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OCELEIRO Quinta-feira, 14 de Maio de 2020 . www.jornalceleiro.com.br

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Ano XXVIII - EDIÇÃO 1626 s Campos Novos-SC, Quinta-feira, 14 de Maio de 2020 s www.jornalceleiro.com.br

ESPECIAL

Épocas de crise expõe necessidade de mais empatia na sociedade. Pág. 07

SEGURANÇA

EDUCAÇÃO

Evolução na Educação? Pandemia mudou metodologia de ensino. Pág. 08

Faça Bonito: Proteja crianças e adolescentes da violência sexual. Pág. 09

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s R$ 2,00

REGIÃO

Amplasc socilita Hospital de Campanha em Campos Novos. Pág. 13

pág. 15


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COTIDIANO

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Editorial

COLUNISTAS

Direito Ambiental Ações civis públicas em todo país: Suspensas ou não?

Lembrança além da data

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lhar perdido, atitudes perversas, desamor, falta de autoestima, falta de empatia. Essas são algumas características desenvolvidas por crianças que foram vítimas de atentados cruéis contra sua sexualidade. As memorias afetivas que deveriam ser construídas em sua mente são substituídas por memórias dolorosas que as fazem desconhecer o prazer de se sentir amado. Devido a vulnerabilidade e insegurança, das crianças alguns indivíduos cruéis conseguem coagi -las a permanecerem em silêncio. Em alguns casos os relatos só são descobertos depois de anos. Quando o assunto vem à tona mais pessoas podem se sentir motivadas a falar sobre isso, apesar de ser muito difícil, porque, mesmo que os anos passem, ainda é algo que machuca a alma. Em alguns casos pessoas que sofreram abuso na infância podem replicar os atos na fase adulta, mas na maioria dos casos há um trauma que as fazem ter repulsa por qualquer ato semelhante. É um assunto delicado que requer vigilância por parte de pais e responsáveis e pessoas que convivem com essa criança ou adolescente, afinal é comum que muitos casos aconteçam com alguém de confiança dele. Portanto deve haver um empenho para fazer a criança entender que os atos são errados não importa quem os cometa. Por desconhecer o certo e o errado, alguns só passam a ter noções do que sofreram anos depois, dai surgem os sentimentos de inferioridade e de culpa, sentimentos comum nas vítimas. Aprofundar o assunto e conhecer casos é chocante e revoltante. Como impedir tanta maldade? Que bom ter um dia do ano para lembrar da luta contra o abuso e exploração sexual sofrida por milhares de crianças. Porém, não basta um dia, um mês, um ano. Esta é uma luta diária. O combate ao mal dever ser um auto compromisso. A pauta não deve ser esquecida. Todos devem estar atentos as crianças ao redor. A família, o Poder Público, a comunidade, as instituições educacionais, todos são responsáveis por defender essa bandeira. Que esta lembrança vá além do dia 18 de maio, mas siga por toda a vida. Menos traumas, menos dor e mais amor transformam crianças em adultos seguros, amados, confiantes e capazes de replicar todo o amor e carinho que receberam na infância e adolescência.

A Lei n. 7.347/1985, disciplina responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; por infração da ordem econômica; à ordem urbanística, à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos, bem como ao patrimônio público e social. Dentre os legitimados para ingressar com tais ações pode-se citar alguns, tais como, o Ministério Público, a Defensoria Pública, a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios, autarquias, algumas associações etc. Isso para se ter uma noção da importância de uma demanda neste sentido, especialmente porque visa a proteção de interesses coletivos – em geral – da ordem econômica, do meio ambiente e do consumidor como um todo. Ocorre que no dia 20 de abril do corrente ano Sua Excelência o Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou a suspensão “nacional” de todos os processos que tratam sobre a abrangência territorial da decisão de ação civil pública, em face da discussão travada em Recurso Extraordinário (RE 1101937) – com repercussão geral reconhecida – sobre a constitucionalidade do art. 16 da Lei da Ação Civil Pública (a citada Lei 7.347/85). Esse dispositivo analisado (artigo 16 da lei) prevê que a sentença na ação civil pública fará coisa julgada para todos (o conhecido efeito erga omnes), nos limites da competência territorial do órgão prolator da decisão. Exemplo, uma decisão proferida (em ação civil pública) pelo TRF4 (Tribunal Regional Federal da quarta região) que abrange os Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná, os efeitos da referida decisão se estenderiam para estes 3 (três) Estados. Diante do receio de paralisação de todas as demandas em ações civis públicas é que foi interposto recurso (Embargos de Declaração) pelo Procurador-geral da República, para sanar algumas dúvidas pelo Ministro. A preocupação maior é que terminaria por paralisar a jurisdição ordinária, obstando a instrução dos processos em curso. Processos esses que tratam, como se disse antes, de relevantes interesses coletivos. Agora, resta ao Ministro o devido esclarecimento quanto aos limites da suspensão nacional, para a confirmação efetiva se isso paralisará todos as demandas em ações civis públicas do País, pois também existem muitos processos em fase de execução, cumprimentos de sentença e rescisórias, que não tratam diretamente do suscitado naquela ação coletiva (inconstitucionalidade do art. 16 da Lei 7.347/85), para termos a definição até o julgamento do recurso junto ao STF.

Por: Fabrício Carvalho Especialista em Direito Ambiental Advogado - OAB/SC 15.269

Por: Priscila Nascimento, Jornalista

OCELEIRO www.jornalceleiro.com.br Fundado em 25 de Junho de 1992 COMUNICAÇÃO O CELEIRO EIRELI - CNPJ: 12.188.377/0001-03

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As colunas e artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não expressam necessariamente a opinião do jornal. Impressão: Gráfica Araucária/Lages-SC Tiragem: 1.000/Exemplares/Semana

Fone: (49) 9 8828.2224

Circulação: Abdon Batista, Brunópolis, Campos Novos e Vargem. PARCEIROS: Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). Associação Empresarial, Rural e Cultural Camponovense(Acircan). Membro da Associação dos Jornais do Interior de Santa Catarina (Adjori)

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Carta ABERTA

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Caros leitores e parceiros

stamos vivendo um momento de incerteza e insegurança, e apesar dos desafios que se apresentaram de forma inesperada a equipe do jornal O Celeiro está a cada dia mais motivada a deixar os camponovenses bem informados sobre o que acontece no nosso município, na região e no estado de Santa Catarina. Há 28 anos escrevemos a história de Campos Novos em nossas páginas e vamos manter nosso compromisso com os leitores e parceiros, pois confiamos na importância do nosso veículo de comunicação. O Jornal ‘O Celeiro’, como meio de comunicação, é um serviço essencial para levar informações e na luta contra a disseminação e combate a Fake News. Semanalmente através do jornal impresso e diariamente através do nosso portal levamos a vocês notícias pautadas na verdade e na boa apuração para informar a todos com qualidade. No entanto, devido a crise teremos que nos adaptar as atuais circunstâncias e através desta carta aberta anunciamos algumas mudanças que faremos a partir deste mês. Continuaremos circulando, mas de forma mista, com uma edição impressa e uma edição digital sendo intercalada semanalmente. Como meio de chegar aos olhos de todos criaremos grupos de transmissão via celular para levar a nossa edição digital aos nossos assinantes e anunciantes, para que todos continuem atualizados com as notícias locais. Contamos com a colaboração de todos que nos acompanham ao longo dos anos, em breve quando esta crise passar provavelmente voltaremos a circular no formato impresso semanalmente. Somos uma empresa séria e acreditamos na nossa região, nas cidades e nos nossos parceiros e leitores que confiam e apoiam o nosso trabalho. Como jornal impresso, possuímos 56% da confiança da população quando se trata de informações do Coronavírus (Covid-19), somado também às notícias e reportagens de outras pautas como saúde, segurança, agronegócio, educação entre outras. Além de levar informações confiáveis a população também reconhecemos nossa importância ao município ao gerar emprego e renda. Por isso somos inabaláveis em nos manter de pé firmes com nosso propósito. Devemos toda nossa jornada de 28 anos de jornalismo aos nossos assinantes, anunciantes, leitores e amigos. Sabemos que todos estão sentindo na pele esse novo momento e os novos desafios, mas nos preocupamos também com os ‘cortes’ dos empresários em publicidade, que muitas vezes levam ao prejuízo os meios de comunicação e os próprios empresários que acreditam que estão ‘economizando’ ao deixar de investir na divulgação da sua empresa. Engana-se quem acredita que ‘cortar’ a publicidade trará economia, ao contrário, o reflexo virá depois por deixar sua marca e seu negócio sem a visibilidade alcançada nos principais meios de comunicação. Neste momento, deixamos a reflexão de que podemos nos ajudar e ajudar a todos. Portanto, nos apoie, faça uma assinatura para receber o jornal em casa, anuncie seu negócio ou produto e divulgue sua marca. Tenha certeza que essa decisão irá fortalecer sua empresa e ajudará o jornal O Celeiro a manter o seu compromisso de levar a todos as informações sobre os principais assuntos do município e da região.

