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“ Tu és Pedro” Refletindo com o Papa Na luta pela família, está em jogo o próprio ser humano No final de cada ano, o Santo Padre se reúne com todos os colaboradores da Cúria Romana para desejar-lhes um feliz e santo Natal. Na ocasião, sempre profere um discurso, uma espécie de balanço dos principais eventos que marcaram a caminhada da Igreja no ano. No dia 21 de dezembro de 2012, Bento XVI, além de tratar sobre a visita ao México e a Cuba e sobre a Nova Evangelização, com tônica no diálogo inter-religioso, concentrou-se nalguns aspectos da constituição familiar. Reproduzimos aqui o trecho relacionado à família. A grande alegria, com que se encontraram em Milão famílias vindas de todo o mundo, mostrou que a família, não obstante as múltiplas impressões em contrário, está forte e viva também hoje; mas é incontestável – especialmente no mundo ocidental – a crise que a ameaça até nas suas próprias bases. Impressionou-me que se tenha repetidamente sublinhado, no Sínodo, a importância da família para a transmissão da fé como lugar autêntico onde se transmitem as formas fundamentais de ser pessoa humana. É vivendo-as e sofrendo-as, juntos, que as mesmas se aprendem. Assim se tornou evidente que, na questão da família, não está em jogo meramente uma determinada forma social, mas o próprio homem: está em questão o que é o homem e o que é preciso fazer para ser justamente homem. Os desafios, neste contexto, são complexos. Há, antes de mais nada, a questão da capacidade que o homem tem de se vincular ou então da sua falta de vínculos. Pode o homem vincularse para toda a vida? Isto está de acordo com a sua natureza? Ou não estará porventura em contraste com a sua liberdade e com a auto-realização em toda a sua amplitude? Será que o ser humano torna-se ele próprio, permanecendo autônomo e entrando em contacto com o outro apenas através de relações que pode interromper a qualquer momento? Um vínculo por toda a vida está em contraste com a liberdade? Vale a pena também sofrer por um vínculo? A recusa do vínculo humano, que se vai generalizando cada vez mais por causa duma noção errada de liberdade e de auto-realização e ainda devido à fuga da perspectiva duma paciente suportação do sofrimento, significa que o homem permanece fechado em si mesmo e, em última análise, conserva o próprio «eu» para si mesmo, não o supera verdadeiramente. Mas, só no dom de si é que o homem se alcança a si mesmo, e só abrindo-se ao outro, aos outros, aos filhos, à família, só deixando-se plasmar pelo sofrimento é que ele descobre a grandeza de ser pessoa humana. Com a recusa de tal vínculo, desaparecem também as figuras fundamentais da existência humana: o pai, a mãe, o filho; caem dimensões essenciais da experiência de ser pessoa humana. Num tratado cuidadosamente documentado e profundamente comovente, o rabino-chefe de França, Gilles Bernheim, mostrou que o ataque à forma autêntica da família (constituída por pai, mãe e filho), ao qual nos encontramos hoje expostos – um verdadeiro atentado –, atinge uma dimensão ainda mais profunda. Se antes tínhamos visto como causa da crise da família um mal-entendido acerca da essência da liberdade humana, agora torna-se claro que aqui está em jogo a visão do próprio ser, do que significa realmente ser homem. Ele cita o célebre aforismo de Simone de Beauvoir: «Não se nasce mulher; fazem-na mulher – On ne naît pas femme, on le devient». Nestas
palavras, manifesta-se o fundamento daquilo que hoje, sob o vocábulo «gender gênero», é apresentado como nova filosofia da sexualidade. De acordo com tal filosofia, o sexo já não é um dado originário da natureza que o homem deve aceitar e preencher pessoalmente de significado, mas uma função social que cada qual decide autonomamente, enquanto até agora era a sociedade quem a decidia. Salta aos olhos a profunda falsidade desta teoria e da revolução antropológica que lhe está subjacente. O homem contesta o fato de possuir uma natureza pré-constituída pela sua corporeidade, que caracteriza o ser humano. Nega a sua própria natureza, decidindo que esta não lhe é dada como um fato pré-constituído, mas é ele próprio quem a cria. De acordo com a narração bíblica da criação, pertence à essência da criatura humana ter sido criada por Deus como homem ou como mulher. Esta dualidade é essencial para o ser humano, como Deus o fez. É precisamente esta dualidade como ponto de partida que é contestada. Deixou de ser válido aquilo que se lê na narração da criação: «Ele os criou homem e mulher» (Gn 1, 27). Isto deixou de ser válido, para valer que não foi Ele que os criou homem e mulher; mas teria sido a sociedade a determiná-lo até agora, ao passo que agora somos nós mesmos a decidir sobre isto. Homem e mulher como realidade da criação, como natureza da pessoa humana, já não existem. O homem contesta a sua própria natureza; agora, é só espírito e vontade. A manipulação da natureza, que hoje deploramos relativamente ao meio ambiente, torna-se aqui a escolha básica do homem a respeito de si mesmo. Agora existe apenas o homem em abstrato, que em seguida escolhe para si, autonomamente, qualquer coisa como sua natureza. Homem e mulher são contestados como exigência, ditada pela criação, de haver formas da pessoa humana que se completam mutuamente. Se, porém, não há a dualidade de homem e mulher como um dado da criação, então deixa de existir também a família como realidade pré-estabelecida pela criação. Mas, em tal caso, também a prole perdeu o lugar que até agora lhe competia, e a dignidade particular que lhe é própria; Bernheim mostra como o filho, de sujeito jurídico que era com direito próprio, passe agora necessariamente a objeto, ao qual se tem direito e que, como objeto de um direito, se pode adquirir. Onde a liberdade do fazer se torna liberdade de fazer-se por si mesmo, chega-se necessariamente a negar o próprio Criador; e, consequentemente, o próprio homem como criatura de Deus, como imagem de Deus, é degradado na essência do seu ser. Na luta pela família, está em jogo o próprio homem. E torna-se evidente que, onde Deus é negado, dissolve-se também a dignidade do homem. Quem defende Deus, defende o homem.
