JORNAL DO OPERADOR
TURÍSTICO 2018
2018
EDIÇÃO - 003
Novos antigos Bairros de Lisboa
AS NOVAS
ESTRELAS
Novos antigos Bairros de Lisboa as novas estrelas Lisboa, conhecida pela cidade das sete colinas, tem a sua essência nos seus bairros típicos. Passear pelos bairros lisboetas é descobrir ruas estreitas, ruelas e becos, calçadas, ores à janela, roupa no estendal, o fado como música de fundo e os vizinhos a falarem entre si de janela para janela, de porta para porta. Conheça um pouco mais dos novos antigos bairros de Lisboa.
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Alfama é um dos bairros mais antigos e típicos da capital. Aqui a inuência árabe é clara, a começar pelo nome "Alfama" que deriva de al-hamma (fonte de águas quentes, águas boas). As ruas são estreitas e desordenadas, por entre becos e ruelas, os cheiros vão ser diversos, os barulhos vão confundir-se com o som da guitarra portuguesa. Conversar com os vizinhos, ir à mercearia ou à tasca, ver o Tejo e ouvir fado. Aliás, Alfama é o berço do Fado. Em qualquer porta se escuta o tradicional lamento português, e foi neste bairro que o Fado foi recentemente eleito como Património Imaterial da Humanidade. Em Alfama não se pode perder a calçadinha de Santo Estêvão, assim como as maravilhosas vistas dos miradouros das Portas do Sol e de Santa Luzia. Se é um apaixonado por arte sacra, não passe ao lado da Igreja de Santo Estêvão e da Igreja de São Vicente de Fora. Não pode perder também o Panteão Nacional e Chafariz de El-Rei, o primeiro chafariz público da cidade de Lisboa. Se vir um edifício com uma fachada repleta de saliências, não estranhe, é a famosa Casa dos Bicos.
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Este bairro foi apelidado de Príncipe Real em honra de D. Pedro V, lho de Dona Maria II e situa-se a norte do Bairro Alto. É conhecido pelas suas lojas de antiguidades, jardins, miradouros, e pelos bares gay, mas tem-se tornado uma das zonas residenciais mais procuradas e um dos melhores bairros comerciais de Lisboa. Contudo continua a ser essencialmente um bairro residencial, com jardins (Príncipe Real e Flores), duas das praças mais tranquilas da cidade, palacetes museus e antiquários. O ex-libris do bairro é Jardim do Príncipe Real, onde se destaca um enorme cedro-do-Buçaco com 20 metros de diâmetro e um grande lago com repuxo. No entanto há outros jardins a descobrir nesta zona: o Jardim Botânico e o Jardim da Praça das Flores. A não perder também a Igreja das Mercês (ou de Jesus), Igreja de Nossa Senhora da Conceição dos Cardais, o Museu Nacional de História Natural e a Casa Museu Amália Rodrigues. Se é um apaixonado por antiguidades desça a Rua de São Bento, não se vai desiludir. Se é um amante de teatro, o Teatro da Politécnica e o Teatro da Cornucópia são excelentes opções.
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Campo de Ourique é um bairro com vida própria. Zona de habitação de classe média-alta e com grande tradição de comércio, e é considerado um dos bairros da cidade com melhor qualidade de vida. Campo de Ourique é um local relativamente calmo e aqui não vai ser difícil ver pessoas a cumprimentaremse, famílias a passear e a fazer compras. As ruas de Campo de Ourique estão repletas de lojas, cafés, pastelarias, consultórios e escritórios. O ponto de destaque é o Mercado de Campo de Ourique, lugar trendy para tomar uma refeição ou beber um copo. Não se pode sair de Campo de Ourique sem visitar a Igreja do Santo Condestável, da autoria de Vasco Regaleira. Em novembro de 2013, a conceituada revista Monocle elegeu a freguesia como um dos “melhores bairros da cidade fora do centro”, destacando os cafés, o Jardim da Parada ou a centenária cooperativa Padaria do Povo.
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Situada entre o Aeroporto e o rio Tejo, Marvila apresenta grandes contrastes, com ruas estreitas e largas avenidas, prédios recentes, de pequenas hortas e de modernas instalações industriais. O estilo habitacional é muito desigual, em que tanto podemos ver aglomerados de prédios e vivendas clássicas, e zonas de habitação social. O bairro da Marvila dispõe de amplas zonas verdes para os seus habitantes, como o campo de golfe da Bela Vista ou o Parque da Bela Vista (local conhecido pelo Rock in Rio Lisboa). Marvila está a crescer a olhos vistos com cafés, restaurantes, bares, espaços de coworking e galerias de arte. Destaca-se a Fábrica Braço de Prata, centro cultural privado que ocupa as instalações da sede da antiga Fábrica Militar de Braço de Prata. É também em Marvila que encontra a Galeria Underdogs de Alexandre Farto (mais conhecido como Vhils). Em 2017, o jornal espanhol El País incluía Marvila na lista dos 18 melhores bairros do mundo, chegando mesmo a armar que “não serás ninguém se não o visitares”.