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OCELEIRO Quinta-feira, 26 de Março de 2020 . www.jornalceleiro.com.br

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Ano XXVIII - EDIÇÃO 1619 s Campos Novos-SC, Quinta-feira, 26 de Março de 2020 s www.jornalceleiro.com.br

s R$ 2,00

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Desde 1992


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COTIDIANO

Editorial Fique em casa!

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uem na atualidade já vivenciou uma situação tão tensa como essa? Ninguém está de férias, mas está todo mundo em casa por obrigação. Familiares nunca passaram tanto tempo juntos no mesmo ambiente. O isolamento é difícil, porém é necessário. Parece extrema, mas é pesando no bem de toda a população que as medidas foram tomadas. Portanto obedeça, e fique em casa. Enquanto uma parcela da população se previne, existe a outra metade que causa preocupação porque ignora o pedido, não leva a sério e desconsidera a ordem e consideram desnecessárias as ações de prevenção. Por gozarem de boa saúde não lembram que podem ser vetores dos vírus prejudicando a saúde dos mais vulneráveis: os idosos. Não os coloquem em risco, fiquem em casa. Vamos presentear o mundo com atitudes altruístas, com solidariedade e amor ao próximo. Pense no seu pai, na sua mãe, nos avos, tios e toda a comunidade da terceira idade que está ao redor. Se não concordar, mesmo assim, pela força da Lei do Decreto fique em casa. Bateu o tédio? Já não aguenta mais seu irmão? Está chato? Já assistiu todos os filmes e séries? Está deitado olhando para o teto? Você não é o único no mundo, todos estão passando pela mesma situação, mas logo vai passar, por isso fique em casa. Para ficar mais fácil tente primeiro entender o que de fato é o Covid-19, pesquise e veja porque esse vírus é tão perigoso. Ao perceber a seriedade do problema e ver que não é apenas um simples resfriado, é mais fácil que haja o convencimento de que o melhor a fazer é ficar em casa. O que fazer então neste período? Tente se aproximar e aprofundar ainda mais os laços com seus familiares, às vezes achamos que os conhecemos demais, mas quando voltamos a conversar com eles descobrimos coisas que não sabíamos. Reorganize seu guarda-roupa, separe peças que já não cabem mais. Descubra um novo hobby, aprenda um novo idioma, um instrumento, aprofunde seus conhecimentos. E porque não aproveita esse momento para se conhecer melhor, fazer uma autoanálise e pensar sobre o rumo que ela está tomando. Não existe melhor companhia do que a de si mesmo. Quando isso passar e tudo voltar ao normal, você poderá se arrepender de ter deixado passar essa oportunidade de mergulhar em você e nas pessoas que você ama. Faça tudo o que imaginar no aconchego do seu lar, mas, por favor, só não saia de casa! Por: Priscila Nascimento Jornalista

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Artigo Importância da Imprensa

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Mundo, o Brasil, o Estado e a nossa Cidade estão passando por um momento de calamidade. No entanto, enquanto alguns serviços forma suspensos, outros se mantem: A IMPREN-

SA NÃO PARA! A sociedade já dá valor aos veículos de comunicação, mas em meio aos acontecimentos, isso se aflora, e o que mais se vê nas redes sociais e nas conversas entre as famílias em ‘quarentena’ é a valorização de todos os veículos. Mais um fato que comprova a importância da imprensa foi a confirmação nesta semana de que o Jornal Impresso é segundo veículo mais confiável depois da televisão para se informar (Datafolha). O Presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, elogiou a imprensa, disse que a mesma tem atuação impecável na crise do Coronavírus, destacou que a comunicação na questão de informar a população sobre o avanço da doença e outras questões é imprescindível, diante das FAKE NEWS esparramadas nas redes sociais. Neste momento convido você leitor, assinante, anunciante e amigo a refletir, e chegar ao resultado de que, sim é necessário a valorização do jornal e da imprensa, principalmente a da nossa cidade, que informa, comunica, apura, registra, ensina e leva a todos informações confiáveis! Investir na imprensa, assinar o jornal, anunciar não deve ser visto como um ‘gasto’, e sim como um investimento para sua empresa, além de auxiliar e apoiar um veículo comprometido e de credibilidade na região que tem como principal função informar a população. Outro exemplo é a união e responsabilidade conjunta que mobilizou uma campanha nacional em que todos os estados do Brasil estamparam esta semana uma capa unificada, apelando para que as pessoas se previnam. É tempo sim de se proteger, de proteger a nossa família a nossa saúde, mas também é tempo de reconhecer o papel daqueles que como Serviços Essenciais, demandam o trabalho para que todos fiquem bem informados. Aplausos a todos, aplausos aos membros da saúde, segurança e a Imprensa jornalística e tantos outros que estão na rua em meio a pandemia só para que você se protege e não tenha que sair de casa. Por: Wilhiam Rodolfo Peretti Diretor do Jornal ‘O Celeiro’


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ESPECIAL

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“Juntos vamos derrotar o Vírus”

