JORNAL NOSSO BAIRRO

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BAIRRO

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Joinville - SC De 01 a 07 de maio de 2015 - Edição 74

Mulher do campo

Foto: Jacson Carvalho

Jornal

NOSSO

Agricultora completa 69 anos de vida na roça, porém, mesmo com o trabalho duro e a jornada de seis horas por dia, o investimento no agronegócio é difícil

POLÍTICA

Burocracia atrapalha na venda de peixe

BOCA NO TROMBONE

Reforma é mal feita na ponte do Guanabara

Pág07

NOSSA GENTE

Foto: Jacson Carvalho

Pág06

Foto: Jacson Carvalho

Pág05

Foto: Júlia Vieira

Pág08

Uma mulher na boléia de um ônibus

AGORA O JORNAL NOSSO BAIRRO É SEMANAL


Economia

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Joinville/SC - De 01 a 07 de maio de 2015 www.jnbonline.com.br

Cobrança é a melhor tática Dívidas

Maioria dos brasileiros quita dívidas após cobranças de credores, diz SPC Brasil

ma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo portal de educação financeira Meu Bolso Feliz identificou as estratégias de cobrança mais utilizadas pelas empresas para receberem os pagamentos pendentes. O estudo revela que oito em cada dez (83%) dos entrevistados afirmam terem sido cobrados pelos credores em decorrência das dívidas que os deixaram com nome sujo. A taxa de sucesso da cobrança, ou seja, o número de entrevistados que quitaram as dívidas após o contato é 56%. Quando analisada em setores específicos, a taxa de sucesso aumenta entre as empresas de internet (70%) e escola ou faculdade (64%) e as negociações que menos resultam em acordo são as de cartão de crédito (43%). Entre os meios utilizados para a comunicação entre a empresa e consumidor, o envio de carta é o mais frequente (31%), principalmente no caso de conta de água (91%). Outros meios são a conversa com o cobrador por telefone (16%, ou 52% no caso de escola ou faculdade), e o e-mail (16%, ou 51% na conta de TV a cabo).

Ao receber cobrança A pesquisa indica que a cobrança é um momento desconfortável para os consumidores. Perguntados sobre como se sentiram, 18% relataram constrangimento ao serem cobrados pelas empresas. Os sentimentos de humilhação,

Foto: Divulgação

U

Quitação Cobrança por meio de cartas é a mais utilizada irritação e desrespeito tiveram o mesmo percentual de citações (6%). Quanto à postura do credor, 38% dos entrevistados a consideram respeitosa. Porém, 16% dos consumidores notam um comportamento frio por parte do profissional encarregado de fazer a cobrança, e 12% sentiram uma postura agressiva. “Muitas vezes essa impressão negativa se deve ao número de contatos (média de 10) e aos fortes argumentos utilizados pelos credores na hora da cobrança”, explica Vignoli. “O argumento mais utilizado, em 37% dos casos, é a possibilidade do consumidor ficar com o nome sujo e inserido em cadastros de proteção ao crédito se a dívida não for paga”. Outras fortes estratégias usadas pelos cobradores e mencionadas na pesquisa são a possibilidade de protesto em cartório (19%) e, em último caso, a possibilidade do consumidor ser acionado judicialmente (17%).

Valor das dívidas Segundo a pesquisa, 84% dos consumidores que não quitaram sua pendência após o contato de cobrança tentaram negociar as dívidas. Durante as negociações, os pedidos mais frequentes são por valores menores (62%) e número diferente de parcelas (10%). Ao aceitar uma proposta de negociação, os fatores de maior motivação são o valor da prestação (30%), a redução significativa do valor da dívida para o pagamento parcelado (29%) e o desconto para pagamento à vista (21%). Quando consegue quitar a dívida, a maior parte dos entrevistados (63%) relata o sentimento de alívio. “Os dados da pesquisa revelam que o consumidor tenta negociar as dívidas e encontrar um acordo. Isso é essencial para que o planejamento mensal seja efetivo e a vida financeira entre nos eixos e saia do vermelho”, explica o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli. [Adjori/SC]

O JORNAL NOSSO BAIRRO é publicado quinzenalmente e distribuído de forma gratuita nos bairros de Joinville. Qualquer publicação por parte dos anunciantes e colunistas são de inteira responsabilidade dos que assinam. Impressão: 12 mil exemplares (Mês) Gráfica: ANotícias

