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Câmara dos Deputados articula a instalação de três CPIs

A Câmara dos Deputados pode instalar, três Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs). Na ocasião, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), teria cobrado a indicação, pelos líderes, dos nomes que vão compor as frentes de investigação. Uma das CPIs que deve ser instalada é a do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), para apurar atos do grupo. Articulada por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a comissão terá como relator o deputado Ricardo Salles (PL-SP), ex-ministro do Meio Ambiente. A presidência ficará com o deputado Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS). O nome do presidente do colegiado ainda não foi oficialmente divulgado. Essa comissão parlamentar de inquérito foi articulada pela bancada ruralista e deve ser usada pela oposição para tentar co- nectar as invasões do MST ao Palácio do Planalto. Outra comissão pretende investigar as denúncias de manipulação de resultados de jogos esportivos. Os alvos são páginas de apostas na internet e times de futebol. O presidente da comissão deve ser o deputado Júlio Arcoverde (PP-PI), e o relator, o deputado Felipe Carreras (PSB-PE).

A terceira CPI tem como alvo as Lojas Americanas, que recentemente anunciou calote a credores em razão de fraude na contabilidade da empresa. A presidência da CPI ficará com o deputado Gustinho Ribeiro (Republicanos-SE). O relator será Carlos Chiodini (MDB-SC). Além da instalação das três comissões, mais uma pode começar a funcionar em breve. Lira pretende ler, também nesta quarta-feira, o requerimento de uma CPI das criptomoedas.

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Temperaturas globais devem subir a níveis recordes nos próximos cinco anos, diz ONU

Novo estudo da Organização Meteorológica Mundial diz que há uma probabilidade de 66% de a média anual de aquecimento ultrapassar o limite de 1,5°C entre 2023 e 2027

Ciclone Mocha deixa 41 mortos em Mianmar

Haverá mais mortes porque mais de 100 pessoas estão desaparecidas”, disse o administrador do vilarejo de Bu Ma, à AFP

A Organização Mundial Meteorológica (OMM) afirmou que as temperaturas globais devem bater taxas recordes nos próximos cinco anos por causa dos gases que causam o efeito estufa e do fenômeno El Niño.Há uma probabilidade de 66% de a média anual de aquecimento ultrapassar 1,5°C entre 2023 e 2027. 1,5ºC é considerado o “limite seguro” das mudanças climáticas. Esse é o limiar de aumento da taxa média de temperatura global estipulado para até o final do século a fim de evitar as consequências da crise climática provocada pelo homem em razão da crescente emissão de gases de efeito estufa na atmosfera. A taxa é medida em referência aos níveis pré-industriais, a par- tir de quando as emissões de poluentes passaram a afetar significativamente o clima global. Em 2022, a temperatura média global já foi de 1,15°C acima da era pré-industrial. Mais calor: A previsão é que um dos próximos cinco anos seja o mais quente desde o início dos registros. El Niño: o fenômeno terá grande influência nesse processo e levará as temperaturas globais para “patamares desconhecidos”. (Leia mais abaixo sobre os seus efeitos.) Impacto na Amazônia: Os próximos anos terão anomalias nos regimes de chuvas em vários pontos do mundo, inclusive na região amazônica, no norte do Brasil, onde a previsão é de que chova menos. “Provavelmente, não será este ano. Talvez seja no próximo ano ou no ano seguinte”, disse o principal autor do relatório, Leon Hermanson, cientista climático do Met Office do Reino Unido, sobre quando deve haver aumento médio de 1,5ºC. O relatório da OMM é baseado em cálculos de 11 diferentes centros de ciência do clima em todo o mundo.

Ucrânia volta a reivindicar recuperação de terreno em Bakhmut

Ministra da Ucrânia reconhece, no entanto, que “as tropas russas continuam a avançar para a cidade, que está sendo destruída pela artilharia”

A Ucrânia revelou ter recuperado cerca de 20 quilómetros quadrados, nos últimos dias, em redor da cidade de Bakhmut, o epicentro dos combates nos últimos meses. Na última noite, Kiev voltou a ser alvo de ataques aéreos pelas forças russas. “Nos últimos dias as nossas tropas libertaram cerca de 20 quilómetros quadrados a norte e sul de Bakhmut”, revelou a ministra ucraniana da Defesa, Ganna Maliar. No entanto, a governante reconhece que “as tropas russas continuam a avançar para a cidade que estão a destruir com artilharia”.

Mais de 90 por cento da cidade é controlada pelas tropas de Moscovo. Já o líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, confirmou que as unidades mercenárias “avançaram 200 metros e ocuparam uma área de 113 mil metros quadrados”.

Apenas 1,46 quilómetros quadrados permanecem no controlo inimigo em Bakhmut, acrescentou. Prigozhin também anunciou num vídeo, publicado na terça-feira, a morte de um voluntário norte-americano que lutava ao lado das forças de Kiev no leste da Ucrânia. Kiev voltou alvo de novos ataques aéreos. Durante a noite, a Ucrânia afirmou ter repelido mais um ataque das forças russas em Kiev, com o abate de seis mísseis hipersónicos russos Kinjal e 12 outros dispositivos, incluindo mísseis de cruzeiro Kalibr, mísseis antiaéreos S-400 e mísseis balísticos Iskander, bem como drones de fabrico iraniano. Segundo o autarca de Kiev, Vitali Klitschko, três pessoas ficaram feridas no ataque, que ocorreu horas antes da chegada à capital ucraniana do enviado chinês Li Hui para uma visita de dois dias. Moscovo nega o abate dos equipamentos militares e afirma que o exército russo destruiu um sistema Patriot de fabrico norte-americano durante o ataque aéreo a Kiev e intercetou seis mísseis britânicos de longo alcance Storm Shadow. A porta-voz da Força Aérea ucraniana descartou a possibilidade de que um míssil russo Kinzhal ter destruído o sistema de defesa aéreo Patriot. “É impossível”, afirmou Yuriy Ihnat, à Reuters. Mais tarde, dois responsáveis norte-americanos afirmaram que o sistema Patriot poderá ter sofrido danos, mas que não ficou destruído. Atu- almente a Ucrânia tem dois sistemas de defesa aérea Patriot, um fornecido pelos EUA e o outro doado em conjunto pela Alemanha e Países Baixos. Caças F-16 podem estar a caminho da Ucrânia.

O Reino Unido e os Países Baixos querem criar uma “coligação internacional” para apoiar a Ucrânia com caças F-16, um equipamento considerado fundamental e que Volodymyr Zelensky há muito tempo solicitava junto dos aliados ocidentais. O anúncio foi feito em Reiquejavique, durante a cimeira do Conselho da Europa, pelos primeiros-ministros do Reino Unido, Rishi Sunak, e dos Países Baixos, Mark Rutte.

A maioria dos países da NATO tem mantido em aberto a possibilidade de enviar F-16 para a Ucrânia.

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