Metalúrgicos de Itu e Região
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Sindicato dos Metalúrgicos de Itu e Região 65 anos de conquistas. 1950-2015 www.metalurgicosdeitu.com.br
Ano 65 - Edição 196 Gratuito
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Campanha Salarial 2015: Muita conversa e pouco encaminhamento As rodadas de negociações da Campanha Salarial 2015 tem sido de muita conversa e questionamento sobre a pauta de reivindicação e a CCT (Convenção Coletiva de Trabalho). Não se contempla a definição de um quadro para os encaminhamentos solicitados. Este ano a Campanha Salarial discute as Cláusulas Sociais e as Econômicas. Acompanhe na página 3, o resumo da nossa Campanha.
Sindicato realiza IV Seminário da CIPA O Sindicato dos Metalúrgicos de Itu e Região realizou na tarde do dia 24 de agosto, o IV Seminário da CIPA, voltado à Cipeiros e Técnicos de Segurança do Trabalho. O seminário foi ministrado pelo médico do trabalho Dr. Roberto Ruiz. Página 2
Esporte: Campeonato Society segue com a segunda fase. Confira a tabela na página 4.
Marcha das “margaridas” coloriu Brasília - Página 2
Dr. Roberto durante o IV Seminário da CIPA
Palavra da Diretoria Companheiros (as) Estamos em plena Campanha Salarial. Várias rodadas de negociações já aconteceram, e a conversa é sempre a mesma: crise, dificuldades e situação difícil. Percebe-se claramente o intuito da bancada patronal, em atravancar e não permitir o avanço da Campanha. Entendemos que estamos passando por um momento difícil na economia do Brasil, porém este vem sendo agravado pela inconformidade da elite brasileira, em ter um governo que há mais de 10 anos valoriza o povo, os mais necessitados. Não nos restam dúvidas que é hora de nos unirmos e enfrentarmos essa corrente golpista, que até hoje não se conformou com o resultado das urnas das eleições presidenciais. Oportunistas estão provocando e criando o caos, mas há números que contradizem essa versão e apresenta um país iniciando uma retomada. Infelizmente por conta da crise política a todo o momento tenta afirmar e construí - lá cada vez mais forte muitos setores estão se aproveitando e realizando demissões, precarizando a mão de obra. Nunca antes, na história desse país, a Polícia Federal e a justiça puderam trabalhar com tamanha liberdade. Antes muitos crimes do colarinho branco, eram engavetados e jogados para
debaixo do tapete. A mídia, grande aliada da elite brasileira, escondia todos os casos e conduzia a opinião pública para outros olhares. Temos uma mídia inconformada, que atende aos desejos e anseios da elite brasileira conservadora. Nossa Campanha Salarial é voltada na preservação e avanço dos direitos da classe trabalhadora do setor metalúrgico. Muito dessa conversa de crise e dificuldade, serve como discurso para iniciar uma conversa para regredir nos direitos conquistados na CCT (Convenção Coletiva de Trabalho). Direitos esses, que foram conquistados com muita luta, não podemos deixar que os patrões proponham o retrocesso nas negociações da Campanha Salarial. Há uma forte tendência nesse sentido, mas temos que mostrar que somos unidos, fortes e não permitiremos esse tipo de atitude com relação a nós trabalhadores(as). Metalúrgicos (as)! É hora de nos unir. O melhor remédio para essa tentativa de retrocesso, é a nossa união. Em não aceitamos nenhum direito a menos, apenas mais avanços direitos sociais. Nós trabalhadores (as), não inventamos e nem participamos da crise política. Somos a força que move a economia desta nação. Assim, companheiros (as), precisamos seguir unidos para a conclusão de mais um Campanha Salarial, onde sairemos vitoriosos. Metalúrgicos e Metalúrgicas, uni-vos pela Campanha Salarial 2015. Vamos a luta com muita garra e determinação, pois a luta continua!
