Jornal Oficina Brasil - fevereiro 2012

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www.oficinabrasil.com.br

Auditoria de Tiragem e Circulação: IVC

ANO XXI - Nº 240

Audi A8

em detalhes

O consultor técnico Marco Antônio Silvério Jr. conta tudo o que aprendeu depois de participar do curso de manutenção do modelo

FEVEREIRO DE 2011

marketing direto


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Fevereiro 2011

:: Editorial

:: Expediente COMERCIAL Alessandra Macedo

DIRETOR GERAL Cassio Hervé

Quem é o cliente? Responda e ganhe um doce...

alessandra.macedo@grupogerminal.com.br

DIRETOR COMERCIAL Eduardo Foz eduardo.foz@grupogerminal.com.br SECRETÁRIA Solange Ferreira Roberto REDAÇÃO Jornalista responsável: Alexandre Akashi - MTB 30.349 editor@grupogerminal.com.br Repórter: Bruna Paranhos bruna.paranhos@grupogerminal.com.br Consultor Técnico: Marco Antônio Silverio Jr. marco.antonio@grupogerminal.com.br Tel: (11) 2764-2862 Conselho editorial: Aleksandro Viana Amauri Cebrian D. Gimenes André Bernardo Carlos Bernardo Danilo José Tinelli Eduardo Freitas Topedo Fábio Cabral Francisco Carlos de Oliveira José Claudio Cobeio Julio César Paulo Pedro B. Aguiar Jr. Sérgio Sehiti Torigoe PRODUÇÃO/INTERNET Coord. de Marketing: Daniela Pelosi Assistente: Eduardo Muniz Analista Web: Tiago Lins Estagiário Web: Murilo Santiago producao@grupogerminal.com.br ATENDIMENTO Gerente: Ernesto de Souza ernesto.souza@grupogerminal.com.br

Aliandra Artioli aliandra.artioli@grupogerminal.com.br Carlos Souza carlos.souza@grupogerminal.com.br Shelli Braz shelli.braz@grupogerminal.com.br Estagiária: Alessandra Del Moro alessandra.delmoro@grupogerminal.com.br SUCURSAL REGIÃO SUL Diretor: Eduardo Seger eduardo.seger@grupogerminal.com.br (51) 3337-8758 FINANCEIRO Gerente - Junio do Nascimento Assistente - Mariana Tarrega Auxiliar - Rodrigo Castro financeiro@grupogerminal.com.br GESTÃO DE PESSOAS Daniela Accarini rh@grupogerminal.com.br ASSINATURA E DATABASE Gerente: Mônica Nakaoka monica.nakaoka@grupogerminal.com.br Assistente: Alexandre P. Abade alexandre.abade@grupogerminal.com.br Auxiliar: Giovana Consorti giovana.consorti@grupogerminal.com.br CENTRAL DE ATENDIMENTO AO LEITOR Luana Cunha e Talita Araújo De 2ª a 6ª, das 9h às 17h30 Tels: (11) 2764-2880 / 2881 leitor@oficinabrasil.com.br PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO Prol Editora Gráfica Ltda.

Jornal Oficina Brasil é uma publicação do Grupo Germinal. Trata-se de uma mídia impressa baseada em um projeto de marketing direto para comunicação dirigida ao segmento profissional de reparação de veículos. Circulando no mercado brasileiro há 21 anos, é considerado pelo Mídia Dados como o maior veículo segmentado do país. Esclarecemos e informamos aos nossos leitores, e a quem possa interessar, que todos os conteúdos escritos por colaboradores publicados em nosso jornal são de inteira e total responsabilidade dos autores que os assinam. O jornal Oficina Brasil verifica preventivamente e veta a publicação do material que recebe, somente no que diz respeito à adequação e ao propósito a que se destina, e quanto a questionamentos e ataques pessoais, sobre a moralidade e aos bons costumes. As opiniões publicadas em matérias ou artigos assinados não apresentam a opinião do jornal, podendo até ser contrária a ela. marketing direto

Nós apoiamos: Filiado a:

Nos últimos 10 anos, a CINAU (Central de Inteligência Automotiva), unidade de inteligência e pesquisas do Grupo Germinal, tem realizado ininterruptamente a pesquisa Imagem das Montadoras/Melhor Carro, com objetivo de mensurar a percepção do reparador em relação às fabricantes de automóveis. Não por acaso, as marcas mais valorizadas pelos profissionais da reparação são aquelas que disponibilizam melhor acesso a peças de reposição e informações técnicas, matérias-primas para a realização de um bom trabalho. Mas, porque isso é importante? Consertar um automóvel não é fácil. É preciso investimento em equipamentos, ferramentas e, sobretudo, em conhecimento. Ainda mais com as constantes evoluções tecnológicas e aumento da eletrônica embarcada. Sem contar as novas exigências ambientais, técnicas e de segurança que a Legislação impõe a cada dia. O reparador fica com a sensação de impotência quando entra na oficina um carro que ele não tem a menor ideia de como realizar a devida manutenção. É frustrante, pois o dono do carro quer ter o bem dele funcionando, em ordem, para poder aproveitar todas as vantagens vendidas pela marca nos comerciais da TV, jornais e revistas, e que foram fundamentais para convencê-lo a adquirir aquele modelo. Então, um belo dia, o carro para e não pega mais. A garantia acabou, mas mesmo que ainda estivesse valendo, não seria possível agendar na oficina da rede da marca, pois as concessionárias estão lotadas; há muitos carros que precisam ser revisados, e assim, o prazo para ser atendido e ter o veículo novamente funcionando é longo. Quem consegue, hoje em dia, ficar dez dias sem carro porque ele está na oficina? A solução é ir ao mecânico de confiança, aquele que nossos pais iam quando éramos crianças e sempre nos levava a tira colo. A antiga oficina, escura e preta de graxa, com calendários sugestivos, agora tem paredes brancas, chão brilhante, recepcionista, sala de espera, banheiros

limpos e até cafezinho com biscoitos. Mas o carro não é um daqueles que ele está acostumado a fazer a manutenção, então ele tem dificuldades para encontrar o conector de diagnose; o aparelho não é o ideal para ler os sensores, e para completar, não há literatura técnica disponível para se fazer um bom diagnóstico. No entanto ele vai, batalha, conversa com colegas, folheia jornais e revistas, telefona para o sindicato, se vira. Encontra o defeito. Demorou dois dias, mas chegou a uma conclusão. Hora de pedir a peça.‘Não tem, está em BO’, ouve do atendente da concessionária. Peças em BO! Para quem não sabe, peças em BO significa que não tem e nem vai ter porque a montadora não disponibiliza. O prazo para se conseguir uma peça em BO é superior a 45 dias! Então o consumidor fica 47 dias sem o carro por causa de uma peça que a concessionária não tem. E, o reparador, com um automóvel do cliente parado na oficina por 47 dias ocupando espaço de um outro veículo. Carro parado na oficina é serviço perdido, é menos faturamento, é prejuízo. E como fica o dono do carro? Ele não é mais cliente da montadora, só porque não conseguiu vaga na concessionária ou porque decidiu fazer a manutenção do bem dele em outro lugar? Que impressão ele terá da marca, na próxima compra? Ao comprar o modelo, ninguém falou para ele que haveria este tipo de perrengue na hora da manutenção. Pelo contrário! É um carro que dá baixíssima manutenção! Mas, quando dá, é um inferno! Assim, neste momento, no auge da pior experiência, o dono do carro pergunta ao mecânico: “Acho que vou trocar de carro, esse aqui não é ruim, mas quando precisa de manutenção é terrível. Qual você me recomenda?” Quem adivinhar a resposta ganha um doce... Boa leitura Alexandre Akashi Editor

DADOS DESTA EDIÇÃO • Tiragem: 62 mil exemplares • Distribuição nos Correios: 55.690 (até o fechamento desta edição) • Percentual de distribuição auditada (IVC): 85,67% COMPROMISSO COM O ANUNCIANTE O Oficina Brasil oferece garantias exclusivas para a total segurança dos investimentos dos anunciantes. Confira abaixo nossos diferencias: 1º. Auditoria permanente do IVC (Instituto Verificador de Circulação) garante que o produto está chegando às mãos do assinante; 2º. Registro no Mídia Dados 2008 como o maior veículo do segmento do País; 3º. Publicação de Balanço Anual (edição de fevereiro 2008 e disponível em nosso site) contendo uma informação essencial para a garantia do anunciante e não revelada pela maioria dos veículos, como o custo de distribuição (Correio); 4º. No Balanço Anual é possível conferir as mutações do database de assinantes comprovando permanente atualização dos dados de nossos leitores; 5º. Oferecemos mecanismos de marketing direto e interativo, que permitem mensuração de retorno por meio de anúncios cuponados e cartas resposta; 6º. Certificado de Garantia do Anunciante, que assegura o cancelamento de uma programação de anúncios, a qualquer tempo e sem multa, caso o retorno do trabalho fique aquém das expectativas do investidor; 7º. Anúncios do tipo Call to Action (varejo), em que é possível mensurar de forma imediata o retorno da ação. Para anunciar ou obter mais informações sobre nossas ações de marketing direto fale com o nosso departamento comercial pelo telefone (11) 2764-2852.



