho

Regional de Medicina e autorizado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Já no caso de exames híbridos, que envolvem radiologia e medicina nuclear, o laudo deve ser emitido por especialistas das duas áreas. Caso não haja médico especialista no estabelecimento de saúde, o responsável pode solicitar a ajuda do especialista à distância, nos casos de radiologia geral não contrastada e em emergências.

Nos locais onde são feitos exames de radiologia contrastada, tomografia computadorizada, ressonância magnética e medicina nuclear, é obrigatória a presença de um médico especialista. As características técnicas das estações remotas de trabalho e monitores são de responsabilidade do médico especialista em Radiologia e Diagnóstico por Imagem (ou Mamografia, ou Densitometria, dependendo do caso).

Os sistemas informatizados utilizados para transmissão e manuseio dos dados clínicos, dos laudos radiológicos, bem como para compartilhamento de imagens e informações, devem obedecer às normativas do CFM. Devem atender aos requisitos obrigatórios do “Nível de Garantia de Segurança 2 (NGS2)”, do Manual de Certificação para Sistemas de Registro Eletrônico em Saúde vigente, editado pelo CFM e Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS).


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reportagem

Por Rafael Bettega (SP)

Diagnóstico e intervenção guiados por imagem trazem novas expectativas para o paciente com câncer Pesquisadores, gestores, instituições e autoridades em todo o mundo estão preocupados, cada vez mais, com as estatísticas sobre a incidência de câncer – considerada, hoje, a principal causa de mortalidade no mundo, com um número total de casos que só aumenta, como enfatiza a Organização Mundial de Saúde (OMS). Estima-se que em 2030 haja 27 milhões de novos casos de câncer, 17 milhões de mortes e 75 milhões de casos prevalentes por ano. E os países mais atingidos serão os em desenvolvimento. grande espaço lá dentro, com laboratórios de intensa atividade, da pesquisa básica aos estudos clínicos. Se a instituição quer continuar sendo de ponta, tem que manter o braço de pesquisa bastante ativo. Aqui, particularmente no Icesp e no InRad, onde trabalho, podemos dizer que estamos muito bem no que se refere à tecnologia. Graças ao esforço do Prof. Giovanni Cerri, temos uma plataforma tecnológica muito próxima à desse centro de excelência nos Estados Unidos, com as mesmas tecnologias de ressonância, Ilustração

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para trocar informações e colaborar com com os drs. Marcio Taveira Garcia e Puentro do universo médico, essas especialidades. Nessas instituiçoes blio Viana, do Icesp. as atenções se voltam para o radiologista participa de todas as reuID – Nessa passagem pelos EUA, o o estudo da Oncologia, esniões, tem sua opinião sempre ouvida e que observou em relação ao papel da pecialidade multidiscipliparticipa ativamente da discussão dos imagem na Oncologia? nar que cuida do assunto casos e do manejo dos pacientes. No Dr. Marcos Menezes – O que vemos e que vem se fortalecendo e se aprimoambiente oncológico, o radiologista preé que, cada vez mais, pacientes de câncer rando para dar suporte a essas demancisa interagir e ter uma postura cada vez que antigamente tinham uma sobrevida das. Como parte integrante de todo esse mais ativa, e não ser simplesmente um baixa, vivem mais com os tratamentos processo, a prevenção e o diagnóstico “laudador”. No universo oncológico, ele disponíveis hoje. Portanto, vão precisar precoce, aliados a terapias inovadoras, se posiciona como um consultor, que dá de mais atenção e mais acompanhamenganham espaço e instigam pesquisadores uma opinião que tem impacto na forma to por imagem. E o grande desafio dos a buscar novos caminhos. como o paciente vai ser conduzido. serviços é lidar com esse grande volume O Complexo HCFMUSP, com o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo e o Instituto de Radiologia, aliados a instituições de referencia, como o Hospital Sirio Libanês, tem investido em pesquisas e em parcerias para que os pacientes recebam o que há de melhor em termos de diagnóstico e tratamento. Eventos vêm sendo realizados e o próximo Encontro de Radiologia do InRad HCFMUSP (Imagine 2015), nos dias 13 e 14 de março, terá como tema central “Oncologia”, numa abordagem que se concentrará no papel da imagem. Para o dr. Marcos Roberto de Menezes, que tem intensa atuação no Icesp, onde é diretor do Serviço de Dr. Marcos Roberto de Menezes, do Icesp e um detalhe do procedimento intervencionista. Radiologia Intervencionista Guiada ID – Durante o sua estada nos EUA, de pacientes. Hoje, além de permitir um por Imagem, “o universo oncológico vem percebeu grandes diferenças entre o diagnóstico mais preciso, usar os recurpassando por grandes transformações que se pratica lá e aqui no Brasil? sos tecnológicos de uma maneira intelicom o avanço e o desenvolvimento de Dr. Marcos Menezes – O Memorial gente, explorar ao máximo a tecnologia novas tecnologias”. Menezes acaba de tem uma infraestrutura tecnológica muito disponível é uma forma de ampliar o regressar de um estagio no Memorial interessante, mas o que nós fazemos aqui papel do médico de imagem na equipe Sloan Kettering Cancer Center, de Nova não deixa a desejar em relação ao que eles de Oncologia. York, um dos principais centros privados estão fazendo lá do ponto de vista clínico. Tanto no Memorial Sloan Kettering de pesquisa e tratamento oncológico dos O grande diferencial – que considero que quanto no Icesp, esse desafio faz parte da Estados Unidos. deve ser um objetivo para nossas instirotina e é enfrentado por meio da interaEm entrevista ao ID – Interação Diagtuições – é o desenvolvimento da área de ção com os grupos clínicos e cirúrgicos. nóstica, o dr. Marcos Menezes falou sobre pesquisa. O Memorial tem um grande O radiologista precisa estar em contato sua experiência e sobre o tema central do centro de pesquisa e a radiologia tem um constante com o oncologista e o cirurgião, Encontro, que ele coordenará juntamente

tomografia, ultrassom e medicina nuclear que eles têm lá. ID – Com essas novas tecnologias, o tratamento oncológico tende a ser aprimorado ao ponto em que se encontre soluções que hoje não existem para certos tipos de câncer? Dr. Marcos Menezes – Obviamente, tanto nós, médicos, quanto os pacientes queremos escutar a palavra cura. Esta, porém, é uma situação que ainda ocorre apenas em uma porcentagem muito pe-

Continua


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Por Rafael Bettega (SP)

Conclusão quena de tipos de tumores e de pacientes. O que temos conseguido com o avanço da medicina, na verdade, é um melhor controle do câncer com significativo aumento da sobrevida desses pacientes. Por isso, penso que os procedimentos menos invasivos fazem cada vez mais sentido. A imagem tem ajudado muito a oncologia a selecionar melhor os pacientes para uma determinada terapia e a formação de grupos multidisciplinares com ocologista clínico, cirurgião, radiologista e radioterapeuta na condução e escolhas terapêuticas é fundamental. ID – Além de se atualizar e observar, qual foi o objetivo maior de sua visita ao Memorial? Dr. Marcos Menezes – Na verdade, já existia um intercâmbio entre as três instituições. O chefe da área de Intervenção guiada por imagem do Memorial, dr. Stephen Solomon, já tinha sido convidado a dar palestras aqui e vários dos nossos residentes já foram fazer estágios lá. Minha visita também está inserida em um projeto mais amplo, que envolve ainda o Hospital Sírio Libanês e o Hospital das Clínicas da FMUSP, voltado ao intercâmbio de profissionais e de experiências. Mesmo com toda tecnologia de comunicação que temos hoje, acredito que nunca vamos substituir o valor da interação pessoal, particularmente na área médica, quando se fala de treinamento e desenvolvimento de parcerias.

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Um dos resultados desse estágio foi o convite a participar de um registro de pacientes submetidos à crioablação de tumores renais conduzido pelo Memorial e estamos na fase de aprovação local da participação. É um registro do qual participam os principais hospitais dos Estados Unidos, e o Sírio vai ser a primeira instituição privada do hemisfério sul a colaborar. Esta foi a primeira parceria construída a partir dessa visita. Queremos continuar essa troca, inclusive com a ida de outros membros da equipe de intervenção do Icesp aos Estados Unidos para aumentar essa parceria. ID – A crioablação é um desses avanços que a intervenção guiada por imagem trouxe para o paciente oncológico. Qual é sua experiência com esse tipo de terapia aqui no Brasil? Dr. Marcos Menezes – A crioablação é uma das técnica de termoablação disponíveis no nosso meio, e consiste em um tratamento guiado por tomografia no qual se coloca uma ou mais agulhas precisamente no interior de um tumor e, pela circulação de alguns gases (argônio e hélio) dentro dessa agulha, o tumor é congelado a uma temperatura que chega a 140 graus negativos. Dessa

maneira, as células tumorais são destruídas Ao retirarmos a agulha, o paciente já está tratado. Já se tem na literatura médica que os resultados desse tratamento são muito próximos aos obtidos com cirurgia, no tratamento de tumores renais de até 4 cm.

É um tratamento que tem crescido muito e nós fomos pioneiros com ele no Brasil, tanto no InRad/HC quanto no Sírio Libanês. O HSL é o hospital que mais faz esse tratamento no país, com cerca de 160 casos já tratados em um período de seis a sete anos, com resultados bem expressivos.

reportagem

ID – Como coordenador do tema principal do evento Imagine 2015, oncologia, que contribuição poderá dar aos participantes, a partir dessas experiências? Dr. Marcos Menezes – Esse ano procuramos focar a programação no aspecto integrativo do diagnóstico oncológico e teremos a participação de oncologistas e cirurgiões. Como foco, os desafios diagnóstico e de manejo nas diferentes situações que a imagem pode ajudar a conduta desses pacientes. Teremos a participação internacional de dois palestrantes com grande experiência em oncologia, o Dr. David Panicek, do Memorial, que atua principalmente na área de diagnóstico em musculoesquelético, e o Dr. Dushyant V Sahani, chefe da tomografia do MGH em Boston, que atua na área de diagnóstico em câncer gastrointestinal e tem como foco de pesquisa a avaliação de resposta nos novos tramentos oncológicos. Além da participação habitual do corpo de assistentes da radiologia do InRad/Icesp das diferentes especialidades diagnósticas. Ainda como parte da atuação do radiologista no universo oncológico teremos o workshop de intervenção guiada por imagem, que vai discutir diversas técnicas de intervenção diagnósticas e terapêuticas no câncer, tendo uma visão teórica, e à tarde a parte prática, em diversas estações onde os alunos podem praticar e treinar essas técnicas em “phantons “. Ilustração

Diagnóstico e Intervenção guiados por imagem trazem novas expectativas para o paciente com câncer

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Avaliação

Cremesp reprova 55% dos recém-formados em medicina em SP O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) divulgou em janeiro os resultados de seu décimo exame anual, que avalia o desempenho dos médicos recém-formados no Estado. Esta edição da prova, aplicada em outubro de 2014, foi a terceira desde que o exame se tornou obrigatório. Assim como nas duas anteriores, mais da metade dos participantes foi reprovada.

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assunto foi abordado em entrevista coletiva convocada pelo Cremesp, ocasião em que o dr. João Ladislau Filho, presidente da instituição e o dr. Bráulio Luna Filho, coordenador do exame, apresentaram um balanço dessa avaliação. O assunto preocupa as autoridades médicas, pois o grande objetivo dessa prova é avaliar a qualidade do ensino que os médicos vêm recebendo. Destacaram na oportunidade que, dos

2.891 recém-formados em escolas médicas do Estado de São Paulo que participaram do exame, 1.589 – ou 55% deles – não atingiu o critério mínimo, ou seja, acertaram menos de 60% do conteúdo da prova. O percentual de reprovados em 2014 é bastante semelhante ao obtido nos dois primeiros anos do período de obrigatoriedade: em 2013, foram 2.843 participantes, com 1.684 reprovados (ou 59,2%). Em 2012, foram 2.411 participantes, com 54,5% de reprovação. Embora tenha o objetivo de avaliar o ensino médico do Estado de São Paulo, o exame também tem a participação de médicos formados em outros Estados – já que é obrigatório para todos que desejam obter o registro no Cremesp e atuar dentro do Estado. Em 2014, 468 recém-graduados de fora de São Paulo prestaram a prova (ou seja, ao todo, 3.359 médicos participaram do exame). Nesse conjunto oriundo de outros Estados, a reprovação foi de 63,2%. Como em anos anteriores, as escolas privadas tiveram maior reprovação que os cursos públicos. Entre os participantes graduados no Estado de São Paulo, o índice de reprovação foi de 33% para os egressos de escolas públicas e de 65,1% para os formados em cursos privados. No grupo oriundo de outros Estados, os reprovados foram 33,1% entre os que se formaram em escolas públicas e 78% entre os graduados em escolas particulares. Ao divulgar os resultados do exame, o Cremesp procurou minimizar a comparação de desempenho entre ensino público e privado, mas demonstrou preocupação com o ritmo de abertura de novos cursos de medicina no Brasil. “Embora, no geral, os egressos de escolas privadas tenham maior índice de reprovação, não é possível generalizar, pois há escolas privadas bem posicionadas e escolas públicas com resultados ruins”, declarou a entidade em seu comunicado oficial sobre o exame. O Cremesp afirmou ainda que “os resultados do exame podem contribuir para o debate sobre a qualidade do ensino médico, sobretudo quando um grande número de escolas são abertas. Apenas em 2014, foram criados 27 novos cursos, 18 privados e nove públicos”. O Cremesp defende a criação de um exame nacional obrigatório que condicione a obtenção do registro definitivo do médico à aprovação nessa prova, nos moldes do exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Embora a participação no exame atual do Cremesp seja obrigatória, a obtenção do registro no conselho não depende do desempenho ou da aprovação na prova. O resultado individual, entregue a cada participante, é confidencial e as escolas recebem um relatório do desempenho de seus alunos, preservando suas identidades.