Expediente: Povo de Deus - Boletim Informativo mensal da Paróquia São Judas Tadeu - Pároco: Padre Paulo Eduardo F. Souza Jornalista Responsável. / Diagramação/Edição.: Jornalista Tadeu Eduardo Italiani – Mtb.: 47.674 Revisora Vanda Mazurchi - Impressão Gráfica JP – Tiragem 2000 exemplares - Endereço: Praça. Júlio Mesquita Filho, 45 Bairro Rancho Grande - CEP 13306-159 Itu - SP - Fone (11) 4024-0416 Diocese de Jundiaí - e-mail: paroquiasjudas@bol.com.br Elaborado pela Pastoral da Comunicação - PASCOM
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O Pastor fala ao seu rebanho Cristãos construtores da paz “Bem-aventurados os obreiros da paz” (cf. Mt 5,9) Caros amigos e amigas: estamos iniciando um novo ano com o coração repleto de esperança e sonhos de conquistas e realizações. Talvez não tenhamos tido tantas conquistas no ano passado, mas sempre renovamos a esperança numa nova etapa da vida que estamos iniciando. Para o cristão, discípulo e missionário do Mestre Jesus Cristo, a esperança se renova de uma maneira toda especial, porque temos no coração a verdadeira paz que vem de Deus e que a Bíblia nos ensina: “E a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5,5). Os que depositam no Senhor a sua esperança jamais experimentam a decepção e a derrota. O profeta Isaías tem uma palavra muito linda para nós: “Mas os que esperam no Senhor, renovam as sua forças, criam asas como águia, correm e não se afadigam, andam, andam e nunca se cansam” (Is 40,31). Vivemos numa sociedade onde cada vez mais temos a sensação de que o mal vai vencendo e as forças do bem estão enfraquecidas! Parece que não adianta lutar pela paz e justiça! O próprio rei Davi teve esta sensação: “O insensato pensa: ‘Deus não existe’. São corruptos, fazem coisas abomináveis, não há quem faça o bem” (Sl 53[52],2). Mas os que confiam no Senhor verdadeiramente lançam fora do coração esta sensação e renovam a esperança na ação amorosa de Deus na história da humanidade. Somos chamados a sermos discípulos de Jesus, o Príncipe da Paz. Portanto, devemos proclamar e viver esta paz que vem de Deus. Porém, a paz do Senhor não é a paz que a sociedade tem para nos oferecer. O próprio Jesus nos ensina isso: “Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não é à maneira do mundo que eu a dou. Não se perturbe, nem se atemorize o vosso coração” (Jo14,27). O Senhor Jesus deixa muito claro que a paz que Ele nos oferece é
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uma paz diferente daquela que o mundo pode nos oferecer. Mas qual será esta diferença? A paz do mundo é uma paz falsa porque “ter paz” para as pessoas que não conhecem o amor de Deus significa simplesmente não brigar, não discutir, não gritar com ninguém. Porém, o coração dessas pessoas grita desesperadamente contra a outra pessoa; elas simplesmente não externam o que estão sentindo, mas o seu coração está petrificado de ódio e rancor. Isso faz muito mal ao ser humano, pois acarreta depressão, tristeza, angústia e solidão. Um coração dominado pelo ressentimento é um coração triste e doente! Esta com certeza não é a paz que o Senhor Jesus tem para oferecer! Ao contrário, a paz de Jesus é libertadora e reconfortante, é transformadora e pacificadora!!! A paz de Jesus limpa o coração de todo sentimento negativo e dá ao ser humano equilíbrio emocional e espiritual. A paz do Senhor nos leva a perdoar quem nos ofendeu e até mesmo a prestar auxílio a estas pessoas quando estão necessitadas. Lembramos que o Senhor Deus é o único que conhece profundamente o coração, a intimidade do ser humano. O Senhor Jesus recebe muitos títulos nas Sagradas Escrituras, mas um dos mais profundos e belos é certamente este: Príncipe da Paz! Foi o profeta Isaías quem nomeou o Filho de Deus com este sugestivo título em Isaías 9,5, quando profetizou: Um dos nomes que terá o Messias, Salvador do seu povo é: “Príncipe da Paz”. Portanto, como discípulos e missionários de Jesus, o Príncipe da Paz, sejamos cristãos promotores da verdadeira paz de Deus em todos os lugares por onde passarmos e assim seremos sinais da amorosa presença de Deus no mundo! Por fim, queremos lembrar a Mensagem do Papa Bento XVI para o 46º Dia Mundial da Paz (01 de janeiro de 2013), com o título: “Bem-aventurados os obreiros da paz”, lembrando a palavra proferida por Jesus no Sermão da Montanha (cf. Mt 5,9). Os obreiros da paz são aqueles que amam, defendem e promovem a vida na sua integridade. Estendo a todos os votos que o Papa faz na conclusão da referida Mensagem: “que todos possam ser autênticos obreiros e construtores da paz, para que a cidade do homem cresça em concórdia fraterna, na prosperidade e na paz”. Assim seja! A todos abençoo. E um abençoado Ano Novo para todos!