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VARIEDADES

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Horóscopo Semanal Áries

20/03 a 20/04 A solidão poderá fazer parte dos seus dias. Contrarie esta tendência com todas as suas forças, faça contato com as pessoas que gosta. No plano profissional e material: Execute as suas tarefas de forma mais cuidada possível. Verifique todos os trabalhos que tenham seguimento por parte dos seus colegas.

Gêmeos 21/05 a 20/06

Procure uma maior aproximação da pessoa amada para concretizar os seus desejos de harmonia amorosa. No plano profissional e material: Analise aquilo que decidiu anteriormente e considere a hipótese de mudar a sua decisão. Se ela se mostrar mais vantajosa, avance. Não tema as críticas que possam advir. Seja exigente consigo próprio e com os outros á sua volta.

Leão 21/07 a 22/08 A sua vida tenderá a misturar-se com importantes contatos profissionais, aproveite a fase. No plano afetivo: Novos contatos são de prever esta semana. No que diz respeito a relações existentes, se existir um diálogo construtivo poderá ativar a chama da paixão e revitalizar uma relação adormecida.

Libra 23/09 a 22/10 Poderá ser exigida algum melhor conhecimento dentro do campo profissional. No plano profissional e material: O trabalho não lhe faltará, fará face aos problemas cotidianos com energia e eficácia. A sua postura será de empenho, dedicação e competência em todas as suas tarefas. Conseguirá impor uma boa harmonia no seu local de trabalho.

Sagitário

22/11 a 21/12 A sua compreensão e generosidade farão com que seja apreciado e desejado de uma forma muito especial. No plano profissional e material: Tenha em conta as suas capacidades e não se deixe pisar facilmente. Afirme-se e não tenha medo de dizer aquilo que realmente pensa quando tem razão. Faça investimentos no setor imobiliário.

Aquário 21/01 a 18/02 São possíveis alguns desentendimentos no que concerne à organização de trabalho se trabalha em família. No plano afetivo: A família será a sua maior preocupação esta semana. Pare, e dê-se algum tempo para dialogar com os seus filhos e com eles estabelecer alguns objetivos. Se possui parentes de avançada idade deverá dispensar alguma atenção e cuidado.

Coluna de Moda

Touro

21/04 a 20/05

Alguns auxílios financeiros poderão trazer uma maior tranquilidade ao seu dia a dia. No plano profissional e material: A sua atividade profissional vive um período calmo e deverá empregar o tempo disponível na busca de novas soluções para tarefas que se mostram rotineiras. Estude vivamente um novo projeto de investimento.

Por: Ana Kantovick Contatos em redes sociais: Instagram: @anakantovick Facebook: Ana Kantovick

Câncer

Site: anakantovick.wordpress.com - (49) 998238633

21/06 a 21/07 Não adote uma postura distante, exponha ao seu parceiro todas as fantasias que pretende concretizar. No plano afetivo: É essencial que aquilo que passa na sua mente comece a verbalizar-se. Só assim se pode compreender aquilo que pretende, as necessidades afetivas existentes no momento. Esta é a recomendação para os casais com uma longa vivência em comum.

Virgem

23/07 a 22/09 Esta semana a conjuntura fornece meios que desbloqueiam as situações e estão previstas grandes evoluções. Não perca tempo e atue rapidamente. No plano afetivo: Esta semana Virgem está muito hábil a lidar com situações difíceis e relações em conflito, pode preparar-se para entrar em nova fase, mais positiva.

Escorpião 23/10 a 21/11 Se está direta ou indiretamente ligado ao campo das artes terá uma semana produtiva e recompensadora. No plano profissional e material: O esforço que poderá despender para ver concretizados os seus planos e metas será maior que á primeira vista deveria. Conte com a morosidade na conclusão das suas tarefas.

Capricórnio 22/12 a 20/01 Quaisquer mudanças devem ser ponderadas. Certifique-se se as mesmas são favoráveis. No plano afetivo: Seja mais firme nas suas decisões e tente não adiar aquilo que você sabe que um dia tem de acontecer. É preciso romper para renascer. Vai se sentir motivado para elaborar novos projetos para mudar de lar ou de rumo na sua vida.

Peixes

19/02 a 19/03 A tristeza e a solidão poderão afastar-se do seu caminho graças aos bons amigos que o contatam. No plano afetivo: A sua predisposição para a vida comanda o seu presente e futuro. Afaste as ideias negativas. Esse fato vai permitir atrair um novo amor á sua vida. Esteja atento a todas as movimentações ao seu redor como a águia nos céus.

Nossa História em Fotos

Fonte: http://www.portalangels.com/

*Foto: Acervo/Benito Zandoná

1967 - Desfile em homenagem ao Bispo Dom Daniel Hostin.

A moda pós 2020 Hello garotas. Espero que todas estejam bem. Na coluna desta semana vamos começar a discutir as mudanças que a moda irá sofrer pós covid19 e pós 2020. Ainda neste ano, as estações devem se misturar em termos de moda, pois temos poucas empresas com suas produções regulares e com estoque de coleção garantido. Mas como isso altera a maneira como a moda se estrutura? Isso é permanente ou temporário? Como isso me afeta? Essas são perguntas que muitas empresas e profissionais da área estão se fazendo neste momento. Porém, havia um movimento para uma moda mais consciente, circulando faz algum tempo e acredito que isto deve se intensificar a partir deste ano. Mas como as coisas irão funcionar pós 2020? Em termos de produção ou estruturação empresarial creio que cada empresa e marca deverá precisar se reorganizar de acordo com tamanho e possibilidades. Mas uma

coisa é certa: pequenas marcas ganham espaço, produtores locais, artesãos e todo tipo de artista fashion. Isso faz nascer um novo molde de moda, mais voltado para o slow fashion (moda lenta). Caminhamos para a moda ao estilo dos nossos pais, mais “feito em casa”, com uma maior preocupação com aquilo que poderá acontecer amanhã. Ou seja, a previsão é de que a moda voltará a ser uma expressão de quem somos e menos uma linha de consumo, algo positivo e que deve imprimir na sociedade valores mais firmes, maior abertura para vozes não tão ativas e diversos movimentos multiculturais. Na prática? Muitos novos designers, muitas cores, novos nomes despontando e as pessoas vivendo a moda de maneira mais livre, mais solta e cada vez mais humana. Esta é a hora perfeita para você soltar todas as amarras que te impedem de experimentar e viver a moda. Vem comigo?


