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OCELEIRO Quinta-feira, 02 de Abril de 2020 . www.jornalceleiro.com.br

Desde 1992 Desde 1992

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Ano XXVIII - EDIÇÃO 1620 s Campos Novos-SC, Quinta-feira, 02 de Abril de 2020 s www.jornalceleiro.com.br

SAÚDE

Hospital já tem plano de contingência para o Covid-19. Pág. 05

REGIÃO

GERAL

Comércio local sofre com paralisação causada pela pandemia. Pág. 07

Prefeita de Vargem reforça medidas contra o Coronavírus. Pág. 09

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s R$ 2,00

AGRONEGÓCIO

Estiagem X Pandemia: O que mais tem prejudicado o agronegócio? Pág. 11


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COTIDIANO

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COLUNA

Editorial Olhos atentos!

Direito Ambiental

Q

Meio ambiente e o Coronavírus

uando estamos focados em um único ponto, não enxergamos mais nada ao redor, é como se todo o resto não tivesse importância. Quando um assunto nos preocupa profundamente não criamos espaço para outros pensamentos, e isso pode ser perigoso. Estamos vivendo um momento em que a maioria das pessoas está vivendo neste estágio de olhar um único ponto em meio a tantos outros. Sim, estamos vivendo uma pandemia e isto é muito preocupante. Queremos ao máximo nos proteger da Covid -19, uma doença que ainda é uma incógnita para o mundo. Mas, calma aí, e os cuidados e prevenção contra outras doenças tão perigosas e mortíferas quantas as provocadas pelo Coronavírus? Esquecemos da dengue, da febre amarela, da H1N1? Isso só para citar algumas. Os vírus estão em todo lugar. É preciso estar atento a todos os fatores que podem prejudicar a saúde. Devemos sim empreender uma luta e nos prevenir contra todo tipo de doença. Nunca se lavou tanto as mãos como se lavam hoje. O álcool em gel virou o melhor amigo da população. Que bom ver o povo reagindo. Tomara que se tornem hábitos permanentes e as pessoas passem adotar as medidas para toda a vida, assim será possível combater os riscos de resfriados. É interessante analisar o exemplo que o Japão deixa para toda a população. A nação é uma das poucas que consegue manter o Coronavírus sob controle. Por que será? Um dos motivos é que os japoneses tem bons hábitos de higiene e de prevenção. O uso de máscaras para eles não é uma novidade, é algo comum quando a pessoa apresenta qualquer quadro gripal. A medicina faz o trabalho dela em prover o que a população precisa, ela busca soluções, estuda e cria remédios e vacinas. A população precisa fazer a parte dela: Se cuidar! Quando descobrirem uma vacina para a Covid-19 ainda iremos ficar atentos a prevenção diária? Ou será que vamos simplesmente concluir que as medidas já não têm mais importância. Vivemos tempos difíceis, doenças antigas e novas continuam fazendo a humanidade de refém. Que através de um olhar mais atento e preventivo nós deixemos de ser vítimas das doenças e sejamos ativos em combate-las.

Não é novidade para ninguém que o homem percebeu há bom tempo que os recursos ambientais não eram inesgotáveis, dando valor ao patrimônio social, que nada mais é que a garantia da própria existência, ou seja, a preservação da sua vida está intimamente ligada a preservação do meio ambiente e vice-versa. Também, agora não muito distante, superou a ideologia do Estado “pai de todos”, culpando o governo por tudo. Já temos a clara convicção que devemos pensar coletivamente, como vem ocorrendo com a pandemia do covid-19, conhecido ator principal, coronavírus. Razão pela qual daqui para frente devemos ter a clara definição de que isso poderá ocorrer novamente, ou seja, outra qualquer praga, através de outro tipo viral, se não estivermos atentos a preservação da vida, especialmente a nossa, dos seres humanos, tentando evitar ações invasoras – que possam estar sendo carregadas (hospedeiros) por espécies de animais, diante da nossa crescente urbanização. Daqui em diante, tomo a liberdade de indicar leitura da recente matéria - publicada em 18 de março (ação humana contra o meio ambiente causou a pandemia do coronavírus) em que o pesquisador Allan Carlos Pscheidt, doutor em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente e professor das Faculdades Metropolitanas Unidas, em São Paulo, responde e aponta que isso poderá ocorrer novamente. Afirma o ilustre professor: “O organismo que causa a covid-19 está há tempos no meio ambiente, provavelmente alojado em morcegos nativos de cavernas intocadas. Com a crescente urbanização e consequente invasão humana, porém, o vírus quebrou seu ciclo natural e alcançou outros seres, como o homem, cujo organismo ainda não está preparado para combatê-lo.” Pscheidt alerta que, em um mundo interligado como o que vivemos hoje, epidemias virais devem se tornar cada vez mais comuns. Para ele, se não evoluirmos para uma sociedade mais consciente, teremos sérios problemas. Na edição de Leandro Melito (Brasil de Fato), o pesquisador alerta que: “O coronavírus dá várias mensagens para a gente. Dá a mensagem do quanto somos uma comunidade global. A nossa espécie, hoje, é uma comunidade global. Temos que derrubar alguns conceitos de limites geográficos e começar a pensar em um conceito planetário. O coronavírus também traz uma mensagem sobre o quanto temos que ter ações rápidas de contenção. Cada vez vai ser mais normal um vírus ou uma bactéria causar um surto.” Portanto, podemos concluir, logicamente, que não há que se condenar toda a interferência do homem no meio ambiente, pois muitas vezes também necessária para o crescimento humano, contudo, a fala do pesquisador, conhecedor do assunto, dá o alerta. Sem nenhuma ressalva por mim, profissional do direito, da mesma forma que não poderia colocar em dúvida o que os mais autorizados especialistas da saúde do Brasil e do Mundo afirmam sobre a gravidade com o coronavírus. Busquemos o equilíbrio entre o cuidado e a vida que segue.

