Povo de Deus

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Povo de Deus Informativo mensal da Paróquia São Judas Tadeu – Itu/SP Outubro de 2016 – Edição 219 – Distribuição Gratuita Pároco: Pe. Paulo Eduardo F. Souza

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Página 2 Expediente: Povo de Deus Boletim informativo mensal da Paróquia São Judas Tadeu. Pároco: Pe. Paulo Eduardo F. Souza Jornalista Responsável, diagramação e edição.: Jornalista Tadeu Eduardo Italiani Mtb.: 47.674 Revisoras: Vanda Mazurchi e Joice Cristina Pereira Rodrigues Impressão: AMS Gráfica Tiragem: 2000 exemplares Endereço: Praça. Júlio Mesquita Filho, 45 Bairro Rancho Grande CEP 13306-159 Itu - SP Fone (11) 4024-0416 Diocese de Jundiaí, Atendimento na Secretaria Paroquial Segunda, quarta e sábado, das 08h às 12h; Terça, quinta e sexta, das 08h às 12h e das 13h às 17h. Atendimento do Pároco Padre Paulo Eduardo - Confissões: Terça-Feira. Das 16h às 18h30min; Sábado. Das 11h às 12h; Atendimento de Direção Espiritual: Terça-Feira. Das 14h às 16h; Sábado. Das 9h às 11h; Celebrações na Igreja Paroquial Segunda-feira a Sábado: 19h. Domingo: 07h, 09h e 18h30 2ª Quinta-Feira - feira do mês: Celebração com os enfermos, 15h Celebrações nas Comunidades - Nossa Senhora Auxiliadora: Sábado, 17h; Domingo, 9h. - Santa Clara: Sábado 19h; Domingo: 11h. Elaborado pela Pastoral da Comunicação PASCOM

Queridos irmãos e irmãs, filhos e filhas no Senhor, graça e paz! Gostaria de trazer à consideração de todos vocês dois importantes assuntos: a Exortação Apostólica Amoris Laetitia, sobre o amor na família, do Santo Padre o Papa Francisco; e a festa de São Judas Tadeu, nosso Padroeiro. No tocante à Exortação Amoris Laetitia, quero incentivá-los à leitura atenta, profunda e meditada do documento pontifício, publicado no dia 19 de março deste ano. É impressionante como o Papa Francisco aborda com realismo a vida familiar, sua beleza e seus desafios. O próprio Papa, contudo, numa de suas entrevistas aéreas, regressando da Ilha de Lesbos, na Grécia, no dia 16 de abril, disse lamentar que os meios de comunicação não tenham sabido acolher o grande objetivo da Exortação: repropor a família como a grande escola do amor, única fonte da verdadeira alegria. Quase todos concentraram sua atenção na questão da comunhão aos casais separados que assumiram uma segunda união. O Santo Padre tem razão em lamentar! A Amoris Laetitia possui páginas belíssimas, que tratam de diversos aspectos da vida familiar: o amor conjugal, o amor dos filhos, a acolhida da vida e a expectativa da gravidez, a preparação para a celebração do matrimônio, as rupturas, a educação dos filhos etc. Espero que em nosso boletim paroquial consigamos, pouco a pouco, propor trechos da Exortação do Papa. Acontece, porém, que o capítulo oitavo do documento, que tanto alvoroço causou entre os meios de comunicação, continua sendo fonte de infindáveis discussões, pois é usado para justificar diversas interpretações. Perdoem-me! O que vamos tratar agora é realmente complexo, e só o faço por temer o crescimento da confusão entre meus paroquianos (já percebi seus sintomas até mesmo em meio às lideranças). O capítulo oitavo se intitula “Acompanhar, discernir e integrar a fragilidade - A gradualidade na pastoral”. Ali, existe um esforço sincero para apontar uma postura de acolhida a todas aquelas pessoas que, de uma forma ou de outra, vivem “situações que ainda não correspondem ou já não correspondem à doutrina da Igreja sobre o matrimônio” (Amoris Laetitia, n. 292). Como são tratados assuntos delicados, o texto acaba dando margens para várias interpretações. Alguns cardeais, bispos, sacerdotes, leigos, teólogos ou não, têm proposto uma interpretação de ruptura com aquilo que até agora era ensinado e disciplinarmente colocado em prática no que diz respeito ao acesso à comunhão eucarística por parte dos casais separados recasados. Do outro lado, cardeais, bispos, sacerdotes, leigos, teólogos ou não, defendem posição diametralmente oposta, isto é, a de que a Exortação teria reafirmado a disciplina de sempre da Igreja, tão bem elucidada por São João Paulo II, em sua Familiaris Consortio, n. 84. Atenção: estou simplesmente relatando um fato! Esse impasse tem gerado não pouca confusão. O Cardeal Carlo Caffarra, Arcebispo Emérito de Bologna e especialista em Teologia Moral, por exemplo, lançou o seguinte questionamento:“Na Amoris Laetitia, n.308, o Santo Padre Francisco escreve: ‘Eu entendo aqueles que preferem um cuidado pastoral mais rigoroso que não deixa espaço para confusão’. Eu concluo, dessas palavras, que Sua Santidade percebe que os ensinamentos da Exortação levantariam confusão à Igreja. Pessoalmente, desejo – e,assim, tantos dos meus irmãos em Cristo (cardeais, bispos, e os fiéis leigos igualmente) também pensam – que a confusão deveria ser removida, não porque eu prefiro um cuidado pastoral mais rigoroso, mas porque, em vez disso, eu simplesmente prefiro um cuidado pastoral mais claro e menos ambíguo. Isso dito – com todo o devido respeito, afeição e devoção que sinto a necessidade de manter para com o Santo Padre – eu diria a ele: ‘Santidade, por favor, esclareça estes pontos: a) Quanto do que Vossa Santidade disse na nota de rodapé 351, do parágrafo 305, também é aplicável aos casais divorciados e recasados que desejam ainda de alguma maneira continuar a viver como marido e mulher?; e, assim, quanto do que foi ensinado pela Familiaris Consortio n. 84, pela Reconciliatio Poenitentia n. 34, pela Sacramentum Unitatis n. 29, pelo Catecismo da Igreja Católica, n. 1650, e pela doutrina teológica comum, deve ser considerado agora abrogado?; b) O constante ensinamento da Igreja – como foi também recentemente reiterado na Veritatis Splendor, n. 79 – é que há normas de moral negativa que não permitem exceções, porque elas proíbem atos que são intrinsecamente desonrosos e desonestos – tais como, por exemplo, o adultério. Esse ensinamento tradicional ainda se acredita ser verdadeiro, mesmo após a Amoris Laetitia?’. Isso é o que eu diria ao Santo Padre. Se o Santo Padre, em seu supremo julgamento, tiver a intenção de intervir publicamente para remover essa confusão, ele tem à sua disposição muitos meios diferentes de fazer isso”. Se um cardeal está se permitindo ter algumas dúvidas, quem sou eu para dizer que tudo está claro e resolvido ... A pergunta “b” do Cardeal Caffarra está relacionada ao princípio da lei da gradualidade. Vou tentar explicar: o grau de responsabilidade pode variar de uma pessoa para outra (“as circunstâncias e, sobretudo, as intenções exercem influência sobre a moralidade”), o que nos faz entender que a culpabilidade também tem os seus graus (lei da gradualidade). Em contrapartida, existem ações que são intrinsecamente más (independente das circunstâncias ou atenuantes), isto é, uma ação que é por si mesma errada será sempre errada, não existindo uma graduação ou exceção (a lei da gradualidade é diferente da gradualidade da lei). Num exemplo: nem todas as pessoas que cometem o adultério têm o mesmo grau de culpa, mas ninguém tem “licença” para incorrer numa ação que objetivamente corresponda a adultério. O grau de culpa é um dos pontos que devem ser