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SAÚDE

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Prefeitura acata recomendação da CPI e volta a gerir do Hospital Dr. José Athanázio *Foto: Arquivo/O Celeiro

Imas segue até junho na administração. Prefeito reconhece erros, mas ressalta avanços obtidos com a OS A Fundação Hospitalar Dr. José Athanázio reassumirá a administração do hospital de mesmo nome no município de Campos Novos em acato a recomendação da CPI. A informação foi confirmada na manhã desta quarta (13), pelo Prefeito Alexandre Zancanaro. Havia uma expectativa sobre o destino do hospital de Campos Novos desde a divulgação na semana passada das informações relacionadas há irregularidades levantadas pela CPI na Câmara de Vereadores de Campos Novos. “Recebemos o relatório e encaminhamos ao jurídico da prefeitura, já fizemos apontamentos e vimos que basicamente há problemas administrativos, o que não reflete na melhoria do atendimento, cirurgias, inovações e tecnologia aplicadas”, declarou. A radiologista Luanna Coninck Dalla Costa continua como administradora geral do Hospital Dr José Athanázio. A decisão já havia sido tomada há alguns meses quando o prefeito anunciou a não renovação do contrato com o Imas. Porém, devido a situação da pandemia o Imas permanece a frente da Fundação

Hospitalar até junho. “Fizemos isso em abril quando terminou o contrato com o Imas e nos posicionamos que não haveria renovação. Após isso quando começamos a montar o edital para uma nova organização social vir, aconteceu a pandemia e todos os processos de licitação foram parados”, explicou. De acordo com Zancanaro o Imas tem a ciência da transição de retomada. “Não vemos agora como momento de vinda de empresas, pessoas ou empresários para visitação do hospital e uma futura parceria. É uma decisão administrativa independentemente do relatório da CPI. Iremos retomar a administração e apesar de termos feito um aditivo para prorrogação do prazo devido a pandemia, este está se findando neste mês de maio e vemos Campos Novos passando por um momento adequado onde não temos nenhum caso de Covid-19, nos dá uma autonomia para retomarmos a administração temporária através da própria Fundação Hospitalar”, prosseguiu. Neste período de dois meses a administração municipal fará os processos seletivos, licitações e contratos necessários para dar a sequência ao trabalho. Todas as cirurgias e processos hospitala-

res estão suspensos. “A nossa população entendeu que as pessoas só precisam ir ao hospital de forma urgente. Tivemos em abril uma movimentação de apensa 30% do que atendíamos habitualmente na emergência, os internamentos também diminuíram e pedimos para que as pessoas continuem deixando o hospital para quem realmente precisa”. Sobre a situação de estrutura como contratos com laboratórios, médicos de plantão, sobreavisos, funcionários, fornecedores e outros Alexandre comentou que o Instituto fará o comunicado e a fundação atuará no trabalho dos processos. Sobre a nova licitação o prefeito afirmou que a administração não abrirá nova licitação enquanto não houver uma segurança para isso. “Para abrir licitação

precisamos que as empresas e interessados venham in loco ver a estrutura e não queremos prejudicar a situação atual que temos em Campos Novos”, afirmou. Sobre os levantamentos da CPI, o prefeito disse que para a Administração, não ficou claro muitas coisas, o Imas deverá se pronunciar e regularizar e algumas pendências já foram regularizadas. “Iremos preservar todos os colaboradores, trabalharemos nos repasses que temos. Não temos temor quanto aos valores repassados, temos tudo regularizado no que se refere ao que está no Ministério Público”. Apesar dos fatos, o prefeito ressalta os avanços obtidos. “Uma OS nos trouxe avanços como realização de cirurgias, melhoria de atendimento, organização e segurança de saúde, ampliação do plantão, dados e informações e evolução na tecnologia. A OS nos habilita a brigar por recursos e nos desenvolver dentro da saúde do município e no atendimento da região, foi uma experiência muito benéfica para Campos Novos, não podemos nem comparar a saúde que temos hoje com a de alguns anos atrás, hoje somos reconhecidos e referência, claro precisamos evoluir mais, e isso é o início do nosso caminho”, concluiu.


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Épocas de crise expõe necessidade de mais empatia na sociedade Cenário sombrio deve excluir ações egoístas e abrir espaço para o afeto mútuo Boas ações sempre foram bemvindas entre as pessoas, mas neste período de pandemia elas se fazem ainda mais necessárias. A empatia, de grande valor nos últimos dias, tem se mostrado escassa nos últimos dias em que poucos sabem se colocar no lugar do outro. O sentimento e ações egoístas demostram que o senso de solidariedade e empatia tem se perdido com o tempo. Quem acompanhou nos meios de comunicações, no início da pandemia, reportagens de pessoas que esvaziaram as prateleiras de álcool em gel, sem pensar que outras pessoas também iriam precisar?. No mundo todo pessoas brigavam nos supermercados porque se apossavam de uma quantidade de exagerada de suprimentos sem pensar nos demais? Que tipo de sentimentos e atitudes esta pandemia deve despertar na humanidade? “A empatia é a capacidade de entender emocionalmente outra pessoa. É conseguir se colocar no lugar dela e sentir o que ela poderia estar sentindo em determinada situação. Demonstramos empatia quando somos sensíveis a alguém e quando nos aproximamos da forma mais verdadeira possível, sem preconceitos ou julgamentos”, define o psicólogo Alesson Gomes. Que qualidade diferente da demostrada por alguns acima descritos, e quão importante ser colocada em pratica no dia a dia. A determinação do distanciamento social põe em ‘xeque’ a empatia de muitos, afinal porque devo ficar em casa? Estão cerceando meu direito de ir e vir ou estão pensando no bem da população? É tão mais fácil ficar zangado e pensar que essa recomendação nos entedia e nos desagrada do que pensar no quão ela pode

*Imagem: Divulgação

ajudar na prevenção da doença. Quem tem empatia vai compreender que sair de casa poderá disseminar um vírus perigoso. Quem tem empatia se coloca no lugar do outro. A empatia para a sociedade é muito importante, mas ela precisa sair do discurso e ser praticada, conforme explica Alesson. “Na prática, ser empático significa se interessar genuinamente pelo próximo, buscando entender o mundo sob outra perspectiva. Ao exercitar a empatia, é possível entrar em consensos, buscar cooperação, oferecer apoio na medida certa e estabelecer conexões com diferentes pessoas. É um ato de respeito constante por quem te rodeia”. Neste exato momento precisamos nos comprometer a buscar a empatia nos tratos com outros. “Neste sentido, com o contexto vivenciado atualmente, com a pandemia do coronavírus, podemos aprender ainda mais sobre a empatia. Pois todos dependemos de todos para que a situação de forma geral possa ser minimizada ou até erradicada. “Quando nos preocupamos com os outros, geralmente, temos a tendência de pensar nas pessoas dentro do nosso núcleo: nós

mesmos, nossa família e nossos amigos. O momento atual nos traz a oportunidade de expandir nossa mente, exercitar o altruísmo e se preocupar pelo bem de todos os seres”, reforçou. Para o psicólogo “a grande dificuldade em praticar a empatia está na necessidade que sentimos de estarmos sempre certos ou de comparar os comportamentos dos outros com os que teríamos na mesma situação, sem aceitar que cada pessoa é diferente. “Muitas vezes, a gente se apega demais às nossas convicções e, assim, não resta abertura para a diversida-

de de opiniões, culturas, crenças e ideais. Além de saber compreender o outro, se posicionar de forma a ser compreendido é igualmente importante e difícil. Explicar a nossa percepção de forma clara e coerente, sem imposições, é o essencial para alcançar o outro no discurso. Enfim, é preciso saber argumentar, e não apenas levantar bandeiras. Dessa forma, a postura empática pode gerar respostas também empáticas dos que estão à nossa volta. O resultado? Relações interpessoais muito mais saudáveis, em todos os setores da nossa vida.