Por: Fabrício Carvalho Especialista em Direito Ambiental Advogado - OAB/SC 15.269

Por: Priscila Nascimento Jornalista

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As colunas e artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não expressam necessariamente a opinião do jornal. Impressão: Gráfica Araucária/Lages-SC Tiragem: 1.000/Exemplares/Semana

Fone: (49) 3541-0029

Circulação: Abdon Batista, Brunópolis, Campos Novos e Vargem. PARCEIROS: Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). Associação Empresarial, Rural e Cultural Camponovense(Acircan). Membro da Associação dos Jornais do Interior de Santa Catarina (Adjori)

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ARTIGO/PUBLICIDADE

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artigo Uma arma contra o vírus No último dia 4 de fevereiro, o governador de Santa Catarina Carlos Moisés da Silva foi perguntado pela primeira vez publicamente sobre o avanço mundial do novo Coronavírus. A resposta de Moisés foi curta: “Temos muito pouca informação”, disse. Cabe ressaltar que nesta data o Brasil não tinha registrado nenhum caso, o que só aconteceu semanas depois, no dia 25 daquele mês. Apesar disso, as autoridades nacionais já se preparavam para uma possível chegada do vírus em território brasileiro. Além do desafio natural de promover barreiras sanitárias e controle dos doentes, os órgãos de saúde tinham uma dificuldade ainda maior: o vírus era um completo estranho. Enfrentar o desconhecido é um obstáculo gigantesco, especialmente na área de saúde. Já imaginou lutar contra o que você nem sabe o que é? Hoje a situação é diferente: a informação chegou. Veio por veículos de comunicação locais, nacionais e internacionais. Teve notícia da China, do Irã, da Itália, da Espanha, de São Paulo, e de tantos outros lugares. Com a informação, chegou também a eficiência, a assertividade e a tranquilidade. Tanto é que o governo do Estado

*Divulgação

já maneja a retomada dos setores econômicos em meio aos cuidados de saúde. Sociedade, cidadãos e governos bem informados são hoje uma arma na defesa da vida. Por isso, não tenho dúvidas de que a imprensa é um dos maiores protagonistas mundiais da luta contra a Covid-19. Não à toa, foi reconhecida como atividade essencial por decretos do governo federal e também do governo estadual. No Estado, a Associação dos Jornais do Interior de Santa Catarina (Adjori/ SC) promoveu um movimento abrangente de integração editorial dos seus veículos. A capa conjunta, que nasceu na Associação Nacional dos Jornais (ANJ), foi publicada por pelo menos 60 jornais da entidade. A mensagem não poderia ser

mais clara: “Juntos vamos derrotar o vírus: unidos pela informação e pela responsabilidade”. A campanha é histórica. Uniu a imprensa em torno da defesa da vida, da proteção social, e do interesse comum dos cidadãos. Na outra ponta, está a preocupação das autoridades (mais uma vez) com as fake news. Muita desinformação surgiu nas redes, mas o remédio contra elas é o mesmo: jornalismo sério e comprometido, que tem a confiança majoritária do público, registrada em pesquisas recentes. Nós – jornalismo impresso - que circulamos nas comunidades, somos o veículo com credibilidade e intimidade pra chegar na casa de cada catarinense, e levar a notícia do jeito que nosso leitor precisa. A primeira batalha é uma batalha por informação. Saber como o vírus se comporta, onde está, onde esteve, quem combateu, como, que meios são eficientes. Esse intercâmbio rápido tem sido uma das maiores riquezas na experiência de enfrentar a Covid-19. Enquanto não aparece uma vacina, nossa principal arma é informação, informação e informação. Por: José Roberto Deschamps Presidente da Associação dos Jornais do Interior de Santa Catarina (Adjori/SC)


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SAÚDE

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Doenças Virais: Brasil deve estar em alerta contra mais epidemias *Divulgação

Doenças já conhecidas como dengue e H1N1 também devem ser combatidas com a mesma seriedade que a Covid-19 Todos os holofotes do mundo estão voltados a pandemia do novo Coronavírus, e não é por menos, afinal há anos uma doença não parava o mundo. Todo cuidado é pouco, porém a população precisa estar atenta aos demais vírus e epidemias que todo ano atinge e tira a vida de milheres de pessoas. São muitas doenças provocadas pelos vírus, entre as mais comuns estão a Dengue, a Chicungunha, a H1N1, a Zyca, a Febre amarela e a gripe comum, enfermidades que afetam principalmente o sistema respiratório dos pacientes. São doenças perigosas com formas de contágio diferentes, mas com sintomas similares, por isso é comum confundi-las. Mas neste momento em que o Sistema de Saúde está ameaçado pela possibilidade do surgimento de surtos virais em massa, nada melhor relembrar os cuidados preventivos para evitar ser acometido por algumas dessas doenças. No estado o número de casos de dengue chegou a 215 somente este ano, de acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica do estado (Dive-SC). Ca-

que imaginamos. Oque fazer então para fugir dos vírus e das doenças respiratórias? Hábitos de higiene e uma rotina saudável de vida são essências para a boa saúde. Rosangela de Sá, que faz parte da equipe da Vigilância Epidemiológica, faz alguns alertas sobre como manter um bom estilo de vida e evitar doenças respiratórias. “As mudanças nos hábitos de vida contribuem para o aumento das doenças respiratórias, pois fi-

camos mais tempo em ambientes internos e expostos ao ar condicionado. As pessoas mais sedentárias, que dormem pouco e se alimentam mal, prejudicam a resposta de defesa do organismo”, declarou. Outros cuidados também são essenciais: evitar água parada e cuidar da limpeza do ambiente e do quintal impedem a presença o mosquito Aedes Aegypti, transmissor da Dengue, Chikungunya, Zyca e até da Febre Amarela.

Tempo frio pode agravar surtos de doenças respiratórias na região sos de Febre Amarela foram confirmados quatro em 2020. A mesma diretoria relata que, de 29 de dezembro de 2019 a 14 de março de 2020, foram notificados 158 casos suspeitos de Sindrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em Santa Catarina. Destes, 20 foram confirmados para influenza, sendo 10 pelo vírus A (H1N1) e 3 Influenza. Os dados mostram que os vírus não tiraram férias, estão apenas esperando uma oportunidade para se manifestar. Em Campos Novos, recentemente a Vigilância Epidemiológica confirmou um caso de H1N1, ou seja, eles estão mais perto do

O clima frio ainda não se apresentou com força na região Sul, mas a estação mais quente do ano já se despediu e abriu portas para o outono, estação de transição do verão para o inverno. Nos próximos três meses é provável que a temperatura se equilibre entre os extremos: dias quentes e dias frios. Mas porque a proximidade do inverno causa preocupação? Rosângela de Sá explica: “Com a chegada do outono e do inverno, muitas pessoas sofrem com as oscilações climáticas. O tempo seco e a baixa umidade relativa

do ar são fatores que contribuem para o aumento das alergias respiratórias devido à alta concentração de poluentes na atmosfera. Com isso há uma redução dos mecanismos de defesa do organismo, o que propicia o aparecimento de doenças respiratórias como a asma, bronquite, rinite e sinusite. O ar frio também atua como irritante das vias aéreas, o que acarreta mais sintomas alérgicos, como a falta de ar e a coriza. Além disso, a maior circulação de vírus como o da gripe e do resfriado influenciam diretamente no aumento de doenças do aparelho respiratório”.