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Espaço da Catequese O Fim do mundo II A Igreja e o mundo científico Publicamos a segunda parte do texto-entrevista. Recordamos que o nosso pároco o escreveu em dezembro de 2012, quando se intensificaram as notícias sobre a “profecia maia”. Aqui, destaque para a relação da Igreja com o mundo científico. 3-) Tomando como verdadeira a teoria de que o mundo é uma criação divina, há alguma explicação – embasada na doutrina católica – para as catástrofes e fenômenos naturais que impactam sob o planeta? A Igreja, baseada na Revelação, ensina que Deus criou um mundo ordenado e bom; ensina também que Deus mantém e sustenta a criação. “Todavia, em sua sabedoria e bondade infinitas, Deus quis livremente criar um mundo ‘em estado de caminhada’ para sua perfeição última. Este devir permite, no desígnio de Deus, juntamente com o aparecimento de determinados seres, o desaparecimento de outros; juntamente com o mais perfeito, também o menos perfeito; juntamente com as construções da natureza, também as destruições. Juntamente com o bem físico existe, portanto, o mal físico, enquanto a criação não houver atingido sua perfeição” (Catecismo da Igreja Católica, n. 310). As catástrofes e fenômenos naturais, portanto, em nada nos convencem do contrário, isto é, de que Deus tudo criou, de que tudo criou bom. 4-) Tais fenômenos seriam desígnios de Deus ou apenas uma conseqüência da ação do homem sobre o ambiente? Sob essa perspectiva, mesmo que as profecias apocalípticas não se concretizem, há quem acredite que a sociedade está à beira de um colapso. O senhor concorda? Em caso positivo, o que podemos fazer para reverter esse quadro? Como respondemos acima, existem algumas “destruições da natureza” decorrentes do fato de que “Deus quis criar um mundo em estado de caminhada”. Os abalos sísmicos, por exemplo, em sua maioria, estão relacionados à constituição do planeta. Outros eventos devastadores, contudo, se devem à ação despótica do ser humano sobre a natureza (Texto-base da CF – 2011, n.64). Tanto os desastres que prescindem da ação humana quanto os gerados por essa não se furtam aos desígnios de Deus, que “não somente dá às criaturas o existir, mas também a dignidade de agirem elas mesmas, de serem causas e princípios umas das outras, e de assim cooperarem, no cumprimento de seu desígnio” (Catecismo da Igreja Católica, n. 306). É o que chamamos de Divina Providência. Não há mal do qual Deus não possa fazer resultar o bem. No tocante às devastações que têm como fonte o inconseqüente agir humano, existe um trabalho incansável da Igreja visando uma nova mentalidade. A propósito, neste ano de 2011, a Igreja no Brasil, em sua Campanha da Fraternidade, reflete justamente so-
bre as conseqüências negativas da interferência humana sobre o criado. O tema é: “A Fraternidade e a Vida no Planeta”; e o lema: “ A criação geme em dores de parto” (Rm 8,22). Com razão, “a responsabilidade pelo bem da criação, que em si possui uma dignidade particular, foi confiada pelo Criador a todos, na qualidade de administradores da criação. Os católicos são convidados a participar, nos mais diversos níveis, de iniciativas que visam estudar e agir sobre problemas que ameaçam a dignidade da criação e colocam em perigo a humanidade inteira” (Diretório Ecumênico, n. 215). A esperança de novos céus e nova terra nos estimula a continuar nossa tarefa de cooperadores da obra criadora de Deus. 5-) Quais as chances de tais eventos realmente ocorrerem? Supondo-se que essa possibilidade, de fato, existisse, o uso da tecnologia não poderia amenizar, ou até mesmo impedir, o impacto desses cataclismos? Falo, antes de tudo, da tecnologia diante dos problemas que estão na raiz dos eventos cataclísmicos. O Papa Bento XVI, no último livro-entrevista, Luz do Mundo, manifestou sua preocupação. Disse que a tecnologia apenas não basta. São necessárias uma nova e aprofundada consciência moral e uma disponibilidade para renúncia que seja concreta, capazes de nortear verdadeiras ações políticas. Do contrário, todos os esforços serão frustrados como os da Conferência Mundial sobre o Clima, em Copenhagen, dezembro de 2009, que evitou falar de resoluções concretas. A tecnologia sem o aspecto ético não se apresenta como a solução, mas é, em parte, causa dos grandes problemas globais. Precisamos corrigir o conceito de progresso, atrelando-o à reflexão ética. Nem tudo o que se consegue, deve-se fazer. O ser humano, portanto, respeitando sua dignidade própria e a partir de uma legítima reflexão ética, deve fazer o que estiver ao seu alcance para evitar o dito colapso. Mas é bom recordar que o mundo, como o conhecemos, já tem seu fim decretado. A ecologia cristã não tem pretensão de criar um paraíso terrestre. 6-) Ao contrário de outros tempos, pode-se dizer que, hoje em dia, a ciência é uma aliada da Igreja? Por quê? Na realidade, é um grande equívoco pensar numa rivalidade entre a Igreja e a ciência. Se é verdade que muitos cientistas foram alvos de um processo até mesmo desumano por parte de alguns homens de Igreja, não é menos verdadeiro que a própria Igreja foi o grande
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mecenas da ciência e das artes. As tensões entre a teologia e a ciência sempre existiram e continuarão a existir. O que não significa rivalidade. Se é necessário reconhecer erros de alguns tribunais eclesiásticos com relação aos cientistas (como a Igreja já o fez, inclusive), é igualmente importante combater toda espécie de anacronismo. A Igreja, que é também uma realidade histórica, é, da mesma forma, filha do seu tempo. Os erros do passado que com muita facilidade se costumam atribuir unicamente à Igreja são, no mais das vezes, conjunturas sociais de um dado momento histórico refletidas também em seu seio. O Papa Pio XII usou, certa vez, uma expressão muito feliz: “Os conhecimentos científicos e teológicos são raios do mesmo sol”. Mais recentemente, o Papa João Paulo II, em sua encíclica Fides et Ratio, demonstrou como é importante, saudável e necessária a relação entre a fé e a razão, com suas naturais tensões. Nunca é demais lembrar que vários sacerdotes católicos foram cientistas importantes, como, por exemplo, Nicolau Copérnico (grande promotor da teoria heliocêntrica), Gregor Mendel (chamado “pai da genética”) e Georges Lemaître (responsável pela teoria do Big Bang). No Vaticano, aliás, está a sede da Pontifícia Academia das Ciências, fundada no século XVII, da qual fazem parte inúmeros cientistas renomados de todo o mundo, muitos deles, inclusive, sequer são católicos. O cientificismo, no entanto, é algo a ser superado. Acredita-se que todo o real deva ser quantificado, matematizado. A realidade, por sua vez, vai além do alcance da ciência. Não é porque a ciência não pode falar de algumas realidades que as mesmas não existem. Esse é um dos perigos: reduzir a verdade ao horizonte alcançado pelo conhecimento científico. Outro perigo é o fideísmo. Algumas pessoas pretendem colocar em descrédito a ciência para viverem unicamente a partir do conhecimento religioso. Essa visão é completamente distorcida e não encontra respaldo nos ensinamentos da Igreja. Enfim, “ainda que a fé esteja acima da razão, nunca pode haver verdadeiro desacordo entre ambas: o mesmo Deus, que revela os mistérios e comunica a fé, também acendeu no espírito humano a luz da razão. E Deus não pode negar-se a si próprio, nem a verdade pode jamais contradizer a verdade. É por isso que a busca metódica, em todos os domínios do saber, se for conduzida de modo verdadeiramente científico e segundo as normas da moral, jamais estará em oposição à fé: as realidades profanas e as da fé encontram a sua origem num só e mesmo Deus. Mais ainda: aquele que se esforça, com perseverança e humildade, por penetrar no segredo das coisas, é como que conduzido pela mão de Deus, que sustenta todos os seres e faz que eles sejam o que são” (Catecismo da Igreja Católica, n. 159).