Página 3 levados em consideração na hora de se examinar a existência do pecado formal. O grau de culpa, todavia, não muda em nada o juízo sobre o adultério: é sempre um mal, sem exceção. Essa reflexão não é nova, e São João Paulo II tinha reproposto esse ensinamento, como foi dito pelo Cardeal, na VeritatisSplendor, n.79. A forma, todavia, como esse princípio tem sido atualmente veiculado tem criado graves distorções. Alguns estão pretendendo encontrar até mesmo pontos positivos em verdadeiras “ações intrinsecamente más”. Ora, isso não é lei da gradualidade pastoral. Isso é gradualidade da lei, que cria concessões, licenças, permissões (passa-se a considerar um mal como sendo um bem no caso preciso). A sobredita Encíclica de São João Paulo II explicou o assunto com maestria (nn. 80,81,82). Ainda que a Divina Providência saiba tirar bem do mal, não nos é lícito praticar um ato que, por si mesmo, não ordena a Deus. Por que eu quis tocar neste assunto tão complicado aqui? Por que falar sobre essa questão delicada aqui, no boletim da Paróquia? Porque, na condição de pastor, tenho de manter as ovelhas que me foram confiadas em estado de alerta, para que não saiam comprando gato por lebre, engolindo tudo que veem na televisão ou internet. Com o amor filial e extremado pelo Santo Padre, que deve caracterizar todo bom católico, aconselho aos meus paroquianos a leitura apaixonada do próprio texto da Exortação Amoris Laetitia, encontrando no Catecismo da Igreja Católica as respostas para as dúvidas e questionamentos. Além disso, como sempre temos feito, convido os casais que se encontram em situações ditas “irregulares” para momentos de conversas, aconselhamentos, direções espirituais etc. Ninguém se sinta excluído da Igreja! Aproveito a ocasião para divulgar o encontro regional da Pastoral da Segunda União Estável, que acontecerá na Paróquia São Luiz Gonzaga, no dia 30 deste mês, no período da manhã. Com relação à festa de São Judas, gostaria de manifestar meu agradecimento a todos os que já estão trabalhando e vão trabalhar para o êxito da mesma, tanto sob o aspecto litúrgico-celebrativo quanto sob o aspecto promocional, com a realização da quermesse. A festa do Padroeiro é sempre um grande retiro espiritual da comunidade, que, atenta à Palavra de Deus e na força dos sacramentos, se propõe a viver imitando aqueles que amaram apaixonadamente Jesus, Nosso Senhor. Acolhamos, portanto, com muita alegria, os sacerdotes que nos farão visita durante esse período:Pe. Félix Xavier da Silveira (Nossa Senhora do Rosário, Santana de Parnaíba, e Coordenador Diocesano da Pastoral Presbiteral), Pe. Enéas de Camargo Bête (Cristo Rei, Salto), Pe. Leandro Megeto (Reitor do Seminário de Filosofia e Coordenador Diocesano da Ação Evangelizadora), Pe. Ivan de Oliveira (Nossa Senhora do Monte Serrat, Salto), Pe. Milton Rogério Vicente (Cura da Catedral e Chanceler do Bispado), Pe. Samuel Maciel Romão (São José, Jundiaí), Pe. Lupércio Batista Martins (Santa Teresinha, Jundiaí), Dom Gregório Maria Botelho, OSB Oliv. (Ribeirão Preto), e Pe. Almir de Andrade (filho desta Paróquia, atuante na Administração Apostólica São João Maria Vianney). No dia 28, solenidade de São Judas, Dom Gil Antônio Moreira, Arcebispo de Juiz de Fora, nosso antigo Bispo, celebrará a Santa Missa, seguida de procissão. Como São Judas, possamos refletir o Rosto misericordioso de Deus. Depois de quase vinte anos de interrupção, realizaremos, pela segunda vez, desde sua reativação, nossa quermesse. Após considerar o pedido de muitos paroquianos e pesquisar o desenrolar das festas das paróquias vizinhas, decidi permitir, este ano, a venda de bebidas alcoólicas. Quero acreditar que saberemos apreciar seu consumo com a devida moderação, como ensina a Igreja, pois não queremos lucrar em cima do vício de ninguém. É sempre bom recordar que para aqueles que possuem problemas de alcoolismo não existe moderação: tudo é excessivo. Cada um seja maduro e responsável em sua participação nessa quermesse. Rezemos pedindo ao Senhor que derrame sobre nós suas mais escolhidas bênçãos. Pe. Paulo Eduardo F. Souza Pároco Índice -Vox Parochi Paróquia em Movimento -“Tu és Pedro” -O Pastor fala com seu rebanho -Vocação e Missão -“In verbo tuo” (LC 5,5) -Jovens recebem Sacramento do Batismo -Festa de Santa Clara -2º Retiro das Santas Missões Populares -JUPA faz 42 nos -Paróquia São Judas Tadeu conta com novos acólitos e pequenos acólitos

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-Missa Parte por Parte -Orações e adoração na -Procissão Eucarística -Visita da Imagem Peregrina de Nossa Senhora da Conceição Aparecida -Momentos do Retiro da Crisma -Escândalo no Céu: João Batista descanonizado! -Será que Te escondes para não ver?! -Mensagem do Dízimo -Programação da Festa de São Judas Tadeu

