Jnb 83 semana2 online

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NOSSO BAIRRO O jornal da comunidade

Distribuição gratuita em todos os bairros de Joinville

Joinville - SC SEXTA-FEIRA - 10 de julho - Edição 83

Ir ao cinema custa caro

www.agorajoinville.com.br

GRÁTIS

Qual foi a última vez que você foi com a família para o cinema? Se assustou com os preços da entrada, pipoca e refrigerante? Em Joinville, para uma família assistir a uma exibição de filme no shopping custa, pelo menos, R$ 130

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Foto: Divulgação


RW MOTOS

Editorial

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Joinville/SC - De 10 a 16 de julho de 2015 www.agorajoinville.com.br

Análise da pipoca

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Entretenimento

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O consumidor deve ficar atento ao preço cobrado pelos alimentos no cinema

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epois de ouvir inúmeras reclamações de leitores, nossa redação procurou saber como andam os valores e opções de cinemas em Joinville. Primeiro, pelo fato de ser uma única empresa que mantém suas salas de cinemas nos dois principais shoppings na cidade, restringindo as opções. Quais filmes devem vir para Joinville? Quais opções de escolha o cliente tem em alimentação? São perguntas que não são difíceis de serem respondidas por você leitor. Outras perguntas surgiram a partir da apuração da matéria principal dessa edição, como: será que uma família que ganha uma renda baixa tem condições de ir ao cinema? Nesta edição, procuramos saber o que os especialistas acham, o que a comunidade pensa sobre as opções de cinema. Você já parou para calcular rapidamente o custo para assistir um filme em Joinville? Vamos lá, coloque num papel. Se você vai de carro, quanto

custa para estacionar num shopping? O valor do ingresso? Um pote de pipoca? Uma água ou um refrigerante? Depois de ler a matéria de capa, você vai entender porque decidimos escrever sobre esse assunto. O preço da pipoca do supermercado para o cinema chega a custar até 400% mais caro. Mesmo sabendo que existem dias em que o valor da entrada, apenas a entrada, custa a metade do preço e que estudante e menores de 18 anos também pagam meia entrada, temos a impressão que algumas promoções não são para contemplar algumas classes sociais e, sim, para segregar. Ou você acha que um casal que tem dois ou três filhos vai poder ir ao cinema num sábado ou domingo em Joinville? Infelizmente não. Aos menos atentos na agenda cultural da cidade, acabam passando o final de semana inteiro em frente a televisão. E as opções da TV aberta não andam lá aquelas coisas.

O JORNAL NOSSO BAIRRO é publicado quinzenalmen-

Filiado:

te e distribuído de forma gratuita nos bairros de Joinville. Qualquer publicação por parte dos anunciantes e colunistas são de inteira responsabilidade dos que assinam. Impressão: 6 mil exemplares (Semana) Gráfica: ANotícias

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Fone: 3445-1176 / 8483-7050

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Expediente: Gestor Executivo/Jornalista Responsável: Jacson Carvalho (2452/SRTE-SC) Projeto gráfico: Jacson Carvalho Marcos Aurélio Costa Gerente comercial Júlia Vieira Reportagens e diagramação Sabrina Quariniri Repórter

Para anunciar: (47) 9639-1514 (47) 3034-3334


Nossa Gente

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Joinville/SC - De 10 a 16 de julho de 2015 www.agorajoinville.com.br

Sabrina Quariniri

Da sala de aula para redação de jornal Intercomunicador

Ele já está há cinco anos na Rádio Udesc e há 25, atua na área de comunicação. É apaixonado pelo rádio e um realizador de sonhos

S

ergio Luís Sestrem, 42 anos, é professor de português e matemática, trabalha há 25 anos na área de comunicação e atualmente é coordenador da Rádio Udesc de Joinville. Nascido e criado em Joinville, de família humilde e com sete irmãos, o comunicador conta que, desde criança, lá na década de 1980, já sabia como se expressar, se impor e argumentar seus pensamentos com facilidade. A família até brincava com ele “você vai ser repórter!”. Parece até que já previam o talento do filho. Quando criança, aos nove anos de idade, lembra que sempre que passava por frente do jornal A Notícia, dizia à sua mãe que achava um lugar legal e que trabalharia ali algum dia. Anos depois, em 1990, o sonho se concretizou. Sergio passou em um teste feito pelo jornal e começou a trabalhar como revisor. Exerceu essa função por dez anos no local. Depois disso, com a ajuda do diretor do jornal da época, que já conhecia as atividades e a competência de Sergio, foi indicado a outros locais de trabalho por onde passou para atuar na função de redator, revisor e editor. Ele conta que, na época, não existia graduação de jornalismo na cidade, portanto, era muito comum professores atuarem em redação de jornal. Sergio tem um currículo vasto e rico na área intercomunicativa. Depois de dez anos de AN, em 2008 ele entrou para o jornal Gazeta de Joinville, em 2010 foi editor de política do Notícias do Dia e, no mesmo ano, prestou concurso público para entrar na Rádio Udesc. Na ocasião, eram 100 inscritos para apenas uma vaga, e com esforço, estudo e