Dicas valiosas que nos ajudam a exercitar a empatia no dia a dia: • Ter uma escuta sensível, ou seja, um real interesse pelo que o outro tem a dizer; • Manter um diálogo empático, com frases como “entendo o seu ponto de vista” ou “compreendo o que você quer dizer”; • Ter uma abertura verdadeira para críticas construtivas; • Construir feedbacks humanizados na hora de apontar pontos de melhoria; • Fazer contato visual; • Saber interpretar a linguagem não-verbal do outro.


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EDUCAÇÃO

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Evolução na Educação? Pandemia mudou metodologia de ensino *Imagem: Divulgação

As escolas pararam, mas o ensino não. Educação encontrou nova forma de ser transmitida aos alunos. Tem dado certo? A pandemia tem sido um professor nos últimos meses, entre muitas coisas ela ensinou as pessoas a se reinventar e criar novas maneiras de ensinar. Com a crise instalada devido a disseminação da Covid -19 as aulas foram suspensas em todo o Brasil colocando em risco o ano letivo dos estudantes. Porém, neste interim, surgiu uma solução que causou uma evolução na educação comprovando que não existe barreira para o conhecimento: aulas não presenciais em plataforma online. Esta modalidade de ensino foi estabelecida pelo decreto estadual que institui que as aulas sejam feitas neste formato até o dia 31 de maio, ou até segunda ordem. A Secretaria de Educação de Santa Catarina criou plataformas tecnológicas para os alunos que, de suas casas, têm acesso à internet. No caso daqueles que não tem acesso foram entregues materiais impressos aos estudantes que declararam não prover da tecnologia diariamente. Em Campos Novos as aulas não presenciais já estão acontecendo deste abril através de dispositivos eletrônicos. A rede municipal está atendendo os alunos da Educação Infantil (Creches) ao 9° ano do Ensino Fundamental. O material didático pedagógico e atividades complementares em plataforma digital também foram disponibilizadas. Para os alunos que não possuem acesso à internet, foram elaborados kits de ensino que foram entregues nas unidades escolares e nas residências dos alunos. Mas o que professores e estudantes têm achado deste novo modo de fazer a educação? E será que esta já é uma tendên-

cia que veio para ficar? Alguns acreditam que tudo isso gerou uma revolução e que poderá ser aprimorado, outros talvez tenham a opinião contrária sobre esta metodologia a distância. Esta será uma dinâmica que deverá ser experimentada pós pandemia, mas por enquanto estudantes e professores vão se adaptando como podem. A principio como tem sido a experiência no município? Cada professor tem autonomia para estabelecer um método de ensino. Algumas aulas são ao vivo pela plataforma Google Meet com a realização de atividades de fixação/avaliativa pelo Google Classroom. Já outros professores gravam vídeo-aulas e as encaminham aos alunos. O professor de história, Antônio Rosa, expressou sua opinião sobre o método inovador que tem sido usado devido a pandemia. Sobre este processo ele diz “perceber muita dificuldade tanto por parte dos professores, direção e técnicos, como dos alunos e seus familiares e que está sendo muito desgastante e preocupante. Por não ser presencial os professores ficam a disposição para tirar as dúvidas dos alunos, como é o caso do professor. E quanto aos alunos? O profes-

sor diz que “Em média 50% alunos do ensino médio participam das aulas ao vivo e a interação é muito boa. Já a participação dos alunos do ensino fundamental cai para 20%. Porém, a participação com relação a devolução das atividades sobe para aproximadamente 90% do ensino médio e 80% do ensino fundamental”. Apesar de ser a alternativa encontrada, o professor acredita que o ensino pode ser prejudicado. “Não só acredito, como tenho certeza. Principalmente para aqueles que não participam das aulas. A desigualdade será crescente”, declarou, mas reconheceu todo o esforço que tem sido feito. “Percebo um grande esforço de toda a comunidade escolar para que se tenha menos prejuízo possível neste processo de ensino e aprendizagem. Ainda, vejo muito empenho por parte de alguns alunos e seus familiares. E da mesma forma, tens alunos e famílias que não participam, o que se torna o fator mais preocupante neste momento. Existem pessoas que sonham em ter o ensino médio a distância, eu espero que este momento não seja um laboratório para esta ideia”, completou. A opinião do professor Antônio

Rosa coincide com a opinião do aluno André Cunha, que está cursando o 9°, e contou como tem sido sua experiência. André diz que tem seguido à risca tudo que é proposto pelos professores, mas que sente falta da interação em sala de aula. Ele diz que muitos professores mandam vídeo aulas, mas lamenta não poder tirar as duvidas no momento em que elas surjam. “Tem sido muito diferente. Eu, particularmente, me sinto prejudicado, por não ter a interação direta com os professores. Nem sempre a explicação alcança seu objetivo, e ficamos sem entender determinado assunto. As vezes recorremos aos professores para tirar dúvidas, mas não é a mesma coisa. Como alternativa, para ajudar neste processo, o aluno algumas vezes recorre a outros meios para estender o entendimento sobre determinado assunto passado pelos professores. Ainda incipiente, a metodologia está longe de ser perfeita, mas é o que pode ser feito para enfrentar este momento inesperado. A iniciativa é importante para que os estudantes também não fiquem ociosos em suas casas e percam o ritmo dos estudos. Mas se a pandemia persistir é hora de repensar a dinâmica para que o aprendizado seja eficaz e eficiente. Deve-se também lançar um olhar aos que não possuem meios tecnológicos ou acesso a internet, pois estes serão ainda mais prejudicados. Em épocas de crise ou não, o conhecimento deve vencer todas as barreiras, pois a educação é essencial para formar cidadãos e profissionais que o mundo tanto precisa. Quando a situação se normalizar como o esperado crianças e adultos em fase escolar poderão usufruir de uma educação de qualidade, no entanto, agora cabe a cada o esforço para absorver o máximo de conhecimento.


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Faça Bonito: Proteja crianças e adolescentes da violência sexual *Imagem: Divulgação

Campanha Nacional quer mobilizar população a lutar pelos direitos e bem-estar infanto-juvenil Diariamente crianças e adolescentes são violentados sexualmente, na maioria das vezes os casos são cometidos por pessoas próximas e até mesmo por familiares, o que torna essa situação ainda mais lamentável e inaceitável. Há 20 anos o dia 18 de maio foi estabelecido como Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes no qual foi criado a campanha Faça Bonito que se tornou marca na luta pelos direitos infanto-juvenis. O jornal O Celeiro participa desta luta ao dar voz a esta campanha tão importante que ajuda a guardar e proteger nossas crianças. No município, de acordo com informações da Delegacia de Proteção a Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI), este ano tem 3 casos instaurados por estupro de vulnerável e o Centro de Referencia Especializado de Assistência Social (Creas) está acompanhado mais 15 casos envolvendo abuso. O abuso e exploração é um ato que marca a criança durante toda a sua vida e tem reflexos em sua vida adulta, por isso é tão importante levantar essa causa. Porque maio? A escolha do mês e dia é uma homenagem póstuma a uma criança vítima desta crueldade. No dia 18 de maio, de 1973, uma criança de oito anos foi raptada, estuprada e morta por alguns jovens. Apesar da gravidade dos fatos o crime segue impune, portanto, a data tem um significado especial. A campanha tem por objetivo mobilizar, sensibilizar, informar e incentivar a população sobre a gravidade e importância de proteger as crianças e adolescentes que vivem entre nós. Em anos anteriores o município de Campos Novos participava de passeatas em alusão a causa, mas devido a pandemia a situação será um pouco diferente. Para 2020 a campanha contará com a colaboração da CDL que solicitará, aos lojistas para aderirem a campanha decorando suas lojas e vitrines com o símbolo da campanha e na distribuição de matérias informativos. O Creas acompanha crianças e adolescentes vítimas de violência encami-