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Fevereiro 2011

:: Índice

:: Opinião do leitor Cartas Obrigado Meu nome João Batista, minha profissão sempre foi mecânico. Hoje dono da Oficina Mecânica do João Gugu Ltda, localizada em Divinópolis, Minas Gerais. Gosto muito do que faço e trabalho nesta profissão há mais de trinta anos. Gostaria de agradecê-los por estar recebendo o Jornal Oficina Brasil, que se tornou rotina em minhas leituras, e posso assegurar-lhes é mais uma ferramenta na minha oficina. Quero parabenizá-los pelos grandes informativos e reportagens em nosso ramo automobilístico. A toda equipe Oficina Brasil, obrigado e grandes saudações.

AVALIAÇÕES CARROS 88

Avaliação do reparador - Volkswagen Kombi 1.4l flex

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Caderno Premuim - Reparador Premuim - Audi A8 V8 4.2l

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Em breve, na sua oficina - Citroën AirCross 1.6l 16v

COLUNAS

João Batista, Mecânica do João Gugu, Divinópolis (MG)

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Agenda do Carro - Programa Mecânico Mais

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Artigo - Fernando Abagge Benghi, advogado e sócio da Advocacia Correa de Castro

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Artigo - Francisco Satkunas, conselheiro da SAE BRASIL

93

Coluna do Conselho - Visita à fábrica da MtE-tHOMSON

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Fórum Oficina Brasil - Os 5 tópicos mais debatidos, sob o ponto de vista do administrador

86

Reparadores, eu vi - Carro chinês... eles estão chegando, aos montes

REPORTAGENS 8

Agradecimento Agradeço a aprovação do meu cadastro para continuar recebendo este importante Jornal, de grande valia para mecânicos automotivos sou eu. Muito obrigado. Onildo de Oliveira Lemos Agradecimento 2 O jornal é muito útil. Eu e minha equipe gostamos de ler para nos atualizar. Obrigado Heder Freitas Parabéns Parabenizo a todos do Jornal Oficina Brasil. Que Deus abençoe toda a equipe e leitores. Jeremias Ribeiro de Oliveira

Entrevista - Alfredo Bastos Jr., gerente de Marketing da MtE-tHOMSON

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Legislação - Entenda o que é a Nota Fiscal Eletrônica

70

Meio ambiente - descarte de resíduos sólidos

76

Mercado - Pesquisa CINAU Imagem das Montadoras

TÉCNICAS 53

Andre Luis Bernardo e Albino Buzolin Filho - Sistema Sirius 32 dos Renault

55

Carlos Napoletano - Procedimento de reparo da caixa automática 4L30E - parte 8

68

Consultor OB - Especial suspensão - Geometria - Parte final

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dicas do Conselho - Oficina legal: passo a passo para andar dentro da lei

62

Humberto Manavella - diagnóstico a partir do vácuo e pressão

60

Marcos Sarpa - dicas sobre o Honda Civic 1.5l/1.6l 16v 1991/2000

40

Paulo José - Anatomia das Scooters

58

Pedro Luiz Scopino - Sistema ABS do Ford Ecosport

48

Rino Liciani Jr. - Kawasaki KX 450F

64

Válter Ravagnani - diagramas do Fiat Linea 1.9l 16v - Parte 2

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Boletim técnico

Errata Diferentemente do publicado na reportagem Um para a cidade, outro para a estrada, (página 91, edição 239, de Janeiro de 2011), o Honda Civic LXL 1.8l 16v automático possui apenas um eixo de comando de válvulas (SOHC) e não dois (DOHC).

:: Números CAL (Central de Atendimento ao Leitor) MEIOS dE CONtAtO Cartas.....................................................................03 E-mails............................................................160 telefonemas...........................................392 Fax...................................................................00 Site..............................................................1.728 Total...........................................................2.283

SOLICItAçõES Assinaturas....................................................793 Alterações de cadastro.........................874 Outras............................................................661 Total..................................................2.328 Dados referentes ao período de 01/01 a 31/01/2011

:: Orientações sobre assinaturas Para receber o Oficina Brasil Nosso jornal é distribuído gratuitamente para profissionais que atuam no aftermarket automotivo brasileiro. Para recebê-lo siga as instruções: 1) acesse o site www.oficinabrasil.com.br; 2) antes de iniciar o processo de preenchimento do cadastro, tenha o nº do seu CPF em mãos; 3) no menu da página principal, na parte da “Central de Atendimento ao Leitor”, selecione a opção “Para receber o Jornal”; 4) preencha todos os campos da ficha corretamente. Obs: Após a avaliação dos seus dados, em uma operação que leva em média 30 dias, caso esteja tudo correto com seu cadastro, você passa a receber o jornal no endereço indicado. Aos que já são assinantes É importante avisar a Central de Atendimento ao Leitor, pelo telefone e e-mail indicados abaixo ou por meio do site, qualquer alteração de endereço ou dados. Esse procedimento é indispensável para que você continue recebendo o jornal. Neste caso você deve acessar o site e clicar na opção “Alteração de cadastro” e seguir as instruções. Caso receba uma carta solicitando seu recadastramento, faça-o imediatamente acessando a área “Recadastramento no Jornal”, caso contrário sua assinatura será cancelada. Para mais informações, entre em contato com a Central de Atendimento ao leitor, de 2ª a 6ª das 8h30 às 18h nos telefones (11) 2764-2880 ou (11) 2764-2881, ou envie um e-mail no endereço leitor@oficinabrasil.com.br Oficina Brasil: Rua Joaquim Floriano, 733 – 1º andar – Itaim Bibi – São Paulo SP – CEP 04534-012



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DA AGÊNCIA BEST CARS

ENTREVISTA

Uma das empresas que mais investe em relacionamento com o reparador é, sem dúvida, a MTE-THOMSON, fabricante de válvulas termostáticas, sensores Lambdas (oxigênio) entre outros produtos. O responsável por isso é Alfredo Bastos Jr., gerente de Marketing, que há 21 anos atua na empresa. Com um material técnico de alta qualidade em informações, uma das matérias-primas do reparador, a MTE-THOMSON conquista a confiança e credibilidade necessária para se tornar referência no setor da reparação. Além disso, investe em programas que auxiliam o profissional a gerir a oficina, com palestras sobre Gestão e Direito Preventivo. “Criar afinidade com os reparadores é uma relação de ganhaganha. Você leva uma informação e traz outra”, afirma Bastos Jr. Confira abaixo a entrevista concedida com exclusividade para o jornal Oficina Brasil em que o executivo fala sobre relacionamento com o reparador e os próximos passos da empresa no mercado. Jornal Oficina Brasil – Como foi 2010 e quais as expectativas para 2011? Alfredo Bastos Jr. – O ano de 2010 foi dentro do projetado na questão de resultados e bastante satisfatório nas ações e produtos lançados. Para 2011, acreditamos que as coisas serão ainda melhores, a frota de veículos

Fotos: Divulgação

“Afinidade com os reparadores é uma relação de ganha-ganha”

Esta é a opinião de Alfredo Bastos Jr., gerente de Marketing da MTE-THOMSON, que atua na empresa há 21 anos e implementou com enorme sucesso diversos programas de relacionamento com os profissionais do setor. Acompanhe a seguir a entrevista que Bastos Jr. concedeu com exclusividade para o jornal Oficina Brasil em que ele revela um pouco dos segredos de como montar uma rede de sucesso com o principal cliente: o reparador por Alexandre Akashi