Contato: WWW.JNBONLINE.COM.BR Email: jnb@jnbonline.com.br Redação: (47) 3034 -3334

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Gestor Executivo/Jornalista Responsável: Jacson Carvalho (2452/SRTE-SC) Projeto gráfico: Jacson Carvalho Marcos Aurélio Costa Gerente comercial Júlia Vieira Reportagens e diagramação Sabrina Quariniri Repórter

Filiado:


Veículos

03 Joinville/SC - De 01 a 07 de maio de 2015 www.jnbonline.com.br

E fez-se a luz BMW

Tecnologia do farol inteligente à disposição em modelos específicos James Klaus james.klausmiers@ymail.com

ambém conhecidos como faróis adaptativos, os faróis LED são responsáveis por funções que vão além de simplesmente iluminar o caminho. Eles estão nas luzes de destaque, ou seja, indicadores de painéis, sinaleiras e outras. Mas na função primordial da luz automotiva, que é iluminar o trajeto à frente, os LEDs estão incrementados com dispositivos de função antiofuscamento e sensores de velocidade, assistentes que permitem uma distribuição automática e que não incomoda o motorista que vem em sentido contrário. Em suma, o computador de bordo faz a leitura do esterçamento do volante e acompanha com os anéis do farol a direção indicada pelas ro-

das, assim, compensando com iluminação variável. Segundo o site da BMW -que utiliza o dispositivo no modelo xDrive50i- a vantagem do sistema é a condução mais relaxada, pois o efeito é uma iluminação mais homogênea nas laterais da via, quase comparável à luz diurna. Se a velocidade do carro aumenta, o sistema clareia mais adiante, adaptando-se a necessidade de visibilidade segura. Para não ofuscar Condutores de veículos que trafegam em sentido contrário, um sensor detecta o movimento do outro carro e regula o ângulo conforme necessário. Segundo um tradicional livro religioso, a luz é sinônima do bem. Na estrada escura dos motoristas, sinal de segurança. “Faça-se a luz!”

“Gênesis 1 ¹No princípio, Deus criou os céus e a terra. ²A terra estava informe e vazia; as trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas. ³Deus disse: -Faça-se a luz! E a luz foi feita.” (Bíblia Sagrada)

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Política

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Joinville/SC - De 01 a 07 de maio de 2015 www.jnbonline.com.br

Júlia Vieira

Burocracia na venda de peixe Agronegócio Sem a Licença Ambiental, piscicultores joinvilenses não conseguem investir no seu setor e ordenar a comercialização do peixe

N

a ultima segunda feira, 27, ocorreu na Câmara de Vereadores a reunião da Comissão de Economia, Agricultura, Indústria, Comércio e Turismo, na qual o Vereador Maurício Soares é presidente. A comissão teve como objetivo ouvir os principais problemas dos agricultores. Entre os assuntos citados, estava o problema dos piscicultores que não conseguem ordenar a comercialização dos peixes em Joinville. “O pessoal de Guaratuba compra o peixe aqui, faz o filé do peixe lá e comercializa, sem problemas”, explica o presidente da Associação de Piscicultores de Joinville, Euclides Paterno. A Associação existe desde 1997, mas está legalizada faz um ano. A Fundação 25 de Julho já conseguiu para Associação a licença veterinária e a Declaração de Aptidão Pronaf (DAP), os piscicultores também já possuem o Registro Geral da

Atividade Pesqueira (RGP) que é o suficiente para a comercialização nas processadoras de peixe. “Hoje se os piscicultores irem a Sema – Secretária do Meio Ambiente em Joinville – a orientação sobre a documentação necessária para se conseguir a Licença Ambiental será dada. Mas as exigências não condizem com a realidade, a burocracia é muito grande e eles acabam não conseguindo”, explica Roberto Hoppe, gerente de infraestrutura da Fundação. Com a Licença Ambiental, a Associação conseguirá investir no seu setor, fazendo financiamentos bancários e podendo ter acesso a linhas de crédito. Atualmente, a única entidade que está ajudando a Associação é a Fundação 25 de julho. Mas o presidente Euclides reclama que a cidade não tem uma lei específica para a atividade. A respeito da dificuldade de comercialização e da burocracia

para venda do peixe na cidade, o vereador Mauricio Soares entende que é preciso identificar pontualmente junto aos órgãos, quais são de fato os impedimentos bem como buscar maneiras legais para saná-los. O vereador informou que pretende se reunir com o presidente Euclides para que seja discutida de maneira mais ampla a situação, bem como buscar eventuais legislações para regulamentar a prática no Município. Sabe-se que em outras cidades já existe legislação específica para o assunto.