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Publicamos a seguir, a homilia do Papa Francisco, realizada no encerramento da Jornada Mundial da Juventude em Crácovia / Polônia, em 31 de Julho de 2016. Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Jesus. E em vez disso Jesus nos salvou permanecendo na cruz. Todos nós sabemos que não é fácil “permaAs palavras que Jesus pronuncia durante a sua pai- necer na cruz”, nas nossas pequenas cruzes de cada xão encontram o seu ápice no perdão. Jesus perdoa: dia. Ele, nessa grande cruz, nesse grande sofrimento, “Pai, perdoai-os porque não sabem o que fazem” (Lc permaneceu assim e ali nos salvou; ali nos mostrou a 23, 34). Não são apenas palavras, porque se tornam sua onipotência e ali nos perdoou. Ali se cumpre a sua um ato concreto no perdão oferecido ao “bom ladrão”, doação de amor e surge para sempre a nossa salvação. que estava próximo a Morrendo na cruz, “O bom ladrão se dirige enfim diretamente a Jesus, Ele. São Lucas fala de inocente entre dois invocando a sua ajuda: “Jesus, lembra-te de mim quandois malfeitores cru- do tiverdes entrado no teu Reino!” (Lc 23, 42). Chama-o criminosos, Ele atescificados com Jesus, ta que a salvação de pelo nome, “Jesus”, com confiança, e assim confessa que se dirigem a Ele aquilo que no nome indica: “o Senhor salva”: isso signi- Deus pode alcançar com atitudes opostas. fica o nome “Jesus”. Aquele homem pede a Jesus para se qualquer homem em lembrar dele. “ O primeiro o insulqualquer condição, ta, como o insultava mesmo na mais negatodo o povo, como fazem os chefes do povo, mas este tiva e dolorosa. A salvação de Deus é para todos, ninpobre homem, movido pelo desespero, diz: “Não és tu guém excluído. É oferecida a todos. Por isso o Jubileu o Cristo? Salva a ti mesmo e a nós!” (Lc 23, 39). Este é tempo de graça e de misericórdia para todos, bons e grito testemunha a angústia do homem diante do mis- maus, aqueles que estão com saúde e aqueles que sotério da morte e a trágica consciência de que somente frem. Recordem-se daquela parábola que Jesus conta Deus pode ser a resposta libertadora: por isso é impen- na festa do casamento de um filho de um poderoso da sável que o Messias, o enviado de Deus, possa estar terra: quando os convidados não quiseram ir, diz a seus na cruz sem nada fazer para salvar-se. E não enten- servos: “Ide às encruzilhadas e convidai para as bodas diam isso. Não entendiam o mistério do sacrifício de todos quantos achardes” (Mt 22, 9). Todos somos chamados: bons e maus. A Igreja não é somente para os bons ou para aqueles que parecem bons ou acreditam ser bons; a Igreja é para todos, também preferivelmente para os maus, porque a Igreja é misericórdia. E este tempo de graça e de misericórdia nos faz recordar que nada pode nos separar do amor de Cristo! (cfr Rm 8, 39). A quem está acamado em um leito de hospital, a quem vive fechado em uma prisão, a quantos estão presos pelas guerras, eu digo: olhem para o Crucifixo; Deus está convosco, permanece com vocês na cruz e a todos se oferece como Salvador a todos nós. A vocês que sofrem tanto digo, Jesus foi crucificado por vocês, por nós, por todos. Deixem que a força do Evangelho penetre no vosso coração e vos console, vos dê esperança e a íntima certeza de que ninguém está excluído do seu perdão. Mas vocês podem me perguntar: “Mas, me diga, padre, aquele que fez as coisas mais terríveis na vida, tem possibilidade de ser perdoado?” – “Sim! Sim: ninguém está excluído do perdão de Deus. Somente deve se aproximar arrependido de Jesus e com a vontade de ser por Ele abraçado”. Este era o primeiro malfeitor. O outro é considerado o “bom ladrão”. As suas palavras são um maravilhoso modelo de arrependimento, uma catequese concen-


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trada trad tr adaa para ad para aprender aapr pren pr ende en derr a pedir de pedi pe dirr perdão di perd pe rdão rd ão a Jesus. JJes esus es us.. Primeiro, us Prim Pr imei im eiro ei ro,, ro elee se dirige el dir d irig ir igee ao seu ig seu companheiro: ccom ompa om panh pa nhei nh eiro ei ro:: “Nem ro “Nem sequer sseq eque eq uerr temes ue teme te mess me a Deus, Deus De us,, tu q us que ue sofres ssof ofre of ress no mesmo re mes m esmo es mo suplício?”( ssup uplí up líci lí cio? ci o?”( o? ”( Lc Lc 23, 23, 40). 40). Assim Assi As sim si m co colo coloca loca lo ca em em destaque dest de staq st aque aq ue o ponto pon p onto on to de de partida part pa rtid rt idaa do arid arrependimento: o temor de Deus. Mas não o medo de Deus, não: o temor filial de Deus. Não é o medo, mas aquele respeito que se deve a Deus porque Ele é Deus. É um respeito filial porque Ele é Pai. O bom ladrão recorda a atitude fundamental que abre à confiança em Deus: a consciência da sua onipotência e da sua infinita bondade. E este respeito confiante que ajuda a dar espaço a Deus e a confiar em sua misericórdia. Depois, o bom ladrão declara a inocência de Jesus e confessa abertamente a própria culpa: “Para nós isto é justo: recebemos o que mereceram os nossos crimes, mas este não fez mal algum” (Lc 23, 41). Portanto, Jesus está ali na cruz para estar com os culpados: através desta proximidade, Ele oferece a eles a salvação. Isso que é escândalo para os chefes e para o primeiro ladrão, para aqueles que estavam ali e zombavam de Jesus, em vez disso, é fundamento da sua fé. E assim o bom ladrão se torna testemunho da Graça; o impensável aconteceu: Deus me amou a tal ponto que morreu na cruz por mim. A própria fé desse homem é fruto da graça de Cristo: os seus olhos contemplam no Crucificado o amor de Deus por ele, pobre pecador. É verdade, era ladrão, tinha roubado toda a vida. Mas no fim, arrependido do que tinha feito, olhando para Jesus tão bom e misericordioso, conseguiu roubar para si o céu: este é um bravo ladrão! O bom ladrão se dirige enfim diretamente a Jesus, invocando a sua ajuda: “Jesus, lembra-te de mim quando tiverdes entrado no teu Reino!” (Lc 23, 42). Chama-o