Nota da Redação A preocupação com a qualidade já repercute. As principais instituições hospitalares estão implantando sistemas para suplementar essa má formação dos médicos, criando cursos e projetos de atualização e de reciclagem, visando aprimorar a formação de mão de obra médica. A área da imagem reflete bem esta situação e pode ser compreeendida, neste edição, com diversas iniciativas do gênero.


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fevereiro / março 2015 - Ano 13 - nº 84 Lilian Mallagolli (SP)

entrevista

Toshiba inicia expansão de fábrica brasileira após 14 meses da inauguração Há pouco mais de um ano, a Toshiba Medical do Brasil inaugurou sua fábrica de equipamentos de diagnóstico por imagem no país, na cidade de Campinas, interior de São Paulo, com um foco diferenciado: promover a alta tecnologia em equipamentos de diagnóstico por imagem, fomentar a pesquisa e o desenvolvimento destas junto as instituições brasileiras e ter um produto brasileiro de verdade.

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s resultados começaram a levou em conta somente incentivos fiscais aparecer. Com números a copara a companhia, e sim uma posição esmemorar e, decorridos apenas tratégica. Buscou-se necessidades em outros 14 meses de sua instalação, setores, como maior estrutura de serviço a Toshiba Medical do Brasil especializado para a base fabril, mão de iniciou uma expansão de sua fábrica para obra especializada e suporte para o desensuportar o incremento de novos produtos volvimento tecnológico, que foram aspectos na linha de produção. vistos com cuidado pela empresa: “Iremos Em entrevista ao ID – Interação Diaginvestir mais em tecnologia, em pesquisa, nóstica, em sua sede em Alphaville, em Bapara ter um produto brasileiro de verdade. rueri/SP, Flavio Martins, Diretor comercial Trabalhamos em conjunto com diversos e Eduardo R. Cordeiro, Diretor de Planejasetores e universidades para alcançarmos mento Estratégico, fizeram um diagnóstico nossos objetivos e para entregarmos um de processo, da postura da empresa e anaproduto ‘made in Brazil’ com 90% das peças lisaram as expectativas que se abrem para a feitas aqui”, afirma Flávio Martins. empresa no País. O executivo em“Foi uma grande basa esses planos no surpresa para a matriz crescimento sólido e obtermos resultados constante que a emtão expressivos nespresa tem alcançado se espaço de tempo. concretamente nos Iniciamos com o segúltimos 12 anos. A mento de Tomografia Toshiba Medical do Computadorizada e Brasil fez uma mude Ultrassom. Condança no conceito seguimos alcançar a do negócio no país, produção e venda de apostou em exemais de 300 unidacutivos de carreira des de US e mais de com visão voltada ao 110 sistemas de CT mercado. Segundo em pouco mais de Eduardo Cordeiro e Flavio Martins na fábrica ele, toda a equipe da um ano. A planta de em Campinas gerência e da diretoRessonância Magnéria foi moldada com tica está com processo acelerado e, em dois profissionais brasileiros, para mostrar que, de meses, já iremos faturar quatro unidades, fato, ela estava com os olhos voltados para cá. um ótimo começo”, explica Flávio Martins, Flavio Martins também aponta como que está na Toshiba há 18 anos”. um fator de sucesso o foco dado no respeito “Agora expandimos a planta fabril e ao cliente. Essa tem sido uma das princicomeçamos a produzir produtos focados pais ferramentas da multinacional: “Nosso no segmento de alta tecnologia porque cliente direto poderá proporcionar o melhor acreditamos no País e no mercado médico cuidado aos seus pacientes, e usará nossa brasileiro. No segmento de CT, partimos tecnologia para isso. É importante que as do segmento médio de 04, 16 a 32 cortes pessoas tenham a melhor e mais confortável por giro, e estamos iniciando a plataforma experiência no processo de diagnóstico no Aquilion com 80 e 160 cortes por giro, com momento que precisarem. Isso observamos tecnologias avançadas como Body Perfusion, com atenção”. Dual Energy, Suresubtraction e Variable HeAtenta as exigências lical Pitch. Procuramos também demandas do mercado e focos específicos para diversos tipos de diagnóstico”, completa. Para a Toshiba Medical do Brasil, o A escolha da cidade de Campinas não mercado de ressonância magnética de 1,5T

cresceu rápido no país e demonstra continuar em expansão. O executivo afirma que o mercado brasileiro é “comprador de RM”. Além de oferecer um equipamento de RM desenvolvido para entregar a melhor qualidade de imagem e as mais avançadas aplicações clínicas, a empresa preocupa-se hoje em propiciar aos seus clientes uma solução distinta daquela que se pratica no mercado, com menor necessidade de infraestrutura no que tange ao consumo de energia elétrica e espaço físico para instalação, como exemplo. “Desenvolvemos a ELAN, um sistema de 1,5T, que necessita substancialmente de menos energia que qualquer outra do mesmo segmento e que necessita de menor espaço físico sem perder a qualidade. Assim, podemos auxiliar os nossos clientes a disponibilizarem a tecnologia a seus pacientes em todos os aspectos possíveis”, explica. A empresa ao longo de sua existência pesquisou, propôs, desenvolveu e definiu novas tecnologias e novos conceitos de produtos e busca agora impulsionar ainda mais as tecnologias focadas na prevenção, com o objetivo de oferecer soluções de diagnóstico ainda mais refinadas. “A Toshiba olha sempre para o lado humano em seu setor. Procurou-se operar com o menor nível de radiação na aquisição dos exames e com o menor nível de ruído. Trabalhamos muito e conseguimos. Para os sistema de Tomografia Computadorizada, o sofisticado AIDR3D de redução de dose se tornou padrão em todos os nossos equipamentos, inclusive naqueles com o menor número de cortes por giro. O custo relativo não foi e não é repassado para os clientes para que se possa usufruir completamente de seus benefícios. Essa é a filosofia da empresa. Há a preocupação com o ser humano e, como executivo, acho que é o lado que mais me atrai na Toshiba – ela tem o negócio, mas olha também para as pessoas”, explica.

Mudanças promissoras no setor Ao lado de Eduardo Cordeiro, Diretor de Planejamento estratégico, reconhece que é preciso tomar decisões com cautela nos

próximos meses. Os próximos passos irão consolidar nossos resultados e manter a linha de crescimento que temos alcançado. O ano de 2015 será de transição e de desafios mas projeta boas oportunidades, acreditam. Eles reconhecem que o mercado médico tem andado com bons passos porque tem apresentado maior ascensão que os indicadores médios da economia brasileira. “A área de equipamentos médicos tem se desenvolvido e se expandido dentro do conjunto de oportunidades da economia do país e temos acompanhado de perto todas as tendências. Acreditamos que há espaço para expansão em muitos segmentos”, intervém Eduardo Cordeiro. Os executivos apontam outra mudança no setor como promissora: agora, Instituições estrangeiras da área hospitalar podem comprar hospitais no mercado brasileiro, o que pode criar novos caminhos dentro do mercado. A atuação e os resultados da Toshiba Medical do Brasil a colocaram em posição de destaque e de reconhecimento no mercado brasileiro, além de um excelente posicionamento dentro do grupo Toshiba: “Ocupamos a terceira colocação como subsidiária depois da Unidade do Estados Unidos e da Europa”. “Com a produção nacional, beneficiamos nossos clientes com nossa operação em reais independentemente da variação cambial visando facilitar a gestão para a aquisição dos melhores equipamentos. É uma decisão corajosa”, considera Flávio Martins. Atualmente a empresa oferece sua linha inteira de soluções de RM, RX, Angiografia, US e CT no Brasil. Tudo foi alinhado com planejamento atento, seguro e concreto ao longo do tempo. “Procuramos nos assegurar que estávamos aptos a suportar completamente qualquer tipo de demanda relacionada com nossos produtos ou serviços. Tudo está organizado para que nossos clientes possam usufruir completamente de todas as tecnologias que dispomos. Nossa próxima etapa será o mercado de PET/CT dentro de um grande projeto em oncologia, com um conceito institucional”, conclui Flávio Martins.


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registro

evento

Soluções digitais vão integrar 61 unidades de saúde no Amazonas

Rumo à Radiologia 2.0: inovação e TI

Todas as 61 unidades de saúde do interior do Estado do Amazonas passarão a contar com os serviços e a expertise em soluções de Telerradiologia da Agfa HealthCare.

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processo de implementação do sistema foi intermediado pelo Grupo Bringel – parceiro da Agfa HealthCare com atuação em todo o país – e já colocou em funcionamento 15 unidades, nos municípios Amaturá, Borba, Humaitá, Itacoatiara, Manacapuru, Maués, Parintins, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva, Santo Antônio do Iça, São Paulo de Olivença, Silves, Tabatinga, Tabatinga UPA e Tefé. Economia de recursos, de tempo, agilidade e maior qualidade no diagnóstico são alguns dos benefícios para esta região extensa do Pais. A parceria vai reduzir o tempo de entrega dos resultados dos exames aos pacientes, que também ganharão em acessibilidade. Hoje, os resultados demoram, em média, 15 dias. Com a inclusão dos serviços e produtos da Agfa HeathCare este tempo poderá ser reduzido para 4 horas. Para José Laska, diretor geral da Agfa Healthcare Brasil, o resultado final foi muito positivo e mostrou que “a capacidade e competência da empresa em implementações de sistemas de Telerradiologia em ambientes hostis e de pouca infraestrutura de

telecomunicações foram decisivas para o sucesso do empreendimento”. Enfatizou também que “a dificuldade geográfica da região amazônica em oferecer exames modernos e precisos foi motivadora, e a parceria com o Grupo Bringel possibilitou que apresentássemos um modelo de laudos à distância por meio da digitalização dos exames de raios-x e mamografia, favorecendo ao Estado do Amazonas com uma modalidade pioneira em saúde pública.” “A Agfa HealthCare vai contribuir para que as unidades tenham mais integração e consigam atender melhor seus pacientes”, conclui José Laska. Além das 61 unidades do Amazonas, os estados de São Paulo, Goiás e Minas Gerais e as cidades como São José do Rio Preto (SP) também contam com as soluções da empresa. Credenciadas a utilizar o IMPAX Agility, um sistema desenvolvido em plataforma web e com total portabilidade para uso em dispositivos móveis, unificando os ambientes RIS/PACS em uma mesma base de dados, as unidades se beneficiarão do gerenciamento de todo o ambiente, além de uma simplificação expressiva nos processos de implementação, atualização, suporte e manutenção.

Atualize o seu endereço É bom para você que recebe o jornal e para nós que teremos a certeza que você quer continuar a recebê-lo. Em nosso site www.interaçãodiagnostica.com.br você encontrará um questionário que vai facilitar o acesso. Por favor, preencha-o. Será a certeza que continuarás a receber o ID Interação Diagnóstica e suas publicações e e-mails. Melhor ainda, sem nenhum custo.

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novação e TI em Saúde: rumo à Radiologia 2.0”, é o tema de Simpósio que será realizado dias 13 e 14 de março, dentro do 13o Encontro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem do InRad, coordenado pelo dr. Fernando Cembranelli, eng. Antonio José Pereira e Eduardo Yasumura. O evento tem como proposta discutir aspectos fundamentais da inovação nas organizações de saúde, sua inserção na pesquisa, na cultura e na estrutura hospitalar. Abordará também os principais desafios dos projetos de inovação em estruturas de saúde, a implementação e construção do hospital digital. Radiologia na Nuvem, 3D na Medicina, Mídias Sociais, Parceria público-privada, PPP´s em Radiologia: oportunidades, são alguns dos aspectos enfatizados pelo evento, que está aberto a médicos, engenheiros clínicos, profissionais da área e demais interessados. As inscrições estão condicionadas ao espaço da sala, portanto, os que fizerem inscrição prévia terão preferência.

Informe-se: www.Hybrida.com.br tels. (11) 3253-5704 – 3284-6680. E-mail: imagine2@hybrida.com.br


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A importância da radiologia intervencionista não-vascular num centro de oncologia

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Radiologia Intervencionista Não – Vascular é uma subespecialidade médica do Diagnóstico por Imagem que realiza procedimentos minimamente invasivos guiados por imagem para diagnosticar e tratar doenças em praticamente todos os órgãos do corpo. Os procedimentos percutâneos são efetivos, mais rápidos, usualmente mais seguros e de menor custos que os procedimentos cirúrgicos correspondentes. Todos os métodos de imagem pode ser utilizados como modalidade de orientação (fluoroscopia – raio X, tomografia computadorizada, ultrassonografia, e ressonância magnética), permitindo aos radiologistas intervencionistas encontrar e escolher o alvo, o melhor acesso para alcançá-lo, protegendo ou evitando as estruturas adjacentes, acompanhando passo-a-passo todo o procedimento e podendo prevenir, diagnosticar e até mesmo tratar precocemente complicações. A maioria destes procedimentos é ambulatorial, com preparo simples, permitindo rápido retorno do paciente à sua rotina. A radiologia intervencionista não-vascular apresenta múltiplas opções de procedimentos que podem ser usadas em todas as etapas da propedêutica oncológica.