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SAÚDE

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Hospital já preparou plano de contingência prevendo disseminação do Covid-19 Infraestrutura e mais ações estratégicas serão executados para atender casos da doença Desde que o novo Coronavírus se espalhou pelo mundo a comunidade vem travando uma batalha para prevenir que a doença Covid-19 se alastre e faça muitas vítimas. Apesar de todos os empenhos não há como controlar um inimigo invisível. Mas caso isso venha a acontecer Campos Novos está preparado para um surto? Um plano de contingência foi traçado para lidar com a situação caso ocorra. O diretor do hospital Dr. José Athanázio, Marcelo Sottana, conversou com a equipe do jornal O Celeiro e contou como a fundação hospitalar está se organizando para este momento de crise na saúde. No município não nenhum caso confirmado, apenas dois casos suspeitos até o momento. “Desde quando surgiram os primeiros alertas sobre a possível disseminação do Corona vírus em Santa Catarina, o Instituto Maria Schmitt, através da CCIH do Hospital Dr. José Athanazio começou a criar um plano de contingência para enfrentamento da pandemia.”, iniciou Marcelo. Segue a integra da entrevista. Os números de casos suspeitos estão baixos, mas se surgirem e forem aumentando como o hospital vai lidar com a demanda? Na semana que passou a CCIH não mediu esforços para disponibilizar EPI’s adequados para as equipes atuantes e melhorar as condições de acolhimento de pacientes com sintomas respiratórios e diagnóstico sugestivo à contaminação por Covid-19. Foi incrementada a aquisição de material de proteção e itens indispensáveis à higienização pessoal e dos ambientes.

Também foram adquiridos equipamentos indispensáveis para o manejo de casos graves, como respiradores e monitores. Com as precauções tomadas, o hospital tem grandes chances de atravessar esse momento difícil de maneira organizada oferecendo o melhor aos pacientes. Quando ocorrer o primeiro caso, como será feito o acolhimento? Se houver confirmação de algum caso, o hospital está preparado para receber esse paciente. O acolhimento dos pacientes com sintomas respiratórios já está sendo avaliados em área específica do hospital, de modo que não são atendidos no mesmo ambiente da emergência. Usamos as salas do ambulatório e criamos um segundo pronto socorro, apenas para receber esses pacientes, evitando que, caso algum esteja infectado, circule com demais pacientes. Foi definida uma área física para isolamento? Foi criada uma área específica para atendimento desses pacientes. A área fica onde antes era a pediatria e se mantém isolada dos demais setores do hospital. Possui equipe de profissionais atuando 24h por dia para atendimento. Os funcionários envolvidos no atendimento estão devidamente equipados com EPI’s visando o máximo cuidado e proteção com a saúde de nossos

CULTIVAR O COOPERATIVISMO É FOMENTAR O AGRO

colaboradores. Os profissionais de saúde que atuam no hospital já receberam treinamento específico para lidar com o paciente que apresente a doença? Os treinamentos foram realizados com cada um dos plantões, em ambos os turnos, de modo que os funcionários foram adequadamente orientados sobre como proceder, quais EPI’s utilizar. Há uma sala de desinfecção para que esses colaboradores retirem seus EPI’s ao final do expediente evitando contaminar outras áreas do hospital. Há profissionais suficientes para atender a possível demanda? Esperamos que a situação caótica prevista não ocorra, entretanto, o plano de ação criado indica que teremos bons resultados. O quadro do hospital dispõe de profissionais em número suficiente para atender a demanda. Estamos buscando cuidados para a equipe atuante, além de planejar medidas internas caso haja a necessidade de mais profissionais. Como será feito o fluxo de atendimento? Com foco na segurança e otimização dos serviços, foram separados os atendimentos relacionados a sintomas respiratórios dos demais atendimentos realizados pela emergência do hospital, de modo que

no atual momento o Hospital Dr. José Athanazio conta com dois pronto atendimentos distintos, cada qual com sua equipe visando minimizar a possibilidade de contaminação de outros setores pelo Covid19. Quando o paciente chega ao hospital, se houver relato já na recepção se algum sintoma relacionado ao Covid19, este paciente aguarda separadamente dos demais até que o atendimento seja realizado. O atendimento é feito na área do ambulatório, onde foi destinada sala de espera, de triagem e de atendimento específicas para essas demandas. Havendo necessidade de permanecer em observação, o paciente é encaminhado para uma sala de observação criada apenas para este fim. Havendo necessidade de internamento, o paciente é encaminhado para o isolamento, onde receberá o tratamento/atendimento adequado. O que será feito com os pacientes em estado grave? Para os pacientes que estejam em estado grave e necessitem de UTI, os mesmos serão encaminhados para unidades hospitalares que dispõe de terapia intensiva. Caso não hajam leitos disponíveis nos hospitais de referência, manejaremos os pacientes utilizando os equipamentos disponíveis no hospital. Que equipamentos e insumos foram adquiridos para serem utilizados nesse período? Estão em processo final de compra 4 respiradores e 4 monitores, além de todo aparato de materiais para possibilitar seu perfeito uso. Além disso, os EPI’s adquiridos foram macacões, óculos, máscaras cirúrgicas e N95. São itens com os quais o Hospital já trabalhava anteriormente, mas que tiveram a quantidade em estoque aumentada pela demanda apresentada.

Leia o QR Code e saiba como estamos cooperando para o desenvolvimento do agronegócio.