pelo nome, “Jesus”, com confiança, e assim confessa aquilo que no nome indica: “o Senhor salva”: isso significa o nome “Jesus”. Aquele homem pede a Jesus para se lembrar dele. Quanta ternura nesta expressão, quanta humanidade! É a necessidade do ser humano de não ser abandonado, que Deus lhe seja sempre próximo. Deste modo, um condenado à morte se torna modelo de cristão que se confia a Jesus. Um condenado à morte é um modelo para nós, um modelo para um homem, para um cristão que se confia a Jesus; e também modelo da Igreja que na liturgia tantas vezes invoca o Senhor dizendo: “Recorda-te…recorda-te do teu amor…”. Enquanto o bom ladrão fala ao futuro: “quando entrares no teu reino”, a resposta de Jesus não se faz esperar; fala no presente: “hoje estarás comigo no paraíso” (v. 43). Na hora da cruz, a salvação de Cristo alcança o seu ápice; e a sua promessa ao bom ladrão revela o cumprimento da sua missão: isso é salvar os pecadores. No início do seu ministério, na sinagoga de Nazaré, Jesus tinha proclamado: “a libertação aos prisioneiros” (Lc 4, 18); em Jericó, na casa do público pecador Zaqueu, tinha declarado que “o Filho do homem – isso é, Ele – veio procurar e salvar quem estava perdido” (Lc 19, 9). Na cruz, o último ato confirma o realizar-se deste desígnio salvífico. Do início ao fim Ele se revelou Misericórdia, se revelou encarnação definitiva e irrepetível do amor do Pai. Jesus é realmente a face da misericórdia do Pai. E o bom ladrão chamou-o pelo nome: “Jesus”. É uma invocação breve e todos podem fazê-la durante o dia tantas vezes: “Jesus”. “Jesus”, simplesmente. E assim fazê-lo todo o dia.


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Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade “Vós sois o sal da terra… Vós sóis a luz do mundo” (Mt 5,13-14). Prezados irmãos e irmãs da Igreja de Deus que se faz presente na Diocese de Jundiaí: Na última Assembleia – Aparecida (SP), 6 a 15 de abril de 2016, os Bispos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) aprovaram o Documento intitulado: Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade – Sal da terra e luz do mundo (Mt 5,13-14) (Documentos da CNBB, n. 105). Com este Documento, a Igreja do Brasil quer, uma vez mais, valorizar a vocação e a missão dos cristãos leigos e leigas. De fato, queridos irmãos leigos e irmãs leigas, vocês têm uma real importância dentro do Povo de Deus. Gostaria de destacar cinco pontos principais deste Documento da CNBB. 1º) A identidade e a dignidade da vocação laical − O Concílio Vaticano II (1962-1965) enfatizou a comum e igual dignidade de todos os membros da Igreja, a partir do Batismo e da Confirmação: pois, “comum a graça de filhos, comum a vocação à perfeição; uma só salvação, uma só esperança e uma caridade indivisa. Nenhuma desigualdade, portanto, em Cristo e na Igreja, por motivo de raça ou de nação, de condição social ou de sexo” (Constituição Dogmática sobre a Igreja Lumen Gentium [“Luz dos Povos”], n. 32). Portanto, os leigos e leigas são, antes de tudo, cristãos: ser cristão é, portanto, a condição comum a todos os batizados. Por isso, o último Documento da CNBB qualifica o cristão leigo como verdadeiro sujeito eclesial, e isto “significa ser maduro na fé, testemunhar amor à Igreja, servir os irmãos e irmãs, permanecer no seguimento de Jesus, na escuta obediente à inspiração do Espírito Santo e ter coragem, criatividade e ousadia para dar testemunho de Cristo” (n. 119). 2º) A vocação e a missão dos cristãos leigos e leigas − A Igreja, como Povo de Deus, não evoca apenas a sua unidade, mas também a sua diversidade. De fato, assim como o corpo tem muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função (cf. Rm 12,4-5), a Igreja é “um só corpo” (Ef 4,4) na diversidade dos dons, serviços e ministérios. Estes não são apenas funções ou ofícios necessários para a organização da Igreja. Os dons provêm do mesmo Espírito Santo e são dados para a edificação de toda a Igreja (cf. 1Cor 14,12). Se a missão que cabe aos ministérios ordenados (bispos, presbíteros e diáconos), em virtude do Sacramento da Ordem, é manter a Igreja unida na fé e na caridade, servindo à comunidade pela tríplice missão de en-


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sinar, santificar e pastorear, cabe aos cristãos leigos e leigas a missão própria e específica de serem “sal da terra e luz do mundo” (cf. Mt 5,13-14) na Igreja e no mundo. Sem negar a inserção dos cristãos leigos e leigas nos inúmeros trabalhos pastorais na Igreja, porém, é nas realidades e nos ambientes do mundo que eles são chamados a viver a sua missão, contribuindo, a modo de fermento (cf. Mt 13,33), isto é, por dentro, na transformação do mundo segundo o projeto do Reino de Deus. A 3ª Conferência do Episcopado Latino-Americano, realizada em Puebla (México), no ano de 1979, assim definiu o cristão leigo: “homem de Igreja no coração do mundo e homem do mundo no coração da Igreja” (cf. n. 786d). 3º) A ação transformadora dos cristãos leigos e leigas na Igreja e no mundo − Como discípulos missionários de Jesus Cristo os cristãos leigos e leigas em muito contribuem para tornar a Igreja mais misericordiosa, consoladora, samaritana, profética, serviçal e missionária: enfim, uma Igreja discípula missionária do Mestre. O Documento dos Bispos salienta também que a ação dos cristãos leigos e leigas no mundo pode ser exercida de várias maneiras. Primeiro, a ação rotineira feita com amor e dedicação nas funções diárias na família, no trabalho e no lazer. Outros ambientes importantes para a ação transformadora dos cristãos leigos e leigas são: a política, os sindicatos e associações de bairro, a cultura e a educação, as comunicações e o cuidado com o meio ambiente, a nossa “Casa Comum”. 4º) Espiritualidade – Os cristãos leigos e leigas não podem viver verdadeiramente sua vocação e missão na Igreja e no mundo sem uma comunhão profunda e íntima com Jesus Cristo. É só a partir de Jesus Cristo que eles, os cristãos leigos e leigas, “infundem uma inspiração de fé e de amor nos ambientes e realidades onde vivem e trabalham” (n. 185). O Documento dos Bispos qualifica esta espiritualidade como “encarnada”, isto é, marcada pela vivência da vida no Espírito pela inserção no mundo. Longe de ser intimista e individualista, a espiritualidade dos cristãos leigos e leigas é marcada pela espiritualidade de comunhão e missão. 5º) Formação – Sem uma formação permanente e atualizada, os cristãos leigos e leigas não conseguem, muitas vezes, forças e inspiração para viver autenticamente sua vocação e missão na Igreja e no mundo. Só a formação de sujeitos eclesiais e socialmente conscientizados consegue capacitar os cristãos leigos e leigas no seu compromisso e na sua paixão pela Missão. Neste sentido, a Diocese de Jundiaí é agraciada pelo trabalho do Centro Catequético Diocesano Dom Gabriel, que se faz presente em cinco Núcleos Teológicos nas cidades de Jundiaí, Itu, Salto, Santana de Parnaíba e Várzea Paulista. Infelizmente, nem sempre os nossos cristãos leigos e leigas sabem aproveitar deste importante centro de formação teológica. Queridas irmãs e queridos irmãos diocesanos: elevo uma sincera ação de graças pela presença e atuação de tantos cristãos leigos e leigas em nossa querida e amada Diocese de Jundiaí: mulheres e homens, adultos, jovens, adolescentes e crianças. Agradeço também a Deus pela participação do Conselho Diocesano de Leigos que tem buscado formar, articular e organizar o nosso laicato. Peçamos a Maria, que nos deu Jesus, a verdadeira e única “Luz do Mundo” (Jo 8,12), que interceda por todos os nossos cristãos leigos e leigas, para que se tornem cada vez mais verdadeiros sujeitos eclesiais, “sal da terra e luz do mundo” (cf. Mt 5,13-14). E a todos abençoo, particularmente os cristãos leigos e leigas da nossa Igreja Diocesana.