Jornais impressos no Brasil se unem em campanha contra o Coronavírus e incentivam busca de informações confiáveis Os meios de comunicação em todo o território nacional estão comprometidos em levantar a bandeira da prevenção contra o novo Coronavírus (Civid-19). Mobilizar, reforçar e convencer a população sobre a seriedade da prevenção é a missão de todos os veículos de comunicação para que o vírus seja controlado. Porém, só é possível informar com responsabilidade as pessoas através de notícias verdadeiras. Infelizmente após a pandemia, vemos um surto de informações que surgem das mais diversas fontes apresentando notícias mentirosas que causam ainda mais pânico nas pessoas. Essas notícias também ficaram conhecidas popularmente como Fake News. A população precisa aprender a identificá-las e combate-las. Como veículo de comunicação profissional e sério o jornal ‘O Celeiro’ aderiu a campanha nacional ‘Juntos vamos derrotar o vírus: Unidos pela informação e pela Responsabilidade’, iniciativa da Associação Nacional de Jornais (ANJ), que foi aderida por jornais impressos de todo país e de países vizinhos. A entidade disponibilizou o material para todos os estados. Em Santa Catarina a medida foi encabeçada pela Associação dos Jornais do Interior de Santa Catarina (Adjori) a qual o jornal ‘O Celeiro’ é associado. Mais de 40 jornais publicarão a capa conjunta em todo estado, a campanha foi adotada pelos estados como São Paulo, Bahia e Maranhão, valorizando os jornais impressos. Esta é uma nobre mobilização, pois a população precisa ser protegida contra as mentiras. O mundo passa por um momento delicado, há anos as pessoas não viviam uma situação tão nebulosa e tão de-

safiadora a ponto de causar o isolamento de milhões de pessoas. A notícia do vírus por si só já causa preocupação, e quando ela é aumentada isso pode ser ainda pior. É assustador ver o número de informações falsas que chegam as pessoas e rapidez em que são disseminadas. Pessoas se dizem medicas em áudio de WhatsApp e afirmam que a situação nos hospitais está caótica, que o governo está escondendo o número de mortos, outros se passam por enfermeiros também afirmando que a mesma coisa, até mesmo o ministro da saúde, Luiz Mandetta, não escapou desses áudios, outros áudios dão conta de notícias sobre cura, vacina e remédios para o Coronavírus. Quem cria e divulga Fake News será responsabilizado criminalmente. Medo e falsas esperanças viraram brincadeira neste momento de tensão. A população precisa de ajuda para entender o que está acontecendo no mundo. Elas precisam estar bem informadas sobre

OCELEIRO www.jornalceleiro.com.br Fundado em 25 de Junho de 1992 COMUNICAÇÃO O CELEIRO EIRELI - CNPJ: 12.188.377/0001-03

Diretor: Wilhiam Rodolfo Peretti Diagramação/Arte: Wilhiam Rodolfo Peretti - RP: 0006221/SC

Jornalista: Priscila Nascimento - RP: 0002761/PA

prevenção, forma de contágios, sobre as ações do governo, apenas isso. Deve-se di-

vulgar e viralizar notícias verdadeiras que conscientizem. Os veículos de jornalismo profissional têm a função de levar informações com credibilidade. Profissionais de jornalismo buscam fontes confiáveis e verdadeiras, não divulgam o que ouvem de terceiros. Quando o assunto é saúde os órgãos competentes e oficias são a Organização Mundial de Saúde (OMS), Ministério da Saúde (MS) e as Secretarias de Saúde dos estados e municípios. Não acredite em tudo que lê, antes de divulgar investigue e veja a procedência da informação. O jornal ‘O Celeiro’ está empenhando para lutar contra o Coronavírus e contra as Fake News. Nós possuímos um canal de comunicação com os leitores que informa com precisão, verdade e responsabilidade porque encaramos a notícia com seriedade. A credibilidade do impresso foi comprovada em pesquisa do Datafolha que nesta semana o apresentou como segundo veículo mais confiável na busca por informação, ficando atrás apenas do telejornalismo.

Para você evitar ser enganado preparamos dicas para ajudar a identificar as notícias: Não leia só o título: Ler uma publicação do início ao fim antes de compartilhá-la diminui as chances de espalhar um boato. Desconfie de textos alarmistas: Se uma notícia parecer “inacreditável”, talvez seja porque ela não existe. Em geral, quem tenta enganar os leitores escolhe exagerar ou inventar eventos absurdos para mexer com a emoção do público, principalmente quando as opiniões estão polarizadas. Cuidado com vídeos, fotos e áudios: Imagens e áudios podem ser facilmente editados e tirados de contexto. Desconfie de vídeos que mostram cenas incomuns. Tente encontrar a gravação original e pesquisar as circunstâncias em que ela foi feita. Textos antigos costumam voltar a circular: É decorrente o envio pelas redes quando algum assunto ou texto antigo que acaba virando notícia. Fique atento à data da publicação. Mesmo que um dia a informação compartilhada tenha sido verdadeira, com o passar do tempo ela pode se tornar falsa ou provocar confusão. *O Jornal ‘O Celeiro’ agradece as empresas Auto Elite e Atacarejo Copercampos pela liberação do espaço dos seus anúncios na capa do impresso em apoio a campanha ‘Juntos vamos derrotar o vírus’

Rua. Cel. Farrapo, 743, Centro, Campos Novos - Cep: 89620.000 Redação: redacaooceleiro@gmail.com Comercial: oceleirocomercial@gmail.com Financeiro: oceleirofinanceiro@gmail.com

As colunas e artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não expressam necessariamente a opinião do jornal. Impressão: Gráfica Araucária/Lages-SC Tiragem: 1.000/Exemplares/Semana

Fone: (49) 3541-0029

Circulação: Abdon Batista, Brunópolis, Campos Novos e Vargem. PARCEIROS: Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). Associação Empresarial, Rural e Cultural Camponovense(Acircan). Membro da Associação dos Jornais do Interior de Santa Catarina (Adjori)

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EMPRESARIAL

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Orcatéa celebra 50 anos de atuação na região *Foto: Wilhiam Peretti/O Celeiro