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VARIEDADES

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Horóscopo Semanal Áries

20/03 a 20/04 Qualquer que seja a sua forma de atuar ela irá refletir-se fortemente no seu cotidiano. No plano afetivo: Terá nestes dias um bom ambiente familiar. Os conflitos que possam existir encontrarão resolução. É momento de namoro e romance. Demonstre ao ser amado com pequenos gestos cotidianos que o ama. Surpreenda e será surpreendido.

Gêmeos 21/05 a 20/06

Um fim-de-semana no convívio da pessoa amada fará rejuvenescer a sua relação amorosa. No plano afetivo: O amor paira no ar, prepare-se para o romance. Um novo amor poderá surgir do nada e trazer um novo colorido ao seu cotidiano. Se possui uma relação de longa duração sentirá o renascer da mesma. Use e abuse da sua sensualidade. Na saúde: Renove o seu visual.

Leão 21/07 a 22/08 Será com grande prazer que descobrirá que algumas das suas aplicações financeiras o ajudam a assegurar o seu futuro. No plano profissional e material: Todas as investidas de trabalho, contratações e negociações estarão favorecidas. Vai se sentir repleto de confiança em si próprio e as suas tarefas serão realizadas de forma rápida e eficaz.

Libra 23/09 a 22/10 No âmbito da sua atividade profissional poderá festejar uma nova associação ou sociedade. No plano afetivo: Poderá tomar decisões sérias relativas a casamento ou a uma vida a dois. A lucidez de espírito que o habita, permite ultrapassar as opiniões mais ou menos negativas que lhe transmitam. Razão e coração estão em perfeita harmonia.

Sagitário

22/11 a 21/12 Tome todas as precauções para não correr o risco de perca do seu posto de trabalho. No plano afetivo: Poderá ter de enfrentar uma ruptura definitiva nos seus relacionamentos, ou até mesmo de tomar a decisão de ficar sozinho. O seu estado de espírito e bom moral não são os melhores para tomar decisões radicais e definitivas.

Aquário 21/01 a 18/02 Para uma boa evolução da sua relação afetiva, deverá agir com inteligência. No plano profissional e material: Terá uma semana próspera tanto em negociações como nos resultados que já esperava há algum tempo. Seja arrojado e corajoso em novos desafios. Embora a vida financeira esteja protegida, não abuse da sorte.

Coluna de Moda

Touro

21/04 a 20/05

Os seus dias serão sempre animados com um sorriso estampado no rosto, envoltos em ternura e carinho. No plano afetivo: Terá uma semana repleta de agradáveis surpresas. Vai se sentir habitado por um novo dinamismo. Acontecimentos inesperados podem contribuir de forma positiva para a evolução de novos relacionamentos.

Por: Ana Kantovick Contatos em redes sociais: Instagram: @anakantovick Facebook: Ana Kantovick Site: anakantovick.wordpress.com - (49) 998238633

Câncer

21/06 a 21/07

Se está de coração livre, um novo relacionamento poderá romper o deserto da sua vida sentimental. No plano profissional e material: A sua criatividade e originalidade serão postas á prova. Habitado por um forte dinamismo, vai se dedicar de corpo e alma ás suas atividades profissionais. Semana excelente para efetuar investimentos financeiros.

Virgem

23/07 a 22/09 O seu maior objetivo nestes dias será o de assegurar a estabilidade dos seus familiares ou amigos mais carenciados. No plano profissional e material: Semana esgotante em que ansiará pelo fimde-semana para recarregar as baterias. Será exigido responsabilidade e uma grande atividade.

Escorpião 23/10 a 21/11 Serão a calma e o equilíbrio na sua vida a dois que lhe darão a força para viver os próximos dias. No plano afetivo: Período excelente para inicio, relançamento ou consolidação de relações amorosas. A paixão está no ar, o mundo ao redor toma a tonalidade rosa aos seus olhos.

Capricórnio 22/12 a 20/01 Oportunidades surgidas do nada poderão afastá-lo de um futuro profissional enfadonho e isento de êxito. No plano profissional e material: Poderá ser levado a aceitar ajuda ou procurar apoio dos que estão mais por perto. Não seja egocêntrico. Caso seja apresentada uma proposta que o leve a mudar o rumo da sua carreira, pondere seriamente sobre ela.

Peixes

19/02 a 19/03 Há que prestar atenção aos comentários que sejam feitos e que possam denegrir a sua pessoa a nível pessoal e profissional. No plano profissional e material: O seu forte dinamismo e capacidade para o bom desempenho das suas funções poderão fazer-se notar aos seus superiores. Fonte: http://www.portalangels.com/

She love body! Hello girls, espero que estejam todas bem e em casa. Nesta semana vamos falar de body, esta peça que promete ser tendencia no inverno e que eu amo. A história dele começou como uma possivel producao fitness, mas por ser nem um pouco convencional, migrou rapidamente das academias para as telinhas. Herança dos anos 90 e da belissima Jane Fonda, eles tiveram seu inicio marcados pelas cores vibrantes, o neon, pouca

informação em termos de estampa e bem ao estilo collants de balé. Mas, de lá para cá, as fashion girls pegaram ele para si e levaram a peça para alem das academias de vez, mesclando-a com jeans e produçoes oficce look. Foi deste modo que e ele ganhou mais recortes, mais possibilidades de estampas e passou a reinar em todos os closets. Confira alguns exemplos de como usar esta peça e ficar ainda mais linda. Ate a proxima semana!

*Divulgação


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GERAL

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Comércio local sofre com paralisação causada pela pandemia Ainda não é possível quantificar as perdas, mas empresários se preocupam com manutenção de renda e emprego Campos Novos, após decreto estadual e municipal, tem vivido dias de quarentena que modificaram a dinâmica do município. O comércio e os serviços não essenciais se viram obrigados a fechar as portas paralisando os negócios. A decisão desagradou a maioria dos empresários locais, em virtude dos impactos econômicos que isso causará na sobrevida dos empreendimentos. Alguns ainda relutantes não obedeceram às leis a princípio, mas foram advertidos pelos órgãos de polícia. Não tem jeito, a lei teve que ser cumprida. Consequências virão e já estão sendo sentidas. Governo Federal tem avaliado as perdas e já se posicionou para prestar auxílios aos pequenos e médios empresários. No município existem cerca de 1200 trabalhadores da área do comércio, e a manutenção de emprego e renda é preocupante neste período. É um momento de extrema tensão quando parece que há uma briga entre a saúde das pessoas e a saúde dos negócios. Até mesmo o presidente Jair Bolsonaro declarou não concordar com algumas ações, as quais, considera extremas. Entidades representantes do comércio local CDL Campos Novos e Acircan estão preocupadas com o cenário que se apresenta. O impacto não será maior porque os serviços essências não foram fechados como a agricultura, logística, supermercados, farmácias e agentes. Porém, haverá uma recessão na indústria, agricultura, comércio e prestação de Serviços. Houve uma mobilização entre as classes e o Poder Público para que haja uma flexibilização que beneficie o empre-