Dom Vicente Costa Bispo Diocesano


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Vocação e Missão A palavra “Vocare” em Latim significa chamar. A vocação é um chamado. Todo o chamado requer uma resposta. A resposta é sempre opção livre de quem é chamado. Pode ser SIM ou NÃO. Portanto, a vocação acontece no diálogo. É o encontro de duas liberdades: a absoluta liberdade de Deus, que chama, e a liberdade humana que responde a esse chamado. Há um chamado fundamental à vida e modos diferentes de se responder a esse chamado. A vocação Missionária é um chamado de Deus que perpassa todas as vocações específicas. Missionário pode ser o Leigo, casado ou solteiro, o religioso (irmão ou irmã) ou sacerdote. Não podemos esquecer que toda a Igreja é missionária. Caso contrário, o próprio cristianismo não teria sido tão difundido em todo o mundo. Jesus viveu e anunciou sua mensagem na Palestina. Nunca saiu de lá. Mas depois da ressurreição, enviou seus apóstolos e discípulos a levarem ao mundo inteiro seus ensinamentos e salvação. Antes de voltar para o Pai , Ele nos deixa uma ordem: “Portanto, ide fazer discípulos entre todos os povos...” (Mt 28, 19) Ele não nos pediu...Ele ordenou! Portanto, não há como ser cristão sem tomar consciência dessa vocação missionária! Não é possível dizer-se cristão sem sentir arder no coração o desejo de levar o amor de Jesus a todos os que nos rodeiam! O Concílio Vaticano II, em seu decreto Ad Gentes, sobre a atividade missionária da Igreja, disse que “a Igreja é, por natureza, missionária” (AG 2), ou seja, esta é a sua finalidade, sua essência. Faz

parte de sua catolicidade ser missionária. Se algum dia, a Igreja deixasse de ser missionária deixaria de ser Igreja. Portanto, ser missionária é a vocação da Igreja. Ela “existe para Ig evangelizar”. ev O papa Francisco nos diz: no “Anunciar o Evangelho de Cristo não é ge uma opção que podeum mos fazer entre muimo tas, nem é uma prota fissão. Para a Igreja, fi ser missionária não se significa fazer prosesi litismo; para a Igreja, liti ser missionária equise vale a exprimir a sua va própria natureza: isto pr é, ser iluminada por Deus e refletir a sua De luz. Este é o seu servilu ço. Não há outra estrada. A missão é a sua vocação: resplandecer a luz de Cristo é o seu serviço. Quantas pessoas esperam de nós este serviço missionário, porque precisam de Cristo, precisam conhecer o rosto do Pai”. E a vocação é descoberta na oração! Se você quiser descobrir sua vocação, dialogue com Jesus. Só mediante a oração poderá descobrir o que Deus quer de você. Na oração, o Espírito Santo afinará o seu ouvido para que possa escutar a voz de Deus. Como cantamos no Hino das Santas Missões Populares da nossa diocese: “Levantai-vos, irmãos missionários, anunciando o amor comunhão. Viva a Igreja de Cristo que busca e envia seu povo em missão”. Somos todos missionários! Precisamos responder a Deus e assumir nossa vocação! Joice Rodrigues Coord. Santas Missões Populares


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Participação dos Leigos na vida da Igreja A participação dos cristãos leigos na vida eclesial vem sendo algo estudado pela igreja nos últimos tempos. A maneira como participam, a contribuição que dão e o contexto em que estão inseridos são temas de palestras, discussões e estudos no meio eclesiástico. A CNBB através do documento 107 “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade” vem esclarecer de certo modo o papel dos leigos na igreja. Qual é então a vocação do leigo? o? O que ele é chamado a fazer? Antes de tudo é preciso entender essas perguntas para depois tentar respondê-las. Há de certo modo em nosso meio uma concepção –ainda que errada–de que os clérigos são mais importantes e protagonistas da Igreja, e os leigos são aqueles que apenas frequentam, escutam e são coordenados pelo clero. Mas o concilio Vaticano II, voltou nos nossos tempos, o olhar da Igreja aos leigos, a sua dignidade e a sua missão. Sabemos que por serem membros da Igreja de Cristo pelo batismo, os leigos exercem uma missão na vida eclesial, eles não apenas estão inseridos no contexto da Igreja, mas são Igreja, e no corpo místico são membros com grande importância tendo Cristo como cabeça e guia, do mesmo modo como o clero O tem. Todos os leigos são chamados à missão, e desde as águas batismais já são discípulos-missionários de Cristo Bom Pastor, e participam da missão de anunciar o Evangelho a todos os povos e nações. E para isso eles precisam experimentar renovadamente que o seu encontro com Jesus é verdadeiro, a fim de anunciá-Lo em primeira pessoa. Isso acontece por meio de uma vida de oração intensa, onde se saboreia a mensagem de Jesus e se experimenta a sua graça sempre presente. Por este encontro renovado, os leigos devem superar alguns antagonismos que hoje vemos muito