1 - Diagnóstico: Biópsia tumoral percutânea por agulha guiada por imagem Atualmente na prática oncológica buscamos tratamento individualizado. A radiologia intervencionista desempenha um papel primordial na definição do manejo específico de cada paciente. Avanços nas técnicas diagnósticas, genômicas e proteômicas abriram um caminho para um maior entendimento dos mecanismos subcelulares que levam a hiperproliferação celular, capacidades metastáticas e angiogênese tumoral. Várias mutações e marcadores tumorais chaves já entraram na prática oncológica atual, onde as decisões clínicas são ajustadas de acordo com o seu perfil molecular. Um entendimento mais amplo da oncologia personalizada irá auxiliar os radiologistas intervencionistas a exercer um papel mais importante na escolha e descoberta dos tratamentos do câncer. Biópsias percutâneas por agulha guiadas por imagem são úteis para obter a prova patológica de lesões suspeitas, podendo ser utilizadas no diagnóstico, no estadiamento tumoral ou para documentar a disseminação do tumor no estágio mais tardio. Também é capaz de fornecer uma assinatura molecular do tumor, orientando o tratamento. Nas determinação de alterações pós terapêuticas, doença residual ou recorrência a biópsia percutânea também é fundamental. Biópsia percutânea guiada por imagem é uma técnica consagrada, rápida e segura para obter amostras teciduais de várias partes do corpo. Com o desenvolvimento do “design” das agulhas e avanço das tecnologias novas de imagem, aumentou-se a eficácia e a segurança do procedimento.

2 - Terapêutico: Drenagens percutâneas de coleções: Inicialmente, a drenagem percutânea era reservada para coleções uniloculares com rota de acesso direto e sem comunicações fistulosas. Esta situação mudou completamente nos últimos 20 anos e consiste no procedimento de escolha para drenagem de muitos tipos de abscessos complicados, incluindo coleções multiloculares, abscessos com comunicações fistulosas, abscessos profundos, pancreáticos, hematomas, abscessos entéricos, e abscessos subdiafragmáticos ou pélvicos profundos. Abscessos pulmonares, mediastinais e empiemas pleurais também são passíveis de drenagem. A drenagem é um procedimento de baixa morbimortalidade quando comparado com a exploração cirúrgica, favorecem a rápida recuperação dos pacientes, reduzem os tempo de internação, reduzindo também o custo e morbidade de uma nova intervenção cirúrgica. Podem ser realizadas até mesmo em pacientes graves, em unidades de terapia intensiva, utilizando-se a portabilidade da ultrassonografia como aliado nestes casos.

Figura 2 : Dois casos de colocação de cateter pig tail em abscesso subfrenico após cirurgia hepática (acesso indireto) e em coleção peri-hepática (acesso direito).

Alcoolização de cistos renais guiada por imagem: indica-se este procedimento nos pacientes com cistos renais simples (Bosniak I) sintomáticos (lombalgia sem outra causa identificável ou hidronefrose por compressão do sistema coletor). A técnica consiste na introdução do cateter tipo “pig-tail”, esvaziamento do cisto e posterior injeção de álcool absoluto. Paracentese e toracocentese guiadas por ultrassonografia Esses procedimentos são punções aspirativas de alívio ou diagnósticas guiadas por ultrassonografia que produzem imagens em “tempo-real”, reduzindo drasticamente o número de complicações como hemorragia ou lesões das estruturas intra-abdominais, principalmente alças.

Nefrostomia Descrito pela primeira vez por Goodwin em 1955 como um tratamento minimamente invasivo para hidronefrose, causada por obstrução urinária. A colocação de cateter de nefrostomia percutânea rapidamente encontrou seu uso em várias indicações clínicas nos sistemas pielocalicinais dilatados e não dilatados. Apesar dos avanços das técnicas endourológicas que reduziram o número de indicações da nefrostomia percutânea, ela ainda desempenha um papel importante no tratamento de várias condições urológicas. Figura 1: Biópsias guiadas por tomografia computadorizada - a) Biópsia de lesão retrocular, b) Biópsia de linfonodomegalia no hilo hepático, c) Biópsia de lesão pulmonar justamediastinal, d) Biópsia de espessamento retroperitonial periaórtico.

Injeção do meio de contraste intra-articular guiada por ultrassonografia, radioscopia ou tomografia computadorizada para realizar artro-TC ou artro-RM. Punção aspirativa de líquidos orgânicos guiada por ultrassonografia ou tomografia computadorizada para análise citopatológica, bioquímica e cultura.

Figura 3: Cateter de nefrostomia percutânea no interior da pelve renal.

Terapias ablativas - Ablação por Radiofrequência e Crioablação: Muitas condições que antes necessitavam de cirurgia, agora podem ser tratadas não cirurgicamente por radiologistas intervencionistas. As terapias ablativas podem ser realizadas de forma percutânea guiadas por tomografia ou ultrassonografia, ou no centro cirúrgico guiadas por ultrassonografia intraoperatória. Estes procedimentos preservam maior quantidade de tecido normal, reduzem o tempo de recuperação do paciente, diminuem a taxa de

Continua


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A importância da radiologia intervencionista não-vascular num centro de oncologia Conclusão

complicações como infecção e, consequentemente, o tempo de internação hospitalar, além de comprovadamente seguros, eficazes e pouco dolorosos. Também representam ferramenta importante para os cirurgiões, por ampliar as opções de ressecção cirúrgica em lesões hepáticas bilobares ou como ponte para os transplantes hepáticos, por exemplo. Interesse crescente na terapia tumoral locorregional foi acompanhado pelos avanços contínuos da geração energética, técnicas de aplicação e terapias combinadas com o objetivo de aumentar a eficácia e/ou especificidade das terapias ablativas. Terapias ablativas minimamente invasivas guiadas por imagem utilizando-se aplicadores semelhantes a agulha, incluem as técnicas de origem térmicas (radiofrequência, micro-ondas, laser e crioablação) e de origem não-térmicas (ablação química e eletroporação irreversível). Estes diferentes métodos de tratamento tumoral locorregional ganharam atenção mundial e aceitação clínica ampla em muitos países do primeiro mundo, assumindo grande importância para tratar diferentes tipos de tumor e tecidos, incluindo neoplasias primárias e secundárias do fígado, rim, pulmão e osso. Fatores limitantes ao sucesso das terapias locorregionais para tratamento de certos tipos de tumor e dimensões tumorais foram relatados, mas pesquisadores em vários estudos alcançaram sucesso através de terapias combinadas com outras estratégias de tratamento oncológico, como a quimioterapia, a radioterapia e terapia intra-arterial transcateter. Devido ao aumento da complexidade das opções do tratamento e os novos paradigmas da oncologia intervencionista, uma compreensão total dos princípios básicos das terapias mais indicadas e aplicadas é um pré-requisito para habilitar e capacitar efetivamente o radiologista intervencionista que irá tratar o paciente e que também interpretará, com acurácia, os vários tipos de exames de imagem aos quais paciente será submetido.

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por tomografia ou ultrassonografia. Essas pequenas lesões hepáticas, principalmente nas metástases de tumores colorretais, tendem a desaparecer com o uso de quimioterápicos, o que impossibilita sua ressecção cirúrgica posterior. A marcação pode facilitar a identificação da área a ser ressecada. Injeção de radiofármacos no tumor (ROLL) e peritumoral para identificação do tumor e do linfonodo sentinela utilizando-se o gama-probe no ato operatório. A localização pré-cirúrgica também é útil na marcação de lesões não palpáveis, tais como opacidades pulmonares seissólidas ou não sólidas, ou lesões recidivadas de sarcomas de partes moles.

4 - Colocação de marcadores fiduciais para guiar radioterapia e radiocirurgia, que diminui os riscos de lesão dos órgãos não-alvo adjacentes. A Radiologia Intervencionista Não Vascular é uma subespecialidade em avanço contínuo, que acompanha a evolução tecnológica dos equipamentos e da inovação dos materiais, apresentando papel fundamental e indispensável no manejo multidisciplinar do paciente com câncer.

Figura 4 : Tipos diferentes de agulhas de ablação por radiofrequência para terapia de lesão pulmonar, renal e hepática.

Manejo da Dor Neurólise do Plexo Celíaco A simpaticolise do plexo celíaco através da alcoolização guiada por imagem é um importante adjuvante no tratamento paliativo de dores abdominais resistentes a medicamentos analgésicos, principalmente nos pacientes com câncer de pâncreas ou pancreatite crônica, e também em pacientes com outras neoplasias abdominais. São várias vias de acesso para a alcoolização do plexo celíaco e o nosso preferido é a via paravertebral bilateral guiada por Tomografia Computadorizada, que oferece maior precisão para a realização deste procedimento.

Os procedimentos percutâneos tem indicações precisas e sua realização requer treinamento adequado e avaliação multidisciplinar. O paciente que passa por consulta com o médico intervencionista, beneficia-se da avaliação de suas condições clínicas, esclarece dúvidas sobre os riscos e benefícios e é preparado para o procedimento a que será submetido. Para o especialista é também uma oportunidade de avaliar o caso e indicar o método de imagem de orientação mais adequado, de comum acordo com o médico de referência do paciente.

O A.C. Camargo Cancer Center, centro de referencia em ensino e pesquisa, oferece curso de aperfeiçoamento em Radiologia Intervencionista (R4) reconhecido pelo MEC (duas vagas) e estágio (6 vagas) com duração de 1 ano (não-vascular) e 2 anos (nãovascular e vascular). O curso é ministrado por médicos especialistas e pós-graduados com o número aproximado de 800 procedimentos não-vasculares executado por aluno no primeiro ano. O Serviço de Imagem dispõe de um tomógrafo dedicado aos procedimentos intervencionistas, além dos aparelhos de ultrassom de última geração.

Referências Bibliográficas -

Personalized Oncology in Interventional Radiology Nadine Abi-Jaoudeh, MD, Austin G. Duffy, MD, Tim F. Greten, MD, Elise C. Kohn, MD, Timothy W.I. Clark, MD, and Bradford J. Wood, MD J VascInterv Radiol 2013;24:1083–1092

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Role of Image-Guided Percutaneous Needle Biopsy in Cancer Staging

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Sanjay Gupta, MD Seminars in Roentgenology Elsevier 2006

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Percutaneous Nephrostomy: Technical Aspects and Indications Mandeep Dagli, M.D., and Parvati Ramchandani, M.D.Semin Intervent Radiol 2011;28:424–437.

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Jensen ME, Kallmes DE (2002) Percutaneous vertebroplasty in the treatment of malignant spine disease. Cancer J 8:194–206

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STATE OF THE ART: Principles of and Advances in Percutaneous Ablation Ahmed et al Radiology: Volume 258: Number 2—February 2011

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Percutaneous Abscess and fluid drainage Vascular & Interventional Radiology Michael J. Lee 2004

Vertebroplastia A vertebroplastia percutânea consiste na injeção de “cimento” acrílico que solidifica dentro do corpo vertebral colapsada, aumentando a sua força estrutural e trazendo diminuição da dor. Essa técnica pode ser utilizada para tratamento de fraturas vertebrais patológicas, como mieloma múltiplo ou por osteoporose.

3 - Localização pré-operatória: Colocação de marcadores metálicos intratumorais antes da quimioterapia neoadjuvante para localização posterior do tumor. Clipes cirúrgicos podem ser colocados via percutânea no interior das lesões, orientados

Autores Chiang Jeng Tyng Coordenador do Setor da Radiologia Intervencionista Não-vascular do A.C. Camargo Cancer Center Paula Nicole Vieira Pinto Barbosa Coordenadora do Setor de Tomografia Computadorizada do A.C. Camargo Cancer Center


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Ergonomia em ultrassonografia 1 Introdução Ergonomia deriva de duas palavras gregas: “ergon”, que significa trabalho, e “nomos”, que significa lei. Compreende o estudo científico das relações entre o homem e o trabalho, que tem como objetivos reduzir a força necessária para a execução do trabalho, reduzir ou eliminar as posturas incorretas, reduzir os movimentos de alta repetitividade, reduzir a compressão mecânica sobre os tecidos e reduzir o grau de tensão no trabalho. (1,2,3) O médico ultrassonografista tem maior propensão a desenvolver dor ou lesão musculoesquelética de caráter ocupacional, visto que os exames exigem um tipo peculiar de esforço muscular. Pequenas lesões musculares são o resultado de manipulações repetitivas do transdutor, sem o repouso adequado entre os exames. As doenças músculoesqueléticas relacionadas ao trabalho podem, eventualmente, progredir para formas de tratamento mais difícil, determinando afastamento das atividades laborais, muitas vezes por tempo indeterminado e, em não raros casos, para afastamento definitivo (4,5) Ergonomia e prevenção de desordens musculares relacionadas aos exames ultrassonográficos é motivo de discussão há muitos anos. Os primeiros relatos datam dos finais dos anos 90, época na qual uma série de sintomas clínicos como dor e desconforto afetando principalmente os membros superiores, coluna cervical e lombar despertaram a atenção de pesquisadores no sentido de prevenir tais agravos. Muitos estudos internacionais, principalmente britânicos, revelaram que mais de 80% dos médicos ultrassonografistas, de qualquer especialidade, apresentam dor no momento do exame. A média de tempo para o início dos sintomas gira em torno de 5 anos a partir do início das suas atividades laborativas. (6) O custo de pequenas modificações no ambiente de trabalho é certamente muito inferior ao custo relacionado ao afastamento e tratamento do profissional ultrassonografista decorrentes de lesões ocupacionais. Este custo pode variar entre dez e setenta e cinco mil dólares. (7) Este trabalho tem como objetivo destacar a importância da postura corporal adotada pelos médicos ultrassonografistas durante a realização dos exames, bem como apresentar e discutir meios de minimizar as doenças músculo-esqueléticas relacionadas ao trabalho e suas consequências.