sariado. “Os empresários estão cada vez mais preocupados com suas empresas e manutenção dos empregos. Estamos também trabalhando em conjunto em uma campanha de valorização do comércio local para fortalecimento e manutenção dos empregos. Certamente após esse período nebuloso, teremos várias lições aprendidas e vamos sair mais fortalecidos para crescer e prosperar. Paralelo a essas ações, estamos em conversa com o presidente da Acircan para buscarmos junto aos bancos linhas de crédito emergenciais para socorrer os empresários, principalmente as microempresas. Não será fácil, mas estamos empenhados em conseguir”, contou Altair Granzoto, presidente da CDL Campos Novos. Ilceu Machado, presidente da Acircan corroborou as palavras de Altair e reforçou a importância de dar atenção a este setor que é tão importante para a geração e manutenção de emprego e renda, fato que colabora com o desenvolvimento do município. Através da federação estadual a associação local encaminhou as principais demandas ao governador do estado, Carlos Moises da Silva. A entidade mostrou a apoio as medidas de prevenção contra a Covid-19, mas deixou claro seu compromisso com os segmentos da economia do município e região. “Tais medidas são realizadas para conter ou evitar uma situação ainda mais difícil no nosso sistema de saúde, e gradativamente voltarmos ao cenário da normalidade sem ter que desassistir ninguém. A ACIRCAN está ao lado do empresário e à disposição para auxiliá-los no que for necessário. Não estamos parados, estamos juntos buscando medidas de apoia as empresas e a comunidade camponovense, vamos buscar ferramentas, oportunidades e informações para diminuir as dificuldades de cada

um de vocês”, garantiu Ilceu. As perdas são obvias, mas ainda não é possível quantificar os efeitos. Recentemente a Fecomercio de Santa Catarina, entidade que reúne sindicatos patronais de setores do comércio, fez um levantamento sobre o panorama do antes e depois da pandemia do Coronavírus. Os dados foram coletados entre os dias 24 e 26 de março. O presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt, falou que o Poder Público deverá agir para ajudar os empresários. “As incertezas dos empresários em relação às consequências da pandemia nos negócios reforçam a necessidade de medidas rápidas e efetivas. Diante dessa nova realidade, governos federal, estadual e municipais precisam apresentar alternativas e soluções para o mercado se recompor, garantindo assim a manutenção do emprego e da renda em Santa Catarina”, avaliou. De acordo com o levantamento nove em cada dez entrevistados (93%) tiveram queda no faturamento com a suspensão parcial ou total das atividades desde o início da pandemia. A variação média foi de -51,14% no caixa; mais da metade (66%) dos respondentes são empresas com até 10 colaboradores, de atividades não essenciais (78%) e com vendas exclusivamente em lojas físicas (40%); O abastecimento não foi prejudicado na maioria dos estabelecimentos (42%), porém 31,5% relataram o problema; 85% dos entrevistados estão prevendo ajustes junto aos empregados, desde a possibilidade de redução no quadro de funcionários (55,9%) até medidas mais brandas, como compensação de horas (47,1%) e conces-

*Divulgação

são de férias individuais (44,1%). Esses são dados que incluem o setor em todo o estado. Patrícia Dalmolin que atua como empreendedora no município relata as dificuldades que tem vivido nesta fase. “Abrimos as portas do nosso negócio há 4 meses. Como uma empresa que ainda vem pagando seu investimento inicial, sem qualquer reserva econômica pode sobreviver tantos dias fechada? Essa é a pergunta que me faço todos os dias. Já conversamos com os fornecedores, estamos traçando planos, porém isso não basta, o dinheiro não cai do céu. Acho que é importante preservar a vida, se a única forma é a quarentena está tudo bem, mas o governo precisa dar uma solução para gente, para as pequenas empresas, porque senão eu não sei se vamos sobreviver. Essa incerteza causa um mal tão grande, muito maior que o medo da doença. É triste demais ver seu sonho, algo que você dedicou estar a ponto de acabar sem que você encontre soluções eficientes para que isso não aconteça”, desabafou. O governador do estado anunciou a prorrogação do decreto a partir desta quarta-feira (1). A renovação do decreto atende às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a prevenção ao contágio por Coronavírus. O comércio permanecerá fechado.


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ESPECIAL

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Ações governamentais para lidar com a crise Esferas federal, estaduais e municipais se movimentam para ajudar o Brasil em meio a dificuldades Que o Brasil e o mundo estão vivendo um caos ninguém dúvida, mas o que fazer neste momento de tensão, de medo e de insegurança? Brasileiros estão a ponto de um colapso com tanta notícia ruim nos meios de comunicação. Na TV, no jornal impresso, no rádio e nas redes sociais não se fala em outra coisa que não seja o novo Coronavírus, causador da Covid-19. Os números de casos e mortes aumentam a cada dia, Ministério e Secretarias realizam coletivas diariamente para atualizar os dados e as ações. Quando o assunto não é especificamente sobre a pandemia, é sobre os impactos dela na economia. Neste momento todas as esferas atuam para lidar com os impactos e prover saídas possíveis para a população. Com a crise instalada pessoas físicas e jurídicas são afetadas e precisam de soluções para sobreviver. Nesta matéria vamos apresentar algumas das ações do Poder Público para ajudar a população e empresas.