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Em outras cidades já existe legislação específica para o assunto Infraestrutura

Ainda na segunda feira, moradores do final da estrada Rio velho, no bairro Paranaguamirim, reivindicaram para os vereadores iluminação. O trecho localizado depois da estação de tratamento da empresa Águas de Joinville, possui pelo menos 30 famílias, incluindo cadeirantes, mulheres grávidas e estudantes que necessitam de recursos básicos como a luz. A área rural é afastada da cidade e a rua sem pavimentação, nem iluminação se torna um problema a noite. O Subprefeito da região Sudeste afirma que a área ocupada por essas famílias é um terreno que não desmembrado, mas vendido em lotes de

Foto: Júlia Vieira

Estrada Rio Velho sem iluminação URBANA ENTULHOS

Locação de Caçambas Abandono

Sessão da Câmara conta com a presença de moradores da estrada Rio Velho

forma irregular. Assim a prefeitura não reconhece essa área como rua e a Celesc não pode fornecer energia. Como

solução para resolver o caso é preciso que um vereador crie um projeto na Câmara para criar uma rua.

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06 Júlia Vieira

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Reforma na ponte desaba

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Obras

Foto: Jacson Carvalho

Construção localizada no bairro Guanabara desaba durante finalização do concretamento

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Descaso

O

Prefeitura afirma que a empresa responsável refará obra sem custos adicionais

Eu reclamo

morador do bairro Guanabara há 40 anos, Airton Pereira, reclama do desabamento de parte da reforma na ponte do bairro sobre o rio Itaum, na Rua Guanabara. A obra de alargamento da passagem da ponte começou em fevereiro desse mês e desabou no dia em que se realizou a concretagem de uma das la-

A

Eu respondo

Prefeitura de Joinville informa que está investigado o problema que resultou na queda de parte da passarela de um dos lados da ponte da rua Guanabara. Mas que

Quer participar?

Nome: Airton Pereira, Aposentado Bairro: Guanabara

jes fixadas a parte antiga. O alargamento custou 338 mil para a prefeitura e Airton questiona quanto mais dinheiro será gasto para a reconstrução. Se o problema foi da empreiteira que realizou a construção, do material utilizado na obra ou se foi um problema de planejamento. “Eu que não sou engenheiro,

percebi que a obra não daria certo”, relata Airton. O aposentado acha que o problema foi não fazer uma viga de sustentação no meio e que as estruturas de metais foram fixadas muito na ponta. Os escombros estão há mais de um mês na lateral de uma rua transversal a ponte e ainda não foram retirados.

Nome: Diego Rosa Função: Secretaria da Comunicação da Prefeitura

o laudo que vai determinar qual foi o erro na obra ainda não foi entregue. A empresa responsável pela obra vai refazer a passagem que foi danificada, sem custos extras ao

Município. Os trabalhos não paralisaram e o cronograma da entrega da obra de alargamento da passagem não foi alterado (120 dias), ou seja entre agosto ou setembro.

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jornalismo@jnbonline.com.br


Nossa Gente Joinville/SC - De 01 a 07 de maio de 2015 www.jnbonline.com.br

07 Sabrina Quariniri

Mulher ao volante

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Trabalhadora

Foto: Jacson Carvalho

A primeira motorista mulher da empresa Transtusa, conta como é sua jornada de trabalho

Rotina

C

Há mais de oito anos ela acorda às 2h30 e encara o estresse do trânsito joinvilense

laudete Maria Philippsen Eyng, é motorista há vinte anos e, começou neste ramo, na cidade onde morava, Capanema/PR como entregadora dirigindo uma combe. A motorista de 47 anos, já está vinte anos morando em Joinville e há nove, trabalha como motorista da Transtusa. Ela conta que ser motorista é um sonho antigo que realiza diariamente. “Dirigir alivia o meu estresse e me deixa feliz. Não gosto de fazer serviço doméstico”, relata ela. Nesta empresa, ela foi a primeira motorista mulher a entrar, e agora, com mais experiência e muita dedicação, ela treina as novas motoristas que entram na empresa. Claudete sai de casa às 2h30, chega ao pátio da empresa, pega seu crachá, liga o carro, faz uma geral para ver se está tudo funcionando corretamente, coloca o cinto e parte para mais uma madrugada de trabalho. Simpática, ela distribui mais de 300 “bom dia” em suas linhas da região norte, alguns correspondem ao