2 Fatores de risco para o desenvolvimento de desordens musculoesqueléticas relacionadas à prática de ultrassonografia e suas consequências São apontados como fatores de risco para o desenvolvimento de distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho: posturas extremas de flexão ou extensão dos membros e do tronco, trabalho muscular estático de alguns segmentos e movimentos repetitivos, além da necessidade de aplicar pressão para segurar e manter o transdutor em posição operacional. Há dois tipos de esforço muscular: estático e dinâmico. O esforço muscular estático causa compressão vascular, e se sustentado durante um longo período, causa dor aguda, fadiga muscular e fluxo sanguíneo insuficiente na região acometida. Já o esforço dinâmico, que é relacionado à movimentação, exerce um mecanismo de propulsão da circulação sanguínea, não causando obstrução do fluxo, como ocorre durante o esforço muscular estático, e pode ser sustentado por períodos mais longos sem causar fadiga. (8,9,10) Além disso, há fatores de risco presentes no ambiente de trabalho do ultrassonografista que também corroboram para o surgimento dessas lesões, tais como: baixo índice de iluminação, estresse, muitos exames em curto período de tempo e sobrecarga musculoesquelética nos membros superiores e coluna. Se estes fatores de risco puderem ser identificados e simultaneamente reduzidos ou eliminados, os elementos relacionados ao trabalho podem ser reequilibrados com a atividade do profissional, resultando em tarefas que tragam mais conforto e que, eventualmente, eliminem a etiologia do desconforto.(11) De acordo com pesquisa publicada pelo Instituto Nacional de Saúde Ocupacional Americana (10), foram destacados

os seguintes fatores ambientais e ocupacionais responsáveis pelas lesões: 1. Flexão posterior do ombro direito, após virar todo o tronco no sentido oposto, com o objetivo de obter uma melhor imagem; 2. Flexão e extensão do punho direito para alcançar determinadas áreas do abdome; 3. Lateralizar o pescoço para a esquerda, enquanto o tronco é estendido para a direita; 4. Compressão excessiva do transdutor, levando a lesões em punho e mão; 5. Manutenção de forças estáticas de sustentação por mais de trinta segundos até vários minutos.

do segmento acometido, enquanto que lesões nervosas cursam com parestesia, dormência e fraqueza na área inervada pelo nervo acometido. Um conjunto de diferentes sintomas e com intensidades variáveis podem estar presente em uma única pessoa. (20)

3 Como minimizar os fatores de risco para o desenvolvimento de desordens musculoesqueléticas relacionadas à prática da ultrassonografia O local de trabalho do ultrassonografista (sala, equipamento, mesa, cadeira) deve ser adequado, abrangendo equipamentos e design adequados, cadeiras e mesas ajustáveis e confortáveis, assim como o uso de equipamentos que ofereçam mais opções de ajuste ao usuário. Conforme as imagens, a sobrecarga em pescoço, ombro e costas é melhorada através de ajustes na maca e na cadeira do ultrassonografista. A maca deve ter altura ajustável, possibilitando menor sobrecarga muscular, acomodando o leito na altura ideal. A cadeira deve permitir ajustes de altura e girar livremente entre o paciente e a máquina de ultrassonografia, além de possuir apoio para os pés. (11)

Em um estudo realizado com médicos ecocardiografistas que 86% dos indivíduos pesquisados apresentaram sintomas de DORTs relacionados as atividades de trabalho, sendo que 63% destes relataram um ou mais sintomas da síndrome do túnel do carpo. (12) Assim como em outros países, no Brasil também se observa dados concordantes sobre a crescente problemática dos sintomas musculoesqueléticos em ultrassonografistas. Existem poucas estatísticas nacionais publicadas sobre o assunto, porém um levantamento preliminar realizado com 111 ultrassonografistas que participaram de um congresso de ultrassonografia no estado de Minas Gerais mostrou que 73% destes profissionais apresentavam pelo menos um sintoma músculoesquelético relacionado ao trabalho(13). A constatação de um paradoxo entre um alto índice de ultrassonografistas com sintomas DORT, e os poucos trabalhos que estudam esta relação com aspectos preventivos e ergonômicos, levantam questionamentos sobre a necessidade de aprofundar novos estudos sobre esta problemática. Baker e colaboradores realizaram um estudo para definir a prevalência de Figura 1: posicionamento incorreto durante o exame abdominal, demonstrando cadeira distúrbios musculoesqueléticos em ultras- não ajustável, torção do tronco e monitor fora do nível dos olhos. sonografistas e utilizou informações de questionários respondidos por três mil médicos nos Estados Unidos, que mostrou que 81% dos profissionais apresentavam dor e/ou desconforto relacionados ao trabalho e que certas atividades provocam agravamento dos sintomas: aplicação de pressão radial com o transdutor; abdução do ombro; torção sustentada de tronco e cabeça; abordagem de órgãos do lado oposto do paciente. Em comparação com outras pesquisas feitas por Baker, a incidência média de sintomas relacionados a distúrbios musculoesqueléticos foi de 84% dos entrevistados. (14) Durante a realização do exame, o médico ultrassonografista necessita manter o ombro em abdução sem apoio, causando contração isométrica dos músculos do membro superior abduzido, principalmente do cíngulo escapular, na tentativa de realizar movimentação precisa e estável de punho e mão, e aumentar a efetividade da Figura 2: posicionamento correto durante o exame abdominal. realização da tarefa motora apresentada. Um ângulo de abdução acima de 30° é fator de risco para lesão no ombro, especialmente se o braço for abduzido por longos períodos de tempo. A extensão do braço acima de 30 cm por um período prolongado também implica em fadiga muscular e possível lesão. Ao permanecer com o ombro abduzido, em aproximadamente 90°, a musculatura pode sofrer fadiga, com consequente incapacidade de manutenção dessa posição por longos períodos, relacionada à atividade ocupacional. (15, 16, 17) As lesões mais comuns ocorrem no ombro e incluem bursopatia, tendinose e rompimentos parciais ou compleFigura 3: tos dos tendões do manguito rotador (sobretudo o supraposicionamento espinal). Tendinose e/ou tenossinovite de mão e punho incorreto durante também são comuns. Síndromes de compressão nervosa, o exame endovagicomo síndrome do túnel do carpo, síndrome cubital e, em nal, demonstrando abdução do ombro menor número, síndrome do desfiladeiro torácico, acometem direito em ângulo ultrassonografistas e afetam não apenas músculos e tendões, acima de 30º. mas também nervos e o suprimento sanguíneo dos membros superiores. (18,19) Lesões no tendão frequentemente se apresentam com dor local, sensibilidade ao toque e movimentação limitada Continua


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Ergonomia em ultrassonografia continuação

8. Fiz um “micro break”? I.e. conscientemente aliviando a tensão na mão utilizada por alguns segundos? 9. Fiz um “mini-break”? I.e. retirar o transdutor da mão utilizada, esticando a mão, braço e ombros, e olhava periodicamente para longe do monitor para aliviar a tensão dos olhos? 10. Estou ciente de quaisquer sintomas incomuns, tais como dormência, inchaço ou dor?

Recomendações gerais (10): 1. Ajustar o equipamento, maca e cadeira, atendendo às necessidades do examinador; 2. Alternar o posicionamento do equipamento durante os exames; 3. Posicionar o paciente utilizando equipamentos ou dispositivos de adaptação, como almofadas e cunhas, e apoiar o cotovelo nos membros do paciente durante o exame; Figura 4: posicionamento incorreto durante o exame endovaginal, demonstrando que o ombro direito está posteriorizado.

4. Fazer pausas para descanso durante os exames; 5. Manter boa forma e condicionamento físico; 6. Manuseio otimizado de exames especializados, como a ultrassonografia transvaginal; 7. Avaliação imediata ao surgimento de quaisquer sintomas, por um profissional da área da saúde habilitado.

Exercícios de alongamento indicados para o ultrassonografista (22): 1. Flexão do queixo: em posição ortostática ou sentada, olhando para frente, com os ombros posteriorizados, incline o queixo para baixo , aproximando-o o máximo que conseguir do tórax, enquanto você alonga suavemente a porção superior do dorso e o pescoço. Permaneça nesta posição por cinco minutos, e então, eleve a cabeça para a posição inicial. Repetir este exercício de três a cinco vezes.

Figura 5: posicionamento correto durante o exame endovaginal.

A variação da postura ao longo do dia causa menor esforço muscular e tem efeito significativo na redução de lesões musculoesqueléticas. Manter uma boa postura durante o período de trabalho é essencial. Além disso, deve-se evitar a realização do mesmo tipo de exame repetidamente durante o período de trabalho, posicionar o paciente próximo ao examinador, e manusear o transdutor mantendo o punho em posição neutra. (11, 17) Se um determinado grupo muscular for mantido em flexão ou extensão por mais de trinta segundos, será necessário um período de relaxamento de trinta segundos para que este grupo se recupere. (10) Gregory (21) desenvolveu um questionário composto de dez perguntas, as quais o ultrassonografista deve responder para avaliar sua postura de trabalho: 1. O paciente está próximo o suficiente de mim? Meu braço e cotovelo estão flexionados próximos ao meu corpo em uma posição confortável? 2. Ajustei minha cadeira ou maca de acordo com o biotipo do paciente em relação à minha altura? 3. A minha postura está confortável e correta para não causar tensão indevida em meu corpo? 4. Estou mantendo meu punho e pescoço em uma posição neutra e apoiada? 5. O monitor e o teclado estão posicionados de modo que eu possa vê-los e alcançá-los facilmente? 6. Estou apoiando meus membros apropriadamente durante todo o exame? 7. Quando estou em pé, distribuo igualmente o meu peso em ambos os pés?

2. Inclinação superior da cabeça: em posição ortostática ou sentada, em uma postura relaxada, eleve sua cabeça para trás, sentindo um alongamento suave na porção anterior do pescoço, então retorne para a posição inicial. Repetir este exercício de três a cinco vezes.

7. Rotação reversa de ombros: em posição ortostática, com os braços relaxados, aproxime os ombros por detrás de você, então entrelace suas mãos e tente juntar os cotovelos. Levante os braços o máximo que conseguir sem forçar. Mantenha esta posição por cinco segundos e relaxe. 8.

Toque de escápulas: em posição sentada, com as mãos entrelaçadas atrás da cabeça e os cotovelos alinhados com as orelhas. Aproxime as escápulas o máximo possível, pressionando os ombros para trás. Relaxe, volte para a posição inicial e repita de três a cinco vezes.

9. Dedos entrelaçados: em posição ortostática, com uma postura relaxada. Levante os braços e deixe-os em um ângulo de 90º com o tronco, e entrelace os dedos. Dobre os cotovelos e vire as mãos para cima e para baixo, para afastar as palmas do corpo e alongar os cotovelos para estender os braços para fora. 10. Dedos entrelaçados acima da cabeça: em posição ortostática, com uma postura relaxada. Levante os braços acima da cabeça com os dedos entrelaçados juntos. Dobre os cotovelos e vire as mãos para cima e para baixo, para aproximar as palmas do teto e alongar os cotovelos para alongar os braços. 11. Alongamento de tríceps: em posição ortostática ou sentada, com uma postura relaxada. Levante o braço direito acima da cabeça e dobre o cotovelo para a mão direita tocar a coluna espinhal (centro do dorso superior), enquanto suavemente puxa o cotovelo direito com a mão esquerda. Mantenha esta posição por cinco segundos, então troque de braço e repita no lado esquerdo. 12. Alongamento do antebraço: em posição ortostática ou sentada, palmas pressionadas juntas, dedos apontados para o teto e cotovelos apontados para fora e nivelados. Enquanto mantém as mãos niveladas, palmas planas e retificadas, tente levantar seus cotovelos em direção ao teto. Mantenha esta posição por até dez segundos. Balance as mãos e os braços para baixo ao longo e para os lados, para relaxar, e então repita de três a cinco vezes. 13. Alongamento de costas/quadris: em posição ortostática, com uma postura relaxada, pés com cerca de 1 pé de distância, e alinhados para a frente. Posicione as palmas das mãos na porção superior dos quadris nas costas, ou no côncavo da coluna lombar. Encurve-se para trás lentamente, dobrando os joelhos para manter o equilíbrio e apoiar a coluna lombar com as mãos. Mantenha o queixo para baixo, tendo cuidado para não olhar muito para trás, os olhos devem estar retificados para a frente. Se desejar, repita algumas vezes.

3. Inclinação lateral da cabeça: em posição ortostática ou sentada, com os ombros relaxados. Incline a sua cabeça em direção ao ombro direito, na maior inclinação que conseguir, alongando suavemente e permanecendo nesta posição por alguns segundos. Repita o movimento em direção ao ombro esquerdo. Incline a sua cabeça em direção ao ombro direito, na maior inclinação que conseguir, alongando suavemente e permanecendo nesta posição por alguns segundos. Repita o movimento em direção ao ombro esquerdo. Abaixe o queixo ao redor do tórax, permanecendo nesta posição por alguns segundos, e retorne à posição inicial. Repita estes três movimentos de três a cinco vezes.

14. Giro de punhos: em posição ortostática ou sentada. Estenda os braços com as mãos/palmas voltadas para baixo. Realize a rotação das mãos lentamente para fora, até que as palmas fiquem para cima, então, gire os punhos de volta para a posição inicial. Repita de cinco a dez vezes.

4. Deslizamento de pescoço: em posição ortostática ou sentada, posicionada com a direção da cabeça. Mova a cabeça em direção retilínea para trás (como se estivesse tentando mover a orelhas por detrás dos ombros) enquanto mantém o topo da cabeça nivelado. Volte para a posição de início e repita de três a cinco vezes.

16. Extensão de pernas: sente em uma cadeira numa posição relaxada. Estenda a perna direita, paralela ao chão; flexione o pé, apontando os dedos para o teto e mantenha esta posição por cinco segundos. Abaixe a perna e repita o movimento de três a cinco vezes. Repita com a perna esquerda.

5. Aperto de ombro: em posição ortostática ou sentada, com uma postura relaxada. Apoie a mão direita no ombro esquerdo, e posicione a mão esquerda no cotovelo direito e pressione firmemente e suavemente próximo ao ombro esquerdo por alguns segundos. Relaxe e repita no lado direito.