categórico em afirmar no artigo 4. “É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária”. Para o Estatuto, é dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça ou violação dos direitos da criança e do adolescente”, afirmou. A coordenadora cita algumas atitudes que podem ser observadas em quem passou ou passa por situações de abuso. Algumas consequências são: Mudanças de comportamento, pode apresentar enurese e/ou encoprese; Apatia emocional o que pode desencadear uma depressão e até mesmo uma síndrome do pânico; Interesse sexual significativo que por muitas vezes vai além da idade; Medos súbitos ou medo de ficar na presença de pessoa específica; Agressividade; Queda no desempenho escolar; Enfermidades psicossomáticas. Fala sobre o assunto também pode ser difícil para a criança devido as ameaças, medo, culpa e falta de compreensão de outros. Ao saber de casos de abuso e exploração é preciso denunciar com urgência, através do disque 100, Conselho Tutelar, DPCAMI e Ministério Público. Porém, Suzane ressalta que a denúncia “deve ser feita sempre com muito zelo para não expor a criança e/ou adolescente a situações vexatórias e constrangedoras”. A população não pode se se calar e fechar os olhos para essa realidade.

Mobilização do Comércio

nhadas pela rede de atendimento, e desde o ano passado adere a Campanha Faça Bonito. A coordenadora do centro em Campos Novos, Suzane Dias, diz que a melhor forma de cuidar das crianças é por meio do dialogo e da confiança, mas que este cuidado é um dever de todos. No entanto, Suzane comenta que o assunto não é pauta comum na família. “Infelizmente o assunto ‘sexualidade’ é complicado e difícil para

algumas famílias abordarem, justamente por ser um tabu cercado pelo preconceito e pelo que ele representa”, declarou, mas também afirma a importância de orientar a criar a criança a partir do momento que ela começa a conhecer o próprio corpo. Sobre o papel da sociedade, Suzane é enfática e cita a lei para dizer que todos são responsáveis nesta luta. “O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA é

Em apoio a campanha a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) está incentivando os lojistas a realizarem a decoração das vitrines de lojas com a FLOR símbolo da campanha, no período de 13 a 18 de Maio. O CREAS confeccionou flores conforme o modelo da campanha nacional além de cartazes para auxiliar os Lojistas na decoração das vitrines. Para participar o lojista pode pegar o material disponível na CDL. Além da flor e do cartaz as vitrines podem ser decoradas na cor laranja, com tecidos ou iluminação.


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ESTADO

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RCN - 574 | rcnonline.com.br

SC

Crise já provocou 530 mil demissões em SC Setor de serviços lidera desligamentos: 218 mil. Em seguida estão indústria (158 mil) e comércio (153 mil) Uma pesquisa encabeçada pelo Sebrae/SC apontou que o número de demissões em Santa Catarina chegou a 530 mil, desde o início da pandemia. O estudo, publicado na última terça (12), apresenta um aumento importante em relação à última estimativa, que apontava 406 mil demissões. O setor de serviços é o que concentra o maior número de desligamentos: 218 mil. Em seguida está a indústria, com 158 mil, e o comércio, com 153 mil. A maior parte das demissões concentra-se nas micro e pequenas empresas (368 mil desligamentos), do que nas grandes e médias

MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL

empresas (161 mil). Além dos desempregados, outros 870 mil trabalhadores sofreram influência direta da crise: 408 mil estão com os contratos de trabalho suspensos e 462 mil tiveram redução da jornada com redução proporcional de salários. Segundo os empresários,

as mudanças nas relações trabalhistas foram essenciais para evitar mais desemprego. Essas regras fizeram com que a avaliação do Planalto fosse melhor do que a avaliação das ações do governo do Estado. Pelo levantamento, o governo de Jair Bolsonaro teve avaliação positiva

de 50,1% dos entrevistados, contra 35,3% de negativa. Em relação ao governo de Carlos Moisés da Silva, a situação é inversa: 55,4% julgam as ações negativamente, contra 32% de positivo. "A avaliação do governo federal passa pela edição das medidas provisórias que flexibilizaram a manutenção do emprego, o acesso emergencial ao crédito. A avaliação estadual acontece por parte do não funcionamento do setor produtivo e do baixo diálogo, fora o transporte coletivo", disse o superintendente do Sebrae/SC, Carlos Henrique Fonseca. "O resultado da saúde

não foi tão prejudicial para Santa Catarina. Por outro lado, houve um impacto na economia que foi muito mais forte do que se esperava. [...] Tivemos pouca interlocução com o governo do Estado" afirmou o presidente da Federação das Indústrias de SC (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar. "Nós entendemos que a convivência dos poderes deve ser no sentido de encontrarmos os melhores caminhos para que a economia do Estado volte a crescer", disse o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio/SC), Bruno Breithaupt.

Faturamento O estudo mostrou ainda que a queda de faturamento registrada pelas empresas encolheu. O índice estava em 74,6% na última pesquisa e chegou a 56,5%. A evolução é fruto do retorno das atividades econômicas. Apesar da melhora, os empresários apontam uma perda acumulada de R$ 16,2 bilhões. A maioria pertence ao comércio (R$ 7,7 bi), seguido da indústria (R$ 5,5 bi), e dos serviços (R$ 2,4 bi). Outro dado que frustrou os empresários foi a baixa oferta de crédito: apenas três em cada 10 conseguiram empréstimos em meio à crise.

Inadimplência cresce em abril e atinge 62,8 milhões de brasileiros

PREFIRA DE SANTA CATARINA, PREFIRA DO BRASIL. NOSSOS PRODUTOS TÊM QUALIDADE MUNDIAL E SÃO FEITOS COM DEDICAÇÃO PELOS NOSSOS TRABALHADORES E INDUSTRIAIS. VALORIZE NOSSA PRODUÇÃO. PREFIRA PRODUTOS CATARINENSES. JUNTOS VAMOS REERGUER NOSSA ECONOMIA, MANTER EMPREGOS E EMPRESAS EM NOSSO ESTADO, GARANTINDO UM FUTURO MELHOR PARA TODOS OS CATARINENSES. INDÚSTRIA DE SANTA CATARINA

Com a crise econômica causada pela pandemia de Covid-19, a inadimplência voltou a subir. Em abril, o número de negativados cresceu 2,9% e atingiu 62,8 milhões de brasileiros, cerca de 40% da população adulta do país. A faixa etária de 30 a 39 anos corresponde à maior fatia de endividados (25%). Além disso, a dívida média por consumidor chegou a R$ 3,2 mil. Segundo o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), o maior avanço foi registrado nas contas de água e luz, com crescimento de 18%, enquanto

AGÊNCIA BRASIL

o setor de comunicações teve recuo de -8,9%. Em Santa Catarina não foi diferente. A Celesc registrou em abril um crescimento de 12% na inadimplência das contas de luz na comparação com 2019. Segundo a empresa, esse índice está no mesmo nível das compa-

nhias dos outros estados. No Estado, o maior impacto ocorreu nos consumidores industriais e comerciais, com aumento de 42% da inadimplência. Já está em vigor uma lei estadual que proíbe o corte de serviços de energia, água, esgoto ou gás até 31 de dezembro.