seu carisma, outros, nem tanto. Em sua jornada de mais de 7 horas diárias, já passou por várias situações inusitadas. Conta que já sofreu preconceito, curiosamente mais pela parte feminina, pessoas que já passaram mal dentro do ônibus, cantaram e gritaram. Conta também que já recebeu cantada e até presentinhos de seus passageiros. Ela não tem dificuldades em lidar com o preconceito. Diz até que acha as mulheres mais cautelosas e habilidosas ao volante. “Temos mais paciência no trânsito. Já cometi alguns errinhos, mas, afinal, quem nunca errou?”, questiona ela. A motorista conta que precisa fazer, muitas vezes, manobras arriscadas e, com estresse diário de motoristas, já foi até xingada no trânsito, já aconteceu de seu carro quebrar na estrada, mas quando questionada sobre mudar de profissão, diz que jamais mudaria de ramo. “Atrás do volante é onde quero permanecer até me aposentar”, conclui ela. O marido dela, também motorista, e seus filhos, são os gran-

des apoiadores de sua escolha. Claudete ama dirigir, mas diz que prefere carros grandes, para ter uma visão mais ampla do trânsito. “Quando saímos para viajar, meu marido que leva o carro. Acho muito desconfortável dirigir algo pequeno, e olha que a profissional da casa sou eu”, conta ela. Claudete é motorista, mãe e esposa. Um exemplo de que realizar sonhos e fazer o que gosta, é essencial para uma carreira profissional feliz e cheia de conquistas. Para quem está começando, ela aconselha a ter cautela e, principalmente, gostar do que está fazendo.

Ela ama dirigir e a ideia de mudar de ramo está descartada


Join

08 Júlia Vieira

O trabal Agricultura

O

barulho do grilo, as mudas de café, tangerina e roseiras decoram a entrada da casa da senhora Valmir Roesner, que aos 69 anos ainda trabalha na roça com dois filhos e o marido. Valmir veio de Massaranduba para Joinville, os pais alemães já trabalhavam no agronegócio com o milho e ela desde criança ajudava no trabalho do campo com seus irmãos. Tímida e sorridente, o sotaque alemão é presente na fala, a agricultora lembra que a família só sabia falar o idioma e os tempos de escola foram difíceis. “Até na escola a gente foi castigado pela professora porque não sabia falar português, era mais ou menos na época dos anos 50”, conta sorrindo. Depois da escola, a vida da menina aos oito anos era ir ajudar os pais no campo. Entre os afazeres, cuidar dos animais como o gado, as galinhas, ir à plantação de aipim, milho faziam parte da sua rotina na infância. “Milho a gente colhia bastante lá, porque a terra era boa, era o único produto que conseguíamos vender”, relata. Valmir estudou até a terceira série, o suficiente para aprender a língua portuguesa, e depois se mudou nos anos 60 para a cidade da industrial tentar o comércio rural, Joinville. Ao chegar à cidade, o terreno era só matagal e ela, aos 17 anos, com o irmão - nove anos mais velho, limpou e construiu uma cabana. A construção feita de madeira coberta com palha foi erguida em seis semanas. Passados três anos conseguiram construir uma casa, e aos domingos para o entretenimento, Valmir ia de bicicleta até o salão com os irmãos para dançar, a famosa domingueira. Lá, em fevereiro, ainda com 17, conheceu o marido e um ano depois, aos 18, se casou. Com 23 anos, ela teve a primeira filha, que ainda mora com ela junto com o filho. Ao total teve três filhos. “Eu gosto da roça, porque

essa é a minha vida”, relata. Porém, os filhos dela, em termos financeiros, veem o agronegócio em Joinville como um investimento ruim. Os produtos estão desvalorizados e o clima também não ajuda. “Até um tempo atrás produzíamos leite, tínhamos 12 vacas leiteiras, mas hoje não compensa mais porque pagam pouco e exige a cada vez uma quantidade maior”. Além do custo com a alimentação do gado que diminuía ainda mais os rendimentos na lavoura. Valmir possui agora duas vacas de estimação, mas o seu agronegócio depende