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entrevista

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está crescendo e temos ainda a continuidade da inspeção veicular ambiental em São Paulo e o início em outras cidades, o que aumenta a demanda na manutenção preventiva e consequentemente nas oficinas. Nosso programa Fidelidade Mecânico está a todo vapor, cadastrando, premiando e fidelizando cada vez mais nossos reparadores e, logo mais teremos o maior acontecimento do ano para o nosso setor - a Automec. Tudo isso já faz de 2011 um ano de muitas conquistas e sucessos. JOB – A MTE-THOMSON é reconhecida no aftermarket pelo forte relacionamento com os reparadores. Como surgiu a ideia de investir neste profissional? ABJ – Este é um trabalho de mais de 20 anos, construído dia a dia, com muita dedicação junto ao principal elo da cadeia automotiva, os reparadores. No

início, o conhecimento sobre os nossos produtos e o do sistema de arrefecimento era muito limitado. Para se ter uma ideia, alguns reparadores achavam que a válvula termostática não tinha função no veículo. Foi um mito criado nos anos 50 com os veículos importados. A vinda da injeção eletrônica no começo dos anos 90 e a necessidade de mais informações, nos levou a tentar ajudar os mecânicos sobre o assunto e a correta utilização e aplicação de nossos produtos. Hoje continuamos este processo com a Inspeção Veicular, afinal o aprendizado não termina nunca. Em 2010, fechamos com mais de 20 mil mecânicos treinados, incluindo os do Brasil e América Latina. JOB – Quais benefícios isso traz para a empresa? ABJ – É muito gratificante criar esta afinidade com os reparadores, pois é uma relação

Em 2010 fechamos, com mais de 20 mil mecânicos treinados, incluindo Brasil e América Latina

de ganha-ganha. Você leva uma informação e traz outra. Cria-se um elo de confiança ímpar em nossos produtos e serviços e o setor como um todo melhora. Além também de criar uma história com as pessoas pela experiência vivida. Ainda lembramos da época da chavinha para descobrir o código de falhas na

injeção eletrônica e rimos muito com isso. É maravilhoso. Hoje, participar ativamente e manter um relacionamento com o setor é de extrema importância para nós, pois estamos sempre atentos para melhorar nossos produtos e serviços, atendendo a evolução e as necessidades do mercado de acordo com o que recebemos de retorno dos reparadores. É para a satisfação e oferecimento do melhor produto que buscamos estar sempre próximos e atentos a eles.

JOB – O número de programas que a MTE-THOMSON mantém atualmente é impressionante. Quais os destaques e quais as novidades para 2011? ABJ – Estamos com uma grade de treinamentos bem completa, tendo entre os nossos palestrantes, os melhores do Brasil. Os temas vão desde o Arrefecimento, Injeção, Flex, Motos até Inspeção Veicular, Seu carro Fala! (para dos donos de carros, clientes das oficinas) e os novos, como o Direito Preventivo, Administrando sua oficina e o Encontro Técnico Sensor Lambda (teórico e prático). Além da presença todo mês no RTA via satélite e o lançamento em 2011 do Canal MTE na Umec, Universidade do Mecânico pela internet. Fomos os primeiros também a montar toda a rede social para os reparadores como blogs, facebook, youtube, twitter etc. O principal destaque é o nosso Programa de Fidelidade Mecânico MTE, onde o


ALINHAMENTO DE DIREÇÃO (GEOMETRIA DE RODAS)

Quando for necessário realizar a verificação dos parâmetros de geometria de roda (alinhamento de direção), a mesma deverá ser realizada por profissionais treinados fazendo uso de equipamentos calibrados, de preferência computadorizados de 04 cabeças, seguindo os procedimentos e os parâmetros recomendados pela montadora.

ATENÇÃO O uso deste dispositivo reduz a vida útil dos componentes citados a seguir, pois empena o corpo do amortecedor, o montante de roda e danifica seriamente o rolamento de roda.

D

Caso sejam identificadas irregularidades nos parâmetros de alinhamento de direção, os mesmos deverão ser corrigidos utilizando-se os recursos previstos de regulagem e/ou substituições de peças anômalas. Alguns estabelecimentos utilizam um dispositivo denominado “desempenador automotivo” supostamente para corrigir o câmber, conforme ilustrado na figura A

A

Sob a ação do dispositivo desempenador automotivo, conforme ilustrado nas figuras. B C e D, a pista externa do rolamento de roda é danificada de forma irreversível pelas esferas e, em uso no veículo, provoca o ruído do tipo “roncado”.

B

C

Portanto, devido às consequências provocadas pelo dispositivo desempenador automotivo, seu uso não é recomendado.


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entrevista

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reparador pode adquirir cursos, manuais técnicos, software de gestão e milhares de prêmios para a oficina, para ele e para a família apenas utilizando nossos produtos, sem gastar nada mais com isso, e ainda teremos grandes novidades também em 2011. Já começamos a todo vapor com o lançamento do Mecânico Mais, onde quem é do programa Agenda do Carro pode somar os pontos com a Dayco e trocar mais rápido pelos prêmios. Isto é inédito no setor, é o “Multiplus Automotivo”, ou seja, duas indústrias juntas para o bem do reparador. Também lançaremos em breve uma nova abordagem para a nossa rede de Oficinas MTE; hoje são quase 550 oficinas. JOB – Os temas das palestras que vocês ministram vão além da apresentação do produto. Como isso é revertido em benefício para a empresa?

ABJ – Procuramos sempre suprir todas as necessi“Manutenção preventiva” dades da oficina apoiando são as palavras mágicas grupos de reparadores, para facilitar e levar informação, tanto para a saúde do pois, como qualquer emcarro como para nossa. presa, eles também tem que pagar as contas, fazer Sem dúvida este é o fluxo de caixa, cuidar dos caminho funcionários, entender da Lei do Consumidor, atrair novos clientes, etc. O retorno é diferente e gratificante - isso nos traz o benefício da confiança - pois nosso interesse é de realmente ajudar para que toda a oficina funcione bem! Uma das grandes preocupações que a ofi- iniciativa com o Centro Paula cina tem é a falta de mão de obra Souza (Escola Técnica), mas especializada. Este é um tema ainda precisamos evoluir sobre grave e que devemos discutir o assunto neste ano. já. As oficinas não crescerão por falta de carro “quebrado” e sim JOB – Vemos a MTE-THOMpela falta de bons profissionais. SON muito focada com o tema Precisamos tornar a profissão manutenção preventiva. Como atrativa e trazer o jovem para o reparador pode adotar uma ser um mecânico e, para que postura de prevenção sem isso aconteça, tomamos uma que ela seja encarada como

“empurroterapia”? ABJ – “Manutenção preventiva” são as palavras mágicas tanto para a saúde do carro como para a nossa. Precisamos de alguma forma levar glamour para a reparação do veículo. Afinal, o carro em si e seus acessórios têm tanto valor, gasta-se tanto com isso, e quando chega na hora do reparo o cliente não tem esta

percepção? Este é um trabalho “de formiga”, mas tecnicamente necessário e comprovado. É uma ação que todos ganham, pois é boa para o veículo, para o bolso do proprietário e para o meio ambiente. Na nossa ação com a Rádio Bandeirantes e o Sincopetro, por exemplo, onde já realizamos mais de 10.000 inspeções gratuitas, a reação do dono do carro é extremamente positiva e reforça que a manutenção preventiva não é “empurroterapia”. Com os internautas no programa Agenda do Carro também temos esta mesma reação. Outra iniciativa importante que patrocinamos é o Carro 100%, inédito para o setor, pois é uma campanha que visa conscientizar o dono do carro sobre a importância da manutenção preventiva e que todos devemos apoiar; a resposta do consumidor final é muito positiva. Achamos que sem dúvida este é o caminho.



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entrevista

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JOB – Mudando de assunto... no ano passado, vocês enfatizaram a linha Moto. O que vem de novidade em produtos este ano? ABJ – Sim, 2010 foi o lançamento da linha Moto, principalmente no Sensor Lambda (oxigênio) e na Unidade de Sensores que reforça nossa tecnologia, pois são 3 sensores,TPS MAP e Temperatura, na mesma unidade. Em 2011, estaremos com o foco em nosso mix de produtos que já é um dos mais completos e, talvez, teremos algumas surpresas por aí. Vamos aguardar. JOB – A MTE-THOMSON é uma empresa que atua 100% no aftermarket, correto? Existem planos para atender montadoras? Por que? ABJ – A MTE-THOMSON é fornecedora de montadora desde que foi fundada em 1957. Fornecer para montadora é vital para qualquer indústria de auto-

peças. Dependendo da época, fornece-se mais ou menos por diversos motivos, mas sempre será importante. No fim, procuramos atender a qualquer mercado com as melhores ferramentas possíveis. Na exportação, por exemplo, mais de 50 países não só recebem nossas peças como também nossos treinamentos. E assim também são com todas as montadoras que fornecemos. JOB – Um tema bastante polêmico é a questão da pirataria. Vocês sofrem com esta prática? Como inibir isso? ABJ – Sim, mas todo o setor sofre com isso, principalmente o dono que tem uma peça deste tipo em seu veículo. Agora é caso de chamar a polícia, pois é crime. O setor todo deve estar unido para combater isso. Diversas iniciativas já começaram como as Normas ABNT, a Loja Legal (contra produtos piratas) e a Certificação Inmetro.