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POLÍTICA

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Executivo e Legislativo discutem sobre situação dos ACT’s Vereadores retornarão o valor de R$ 200 mil para recomposição de salários de quem teve carga horária reduzida O prefeito de Campos Novos, Alexandre Zancanaro, e os vereadores representantes das bancadas se reuniram na segunda-feira (10) para conversar sobre a determinação do Poder Executivo de baixar as cargas horárias de alguns servidores admitidos por contrato temporários (ACT). A iniciativa partiu da Câmara de Vereadores que decidiu adiantar o repasse das economias da casa ao Administrativo Municipal para que sejam usadas na recomposição de salários de alguns servidores. O presidente da Câmara, vereador Maurilio Campagnoni, o Cássio, afirmou a preocupação dos servidores e os reflexos da decisão. “O impacto financeiro vai chegar para as famílias desse trabalhador. Temos essa preocupação e queremos minimizar isso. Fizemos um levantamento e vimos que tínhamos o valor de R$ 200 mil e propusemos adiantar ao Executivo com o pedido de que fossem usados no impacto de pagamento da folha dos Act’s”, disse Cássio confirmando o tom positivo e esclarecedor da reunião. O valor de R$ 200 mil é fruto da

economia da Câmara de Vereadores que voltará a Prefeitura. “Propusemos que as economias da casa até o final do ano seriam devolvidas ao Executivo. Como já tínhamos o valor de R$ 200 mil adiantamos ao Poder Executivo”, disse Cássio. A decisão referente a mudança de carga horária atingiu servidores da educação, serviços, gerias e técnicos administrativos. “Entre as propostas discutidas avaliou-se a realocação de alguns servidores para outros setores. A situação será analisada pelo Executivo. Vamos aguardar as saídas legais para nossas propostas”, completou. O prefeito Alexandre Zancanaro explicou o motivo dos cortes e falou sobre a queda da arrecadação do município no último mês, fator que contribui para muitos cortes na esfera municipal. “Coloquei a situação, principalmente a questão financeira da arrecadação. De abril para maio saímos de mais de R$ 11 milhões para R$ 7 milhões, tendo uma queda considerável em apenas um mês. Falamos sobre a redução de cargos comissionados, de cargas horárias, corte de horas extras e gratificações, temos um cenário que iremos enfrentar. Este repasse de R$ 200 mil é bem-vindo, mas alguns pontos precisam ser avaliados”, declarou Zancanaro. Com a pandemia da Covid-19,

*Foto: Divulgação/Câmara de Vereadores de Campos Novos

algumas esferas optaram por cortes vistos como importantes para manter as contas públicas, além do fato de algumas atividades terem sido interrompidas devido a pandemia, conforme explicou o prefeito. “Na questão da carga horária alguns profissionais, em virtude da pandemia e do isolamento social, não podem executar as suas tarefas como um todo, seja na área da educação, do esporte, do social e do cultural que acabam sendo impedidos de exercer a sua carga horária na sua totalidade. A intenção surgiu para encontrar alternativas para que os profissionais possam exercer suas atividades para recompor a carga horária e consequentemente melhorar a sua remuneração”. Com relação a algumas gratificações, assunto levantado pelos

vereadores, o prefeito afirmou que o Vale Alimentação e o direito a insalubridade continuam asseguradas aos servidores. Para lidar com esta crise os municípios receberão um aporte do Governo Federal, conforme confirmou o prefeito. O Governo Federal deverá repassar aos municípios um benefício de cerca de R$ 4 bilhões até o final do ano que serão entreguem em sua totalidade em não mensalmente para a repor a queda da arrecadação. Para assegurar a situação trabalhista dos servidores temporários, tramita na Casa Legislativa um Projeto de Lei, proposto pelo vereador Marciano Dalmolin, que obriga o Executivo a não demitir Act’s neste período de pandemia.


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Ações da Amplasc socilitam Hospital de Campanha em Campos Novos *Imagem: Arquivo/O Celeiro

Programa Federativo aprovado no Senado destinará quase R$ 8 milhões para a região. Campos Novos receberá valor na casa dos R$ 4 milhões para o enfrentamento da Pandemia A pandemia da Covid-19 ainda vai continuar por um tempo a rodear e preocupar a população. Apesar dos picos anunciados, na região e em Campos Novos os casos ainda estão controlados, mas a previsão é de que os números aumentem. Por se tratar de uma doença altamente contagiosa existe uma preocupação de que haja uma proliferação em massa e isso cause um colapso na saúde como já está acontecendo em muitos estados brasileiros. Diante disso as ações para cuidar da população continuam sendo pensadas pelo Poder Público. A Associação dos Municípios do Planalto Sul – Amplasc, está mobilizada para implantar um Hospital de Campanha para atender os municípios da região. De acordo com a assessoria de comunicação da associação o presidente Lucimar Salmoria, os prefeitos e os secretários de saúde dos sete municípios que compõe a Amplasc estão monitorando a doença no estado e a confirmação de casos no Meio-oeste e Planalto Sul acenderam o alerta neste sentido, por isso a Amplasc uniu-se a Ammoc (Associação dos Munícipios do Meio-Oeste) para solicitar ao Governo do Estado implantação dos hospitais para cuidar temporariamente das vítimas da Covid-19. Ambas encaminharam ofício conjunto para o governador Carlos Moises no dia 27 de abril. Dentre os municípios das duas regiões, Campos Novos e Joaçaba são os que mais teriam condições de receber um Hospital de Campanha. Em Campos Novos foi apresentado o Parque de Exposições Leônidas Rupp localizado a margem da BR-282 como opção mais viável para implantação do espaço médico. O Estado definiu que as referências seriam projetadas para Lages e Concordia, mas foram considerados distantes dos municípios que integram a Amplasc e Ammoc. No pedido encaminhado ao Governo do Es-

tado declarou-se a localização centralizada geográficamente de fácil acesso e logística para os pacientes, além de minimizar os riscos de agravamento dos infectados, transmissão e contágio de terceiros durante o transporte. Na solicitação feita pelas associações são defendidos ainda mais benefícios da implantação deste projeto na região. O hospital remoto favorecerá as pessoas residentes nos municípios integrantes e de outras regiões e daqueles que estão fora do núcleo urbano. A iniciativa também será benéfica ao estado de Santa Catarina, pois desafogará as unidades de saúde e possibilitará um tratamento mais eficaz diminuindo os custos do Estado, conforme reforçou a assessoria. Por se tratar de um assunto urgente, a decisão do estado não poderá ser demorada em virtude do panorama atual no qual a cada dia cresce o número de infectados pela Covid-19. O Hospital de Campanha é apenas uma das ações para atender a população que enfrenta a pandemia, mas mais atividades são pensadas para este momento de crise. Para tanto os estados reseberão recursos que serão repassados aos municípios. O Senado aprovou o Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus, serão destinados R$ 125 bilhões, sendo que deste montante os municípios da Amplasc devem receber R$ 7.342.730,91 a serem divididos entre si. O valor inclui repasses diretos e suspen-

CULTIVAR O COOPERATIVISMO É FOMENTAR O AGRO

são de dívidas. Os valores a serem recebidos ficam definidos: Abdon Batista - R$ 315.439,22; Brunópolis - R$ 297.839,61; Campos Novos - R$ 4.460.701,95; Celso Ramos - R$ 335.746,47; Monte Carlo - R$ 1.214.250,23; Vargem -R$ 304.854,84; e Zortéa - R$ 413.898,59. Segundo o presidente da Federação Catarinense de Municípios (FECAM), Saulo Sperotto, o projeto anterior mantinha a divisão de 54% de repasse aos Estados e 46% aos municípios. O projeto aprovado ficou em 60% para Estado e 40% para municípios. De acordo com a Federação dos Municípios de Santa Catarina “o progra-

ma vai direcionar R$ 60 bilhões em quatro parcelas mensais, sendo R$ 10 bilhões exclusivamente para ações de saúde e assistência social e R$ 50 bilhões para uso livre. Além dos repasses, os estados e municípios serão beneficiados com a liberação de R$ 49 bilhões através da suspensão e renegociação de dívidas com a União e com bancos públicos e de outros R$ 10,6 bilhões pela renegociação de empréstimos com organismos internacionais, que têm aval da União. Os municípios serão beneficiados, ainda, com a suspensão do pagamento de dívidas previdenciárias que venceriam até o final do ano. Essa medida foi acrescentada ao texto durante a votação, por meio de emenda, e deverá representar um alívio de R$ 5,6 bilhões nas contas das prefeituras. Municípios que tenham regimes próprios de previdência para os seus servidores, ficarão dispensados de pagar a contribuição patronal, desde que isso seja autorizado por lei municipal específica”. Os R$ 7 bilhões destinados aos estados para saúde e assistência serão divididos de acordo com a população de cada um (critério com peso de 60%) e com a taxa de incidência da covid-19 (peso de 40%), apurada no dia 5 de cada mês. Os R$ 3 bilhões enviados para os municípios para esse mesmo fim serão distribuídos de acordo com o tamanho da população.