presentes. Um primeiro antagonismo é o que se dá entre a fé e a vida, que faz referência a uma espécie de separação da vida de fé e da vida prática, como se as duas realidades não se relacionassem. Muitos vivem uma espécie de agnosticismo funcional, no qual a fé não interpela mais a vida cotidiana. São os cristãos de domingo e dias de festa, quando o verdadeiro chamado é a ter uma vida (completamente) cristã. Outro antagonismo que precisa ser superado acontece entre a Igreja e o Mundo. Muitos podem pensar que a Igreja é uma espécie de refúgio, no qual se pode fugir do mundo hostil. Se bem é verdade que na Igreja encontramos esse espaço de paz verdadeira, precisamos reconhecer que é essencial que essa paz chegue aos quatro cantos do mundo. Cristo, com sua encarnação, valorizou o mundo e os homens, e é por isso que não nos desentendemos do mundo, mas buscamos transformá-lo, de acordo com o máximo das nossas capaci cidades e possibilidades, fazend fazendo com que seja cada vez mais is conformado fo ad com Cristo e o Reino de Deus que Ele veio anunciar. Superado esses (e outros) antagonismos, o leigo percebe que está chamado a ser o que se dá o nome de Sujeito Eclesial, que significa reconciliar toda a realidade humana e divina em uma mesma pessoa, o cristão, à imagem daquele que é Deus e homem, Jesus. Esse sujeito atua no mundo como cidadão, mas seu atuar é fruto de seu ser, e o seu ser é católico. Em outras palavras, o sujeito eclesial está chamado a fazer parte ativa da missão da Igreja de restaurar tudo em Cristo, sob a proteção e guia de Maria.


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Jovens recebem Sacramento do Batismo Na manhã do sábado, 24 de setembro,, dois jovens de nossa Paróquia, Thainá e Igor, receberam o Sacramento do Batismo. Em Novembro, serão crismados com outros jovens, que estão se preparando.

“A porta da fé e da vida cristã é o Batismo e este é o único Sacramento referido no Credo. Quando no Credo dizemos que “professo um só Batismo para a remissão dos pecados”, afirmamos que este sacramento é, em certo sentido, o bilhete de identidade do cristão: um novo nascimento, o ponto de partida de um caminho de conversão, que se estende por toda a vida.” - Papa Francisco


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Festa de Santa Clara A Comunidade Santa Clara celebrou a festa da padroeira com o Tríduo em preparação para a Solenidade, que contou com as presenças do Frei Rodrigo, OSA; Pe. Adriano Zuccolin e Pe. Júlio F. Alves. No dia litúrgico dedicado a Santa Clara, presidiu a missa solene, o Pe. Paulo Eduardo Ferreira de Souza. Durante 4 dias, a comunidade foi levada a uma reflexão sobre a santidade de Clara de Assis: um convite para que todos possam seguir o exemplo de doação total a Deus.

1º Dia do Tríduo

1º Dia do Tríduo

1º Dia do Tríduo

2º Dia do Tríduo

2º Dia do Tríduo

2º Dia do Tríduo

3º Dia do Tríduo

3º Dia do Tríduo

3º Dia do Tríduo

Solenidade de Santa Clara

Solenidade de Santa Clara

Solenidade de Santa Clara


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2º Retiro Paroquial das Sa Em preparação aos 50 anos da Diocese de Jundiaí, após o estudo do Evangelho segundo São Marcos, a Paróquia São Judas Tadeu se reuniu, nos dias 30 e 31 do mês de julho, para o 2º Retiro Paroquial das Santas Missões Populares. Foram dias de profunda reflexão sobre a importância de sairmos em missão para levar o anúncio da Boa Nova a todos os povos. Durante o evento, as crianças também participaram um retiro “kids”.


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Santas Missões Populares

“Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.” -

Mt 28,19


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JUPA faz 42 Anos Desde o mês de julho de 1974, a nossa comunidade JUPA (Juventude Unida Para o Amor) está em atividade com a juventude até os dias de hoje. Há gerações que a comunidade atua na Paróquia São Judas Tadeu, inclusive em eventos promovidos pela paróquia, e desde sempre acolhendo jovens, muitas vezes até de fora do setor de nossa paróquia. Muitos padres tiveram a alegria de testemunhar a atuação da comunidade e nos tempos de hoje, temos a presença de Cristo em nosso meio, na pessoa do Padre Paulo F. Eduardo que apóia os jovens, e não nos deixa ter dúvida que Jesus Cristo é o Salva-

dor. Contamos também com o apoio do seminarista Douglas. O que sustenta nossa comunidade é a oração. No domingo(07/08) tivemos a primeira Manhã Jovem com diversas atividades para o crescimento do jovem na fé católica e para comemorar os 42 anos de caminhada. Uma coisa é certa, sem Jesus Cristo o JUPA não estaria vivo, graças a Deus está vivo e atuante. JUPA CRISTO REINA ! Célio Queiróz coordenador geral do JUPA


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Paróquia São Judas Tadeu conta com novos acólitos e pequenos acólitos No dia 04 de setembro, a Paróquia São Judas Tadeu esteve em festa, pois foram investidos novos acólitos e pequenos acólitos, que auxiliarão o Padre, o Diácono, o Bispo e outros ministros, nas ações litúrgicas, sobretudo durante a Santa Missa. Rezemos por nossos jovens e crianças para que sejam fiéis a este chamado.


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Missa Parte por Parte Publicaremos a partir desta edição, uma série de catequeses, explicando a Santa Missa, parte por parte. Iniciaremos pelos Ritos Iniciais.

Ritos Iniciais Entrada do Celebrante Vai começar a Celebração. É o nosso encontro com Deus, marcado pelo próprio Cristo. Jesus é o orante máximo que assume a Liturgia oficial da Igreja e consigo a oferece ao Pai. Ele é a cabeça e nós os membros desse corpo. Por isso nos incorporamos a Ele pra que nossa vida tenha sentido e nossa oração seja eficaz. Durante o canto de entrada, o padre acompanhado dos ministros, dirige-se ao altar. O celebrante faz uma inclinação e depois beija o altar. O beijo tem um endereço: não é propriamente para o mármore ou a madeira do altar, mas para o Cristo, que é o centro de nossa piedade. Saudação O padre dirige-se aos fiéis fazendo o sinal da cruz. Essa expressão “EM NOME DO PAI E DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO”, tem um sentido bíblico. Nome em sentido bÍblico quer dizer a própria pessoa. Isto é iniciamos a Missa colocando a nossa vida e toda a nossa ação nas mãos da Santíssima Trindade. O sinal da cruz, significa que estamos na presença do Senhor e que compartilhamos de Sua autoridade e de Seu poder. Ato penitencial O Ato Penitencial é um convite para cada um olhar dentro de si mesmo diante do olhar de Deus, reconhecer e confessar os seus pecados, o arrependimento deve ser sincero. É um pedido de perdão que parte do coração com um sentido de mudança de vida e reconciliação com Deus e os irmãos. E quando recitamos o Rito Penitencial, ficamos inteiramente receptivos à sua graça curativa: o Senhor nos perdoa, nos abrimos em perdão e estendemos a