Solenidade de Nossa Senhora da Candelária
No dia 02 de fevereiro, festa litúrgica da Apresentação do Senhor, a cidade de Itu celebra a solenidade de sua Padroeira, Nossa Senhora da Candelária. Na “Tabela de Precedência dos Dias Litúrgicos”, a solenidade do padroeiro da cidade precede até mesmo a liturgia do domingo do Tempo Comum. Por isso que, na noite do dia 02 (sábado), se deve usar a liturgia da Padroeira, e não do domingo (NALC, nn. 59, 60 e 61). Dessa forma, sobretudo por querer manifestar a unidade de nossa Região Pastoral, convidamos todos os fiéis a participarem das celebrações na Igreja Matriz de nossa cidade, no centro. Abaixo, os horários das Missas: - 10h - Missa Solene presidia pelo Bispo Diocesano de Jundiaí, Dom Vicente Costa. - 19h – Missa festiva presidida pelo pároco Padre Francisco Carlos, seguida de Procissão Luminosa pelas ruas do centro.
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Temos um novo Pároco Na noite de 29 de Dezembro, a Paróquia São Judas Tadeu esteve em clima de muita festa e alegria. Dom Vicente Costa, Bispo Diocesano de Jundiaí esteve na Paróquia e deu posse como Pároco ao Padre Paulo Eduardo F. Souza, que desde o dia 17 de fevereiro de 2012, desenvolvia seu ministério como Administrador Paroquial. A missa teve início às 19h, contudo antes Dom Vicente reuniu, no salão paroquial a equipe de celebração, composta por padres, diáconos e ministros extraordinários da Sagrada Comunhão, além de testemunhas leigas, para a realização da profissão de fé e o juramento de Padre Paulo Eduardo ao Bispo. Realizado o rito, deu-se início a solene celebração eucarística, que foi concelebrada pelos Padres Paulo Eduardo F. Souza, Milton Rogério Vicente, pároco da Paróquia Santa Terezinha em Jundiaí e Chanceler do Bispado,
Antônio Carlos, futuro Pároco da Paróquia Santa Rita em Jundiaí e Alberto Simionato, Reitor do Seminário Propedêutico da Diocese. Também serviram ao altar os Diáconos Permanentes José Marcos Nunes e Rivaldo Guimarães, ambos da Paróquia São Judas Tadeu. No início da celebração, Padre Milton Vicente leu para assembleia a provisão que nomeia Padre Paulo Eduardo como Pároco durante o período de seis anos, em seguida Dom Vicente assinou e transmitiu às mãos do Padre Paulo Eduardo. Na homilia, o bispo ressaltou o valor da família destacando a figura do esposo e da esposa, tendo como exemplo a Sagrada Família: Jesus, Maria e José. “ Nesta última liturgia do ano, possamos sair renovados para viver o próximo ano com muita confiança e dedicação. Hoje celebramos a Sagrada Família: Jesus, Maria e José. Um exemplo a ser seguido pelos
esposos e esposas,que devem um ser o suporte para o outro e assim juntos possam caminhar na fé a exemplo da família de Nazaré. E ao meu querido Padre Paulo Eduardo. Sacerdote dedicado, aplicado ao serviço da Igreja. Hoje confirmo essa missão de ser pároco, que o senhor continue perseverando na sua caminhada e conduzindo o povo que Deus lhe confiou,” destacou o pastor da Diocese de Jundiaí. Concluída a comunhão, um membro da comunidade leu a Ata de Posse do novo pároco, a qual foi assinada por Dom Vicente e passada ao Padre Paulo Eduardo. Em nome da comunidade, o Diácono Rivaldo Guimarães se dirigiu ao novo pároco, dando-lhe mais uma vez as boas vindas e dizendo que este foi um grande presente de Natal que a Paróquia ganhou. Após a missa toda comunidade se confraternizou no salão paróquia.
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A diferença entre Pároco e Administrador Paroquial
Pe. Paulo Eduardo - 9º Pároco
Desde que cheguei à Paróquia, procurei salientar a diferença entre a figura do “Pároco” e a do “Administrador Paroquial”. O primeiro é o pastor próprio da paróquia, possui estabilidade, não pode ser destituído legitimamente sem causa justa (Cf. cân. 1741). O segundo é figura provisória, emergencial, podendo ter sua missão canônica encerrada improvisamente. Na prática, no entanto, o Administrador Paroquial tem os mesmos direitos e deveres do Pároco (se o Bispo não dispuser de outra forma). Canonicamente, nossa
paróquia estava vacante (cf. cân. 539, do Código de Direito Canônico). Na condição de Administrador Paroquial, uma das minhas tarefas era preparar a chegada do novo Pároco. O mesmo Código prescreve que o Administrador Paroquial, ao terminar sua função, preste contas de sua administração ao Pároco. No meu caso concreto, isso se resolveu com um bem feito exame de consciência. Na legislação universal, o paroquiato, em regra, não pode ter tempo definido. O mesmo Código de Direito Canônico autoriza, no entanto, ex-
As obrigações do Pároco Publicamos alguns cânones do Código de Direito Canônico que reúnem os principais deveres pastorais do Pároco. Cân. 528 — § l. O pároco está obrigado a providenciar para que a palavra de Deus seja integralmente anunciada a todos os que residem na paróquia; por isso procure que os fiéis leigos sejam instruídos nas verdades da fé, sobretudo pela homilia que se deve fazer todos os domingos e festas de preceito, e pela instrução catequética, e fomente as atividades pelas quais se promova o espírito evangélico, mesmo no respeitante à justiça social; tenha peculiar cuidado com a educação católica das crianças e dos jovens; esforce-se sumamente por que, associando a si também o trabalho dos fiéis, a mensagem evangélica chegue igualmente àqueles que se tiverem afastado da prática da religião ou que não professem a verdadeira fé. § 2. Vele o pároco por que a santíssima Eucaristia seja o centro da assembleia paroquial dos fiéis; trabalhe para que os fiéis se alimentem pela devota celebração dos sacramentos e que de modo especial se aproximem com frequência dos sacramentos da santíssima Eucaristia e da penitência; esforce-se de igual modo ainda por que os mesmos sejam levados à prática da oração também em família, e
tomem parte consciente e ativa na sagrada liturgia, que o pároco, sob autoridade do Bispo diocesano, deve orientar na sua paróquia, e na qual está obrigado a vigiar para que se não introduzam abusos. Cân. 529 — § 1. Para desempenhar com zelo o ofício de pastor, esforce-se o pároco por conhecer os fiéis confiados ao seu cuidado; para isso, visite as suas famílias, partilhando sobretudo das suas preocupações, angústias e lutos e confortando-os no Senhor e, se tiverem faltado em quaisquer pontos, corrija-os prudentemente; auxilie com grande caridade os doentes, particularmente os que estão próximos da morte, confortando-os solicitamente com os sacramentos e encomendando a Deus as suas almas; dedique particular cuidado aos pobres, aos aflitos, aos solitários e aos emigrantes e aos que padecem dificuldades especiais; trabalhe ainda por que os cônjuges e os pais perseverem no cumprimento dos próprios deveres, e fomente o incremento da vida cristã na família. § 2. O pároco reconheça e promova a parte própria que os fiéis leigos possuem na missão da Igreja, fomentando as associações dos mes-
mos fiéis para fins religiosos. Coopere com o Bispo próprio e com o presbitério da diocese, esforçandose também por que os fiéis tenham cuidado da comunhão paroquial, e bem assim por que se sintam membros não só da diocese mas também da Igreja universal, e participem ou sustentem as obras destinadas a promover a mesma comunhão. Cân. 530 — Ao pároco são confiadas do modo especial as funções seguintes: 1.° a administração do batismo; 2.° a administração do sacramento da confirmação àqueles que se encontram em perigo de morte, nos termos do cân. 883, n.° 3; 3.° a administração do Viático e da unção dos doentes, sem prejuízo do prescrito no cân. 1003, §§ 2 e 3, e bem assim dar a bênção apostólica; 4.° a assistência aos matrimônios e a bênção das núpcias; 5.º a realização dos funerais; 6.° a bênção da fonte batismal no tempo pascal, a condução das procissões fora da Igreja, e bem assim as bênçãos solenes também fora da igreja; 7.° a celebração com maior solenidade da Eucaristia nos domingos e festas de preceito.