A gente planta tudo pra vender, mas quando não vende vai para o nosso sustento, pelo menos temos o que comer

do cará, aipim e o arrendamento de terrenos. A plantação de aipim ficou encalhada esse ano na fazenda. “A gente planta tudo para vender, mas quando não vende vai para o nosso sustento, pelo menos temos o que comer”. Andando pelos oito hectares que compõe a fazenda de dona Valmir, no caminho de terra feito pelo trator, mãe e filha observam os movimentos da natureza e os trabalhos que têm para fazer. “Olha mãe, as formigas carregadeiras estão trabalhando, isso é sinal que vai esfriar”, explica a filha mais velha, Rosita Roesner, técnica de agropecuária. Ao passar pelo rio, Valmir lembrou que o rio bonito não servia para suprir mais

Valm

a sede. “Quando começamos aqui, não precisávamos levar água pra roça, mas como o rio que passa não é mais puro por causa dos venenos, agora não pode mais tomar dessa água”, conta a senhora. Em relação a ser mulher, Valmir nunca sofreu preconceito ou se sentiu inferior. “Não existe trabalho de homem ou trabalho de mulher aqui, todo mundo tinha que fazer tudo”. O único preconceito que sofreu foi em relação ao nome masculino, um erro do cartório. “Meu nome era pra ser Valmira. Mas no tempo da guerra em 45, meu pai não sabia falar português, acharam que esse nome era muito alemão e então tiraram o ‘a’ para parecer mais português”. Mulher religiosa, Valmir é luterana e participa dos cultos e projetos da igreja, fazendo visita a famílias em luto e doentes. A dedicação na igreja preenche o tempo, depois das seis horas diárias na roça. “Antes eu fazia 16, mas como eu não posso mais ficar no sol ou fazer muito esforço, fico apenas seis”. Ela acorda todos os dias às 5h30 da manhã, toma um café, trata o gado, tira o leite, dá água para as criações. Fica pronta para cuidar da plantação às 8h e vai dormir às 21h. A senhora também se lembra dos tempos difíceis da vida no campo quando tudo era manual. “Eu achei que facilitou muito quando chegou a tobata”. Há 35 anos, com a chegada da tobata, a facilidade pra carregar a produção e arar a terra poupavam o agricultor do trabalho pesado. Antes, o arado era feito com cavalo e a produção era carregada na carroça. Para Valmir não é mais possível se sustentar com a agricultura familiar. “Eu não aconselho, os tempos são outros”, afirma.

(*) Mil cabeças (**) Profissional e amadores Infográfico produzido no Pikto fornecidas pela Fundação 25 d


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lho na área rural

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Foto: Jacson Carvalho

mir Roesner , aos 69 anos, é aposentada, mas não deixa o trabalho rural que ainda é o sustento da família. Em tempos difíceis no agronegócio, dedica o dia entre os afazeres no campo e na igreja

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A agricultora mostra a roça, lugar que faz parte da vida dela em boa parte do dia

AGRONEGÓCIO Joinville é reconhecida pela produção industrial, porém a população rural de Joinville é contabilizada até 2014 em 17.462 cerca de 3,4% da população total da cidade. Os principais agronegócios produzidos localmente são o arroz irrigado, a banana, o aipim, a cana-de-açúcar, o palmito, além do peixe. A maior produção de cultura na cidade é de cana-de-açúcar, com 84 mil toneladas. Em segundo lugar está a banana com mais de 24 mil toneladas. Por fim, o arroz irrigado, conhecido por ser produzido pela empresa Vila Nova chega a mais de 23 mil. Já o aipim é produzido em mais propriedades, cerda de 659, seguido pela piscicultura - pesca - em 219. Entretanto, o palmito é o menos popular na roças da cidade, sendo produzido apenas 87. Por esse fator, sua produção também é baixa, cerca de 2.266 mil cabeças. Dona Valmir também planta na roça palmáceas, mas só para o consumo próprio. O famoso arroz irrigado, ocupa a maior área de plantio em 2.800 hectares. Seguido pelo aipim com 1.200 hectares ea cana-de-açúcar com o mesmo tamanho.

ochart e informações de Julho


Esporte

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Jean Patrick

A um passo da decisão JEC

Foto: assessoria/JEC

Time joga bem na capital, segura o ímpeto do Figueirense e espera um empate na Arena Joinville para erguer pela 13ª vez a taça