mão para perdoar a nós mesmos e aos outros. Ao perdoar e receber o perdão divino, ficamos impregnados de misericórdia: somos como uma esponja seca que no mar da misericórdia começa a se embeber da graça e do amor que estão à nossa espera. É quando os fiéis em uníssono dizem: “S “Senhor, tende piedade de nós!” Hino de louvor O Glória é um hino de louvor à ao Pai, ao Fi Filho no Espírito Santo to. No Glória (um dos pr primeiros cânticos de lo louvor da Igreja), entr tramos no louvor de Je Jesus diante do Pai, e a oração dEle torna-se nossa. Quando louvamos, reconhecemos o Senhor como criador e Seu contínuo envolvimento ativo em nossas vidas. Ele é o oleiro, nós somos a argila (Jer 18-6). Louvemos! Nós temos a tendência a nos voltar para a súplica, ou seja, permanecemos no centro da oração. No louvor, ao contrário, Jesus é o centro de nossa oração. Louvemos o Senhor com todo o nosso ser, pois alguma coisa acontece quando nos esquecemos de nós mesmos. No louvor, servimos e adoramos o Senhor. Oremos A oração é seguida de uma pausa. Este é o momento em que o celebrante nos convida a nos colocarmos em oração. Durante esse tempo de silêncio cada um faz mentalmente o seu pedido a Deus. Em seguida o padre eleva as mãos e profere a oração, oficialmente, em nome de toda a Igreja. Nesse ato de levantar as mãos o celebrante está assumindo e elevando a Deus todas as intenções dos fiéis. Após a oração todos respondem AMÉM, para dizer que aquela oração também é sua. (Continua na próxima edição) Fonte: http://www.catequisar.com.br/texto/materia/especial/missa/01.htm


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Orações e adoração na Procissão Eucarística A Paróquia São Judas Tadeu esteve reunida, no dia 26 de agosto, para a realização da Procissão Eucarística Luminosa. A atividade fez parte da programação da Semana Paroquial da Família. Os paroquianos se reuniram na Comunidade Nossa Senhora Auxiliadora e juntos seguiram acompanhando o Santíssimo Sacramento até a Igreja Paroquial São Judas Tadeu. Durante o trajeto, foram realizadas paradas na casa de fiéis, que haviam preparado o altar, para receber Jesus Sacramentado, para momentos de orações e adoração. Ao final de cada visita, o pároco, Pe. Paulo Eduardo F. Souza, realizava a bênção do Santíssimo.


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Momentos do Retiro dos Jovens da Crisma


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Escândalo no Céu: João Batista descanonizado! Publicamos abaixo um texto do Pe. Gonçalo Portocarrero de Almada, sacerdote português da Prelazia do Opus Dei. Trata-se, evidentemente, de uma grande ironia: uma advertência com relação à postura daqueles que, traindo o profetismo do batismo, procuram adocicar ou, até mesmo, adulterar o ensinamento da Igreja, que é ensinamento do próprio Cristo, assumindo a cartilha proposta pela agenda relativista

Graças à grande trapalhada informática com o Citius, veio ter ao meu computador, procedente do Supremo Tribunal de Justiça do Céu, uma cópia da ação de descanonização de São João Batista, intentada por alguns católicos, que se fizeram representar pelo seu advogado. Alega o causídico que o dito João, filho de Zacarias e de Isabel, foi precipitadamente elevado às honras dos altares e que, à luz da misericórdia pastoral, recentemente descoberta pelos referidos fiéis, é muito duvidosa a sua santidade. A verdade é que a dita mãe do referido João, Isabel, era prima de Maria e, portanto, o filho desta, Jesus, era parente próximo do Batista, o que indicia favorecimento na sua canonização, cujo processo, por sinal, não consta nos arquivos da Congregação para as Causas dos Santos. Também se teme que o alegado santo tenha sido ilicitamente beneficiado pelo fato de dois dos seus discípulos, André e João, terem depois seguido Cristo (tráfico de influências?). Por outro lado, não se conhece nenhum milagre, comprovado científica e canonicamente, que seja devido à sua intercessão. Acresce o fato de viver nas dunas, de se cobrir com peles de animais (quiçá de espécies protegidas), comer gafanhotos (que, dede as pragas do Egito, estão em vias extinção) e de se alimentar de mel silvestre (produto não autorizado pela ASAE), o que indicia comportamentos antiecológicos e, em consequência, dignos de grave censura social e eclesial.

Contudo, a principal queixa contra o dito Batista diz respeito à sua ausência de sentido pastoral e a sua falta de misericórdia para com o rei Herodes Antipas, a quem, publicamente, acusou de viver em adultério com a sua sobrinha, Herodíades, mulher de seu irmão Filipe e mãe de Salomé. Ainda que os autos provem ser verdadeira essa convivência marital, é absolutamente lamentável que, em vez de acolher misericordiosamente o simpático governante, João o tenha condenado eticamente, incorrendo assim na santa ira de Herodíades. Ora, numa perspectiva mais inclusiva e gradual, não só se deveria ter abstido de tais pronunciamentos moralistas, como deveria ter participado misericordiosamente no banquete natalício de Herodes Antipas, segundo a famosa tese que afirma que nenhum convidado para uma ceia pode ser legitimamente impedido de nela comer.Embora os exegetas discutam se este princípio teológico-gastronómico, muito em voga em certos jornais, já constava nas tábuas da Lei, dadas por Deus a Moisés, ou se decorre de algum sermão de Santo Agostinho, ou ainda se se encontra na Suma Teológica, ninguém duvida de que é de fé divina e católica. Por outro lado, a união de Herodes com a cunhada era, indiscutivelmente, uma relação amorosa e, sendo a caridade a principal virtude cristã, deve prevalecer a atitude pastoral de valorizar esse amor, tendo também em conta o bem da jovem e bela Salomé, que de tão amorosa mãe e do