JOB – E como responder às montadoras que insistem em chamar de piratas todas as peças que não são as fornecidas por elas mesmas, via concessionária? ABJ – Acho que todos deveríamos ficar cientes que este assunto já foi discutido e bem encaminhado, tanto que hoje temos norma ABNT, a número 15.296, que contempla as seguintes definições: Peça de produção original: Destina-se à linha de montagem do veículo. Peça de reposição original: Destina-se à substituição da peça de produção original na reposição, fabricada com o mesmo processo e características técnicas. Peça de reposição: Pode ter ou não as mesmas especificações da peça de produção original e da peça de reposição original, mas garante a intercambialidade. Peça remanufaturada: É aquela submetida ao processo

O setor todo deve estar unido para combater a pirataria, diversas iniciativas já começaram como as Normas ABNT, a Loja Legal (contra produtos piratas) e Certificação Inmetro de remanufatura pelo próprio fabricante ou por estabelecimento autorizado por ele. Peça recondicionada: É a peça submetida ao processo técnico ou industrial para ter restabelecida sua função. Peça recuperada: É a peça submetida ao processo artesanal. Agora é questão de adotarmos e divulgarmos essas definições esclarecendo melhor ao setor e ao consumidor final.



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Fórum

Fiat Brava 1.6l 16v sem marcha lenta gera dúvidas murillo Fontana Administrador do fórum Continuando nosso ranking mensal de tópicos mais comentados no fórum “Dúvidas e Soluções”, durante o mês de Janeiro, o tópico campeão foi “Brava 1.6 16v Não Para Com Marcha Lenta”. O autor informou que o motor apresentava funcionamento irregular em marcha-lenta. O usuário “Canal” informou o procedimento para sincronia do motor, e o autor confirmou que refez a sincronia do motor da maneira correta e o problema foi resolvido. O vice-campeão do mês foi “Mau Funcionamento Do Motor Do Picasso 2.0 16V”, em que

o motor apresentava funcionamento irregular, principalmente durante as acelerações. O usuário “HigorRN” informou alguns testes no sistema de ignição, porém o problema só foi resolvido com a substituição da UCE. Em terceiro lugar, “Fiesta 1.0 Motor Endura”, porque o eletroventilador não entrava em funcionamento. O usuário “Ejmmotorcenter” enviou o esquema elétrico ao autor, que confirmou que havia mau contato no conector da UCE. No tópico “Luz De Óleo do Audi A3 1.8 20V T Acesa”, o quarto colocado, o usuário “Piranha” “matou a charada”, informando sobre a possibilidade do filtro de retenção do pescador estar obstruído. O autor removeu o

Posição

Tópico

respostas

Data

usuários que mais contribuíram Canal

Brava 1.6 16v Não Para Com Marcha-Lenta

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18/01/2011

2° 3° 4°

Mau Funcionamento Do Motor Do Picasso 2.0 16V Fiesta 1.0 Motor Endura Luz De Óleo Do Audi A3 1.8T 20v Acesa

19 15 14

22/01/2011 28/01/2011 25/01/2011

Palio Adventure Baixando Óleo, Mas Não Faz Fumaça

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cárter, fez a limpeza deste filtro e o problema foi solucionado. O quinto colocado foi o tópico “Palio Adventure Baixando Óleo, Mas Não Faz Fumaça”. O autor informou que, apesar do alto consumo de óleo, não havia perda de potência nem fumaça branca saindo pelo escapamento. Os usuários “Paulo Cesar Rodriques de Souza” e “Jeronimo50” alertaram para um possível pro-

blema com óleo de especificação incorreta, mas o autor informou que havia vazamento de óleo pela junta do cabeçote. Neste mês, um dos problemas mais comuns foi sobre funcionamento irregular em marcha lenta. Quando o reparador se deparar com esta situação, em primeiro lugar é preciso verificar quando o problema surgiu, pois uma boa parte deles aparece

HigorRN Ejmmotorcenter Piranha Paulo Cesar Rodriques 24/01/2011 de Souza e Jeronimo50

após reparos na parte elétrica (ignição, principalmente) ou após a troca da polia e da correia dentada do motor. Assim, recomendo ficar muito atento ao chicote elétrico e ao sistema de ignição, e sempre confirmar se o sincronismo foi feito corretamente, antes mesmo de utilizar o scanner ou mesmo de efetuar a troca de qualquer peça. Um abraço e até o próximo mês.



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em foco

Fevereiro 2011

Divulgação

em foco

SVmA divulga novo procedimento de teste de emissões Alexandre Akashi A notícia é boa. Já está disponível para consulta no site da Controlar, empresa contratada pela Prefeitura de São Paulo para realizar a inspeção ambiental veicular, uma nova portaria da Secretaria do Verde e Meio Ambiente do município, com as regras e procedimentos para os testes de emissões, válidas para este ano. Por que a notícia é boa? Pois neste novo documento (Portaria 129-SVMA), publicado no Diário Oficial de 24 de dezembro de 2010, foram estabelecidos novos procedimentos para os ensaios de emissões, que ten-

dem a evitar os frequentes problemas ocorridos em 2010, principalmente em relação à contaminação do equipamento. A primeira mudança significativa ocorre antes da medição. A Portaria estabelece que seja feita descontaminação do óleo do cárter, com aceleração a 2.500 rpm, por 30 segundos. Depois disso, começa a medição, automaticamente, a 2.500 rpm. Se o veículo não for aprovado (tanto em CO quanto em HC), e se o HC for inferior a 2.000ppm, o inspetor deve manter o motor acelerado, por até 180 segundos, sendo que neste período o equipamento realizará medições aos 90 segundos e 165 segundos, sendo obrigatório a injeção

de ar comprimido, em sentido contrário, no intervalo de medições, para descontaminação da sonda. Outra mudança é na medição em marcha lenta, que deve se estabilizar em até 8 segundos. Caso o tempo seja superior, o teste deve ser repetido até três vezes, antes de o carro ser reprovado. A medição em marcha lenta começa após 30 segundos de o carro atingir a rotação. Se os valores de CO e HC não atenderem aos limites, o ensaio deve ser estendido por no máximo mais 30 segundos, tempo que o analisador deve monitorar constantemente os níveis de CO e HC. Se durante este período o veículo atingir os limites, está aprovado.

Ruído Os ensaios de ruído serão feitos por amostragem, a critério do inspetor. Isso significa que a escolha do carro vai depender da sensibilidade da pessoa que realiza o teste. É esperar para ver. O mais importante é que os novos procedimentos vão reduzir bastante algumas falhas do passado, como o veículo entrar

na linha de inspeção com o catalisador totalmente frio (já que antes de realizar a medição, o motor deverá ser acelerado por 30 segundos). Além disso, a extensão de mais 30 segundos para o teste em marcha lenta reduzirá as reprovações daqueles veículos que exigem alguns segundos a mais para atingir o valor mínimo de emissões.



EM FOCO

Fevereiro 2011

Divulgação

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Heliar lança bateria com garantia de 24 meses A Heliar lançou a linha Heliar Racing com tecnologia PowerFrame, a primeira bateria com garantia de 24 meses. Indicada para veículos especiais que precisam de mais energia, a nova bateria possui reserva de capacidade superior às existentes no mercado, graças as grades desenhadas por modernos softwares de modelamento, fazendo com que o produtor amplie sua garantia em mais seis meses, mantendo os atributos de maior condutividade elétrica, durabilidade e resistência à corrosão e a vibrações. Os produtos estão disponíveis em 48, 65 e 75 ampéres e atende as principais aplicações da frota de veículos leves do mercado

brasileiro. A bateria também possui tecnologia verde, já que na sua produção, o consumo de energia foi reduzido em torno de 20% em relação a processos convencionais. O produto também recebeu selo PowerFrame, que possibilita ao consumidor identificar a aquisição de um produto com garantia e qualidade. A bateria também possui cobertura de serviço Socorro 24 Horas Grátis, em todo Brasil e no Mercosul. Heliar Free Série Especial com 18 meses Além da nova Heliar Racing, a Johnson Controls também produz a linha Heliar Free Série Especial – primeira

A Vogel comemora neste ano 30 anos de atuação no mercado de reposição com produtos para sistema de alimentação de motores de veículos. Um dos marcos mais significativos da marca em 2011 foi o lançamento de uma linha exclusiva de sensores de nível de combustíveis blindados, recomendados para veículos Flex. A empresa já promete aumentar ainda neste ano a sua linha de injeção eletrônica com produtos de alta tecnologia.

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Vogel tem nova linha de sensores para carros Flex

do Brasil a contar com a tecnologia PowerFrame – e que, devido à tecnologia inédita, teve a sua garantia ampliada de 12 para 18 meses (12 + 6), seis a mais que as outras baterias de mesma categoria disponíveis no mercado.