Sergio tem facilidade em se expressar e se impor desde criança

Foto: Sabrina Quariniri

muita dedicação, Sergio passou em primeiro lugar e ocupa a vaga até o momento, mas hoje em dia como coordenador. Ele se define como um cara feliz e cheio de sonhos a realizar. Quando olha para trás, não vê adversidades, apenas pequenas dificuldades que enfrentou. Ele lembra que, na adolescência, com muitos cursos técnicos, participava de testes para entrar em empresas, ia bem, mas não era chamado.“Talvez isso se deva ao racismo que muitos tinham e ainda têm com os negros. Era algo sutil comigo, mas existia. Meus pais e meu irmão sofreram bem mais, a ponto de serem parados pela polícia. Isso me entristece um pouco, mas não me desmotiva. Sempre soube me impor e enfrentar todas as dificuldades”, se orgulha o comunicador. Atualmente, além de ser coordenador da Rádio, é professor de ensino médio e está escrevendo um livro sobre os 50 anos da Udesc em Joinville. A rotina é um

pouco corrida, mas Sergio se orgulha de poder transmitir um conteúdo educativo e dar espaços a músicas não comerciais na Rádio Udesc. Ele relata que a função da comunicação é abrir espaço e dar oportunidades, também desenvolver o cunho social. Ainda sobre rotina, ele chega pela manhã na rádio, conversa com os estagiários, atende o público externo, apresenta e edita os programas. “Apesar de estarmos na era digital, eu sou um sujeito analógico. Ainda leio meu jornalzinho de papel e adoro conversar cara a cara com a pessoas”, conclui ele.

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Esporte

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Três pontos e moral JEC

Vitória em cima do Figueira na capital ajuda Joinville a respirar e dá novo ânimo na equipe Jean Patrick

esporte@jnbonline.com.br

D

urante todo o campeonato brasileiro da série A o Joinville terá jogos que serão oportunidades de conquistar pontos. O de quarta-feira contra o Figueirense foi um desses jogos e o time de Adilson Batista conseguiu três importantes pontos. Jogos em casa ou contra os outros times do estado serão sempre oportunidades de se conseguir algo mais. Nas outras ocasiões como essa, o JEC não foi feliz. Perdeu para um Flamengo horrível em casa, empatou com o Coritiba que também não está bem no campeonato. Foi uma vitória pra dar ânimo, pra mostrar que o time não está tão abaixo assim dos outros times da zona de rebaixamento. Das novas contratações, Marion e Fabricio sem dúvida mostraram que podem ser importantes para o time na luta pela permanência na elite. O gramado pés-

Foto: JEC /Assessoria

simo, por virtude da chuva forte em Florianópolis, também foi um fator que ajudou o Joinville. Marion, leve, flutuou na pesada zaga alvinegra e criou muito no campo encharcado. No gol o JEC está bem servido. Agenor está crescendo a cada rodada, mostrando seu bom futebol e salvando o time em alguns momentos. No banco de reservas está Oliveira que também já mostrou que poderia ser

titular. Kempes, sempre criticado, foi o autor dos gols nos jogos que o Joinville venceu e mostra que é a melhor opção para a posição no Joinville. O resultado deve ser muito comemorado. Mas a euforia deve parar por aí. O Joinville precisa melhorar muito e uma partida ruim diante do Internacional pode jogar um balde de água fria no torcedor.

F1

Massa vai do céu ao inferno Tinha tudo pra ser um final de semana perfeito para Felipe Massa em Silverstone. Largou na terceira posição e na primeira arrancada deixou pra trás as duas Mercedes com Hamilton e Rosberg. Há muito tempo não se via uma largada tão boa quanto a de Felipe, que parecia disposto a mudar o cenário do campe-

onato. Porém, a tradicional chuva inglesa e sua própria equipe atrapalharam os planos do brasileiro. Primeiro, a estratégia perfeita da equipe Mercedes levou Hamilton para os boxes antes de Massa, por isso quando parou, Felipe viu o inglês assumir a ponta. Depois, com a chuva, a equipe de Massa demorou para

chama-lo e fazer as trocas de pneus. Assim, seu carro ficou lento demais. Além da segunda posição, Massa perdeu também a terceira para Vettel e ficou fora do pódio. Com isso, o brasileiro segue na sexta colocação, atrás de seu companheiro de equipe, o finlandês Valtteri Bottas.