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seu extremoso consorte recebia, como bailarina, uma esmerada educação artística, que deve ser também estimulada. Por último, a forma rude como o dito João tinha por costume dirigir-se às autoridades eclesiásticas, como os fariseus e os doutores da lei, não condiz com o estilo pastoral pós-conciliar, o qual, em vez de apelar à conversão, ou julgar, proibir ou condenar atos objetivamente contrários à doutrina cristã, acolhe, abençoa e louva todas as atitudes de quaisquer seres humanos. Por tudo isto e o mais que fica por dizer, entendem os queixosos que a sentença não pode ser outra senão a da descanonização de João Baptista, correndo a cargo do demandado as custas processuais, sem hipótese de recurso nem apelo, exceto em sede de juízo final. À margem, lê-se ainda nos autos: aconselha-se vivamente que seja também revisto o processo de um tal Tomás More, que se opôs ao divórcio de Henrique VIII e foi, por esse motivo, executado, sendo portanto igualmente suspeito de atitudes

contrárias à misericórdia cristã. Recomenda-se ainda a abertura dos processos de canonização de Herodes Antipas, de Salomé e de Herodíades, padroeiros do amor livre, bem como de Henrique VIII, vítima do fundamentalismo católico. Assinado: o advogado do diabo, bastante procurador e representante dos referidos católicos*. *Aviso à navegação: com este texto irônico não se pretende negar a prática da misericórdia em relação a todos os homens e, por maioria de razão, a todos os fiéis cristãos, quaisquer que sejam as suas circunstâncias pessoais e familiares, mas apenas recordar que a caridade pressupõe a justiça e que não há pior injustiça do que a de tratar todos por igual. O acolhimento misericordioso que a todos os cristãos, sem exceção, deve ser dispensado, não pode ser feito à custa da verdade moral objetiva, nem do propósito de conversão, que a Igreja a todos convida, como requisito necessário para a salvação. Fonte: http://observador.pt/opiniao/escandaloceu-joao-baptista-descanonizado/


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Será que Te escondes para não ver?! Por Dom Henrique da Costa Soares Bispo de Palmares - PE

A Sagrada Escritura é uma fonte inexaurível de vida, um fortíssimo facho de luz na escuridão desta nossa existência! Tome como exemplo do Salmo 10. Aí, o autor sagrado aparece escandalizado, como nós, tantas vezes: “Senhor, por que estás tão longe e Te escondes no tempo da angústia?” Por que, Senhor, és um Deus fugidio? Por que parece que não ligas para nossas angústias, para o sofrimento dos Teus, para o grito dos oprimidos desta vida? Tu não és amor? Não és providência? Não és piedade e compaixão? Por que, então fazes assim? Por que parece até que não existes, que fugiste deste nosso tempo de dores, impiedades e descrença? “O ímpio se gloria da cupidez da sua alma, o avaro se felicita, mas despreza o Senhor! O ímpio, no seu luxo soberbo, diz: ‘Ele não repara!’, ‘Deus não existe’, eis o que pensa! Seus caminhos prosperam o tempo todo, Teus juízos estão bem longe da sua vida...” Senhor, será que os ímpios estão mesmo certos? Será que esta é a triste conclusão: Deus não existe? Existes, Senhor? Ages no mundo, Senhor? Importa-Te realmente com os homens, Deus santo? A impiedade se alastra, o paganismo floresce com força impressionante, a mentira, a falsa religiosidade levam a melhor... Vejo os sucessos do mundo, os shows que reúnem multidões: quanta bobagem, quanta idiotice, quanta superficialidade, quanta vulgaridade, quanta impiedade... E são milhares, aplaudindo, extasiando-se com o lixo, com a mentira, com o que não passa de morte grotesca! Vejo a perversidade os perversos, as injustiças, a prepotência dos sabichões segundo a carne... Fazem sucesso; são ouvidos!

Onde estás, Senhor? Por que Te escondes? Por que fugiste do mundo? Por que deixaste os filhos de Adão e as filhas de Eva entregues a sua própria cegueira e loucura? Os ímpios hoje dizem: “‘Não vacilarei, de geração em geração não serei infeliz!’ Dizem consigo mesmos: ‘Deus se esqueceu, desviou o rosto, Ele não vê mais!’ Levanta-te, Senhor! Deus ergue a Tua mão! Não Te esqueças dos pobres!” Olha aqueles que esperam em Ti, aqueles que sofrem por ver o Teu nome ser riscado do coração do mundo! Senhor, nós sabemos, nós cremos: Tu não és um Deus distante, não és um Deus indiferente ao mundo: “Viste a fadiga e a aflição, e estás atento para darlhes a paga! A Ti se entrega o infeliz, para o órfão és um protetor! Ouviste o desejo dos humildes, Senhor, fortaleces seu coração e o escutas, para tutelares os direitos do órfão e do oprimido e não mais orgulhar-se o homem feito de barro”. Senhor, Tu permaneces! Tu és Deus pelos séculos dos séculos! Em Ti confiamos, em Ti esperamos!


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Mensagem do Dízimo A alegria de participar da comunidade é um fruto que todos os membros de uma paróquia devem sentir, de modo especial aqueles que se conscientizaram da importância de sua contribuição e se tornaram dizimistas. Ao entregar o Dízimo o dizimista experimenta uma maravilhosa sensação de dever cumprido e de direito usufruído. Porque o Dízimo é um dever, mas é também um direito. Se em suas casas os filhos tem ao mesmo tempo o direito e o dever de contribuir para sustentar a família, também na comunidade acontece o mesmo. Os paroquianos são corresponsáveis pela vida da paróquia e, não só participam das liturgias e eventos realizados como se quotizam para sustentar com o donativo de uma parte de seu tempo, de seus talentos e de seus bens materiais para que a obra de evangelização seja propagada. E, parafraseando uma criativa peça publicitária… Isso não tem preço! Não podemos deixar de progredir na consciência

sobre o nosso papel na comunidade. Estamos construindo juntos o nosso céu e estamos contribuindo para que outras pessoas distantes ou que se afastaram da nossa religião percebam o chamado que Deus lhes faz insistentemente e assim experimentem a vida nova que traz a conversão e a convivência fraterna entre irmãos – filhos do mesmo Pai Celeste. Quanto mais conscientes, mais nos sentimos corresponsáveis pelo dinamismo da comunidade e mais contribuimos em todos os sentidos para que o Evangelho, de fato, seja proclamado a todas as gentes. Às vezes a missão pode ser cansativa e penosa, mas ninguém se lamenta por desgastar-se quando a finalidade é evangelizar. Assim como Maria cantou o seu Magnificat reconhecendo as maravilhas de Deus operadas através de sua humildade, também nós devemos entoar um hino de gratidão pelas maravilhas que Deus continua operando na vida da Igreja e na vida de cada um de seus fiéis. O Senhor faz por nós maravilhas, Santo é o seu nome!


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