No rótulo, indicação 18+ 6 diferencia o produto



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em foco

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Pósitron divulga vencedores Com o objetivo de valorizar e incentivar a capacitação dos profissionais de instalação, a Pósitron promoveu o primeiro campeonato da categoria, o Superinstalador Pósitron. A equipe vencedora da competição realizou a instalação de um módulo de vidro SW 430 PS e um alarme Cyber PX 292 em 43 minutos. A segunda colocada finalizou a prova em 1 hora e 2 minutos; a terceira, em 1 hora e 3 minutos; e o quarto lugar, em 1 hora e 9 minutos. A inédita prova ocorreu no Dia do Instalador (14 de dezembro), data criada pela Pósitron para homenagear os profissionais do segmento. O evento foi realizado no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.

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Associados do SindirepaSP escolhem os melhores da reparação Alexandre Akashi Até o dia 15 de março, todas as empresas reparadoras associadas ao Sindirepa-SP podem participar do 2º Prêmio do Sindirepa-SP, votando nos melhores parceiros do setor em cada segmento. Para tanto, o Sindirepa-SP está enviando por correio carta-convite com o link de internet que deve ser acessado pelos reparadores. Os votos serão apurados pela CINAU – Central de Inteligência Automotiva, que enviará para o sindicato o resultado da pesquisa.

Novas categorias A segunda edição do Prêmio Sindirepa-SP está mais abrangente e com novas categorias. Neste ano, serão premiados os melhores em 11 categorias: Freio (Sistemas e Componentes), Suspensão (Sistemas e Componentes), Climatização (Sistemas e Componentes), Baterias, Pneus, Rolamentos, Filtros, Correias, Equipamentos de Diagnóstico de Motores, Indústria de Tintas e Complementos e Companhia de Seguros. A participação é livre e espontânea, sem custos para os reparadores.


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em foco

Fevereiro 2011

Delphi forma 20 alunos do Projeto formare em minas Gerais

São Paulo pode ter plano de reciclagem de veículos

A Delphi formará mais 20 alunos no Projeto Formare na fábrica de Itabirito, em Minas Gerais. Os formandos irão receber o certificado de conclusão do curso de Operador de Logística e Montagem de Produtos – OLMP. Esta é a quarta turma a se formar na unidade de Itabirito, que no total já capacitou cerca de 80 jovens

A criação de um sistema ecologicamente correto para descarte de veículos sem condições de uso é pauta de um projeto de lei enviado à Câmara Municipal de São Paulo, enviado pelo vereador Goulart. A ideia do projeto de lei é desenvolver planos de execução e desenvolvimento de tecnologias de reciclagens, recuperação e reutilização de materiais de veículos com motor elétrico ou de combustão interna com 15 anos ou mais de fabricação e que estejam sem condições de uso.

para o mercado de trabalho por meio do Projeto Formare. Em dezembro, a empresa formou também 20 alunos na unidade de Paraisópolis, também em Minas Gerais, no curso de OLMPE – Operador de Logística e Montagem de Produtos Eletromecânicos. Além de Itabirito e Paraisópolis, o Projeto Formare hoje também

está presente nas unidades de Piracicaba, Cotia, Jaguariúna, Jambeiro e Espírito Santo do Pinhal, tornando a Delphi a empresa com o maior número de escolas do projeto no Brasil. Desde 2001, mais de 700 alunos já foram capacitados nos cursos profissionalizantes e em 2011, a Delphi prevê formar mais 140 estudantes.

A ZF Sachs lançou o programa “Parceria Premium SACHS”, destinado aos donos de oficinas que adquirem kits de embreagem para linha leve da marca. Para participar é necessário que o cliente realize o cadastro no hotsite do programa (www.parceriasachs.com.br) e, em seguida, insira o código RG e a Referência Comercial presentes na etiqueta da embalagem SACHS. Os clientes receberão pontos para cada produto adquirido, que poderão ser trocados por prêmios exclusivos do catálogo da marca, como equipamentos

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ZF Sachs lança programa de fidelidade

O projeto prevê também a criação e gerenciamento de Unidades Receptoras ou Centros de Recepção Integrados responsáveis pela coleta, reciclagem e destinação final dos materiais. A proposta visa ainda incentivar com descontos de no mínimo de 2% no IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana ) os proprietários dos veículos, e de 5% de isenção do ISSQN (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza) para outros segmentos econômicos.

Johnson controls ganha prêmio do Sesi

e ferramentas profissionais, além de notebooks, telefones

celulares e outros aparelhos eletroeletrônicos.

A Johnson Controls foi a vencedora do Prêmio Sesi de Qualidade no Trabalho, etapa estadual, na categoria Educação e Desenvolvimento, com o programa Aprendendo a Voar. Desenvolvido pela empresa desde 2009, o programa tem o objetivo de incentivar os colaboradores a buscarem e compartilharem conhecimentos para aperfeiçoar e desempenhar melhor suas funções, consoli-

dando a carreira profissional. Além disso, a empresa levou o terceiro lugar na categoria Inovação, com o programa que recebeu o mesmo nome e tem o intuito de desenvolver cultura de melhoria contínua, por intermédio da contribuição dos colaboradores com ideias criativas, para manter a competitividade da empresa no mercado como fornecedora efetiva de bens e serviços.





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Certificação de rodas deve ser feita até novembro O prazo para as empresas fabricantes e importadoras de rodas automotivas para se adaptarem à portaria do Inmetro que regulamenta a certificação dos itens termina em novembro deste ano. A certificação dos itens é feita pelo IQA (Instituto da Qualidade

Automotiva), que é creditado pelo Inmetro. A certificação de conformidade de um produto passa pelo controle de documentos e de registros, planejamento do produto, processo de aquisição, verificação de itens adquiridos, controle de produção,

validação de processos de produção, preservação do produto, controle de equipamentos de monitoramento e medição, medição e monitoramento de produto, ações corretivas e preventivas e até satisfação do cliente. Tudo isso é verificado pelos auditores do IQA.

O ano de 2010 pode ser considerado um ótimo ano para a Nytron. A empresa participu de mais de 12 eventos do setor, inclusive a Automechanika Argentina e a IV Convenção Comercial Nytron, promoveu mais de 400 campanhas de vendas no Brasil, mais de 2 mil oficinas e mil autopeças visitadas. Ao todo, foram mais de 7 mil clientes atendidos. A empresa também comemorou a técnica do banho de zinco branco nos produtos, que aumenta a vida útil do tensor e não agride o meio ambiente. Outra grande novidade também foi o crescimento das vendas de 2010 em mais de 15%. “Se cada empresa fizer a sua parte, certamente deixaremos o planeta um lugar mais próspero para nossos filhos”, diz o diretor presidente do grupo Nytron, Luiz Rodrigues. Já em 2011, o ano começou com o Prêmio Exporta São Paulo. A Solano (empresa do grupo Nytron) conquistou mais este título; certamente é um incentivo para que este trabalho de exportação seja realizado com excelência.

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Nytron comemora o bom ano de 2010

Retífica aumenta em até quatro vezes a vida útil do veículo Todo mundo que tem carro pode prolongar a vida útil do veículo em até quatro vezes ao optar pela retífica do motor, segundo o Conarem – Conselho Nacional de Retíficas de Motores. O órgão informa que o motor de um veículo da linha leve tem durabilidade média de 300.000 quilômetros desde que seja feita a manutenção periódica o serviço a ser realizado será apenas recompor as condições de operacionalidade e a troca de algumas

peças obrigatórias em razão do desgaste. Além de prolongar a vida útil do veículo, a retífica do motor tem um custo bem inferior ao da troca por um motor remanufaturado. Segundo o presidente do Conarem, José Arnaldo Laguna, o serviço para a realização da retífica fica 20% do valor do motor novo e mais econômico que a troca por um produto remanufaturado pelo fabricante na rede concessionária de marcas.

Honeywell exporta 300 mil turbos em cinco anos

Luiz Rodrigues, presidente da Nytron

A Honeywell Turbo Technologies atingiu a marca de 300 mil sistemas de turboalimentação de motores Garrett vendidos para o mercado externo nos últimos cinco anos. A quantia corresponde ao valor de US$ 95 milhões. A empresa trabalha com o objetivo de crescer em torno de 10% em 2011, mesmo com o comportamento incerto da taxa de câmbio e da crescente valorização do real.



em foco

Fevereiro 2011

NGK alerta sobre revisão AeA dos cabos de ignição apresenta nova diretoria Divulgação

A NGK divulgou alerta sobre a importância de promover uma revisão preventiva em cabos de ignição durante as férias bem como procurar uma assistência confiável, que utilize peças de procedência Revisões periódicas podem evitar conhecida. Segundo a problemas durante viagem de férias empresa, a checagem Os sintomas mais claros dos cabos deve ser realizada a cada 60 mil quilômetros de que os cabos apresentam para carros movidos a álcool problemas são a perda de e gasolina ou a cada três potência e falha do motor anos. Para automóveis a GNV e aumento no consumo de (Gás Natural Veicular), as combustível. As peças com revisões têm de ser a cada problemas ou de procedência 30 mil quilômetros, sempre duvidosa também aumentam seguindo as recomendações as emissões de gases poluentes no ar. do Manual do Proprietário.

