Jornal Laboratorio do Curso de Jornalismo UFU
Ninguém quer ser o chato da mesa de bar que
fala sobre racismo entre um gole de cerveja e
uma piada infeliz. Ninguém quer ser responsável pelo constrangimento de dizer para aquela amiga que aquilo não é amor, é machismo. Ninguém quer ser aquele que acaba com a festa ou provoca uma briga por defender uma minoria historicamente oprimida.
Contudo, coisas ruins acontecem quando a
gente se omite.
Martin Luther King disse que o silêncio dos
bons era muito pior do que o barulho dos maus, e isso vem de um cara chato que sonhava com a igualdade diante de uma sociedade que achava normal um negro ceder lugar a um branco no ônibus. Graças a ele e a tantos outros chatos, hoje olhamos para esse passado e sentimos vergonha, mas podemos contar essa história no pretérito.
Tudo graças aos chatos, e que bom que eles
existem.