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Cipeiros participam de Seminário no Sindicato dos Metalúrgicos de Itu e Região Na tarde de 24 de agosto, aconteceu no auditório do Sindicato dos Metalúrgicos de Itu e Região o IV Seminário Sobre CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes). O Seminário foi ministrado pelo médico do trabalho Dr. Roberto Ruiz, que falou sobres as NR´s (Normas Reguladoras) e demais procedimentos e atitudes dos cipeiros, no cotidiano da fábrica. Participaram mais de 60 trabalhadores (as), das empresas das cidades de Boituva, Porto Feliz, Itu e Cabreúva. Os participantes receberam às boas vindas do presidente dos Metalúrgicos de Itu e Região o qual fez uma breve fala sobre o andamento da Campanha Salarial. Para o presidente, esta é uma oportunidade de trocar experiências e atualizar os conceitos sobre a CIPA. “Nosso objetivo com este Seminário, é fazer com que o cipeiros realmente cumpram seu papel dentro da empresa, aplicando no dia-a-dia, os critérios, e normas que são atribuídas à CIPA,” destacou
Nascimento. O médico do trabalho ressaltou que não se trata de um curso da CIPA, mas sim uma oportunidade de relembrar certos procedimentos dos cipeiros, bem como as NR´s. “ Infelizmente há empresas, que esqueceram um pouco as NR´s e o que faz os cipeiros.
Não vamos fazer um curso de CIPA, mas relembrar as NR´s e trocar experiências, será um momento de interação entre vocês trabalhadores(as),” explanou Ruiz. O IV Seminário da CIPA foi organizado pela Secretaria de Saúde, que tem como secretário Paulo da Silva (Paulinho do Sena).
14º CECUT reunirá mais de 800 delegados (as) mote histórico da fundação da Central. Por meio de assembleias de trabalhadores (as), realizadas de abril a julho deste ano, é que foram discutidas, elaboradas e deliberadas as propostas de interesse da categoria, ramo ou região ligada à base de representação do sindicato. Durante os dias do Congresso, os participantes participação de plenárias, debates e reflexões com os seguintes temas: - Comunicação: desafios e perspectivas da análise crítica à ação de regulação, o papel da imprensa sindical e midiativismo na rede - Pensando em cultura como mecanismo de
Aproximadamente 900 delegados e delegadas, dos diversos ramos cutistas, já estão confirmados para o 14º Congresso Estadual da CUT São Paulo (CECUT), que ocorrerá de 25 a 28 de agosto, em Águas de Lindóia, a 160 quilômetros da capital paulista. Com o slogan Por um Projeto Popular para Mudar São Paulo, no 14º CECUT ocorrerá a eleição da nova direção estadual e definidos o plano de lutas e as estratégias para o período 2015-2019. A construção dos debates a partir das bases é o princípio político e metodológico que marca esta edição do evento, resgatando a “CUT pela base”,
A 5ª edição da Marcha das Margaridas coloriu Brasília mais um ano dia 12 de agosto. Cerca de 70 mil pessoas deixaram o estádio Mané Garrincha logo no início da manhã e seguiram até o Congresso Nacional. Diante da Casa, homens e mulheres de todas as regiões do país viraram as costas aos ataques do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), às mulheres e aos movimentos sociais. Sob regência do parlamentar, ações como a criação de uma cota de 15% para as mulheres em todos os parlamentos do país foram rejeitadas. Durante o trajeto, a maior manifestação popular que a capital federal viu neste ano manteve a pluralidade. Tinha verde e amarelo, mas também muito lilás e vermelho. Nenhuma cor era proibida. Os manifestantes, de diversas etnias, traziam demandas do campo e das florestas: a titulação das famílias já assentadas, o assentamento para quem ainda não tem chão, assistência técnica para quem já produz, mas quer crescer, e o limite da propriedade de terra para
Verdés adere ao PPE
Crédito: Roberto Parizotti
Mais de 70 mil “margaridas” do campo e da cidade coloriu Brasília
transformação social - A desindustrialização no estado de São Paulo e os seus efeitos - A criminalização do movimento sindical e social - A juventude quer viver: violência e narcotráfico - o que isso tem a ver com o movimento sindical? - A função social da terra - Como a corrupção, sonegação e a evasão fiscal prejudicam as políticas públicas - Educação pública de qualidade e a defesa da pluralidade e da democracia
quem vê o agronegócio avançar sem freio. Mas a essas demandas, somaram-se a defesa da liberdade e da democracia num país que conviver com uma onda conservadora. Cartazes que pediam Estado laico e apontavam que o corpo é das mulheres e não da bancada moralista pareceram se multiplicar em relação aos últimos anos.