ceções (Cf. cân. 522). No Brasil, quase todos os Bispos concedem provisão de Pároco por tempo fixado, não inferior a seis anos. Ainda que o Pároco tenha estabilidade, é sempre bom lembrar as palavras da provisão: “por seis anos, enquanto o interesse maior da Igreja não recomendar o contrário”. O Pároco não é tão passível de “santas arbitrariedades”, mas deve estar sempre pronto a dar demonstrações de sua filial e heróica obediência ao Bispo Diocesano, ainda que sua estabilidade seja comprometida.
Oração pelo Pároco Abaixo, publicamos o texto da oração, supostamente composta pelo Papa Paulo VI, rezada no dia da posse canônica do nono pároco da Paróquia São Judas Tadeu. Senhor, eu Vos agradeço de nos ter dado não um anjo, mas um homem como pastor de nossas almas. Iluminai-o com Vossa luz; ajudai-o com a Vossa graça; sustentai-o com a Vossa força. Que os fracassos não o desanimem,e os sucessos não o tornem soberbo. Tornai-nos dóceis à sua voz! Que para nós ele seja amigo, irmão, mestre, médico e pai! Dai-lhe, Senhor, ideias claras, concretas, realistas; A ele, a força para colocá-las em prática; a nós, a generosidade na colaboração. Fazei que ele nos guie com amor, com o exemplo, com a palavra e com as obras. Que os mais necessitados dele recebam especial atenção! Que nele nós Vos vejamos, amemos e estimemos! Que não se perca nenhuma das almas que lhe confiastes! Salvai-nos, Senhor, com ele! Amém.
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Nossos Párocos Pe. José da Costa Stipp 1958 a 1969.
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Pe. Padre Miguel (Pablo) Balaguer Coll 1969 a 1988 Pe. Luiz Antonio de Aguiar 1988 a 1994 Pe. Jacinto Ferreira do Nascimento Neto 1994 a 1996 Pe Roberval Nunes 1996 a 1997 Pe Geraldo da Cruz Bicudo de Almeida 1998 a 2003 Pe João Batista dos Santos 2003 a 2009 Pe. Francisco Carlos Caseiro Rosi 2010 a 2012 Pe. Paulo Edurdo F. Souza - 2012
Errata Um atento leitor de nosso informativo sugeriu que não usássemos mais a expressão “Primeira Eucaristia”, e sim: “Primeira Comunhão Eucarística”. Trata-se, certamente, de uma maior precisão, embora, vulgarmente, se tenha consagrado a primeira. Agradecemos a contribuição! Na última edição, onde se lê: “Primeira Eucaristia na Paróquia São Judas Tadeu”, leia-se: “Primeira Comunhão Eucarística na Paróquia São Judas Tadeu”.
Nossa paróquia está rifando 1 carro VW SPACEFOX 2009 Vermelha, em prol a reforma do salão paroquial, e para os jovens de nossa paróquia que irão para a Jornada Mundial da Juventude com o Papa, em 2013, no Rio de Janeiro. Dois números por R$ 10,00.
Mudança de horário de atendimento do Pároco Como é do conhecimento de todos, o Pe. Paulo Eduardo, nosso Pároco, contribui com a Escola Teológico-Bíblico-Pastoral “Dom Gabriel Paulino Bueno Couto”, em Jundiaí. No fim do ano passado, toda a grade curricular foi alterada, bem como o dia em que nosso Pároco dá suas aulas. Assim sendo, para melhor servir à Igreja, quer diocesana, quer paroquial, o horário de atendimento sofreu pequenas mudanças. Veja o quadro abaixo: - Terça-feira. Das 9h30min às 11h30min (sob agendamento) e das 15h30min às 17h30min (não é necessário agendar); - Sexta-feira. Das 9h30min às 11h30min (não é necessário agendar); - Sábado. Das 9h30min às 11h30min (sob agendamento); É sempre recomendável, no entanto, informarse previamente na secretaria paroquial: (11) 4024-0416.
Atendimento na Secretaria Paroquial Segunda e Sábado das 08h às 12h Terça à Sexta: das 08h às 12h e das 13h às 17h. Endereço: Praça. Júlio Mesquita Filho, 45 Bairro Rancho Grande Fone (11) 4024-0416
Atendimento do Pároco Padre Paulo Eduardo -Terça-feira. Das 9h30min às 11h30min (sob agendamento) e das 15h30min às 17h30min (não é necessário agendar); - Sexta-feira. Das 9h30min às 11h30min (não é necessário agendar); - Sábado. Das 9h30min às 11h30min (sob agendamento);
Celebrações na Igreja Paroquial 2ª a Sábado: 19h. Domingo: 07h, 09h e 18h30 3ª Quarta - feira do mês: Missa com os enfermos: 15h
Celebrações nas Comunidades - Nossa Senhora Auxiliadora: Sábado, 19h; Domingo, 18h30min; - Santa Clara: Sábado 19h - Domingo: 09h.
