JORNAL NOSSO BAIRRO

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NOSSO BAIRRO O jornal da comunidade

Joinville - SC SEXTA-FEIRA - 31 de julho - Ano 04 - Edição 86

Distribuição gratuita em todos os bairros

GRÁTIS

www.agorajoinville.com.br

Casa do Adalto Conheça o trabalho voluntário da casa de apoio que auxilia famílias na luta contra o câncer

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Esperança

Foto: Divulgação

POLÍTICA

“A próxima crise”

BOCA NO TROMBONE

Mobilidade Falta de asfalto faz com que ônibus não passe com chuva na rua Francisco Bernardo Boettcher

Preocupação com os gastos na previdência

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Foto: Jornal Nosso Bairro/ Jacson Carvalho

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Editorial

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Joinville/SC - De 31 a 06 de agosto de 2015 www.agorajoinville.com.br

Desejo de viver Voluntariado São trabalhos silenciosos que mudam, que resgatam e auxiliam quem tem o sonho de viver Jacson Carvalho jnb@jnbonline.com.br

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odos os dias neste trabalho como jornalista nos deparamos com situações que nos faz refletir. Você já parou para pensar quantas pessoas lutam para se manter vivas? Todos os dias chegam, em Joinville, ínumeras famílias com crianças e idosos que não tem onde ficar, muito menos condições para pagar um hotel enquanto seu familiar aguarda a recuperação num hospital. Ao mesmo tempo que não existem políticas públicas adequadas para essas situações, surgem pessoas voluntárias com um coração enorme que decidem simplesmente mudar sua rotina de vida para ajudar quem precisa. Essas pessoas, geralmente, não são aclamadas pela mídia, dificilmente aparecem nas “colunas sociais”, são vonlutários pela vida. Conhecemos, em Joinville, várias pessoas como o Senhor Santana que lutou para conseguir uma casa de apoio para os renais crônicos, os próprios

bombeiros voluntários que se dedicam integralmente para salvar vidas. Nesta edição, a história a ser contada é de uma voluntária que passou momentos difíceis na vida, perdeu seu filho e hoje tem uma casa que vive de doações para ajudar ao próximo. A casa do Adalto já existe há mais de 10 anos, vive com a ajuda de pessoas que tem comprometimento com a causa e já atendeu muitas famílias que passaram e ainda passam por uma mudança na vida. Quando falo em mudança, falo do novo olhar, novo coração, porque é exatamente na dificuldade que as pessoas começam a dar valor a vida, ao próximo e traçar novas metas para sí e tudo que os rodeia. Fico muito feliz em ter na direção um veículo como este para oportunizar histórias como essa que você vai ler na página 03.

O JORNAL NOSSO BAIRRO é publicado quinzenalmen-

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te e distribuído de forma gratuita nos bairros de Joinville. Qualquer publicação por parte dos anunciantes e colunistas são de inteira responsabilidade dos que assinam. Impressão: 6 mil exemplares (Semana) Gráfica: ANotícias

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Joinville

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Sabrina Quariniri

Luta contra o câncer Superação Noeli perdeu o filho com cinco anos e meio de idade, hoje em dia ajuda famílias que também lutam contra essa doença

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epois de dez anos sem ter filhos, engravidei novamente, a alegria foi imensa”, relata Noeli Teresinha Chagas Rosa, mãe de Adalto Chagas Rosa, que não poderia nem imaginar o que aconteceria cinco anos e meio depois, no ano de 2002, quando enfrentou um dos maiores sofrimentos de sua vida. Adalto, seu filho, nascido em Joinville, foi diagnosticado com tumor maligno na coluna e na medula, o neuroblastoma - tipo de câncer que se desenvolve principalmente em crianças com menos de cinco anos de idade. Os primeiros sintomas da doença foram uma semana de febre forte, falta de apetite, suor noturno e muitas dores pelo corpo. O processo de descoberta até início do tratamento foi longo. Em Joinville, foi levado em postos de saúde, P.A.’s, até foi internado por duas vezes. Adalto passou por um especialista que apenas aumentou a dosagem do remédio, mas nada, até então, tinha sido diagnosticado. O desespero já estava tomando conta de todos, foi aí que a família decidiu levá-lo a Curitiba, no Paraná, para o Hospital Infantil Pequeno Príncipe. Em Curitiba, foram 52 longos dias na pediatria, ainda com muitas dores e febre, e sem diagnose. O garoto de apenas quatro anos, já não queria mais receber visitas e nem a presença dos médicos. Foi transferido para oncologia, onde foi diagnosticado o neuroblastoma. A partir daí, a cada sessão de quimioterapia, a cada consulta, a esperança de cura só se renovava. Ele não tinha consciência do que

se passava, segundo Noeli, brincava normalmente e era uma criança feliz, apenas falava às pessoas, quando questionado, que era ‘carequinha’ porque estava ‘doentinho’. Depois de um ano e meio de tratamento, indo toda semana de Joinville a Curitiba, Adalto se recuperou incrivelmente. Mas os familiares já estavam avisados, caso a doença voltasse, seria fatal. “Eu evitava me emocionar perto dele, me transformava em pedra. Mas me cortava o coração quando meu filho falava que não queria mais ir para Curitiba”. Tempo depois, a doença voltou e, na noite de sextafeira, 13 de setembro de 2002, às 21h30, cinco meses depois do quinto aniversário, o menino Adalto não resistiu à doença. Noeli estava sozinha com ele no quarto do hospital. Em fase terminal, mas ainda lúcido Adalto passou mal, a mãe chegou a chamar as enfermeiras, mas nada mais poderia ser feito. “A gente não sabe a hora, mas eu sabia que a qualquer momento isso poderia acontecer”.