Opção de lazer no Boehmerwald Neste sábado, 11, uma boa opção de lazer pra o bairro Boehmerwald é o Felej na comunidade que acontece rua Juliano Busarello, em frente

aos residenciais Trentino 1 e 2. São várias atrações: camas elásticas, jogos de chão, cantinho infantil, pintura de rosto, minifutebol, minitênis,

xadrez e recreação. Se o tempo ajudar, o projeto que acontece das 14h às 17h30 pode ser muito produtivo.


Joinville

Joinville/SC - De 10 a 16 de julho de 2015 www.agorajoinville.com.br

05 Júlia Vieira

Inflação no Cinema Cultura

Com os ingressos cada vez mais caros, frequentar um cinema virou entretenimento para a população rica só no ano passado foram oito projetos no valor de R$ 333.000,00. A Fundação pretende adquirir uma sala de cinema para exibição de filmes alternativos de produção tanto da cidade como filmes independente de outros lugares. Porém, a falta de dinheiro, divulgação para uma maior adesão do público e, principalmente, o espaço para essas exibições fazem com que o projeto não saia do papel. Mesmo assim, Guilherme Gassenferth fica preocupado com a participação do público que é muito pequena e o joinvilense não sabe que existem eventos culturais na cidade. “Faz tempo, eu estava em uma padaria e vi um anúncio de teatro sendo divulgado. Perguntei pro caixa sobre o evento e ele me disse: quase não acontece evento desse tipo na cidade que quando tem a gente tem que divulgar”, relata. Porém, Guilherme contou os eventos divulgados na agenda cultural de 2 de julho a 9 de julho e constatou que havia 47 atrações e 15 exposições que a maioria da população joinvilense não sabe.”Falta o joinvilense procurar por esse tipo de evento, ele espera receber na sua timeline”, conta.

dão Kane, que foi transmitido também nas segundas-feiras por causa do projeto ter a pretensão de passar para o telespectador 11 filmes do diretor. Sandra Checruski, técnica de cultura do Sesc, diz que o projeto tem o objetivo de promover a um público diversificado o acesso a filmes de qualidade e relevância temática. O evento é mais destinado a pessoas adultas. Entretanto, ela percebe que mesmo o evento sendo de extrema importância para cultura, não é muito frequentado. “De 120 lugares que o espaço comporta, 36 pessoas foram no filme Cidadão Kane”, afirma. Vincent que além de admirador dessa arte, tem suas críticas a pouca popularidade dos filmes alternativos, explica que a população é educada pra curtir cinema americano por uma hora e meia, de ação, romance ou algum gênero pronto. Para ele, muita coisa tem que mudar ainda culturalmente não só no cinema, mas com o incentivo a leitura, menos promoção a TV e mais estímulo a gerações futuras. “Essa evolução faria a nossa relação com cinema mudar e em vez de diversão pra tempo livre, veríamos os filmes como as formas de artes que eles são”.

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Produção alternativa Em Joinville, existe o CineSesc, um projeto antigo, que tem licença para exibir filmes de produção alternativa todas as terças e quartas de forma gratuita. Dependendo da amostra é exibido em mais de dois dias por semana. Como a que está acontecendo nesse mês de julho com produções de Orson Welles, diretor do filme Cida-

Lazaro’s

As produções gratuitas não tem tanta divulgação para atrair um público diversificado

PROMOÇÃO

C

om as férias do mês de julho próximas, a busca por passeios, viagens e formas de se entreter se tornam mais frequentes nesse período. Hoje, para um joinvilense levar a família para assistir a um filme no cinema custa, em média, R$ 130 por uma sessão – isso levando em conta custos além da entrada. Enquanto que a assinatura de um aplicativo especializado em disponibilizar filmes, como o netflix, não sairia por mais de R$ 20 ao mês. Isso porque o custo dos ingressos está mais caro. Em um levantamento realizado pelo economista, da Fundação Getúlio Vargas, André Braz, o preço do cinema em relação a julho de 2014 para junho desse ano subiu 8,57%. Um adulto gastaria, hoje, R$ 32, caso quisesse ver um filme 3D, já um estudante gastaria R$ 16. Uma pipoca grande gira em torno de R$ 10,50 e um refrigerante R$ 6,50 nos cinemas da cidade. A maior cidade de Santa Catarina conta com somente uma empresa de cinema, GNC, nos dois principais shoppings. Sem competição, os filmes que o joinvilense verá ou não são escolhidos pela empresa. Vincent Sesering é estudante e ama cinema, mas percebe que os custos excederam o que o produto realmente vale. “O fato de não ter competição na cidade realmente contribui para isso, mas não acho que mudaria muito com outras redes”, comenta. Segundo ele, a nova onda de encarecimento geral com os filmes 3D contribui para dificuldade do acesso ao cinema. A Fundação Cultural de Joinville também vê isso como um problema, a instituição já apoiou 55 produções audiovisuais desde 2006, totalizando os custos de R$ 1.775.000,00,