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Paróquia em movimento Continuamos nossa peregrinação de fé, esperança e caridade! Já no último mês do ano, com o período das férias, pudemos ver a diminuição, graças ao Bom Deus, do ativismo frenético. Muitos dos nossos paroquianos aproveitaram para viajar, visitar parentes, rever amigos. Tudo isso é muito bom! Oxalá todas as pessoas tivessem a oportunidade de tirar esses dias de descanso em viagem. Espero, no entanto, que nessa retirada não se tenham esquecido dos compromissos de amor para com o Senhor: a participação da Santa Missa aos domingos, a oração diária, a leitura, ainda que breve, da Palavra de Deus, isso não tira férias! Esse também é um bom período para realizarmos aqueles gestos para os quais sempre temos uma desculpa: a visita aos enfermos, aos idosos, aos presidiários etc. Não podemos viver de forma egoísta nosso período de descanso! Ainda no mês de dezembro, tivemos inúmeras oportunidades de confraternização dos movimentos, das associações e das pastorais. Pude tomar parte de algumas: o almoço da Pastoral da Criança, o “ágape” da Conferência Vicentina e do Pão de Santo Antônio, o churrasco dos ministros extraordinários da comunhão eucarística. “Quam bonum et iucundum habitare fratres in unum” (Como é maravilhoso estar com os irmãos!) (Sl 133/132). Nesse período também, nós nos despedimos da querida Nielly Souza, uma de nossas secretárias, que, depois de anos em nossa Paróquia, decidiu continuar sua vida profissional noutra área. Agradecemos-lhe, de coração, o tempo e o valioso trabalho realizado. Despedida também do querido casal Anderson e Lígia, membros do CCEA e ministros extraordinários da comunhão eucarística. Por razões de trabalho, tiveram de deslocar-se. Acompanhamnos as nossas orações! Em contrapartida, admitimos uma nova secretária: a jovem Maria. Rezemos por ela, que tem se mostrado tão simpática quanto animada em realizar com competência seu importante serviço! A liturgia do Advento, com seu forte colorido de esperança, de confiança nas promessas de Deus, nos preparou para viver com intensidade a grande Solenidade do Natal do Senhor. Na ocasião, quis recuperar o “beijamento” da imagem do Menino Jesus por parte das crianças. No Livro Tombo, nosso primeiro pároco, Pe. José da Costa Stipp, fala com muita devoção desse piedoso gesto. Faço votos de que nos lares cristãos essa noite santa tenha sido vivida como uma prolongação da grande ação de graças que é a Santa Missa. Como disse em minha homilia: “Hoje, ninguém fica
sem presente! “Um menino nos foi dado!” (Is 9,5). Deus feito homem é o grande presente que nos é oferecido! ”. Por ser um período no qual muitas pessoas se ausentam da comunidade, optamos por celebrar a Oitava de Natal de forma mais modesta. Considero uma opção acertada! No dia 29 de dezembro, a Paróquia recebeu a visita de seu Pastor Maior, Dom Vicente Costa. O Senhor Bispo deu-me a provisão de Pároco desta querida Paróquia e, dentre as muitas palavras de encorajamento e admoestação evangélica, pediu que eu me aperfeiçoasse sempre mais no meu serviço à Igreja. Que Deus me ajude a ser um pastor segundo o Seu coração! Não quero ser “bonzinho”! Quero ser bom! Como Jesus, quero saber sempre mais usar de doçura com os fiéis, sem deixar de, às vezes, também usar o santo chicote do Templo (Jo 2,15). Rezem por mim! Por fim, celebramos a Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, conclusão da Oitava de Natal, que nos lança no novo ano civil. Assim como a Virgem Maria, possamos nós colaborar efetivamente com a obra de Deus para que a paz realmente reine em nossos lares, em nossa comunidade, cidade, nação. Enfim, para que paz reine no mundo! Recitamos, ao término da celebração, o Te Deum, grande hino de agradecimento ao Senhor. Nós o fizemos para bendizer a Deus por todas as graças que d’Ele recebemos durante o ano de 2012. Nós O bendizemos também por todos os momentos difíceis: nessas ocasiões a força do Senhor esteve ainda mais presente na nossa história! Quero eu agora agradecer a todos os paroquianos e paroquianas que, durante o ano de 2012, lutaram a minha luta. Agradeço a todos os agentes de todas pastorais, a todos os integrantes de movimentos e associações! Agradeço o carinho de todas as pessoas que, mesmo não sendo tão envolvidas, nos entusiasmam, nos enchem de Deus, só com o brilho do olhar! Que neste 2013 que se principia possamos trabalhar mais e melhor pelo Reino de Nosso Senhor Jesus Cristo! Nesta edição, vocês vão encontrar o Hino do Ano da Fé acompanhado de um breve comentário. Meditem-no! Rezem também com esse cântico! Para 2013, teremos várias atividade relacionadas a esse período de graça: encontros de espiritualidade, formação bíblica e formação catequética. Peçamos forças ao Senhor para vencer o marasmo! Deus os abençoe!