Empresa comemora o sucesso e o trabalho desenvolvido que foi passado de pai para filhos Há meio século, no ano de 1970, um pequeno grupo de empreendedores formou a Orcatéa Contabilidade. Anos depois um dos sócios comprou a sociedade e transformou a empresa em um negócio de família, e desde então o grupo se transformou na Família Orcatéa, um empreendimento de sucesso na região. Hoje o filho Alexandre e a esposa Graça Zancanaro são os atuais administradores da empresa que em janeiro deste ano completou 50 anos de atuação na região. Um belo baile em comemoração a data foi cancelado em virtude da pandemia do Cornavírus, mas a emoção por esse dia é celebrada no coração de todos que fizeram parte da família. Relembrar a trajetória que rendeu os frutos de hoje fazem o filho marejar os olhos ao conversar com a reportagem do jornal O Celeiro. Quem observa o sucesso de hoje nem imagina as dificuldades vividas. Conheça um pouco mais sobre a história dessa família que é um exemplo de dedicação e superação. No dia 2 de janeiro de 1970 os técnicos em contabilidade Nelson Antonio Serpa e José Luiz Debastiani inauguraram o primeiro escritorio de contabilidade de Campos Novos. Neste mesmo ano, em 3 de novembro, foi assinada a primeira alteração contratual da empresa e os novos sócios: José Alvaro Adamy e Nativo Antônio Fontana compraram a participação de Nelson Antônio Serpa na sociedade. No dia 26 de setembro de 1971, os sócios José Luiz Debastiani, Nativo Fontana e Álvaro Adamy venderam o escritório de contabilidade para Sidney Souza e Hilário Zancanaro, que assumiu a direção da ORCATÉA em 1° de outubro. Alexandre, filho mais novo, fala emocionado sobre o pai, seu Hilario, que se mudou na infância para Campos Novos junto a familia. Com 5 anos de idade, seu Hilário já ajudava os pais na lavoura. Anos mais tarde, o jovem buscou conhecer novos horizontes e oportunidades, surgindo assim a vontade de estudar e deixar a colô-

Silviio Alexandre e Maria das Graças Zancanaro

nia para atuar em outra profissão. Em 1960 conheceu a bela Tereza Galafassi que, após quatro anos, tornou-se sua esposa. Hilário e Tereza Zancanaro, construíram uma familia, trabalharam, economizaram e foram os personagens essenciais para que a formação da familia Orcatea. Sua historia é um exemplo de vida que o filho Alexandre não esquece e

Temos muito orgulho pela história construída. A presença do meu pai é muito forte, minha mãe também teve uma participação muito grande na construção disso aqui. Os dois vieram de uma situação difícil. Chegamos aqui pela perseverança e o positivismo que meu pai tinha. Aqui fica marcada uma história de vida

até hoje tenta seguir de perto os passos do pai que faleceu em 2014. Ele, que desde 1996 integra a sociedade Orcatea, iniciou na empresa como office boy e como auxiliar do escritório. Com o tempo se graduou como contador, e em seguida conclui uma pós gradução em Contabilidade Gerencial, Perícia e Auditoria, estando preparado para assumir a administração total dos trabalhos em 2004. “Temos muito orgulho pela história construída. A presença do meu pai é muito forte, minha mãe também teve uma participação muito grande na construção disso aqui. Os dois vieram de uma situação difícil. Chegamos aqui pela perseverança e o positivismo que meu pai tinha. Aqui fica marcada uma história de vida. Falar da Orcatéa é falar de Hilário Zancanaro, é recordar momentos maravilhosos que tivemos aqui”, contou. Apesar da insegurança em dar continuidade aos negócios, a bagagem que Alexandre carregava pelas constantes capacitações, as lições que aprendia com os erros, lhe proporcionou mais experiência. Quando assumiu os trabalhos, a Orcatéa tinha 40 clientes, atualmente são aproxi-

madamente 500 clientes espalhados em todo o Estado de Santa Catarina, que são atendidos pela Matriz em Campos Novos e pela filial em Itapema, que por sinal foi outro desafio assumido pelo sucessor. Com 50 anos de história a sensação não é de dever cumprido, mas sim desejo de fazer mais. A empresa Orcatea está no mercado com profissionais especialistas na área com o propósito de auxiliar as empresas a conseguiram realizar uma gestão de qualidade. “Nosso foco é atender e ser parceiro do nosso cliente. Temos uma fiscalização rígida, que avança tecnologicamente e de outro lado temos o empresariado que sofre com penalizações e com o sistema econômico instável que o país se encontra. Para juntar o equilíbrio entre os dois entra o Orcatéa oferecendo soluções, não somente contábeis, mas também administrativas, sendo parceiro em todos os momentos da empresa para que elas tenham a longevidade”, afirmou Alexandre, agradecendo também a todos que passaram pelo escritório. “Que possamos desfrutar de mais momentos comemorativos. São 50 anos de uma vida promissora”, finalizou.


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SAÚDE

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Campos Novos se prepara para possíveis casos do Covid-19 *Imagem: Reprodução/Facebook