Campos Novos possui localização centralizada geográficamente de fácil acesso e logística para os pacientes, além de minimizar os riscos de agravamento dos infectados, transmissão e contágio de terceiros durante o transporte. A iniciativa também será benéfica ao estado de Santa Catarina, pois desafogará as unidades de saúde e possibilitará um tratamento mais eficaz diminuindo os custos do Estado. Trecho do pedido feito pela Amplasc ao Governador

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REGIÃO

ABDON BATISTA

VARGEM

Abdon discute impactos da estiagem com a Defesa Civil

Vargem recebe Defesa Civil para debater estiagem

*Fotos e Infdormações: Comunicação/PMAB

O prefeito de Abdon Batista, Lucimar Antônio Salmória, acompanhado pelo Secretário de Agricultura e Coordenador de Defesa Civil, Juliano Mecabo, participaram na manhã de sexta-feira (05/08) de reunião com representantes da Defesa Civil a nível regional e estadual, onde na oportunidade apresentaram os impactos causados pela estiagem no município. “A conversa teve o objetivo de

apresentar as medidas resolutivas adotadas pela Administração Municipal e também foram feitos encaminhamentos para enfrentar a situação da estiagem no município”, destaca o prefeito Lucimar Salmória. Também participaram do encontro, o coordenador Regional de Defesa Civil, Valdemar Lorega, o diretor de Gestão de Desastres da Defesa Civil de Santa Catarina, tenente-coronel Aldrin de Souza, e sua equipe.

Município inicia racionamento de água A prolongada estiagem que assola o município de Abdon Batista e a região nos últimos meses, fez com que os níveis de água dos poços artesianos e nascentes que abastecem o perímetro urbano baixassem de forma significativa, afetando diretamente o abastecimento de água. Por isso, para que não haja um desabastecimento total, a Prefeitura, por meio do Departamento de Água e Esgoto – DMAE – informa à população que haverá racionamento no fornecimento de água de segunda a sexta-feira, das 8h00 às 9h30 e das 13h00 às 14h30. A medida torna-se necessária para manter o nível mínimo de água nos reservatórios enquanto durar a situação de emergência do município. A medida teve início na última sexta-feira (08/05). Assim o DMAE aproveita para solicitar a todos que não desperdicem água, evitem lavar carros e calçadas, visando poupar para o consumo humano.

O racionamento deverá permanecer até que a situação da estiagem se normalize.

NESTE MOMENTO, CONTE COM OS NOSSOS

CANAIS DIGITAIS Não podemos dar as mãos, mas podemos unir nossas atitudes e fazer a diferença.

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*Fotos e Informações: Comunicação/PMV

A Prefeita Milena Lopes recebeu na tarde de quinta-feira, 07 de maio, representantes da Defesa Civil Estadual e coordenadoria da regional do órgão de Curitibanos. O motivo foi discutir demandas de Vargem, em decorrência da estiagem que assola o município e já resulta em prejuízos superiores a R$ 10 milhões. A visita ao município de Vargem reuniu o Diretor de Gestão de Desastres da Defesa Civil de Santa Catarina Aldrin Silva de Souza, o engenheiro hidrólogo Victor Padilha da Gerência de Hidrologia, a engenheira ambiental Suzana Costa da Gerência de Prevenção e o Coordenador da Regional da Defesa Civil de Curitibanos Valdemar Lorega. Também participaram da reunião, o Engenheiro Ambiental da Amplasc Rodrigo Silva, o Coordenador de Proteção e Defesa Civil do Município de Vargem Ivonei Ortiz, o Diretor do SAMAE Elmo Adriano Pinheiro e o representante da Epagri Municipal, Marciano Roden. Além da reunião com a prefeita Milena Lopes, a equipe da Defesa Civil Estadual acompanhada dos demais, também verificou in loco, alguns pontos do interior de Vargem, onde famílias sofrem com o desabastecimento de água, passando pelas comunidades de Didomenico e Volta Grande. No encontro, Prefeita Milena reforçou a necessidade do município em receber auxílio do Governo do Estado. “Nós

estamos buscando minimizar, reduzir os prejuízos que a estiagem tem causado. Solicitamos à Defesa Civil diversos equipamentos, implementos e ações que nos auxiliem no combate tanto a curto, quanto à médio e longo prazo. Então neste processo nós estamos em fase de elaboração de um segundo decreto de emergência e também de um decreto de calamidade pública, não só em relação à estiagem, como também quanto aos prejuízos provocados pela pandemia do coronavírus”, informou a gestora. Entre as solicitações estão reservatórios d’água, mangueiras e a curto prazo suporte financeiro visando a contratação de caminhões pipa para abastecimento das comunidades do interior. “Estamos atendendo a todos os pedidos e solicitações das famílias que estão sem água, levando sempre que necessário, mas entendemos que uma forma mais ampliada de atendimento precisa ser adotada. Estamos empenhados em resolver as situações, mas tem muitas coisas que não dependem só de nós, precisamos de outras esferas governamentais, outros técnicos nos apoiando e principalmente, de recursos financeiros para que possamos solucionar de fato todas estas problemáticas”, concluiu Milena. Nesta semana, prefeita Milena iria manter agenda com o Comandante Geral da Defesa Civil, Coronel João Batista.

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PUBLICAÇÕES

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ArTIGO Controle da vida financeira no isolamento social

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Crônica Mãe de fases

A importância dos canais digitais m tempos de isolamento social como medida para conter a propagação do novo coronavirus, uma das principais preocupações é o controle das finanças. Mas como manter as finanças em dia sabendo que o acesso a agência física está limitado? O cenário atual, mesmo que desafiador, tem ajudado instituições financeiras a impulsionar seus canais digitais e estimulado a população a usar cada vez mais aplicativos e o Internet Banking como alternativas. Neste momento em que a recomendação dos órgãos de saúde é evitar sair de casa, muita gente que ainda não tinha o hábito de acessar a sua conta em uma cooperativa de crédito ou banco pelo celular, computador ou tablet está descobrindo as vantagens dessas plataformas, tendo experiências positivas e entrando de uma vez por todas na nova era do sistema financeiro. A alta na procura por serviços digitais, além de levar mais praticidade para o dia a dia do consumidor, certamente impactará positivamente na revolução do mercado. No Sicredi, por exemplo, os canais digitais registraram alguns recordes na primeira quinzena de abril, período que coincide com a recomendação de distanciamento social. Somente no dia 13, mais de 842 mil associados acessaram o aplicativo da instituição, transacionando mais de R$ 2,2 bilhões, o que representa recorde nos dois indicadores. Além disso, registramos no período uma média diária de novos cadastros superior à 1,4 mil, quase o triplo da média habitual.