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Para entender o Hino do Ano da Fé Comentário da Comissão da CNBB responsável pela tradução A súplica do pai que apresentou seu filho para ser curado por Jesus – “Eu creio, mas aumentai a minha fé” (Mc 9,24) – é assumida por todos nós. Desse modo, o hino é um grande pedido pela renovação e pelo crescimento da fé. Há uma particularidade a ser notada: a primeira parte da súplica está no singular: “creio, ó Senhor”. E a segunda parte está no plural: “aumenta nossa fé”. Assim se destacam os vários aspectos da fé, que são aprofundados pelo Papa no número 10 da Porta Fidei: ao mesmo tempo ela é pessoal e eclesial, é um ato pessoal e tem conteúdo “objetivo”. Outro elemento que se destaca pela repetição é a expressão “caminhamos”, que ocorre no início de cada estrofe. Na mesma Porta Fidei, Bento XVI nos recorda que, uma vez atravessado o limiar da porta, por meio do batismo, abre-se diante de nós um caminho que dura a vida toda e que se conclui com a passagem para a vida eterna (PF, 1). O povo brasileiro se identifica muito com as romarias, peregrinações, procissões e caminhadas. Elas são um símbolo da peregrinação espiritual que toda a nossa existência cristã: “não temos aqui cidade permanente, mas andamos à procura da que está para vir” (Hb 13,14). O modo como caminhamos é destacado de modo diferente a cada nova estrofe: cheios de esperança, frágeis e perdidos, cansados e sofridos, sob o peso da cruz, atentos ao chamado, com os irmãos e as irmãs. É um caminho feito em companhia, desafiador, é certo, mas dirigido pelas marcas dos passos de Nosso Senhor, como bem recorda a estrofe 4. O caminhar da Igreja é marcado, portanto, pelos mistérios da vida de Cristo, reflexos do grande Mistério Pascal. Na sequência, nos são recordados: o Advento, o Natal, a Quaresma, a Páscoa, Pentecostes e o Reino definitivo. Do mistério do Filho de Deus feito homem é que a Igreja vive permanentemente. É a comunhão com Ele que orienta e anima toda a caminhada eclesial ao longo da história e, na grande comunhão dos santos, é também o que anima cada um dos fieis, pessoalmente. Alguns títulos de Cristo são evocados, junto com os mistérios. Filho do Altíssimo, estrela da manhã, mão que cuida e que cura, o Vivente que não morre, Palavra, esperança da chegada. Desse modo o Mistério do Filho de Deus feito nosso irmão impregna toda a existência dos cristãos, na
Igreja. Assim ele nos anima no caminho e nos conduz para a meta. Esse caminhar é feito em companhia. Como companheiros são recordados, na sequência das estrofes: os Santos que “caminham entre nós”, Maria, “a primeira dos que creem”, os pobres que “esperam à porta”, os humildes que “querem renascer”, a Igreja que “anuncia o Evangelho”, o mundo, no qual se encontram sinais do Reino que “está entre nós”. Esta grande companhia de fé nos permite muitas e profundas reflexões: a comunhão dos santos, o significado da presença da Mãe de Jesus na vida da Igreja, os pobres, nos quais podemos servir ao próprio Cristo e pagar-lhe amor com amor, o espírito das bem-aventuranças ex-
presso nos “humildes”. Como resume a última estrofe, trata-se da companhia de fé, de esperança e de amor que é a Igreja. A consciência de que o hino expressa a súplica da Igreja que quer ser renovada na fé é expressa nos termos com os quais se conclui cada estrofe: pedimos, oramos, invocamos, suplicamos, rogamos, clamamos. A renovação eclesial e o impulso para a nova evangelização, objetivos principais do Ano da Fé (PF, 7-8), não serão alcançados simplesmente por nosso esforço. São dons da graça divina, que devemos suplicar com humildade e buscar com toda energia. Valha-nos sempre a proteção da Virgem Maria, bem-aventurada porque acreditou (Lc 1,45).
CREIO, Ó SENHOR! Hino do Ano da Fé Música e texto original italiano Tradução para o Brasil: CNBB 1. Caminhamos repletos de esperança, tateando pela noite. Nos encontras no Advento da história, És pra nós o Filho do Altíssimo! CREIO, Ó SENHOR, CREIO! Com os santos que caminham entre nós, Senhor, nós te pedimos: AUMENTA, AUMENTA A NOSSA FÉ! CREIO, Ó SENHOR, AUMENTA A NOSSA FÉ! 2. Caminhamos frágeis e perdidos, sem o pão de cada dia. Tu nos nutres com a luz do Natal, És pra nós a estrela da manhã! CREDO, DOMINE, CREDO! Com Maria, a primeira dos que creem, Senhor, a ti oramos: ADAUGE, ADAUGE NOBIS FIDEM! CREDO, DOMINE, ADAUGE NOBIS FIDEM! 3. Caminhamos, cansados e sofridos, as feridas ainda abertas. Tu sacias quem te busca nos desertos, És pra nós a mão que cuida e nos cura! CREIO, Ó SENHOR, CREIO! Com os pobres que esperam à porta, Senhor, nós te invocamos: AUMENTA, AUMENTA A NOSSA FÉ! CREIO, Ó SENHOR, AUMENTA A NOSSA FÉ!
4. Caminhamos sob o peso da cruz nas pegadas dos teus passos. Tu ressurges na manhã da santa Páscoa, És pra nós o Vivente que não morre. CREDO, DOMINE, ADAUGE NOBIS FIDEM! Com os humildes que querem renascer, Senhor, te suplicamos: ADAUGE, ADAUGE NOBIS FIDEM! CREDO, DOMINE, ADAUGE NOBIS FIDEM! 5. Caminhamos atentos ao chamado de cada novo Pentecostes. Tu recrias a presença desse sopro, És pra nós a Palavra do futuro. CREIO, Ó SENHOR, CREIO! Com a Igreja que anuncia o Evangelho, Senhor, nós te rogamos: AUMENTA, AUMENTA A NOSSA FÉ! CREIO, Ó SENHOR, AUMENTA A NOSSA FÉ! 6. Caminhamos, cada dia que nos dás, com os irmãos e as irmãs Tu nos guias nos caminhos desta terra, És pra nós a esperança da chegada! CREDO, DOMINE, ADAUGE NOBIS FIDEM! Com o mundo onde o Reino está entre nós, Senhor, nós te clamamos: ADAUGE, ADAUGE NOBIS FIDEM! CREDO, DOMINE, ADAUGE NOBIS FIDEM!
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Por que ser dizimista? Ao optar pelo dízimo, nós aprendemos algumas lições preciosas. É interessante que as aprofundemos, seja para perseverar nelas, seja para partilhá-las com os nossos irmãos e irmãs na fé. O dízimo, quando entendido e praticado com consciência, é fonte de vida rica em sentido, significado e qualidade. Com o dízimo aprendemos a AMAR Deus e ao outro: a Deus porque devolvemos a Ele um pouco do muito que Ele nos dá, e ao outro porque partilhamos com a comunidade os bens que possuímos. Ao contribuir com o dízimo descobrimos a alegria de servir! E o serviço, quando autêntico, é fruto do amor que se doa sem esperar nada em troca. O dizimista fiel, consciente e generoso é feliz porque aprendeu a amar de todo coração, inclusive repartindo o que possui. Optar pelo dizimo é entrar na escola do amor, a escola de Jesus. “Se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros. Se nos amarmos mutuamente, Deus permanece em nós e o seu amor em nós é perfeito” (1Jo 4,11-12). Descubra a alegria de participar, sendo um dizimista! Deus conta com você!