Medidas preventivas visam minimizar riscos e impedir que aconteçam casos seguidos da doença O clima de tensão continua em virtude da pandemia do Coronavírus. Até o calendário de vacina foi modificado pelo Ministério da Saúde para adiantar a vacina contra o vírus Influenza, que causa a gripe. Tudo para evitar que os casos de gripe surjam e sejam confundidos com o do Covid -19. A Administração Municipal e Estadual realizam diariamente coletivas pela internet para atualizar os dados e informar ações. O Governo do Estado de Santa Catarina determinou mais 7 dias de isolamento em casa, permitindo apenas que os serviços essenciais funcionem. A maioria da população, mesmo sem querer, abraça a causa e acata as ordens: melhoraram os hábitos de higiene e permanecem sem sair de casa. Campos Novos também está focando os esforços nesta luta contra a doença que ainda não fez vítimas no município, mas já se apresentou em cidades próximas. Até o momento 88 pessoas estão sendo monitoras em casa por apresentarem quadros gripais e 2 casos suspeitos que aguardam o resultado do exame laboratorial. Apesar de todo empenho, ainda assim é provável que surjam casos do Covid-19 no município, portanto é preciso preparo para tratar esses pacientes, principalmente se surgirem casos graves. O Hospital Dr. José Athanázio não possui estrutura adequada para atender uma demanda grande de pacientes, e este é uma das maiores dificuldades da administração. Na noite de terça-feira (24) o prefeito Alexandre Zancanaro disse que foi investido o valor de R$ 400 mil para com-

pra de equipamentos, além de insumos e medicação. Há 81 leitos de internação no hospital e dez foram reservados para quem for diagnosticado com o Covid-19. Estão a postos dois médicos, dois enfermeiros e três técnicos em enfermagem para atender a demanda que deverá surgir. Foi reservado um espaço para abrigar e receber os pacientes no hospital como entrada alternativa para evitar que pacientes suspeitos entrem pela emergência. Além disso, foi providenciada uma viatura do SAMAU para atender exclusivamente os casos da doença. Como o município não conta com uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) casos considerados graves deverão ser encaminhados para outros municípios.

Outras medidas Se muitos casos da doença surgirem simultaneamente irá superlotar o hospital e dificultar o Sistema de Saúde. Como esta é uma preocupação séria, as medidas visam minimizar riscos de que haja uma disseminação em massa. Entre as medidas de prevenção ficar em casa, principalmente no caso dos idosos, é a que tem sido mais incentivada, no entanto foi aberta uma exceção para o dia da vacina que aconteceu na ultima segundafeira (23). Diferente da ultima campanha de vacinação, neste dia em menos de 10 horas a quantidade de doses acabaram, mostrando que a população idosa desta vez deu atenção aos avisos. Ano passado, de abril a maio, 2.944 idosos foram vacinados e 749 profissionais da Saúde. Na segunda-feira foram vacinados 1.106 idosos (30% da meta de toda campanha) e 349 profissionais da saúde (92% do total). A meta de vacinação é de 3.642 idosos e 379 profissionais da saúde.

Prefeito de Campos Novos está atualizando informações sobre a situação do município diariamente através de ‘Live’ no Facebook da Prefeitura

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a quantidade de doses enviadas ao Estado neste ano, era equivalente ao ano passado, no entanto, a procura no dia de lançamento da campanha foi bem maior que a expectativa. A vacinação foi suspensa até que sejam enviadas novas doses, acredita-se que até o fim da semana o município receba outra remessa. “Estamos manifestando o nosso descontento em relação a isso, pois nos organizamos, a população se mobilizou diante de todo esse cenário de temor. Nós pedimos desculpas à população pelo transtorno e neste momento aguardaremos o repasse das vacinas pelo Estado”, afirma a Secretária de Saúde Mayara Serena. A população idosa aguarda com expectativa a retomada das vacinas. Os pontos de vacinação ao ar livre serão mantidos: Praça Lauro Muller; Ao lado da Unidade de Saúde do Saúde do Senhor Bom Jesus; e na quadra ao lado do Posto de Saúde do Bairro Aparecida. As vacinações acontecerão das 8h da manhã até às 17h sem interrupção ao meio-dia. A vacinação em locais abertos evitará aglomerações. Mayara ainda diz que o re-

comendado é que as pessoas mantenham distância uma da outra ao aguardarem a vacina. A ação mais recente começou a ser ezecutada pela administração nesta quarta-feira (25), para evitar a chegada do vírus no município. Foram bloqueados três dos cinco trevos de acesso a Campos Novos, em dois deles foram montadas barreiras sanitárias para controle e monitoramento de veículos que entrem. Os dois principais acessos, os trevos da Copercampos (na BR-282) e da Gerwal (na BR-470), contarão com a presença de um Policial Militar, um membro da Guarda Patrimonial e um Agente de Saúde. “Vai ser realizado um questionário rápido apenas para identificar e termos o controle das pessoas que estão circulando pela cidade”, afirma o Secretário. No questionário, as perguntas buscam por informações que podem facilitar na detecção de casos suspeitos do COVID-19, e ainda orientar as pessoas nos cuidados neste período de quarentena. O objetivo não é impedir o direito de ir e vir, mas sim promover a prevenção.


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Saúde mental: Como enfrentar esta fase sem estresse? Psicóloga fala sobre impactos na saúde mental neste período turbulento na luta contra a Covid-19 Vez por outra as pessoas reclamam da rotina do trabalho e dariam tudo para ficar em casa sem fazer nada. Este dia chegou, mas por um motivo lamentável: a Pandemia do Coronavírus, um vírus que tem assustado o mundo inteiro e mobilizado os governantes a decretar situação de emergência e incentivar as pessoas a ficarem em casa. Em Campos Novos muitos estabelecimentos foram fechados e aulas foram suspensas e boa parte da população está tendo que ficar em quarentena em casa. O medo, a ansiedade e o tédio tomam conta da população causando efeitos na saúde mental. Como passar por essa situação de forma equilibrada? Somos bombardeados a todo momento com notícias e filmes que mostram relatos e imagens de pandemia, catástrofes apocalípticas e mais histórias, fictícias ou não, que mais amedrontam do que informam. Soma-se a isso a disseminação em massa de Fake News que chegam as pessoas ne mesma velocidade que os vírus. Como saber em quem confiar? O governo está escondendo alguma coisa maior sobre o vírus? Como relaxar diante dessa avalanche de notícias? Teorias de conspiração sondam o imaginário de muitas pessoas. Por outro lado, há aqueles que