17. Alongamento de polegares: toque o polegar próximo à base dos dedos da mão direita. Mantenha esta posição por cinco segundos. Estique os dedos o mais longe que conseguir e mantenha esta posição por cinco segundos. Relaxe e repita de cinco a dez vezes. Repita com a mão esquerda.

6. Rotação de ombros: em posição ortostática ou sentada, com os ombros relaxados. Lentamente, rotacione ambos os ombros para trás, para baixo, ao redor e próximo às orelhas, em círculos. Realize este movimento, também, na direção inversa, rotacionando os ombros para cima, por cinco ou dez vezes.

15. Extensão/flexão de punho: em posição ortostática ou sentada. Estenda os braços para frente, com as palmas para baixo, dobre os punhos para que as palmas fiquem para frente e os dedos apontem para o teto e mantenha esta posição por cinco segundos. Dobre os punhos para que as palmas fiquem para trás e os dedos apontem para o chão e mantenha esta posição por cinco segundos. Relaxe e repita o exercício inteiro.

Estes exercícios devem ser realizados antes do início do período de trabalho e após o término de todo o trabalho, com o máximo de duração possível para cada exercício.

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Ergonomia em ultrassonografia

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Referências Bibliográficas Conclusão

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Figura 9: alongamento do tríceps. Figura 6: rotação de ombros.

8. Barbosa, L. H.; Coury, H. J. C. G. A atividade do médico ultra sonografista apresenta riscos para o sistema músculo-esquelético? Radiol. Bras. Maio-jun 2004.37(3): 187-191. 9. Oliveira, A. B; Sato, T. O; Paschoarelli, L. C; Gil Coury, H. J. C. Posturas do ombro durante o exame ultrasonográfico utilizando diferentes transdutores. Rev. bras. fisioter;9(1):63-69, jan.-abr. 2005.

Figura 10: alongamento de antebraço.

10. NIOSH (2006). Preventing Work-Related Musculoskeletal Disorders in Sonography. DEPARTMENT OF HEALTH AND HUMAN SERVICES. Centers for Disease Control and Prevention. National Institute for Occupational Safety and Health 4676 Columbia Parkway. Cincinnati, OH 45226–1998. 11. Murphy, C.; Russo, A. An Update on Ergonomic Issues in Sonography. Healthcare Benefit Trust. 2000 July. 12. Vanderpool et al, 1993 13. Gil Coury,1999 14. Baker J., Murphey SL., Doe J. SDMS Speaks Out for Sonographers at OHSA Hearings on Ergonomic injury rules. Vancouver: SDMS (Society of Diagnostic Medical Sonographers); 2000, 5p. 15. Moraes, G.F.S. et al.Correlação entre posicionamento escapular, análise postural funcional e grau de incapacidade dos membros superiores (DASH Brasil) em médicos ultrassonografistas. Radiol. bras; 42(1) 31-36, jan-fev. 2009.

Figura 7: Rotação reversa de ombros

16. Pennett L, Fine LJ, Keyserling WM, Herrin GD, Chaffin DB. Shoulder disorders and postural stress in automobile assembly work. Scand J Work Environ Health. 2000;25(4):283–291 17. Kroemer KHE, Grandjean E. Fitting the Task to the Human, 5th ed. 1998

Figura 11: extensão de pernas. Figura 8: toque de escápulas.

18. Coffin, C.T. Work-related musculoskeletal disorders in sonographers: a review of causes and types of injury and best practices for reducing injury risk. Reports in Medical Imaging; Feb. 2014, Vol. 7, p15 19. Evans KD, Roll SC, Hutmire C, Baker JP. Factors that contribute to wrist-hand-finger discomfort in diagnostic medi¬cal sonographers and vascular technologists J Diagn Med Sonogr. 2010;26(3):121–129. 20. Necas, M. Musculoskeletal symptomatology and repetitive strain injuries in diagnostic medical sonographers. Bellevue Community College, 1996. 21. Gregory, V. Musculoskeletal injuries: occupational health and safety issues in sonography. Sound Effects 30. September 1998.

Figura 12: alongamento de polegares.

22. Bremer, RL et al. Sonography Ergonomic Guidelines. Medical Positioning, Inc.

4 Conclusão O adequado posicionamento do ultrassonografista e do paciente, assim como a otimização do ambiente de trabalho, abordando controles administrativos e controles de engenharia, que englobam equipamentos e design do ambiente de trabalho, são os meios para evitar ou minimizar futuras lesões relacionadas à prática do exame ultrassonográfico. O conhecimento do correto posicionamento e manuseio do transdutor é de fundamental importância e impacto na produtividade do médico ultrassonografista, e deve ser posto em prática tanto por profissionais experientes, quanto por médicos em formação.

Podemos, com isso, perceber a importância de se realizar uma boa avaliação ergonômica do ambiente de trabalho do ultrassonografista e uma análise mais aprofundada das posturas adotadas por estes profissionais durante a realização de exames, além da ciência de que cada tipo de exame implica em exposição a um fator de risco diferente. De igual importância são o conhecimento e a prática de exercícios de alongamento para minimizar a sobrecarga muscular ao longo de um período de trabalho, e o papel importante que o repouso entre os exames e entre os cortes ultrassonográficos de um mesmo exame, exerce na prevenção de sintomas dolorosos e lesões musculoesqueléticas.

Autores Láyla Pontes Pinho Soares Gomes 1 Mauro Sérgio Gravina Belletti 1 Gustavo de Lima Ogawa 1 Karina Ribeiro Menezes 1 Harley De Nicola 2 (1) Pós graduandos do Curso de Ultrassonografia do IPRad (2) Coordenador do Curso de Pós Graduação do IPRad – Instituto de Pesquisa e Ensino em Radiologia, Medicina Diagnóstica e Terapeutica.


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Aspectos de imagem dos métodos de aumento das mamas: ensaio pictórico

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erca de 3,4 milhões de procedimentos mamários estéticos são realizados ao ano no mundo1. Desses, mais da metade são para aumento das mamas, através do qual se altera o tamanho e a forma da mama e se corrigem assimetrias2,3, representando mais de 15% de todos os procedimentos cirúrgicos realizados por cirurgiões plásticos atualmente1,4,5. Com este fim, desde o final do século XIX, diferentes substâncias têm sido aplicadas nas mamas para reconstruílas ou aumentá-las3. Em 1895, Vincenz Czerny utilizou tecido autólogo de um lipoma para corrigir uma assimetria póscirúrgica3,6–8. Posteriormente, relatou-se o uso de injeções de parafina3,7,8 que, apesar das complicações associadas, permaneceram populares durante a 1a metade do século XX3,9. Outros materiais foram, por curtos períodos, utilizados para promover o aumento mamário, tais como marfim, borracha moída, bolas de vidro, esponjas sintéticas e cartilagem de boi, com níveis variados de complicações3,7,8,10. Nas décadas seguintes à 2a Guerra Mundial, inúmeras substâncias líqui-

Figura 5: IMPLANTES DE SILICONE: PRÉ PEITORAL: (A) Mamografias em CC e MLO: implantes radiopacos em situação pré peitoral. (B)Ultrassonografia: implante de silicone anecóico, com evoltório ecogênico. Pode haver ecos internos de reverberação. (C) Ressonância magnética: sequência específica para silicone (STIR) evidenciam implantes com hipersinal, sem sinais de rotura.

Figura 3: INJEÇÃO SUBCUTÂNEA DE SILICONE LÍQUIDO: Incidências em MLO e CC mostram nódulos hiperdensos ao tecido fibroglandular, com contornos circunscritos, alguns com calcificações parietais. A paciente apresenta também implantes de silicone.

das começaram então a ser injetadas, como óleos e silicone líquido, este último mais popular entre 1950 e 19603,8. Só em 1964 que os primeiros implantes de silicone foram desenvolvidos, e aperfeiçoados até 1990, quando surgiram os implantes salinos e os de duplo lúmen3,8. Mais recentemente, houve o advento da injeção de ácido hialurônico e o uso do “sutiã interno”2,11,12. Diante da elevada demanda por cirurgias de aumento mamário e dos diversos procedimentos e materiais que podem ser utilizados para esse fim, nosso objetivo é demonstrar os principais aspectos de imagem observados em diferentes métodos de aumento das mamas.

Injeção de parafina Abandonada no meio médico pelas sérias complicações associadas13, o uso da parafina manteve seu uso informal por ser um meio rápido, barato e relativamente indolor de aumento das mamas, com efeito cosmético atrativo e imediato13,14. Na mamografia (MMG) aparece como múltiplas massas circunscritas e não calcificadas, obscurecidas pelo parênquima mamário, quando injetadas recentemente (Fig. 1). Mais tardiamente há formação de parafinomas, com distorções arquiteturais, calcificações distróficas ou em anel, opacidades ou massas indistintas13,14. Na ultrassonografia (US) pode ser observadas alterações na mama e no espaço retroglandular, como coleções líquidas e os “parafinomas”, que cursam com intensa sombra acústica posterior, em “tempestade de neve”, que obscurece o parênquima mamário13,14.

Injeção de gordura

Figura 1: INJEÇÃO DE PARAFINA: Mamografia nas incidências médio-lateral-oblíqua (MLO) e CC (crânio-caudal) demonstrando numerosas calcificações, esparsas e bilaterais, a maioria redonda ou anelar, associadas a aumento de densidade das mamas.

Figura 2: INJEÇÃO DE GORDURA: Incidências em CC revelam nódulos radiotransparentes (cistos oleosos), característicos da gordura injetada.

Figura 4: INJEÇÃO SUBCUTÂNEA DE SILICONE LÍQUIDO: USG do mesmo caso mostra a presença de cistos complexos (siliconomas) e o aspecto em “tempestade de neve” (padrão difusamente hiperecogênico com áreas de atenuação acústica).

Com o advento da lipoaspiração em meados de 1970, a gordura aspirada pôde ser injetada em outras partes do corpo, incluindo as mamas, visando seu aumento15,16. No entanto, apresenta limitações que incluem o volume de gordura que pode ser injetado por procedimento e a porcentagem de sobrevivência do enxerto3,17. Além de resultados tidos como insatisfatórios, associam-se complicações15 como necrose gordurosa, calcificações e distorções arquiteturais3,14. Sugere-se ainda que os adipócitos injetados induzem alterações clínicas e radiográficas que comprometem a detecção do câncer de mama15,18. Dentre as alterações na MMG destacam-se cistos e microcalcificações (Fig. 2), na US e ressonância magnética observamse formações císticas e cistos de necrose gordurosa15,16,18.

Continua


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Aspectos de imagem dos métodos de aumento das mamas: ensaio pictórico continuação

Injeção subcutânea de silicone líquido A injeção de silicone líquido tende a se espalhar e migrar para linfonodos ou embolizar7,14, sendo banida na década de 1970 pelas inúmeras complicações14, que incluem linfadenopatias, infecções, formação de granulomas (“siliconomas”), hepatite granulomatosa, embolismo e até óbito, se injeção arterial inadvertida7,14,19. Na mastopatia por silicone, formam-se massas bem delimitadas e com calcificação periférica até massas espiculadas, difíceis de serem diferenciadas de neoplasias14,19. Na MMG, observam-se nódulos hiperdensos, circunscritos, com calcificações parietais (Fig. 3), obscurecendo o parênquima normal 19. Na US observam-se cistos complexos (“siliconomas”) e o aspecto em “tempestade de neve” (Fig. 4), observado nos parafinomas20.

Implantes mamários

Figura 6: IMPLANTES DE SILICONE: RETROPEITORAL: (A)Mamografias em CC e MLO: implantes radiopacos em situação retropeitoral. Observar a linha radiopaca que representa o músculo peitoral maior, melhor visibilizada na incidência MLO (setas). (B) Ultrassonografias: implantes anecóicos em situação posterior ao músculo peitoral maior (seta). (C)Ressonância magnética: Sequência T1. Observar o implante em posterior ao músculo peitoral maior (seta).

A colocação de implantes é a forma mais comum de aumento mamário21. Os primeiros implantes eram compostos por um envelope preenchido por silicone em gel; posteriormente surgiram implantes com válvulas preenchidos por salina. São mais comumente de lúmen único, porém existem variações que incluem o duplo lúmen, compostos de silicone e salina21,22. Os implantes podem ser colocados anteriormente (prépeitorais) ou posteriormente (retropeitorais) ao músculo peitoral maior. E quando implantados, forma-se uma capsula fibrosa ao seu redor21,22. Na MMG são vistos como formações ovais, anteriores (Fig. 5) ou posteriores ao músculo peitoral (Fig. 6), com envelope denso ao seu redor. No implante salino pode se observar a valva, e seu centro mais radiolucente (Fig. 7). Na US, observa-se conteúdo anecóico e a cápsula fibrosa é vista como um envoltório ecogênico, podendo ter calcificações associadas. No duplo lúmen, as duas câmaras podem ser visibilizadas (Fig. 8)21,22.

Figura 8: IMPLANTES DE DUPLO LUMEN: (A)Não há diferenças significativas no aspecto da mamografia, comparativamente ao implante de silicone puro. (B)Ultrassonografia: observar a linha ecogênica (seta reta) dividindo a porção salina (interna) da porção de silicone (externa), mas os dois lúmens apresentam conteúdo anecóico. (C)Ressonância magnética: nas sequências T1 e T2, nesta última é possível observar o lúmen externo (silicone – seta reta) com hipossinal e o lúmen interno (salino – seta curva) com hipersinal.