Governo Federal:

No dia 11 de fevereiro a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a pandemia do Coronavírus. Dois dias depois o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal liberaram R$ 75 bilhões em crédito para empresas com dificuldade financeiras devido a pandemia. Em 16 de março o Governo Federal, através do Ministério da Economia, divulgou medidas emergenciais de até R$ 147,3 bilhões para combater o impacto do COVID-19. As ações foram pensadas não apenas para os empresários, mas também para trabalhadores informais e microempreendedores. O Governo Federal propôs um projeto de lei para ajudar famílias que sofreram perdas na renda devido as medidas de prevenção. Este projeto foi aprovado na

*Divulgação

Câmara e no Senado e segue para apreciação do presidente Jair Bolsonaro. Aliás a economia do país é uma das principais preocupações do presidente que já afirmou algumas vezes que considera as atitudes dos governos estaduais estremas ao decretarem o isolamento e fechamento do comércio.

Governo Estadual: “A prioridade sempre será a vida. Estamos cientes do impacto para a economia das medidas adotadas no mundo inteiro, mas é dever do Estado e de todos os cidadãos defender os idosos e pessoas mais vulneráveis à Covid-19”. Estas foram as palavras do governador Carlos Moises Silva ao prorrogar decisão de isolamento por mais sete dias. O governador anunciou um pacote de ações para tentar reduzir o impacto do Coronavírus na economia. São algumas das ações: Carência e postergação de dois a seis meses dos contratos de financiamento em andamento, para pequenas e médias empresas; Linhas de crédito de capital de giro para micro e pequenas empresas, com carência de 12 a 18 meses e 30 meses para pagamento, com juros parcialmente subsidiados pelo estado, em operações de até R$ 200 mil. A disponibilidade é de R$ 50 milhões de recursos próprios do Banco de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE); Ampliação do Programa Microcrédito Juro Zero do Badesc de R$ 3 para R$ 5 mil, por operação, para MEI com juros pagos pelo Estado. A disponibilidade é de R$ 70 milhões de recursos próprios; Linha de Crédito Badesc Emergencial para micro e pequenos empreendedores em até R$ 150 mil, com carência de 12 meses e amortização em 36 meses, e juros subsidiados parcialmente pelo estado. A disponibilidade é de R$ 50 milhões em recursos próprios; Projeto de Subvenção de juros para pequenos empreendimentos rurais, pelo FDR - Fundo

de Desenvolvimento Rural, com juros de 2,5% ao ano, pagamento em 36 meses e carência de 12 meses. Recursos disponíveis são R$ 60 milhões da Secretaria de Estado da Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Rural; Criação de programas de financiamento pós-crise para investimento e ampliação da disponibilidade dos programas acima com recursos do BNDES; Pedido ao Conselho do Simples Nacional para a prorrogação do prazo de pagamento da parte estadual do Simples Nacional - ICMS, por três meses; Pedido ao Confaz de autorização para dar isenção ou redução de base de cálculo para 7% do ICMS de álcool em gel, hipoclorito de sódio, máscaras e luvas; Prorrogação nos prazos de obrigações acessórias da SEF; Prorrogação do prazo de pagamento de ICMS das empresas fechadas em função das medidas de restrição de atividades medida ainda em estudo.

Ações municipais: Em reunião realizada nesta segunda-feira (30) com algumas secretarias do município o prefeito Alexandre Zancanaro discutiu sobre a implementação do Projeto de Lei do Governo Federal denominado “Coronavoucher”, que vai oferecer ajuda financeira para trabalhadores informais e microempreendedores. O benefício ainda não está vigente, mas

a administração está se antecipando para quando o presidente sancionar o projeto. Até o momento existe a definição que serão contemplados os trabalhadores registrados como autônomos e informais e os microempreendedores individuais, os MEI, que não recebam aposentadoria ou seguro-desemprego. O pagamento do auxílio é limitado a duas pessoas por família. Na terça-feira (31) aconteceu outra reunião com os secretários em que o prefeito confirmou que pretende otimizar os recursos públicos, realizando o redirecionamento de verbas para que sejam aplicadas na saúde pública do município. Entre as medidas estão o corte de gastos e remanejamento de verbas do orçamento para combate ao Coronavírus e aplicação na Saúde, para os próximos 100 dias; Férias para alguns setores do funcionalismo municipal; e Projeto de Lei a ser enviado à Câmara, propondo mexer nos recursos das emendas impositivas.

Ações na Região: Em reunião realizada no início da semana entre os prefeitos que compõe a Amplasc, o prefeito e presidente da associação, Lucimar Salmória destacou necessidade de ações estratégicas e pontuais para ajudar a população. Lucimar tratou sobre dois temas de grande relevância. “O posicionamento dos prefeitos é de muita preocupação no sentido de haver uma conciliação entre a atividade de saúde que visa resguardar a vida das pessoas e a atividade econômica que visa resguardar a saúde financeira das pessoas. A região também passa por problemas da estiagem que assola os municípios cuja produção agrícola é primordial. Esse enfretamento se dará com medidas objetivas e de eficácia, por isso estamos nos posicionando de maneira prudente fazendo com que as necessidades da população sejam supridas na medida do possível”, salientou Lucimar.


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REGIÃO

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ABDON BATISTA

VARGEM

Abdon Batista adota medidas para amenizar estiagem

Prefeita Milena reforça medidas de prevenção contra o Covid-19

*Foto e Informações: Comunicação/PMAB

Diante a estiagem que castiga a região nos últimos meses e reflete diretamente na agricultura, a Administração Municipal de Abdon Batista, através da Secretaria de Agricultura adotou ações para amenizar a situação no município. Entre as medidas, está o decreto de Situação de Emergência, elaborado ainda no último mês de janeiro e através dele os produtores que registram prejuízos em suas propriedades, podem procurar e informar as suas instituições financeiras de crédito sobre a situação. Ainda para dar resultados imediatos, casos emergentes já foram identificados pela Secretaria de Agricultura. Também foram implantados cerca de 80 Caxambus, que fazem parte do projeto realizado em parceria entre a Administração Municipal com a ENERCAN - Campos Novos Energia S.A que visa a recuperação e preservação de nascentes

no município de Abdon Batista. Entre as outras ações, estão a utilização de maquinas da secretaria obras e do caminhão pipa, para abastecer os reservatórios de água dos animais nas propriedades, desde que sejam fechados forma regular para evitar o desperdício. O prejuízo financeiro em diversas atividades agrícolas no município são expressivos.

Audiências em Brasília Na última semana o prefeito de Abdon Batista, Lucimar Antônio Salmória, cumpriu importante agenda em Brasília. Na oportunidade o prefeito participou de audiência com o Secretário Nacional de Defesa Civil, Alexandre Lucas e com o Secretário de Assuntos Federativos do Gabinete da Presidência da República, Coronel Wilson, para tratar de medidas de enfrentamento das forte estiagem que atinge o município.