Na manhã do dia 18 de agosto, aconteceu na empresa Verdés, em Itu, a votação e aprovação do PPE (Programa de Proteção ao Emprego). Os diretores do Sindicato dos Metalúrgicos de Itu e Região realizaram a leitura e explicação do acordo, seguida da votação, na qual os trabalhadores(as) em escrutínio secreto, aprovaram o PPE. A empresa Verdés é a primeira na base dos Metalúrgicos de Itu e Região a realizar o PPE. Outras empresas estão conversando com o Sindicato, no intuito de formalizar o acordo de PPE.
Boletim informativo do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias e Oficinas Metal., Mec., de Materiais Elétricos e Eletrônicos, Siderúrgicas, Fundidos, Automobilísticas, Autopeças e Aeroespacial de Itu, Porto Feliz, Boituva e Cabreúva.. Secretário de Imprensa: Jorge Luís Benedito de Jesus - Responsabilidade: Dorival Jesus do Nascimento Júnior - Presidente e diretoria do Sindicato - Circulação na categoria metalúrgica. - Impressão: Gráfica MMar Mar. - Tiragem: 11.000 - e-mail para contato: imprensa@metalurgicosdeitu.com.br - Jornalista e Diagramação Tadeu Eduardo Italiani - Mtb 47.674 . Endereço da Sede: Rua Euclides da cunha n.º 127 - Centro – Itu / SP - Cep.: 13.300-015 Fone: (11) 4022-1446 -Subsede Cidade Nova: Rua Joaquim Delfino da Silva, 250 - Jardim Europa - fone (11) 4013-2027 - Subsede em: Porto Feliz Rua Conselheiro Manoel Dias de Toledo - nº394 B. Cidade Jardim fone (15) 3261-1880 / Boituva Rua Professor José Atala Júnior n.º 281 – Centro - fone (15) 3263-2266 / Cabreúva Rua Guaxinduva n.º 103 Bairro Jacaré - fone (11) 4529-4060.
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Campanha Salarial: Resumo das negociações
Grupo 10 Durante as negociações com o o G10, coordenado pelo Departamento Sindical da FIESP (Desin), perguntou à bancada dos trabalhadores quais as cláusulas sociais preferenciais para iniciar a negociação. Do total de 200 mil metalúrgicos em Campanha Salarial na base da Federação no Estado, 11% trabalham nos setores do G10. Dirigentes da Federação apresentaram da pauta entregue ao G10 18 cláusulas pré-existentes (em vigor na Convenção Coletiva de Trabalho) com alterações de melhorias que atendem as necessidades do chão de fábrica e 21 cláusulas novas. “Explicamos que todas nossas cláusulas são prioritárias e queremos fazer uma espécie de unificação destas cláusulas, que muitas já existem em outros grupos patronais, mas ainda não existem no G10. Fizemos um apelo à bancada patronal para que analisasse com carinho as nossas reivindicações”, explica Adilson Faustino, Carpinha, Secretário Geral da FEM-CUT/SP. G2 e G8 As negociações da Campanha Salarial realizadas no dia 20 de agosto, com as ban-
cadas patronais dos Grupos 2 (máquinas e eletrônicos) e 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros) foram consideradas positivas, na avaliação da bancada dos trabalhadores, representada pela FEM-CUT/SP. Segundo o presidente da Federação, Luiz Carlos da Silva Dias, Luizão, a FEM retirou da pauta patronal qualquer tentativa de exclusão de direitos e abriu espaço para a negociação. “Os empresários fizeram questionamentos pertinentes a nossa pauta. Ainda não conseguimos avanços, mas o fato de nós estimularmos a negociação é um passo importante”, avalia. A bancada patronal do Grupo 2, coordenada por André Saraiva, por exemplo, achou interessante a preocupação da FEM com a cláusula que trata a situação do jovem. “Acredito que sensibilizamos o G2 de que o jovem merece um tratamento diferenciado, principalmente, os de hoje. Então não basta contratar o jovem, tem que dar condições para que ele tenha interesse em construir uma carreira e permanecer na empresa”, explica. Já o G8, coordenado pelo assessor Valdemar Andrade, pediu esclarecimentos sobre algumas cláusulas pré existentes (em vigor na Convenção Coletiva de Trabalho) como por exemplo: a cláusula que dá garantias ao dirigente sindical ser liberado de seus dias de trabalho para participar de realizações de cursos e outros eventos de interesse social. A bancada dos trabalhadores esclareceu para os empresários que o sindicalismo autêntico atual é propositivo, isto é, participa de discussões que envolvem políticas públicas de interesse da sociedade; elabora projetos de interesse dos trabalhadores e das empresas e tem uma participação ativa na política geral do País, entre outros, justificando a sua maior liberdade na relação capital e trabalho. G3 e Fundição A FEM-CUT/SP deu continuidade às rodadas de negociação da Campanha Salarial no dia 12 de agosto, com as bancadas pa-