Injeção subcutânea de ácido hialurônico No meio cirúrgico, os procedimentos minimamente invasivos vem ganhando espaço23, assim como a injeção de ácido hialurônico, um preenchedor de partes moles temporário, absorvido em 12 a 18 meses2,24,25. Sua injeção pode ser realizada ambulatorialmente, sob anestesia local, em aplicações únicas ou múltiplas entre o músculo peitoral e o tecido glandular, com poucas complicações2,23–25. Na MMG o ácido hialurônico aumenta a densidade do parênquima, de forma generalizada ou como múltiplas lesões circunscritas (Fig. 9). A US é útil nesses casos pois o aumento da densidade mamária na mamografia reduz sua sensibilidade2,23,25. Ao ultrassom, observam-se múltiplas coleções anecóicas, mas que podem apresentar ecos internos e variações de tamanho e ecogenicidade25 (Fig. 10).

Sutiã interno Composto por uma tela que pode ser confeccionada por diversos materiais, como polipropileno e vicril, o sutiã interno é mais utilizado na ptose mamária, podendo ser utilizado na simetrização pós-mastectomia11,12. Para funcionar como o sistema suspensório natural da mama, a tela é colocada, sem tensão, ao redor da glândula mamária e fixada no local de cruzamento da 2a costela e a fáscia peitoral, ponto de fixação natural do peito juvenil (Fig. 11)11,12.

Figura 7: IMPLANTES SALINOS: Mamografias em CC e MLO: implantes em situação pré peitoral. Em relação aos implantes de silicone, os salinos são mais radiotransparentes. Figura 9: INJEÇÃO SUBCUTÂNEA DE ÁCIDO HIALURÔNICO: (A)Mamas antes da injeção do produto, sem alterações mamográficas. (B) Menos de um ano após a injeção, podemos notar múltiplas lesões hiperdensas na região posterior das mamas, adjacente ao músculo peitoral maior. (C)Dois anos após a injeção, as lesões já são menos evidentes.

Continua


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Aspectos de imagem dos métodos de aumento das mamas: ensaio pictórico Conclusão

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Figura 10: INJEÇÃO SUBCUTÂNEA DE ÁCIDO HIALURÔNICO: Na ultrassonografia, o observam-se múltiplas coleções hipoecóicas com ecos internos, de tamanhos variados. As coleções podem ser bem definidas ou dispersas no tecido fibroglandular, algumas comunicantes entre si e com o músculo peitoral.

15. Claro F, Figueiredo JC a, Zampar a G, Pinto-Neto a M. Applicability and safety of autologous fat for reconstruction of the breast. Br J Surg [Internet]. 2012 Jun [cited 2014 Jul 10];99(6):768–80. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22488516 16. Margolis NE, Morley C, Lotfi P, Shaylor SD, Palestrant S, Moy L, et al. Update on Imaging of the Postsurgical Breast. RadioGraphics. 2014;34:642–60. 17. Khouri RK, Eisenmann-Klein M, Cardoso E, Cooley BC, Kacher D, Gombos E, et al. Brava and autologous fat transfer is a safe and effective breast augmentation alternative: results of a 6-year, 81-patient, prospective multicenter study. Plast Reconstr Surg [Internet]. 2012 May [cited 2014 Jul 30];129(5):1173–87. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22261565 18. Rosing JH, Wong G, Wong MS, Sahar D, Stevenson TR, Pu LLQ. Autologous fat grafting for primary breast augmentation: a systematic review. Aesthetic Plast Surg [Internet]. 2011 Oct [cited 2014 Jul 30];35(5):882–90. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21455825 19. A.Ganott M, Harris KM, Ilkhanipour ZS, Costa-Greco MA. Augmentation Mammoplasty: Normal and Abnormal Findings with Mammography and US. RadioGraphics. 1992;12:281–95. 20. Marré D, Hontanilla B. Spectrum of imagins findings in the silicone-injected breast. Plast Reconstr Surg [Internet]. 2011 Jul [cited 2014 Aug 4];128(1):15e–7e. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih. gov/pubmed/21701295 21. Venkataraman S, Hines N, Slanetz PJ. Challenges in mammography: part 2, multimodality review of breast augmentation--imaging findings and complications. AJR Am J Roentgenol [Internet]. 2011 Dec [cited 2014 Jul 30];197(6):W1031–45. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22109317 22. DeBruhl NWD, Gorczyca DP, Ahn CY, Shaw WW, Bassett LW. Silicone Breast Implants : US Evaluation. Radiology. 1993;189:95–8. 23. Inglefield C. Early clinical experience of hyaluronic acid gel for breast enhancement. J Plast Reconstr Aesthet Surg [Internet]. Elsevier Ltd; 2011 Jun [cited 2014 Jul 30];64(6):722–9. Available from: http:// www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20951657 24. McCleave MJ, Grover R, Jones BM. Breast enhancement using MacrolaneTM: a report of complications in three patients and a review of this new product. J Plast Reconstr Aesthet Surg [Internet]. Elsevier Ltd; 2010 Dec [cited 2014 Jul 30];63(12):2108–11. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih. gov/pubmed/20362523 25. Pienaar WE, McWilliams S, Wilding LJ, Perera IT. The imaging features of MACROLANETM in breast augmentation. Clin Radiol [Internet]. 2011 Oct [cited 2014 Jul 22];66(10):977–83. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21546011

Autores Luciana C. Zattar Ramos Danilo Schwab Duque Vera L. Nunes Aguillar Patricia Akissue de C. Teixeira Daniela Gragolin Giannotti Vivian Larissa N. Omura Carla Basso Dequi Vera Christina C. de S. Ferreira Larissa A. João Moyses Marco Antônio Costenaro Cláudia C. Leite Giovanni Guido Cerri Figura 11: “SUTIÃ INTERNO”: (A)Mamografia demonstrando a tela (seta). (B)Ressonância magnética: observar as telas (setas).

Medicos – Departamento de Radiologia e Diagnóstico por Imagem do Hospital Sirio Libanês - SP


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arquivo - RSNA 2014

evento

Encontro sobre mapeamento cerebral O Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) sediará nos dias 13 e 14 de março, o primeiro encontro da Latin America Brain Mapping Network (Labman), integrante da Organization for Human Brain Mapping (OHBM). O evento marcará, também, a inauguração do Projeto PISA – Plataforma de Imagem na sala de Laudo, iniciativa do Departamento de Radiologia da FMUSP, para pesquisas em neurociência, com o uso de RM de 7 Tesla, a primeira a ser instalada na América Latina. A programação inclui palestras e apresentações de trabalhos nas várias áreas relacionadas ao mapeamento cerebral, conjunto de técnicas para representações espaciais do cérebro, resultando em mapas. O objetivo, de acordo com a organização, é promover a pesquisa sobre técnicas de mapeamento cerebral na América Latina, em parceria com organizações de outros países. Entre os palestrantes convidados estão pesquisadores do National Institute of Neurological Disorders and Stroke e do Laboratory of Neuro Imaging da University of Southern California (USC), nos Estados Unidos; da Maastricht University, na Holanda; do University College London e da University of Nottingham, no Reino Unido; e do Centro de Neurociências de Cuba. O evento se destina a alunos de pósgraduação e graduação com interesse em neurociência, profissionais envolvidos em diagnóstico por imagem, neurologia, psiquiatria e neurocirurgia e neurociência. Mais informações e inscrições em www. labman.org. – www.hybrida.com.br

Pesquisadores americanos apostam em banco de dados de imagens pediátricas Projeto para capacitar cientistas biomédicos, que está sendo desenvolvido por um grupo de engenheiros e radiologistas na Johns Hopkins University School of Medicine, em Baltimore, Estados Unidos, com o apoio do National Institutes of Health, que investe no Big Data to Knowledge (BD2K), pretende criar um banco de dados de imagens pediátricas gerado por essas comunidades de pesquisas, para ser disponibilizado na Nuvem.

A

o construir uma base de dados na nuvem de imagens de RM coletadas de crianças com cérebros normais e anormais, os pesquisadores esperam conseguir dar aos médicos acesso a um sistema de busca como o do Google, que aprimorará o modo como desordens no cérebro infantil são diagnosticadas e tratadas. O assunto foi tema de matéria publicada no RSNA News de agosto de 2014, e abre importante espaço para discussão sobre o diagnóstico por imagem em pediatria. “O projeto vai permitir a médicos pesquisar registros de imagens e encontrar outras imagens semelhantes baseadas em seus fenótipos anatômicos”, afirmou Dr. Michael Miller na reportagem. Ele é diretor do Centro para Ciência da Imagem e professor de engenharia biomédica na Universidade Johns Hopkins. “Isso permitirá comparar o caso de seu paciente a outros que já foram registrados e marcados por etiologia, doença e outros registros médicos eletrônicos”, completou. Segundo o texto, os médicos também serão capazes de ver e compartilhar imagens de RM do cérebro de crianças com doenças diagnosticadas. Ao combinar uma análise de estrutura por estrutura de cada cérebro de criança com uma ontologia de patologias conhecidas associadas, o algoritmo do computador pode “aprender” quais características estão mais relacionadas a diferentes condições patológicas. Conforme

o computador ganha mais experiência com estudos e pacientes, ele se tornará melhor em reconhecer anormalidades sutis. “A identificação de padrões distintos de doença e o subsequente agrupamento dessas crianças, baseado em seus padrões característicos de achados de RM, permite o reconhecimento e identificação de novas doenças, além da reclassificação de doenças previamente não classificadas”, explicou Dr. Thierry Huisman, diretor de radiologia pediátrica no Johns Hopkins. Com o desenvolvimento da tecnologia, que cria novas capacidades, o banco de dados também vai ajudar no ensino e agrupamento de doenças em categorias. No texto, eles explicaram que, atualmente, todas as imagens radiológicas são arquivadas eletronicamente em PACS. Com a nova técnica, uma busca baseada em imagens se tornará possível. Os especialistas esperam que essa busca se torne uma fonte útil para dar suporte às rotinas clínicas diárias. Também haverá um impacto potencialmente mais amplo, ao usar os recursos como ferramentas de descoberta. Por exemplo, em casos de demência, a atrofia do cérebro é geralmente aparente em muitos pacientes.

No entanto, padrões de atrofia são muito complexos e suas correlações com diagnósticos e prognósticos podem ser imprecisas. O projeto tem desafiado os profissionais em todas as áreas, incluindo acuracidade da indexação, inventário do mapa do cérebro, plataforma na nuvem, arquitetura de banco de dados e conformidade com a lei norte-americana que restringe o acesso a informações médicas individuais privadas. “A habilidade de analisar milhares de exames por condições clínicas múltiplas combinadas às ferramentas avançadas de análises desenvolvidas no projeto podem servir como um ‘ajudante inteligente’ para o radiologista”, afirmou o Dr. Jonathan Lewin, chefe do departamento de radiologia e de ciências radiológicas no Johns Hopkins. “Essa nova inteligência de imagem e abordagem analítica podem expandir enormemente o poder do computador de avaliar dados em expansão de uma variedade crescente de patologias” completou. A reportagem se encerra afirmando que a expectativa é que o projeto possa se expandir para ajudar outros hospitais a agrupar dados de neuro em bancos de dados comuns, pesquisar e reter informações. (Fonte: RSNA News).


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inovação

Por Luiz Carlos de Almeida (SP)

Mamografia: investindo na qualidade sem abrir mão do conforto para a paciente A prevenção do câncer de mama, os avanços tecnológicos e a busca incessante de uma melhor qualidade de atendimento às pacientes com suspeita da doença, ao longo desses 14 anos, têm sido uma pauta constante do ID – Interação Diagnóstica, trazendo sua contribuição com informações atualizadas e as melhores opiniões sobre o assunto.

P

or inúmeras razões, e já está conceituado, o diagnóstico precoce é o melhor caminho. Datas foram criadas para levar informação e incentivar uma mudança de postura na própria paciente e as instituições investem pesadamente em projetos dessa natureza. Seja no Outubro Rosa, seja no Dia da Mamografia, que se comemora – muito ao gosto da nossa realidade cultural – essa associação com projetos dessa natureza é motivadora. Essa é a diretriz que move instituições como o Hospital do Câncer de Barretos, o ACCamargo Cancer Center, o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, o Hospital Amaral de Carvalho, em Jau, o Instituto de Radiologia HCFMUSP, e inúmeras outras por todo o Pais. A prevenção – enfatizam os especialistas – é o melhor caminho em todas as enfermidades. Mas, para o câncer de mama é muito mais. Nas pacientes em que o tumor ainda não é palpável, ou seja, com menos de 1 cm, as chances de cura podem chegar a 95%. Para o Dia da Mamografia, 5 de fevereiro, conheça as principais evoluções deste que, segundo Dershaw já dizia, é o único