Em uma conversa franca e aberta com a população vargense nas redes sociais oficiais do município de Vargem, a prefeita Milena Lopes informou sobre o prolongamento da restrição do convício social, seguindo a última decisão do Governo do Estado. O decreto do Governo Estadual, publicado na segunda-feira (30), mantém em tese as medidas do documento número 525, prolongando a quarentena até o dia 07 de abril. Milena Lopes reforçou a necessidade de se manterem as medidas preventivas de higiene e desinfecção e pediu serenidade à população diante deste momento delicado, provocado pela pandemia da COVID-19. Conforme a prefeita, é compreensível a preocupação das famílias neste momento com a situação econômica, mas ressalta que a primeira preocupação é com a vida humana. “As perdas econômicas são inevitáveis, todos sairão perdendo. Porém, a nossa principal luta neste momento é contra o coronavírus, é para mantermos a vida”. Num forte apelo, a gestora pediu às famílias vargenses que continuem agindo com seriedade e comprometimento diante da COVID-19. Aqueles que necessitarem de apoio psicológica, foi instituído o programa “Alô Saúde Mental”, em que é disponibilizado o telefone da psicóloga da Unidade Básica de Saúde para uma conversa virtual. O telefone é o (49) 988510749. Você também pode acompanhar dicas da psicóloga nas redes sociais do município. Prefeita Milena informou também que a Secretaria de Assistência Social, Bolsa Família e CRAS mantém atendimento via telefone, a fim de atender as demandas da população vargense. Os telefones são:

*Informações: Comunicação/PMV

-Secretaria de Assistência Social e CRAS - (49) 98848-4380/ 98822-6428; - Bolsa Família – (49) 999038913. Vargem segue sem casos monitorados, suspeitos ou confirmados na terça-feira (31). Prefeita Milena Lopes também voltou a solicitar que a população só procure a Unidade Básica de Saúde, em caso de extrema urgência, reforçando que a população pode encaminhar seus atendimentos pelos telefones: (49) 35490301/98878-5355/99930-4550.

Milena Lopes, Prefeita de Vargem


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AGRONEGÓCIO

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redecatarinensedenoticias

RCN - 568 | rcnonline.com.br

SC

Empresários preparam medidas para minimizar prejuízo do isolamento

Mesmo sem ter a certeza de quando as atividades econômicas voltarão à ativa em Santa Catarina, empresários já preparam campanhas para incentivo do consumo e de compra de bens e serviços locais. A ideia é buscar soluções para reduzir ao máximo o prejuízo causado pelo fechamento de estabelecimentos do comércio. O principal ponto é a promoção de produtos

CDLs de SC já iniciaram veiculação de campanha fabricados no Estado. “A gente está trabalhando fortemente numa campanha interna para estimular o comércio local. O objetivo é incentivar os produtos nacionais. Procurar ao máximo os 'made in Santa Catarina’ e os 'made in Brazil’, o mínimo de fora”, disse o assessor jurídico da Federação das

Câmaras de Dirigentes Lojistas de SC (FCDL/SC), Rodrigo Titericz. “Nós queremos que as pessoas privilegiem os produtos catarinenses e os produtos brasileiros quando forem ao supermercado ou a uma loja para que possamos criar um mercado interno mais consistente”, afirmou o

SCGÁS assina novo contrato com a Petrobras Única empresa com capacidade de entrega imediata, a Petrobras foi selecionada na chamada pública de suprimento da SCGÁS. O novo contrato com a estatal entrou em vigor no último dia 22 de março e garante a continuidade do fornecimento de gás natural ao mercado catarinense. "O prazo para início do fornecimento foi um dos fatores fundamentais para definição do supridor e apenas a Petrobras apresentou condições

ARQUIVO

seguras de fornecimento. Na primeira transição contratual da história da SCGÁS, levamos em consideração a busca de garantias operacionais e a redução do risco de abas-

tecimento, fatores que os demais ofertantes tiveram dificuldade de atender", explica o membro do comitê da chamada pública de suprimento, Juarez Lippi.

presidente da Federação das Indústrias do Estado de SC (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar. Apesar do planejamento, não é possível prever quando a atividade econômica voltará ao normal. A avaliação de parte dos empresários é de que, mesmo com a permissão do governo daqui a algumas semanas, ainda levará tempo para o consumidor recuperar renda e estar disposto ao consumo. Para piorar, as empresas estudam a demissão de trabalhadores. Segundo um levantamento da Federação do Comércio de SC (Fecomércio/SC), essa é uma opção para 47,5% dos empresários do setor. "Com exceção

das atividades essenciais, como supermercados e farmácias, os outros setores todos enfrentarão problemas sérios", disse o presidente da entidade, Bruno Breithaupt. Ele cita ainda que a crise deixará problemas pscicológicos, como estresse e ansiedade. Alguns estabelecimentos devem sofrer acima da média no Estado. “Nós estamos agora num período de Páscoa. Quem é que vai consumir um ovo de Páscoa com a incerteza que tem pela frente? A gente recebeu relatos do interior de franqueados de lojas de chocolate chorando, desesperados. O mercado está aberto, mas a loja de chocolate não está”, afirmou Titericz.

Além disso, o setor defende mais ações do poder público. “Esperamos um plano de recuperação muito consistente para que possamos resolver essa questão. [...] Um plano que privilegie a iniciativa privada, incentive as empresas a gerarem empregos, com investimento na infraestrutura do Estado e apoio às micro e pequenas empresas", disse Aguiar. O presidente da Fiesc defende ainda a postergação das eleições municipais. O período já é conhecido pela incerteza política e diminuição da atividade econômica e, além disso, os recursos reservados para o pleito poderiam ser utilizados no combate à Covid-19.