tronais do Grupo 3 (que reúne os setores de Forjaria, Parafusos e Autopeças) e Fundição. As negociações aconteceram nas sedes das entidades patronais. A bancada dos trabalhadores mais uma vez reforçou a importância de avançar nos direitos sociais – principal destaque da pauta de reivindicações deste ano. “Foram tratadas algumas cláusulas de estrema importância, como por exemplo: a elaboração por parte das empresas de um plano de carreira especial para a juventude. Cerca de 65% da nossa base são jovens e, portanto, será um avanço as bancadas patronais terem um olhar mais detalhado com relação a esta nova geração de mão de obra que está disponível no mercado de trabalho. Apostamos no diálogo. Esperamos avançar nas próximas rodadas e que os patrões sejam mais ousados nestas discussões”, explica o presidente da FEM-CUT/ SP, Luiz Carlos da Silva Dias, Luizão. O assessor jurídico da FEM, Raimundo Oliveira, conta que também foram debatidas algumas cláusulas pré-existentes (em vigor na Convenção Coletiva de Trabalho) que os trabalhadores exigem avanços, algumas delas possuem características sócio-humanitárias e não têm impacto direto nos custos das empresas. “O sucesso nas negociações nos levará à assinatura de um instrumento jurídico, chamado CCT, e com isso ganharão as empresas e os trabalhadores”, frisa Oliveira. A Federação negocia com seis bancadas patronais: Grupo 2 (máquinas e eletrônicos); Grupo 3 (autopeças, forjaria, parafusos); Grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros); Grupo 10 (lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico entre outros); Estamparia e Fundição. A data-base do ramo metalúrgico cutista é 1º de setembro e estarão em Campanha aproximadamente 200 mil trabalhadores na base da FEM no Estado. (Com informações da Agência FEM-CUT/SP e Fotos de Edu Guimarães/SMABC e Viviane Barbosa/Mídia Consulte)
Negociação com a Estamparia
Negociação com a Fundição
Negociação com o Grupo 02
Negociação com o Grupo 03
Negociação com o Grupo 08
Negociação com o Grupo 10
Estamparia Durante a negociação, a bancada patronal debateu a pauta de reivindicações da FEM, fez questionamentos sobre as cláusulas pré-existentes, que estão em vigor na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), e também apresentou um pleito deles. “Ouvi-los não têm problema nenhum, aquilo que for possível readequar dentro da legislação nós vamos discutir internamente, agora aquilo que fere nossos direitos não vamos aceitar e nem mexer”, disse o presidente da FEM-CUT/SP, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão. O assessor jurídico da Federação, Raimundo Oliveira, disse que o diálogo melhorou nesta segunda rodada. “Nossa pauta apresenta 20 cláusulas pré-existentes que os trabalhadores exigem avanços, algumas delas, não têm impacto direto nos custos das empresas. Também propomos 18 novos direitos que atendem as necessidades dos trabalhadores no chão de fábrica”, explica.
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XIV Campeonato de Futebol Society dos Metalúrgicos de Itu E Região segue na segunda fase O campeonato de Futebol Society dos Metalúrgicos de Itu e Região segue, com muitos gols e disputas eletrizantes na segunda fase. Oito times competem por uma vaga na próxima fase, onde começa a ser definidos os finalistas do campeonato. Confiram quem são os times que estão disputando a segunda fase e a tabela para os próximos jogos. Equipe Alufer
Equipe Alpunto
Equipe Leoni
Equipe Bravox
Equipe Emicol
Equipe Nissin
Equipe Sapa
Equipe Siadrex