não se deixam abalar e nem ligam muito para os jornais, porém, rapidamente se entediam sem ter nada o que fazer. Parece que as coisas interessantes só surgem da porta para fora. O que fazer então para driblar o medo e o tédio nestes dias de quarentena? Os momentos de crise, quando bem aproveitados, podem ser ótimas ocasiões para aprimoramento pessoal e fortalecimento de laços. A psicóloga Juliane Rosa, conversou com a equipe do jornal O Celeiro sobre os efeitos da pandemia sobre a saúde mental e deu dicas para passar por essa situação sem grande estresse. “Pandemias, como o Coronavírus podem aumentar o nível de ansiedade, bem como, podem incluir alguns sentimentos como o de raiva, medo e tristeza, por exemplo”, declarou. Lidar com esses sentimentos não é fácil, mas Juliane deu algumas dicas práticas que poderão ajudar.

Juliane Rosa, psicóloga

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SAÚDE

*Imagens: Divulgação

Confira a lista: 1. Tenha empatia: O mundo vive uma situação delicada, e nesse momento é importante deixar as diferenças de lado, colocar-se no lugar do outro e preocupar-se por uma cau-sa maior. 2. Estabeleça uma rotina: a rotina oferece muitos benefícios em situações de isolamento social. Além de preencher o tempo ocioso, faz com que os objetivos sejam cumpridos no tempo necessário. 3. Reduza o contato com notícias que causem sintomas de ansiedade: O excesso de in-formação pode fazer com que o indivíduo sinta-se demasiadamente preocupado. Nesta perspectiva é importante que as atualizações sejam feitas por meios de comunicações confiáveis, uma ou duas vezes durante o dia. 4. Utilize a tecnologia ao seu favor: Fazer vídeo-chamadas ou ligar para alguém queri-do ou que não vê a muito tempo podem auxiliar a enfrentar o tempo longe das pessoas que ama. 5. Busque fazer atividades as quais gosta: Desligar a televisão e dedicarse a algo que há muito tempo queria aprender pode trazer muito benefícios. Dedicar-se a ler um li-vro, aprender a pintar ou até mesmo a cozinhar podem auxiliar a baixar os níveis de ansiedade.

Nossa História em Fotos

*Foto: Acervo/Benito Zandoná

1968 - Excurssão do Padre Quintílio. Participe do “Nossa História em Fotos”, encaminhe sua foto por e-mail através do: oceleirocomercial@gmail.com ou traga até nossa sede.


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ESTADO

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redecatarinensedenoticias

RCN - 567 | rcnonline.com.br

SC

"Começamos a ver sinais positivos" Para presidente da Comissão de Saúde da Alesc, Neodi Saretta, redução do avanço de casos na China traz otimismo Rede Catarinense de Notícias - Qual é sua análise do quadro geral do Coronavírus no Estado? Neodi Saretta - A situação é preocupante. Não só no Estado, mas o mundo afora mostrou isso. Por isso a importância de que as recomendações dos órgãos de saúde sejam seguidas com rigor. Em um primeiro momento, a situação assusta, mas por outro lado começamos a ver alguns sinais positivos vindos de fora, como a diminuição dos casos na China, e medicamentos que estão sendo testados. Isso dá uma luz no fim do túnel, mas não significa que não devemos fazer a nossa parte. Há a preocupação em relação à sobrecarga de hospitais, de órgãos de saúde, de ter mais respiradores. Mas acredito que o esforço conjunto que está sendo feito vai resultar na volta

RODOLFO ESPÍNOLA/AGÊNCIA AL/ARQUIVO

por cima nessa pandemia. Alguns países estão conseguindo reverter, e nós também vamos conseguir. RCN - O governo decretou emergência e fez uma escalada de restrição social. Como o senhor vê as ações do Estado? Saretta - Eu acho importante apoiar as medidas que são ditadas pela área técnica. Inclusive, nós da Comissão de Saúde largamos uma nota para apoiar as medidas e recomendar que a comunidade colabore. Ao mesmo tempo, novas

ações vão sendo determinadas à medida que vem orientações dos órgãos de saúde e os casos evoluem. O aumento das confirmações mostra que as medidas são necessárias. O que a gente espera é que possa haver uma reversão no curto prazo. RCN - Na nota, a Comissão fala sobre proteção às famílias que serão prejudicadas. Saretta - Há um estudo nesta área de compensação econômica para as pessoas que ficarem sem renda, os estabelecimentos

NOTÍCIAS FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA

Coronavírus: FIESC cria Central de Suporte à Indústria Além de publicar boletins diários com as últimas informações sobre o coronavírus, a FIESC criou a Central de Suporte à Indústria, no endereço www.observatoriofiesc.com. br/contracorona, para orientar as empresas sobre a interpretação do Decreto estadual 515, medidas de saúde e segurança nos ambientes de trabalho e tirar dúvidas relacionadas à gestão de pessoas. As principais dúvidas que a entidade tem recebido, principalmente relativas à área trabalhista, já estão respondidas no site, que também dispõe de um formulário para envio de perguntas. As dúvidas também podem ser enviadas pelo WhatsApp 48 9 84220162. A FIESC se mantém solidária e atuante Assessoria de Imprensa FIESC:

que terão dificuldade de se manter. É um esforço conjunto que o governo e a sociedade devem fazer. A prioridade é a questão da saúde, mas as medidas compensatórias vão garantir os empregos e que as ações da saúde possam permanecer. RCN - Qual a avaliação das decisões de Brasília? Saretta - Eu vejo que os estados estão agindo com mais rapidez. A gente vê

mais comando. A nível nacional deixou a desejar a questão da presidência. Algumas questões não tiveram o encaminhamento ideal, mas não é momento para críticas, e sim para união de esforços. RCN - Como presidente da Comissão, o senhor conhece bastante da estrutura da saúde de SC. Como ela pode dar resposta à crise? Saretta - Para uma crise

como essa, vai precisar de muito reforço, como mais investimentos, e também auxílio a hospitais filantrópicos. Os respiradores são uma grande demanda, assim como mais leitos de UTI. Existe a possibilidade de criar hospitais de campanha. São necessárias ações para não sobrecarregar o sistema, principalmente porque daqui a pouco vem o inverno.