Jogadores durante o hino nacional no Scarpelli. Na Arena, a expectativa é de 18 mil pessoas

O

Joinville Esporte Clube está muito perto de conquistar o campeonato estadual de 2015. Para chegar ao seu 13º título do catarinense, o JEC precisa apenas empatar com o Figueirense na Arena. Se Hemerson Maria corrigir os poucos erros que aconteceram no primeiro jogo, o tricolor coloca a mão na taça. É necessário ressaltar o bom trabalho de Maria nessa passagem vitoriosa no norte catarinense. Vice-campeão estadual no ano passado, campeão brasileiro da série B de 2014 e agora, com grande chance de ser campeão, levou a equipe

a mais uma final estadual e decidindo o título em casa, algo que não acontecia desde 2000. Para o duelo decisivo, o Joinville vai contar com Saci, que cumpriu suspensão no primeiro jogo. Ele pode ser o combustível extra para o tricolor, pois contra o time da capital, o experiente jogador dobra sua energia. Isso, claro, se ele mantiver a concentração necessária e não entrar em provocações. O JEC chega inteiro para a grande final e ainda está amadurecendo para o campeonato brasileiro da série A. Mas, por favor, uma coisa de cada vez.

É necessário ressaltar o bom trabalho de Maria nessa passagem vitoriosa

Futsal

Mudança de foco na Krona A Krona Futsal começa nesta sexta-feira, 1, a sua participação no Sul-americano de clubes que acontece em Assunção, no Paraguai. O campeonato segue até o dia 8. O time de Vander Iacovino en-

cara na primeira fase: Boca Juniors (ARG), Pablo Rojas (PAR), Cobreloa (CHI) e Penarol (URU). Pode ser um bom momento para o técnico da equipe joinvilense, colocar a casa em ordem. A derrota

para a Intelli na última rodada da Liga Nacional foi a terceira na competição. Além disso, o ataque com apenas seis gols, é um dos piores até o momento e a defesa também preocupa com doze gols sofridos.

Futebol

Futebol Amador Os jogos de volta das semifinais da Copa Norte 2015 acontecem neste fim de semana. Hoje, América e Tupy se enfrentam no Sadalla Amin Ghanem. Na partida

de ida, no Boa Vista, empate em 0 a 0. Na outra semifinal, Santa Cruz e Pirabeiraba duelam em São Francisco. O time da ilha do norte do estado terá uma difícil

missão, pois no primeiro jogo, no Oscar Castella, o Pira venceu por 7 a 0. Por isso, a chance da final da Copa Norte ser disputada em Joinville é muito grande.





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Hiper Mais inaugura unidade no Vila Nova

Na terça-feira (28/04), o empresário Ewaldo Rieper Júnior inaugurou a nova loja no bairro Vila Nova. Erguida numa área total de 15 mil metros quadrados e com 7.726 metros quadrados de área construída. O emprendimento vai empregar neste primeiro momento cerca de 132 funcionários de forma direta.

Assembleia Geral da Acredi

A assembleia Geral da Acredi, Cooperativa de Crédito aconteceu na terça-feira (28/04) na Sociedade Alvorada, bairro Iririú. O local ficou lotado com a presença dos cooperados que decidiram o futuro da cooperativa com a eleição da nova diretoria que por decisão unânime foi votado pela continuidade dos trabalhos da atual gestão. Também foram mostrados os resultados positivos dos últimos meses.


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Louise Françõis

Edição de Abril 2015 . Semana V

Fotos: Bianca Backes

A notícia que você lê aqui, mais de 800 mil pessoas também leem em toda Santa Catarina

Breithaupt, o governador Colombo, Merisio e Gavazzoni

Alesc e Fecomércio lançam "Gente que faz a diferença"

Associados discutiram jornalismo em São Miguel (foto principal), Pomerode, Gravatal e Joaçaba (imagens da esq. para a dir.)