exame radiológico a conseguir diagnosticar imagem. Essa técnica vem sanar um grande Conforto para o paciente sistematicamente um tumor nas mamas em desafio no campo do diagnóstico mamário, A preocupação com a inovação, enfafase inicial, ainda passível de cura. a adequada avaliação das mamas densas. tiza a médica, não se restringe apenas em Segundo a Dra. Sílvia Sabino, médica Hoje, o medico já trabalha com mais certezas aprimorar a qualidade da imagem e do radiologista do Departamento de Prevenção nesse segmento. diagnóstico, mas também no conforto da do Hospital de Câncer de Barretos, os médiNeste cenário, considera a médica que paciente. O Hospital do Câncer de Barretos cos esperam que as inovações em mamografia outro avanço importante é a mamografia foi o primeiro do Brasil a disponibilizar aos tragam, cada vez mais, informações e detacom contraste. A tecnologia ainda necesseus pacientes a tecnologia SensorySuite da lhamento que ajudem a tornar o diagnóstico sita de mais divulgação dos resultados das GE Healthcare, uma solução para salas de mais rápido, mais eficiente e menos traumápesquisas científicas, para que os médicos exame de mamografia que oferece tico. Que busquem aliar dois pontos: técnicas de imersão em realidade conforto para a paciente, por meio de virtual para estimular os sentidos equipamentos mais ergonômicos e da mulher, por meio de experiênsoluções de redução de stress, e quacias olfativas, visuais e sonoras lidade de imagem, obtendo-as cada que proporcionam relaxamento, vez mais nítidas para um diagnóstico desviando a atenção e ajudando a mais acurado. reduzir o desconforto. Neste contexto, reconhece a “Com essa tecnologia commédica, um dos avanços na área de provamos que, das 160 pacientes mamografia foi a tecnologia digital. inicialmente entrevistadas, 98% “Esta tecnologia adicionou mais nitiretornariam para realizar um novo dez aos exames e a possibilidade de exame e 93% recomendariam manipulação da imagem, com alteraàs amigas, indicando a fidelização de brilho, contraste e ampliação ção da paciente ao Programa de da mesma, algumas vezes evitando Rastreamento Mamográfico e ao novas exposições da mulher à radia“A sala de realidade virtual” traz conforto para a paciente, diz a nosso serviço”, conta a Dra. Silvia. ção ionizante e compressões mamá- dra. Silvia Sabino. Além disso, 85% das pacientes que rias”, explica a médica. já realizaram a mamografia com a solução À frente de um projeto focado na quaconheçam suas vantagens e a disponibiliconsideraram o exame menos doloroso lidade da imagem, que se apóia em equidade do método. Diante de uma lesão indo que os realizados anteriormente, indo pamentos de ponta e que tem uma estreita conclusiva durante o exame de mamografia, de encontro à filosofia de humanização da parceria com a GE Healthcare, a dra. Sílva o médico pode usar o contraste e obter um Instituição. Sabino reconhece que a evolução da tecnoresultado ainda mais preciso, sem a neTodos os esforços disponíveis devem ser logia traz expectativas muito animadoras na cessidade da paciente retornar para outros empregados para estimular a mulher a realiluta contra o câncer de mama, e a mamografia exames. “Se o nódulo for uma lesão maligna zar seus exames de rotina, sem medo e com 3D, ou tomossíntese, está mudando essa — por ser naturalmente mais vascularizado a menor ansiedade e desconforto possíveis. abordagem. A possibilidade de visibilizar –, identifica-se o tumor na imagem, possi“A prevenção ainda é o melhor remédio” já a mama através de cortes, evitando sobrebilitando avaliação de extensão da lesão e dizia o Dr. Paulo Prata, fundador do Hospital posições teciduais, dispensa a repetição até mesmo orientação de procedimentos de de Câncer de Barretos. de exames e agrega mais qualidade para a biópsia”, esclarece a médica.


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Por Luiz Carlos de Almeida e Lilian Mallagolli (SP)

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entrevista

Fóruns temáticos no CBR para discutir o futuro da especialidade Abrindo uma nova frente de discussões, o Colégio Brasileiro de Radiologia inicia neste ano de 2015 um calendário de Fóruns Temáticos para analisar questões de interesse da especialidade, temas polêmicos e controvérsias, com debatedores convidados, com opiniões divergentes, com o objetivo de apontar novos caminhos para a área da imagem. Os temas não ficarão restritos ao fórum e aos debatedores. Serão seguidos de discussões com a plateia presente, que também poderá opinar e contribuir com soluções. Depois de finalizado, o fórum ficará disponível na Internet, para que mais pessoas possam assistir e contribuir com opiniões e sugestões.

S

erá quase uma consulta pública”, informa o prof. Manoel de Souza Rocha, diretor cientifico do Colégio Brasileiro de Radiologia. Ele falou ao ID Interação Diagnóstica, esclarecendo que o primeiro tema já está definido: a formação do ultrassonografista, e será realizado em 10 de abril, no auditório do CBR, na av. Paulista. “O objetivo desses Fóruns Temáticos, prossegue, é definir novos caminhos para a Radiologia, discutindo desde a residência, a realidade atual e apontando caminhos para o futuro das subespecialidades e de suas áreas de atuação. Quando necessário, atuar até como um suporte às escolas médicas, na definição de currículos, e até para alterar seu próprio estatuto, buscando aprimorá-lo, adequando-o a atualidade”. “No dia a dia, somos tomados pela rotina, mas há alguns temas que, acreditamos, precisam de mais reflexão. Imagine se o profissional pudesse fazer reuniões para discutir um tema específico e ouvir diferentes opiniões, e tentar construir uma base de informações, e então analisar e tomar uma decisão. Há questões que acreditamos ser

relevantes e que precisavam ser discutidas, como por exemplo, como deve ser feita a formação do médico ultrassonografista. Definimos que o primeiro fórum será sobre esse tema, e já temos uma pauta a ser discutida.” Dentro dessa realidade atual, com a carência de profissionais qualificados, a falta de mão de obra especializada e a valorização do método na rotina médica, a abordagem de um tema dessa natureza poderá trazer informações preciosas para o meio acadêmico e profissional. “Apesar de termos uma primeira pauta para esse momento, analisa o prof. Manoel Rocha, o CBR quer também que, durante a discussão, a coisa caminhe para que os debatedores entendam a relevância, tragam propostas e sugestões. Vamos discutir, por exemplo, o tempo mínimo para formar um ultrassonografista. Já existem centros que oferecem uma residência de radiologia que inclui ultrassom, e outras instituições que oferecem curso focado só em ultrassom, chamado de aprimoramento em ultrassonografia. O objetivo é debater essas alternativas e obter propostas” Outro ponto que estará em discussão é a demanda por médicos ultrassonografistas:

com as residências de radiologia oferecendo tudo, há condições de suprir essa demanda? “Se não tiver condições, a melhor solução é fazer esse programa de residência em ultrassonografia. Definido isso, de quanto tempo precisamos? Um ano, dois? E o que poderia ser considerado como currículo mínimo? Você consegue formar uma pessoa em um ano e deixar um segundo ano opcional se ela quiser fazer técnicas mais específicas, como Doppler e obstétrico? Então esse vai ser o primeiro fórum”. O próprio Forum encontrará o seu formato, e, com a participação via internet, a amplitude cresce, as sugestões chegam e serão avaliadas.

Outros temas e o futuro da especialidade Outros temas já estão sendo avaliados, como informa o diretor científico do CBR, como o da imagem híbrida: “precisamos formar um profissional que lide com técnicas de medicina nuclear e de radiologia diagnóstica? O exame de PET/CT precisa de dois profissionais”? “Outro possível tema que queremos discutir envolve um currículo mínimo de radiologia para o aluno de medicina. Boa parte das faculdades de medicina não tem departamentos acadêmicos de radiologia nem um curso estrutural de radiologia. En-

tendemos, então, que esse deveria ser outro tema de discussão, para convidar as pessoas a nos ajudar a encontrar a melhor solução”. O projeto pode ter desdobramentos interessantes no caso do ensino de graduação, por exemplo. A partir de iniciativas como essa, o CBR pode montar um currículo mínimo e até mesmo disponibilizar essas aulas na internet com ensino à distância. “Na última reunião que fizemos, deixamos claro que as pessoas também devem sugerir temas. O associado pode sugerir algo que ache relevante, polêmico: qual será o futuro dessas subespecialidades da radiologia, neurorradiologia, radiologia musculoesquelética? Como lidar com essas subespecialidades? Tem coisas importantes aí que é preciso debater”. Com o tempo, o próprio estatuto do CBR pode ser o foco de um desses fóruns e sofrer alterações. É preciso olhar de vez em quando para ele e tentar aperfeiçoá-lo, atualizá-lo. Finalizando, esclarece, que “os debatedores serão convidados. Vamos ter, por exemplo, uma pessoa defendendo que é possível formar um ultrassonografista geral com currículo de um ano, e outra defendendo que não, que são precisos dois anos. Essas duas pessoas nós temos, mas a plateia pode chegar e opinar. Você vai ter pessoas falando de 15 a 20 minutos, expondo as idéias e, depois, abre-se o debate”.


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atualização

DASA abre espaço para sua Escola de Ultrassonografia

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om um espaço equipado e adequado sempre assistidos por um profissional da equipe, de para oferecer condições para o ensiforma que sua formação seja a mais completa possíno, com o suporte de profissionais de vel”, afirma Dra. Cristina. referência e da tecnologia de ponta, Além das questões técnicas, de como fazer o exao Instituto de Ensino e Pesquisa da me e interpretá-lo, o treinamento envolve também DASA dá este ano o primeiro passo para consolidar a parte comportamental – como um médico deve se sua escola de ultrassonografia: a portar e como deve conduzir os empresa inicia no dia 2 de março casos. seu curso de aperfeiçoamento e “Está havendo um forte investreinamento na área. São quatro timento da DASA nesse projeto; vagas com duração de dois anos. O ela disponibilizou um amplo espaprograma tem a Dra. Maria Cristiço nessa unidade da Ricardo Jafet, na Chammas como coordenadora, onde está sendo feita uma grande será realizado na unidade Ricardo reforma. Há também o investimenJafet do Delboni, em São Paulo. to da GE, que entra como parceira, Segundo Dra. Cristina Chammas, o fornecendo os equipamentos”, curso segue as mesmas premissas explica a preceptora. do aperfeiçoamento em UltrassoO espaço contará com quatro nografia, chancelado pelo Colégio salas de exames, uma sala de lauBrasileiro de Radiologia (CBR) e dos com seis estações de trabalho, que já está no seu oitavo ano. “Ele biblioteca e um pequeno auditório. pode ser diretamente aplicado ao “Será uma escola de ultrassom. Vai estudante que se formou em Mediser uma unidade onde poderemos cina. Seria como uma “residência”, fazer reciclagem dos profissionais só que voltada exclusivamente da casa e inclusive para públicos Dra. Cristina Chammas para ultrassonografia”, explica. externos, além de também desenDurante os dois anos, os aluvolver pesquisa”, afirma. nos rodiziarão em todo o serviço de US e também A DASA tem, em são Paulo, mais de 200 equipapassarão por diversas modalidades diagnósticas, mentos de ultrassom e o curso nasceu de sua própria como mama, músculo, pediatria, pronto-socorro, UTI necessidade de encontrar profissionais treinados e medicina fetal. “Nossos pacientes serão encamipara trabalhar. “Nossa perspectiva é ter quatro apernhados pelo Estado. Fizemos uma parceria com o feiçoandos por ano. Ao longo desse ano, esperamos Hospital Ipiranga, que vai nos enviar os pacientes. cadastrar esse curso no CBR para que o aperfeiçoando Os aperfeiçoandos também passarão pelo prontotambém possa prestar a prova do Colégio”, adianta socorro, enfermarias e UTI do Hospital Santa Paula, Dra. Cristina.

pós graduação

Lilian Lopes comemora reconhecimento pelo MEC

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ma das pioneiras na especialidade, a dra. Lilian Lopes, do Centro de Diagnósticos Ecokid (São Paulo, SP), comemora o reconhecimento dos Cursos de Ecocardiografia Fetal e Ecocardiografia Pediátrica, por ela ministrados, pelo Ministério da Educação na categoria de pós-graduação lato sensu. A primeira turma começa no dia 6 de março. Com uma experiência didática de mais de 20 anos, 60 cursos ministrados, dois livros editados e um terceiro em fase final de produção, a dra. Lilian Lopes adiantou ao ID “sua satisfação pelo reconhecimento do

seu trabalho”. O curso tem o objetivo de fornecer noções de ecocardiografia pediátrica para cardiologistas pediátricos clínicos, além de ecocardiografistas (pediátricos ou de adultos) que necessitem de aprimoramento na área. A duração será de 12 meses, com 410 horasaula, divididas em 350 horas de atividades teóricas (aulas presenciais, exercícios on-line, leituras e elaboração de trabalho de conclusão) e 60 horas de atividades práticas (incluindo demonstrações em pacientes patológicos e exercícios de diagnóstico em EchoPAC). A plena capacitação profissional do aluno exigirá a ampliação dessa carga horária com a realização de um estágio especializado complementar. Outras informações: tel. (11) 3254-1010; institutolilianlopes@ecokid.com.br.


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imagine’2015

Prática diária na imagem analisará a Oncologia nas diversas áreas de atuação Sem perder seu caráter multidisciplinar, com uma programação distribuída por 12 salas do Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo, o 13º IMAGINE – Encontro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem do InRadHCFMUSP, marcará uma nova etapa na história desse evento, que terá como tema central Oncologia.

M

ais de 200 aulas, ministradas pela equipe do Instituto de Radiologia HC/ FMUSP e convidados, proporcionarão aos participantes uma visão ampla e atualizada do papel da imagem na especialidade, nos dias 13 e 14 de março de 2015. O temário central será focado em Oncologia, mas abordando de forma transversal e integrada a atuação da imagem em todos os demais programas: ultrassonografia, dividida em geral, ginecologia, fetal e vascular; neurorradiologia; cabeça e pescoço; musculoesquelético; medicina nuclear; tórax; medicina interna, divida em gastrintestinal e geniturinário; entre outros, de modo a proporcionar atualização e informações para todos os segmentos da especialidade. Além de toda a equipe do InRad HCFMUSP, especialistas de diversas instituições, o IMAGINE terá convidados estrangeiros, para a área de Oncologia, os drs. Dushyant V. Sahani, do Massachusetts General Hospital da Harvard Medical School, de Boston, e Dr. David M. Panicek, do Memorial SloanKettering Cancer Center, de Nova York, e o prof. Luigi Solbiati, da Itália, para um Encontro Internacional de Ultrassonografia, Brasil-Itália, que será realizado com o apoio da Esaote. Segundo a Comissão Organizadora, formada pelo Prof. Giovanni Guido Cerri, Dras. Maria Cristina Chammas, Eloisa Santiago Gebrim e Claudia da Costa Leite, o evento trará diversas inovações no seu formato, todas elas visando aprimorar e intensificar as atividades práticas, demonstrações e até um workshop sobre Tomossíntese, em parceria com a Hologic, está previsto. Para o prof. Giovanni Guido Cerri, presidente do Conselho Deliberativo do InRad e membro da Comissão Organizadora, “o evento mantém o seu foco direcionado para o ensino e para a atualização e abre espaço para discussão de temas focados no futuro da especialidade. Dá uma visão bem clara do papel da imagem na moderna Oncologia e, principalmente, identifica o papel do profissional dentro da equipe, valoriza sua contribuição na busca de um melhor caminho para o paciente”. Desde o seu inicio, há 13 anos, o IMAGINE abre espaço para profissionais de apoio, como Enfermeiros, Técnicos e Tecnólogos, de interesse cada vez maior para a área do diagnóstico por imagem. Outro importante segmento, o de Inovação e TI em Saúde, terá espaço em evento coordenado pelo dr. Fernando Cembranelli, eng. Antonio José Pereira e Eduardo Yasumura.