Há quase 60 anos, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE está ao lado das pessoas, empresas, instituições e governos que promovem o desenvolvimento socioeconômico nos três estados da Região Sul: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Neste momento de dificuldades extremas, trabalhamos com o objetivo de garantir todo o apoio para salvaguardar não apenas a economia, mas, fundamentalmente, a vida e o bem-estar coletivos em nossa região. Nesse sentido, informamos que:

• O BRDE instituiu um Plano de Contingência para sua operação diuturna, a fim de proteger a saúde de seus funcionários, os quais estão, em sua maioria, trabalhando na modalidade “home office”; • Disponibilizaremos montante de cerca de R$ 1,3 bilhão, até o final de 2020, para atender às necessidades emergenciais de nossos clientes, notadamente as micro, pequenas e médias empresas e os empreendedores individuais, bem como as municipalidades; • As operações de crédito rural receberão o tratamento que vier a ser estabelecido pelo Governo Federal através do Conselho Monetário Nacional, assim como as operações realizadas ao amparo do Programa de Sustentação do Investimento – PSI, considerando que ambos dependem de legislação específica, não se aplicando as medidas emergenciais divulgadas pelo BNDES; • Também estamos em contato intenso e permanente com nossos provedores de fundings, nacionais e internacionais, a fim de viabilizar a postergação dos pagamentos devidos, com o intuito de repassar essas vantagens aos mutuários do BRDE;

• Da mesma forma, negociamos, junto aos provedores de fundings, o aumento imediato dos limites de crédito, o que nos permitirá ampliar os recursos já disponíveis para financiamentos;

• De modo urgente e célere, formatamos um programa emergencial para destinar crédito aos micro, pequenos e médios empreendedores dos setores mais atingidos por essa crise, como o turismo, economia criativa, prestação de serviços, alimentação, entre outros; • Em conjunto com as demais instituições de fomento, nacionais e internacionais, e de sua entidade associativa, a ABDE, o BRDE trabalha junto ao Governo Federal e Governos Estaduais do Sul, na criação de alternativas de Programas Emergenciais de Mitigação dos Efeitos do Coronavírus, tanto para redução dos efeitos na Saúde Pública como das consequências negativas sobre a já comprometida economia nacional; • Finalmente, incumbe informar que esses recursos se somarão aos R$ 900 milhões do Programa Promove Sul, lançado em janeiro de 2020, destinados à promoção do desenvolvimento sustentável, com uso de recursos próprios do BRDE.

Com tais medidas, que serão alvo de detalhamento técnico nos próximos dias, buscamos atender à clara determinação dos três governadores – do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná – para, de forma integrada, solidária, célere e coerente, auxiliar nossos estados e seus cidadãos a vencer essa crise sem precedentes.

no sentido de defender a saúde da população e preservar empregos e empreendimentos, que são a base necessária para a recuperação da economia após a crise. Ao mesmo tempo em que as medidas possíveis para restringir a circulação de pessoas devem ser tomadas e apoiadas, inclusive no setor industrial, é importante que já se inicie a reflexão a respeito das medidas para mitigar os impactos da crise.

f 0800 48 1212 w www.fiesc.com.br

A todos os nossos clientes, pessoas físicas e jurídicas do setor produtivo e do setor público, prestamos solidariedade e permanente apoio. Juntos e de forma coordenada, estamos certos de que ultrapassaremos esse período e sairemos ainda mais fortes. Marcelo Haendchen Dutra Diretor Presidente (SC)

Luiz Corrêa Noronha

Vice-Presidente, Diretor Financeiro e Diretor de Planejamento (RS)

Luiz Carlos Borges da Silveira Diretor Administrativo (PR)

Wilson Bley Lipski

Diretor de Operações (PR)

Vladimir Arthur Fey

Diretor de Acompanhamento e Recuperação de Créditos (SC)

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ABDON BATISTA

Abdon Batista adota medidas para prevenir o Coronavírus

3º Expo Abdon Batista é transferida

Em reunião com a equipe de secretários municipais na manhã da última quarta-feira, dia 18 de março, o prefeito de Abdon Batista, Lucimar Antônio Salmória, anunciou as ações de prevenção adotadas pelo município em relação ao Coronavírus. Entre elas: -Suspensão das aulas nas redes municipal e estadual pelo período de 30 dias. - Transporte universitário oferecido pelo município está suspenso; - Festa dos 31 anos do município será transferida para uma nova data; - Atividades e projetos da Assistência Social desenvolvidos através do CRAS canceladas por 30 dias; -Suspensão das Escolinhas Esportivas pelo período de 30 dias; - Prefeitura irá funcionar sem atendimento ao público pelo período de sete dias; - Deslocamento de pacientes pela Secretaria de Saúde apenas para Hemodiálise/ Oncologia/ Radio Quimioterapia/ e