Encontros Regionais da Adjori reuniram mais de 300 pessoas

A Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc), em parceria com a Fecomércio SC, lançou a campanha “Santa Catarina - Gente que faz a diferença” em um evento que contou com autoridades como o governador Raimundo Colombo e o presidente da Alesc, Gelson Merisio, em Florianópolis. De acordo com o presidente da Federação, Bruno Breithaupt a campanha pretende enaltecer as qualidades do Estado e das pessoas que vivem aqui. Serão 10 peças publicitárias que irão circular nas redes sociais, TV, rádio, jornal e no site da campanha (www.gentequefazadiferenca. sc.gov.br), mostrando catarinenses que com otimismo consegui-

ram superar dificuldades e prosperaram, e instigando outras a se juntarem ao movimento. Durante o seu discurso, Colombo destacou que “coisas boas, pessoas boas, não são notícia, não são manchete, e se cria uma atmosfera de pessimismo". "Não estamos querendo mostrar que Santa Catarina é melhor que outros estados, também temos problemas, mas a crise é uma oportunidade de mostrar que conseguimos passar por ela”, concluiu. O presidente da Alesc, Gelson Merísio, falou de quando soube do projeto e pensou que, "realmente, precisava ser um movimento político, por isso a Assembleia precisa estar engajada".

Nos meses de março e abril, representantes de jornais associados de todas as regiões do Estado compareceram nas cidades de Pomerode, Gravatal, São Miguel do Oeste e Joaçaba O Jornalismo Multiplatafo e a renovação dos modelos de negócio no meio da comunicação foram os destaques da programação dos Encontros Regionais da Adjori/SC 2015. Os eventos foram realizados nos meses de março e abril, nas cidades de Pomerode, Gravatal, São Miguel do Oeste e Joaçaba e reuniram representantes de todas as áreas dos jornais associados, como jornalistas, diagramadores, funcionários administrativos, da circulação e da área de vendas. Ao todo, mais de 300 pessoas vindas de periódicos de

todo o Estado participaram da rodada de encontros, cada um com duração de dois dias. A constatação de que jornais do mundo inteiro passam, neste momento, por grandes transformações e a perspectiva de mudança no negócio para os jornais do interior foram a inspiração para os eventos. Além de participar de rodas de discussões, dinâmicas de grupo e de treinamentos, os representantes dos jornais assistiram palestras e painéis. De acordo com o presidente da Adjori/SC, Miguel Ângelo Gobbi, quando se fala, hoje, em

jornal, isso não se aplica mais apenas ao papel. “Existem, hoje, outras plataformas que precisam ser utilizadas pelos nossos jornais: site, webTV, redes sociais. O nosso negócio vai continuar forte se não ignorarmos as outras plataformas e, principalmente, se trabalharmos em rede, com sistemas de gestão que facilitem os nossos processos”, avalia. A mobilização dos vice-presidentes regionais e membros da diretoria da associação, que firmaram parcerias locais, viabilizou a grande adesão aos eventos. As atividades técnicas

foram coordenadas pelo presidente da associação. Entre os responsáveis pelas atividades oferecidas estavam o diretor de jornalismo da Adjori, Fernando Bond, a diretora institucional, Rita de Cássia Lombardi, a coordenadora da Agência Adjori de Jornalismo, Bianca Backes, o designer Diogo Machado, o diretor administrativo da Adjori, Márcio Silva, o gerente financeiro, Jeferson de Rocco, a psicóloga Rosana Cunha, o pesquisador Maurício Pantaleão e o diretor técnico da Sita Sistemas, Ben-Hur Suita.

Além de coletar donativos, Cre reduziu o valor da ART

CREA e Adjori em campanha pelos atingidos por tornado Mais de 2,5 mil famílias dos municípios de Xanxerê e Ponte Serrada tiveram sérios danos em suas casas, após a passagem de um tornado pela região Oeste de Santa Catarina, no dia 20 de abril. Para ajudar estas pessoas, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Santa Catarina (CREA/ SC) lançou uma campanha, apoiada pela Associação dos Jornais do Interior de Santa Catarina (Adjori/SC). A parceria foi firmada pelos presidentes das entidades, o engenheiro Carlos Alberto Kita Xavier, do CREA, e Miguel Ângelo

Gobbi, da Adjori. Todas as unidades do CREA/SC estão recebendo donativos para as vítimas do tornado. Veja os locais no site www.crea-sc.org.br. O presidente do CREA também assinou uma portaria, a 095/15, que reduz o valor da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) para os profissionais que forem reconstruir as suas casas nas cidades atingidas. De acordo com esta portaria, os profissionais pagarão um valor especial (diferenciado, bem abaixo do praticado), de R$ 21,33 para as ARTs.



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