Exposição Comercial Com um novo perfil, apostando na atividade prática, a Exposição Comercial conta com a presença das principais em-

presas do setor. Demonstrações, workshops, simpósios, e conferencias promovidas com o apoio das empresas GE Healthcare, Toshiba Medical, Esaote, Hologic e Sul Imagem trarão novas motivações para o evento. Além disso, por ser o primeiro evento de porte do ano, abre a possibilidade dos primeiros contatos, para futuros negócios. Drs. Dushyant V. Sahani

Inscrições e Informações A Mello Faro Turismo é a agência de viagens oficial do evento, que oferece con-

Dr. David M. Panicek

dições e preços especiais na hospedagem em São Paulo, no transporte aéreo a partir das diversas cidades brasileiras, no trans-

porte aeroporto/hotel/aeroporto e em passeios por São Paulo e arredores. A agência pode ser contatada por telefone: (11) 3155-4040, e seu site é www. mellofaro.com.br. As inscrições estão abertas no site www.hybrida.com.br, onde também há mais detalhes sobre o encontro. Taxas especiais até 5 de março. Depois dessa data, além de não haver mais descontos na taxa, a inscrição só poderá ser feita no local do evento. Para informações, entre em contato pelo telefone (11) 3284-6680 ou pelo email imagine@hybrida.com.br.


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eventos

JPR´2015: diagnóstico por imagem na dose certa

Novos cursos CERB - InRad

Tendo como foco central os programas de controle de dose de radiação, a 45º Jornada Paulista de Radiologia será realizada de 30 de abri a 3 de maio de 2015, abrindo espaço nessa edição, para parcerias com Sociedade Espanhola de Radiologia Médica, Sociedade Portuguesa de Radiologia e Medicina Nuclear e com a Sociedade de Portuguesa de Neurorradiologia.

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guesa e espanhola, com intensa participação evolução da especialidade no País. De Águas evento marcará também a da América Latina, esforço de integração de São Pedro ao Transamérica Expo Center, posse de uma nova diretoria que vem sendo feito desde a gestão do dr. uma história de muito trabalho, de muita da entidade, que terá como Tufik Bauab Jr., e encampada pelas demais dedicação e principalmente, de organização. candidato único o dr. Antonio diretorias. Como resultado desse esforço, concenSoares de Souza, radiologista tra a maior exposição copediátrico, em eleição que mercial de equipamentos se realiza em março, na da área da imagem e serreunião do Clube Manoel viços, que se transforma de Abreu, e que será em na maior vitrine para os São José do Rio Preto. A que pretendem atualizar frente desse temário, que seu parque tecnológico. terá o respaldo das campaE, neste momento em que nhas Image Gently e Image o País tenta se levantar, o Wisely, três grandes nomes momento é o mais oportuda especialidade estarão Maria Inês Boechat Donald P. Frush George Bisset III no possível. em São Paulo, falando de Além disso, especialistas dos Estados sua experiência: o dr. George Bisset III, exTrabalhos científicos Unidos e Europa, como já é uma tradição, presidente da RSNA, o dr. Donald Frush e a Quando o ID estiver circulando, os marcarão presença e trarão importante condra. Maria Inês Boechat, brasileira radicada trabalhos científicos que serão expostos e tribuição para o evento. Esse intercâmbio, nos Estados Unidos, com grande expertise apresentados na JPR´2015 já estarão divulcomo enfatizam os especialistas, tem sido na área de radiologia pediátrica. gados. Como sempre, uma mostra muito muito importante e tem contribuído para O evento marcará, para os associados fértil da nossa realidade, mostrando o que fixar parâmetros para o diagnóstico por quites, uma nova etapa na história da ende melhor se faz no País e, nesta edição, nos imagem no Brasil. tidade: isenção de taxa de inscrição. Mas países parceiros. Situada entre os maiores eventos em é o conteúdo cientifico do evento, que tem Quem ainda não se inscreveu, deve todo o mundo, a JPR – Jornada Paulista de à frente o dr. Renato Adam Mendonça e o fazê-lo. Os cursos são muitos, a riqueza de Radiologia chega aos 45 anos com uma esatual presidente, dr. Antonio José da Rocha, assuntos é grandiosa, mas a procura também trutura exemplar, com um saldo de credibimais uma vez, que fará a diferença. Abrirá é muito grande. Informe-se: www.spr.org.br. lidade que a coloca como um dos pilares da espaço para profissionais de língua portu-

Jornada Internacional de US: veja o prazo de inscrição com desconto

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stão abertas as inscrições para a IX Jornada Internacional de Ultrassonografia, realizada simultaneamente ao I Simpósio de Tecnologia em Saúde FATESA/ EURP. Os eventos estão agendados para 24 a 26 de setembro, no Hotel JP Resort, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. O evento é organizado pela Faculdade de Tecnologia em Saúde – FATESA/EURP e coordenado pelo Prof. Dr. Francisco Mauad Filho. Quem se inscrever até 30 de março, obtém desconto na taxa.

O curso se inicia com um curso prático intitulado “Tutorial com Sistematização de Exames”. As aulas estão distribuídas nos seguintes módulos: Obstetrícia; Medicina Fetal; ME/Vascular; Medicina Interna/Pediatria; Ginecologia; Física/Educação/Tecnólogo; Pequenas Partes; Mama. No encerramento, haverá a conferência “As Demandas da Evolução do Diagnóstico por Imagem”. As inscrições podem ser feitas pelo site http://fatesa.edu.br/ cursos/filtrados/1/?curso=97. Informações: (16) 3636 0311 / 0800 183310 e pelo e-mail: contato@fatesa.edu.br.

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Centro de Estudos Radiológicos “Rafael de Barros” abre sua programação de cursos no dia 20 de março, com o tema NeurorradiologiaTumores do Sistema Nervoso Central, coordenado pelas dras. Paula Ricci Arantes e Carolina Rimku. Na sequência, nos dias 27 e 28, o dr. Joseph Benabou ministrará o Curso de Doppler Vascular Membros superiores, com temas muito atuais, numa formatação mais dinâmica e prática. A tradicional relação de cursos será mantida, com os mesmos temas de 2014, atualizados, e concluídas as reformas das instalações do InRad, oferecerão mais conforto e condições técnicas para melhor atender as expectativas dos participantes. Já pode ser acessada no email: inrad.hcnet.usp,br/inrad. Os novos cursos já foram definidos e são os seguintes: Curso de Ossos temporais - hands on Coordenadoras: Dras. Eloisa M. Santiago Gebrim e Regina Lucia E. Gomes Curso Teórico-prático de Ressonância magnética da coluna vertebral Coordenador: Dr. Marcelo Bordalo Rodrigues Cursos de Elastografia por US Coordenação: Dr. Fernando Linhares Pereira e Dra. Maria Cristina Chammas Curso de Ultrassonografia hepática Coordenação: dr. Fernando Linhares Pereira e Dra. Maria Cristina Chammas Estão previstos dois Cursos para Técnicos e Tecnólogos em Radiologia, coordenados por Marta Dichel e Sergio Luis de Souza, sobre os temas: Densitometria óssea Mamografia Mantenha-se em contato com o CERB – Centro de Estudos Radiológicos “Rafael de Barros”, instituição que dá suporte às atividade extra curriculares e de atualização para o Instituto de Radiologia HCFMUSP: cerb.inrad@hc.fm.usp.br – www. Inrad. hcnet.usp.br/inrad

Anote: o IMAGINE 2015 será realizado nos dias 13 14 de março

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Simpósio Radimagem em Porto Alegre

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om enfoque na Saúde da Mulher, será realizado em Porto Alegre, nos dias 10, 11 e 12 de abril, no Hotel Plaza São Rafel, o Simpósio Radimagem de Diagnóstico por Imagem, organizado e coordenado pela dra. Beatriz B. do Amaral, com a participação da dra. Loretta Strachowski (foto), da Universidade de São Francisco e Chefe de Ultrassonografia do Hospital Geral de São Francisco, na Califórnia (EUA). Além dos temas em obstetrícia e ginecologia, a dra. Loretta Strachowski abordará assuntos em mama, entre eles o US de mama e as novas indicações e tecnologias e atualização do BIRADS; imagem pós-cirúrgica: tratamento conservador, prótese e além; correlação imagem/patologia. Em ginecologia e obstetrícia, os pales-

trantes serão Dr. Eduardo Becker Júnior, especialista em Medicina Fetal e Ultrassonografia pela FEBRASGO, a Dra. Chrystiane Marc, Dr. Bruno Hochhegger, Dr. Lucas Teixeira, Dr. Andrey Cechin Boeno, Dra. Rafaella Gehm Petracco e a Dra. Andrea Prestes Nácul, todos do RS, que abordarão, entre outros assuntos, o rastreamento e prevenção da pré-eclampsia, do parto prematuro e das alterações cromossômicas em 2015; câncer de ovário; avaliação do endométrio na pós-menopausa; o papel da ressonância em ginecologia e o papel do US na infertilidade. No sábado, dia 11 de abril, será realizado também o Simpósio de Ultrassonografia do Cotovelo, coordenado pelo Dr. Carlos

Frederico Arend e com a participação do palestrantes do RS, Dr.Tiago Rodrigues da Silva, Dr. Celso Folberg e Dr. Osvandré Lech. Além das palestras haverá demonstração prática em ultrassonografia básica e avançada do cotovelo. Os conteúdos serão expostos sob forma de palestras e painéis. Também será oferecido o Workshop de Medicina Fetal e o 11º Curso de Atualização para Técnicos e Tecnólogos em Radiologia sobre diagnóstico da mama, densitometria óssea, ressonância magnética, tomografia computadorizada, medicina nuclear e tomossíntese. Informe:se: Fone: (51) 2125.0508 - eventos@radimagem.com.br www.radimagem. com.br

Jornada de Neurorradiologia em BH

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erá realizada nos dias 27 e 28 de março a 1ª Jornada Mineira de Neurorradiologia. Sob a coordenação do dr. Daniel Gonçalves Duarte, o evento acontecerá em Belo Horizonte, no centro de convenções do Hotel Mercure, no bairro de Lourdes. A programação científica começa às 8h00 da sexta-feira, dia 27, com uma apresentação com três módulos e discussão de casos sobre anatomia do encéfalo, com o dr. Renato Adam Mendonça (SP). Outros nomes de grande expressão na área, como o dr. Luiz Celso Higino, do Rio de Janeiro, profa. Claudia da Costa Leite, dr. Lázaro Faria do Amaral e dr. Antonio Rocha, de São Paulo, dr. Marcelo Canuto, de Brasilia, dr.

Carlos Batista Alves, entre outros, estarão ministrando aulas. Entre os diversos temas do programa estão o uso da imagem no diagnóstico de acidentes vasculares, tumores cerebrais, doenças infecciosas, doenças degenerativas da coluna vertebral, lesões parasitárias do sistema nervoso central, esclerose múltipla, doenças neurometabólicas hereditárias e malformações artério-venosas. As inscrições para o evento podem ser feitas com desconto até o dia 1º. de março. Residentes e especialistas associados à Sociedade de Radiologia de Minas Gerais terão taxa especial. Outras informações podem ser obtidas no site da SRMG: www.srmg.org.br.

Expediente Interação Diagnóstica é uma pu­bli­ca­ção de circulação nacional des­ti­na­da a médicos e demais profissio­nais que atu­am na área do diag­nóstico por imagem, espe­ cia­listas corre­lacionados, nas áreas de or­to­pe­dia, uro­logia, mastologia, ginecoobstetrícia. Conselho Editorial Sidney de Souza Almeida (In Memorian) Hilton Augusto Koch Dolores Bustelo Carlos A. Buchpiguel Selma de Pace Bauab Carlos Eduardo Rochite Omar Gemha Taha Lara Alexandre Brandão Nelson Fortes Ferreira Nelson M. G. Caserta Maria Cristina Chammas Sandro Fenelon Alice Brandão Wilson Mathias Jr. Consultores informais para assuntos médicos. Sem responsabilidade editorial, trabalhista ou comercial. Jornalista responsável Luiz Carlos de Almeida - Mtb 9313 Redação Lilian Mallagoli - edição Alice Klein (RS) Denise Conselheiro (SP) Rafael Bettega (SP) Priscilla Lopes (SP) Priscila Novaes (RJ) Arte: Marca D’Água Fotos: Cleber de Paula, André Santos, Lucas Uebel (RS) e Wilton Marcelino (PE) Imagens da capa: Getty Images Administração: Hybrida Consultoria Impressão: Duograf Periodicidade: Bimestral Tiragem: 12 mil exemplares Edição: ID Editorial Ltda. Av. Brigadeiro Luiz Antonio, 2050 - cj.37A São Paulo - 01318-002 - tel.: (11) 3285-1444 Registrado no INPI - Instituto Nacional da Pro­prie­dade Industrial. O Jornal ID - Interação Diagnóstica - não se responsabiliza pelo conteúdo das men­sagens publicitárias e os ar­tigos assinados são de inteira respon­sa­bi­lidade de seus respectivos autores. E-mail: id@interacaodiagnostica.com.br


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