Por prevenção ao coronavírus, devido às inúmeras recomendações, tanto do Ministério da Saúde quanto da Secretaria de Estado da Saúde, por causa da proliferação do Coronavírus em aglomerações de pessoas e para evitar que uma possível pandemia atinja o município, a Administração Municipal de Abdon Batista em conjunto com Comissão Central Organizadora (CCO), decidiram cancelar a festa a 3º Expo Abdon Batista festa dos 31 anos do município, que seria realizada nos dias 24, 25 e 26 de abril de 2020, no Parque de Eventos Eutímio Pucci Ceregatti. Mesmo não havendo nenhum caso confirmado em Abdon Batista, as orientações dos órgãos de Saúde serão seguidas pela Prefeitura. Uma nova data já está sendo marcada pelos organizadores para a realização do evento

serviços de Urgência e Emergência; -Atendimentos de fisioterapia, odontologia e atividades da Academia da Saúde suspensos; - Casos suspeitos de coronavírus e demais casos devem ser comunicados imediatamente, pelo telefone: 3545.1269 ou celular 9.8843-4014 (whatsapp), antes mesmo de procurar a unidade de saúde. O Decreto com essas diretrizes foi publicado no Diário Oficial do Município ainda na quarta-feira dia 18.

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*Informações: Comunicação/PMAB


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Quinta-feira, 26 de Março de 2020 . www.jornalceleiro.com.br

Família Di Domenico, associada da Coocam participa da 4ª temporada do Programa Mais Milho No final do mês de fevereiro, a equipe do Canal Rural visitou a Fazenda São João da família Di Domenico. A reportagem será exibida no próximo sábado, às 11h. Relatar histórias dos produtores de milho que estão fazendo a diferença quando o assunto é rentabilidade, suas particularidades, desafios e resultados, ou seja, muitas informações e prestações de serviços ao produtor rural. Esses e outros destaques estão na 4ª temporada do Programa Mais Milho. As entrevistas aconteceram no mês de fevereiro, quando a equipe do Canal Rural percorreu propriedades rurais em diversas regiões do país e compilou uma série de conteúdos que já começaram a serem exibidas. O vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) e apresentador, Glauber Silveira, reforça que nesta temporada o objetivo é mostrar relatos de produtores rurais que conseguem produtividade e rentabilidade nas lavouras. “Depois de termos ido nas propriedades rurais, vamos relatar histórias mostrando o que os produtores estão fazendo para disseminarmos essas informações e mostrar casos de sucesso”, comenta.

No total a equipe formada por quatro profissionais, percorreram aproximadamente 3 mil quilômetros em 10 dias. A estreia do programa aconteceu no último final de semana, com um produtor do Rio Grande do Sul. O programa vai ao ar aos sábados, a partir das 11h da manhã, no Canal Rural. Em Campos Novos, a reportagem visitou a Fazenda São João, no dia 08 de fevereiro, onde conversou com os produtores, João Carlos e João Alexandre Di Domenico, pai e filho. Lá eles abordaram temas sobre a realidade do milho em Santa Catarina e no Brasil, comercialização, preço, logística e tudo o que envolve a produção. A reportagem será exibida no próximo sábado (28), às 11h da manhã. Um dos pontos que os telespectadores do Canal Rural poderão acompanhar na entrevista de sábado, está relacionado aos custos financeiros de uma lavoura. O produtor João Alexandre vai abordar o quanto é importante os produtores estarem atentos aos custos de uma lavoura para saber sua real rentabilidade. Dentre outros assuntos da pauta, João Carlos Di Domenico estará falando sobre condição natural do solo, altitude e clima na região de Campos Novos. “A produtividade de milho em nossa região é muito

CULTIVAR O COOPERATIVISMO É FOMENTAR O AGRO

*Foto e Informações: Comunicação/Coocam

boa e, dessa forma acabamos tendo resultados positivos em nossas lavouras”. A produtora de conteúdo Press em Campo é responsável pela captação de imagens, roteiro, edição e finalização dos programas. Conforme o diretor, João Henrique Bosco, o programa já está consolidado e com muito sucesso. “A partir da terceira temporada, nós da Press no Campo fomos contratados para fazer o Programa terceirizado”, explica João Bosco reforçando o trabalho de apresentação de Glauber Silveira, com quem divide alguns blocos do Programa. “O Glauber é uma liderança na área do agronegócio, além de engenheiro agrônomo, faz parte da diretoria da Abramilho e desde a terceira temporada eu divido alguns espaços com ele”.

Pelas inúmeras particularidades, o estado de Santa Catarina sempre está na rota do Programa Mais Milho e, em todas as edições, sempre uma propriedade rural catarinense recebe visita da equipe de profissionais. “Além de toda parte técnica, nesta temporada também estamos mostrando o lado humano dos produtores que nem sempre a sociedade sabe”, completa o diretor da Press em Campo. No ar desde 2016, o projeto é uma realização do Canal Rural em parceria com entidades ligadas ao setor. A quarta temporada estreia dia 21 de março, sendo que a reportagem com a família Di Domenico vai ao ar dia 28. O Programa Mais Milho do Canal Rural passará aos sábados, às 11 horas da manhã.