Centro de apoio Três meses depois da morte do filho, Noeli Chagas reuniu um grupo de amigos e propôs a fundação, em Joinville, de uma casa de apoio a crianças com câncer. Ela sabia como era dificultoso ir e voltar de uma cidade para outra e que muitas famílias acabam abandonando o tratamento por conta disso. O centro de apoio Casa do Adalto, nome dedicado à memória de Adalto Chagas, tem como objetivo abrigar crian-

ças em fase de tratamento ambulatorial e seus familiares, por tempo indeterminado, vindos de cidades vizinhas. Além de hospedagem, as crianças têm direito a alimentação, kit escolar, kit higiene pessoal, cesta de páscoa, presente no dia das crianças, cesta natalina e presentes como roupas e calçados. Além de eventos internos para as famílias ali abrigadas. O centro também hospeda pessoas vindas de outras regiões, de qualquer idade, que tenham outros problemas de saúde. A entidade abriga, atualmente, mais de trinta crianças esporadicamente e se mantém com doações de moradores da cidade, também são realizados trabalhos voluntários feitos pela comunidade. O terreno é locado pelo Fundo de Assistência à Criança de São Paulo. Noeli diz que a instituição precisa de voluntários e pede às pessoas que ajudem as crianças e suas famílias na luta contra o câncer. “Venham conhecer nosso trabalho, doe alimentos não perecíveis e se torne um voluntário. Junte-se a nós nesta luta”, solicita Noeli.

O centro abriga, atualmente, mais de trinta crianças em fase de tratamento e sobrevive de doações feitas pela comunidade

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Esporte

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Mudanças no Joinville Novo técnico

JEC muda técnico e superintendente de futebol pra tentar manter time na série A Jean Patrick

esporte@jnbonline.com.br

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Joinville Esporte Clube começou a semana com muitas mudanças. Após a derrota vergonhosa para o Santos na Vila Belmiro, a notícia de demissão de Adilson Batista já circulou no Domingo mesmo. No dia seguinte, durante a tarde, PC Gusmão já era dado como certo no comando da equipe. Com ele, chegou também o eterno ídolo do tricolor, João Carlos Maringá, para ser o novo superintendente. Sampaio e Leo Franco também saíram. Todas essas mudanças poderiam ter sido feitas antes. A chegada de Adilson Batista foi um erro, pois seu perfil de técnico não é o mais admirado pelos jogadores. Mas veio, e apesar de o time ter melhorado um pouco, o treinador parece que deixou o grupo menos unido, culpa de seu temperamento. Nereu demorou, pecou por omissão. E como a mesma gló-

Foto: Assessoria / JEC

ria do ano anterior, a fase ruim deve ser colocada na sua conta. Na próxima rodada, domin-

go, 2 de agosto, contra o Avaí, o JEC precisa vencer para dar um novo ânimo na equipe.

Fórmula1

Hamilton abre vantagem Antes de dar uma parada na competição, a F1 teve uma corrida eletrizante na etapa da Hungria. Após muitas reviravoltas, Sebastian Vettel venceu e as duas Mclarens não foram ao pódio. Com o

resultado, quem saiu ganhando foi o inglês Lewis Hamilton, que abriu 21 pontos do segundo colocado e companheiro de equipe, Nico Rosberg. Agora, além de brigar pela primeira posição com

Hamilton, Rosberg vê Vettel na sua cola e tentando lhe “roubar” o segundo lugar. A F1 volta apenas no dia 23 de agosto, no GP da Bélgica.

Pan 2015

Alerta ligado para as Olímpiadas O Brasil ficou em terceiro lugar na classificação geral dos jogos Pan-americanos de Toronto. Foram 141 medalhas e ficou atrás apenas dos Estados Unidos, e do Canadá.

O país cumpriu a meta estabelecida pelo Comitê Olímpico do Brasil e ainda conseguiu ficar à frente de Cuba pela primeira vez desde 1967. Mesmo assim, foram 7 meda-

lhas de ouro a menos do que no Pan de 2011. Sinal de alerta ligado, pois o Brasil será sede do maior evento esportivo do mundo no ano que vem.