BRDE apresenta pacote para combater a crise O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) anunciou um pacote de medidas para apoiar as empresas catarinenses afetadas pelo Coronavírus. O plano está em linha com a estratégia do governo do Estado de combate à pandemia. Por meio do Programa Recupera Sul o Banco busca fornecer “crédito emergencial, com condições de financiamento diferenciadas, ainda mais em um momento de

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Campanha para valorizar o consumo de produtos fabricados em SC é a principal aposta

extrema necessidade”, explica o diretor presidente Marcelo Haendchen Dutra (acima). O programa pretende disponibilizar R$ 100 milhões para capital de giro. E, com isso proteger ou socorrer empresas dos principais

setores afetados pela crise. As medidas adotadas pelo BRDE preveem a redução de taxas de juros, simplificação de processos, flexibilização de garantias e pulverização do crédito. O Banco procurou assegurar crédito para as mais diferentes áreas, de forma a beneficiar o maior número possível de empreendedores. Os detalhes operacionais serão finalizados nesta semana pela área técnica. INFORME PUBLICITÁRIO


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AGRONEGÓCIO

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Estiagem X Pandemia: O que mais tem prejudicado o agronegócio? *Imagem/O Celeiro

Situações fora do esperado surpreenderam produtores rurais que lutam para driblar a crise instalada O ano de 2020 começou com grandes e positivas expectativas para o setor do agronegócio, porém nem chegamos na metade do ano e a situação se mostrou adversa e cheia de surpresas negativas. A primeira delas foi a estiagem fora do normal que prejudicou muitas lavouras e mais recente a pandemia do Coronavírus que paralisou o mundo. Com segmentos não essenciais fechados, a agropecuária se apresenta como setor de grande importância e por isso não pode parar mesmo com medidas estabelecidas sobre isolamento. Conforme a ultima edição do jornal o Celeiro a situação da pandemia causa insegurança e instabilidade, mas ate o momento não afetou diretamente as propriedades, mas certamente haverá consequências na cadeia produtiva futuramente. A estiagem também tem sido tema constante nas nossas editorias de agronegócio pelo fato de ter causado prejuízos significativos nas propriedades. Ainda é muito cedo para quantificar as perdas sentidas pelos pequenos, médios e grandes produtores, já que são problemas que persistem, no en-

tanto alguns já se posicionam sobre essa fase e declaram sobre o que tem sido o grande vilão deste momento. O produtor rural Jair Noriler pontuou algumas questões referentes a pandemia e impactos neste setor, ressaltando que este ano está sendo tão dificil quanto foi o ano anterior. “A Pandemia sem dúvida nos prejudicou, pois a China, que é nosso principal mercado, reduziu suas compras de soja, milho e carnes no pico das infecções. Mas com a redução da enfermidade a imprensa especializada já nos dá boas notícias de que a China está aumentando novamente suas compras. A pandemia também afetou o dólar que já passou de R$ 5,00 e isso influenciou nos

preços das comodities já que nossas vendas são em dólar. Então durante o pico da doença na China e na Europa vendemos menos, mas a receita foi melhor. Por outro lado, os preços dos insumos dispararam pois muitos são importados e cotados também em dólar”, iniciou. Quanto ao cenário da pandemia, Jair esclareceu sua opinião de que é possível continuar o trabalho nas propriedades. Mas no que diz respeito a estiagem o produtor é mais enfático. “A estiagem é a que está impactando mais negativamente o setor. A colheita ainda não acabou, mas com certeza quando fecharem as contas vai ser assustador. Só para ter uma ideia, na nossa propriedade o milho para a silagem que no ano passado produziu 44 toneladas/ hectare, neste ano, mesmo usando uma tecnologia melhor, produziu 33 toneladas/ hectare. Portanto, 25% de quebra, isso que na nossa fazenda choveu mais que em outras regiões. A quebra de safra influencia diretamente na renda do produtor, pois os custos de produção foram altos demais nesta safra. Na pecuária continua prejudicando muito, falta água os pastos escasseiam e quem não tiver feno ou silagem vai ver seu gado perder peso. Além da perda de peso, o potencial reprodutivo das matrizes é afetado, a produção de leite caiu enormemente e é um dos setores com mais prejuízos”, desabafou. Quem concorda com Jair é o produtor Francisco Chioccheta que contou que mesmo com a pandemia conseguiu realizar o trabalho na propriedade, porém, quanto a estiagem esta foi avassaladora para muitas culturas prejudicando muitos produtores. “Continuamos trabalhando normalmente porque tínhamos milho, soja e feijão pronto para colher e não po-

demos esperar. Tomamos as providências necessárias para cuidar dos funcionários, eles usaram os equipamentos e orientamos sobre os cuidados. Se for comparar a seca foi mais prejudicial porque passamos o mês de fevereiro com praticamente uma chuva quando caiu 100 milímetros de chuva. Agora em março também caiu uma chuva de 28 milímetros. Prejudicou muito as culturas como soja e feijão. A seca nos tirou muito dinheiro”, reclamou. Enquanto o comércio vê a pandemia como seu grande vilão, o setor agropecuário encara como algoz a estiagem que assola a região desde o inicio do ano. As perdas já chegaram a milhões. Dias ensolarados, quentes, secos e sem chuva causaram um estrago sem tamanho as lavouras. A seca também comprometeu o abastecimento de água no município, fato que tem mobilizado o Poder Público a solicitar o racionamento nas casas. É uma situação grave e preocupante. Campos Novos e demais municípios da região declaram situação de emergência e os prefeitos envolvidos ainda se reúnem para conversar sobre ações que ajudem a classe dos produtores. O secretário de agricultura, João Batista de Almeida, afirmou que a estiagem “com certeza é o que mais tem afetado o agronegócio local e dos demais municípios. “Outros setores serão mais afetados pela pandemia, como o comercio. Mas o agronegócio do município tem sido mais prejudicado pela estiagem”, declarou. Em relatório divulgado nesta terça-feira (31) pela Epagri notou-se perdas significativas nas propriedades. Por exemplo, no milho a produção, somando safra e safrinha, que foi de 2,89 milhão de toneladas no ano passado, tem estimava de colheita de 2,6 milhões de toneladas, numa queda de 9,88%, devido a estiagem, que reduziu a produtividade em 2,27%, e a uma redução de área de 346 para 338 mil toneladas. A soja tem queda de 0,95, de 2,35 milhões de toneladas para 2,33 milhões de toneladas. A safra de arroz será a única com produção maior, passando de 1,10 milhão de toneladas para 1,14 milhão de toneladas. A previsão climática para este trimestre segue com chuvas abaixo e temperatura acima da normalidade no estado.


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