Assembleia Paroquial “O Senhor escolheu outros setenta e dois discípulos e os enviou dois a dois, na sua frente, a toda cidade e lugar aonde ele próprio devia ir” (Lc 10, 1). Atendendo ao apelo de S. Excia. Revma. Dom Vicente Costa, Bispo Diocesano de Jundiaí, queremos colocar em prática um dos projetos vislumbrados pela Ação Evangelizadora Diocesana. Durante todo o ano passado, foi realizado um trabalho minucioso de mapeamento da Paróquia. Agradeço o empenho e a dedicação do Sr. Luiz Faustino Sobrinho, que não hesitou realizar estudos in loco. Conto, agora, com a colaboração de todos os paroquianos: não basta ser discípulo! Temos de ser missionários! Quem realmente ama Jesus não se contenta em “guardá-l’O” para si mesmo. Pelo contrário, deseja que outros O conheçam também. Uma forma excelente e primordial de conhecer o Senhor Jesus é a intimidade com a Sua Palavra, a participação sacramental e a vivência comunitária. Os grupos de rua, de reflexão bíblica, se prestam muito bem a esse propósito. Precisamos confiar os novos setores dos referidos grupos a paroquianos entusiasmados pela causa do Reino, pela missão. No dia 08 de fevereiro, às 20h, no Centro Comunitário São Judas Tadeu, ao lado de nossa Igreja Paroquial, realizaremos uma grande assembleia para identificarmos e designarmos os diversos animadores de grupos. Contamos, portanto, com a participação do maior número de paroquianos possível para a realização desse projeto. Não vamos enterrar o tesouro batismal! Deus os abençoe! Pe. Paulo Eduardo F. de Souza Pároco
Mudança de horário da Missa “pro populo” No cân. 534 do Código de Direito Canônico, encontramos a seguinte prescrição: “Depois de ter tomado posse da paróquia, o pároco é obrigado a aplicar missa pelo povo que lhe é confiado, todos os domingos e festas de preceito de sua diocese”. Trata-se de um dever importantíssimo! Oferecer o Santo Sacrifício da Missa em favor de todos os meus paroquianos: os próximos e os distantes, os praticantes e os afastados, os simpáticos e os antipáticos, os amigos e os não tão amigos, os sinceros e os falsinhos. Como é impor-
tante a oração do pastor pelos irmãos, pelos filhos, que lhe foram confiados! Já como administrador paroquial possuía esse encargo, revestido agora de estabilidade. Posso oferecer essa Missa em qualquer lugar e horário. Gostaria, no entanto, de melhorar essa disciplina em nossa paróquia. Atualmente a Missa “pro populo” é celebrada aos domingos, às 9h. Na Matriz, o povo já tinha sido educado a não colocar intenção nesse horário. Mas, quando vou às comunidades, às 9h, não posso deixar de aplicar a missa pelas intenções dos fiéis que estão há
semanas esperando a Celebração Eucarística. Assim sendo, a partir de fevereiro, a Santa Missa aplicada em favor de todos os meus paroquianos será a das 7h do domingo, na nossa Igreja Paroquial. Vale ressaltar que toda festa de preceito com um único horário de Missa é “pro populo”, isto é, sem intenções dadas ao sacerdote. Lembro, no entanto, que, independente de o sacerdote aplicar ou não a Missa numa determinada intenção, os fiéis não só podem como devem apresentar ao Senhor, nosso Deus, os pedidos que trazem no coração. Re-
pito: tragam sempre no coração suas intenções! Deus, que tudo perscruta, sabe do que temos necessidade e atende às nossas súplicas! Sempre atende! Muitas vezes não como queremos, mas sempre atende! Uma coisa, portanto, é a intenção privada de cada fiel, que nunca é excluída; outra coisa é confiar a intenção ao sacerdote, que pode ou não a receber. Espero ter sido claro! No próximo número, talvez, traremos uma catequese sobre a “intenção de Missa”. Pe. Paulo Eduardo F. de Souza Pároco
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“Um menino nos foi dado!” (Is 9,5) A Igreja Paroquial de São Judas Tadeu estava repleta de fiéis para celebrar o Natal do Senhor, na noite de 24 de dezembro. A solene celebração teve início às 20h, com o canto da Kalenda, entoado pelo Padre Paulo Eduardo na entrada da Igreja. Enquanto era cantado a Kalenda, o seminarista Fernando Bete desvelou o Menino Jesus e logo em seguida deu-se a procissão de entrada. No canto do Glória, as luzes se acenderam, os sinos repicaram e a Igreja deu Glória a Deus pelo nascimento de Jesus Cristo. Na homilia, Padre Paulo Eduardo ressaltou por várias vezes, que naquela noite ninguém ficaria sem presente. ““Hoje, ninguém fica sem presente! “Um menino nos foi dado!” (Is 9,5). Deus feito homem é o grande presente que nos é oferecido! ” destacou o sacerdote. Ao final da missa, o presidente da celebração convidou as crianças para beijarem a imagem do Menino Deus. Logo após, conduziu o Menino Jesus até o presépio, onde foi colocado na manjedoura, enquanto todos cantavam o tradicional “Noite Feliz”.
Santa Maria, Mãe de Deus
A celebração da Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, realizada na noite de 31 de dezembro, reuniu grande número de fiéis na Igreja Paroquial de São Judas Tadeu. Padre Paulo Eduardo, refletiu sobre nossa atuação como cristão na edificação da obra de Deus. “ O quê estamos fazendo efetivamente,para colaborar com o Reino de Deus. Será que tenho sido um bom cristão, construtor da Paz e da vontade de Deus?” Ao final da missa, foi realizado o Te Deum,o hino de louvor em agradecimento ao Senhor, pelas maravilhas que ele realizou em nossas vidas no ano de 2012.
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14 anos do dom do Diaconato A Paróquia São Judas Tadeu celebrou no dia 6 de dezembro, os 14 anos de ordenação diaconal dos Diácon o s Permanentes José Marcos Nunes e Rivaldo Guimarães. Paroquianos e familiares se reuniram para a missa de agradecimento a Deus pelo dom do diaconado às 19h. A celebração eucarística foi presidida pelo Administrador Paroquial Padre Paulo Eduardo, que durante a homilia, destacou o valor do Diácono na hierarquia da Igreja, bem como no serviço à Caridade, ao Evangelho e à Liturgia.