Com a missão de implantar um novo modelo de gestão e de tornar cada vez mais qualificados e profissionais as atividades e serviços prestados pela entidade, a Associação Brasileira de Engenharia Automotiva – AEA apresentou os sete novos integrantes do Conselho Diretor, presidido por Ricardo Simões de Abreu, e nova diretoria executiva da entidade, liderada por Franco Ciranni (presidente) e Antonio Megale (vice-presidente), que empossaram 34 diretores para cumprir o mandato do biênio 2011/2012.

Total lança lubrificante de alto desempenho A Total Lubrificantes lançou no mercado o óleo lubrificante Quartz 5000 SM 15W40, multiviscoso, de alto desempenho para motores a gasolina e álcool de automóveis e pick-ups. O produto atende as especificações internacionais, do API (Instituto de Petróleo Americano) SM. De base sintética, o produto tem amplitude de viscosidade, que garante bom desempenho em todas as condições de uso. Também possui aditivação detergente e dispersante, preservando a limpeza das partes internas do motor.

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O novo óleo tem classificação API SM



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Fevereiro 2011

ford faz recall de fiesta e ecosport A Ford Brasil convoca os proprietários de EcoSport e Fiesta RoCam para recall em virtude de problemas ligados à segurança dos veículos em relação ao mecanismo das travas das portas traseiras. O Fiesta RoCam apresenta possibilidade de defeito nas travas que permitem às crianças abrir as portas traseiras por

dentro, mesmo com a trava de segurança acionada. Devem comparecer os proprietários do modelo nas versões Hatch e Sedan, fabricados em 2008 e 2009, com número de chassi entre 107522 até 423122. Já o Ecosport fabricados entre 2007 a 2009, com chassi 500004 até 999999 e, também os produzidos em 2011, de 575295 até

598749, apresentam problema no manual de instruções desses, que podem necessitar de correções, especificamente sobre o uso das travas de segurança das portas traseiras. Ao todo, estão sendo convocados 300.860 unidades dos modelos citados. O agendamento deve ser feito pelo telefone 0800-7033673.

Pósitron lança módulo para veículos com vidros elétricos simples A Pósitron lançou para o mercado de reposição um novo módulo de vidro. O SW286 Plus tem tamanho reduzido e é ideal para subida de vidros em automóveis e caminhone-

tes. Foi desenvolvido especialmente para carros equipados com vidros elétricos simples, com descanso em negativo. A configuração possui kits de vidros que apresentam sinal

elétrico negativo aos respectivos motores quando parados. O módulo será comercializado no Brasil e na América Latina, com preço sugerido de R$ 88,40 com instalação.

TMD Friction quer dobrar números em 2011 A TMD Friction pretende dobrar o número de pastilhas de automóveis fabricadas pela empresa. Para isso, a empresa contará com a recém-construída linha de produção da f á b r i c a , q u e A meta é fabricar 10 milhões de pastilhas por ano já alcançou a ocupação 80% da capacidade. Com isso, a empresa chegará a 25 milhões empresa pretende dobrar a de peças/ano. E a 40 milhões, capacidade da linha até 2012 se considerarmos os demais e chegar a fabricar 10 milhões produtos, tais como: lonas de de pastilhas de freio por ano. automóveis, lonas para camiConsiderando as demais linhas nhões e ônibus e pastilhas para produtivas, a capacidade da caminhões”.

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em foco

Fevereiro 2011

O Grupo Comolatti conquistou a primeira colocação no ranking do prêmio Melhores dos Maiores no Comércio, da Associação Comercial de São Paulo. A premiação destacou as principais empresas do comércio, teve 11 categorias e avaliou o balanço de 1.054 companhias de todo o País e a Distribui-

dora Automotiva (Grupo Comolatti), com as marcas Sama

e Laguna. Os critérios de avaliação envolveram a análise de balanços de 1.054 empresas de todo o País e teve 11 categorias separadas por atividades econômicas, seguindo os preceitos adotados pelo Balanço Anual, publicado pela extinta editora do jornal Gazeta Mercantil.

Dana fornece tecnologia para 7 dos 10 melhores motores de 2011 Segundo a 17ª edição do Wards 10 Best Engines, promovido anulamente pela revista Wards Auto, dos Estados Unidos, a Dana fornece tecnologias de powertrain para 7 dos 10 melhores motores da indústria automobilística de 2011. A eleição ocorreu em janeiro, durante o North American International Auto Show, em Detroit, e reconheceu os fabricantes que apresentaram modificações consideráveis ou nova versão de motores para 2011. As tecnologias Dana foram

Wahler tem novas válvulas termostáticas

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Grupo Comolatti é a primeira em ranking

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fornecidas para veículos movidos a gasolina, diesel e, pela primeira vez, elétricos. No total, foram avaliados 38 veículos selecionados pelos editores da Penton Media Inc.’s Ward’s Automotive Group. Os motores equipados com componentes Dana incluíram; Audi S4 3,0 l TFSI Supercharger DOHC V-6 – juntas de cabeçote; BMW 335i 3,0 l N55 Turbocharged DOHC I-6 - juntas de cabeçote; Dodge Avenger 3,6 l Pentastar DOHC V-6 - juntas de escapamento e resfriador do combustível; Ford Mustang GT 5,0 l DOHC

V-8 - junta do cárter, tampa do comando de válvulas, juntas do escapamento, radiador de óleo do motor, junta do coletor de escapamento, e vedação para o sistema de válvulas; Chevrolet Volt 1,4 l DOHC I-4/111kW – resfriador de bateria e válvula térmica de duas passagens; Volkswagen Jetta TDI 2,0 l DOHC I-4 - juntas de cabeçote, do coletor de escapamento e de recirculação dos gases de escapamento; Volvo S60 3,0 l Turbocharged DOHC I-6 - resfriador de combustível e protetor térmico.

A Wahler lançou nova linha de válvulas termostáticas para o mercado de reposição. Para a linha pesada, estão disponíveis produtos para atender motores BR 600 da Mercedes-Benz e dos modelos X10 e X12 da MWM. Estão disponíveis ainda válvulas para a linha de veículos da Fiat que utilizam o novo

motor E.torQ 1.6l e 1.8l, como Doblò, Idea, Palio, e Punto, assim como do Fiat 500, importado da Europa. Além desses lançamentos, a Wahler tem novidades para os modelos de veículos da GM, como Blazer e Astra, e veículos da Ford, completando a sua linha da família dos motores Zetec.

Draft tem aditivo para gasolina A Draft lançou um aditivo para gasolina formulado para remover e prevenir a formação de depósitos no sistema de combustível. O produto promete limpar e manter limpos os bicos injetores, válvulas, velas, anéis

e cabeçotes, proporcionando melhor dirigibilidade, economia e partidas mais rápidas.O frasco contém 200 ml e é adicionado diretamente ao tanque de combustível que irá tratar de 10 a 50 litros de gasolina.



em foco

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Grupo Schaeffler recebe certificado da Honda Automóveis A marca Luk, que pertence ao Grupo Schaeffler, ganhou da Honda do Brasil, o certificado de atendimento das metas de qualidade e logística em 2010. A premiação ocorreu em São Paulo, durante o 13º Encontro de Fornecedores da montadora. A escolha da Schaeffler deu-se pela análise de itens tais como PPM, Qualidade e Garantia. Segundo a empresa a conquista desta certificação confirma o compromisso assumido com a Honda de fornecer produtos sem defeitos e com pontualidade absoluta, por meio de uma estrutura

sólida e voltada para superar as expectativas de todos os clientes. Atualmente, a Honda utiliza o conjunto de embreagem e volante do motor para os veículos Fit 1.4l e 1.5l e City 1.5l da marca Luk. Além disso, todos os modelos do Civic contam com o autotensionador hidráulico, disponibilizado pelo Grupo Schaeffler com a marca INA.