*Conteúdo/Sicredi

Sávio Susin

Pelos canais digitais da instituição financeira cooperativa já é possível ter acesso a uma série de serviços digitais, dos mais simples, como pagar uma conta, contratar crédito, receber e transferir valores e consultar saldos e extratos, aos mais robustos, como aplicações em fundos de investimento, por exemplo. É importante ressaltar que essa nova era do sistema financeiro, onde cada vez mais as operações bancárias são feitas sem sair de casa, não eliminará o contato físico. O que vemos como tendência são as agências cada vez mais como um espaço de relacionamento, mas a proximidade que só o contato humano permite nunca será substituída. As ferramentas tecnológicas servem para complementar a experiência, gerando mais conveniência para quem utiliza. Por: Sávio Susin Superintendente de Fluxo de Caixa e Canais de Atendimento do Sicredi

Ouço sempre, isso é só uma fase. A fase das cólicas, do choro constante, das noites em claro... A fase de entrar dentro dos armários, de trocar coisas de lugar, de brincar com as panelas... E chega a fase das birras, das brigas, de comer derrubando comida no chão... E aquela de quebrar brinquedos, de bater o pé, de dar uma fugidinha de casa... A fase de querer ajudar na faxina, de cozinhar, de arrumar a mesa para o jantar... A fase das tarefas escolares, das mentirinhas, de querer dormir na casa dos coleguinhas ... E minha avó sempre dizia...Isso é só uma fase. E é uma coisa louca, nem bem saímos de uma logo vem a outra. Ora querem tocar violão, ora comprar um cavalo... Numa semana só usa preto e cabelo raspado, noutra mil cores e sapato de salto... Também tem a fase chorosa, a fase risonha, a fase dorminhoca... A fase da rebeldia, da calmaria. Dos namoros, de fazer planos, de sonhar e sonhar... E minha avó sempre dizia...Isso é só uma fase. Bem na verdade, as fases não são dos filhos, mas das mães. Os filhos só estão seguindo o curso da vida, Já as mães vão passando de fase. A cada fase vencida é uma alegria, um sentimento de alívio e vitória... Erramos, acertamos, nos divertimos muito, choramos muitas vezes... O importante é viver uma fase de cada vez e intensamente. Até parece um jogo, onde se mede forças, onde se faz testes... Mas não, essa é a vida, onde só existe vencedor quando consagramos a harmonia, o equilíbrio e o amor entre as pessoas. Por: Joana Becker Chef de Cozinha


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AGRONEGÓCIO

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Clima ameno e presença de chuvas não melhoram situação de estiagem *Informações: Epagri

Racionamento tem sido incentivado constantemente para reforçar risco de falta de água Temperaturas frias, dias cinzas e chuvas tímidas geram a esperança de que a estiagem vai dar uma trégua e que teremos dias melhores. Esta situação de seca vivida há meses tem sido um grande problema para a toda a população que vive na região. No início o grande entrave foi aos produtores rurais que viram suas propriedades sofrerem grandes prejuízos, gerando perda de produtividade e rentabilidade as famílias. Porém, a estiagem tem reflexos que vão além do agronegócio e que chegam as casas de toda a população devido à falta de água, pois a seca reduz o volume das reservas hídricas afetando o fluxo e volume dos rios. A falta de chuvas significativas tem prejudicado grandemente a reserva do Lajeado do Restingão, principal fonte de água do município de Campos Novos. Será que a chegada das estações mais amenas melhora a situação? Não adianta criar expectativas, a mudança de clima, não irá mudar muita coisa. O diretor do Samae, Luciano Andonini, não se empolga muito, e diz que cenário ainda é preocupante. “A situação

Variável Estação

Pricipitação Acumulada em 24h Campos Novos

Celso Ramos

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atual não é nada satisfatória, ainda estamos no vermelho. Nosso Rio está muito abaixo do nível normal. O fato de que precisamos economizar ainda perdurará por um tempo. Segundo a meteorologia não teremos fontes de chuvas nem razoáveis para os próximos dias. A última chuva não resultou em mudança alguma no calado do rio, onde nós captamos a água. Continuamos pedindo para que as pessoas economizem bastante”, declarou. O secretário de agricultura do município, Ingrácio de Carvalho, compartilha do mesmo pen-

samento e comenta o que tem feito para ajudar os produtores rurais. “Essas chuvas que caíram não melhoraram a seca. Estamos fazendo o que é possível para amenizar a situação, estamos abrindo bebedouros e levando água com o caminhão pipa, tudo que é possível estamos fazendo. Enquanto não vir boas chuvas a situação não muda. O povo precisa de água, precisamos de chuva, pra fazer a semeadura do plantio de inverno, que se não chover vai comprometer, e até mesmo para consumo próprio. Enquanto não chover para encher os mananciais a expectativa não é das melhores”, disse o secretário. A situação é preocupante não apenas em Campos Novos, mas nos demais municípios que compõe a Amplasc. De acordo com dados da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) a precipitação acumulada nos sete municípios não são as melhores, entre eles Brunópolis está com o menor registro de precipitação. Campos Novos, porém, registrou no dia 5 de maio precipitação acumulada de 3,4mm e no dia 6 de maio o volume foi para 6,8mm, sendo o volume total, até o dia 11 deste mês, de 11,6mm no município, segundo melhor índice de precipitação de chuva acumulada. Quem está em melhor condição é o município de Celso Ramos que totalizou o volume de 22,2mm de água da chuva. Mesmo os que registram os melhores dados não estão em boa condição, afinal este volume para a região e para o período estão abaixo da média. Por exemplo, de acordo com a meteorologista da Epagri, Thays Camassola, em maio, no município de Campos Novos, a média de chuva é de 172mm. As chuvas vão surgir devido as frentes que se apresentam, mas esparsas e mal distribuídas, por isso não são tão eficazes para solucionar o problema da estiagem. Para a próxima semana, de 17 a 19 de maio, de acordo com o Centro de Meteorologia da Epagri, o tempo segue

seco e temperatura elevada. De 20 a 21 de maio mais uma frente fria deve provocar chuvas no período mal distribuídas e com baixo volume. De 21 a 24 a expectativa é de formação de geadas nas áreas altas do estado, devido a uma massa de ar frio de origem polar, mas não há previsão de chuvas significativas que modifiquem a situação na região. Como lidar com esta situação que é ruim para a economia e para as famílias? Ações do Poder Público estão sendo pensadas para ajudar o produtor rural a lidar com esta crise que parece não ter fim. A estiagem já chega a quase seis meses e parece se prolongar sem expectativa de fim. No entanto, além do Poder Público, com a persistência da estiagem, toda a população deve se sensibilizar e utilizar a água da forma consciente para não correr o risco que a população fique sem água. O estado de Santa Catarina e os municípios estão envolvidos em uma campanha para promover a conscientização e economia de água para nas atividades do dia a dia. Por ser tão essencial a vida será um risco não ter substância a disposição.

Economia Um período atípico na região Sul tem sido um desafio lidar com a seca, e a população se tornou um aliado na luta para lidar com a crise e a principal forma de fazer isso é racionando o uso de água. Como a estiagem tem planos de se estender, é bom mudar hábitos do dia a dia, conforme enfatizou Luciano Andonini, diretor do Samae. “Até o presente momento precisamos economizar e economizar, não tem outra palavra. A gente está se deparando todos os dias com lavação de carro, lavação de calçada, lavação de muro, então a gente precisa intensificar a economia de água”, afirmou. Assim como o Samae outros órgãos estão solicitando e dando dicas para a população economizar.

Dicas para poupar água - Tome banhos rápidos e feche o chuveiro ao se ensaboar; - Feche a torneira ao escovar os dentes e ao fazer a barba; - Não lave a louça com água corrente, abra a torneira apenas para enxaguar; - Não use água como vassoura. Em calçadas e áreas pavimentadas, primeiro varra a sujeira, depois lave com a utilização de um balde; - Não use mangueira, e sim balde e pano para lavar o carro; - Verifique se não há vazamentos na tubulação de água; - Regule a válvula da descarga para reduzir o consumo de água.


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