Política

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“A próxima crise” Previdência

DISK BETONEIRA

Secretário de Estado da Fazenda destaca a preocupação com os gastos com a previdência no país e em Santa Catarina

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crescente também deve ser uma de nossas preocupações. Não se discute direitos adquiridos – até porque não há solução para um problema criado no passado, quando se deixou de fazer poupança por décadas. E também não existe milagre que venha a dar fôlego imediato ao caixa do Governo. É no futuro que se precisa mirar. Hoje, arrecadar sempre acima da inflação é o único instrumento à disposição dos Estados e do país para manter as contas em dia. Se isso não acontecer de forma permanente – e já tivemos demonstrações de que não acontecerá, teremos que optar por pagar inativos ou assistir à sociedade. Politicamente, também é uma batalha inglória. Mas, do ponto de vista moral, perante a sociedade, algo precisa ser feito. Criamos uma legião de diferentes. Quando os cidadãos tiverem claro o custo de benefícios exclusivos do serviço público, em comparação

com o investimento em obras e serviços, as manifestações irão além dos cartazes e da internet. Estabilidade, triênio e licençaprêmio – apenas para listar alguns – são direitos adquiridos, mas que não fazem parte da vida dos trabalhadores na iniciativa privada – que formam a imensa maioria da população ativa. Essa maioria, ao ter acesso a alguns casos gritantes, como de certas aposentadorias especiais e pensões, não ficará passiva. A morte dos direitos se dá quando o fato é maior do que o direito. Estamos colocando o problema na mesa, discutindo com os Poderes, ouvindo especialistas, estudando experiências exitosas. Não temos receita pronta, mas é certo que alguns privilégios precisam ser corrigidos. Decisões tomadas hoje contra a sustentabilidade vão implodir todo o sistema amanhã. Se, sabendo do problema, não fizermos nada, no futuro seremos taxados de loucos ou no mínimo irresponsáveis.

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ão questiono o direito de qualquer ser humano de buscar sempre o melhor para si, de lutar por seus direitos. Mas existem realidades convencionadas imexíveis que precisam ser questionadas quando o contexto em torno delas aponta para a necessidade de mudanças. Este é o caso da previdência pública. Na esfera federal, a projeção de déficit da previdência social para 2015 é de R$ 72,8 bilhões: um rombo elevado em 28,4% sobre o ano passado, percentual muito superior ao da inflação do período e à capacidade da arrecadação pública. Dados estarrecedores do Ministério da Previdência mostram que a União gasta hoje, com previdência, cinco vezes mais do que o que investe em educação e saúde. E essa desproporção deve aumentar, já que grande parte das pautas no Congresso tende a agravar a situação. Ainda segundo o Ministério, em 2050 deveremos ter no Brasil três vezes mais idosos do que hoje. Aqui no Estado, a realidade também é gritante: em 2014, o gasto com a insuficiência financeira da previdência de 60 mil servidores e pensionistas (entre executivo e Poderes) equivaleu a tudo o que foi gasto com saúde para os mais de seis milhões de catarinenses. Somente este dado já ilustra que a previdência é hoje, o maior problema do Estado. E não podemos ignorar o fato – extremamente positivo, diga-se de passagem – de que Santa Catarina é o Estado mais longevo do Brasil, com expectativa de vida de 78,1 anos. Cuidar melhor da qualidade de vida dessa população

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06 Júlia Vieira

Boca no Trombone

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Velho problema do asfalto Obras

Com a falta de pavimentação na rua Francisco Bernardo Boettcher, ônibus não consegue passar em dias de chuva

Foto: Jornal Nosso Bairro | Jacson Carvalho

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Eu reclamo

Nome: Willian Reis Bairro: Santa Catarina

oradores da rua Francisco Bernardo Boettcher sofrem com a falta de pavimentação. O assistente de marketing, Willian Reis, 20, se mudou a pouco tempo para o bairro Santa Catarina e já sofre com o transporte. Por ser uma rua aberta em cima de um morro, a mobilidade em dias chuvosos é zero para quem não pos-

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Eu respondo

sui um carro. Tudo porque o ônibus circular não consegue subir e a alternativa possível nesses casos é andar até o Terminal Sul para pegar o transporte público. Nos dias de sol o problema fica por conta da poeira. Willian sofre com asma e sua situação com a doença respiratória piora toda vez que um caminhão passa e levanta

uma nuvem de poeira. A associação de moradores que cuida do km 4 no bairro já entrou em contato com a prefeitura, mas nada é feito. Além da luta da associação por várias ruas da região que estão sem asfalto, o que revolta os moradores é que o carro chefe da promessa de campanha do prefeito Udo Döhler foi a pavimentação.

João Paulo Schaefer Filho Coordenador da Subprefeitura da região Sul

subprefeito da região Sul, Osmari Fritz, está em período de recesso. Porém o coordenador da subprefeitura afirmou que não há projetos

Quer participar?

de pavimentação para rua. A única assistência que o orgão do governo fornece para o local é material e o patrolamento da via.

Porém, como a rua fica em cima de um morro, o material que fica no topo é levado com a chuva.

(47) 9639 - 2928

jornalismo@jnbonline.com.br



*Fonte: Mapa da ViolĂŞncia 2014 - FLACSO


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