Delphi lança opacímetro no mercado de reposição A Delphi Soluções em Produtos e Serviços lança para o mercado de reposição o Opacímetro Delphi, um equipamento completo que mede os gases poluentes emitidos por motores a diesel. Segundo a fabricante, o equipamento possui tecnologia europeia, e atende à resolução 418 do Conama, sendo homologado pelo Inmetro. O kit completo do Opacímetro Delphi (código 9001/IT) apresenta pinça de amostragem de gás de escape + tubo, sensor piezo para leitura de rotação, sonda de amostragem Ø 10 mm (para motores até 2500 cc), onda de amostragem Ø 27 mm (para motores superiores a 2500 cc), sonda de temperatura, cabo de ligação do sensor piezo, filtro de referência para verificação (aproximadamente K=1,7 m-1), cabo de alimentação, cabo de extensão para sonda de temperatura, 1 bobina de papel para impressora, terminal portátil e suporte móvel.

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Veículos com catalisador irregular pioram a qualidade do ar Dados da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente de São Paulo revelaram que entre fevereiro e novembro de 2010, 75% dos veículos reprovados na Inspeção Veicular o foram em função das emissões de hidrocarbonetos (HC) e monóxido de carbono (CO) acima do permitido. Além disso, 5% dos carros verificados apresentaram problemas no catalisador. Para reduzir essa taxa, uma

boa iniciativa é a fazer a préinspeção do carro, verificando o catalisador de ar, um item importante na emissão de gases. A manutenção preventiva pode detectar problemas como rachaduras, amassados, vazamentos e furos nos componentes do sistema de exaustão, o que pode comprometer o funcionamento do item. Não se pode esquecer também de verificar outros sistemas de emissão de

Affevas alerta para uso de produtos certificados A Affevas (Associação dos Fabricantes de Equipamentos para Controle de Emissões Veiculares da América do Sul) divulgou alerta sobre a importância da certificação do Inmetro. Atualmente, os catalisadores só podem ser fabricados ou importados em conformidade

com o órgão regulador. A medida é importante para garantir a qualidade, aplicabilidade e durabilidade compatíveis com o controle ambiental, além de propiciar confiança do consumidor, combatendo também o comércio de peças ilegais e de baixa qualidade.

gases, como ignição, sistemas de arrefecimento e alimentação. Em caso de necessidade de troca, o consumidor deve exigir o certificado de garantia, a nota fiscal e a embalagem padronizada do produto, garantindo a originalidade do catalisador e o perfeito funcionamento do motor.

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Sete dos dez melhores motores americados eleitos pela revista americana Ward´s Auto possuem tecnologia BorgWarner.Todos os motores vencedores utilizam produtos de ponta como turbocompressores, sistemas de distribuição de tempos das válvulas, distribuição variável de tempo das válvulas, velas de ignição, entre outros. Os eleitos foram os motores VW 2.0, 4 cilindros turbodiesel DOHC do Jetta TDI; GM 1.4/111 kw, DOHC, 4 cilindros, do Chevrolet Volt; Ford 5.0 V8 DOHC do Mustang GT; Chrysler V6 3,6 DOHC do Dodge Avenger e Jeep Grand Cherokee; Volvo 3.0 DOHC, 6

A Dayco irá inaugurar no próximo dia 9 a nova planta da empresa no bairro da Mooca, São Paulo. A nova fábrica de tensionadores e polias de correias automotivas terá sua produção totalmente destinada ao aftermarket. Trata-se da primeira planta do grupo com esta específica finalidade. São 7.629 m² de área construída que, além de toda a sua operação de produção para o aftermarket, centralizará

escritórios, departamento de logística e depósito central, que se encontrava em Cotia. Nesta planta foram investidos U$ 5 milhões.

Motor com tecnologia do MINI Cooper S foi um dos eleitos

cilindros em linha, do S60; 6) BMW 3.0 DOHC, 6 cilindros em linha turboalimentado

do 335i; e BMW 1.6 DOHC, 4 cilindros turboalimentado do MINI Cooper S.

Denúncias ajudam no combate a fraudes nas inspeções veiculares A prática de fraudar a inspeção ambiental é condenável e ilegal e deve ser combatida pelas autoridades competentes. Por isso, o Sindirepa-SP divulgou um alerta pra que o consumidor não se deixe seduzir por esse tipo de ação, que é considerada

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Dayco inaugura nova fábrica em São Paulo Divulgação

Sete melhores motores eleitos por revista tem tecnologia BorgWarner

crime ambiental e coloca em risco a vida dos motoristas e passageiros. Segundo o alerta, a principal maneira de combater esse tipo de abuso é a denúncia às autoridades, que pode ser feita via Sindirepa, pelo atendimento ao consumidor

(11) 5594-1010 ou pelo email sindirepa@sindirepa-sp.org. br. A instituição também oferece acesso a rede de oficinas especializadas em serviços relacionados às emissões de gases poluentes, que fica disponível no site www. sindirepa-sp.org.br.

Baterias moura expande negócios no Uruguai Com a expectativa de ser líder de baterias no Mercosul, a Moura acaba de inaugurar a primeira unidade de distribuição de negócios no Uruguai. A nova Moura Del Uruguay irá fornecer diretamente montadoras internacionais que já atuam no país, como as asiáticas Kia, Chery e EFFA, com várias linhas de produtos que seguem o padrão de qualidade Moura. Segundo a empresa, a

maioria dos carros produzidos no Uruguai já saem de fábrica com baterias da marca, além de a empresa ser a única fabricante que oferece assistência técnica em todo território do Mercosul. A Moura espera abrir novos mercados e estreitar o relacionamento com o cliente uruguaio. O país está crescendo aproximadamente 8% ao ano e se tornou ponto importante para o setor automotivo no Mercosul.


técnica

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Recall: os consumidores atendem aos chamados dos fornecedores? Fernando abagge Benghi advogado e sócio da advocacia correa de castro

Em 2010, o Código de Defesa do Consumidor completou 20 anos. Desde a sua criação a sociedade vem criando métodos de fazer valer os direitos dos consumidores. Inúmeras são as instituições públicas e privadas especializadas na defesa do consumidor (Procon, Próteste, etc.), consumidor este que, atualmente, encontra proteção em promotorias e varas cíveis especializadas no tema. O resultado deste empenho de décadas foi a nítida diferenciação no tratamento dos consumidores por seus fornecedores, os quais se demonstram um tanto quanto mais preocupados em atender e respeitar as regras da legislação consumerista. Um dos bons exemplos desta mudança de mentalidade são os recalls registrados no decorrer do ano passado. Segundo dados do Ministério das Cidades, até a primeira quinzena de outubro de 2010, foram registrados 34 recalls em veículos que trafegam nas ruas brasileiras, além de outros diversos chamamentos em produtos diversos (motocicletas, equipamentos eletrônicos, brinquedos etc.). O problema que se põe é que os consumidores acabam por não atender aos chamamentos de recall lançados pelos fornecedores. Importante lembrar que os recalls, os quais podem ser feitos gratuitamente e sem prazo pré-determinado, só ocorrem em casos de exposição do consumidor a risco de segurança, motivo da atenção destacada ao assunto. De acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Justiça (14/10/2010 -

fonte: Agência Estado), entre 30% e 40% dos proprietários de veículos convocados pelas montadoras não atendem ao chamado, correndo o risco de permanecer fazendo uso de produto eivado em risco de segurança e, ainda, ter o seu direito, ou parte de seu direito, de reclamar esgotado por força dessa inércia. Além da exposição ao risco de segurança, o não atendimento às convocações também se demonstra afrontoso ao esforço da sociedade em fazer valer as regras da legislação consumerista.

Para tentar contornar esta situação, ao menos em relação aos veículos automotores, a Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça e o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), do Ministério das Cidades, assinaram um convênio para troca de informações (portaria publicada na última sexta-feira, dia 17/12/2010), o qual estabelece que os chamamentos a recall passarão a constar no Renavam do veículo, com informação sobre o atendimento ou não das convocações pelos consumidores.

De acordo com a mencionada portaria, as montadoras deverão prestar informações sobre as campanhas, bem como relatórios sobre os atendimentos. Caso o consumidor não atenda ao chamado após um ano, tal fato será gravado no Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo. A intenção é que os consumidores respeitem aos chamados e que os produtos distribuídos no mercado se tornem cada vez mais seguros e adequados às normas de segurança nacionais.