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Júlia Vieira

Joinville/SC - De 10 a 16 de julho de 2015 www.agorajoinville.com.br

Descaso com esgoto atinge famílias Saneamento

Moradores do Parque Guarani reclamam do esgoto a céu aberto que penitenciária e presídio da cidade despejam no rio próximo

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Nome: Osvaldinho Lemos, Segurança Bairro: Parque Guarani

cogitação de uma Penitenciária feminina para Joinville causa desconforto para moradores da rua Olga Trusz Sboinski, que fica a 250 metros da Penitenciária Industrial e o Presídio Regional da cidade. O segurança e presidente da Associação de Moradores Sabino da Costa, Osvaldinho Lemos, reclamou

O

Eu respondo

gerente operacional da Penitenciária Industrial Jucemar Cesconetto, Evaldo Silva, afirma que a instituição não despeja o esgoto no rio, porém admite que a penitenciária não realiza nenhum tipo de tratamento de esgoto. Mas a instituição tem quatro foças onde são despejados

que já luta há cinco anos pela causa. O diretor da penitenciária prometeu fazer o tratamento do esgoto ano passado em um período de 90 dias, mas o tratamento não foi feito. No verão o cheiro fica ainda mais intenso. A vala antes de chegar ao rio mede dois metros de profundidade e 15 metros de largura. Com a chuva,

as doenças por causa da falta de saneamento básico podem contaminar moradores. O rio termina no bairro itaum-mirim e atingi mais de 50 famílias que moram na margem. As condições não seguem os principios básicos para evitar doenças ou até mesmo a poluição no meio ambiente em torno dessas instituições.

Nome: Evaldo da Silva Função: Gerente Operacional da Penitenciária Industrial

Quer participar?

esses tipos de resíduos e que geram o mau cheiro sentido pelos moradores da rua Olga Trusz Sboinski. Evaldo ainda afirma que até o fim desse ano esteja planejado uma estação de tratamento adequado com a situação. O gerente explica que o processo é longo devido a

uma série de burocracias com a Fundema e que por isso a data estipulada ano passado não pode ser cumprida. O jornal tentou entrar em contato com o gerente do presídio, porém ele não conseguiu dar a entrevista a tempo do fechamento da matéria.

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Papo Animal

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Madeireira

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Um sonho possível Proteção

Quando se fala em proteção animal, a maioria das pessoas já pensa em cães e gatos. Mas em Joinville – e em outras cidades da região, com certeza - há outra espécie precisando de atenções urgentes

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uem já não viu cavalos sendo maltratados pelas ruas da cidade? Sub-alimentados, usados para puxar pesadas carroças, sendo chicoteados? Amarrados a árvores e postes, sem água ou comida? Quase todos ficam sensibilizados e até perguntam o que poderiam fazer para aliviar a dor desses animais. Mas logo a vida segue, e muito pouco se faz a favor deles. Um dos motivos para tamanha inércia é que não existe legislação nem fiscalização em Joinville quanto ao uso de cavalos nas vias urbanas, lembra a presidente da Frente de Ação pelos Direitos Animais (Frada), Ana Rita Hermes. “Eles são usados na grande maioria por carroceiros, que abusam do peso que as carroças carregam. Os cavalos

não são alimentados adequadamente e às vezes passam o dia sem tomar água. Não são atendidos por veterinários quando ficam doentes, enfim, nada acontece para o bemestar deles”, relata. Segundo ela, o município também não tem atendimento apropriado no caso de acidentes ou doenças envolvendo cavalos. Tudo está por fazer em relação a esses animais. Para Ana Rita, porém, “é possível reverter esta situação de abuso dos animais de carga e também dos carroceiros, pois um é reflexo do outro: os carroceiros também são excluídos de assistências sociais”. Oferecer uma vida digna ao carroceiro e ao cavalo é possível, sim, entende a presidente da Frada. Como? Com a união da iniciativa privada e

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do poder público. “Envolvendo a Udesc, que poderia criar um modelo de cavalo de lata (triciclo com caixa atrás para transportar produtos); as empresas privadas, que poderiam patrocinar os cavalos de lata; e o município, que poderia criar uma lei proibindo o uso de tração animal no perímetro urbano”, exemplifica Ana. Após serem trocados pelos cavalos de lata, os animais seriam tratados e depois colocados para adoção. No caso dos carroceiros, um bom projeto de capacitação poderia ajudá-los a ter melhores condições de vida, sem a exploração de animais. Utopia? Não. É um sonho possível de pessoas que costumam olhar ao seu redor e buscar soluções.

Cavalos são usados para puxar carroças, sofrem com o peso excessivo e pela falta de cuidado

Foto: Divulgação

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