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Crise no agro? Pandemia do Coronavírus tem causado forte impacto na economia nacional *Fotos: Arquivo/O Celeiro

Carro chefe da economia no Brasil setor do agronegócio reflete sobre desafios gerados pela pandemia O problema é na saúde, mas os efeitos chegam a todos os setores em caráter mundial. No cenário nacional vemos as entidades representativas do setor se posicionando e mostrando sua preocupação com os portos e com as bolsas de valores de que estão em constante oscilação. No estado de Santa Catarina, que tem o agronegócio como sua força motriz, a pandemia tem gerado um cenário de instabilidade econômica causando incerteza e insegurança nos produtores rurais. Os produtores rurais reconhecem os perigos, mas sabem da importância de suas atividades para levar alimento ao mundo. A pandemia somada a estiagem fez de 2020 um ano atípico para o setor. Mas, bom ou ruim, o trabalho não pode parar. “Se faltar comida, a situação que é dramática fica caótica, defendeu José Zeferino Pedrozo, presidente da Federação da Agricultura no estado (Faesc), ao apelar ao governo para que se mantenham as atividades agrícolas e pecuárias. Produtores e presidentes de cooperativas da região refletem sobre esse momento, sobre desafios e oportunidades que se apresentam com este panorama que foi imposto ao mundo. Apesar da preocupação com o futuro, a maioria acredita na força do agronegócio. O presidente da Copermap, Jaison Passo, deixou claro sua visão sobre a pandemia e seus efeitos. “O problema é sério. O agro está sofrendo os impactos dessa pandemia. Já temos problemas de logística no escoamento da produção nos portos para a agroindústria. Os caminhões estão sem o suporte de mecânicas e não conseguem viajar. São medidas extremas, mas necessárias para manter as pessoas em suas casas. Porém o agro não pode parar, pois é a produção diária de alimentos. Como o produtor vai parar de

Jaison Passos, presidente da Copermap

produzir? Este é o momento de abastecer o mercado. É um momento crucial”, poderá o presidente que considera importante a atuação do governo para ajudar o setor. Ainda sobre os impactos, Jaison alistou outras situações relevantes. “Temos uma alta da taxa de câmbio, e por isso devemos ter um impacto negativo no momento de compras de matéria prima para as próximas safras, mas favorece o momento de exportação, principalmente a soja. Porém, o maior impacto é a insegurança que surge porque as empresas vêm passando por momentos difíceis e no agro não é diferente, e isso gera incertezas na economia. Teremos um ano com baixo crescimento no agronegócio, os produtores deverão reduzir os investimentos e consequentemente passará para as cooperativas e empresas também. Será um ano com desafios para o mundo em todos os segmentos e todos precisarão se reinventar e juntos encontrar maneiras de lidar com a situação”, conclui. O diretor-presidente da Copercampos, Luiz Carlos Chiocca, também falou sobre o trabalho no campo durante este período de pandemia. “No campo o trabalho não para e torcemos para que os impactos econômicos causados pelo coronavírus, não prejudiquem tanto o agronegócio, tão pouco as demais atividades. Acontecerá um impacto no crescimento do PIB mundial e brasileiro, com fuga de

Luiz Carlos Chiocca, presidente da Copercampos

João Carlos Di Domenico, presidente da Coocam

capitais, desvalorização de ativos, encarecimento dos insumos em dólar e crise de confiança, mas por outro lado surgem oportunidades, como deveremos visualizar menores taxas de juros, menor gasto de energia, com queda de preços e custos, fretes mais baratos, bem como o aumento de receitas de exportação com a desvalorização do real”, iniciou. Chiocca ainda elencou alguns desafios e oportunidades em virtude da desvalorização da moeda brasileira. Temos a soja e milho em valorização por conta do dólar e não devemos ter redução no consumo de alimentos e o aumento da demanda por soja e carnes na China que podem favorecer o agro brasileiro, pois com o país asiático retomando atividades industriais, vai exigir maior demanda de matéria prima. Vemos como fragilidade a questão da logística. Transporte interno e portos sendo impactados pela pandemia e com isso, é preciso se planejar para aquisição de fertilizantes e agroquímicos para a próxima safra. A alta do dólar é favorável para venda de commodities, porém, impacta negativamente na compra de insumos para a próxima safra”, dissertou. Por sua importância a população, já que é essencial a vida, o agronegócio se mostra um setor intocável, que vai sofrer, porém não perderá o seu valor e jamais poderá paralisar. João Carlos Di Domenico, diretor da Coocam, pondera que esta crise os deixara mais fortes e com mais conhecimento preparando-os para o futuro. Sobre o atual momento ele falou que a cooperativa está cumprindo todos os contratos, surgiram apenas com alguns problemas de logística. No entanto ele analisa esta situação numa visão de futuro. “O

agro é um negócio de longo prazo. Levar um animal ao frigorifico leva tempo. Nosso negocio não para porque estamos colhendo agora. Temos um ciclo na natureza que nos obriga a seguir em frente. Nunca passamos por uma crise de saúde. Essa alterou nossa maneira de viver. Temos que rever uma gestão melhor dos recursos para prevenir. São lições para aprender a valorizar o que temos. é preciso melhorar e mudar muitas coisas e só na crise é que fazemos isso. Temos que pensar no futuro. Vamos estar preparados para enfrentar uma outra crise dessas? Devemos pensar e agir tendo uma gestão econômica bem feita”, conclui. Recentemente a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) emitiu um boletim sobre a análise dos mercados internacionais. MERCADO (China): Não se identificou a interrupção de importações de bens agropecuários devido à pandemia da Covid-19. Mas o cancelamento de rotas marítimas já resulta em atrasos no transporte internacional. O escritório também apurou que comércio de grãos, óleos e alimentos registrou aumento de 9,7% entre os meses de janeiro e fevereiro de 2020 – apesar da queda das vendas totais do varejo em 20,5% nos dois primeiros meses do ano. PRODUTOS: Para as principais commodities agrícolas, como soja, milho e café, houve queda nos preços internacionais. No entanto, em função da alta do dólar, os preços reais não foram impactados. Para o setor sucroenergético e o algodão, o maior problema foi a guerra do petróleo entre Rússia e Arábia Saudita, que derrubou os preços nestes setores.


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