Parte 1 - Anatomia de um Scooter Paulo José de Sousa Consultor Técnico pjsou@uol.com.br

Nesta matéria, vamos abordar alguns pontos do sistema de injeção eletrônica PGM FI do Scooter Honda Lead 110 e iniciamos o trabalho analisando o funcionamento da unidade de sensores. O Scooter Lead 110 foi lançado no Brasil no meio do ano de 2009, e segundo o fabricante, já atingiu a marca histórica de um milhão de unidades comercializadas no mundo. Aqui no Brasil já vendeu 19 mil unidades. É fundamental para o reparador ter intimidade com a tecnologia, pois, em breve o Scooter vai chegar na sua oficina. Para o modelo, 2011 as diferenças estão limitadas apenas a alguns retoques na parte estética. Num rápido comentário, o sistema PGM FI que equipa o modelo mantém-se fiel aos seus princípios e tecnicamente conserva a simplicidade do sistema de injeção eletrônica com os mesmos códigos de falhas e procedimentos de manutenção de outros modelos básicos da marca. A ficha técnica do modelo analisado informa que o motor possui 108cm3, OHC (Over Head Camshaft), monocilíndrico, quatro tempos, com duas válvulas.

como sensor híbrido. A peça nada mais é que um jogo de sensores em um corpo único. Todos os sinais fornecidos pelos sensores da unidade, assim como os demais dados vindos do sistema de injeção eletrônica, tornam a Lead muito mais eficiente. O ECM (módulo de controle do motor) combina de forma precisa todos os dados recebidos e calcula o volume exato de combustível necessário para qualquer solicitação do motor e o tempo ideal da ignição. Detalhe da lâmpada de indicação de mau funcionamento no painel

O arrefecimento líquido é novidade para os scooters atuais e a potência máxima chega aos 9,2 cv a 7.500 rpm e o torque de 0,97 kgf.m a 6.000 rpm. Desmontar o Lead é um exercício de paciência; são muitos parafusos e uma certa dose de cautela para desencaixar as carenagens e os acabamentos. Devemos ter a preocupação de não danificar as peças e também no final do serviço, saber a localização correta de cada componente, caso contrário, com as sobras podemos fazer um robozinho. Em contrapartida a quantidade de parafusos nas carenagens

colabora para reduzir a vibração das peças e por consequência para prolongar a vida útil das carenagens e etc. Localização do sensor A unidade de sensores está instalada no corpo de borboleta de aceleração. Para chegar até ela o acesso é simples: Basta remover o assento e o compartimento abaixo. Para abrir o banco, basta pressionar a chave de ignição. A unidade de sensores está presente na maioria das motocicletas e scooters de baixa cilindrada equipadas com injeção eletrônica. Também é conhecida

A unidade é composta de três sensores: Sensor de posição do acelerador, conhecido como TPS (Throtthe Position System). Sensor de temperatura do ar da admissão – “IAT” Sensor da pressão do ar da admissão), que mede a pressão absoluta no coletor de admissão também conhecido como “MAP”. A tecnologia adotada assegurou um excelente resultado no funcionamento do motor, assim como um incremento na potência e no torque em todas as rotações, ponto positivo para o sistema de injeção eletrônica PGM-FI e também para os outros sistemas que utilizam o sensor



Scanner de diagnóstico

multifunção. Por questões de espaços reduzidos, este sistema é um dos mais adequados para motocicletas e scooter e, por este motivo, a adoção de um medidor de massa ou de fluxo de ar foi descartada. A otimização do espaço e a boa localização dos componentes permitiram a utilização de coletores de admissão com o desenho adequado ao desenvolvimento de maiores torques e potências mais elevadas, conferindo ao motor um funcionamento uniforme e respostas rápidas na aceleração. Classificação da injeção O sistema que calcula o volume de ar da admissão através da relação do ângulo de abertura da borboleta e pressão do ar no coletor de admissão em função da rotação do motor é conhecido como “speed density”, traduzido como densidade da velocidade. O volume de ar não é proporcional à pressão no coletor e pode variar sua viscosidade e densidade, conforme a temperatura e pressão, e, por este motivo, é necessário que haja um conjunto de sensores traba-

Remoção do assento e compartimento

lhando simultaneamente para que o ECM possa calcular o seu volume e ajustar a mistura ar/ combustível, buscando sempre o padrão estequiométrico. Duração da injeção A maioria das motos utiliza a combinação dos sinais dos sensores de pressão na admissão e posição da borboleta de aceleração com rotação do motor para determinar a duração da injeção. Na baixa rotação do motor, a duração da injeção é o resultado da combinação da pressão no coletor de admissão com a rotação do motor. Variando a pressão ou a rotação do motor, a duração de injeção muda. O ECM recebe os parâmetros de pressão do ar da admissão com suas respectivas variações. A central utiliza as informações obtidas no sensor de pressão e determina a melhor estratégia de funcionamento para cada solicitação. No ECM, existem programas pré-definidos para o caso da falta do sinal de pressão do motor para assegurar o funcionamento do Scooter. Média e alta rotação O ECM monitora a posição da

borboleta e também acompanha as mudanças bruscas de aceleração. Caso haja alguma pane no sensor de posição da borboleta (TPS), a central eletrônica utiliza programas pré-definidos combinados com as informações obtidas no sensor de pressão no coletor, para assegurar o funcionamento do motor. Porém ele pode apresentar falhas em alta rotação e também em acelerações rápidas. Na alta rotação a duração da injeção é o resultado da combinação da posição da borboleta de aceleração (TPS) com a rotação do motor variando a posição do acelerador ou a rotação do motor, a duração da injeção muda. Também colabora para a formação da mistura o valor de temperatura do ar da admissão. Para o caso de alguma pane em um dos sensores, ou em todos ao mesmo tempo, o ECM irá efetuar o diagnóstico e indicar a falha por meio da luz de anomalia. Cuidados na lavagem Os cuidados são os mesmos de uma motocicleta. Mesmo o Scooter, que tem seus compo-

nentes elétricos protegidos pelas carenagens, a recomendação é válida. Durante a lavagem, evite direcionar o jato d´água entre o para-lamas dianteiro e traseiro e as carenagens para não deixar cair água nas conexões dos fios e dos demais sensores, pois o Scooter pode falhar enquanto houver água no sistema. Evite ainda jato d’água de alta pressão, pois caso algum sensor seja atingido pela água, pode ocorrer uma confusão de códigos de anomalias na luz de alerta da injeção que irão apontar os códigos de falhas falsos). Neste caso, remova o sensor e passe um jato de ar de baixa pressão até que o componente esteja totalmente seco. Proteja todos os componentes elétricos com um plástico. Para efeito de testes, os manuais de serviços informam os valores de resistência dos componentes, tensão de entrada e saída da central eletrônica etc. Sempre que a luz de alerta indicar uma pane em um componente, é importante efetuar uma avaliação da peça e também checar a fiação, assim como os fusíveis. Um multímetro digital

completo de boa qualidade é muito útil para a execução do trabalho. Caso um dos sensores do conjunto tenha uma pane esteja, é necessário que o sensor hibrido seja substituído. Autodiagnose Cada defeito é representado por um código, existe um padrão de piscadas da luz que indica o mau funcionamento (MIL) no sistema de injeção. Os defeitos são armazenados no ECM e podem ser acessados com o auxílio de um jumper no conector de diagnósticos (DLC) que fica atrás da carenagem frontal, próxima a bateria, ou com o auxilio do scanner. Existem dois padrões de piscadas: uma longa e outra curta. A piscada longa equivale a”10” e a piscada curta equivale a”1”. Os códigos exibidos podem corresponder tanto para os defeitos presentes ou para os defeitos passados.Para acessar os defeitos passados é necessário seguir um procedimento. Quanto ao defeito presente, o mesmo aparece espontaneamente ao ligar o Scooter.


DUAS RODAS

Fevereiro 2011

43

DICAS DE MANUTENÇÃO

Os armazenamentos de mais de um código exibição será em ordem crescente. Verificação da Luz de anomalia e indicação de defeito atual Na condição normal, ao ligarmos a chave de ignição da motocicleta, a luz indicadora de defeitos da injeção eletrônica permanece acesa por alguns instantes e, em seguida, será desligada. Se a luz não acender, inspecione o seu circuito. Para verificar se há código de defeito, ligue o motor e deixe funcionar por alguns instantes. A luz indicadora de mau funcionamento deverá a piscar e repetir o ciclo inúmeras vezes.

Apagando o defeito memorizado Remova a carenagem frontal e localize o conector de diagnóstico próximo à bateria. Com a chave de ignição desligada faça um jumper no conector. Ligue o contato da ignição. Remova o jumper. A luz indicadora de mau funcionamento acenderá por 5 segundos. Este momento conecte o jumper. (ponte com um pedaço de fio). Os defeitos memorizados serão apagados se a luz acender e começar a piscar. Conecte o jumper novamente enquanto a luz estiver acesa. Os defeitos memorizado não poderão ser apagados se a chave de ignição for desligada antes da lâmpada começar a piscar.

necessariamente haver algum defeito nos componentes do sistema. A luz que indica mau funcionamento poderá indicar a pane citada. Para a maioria dos fabricantes, o diagnóstico dos sensores também podem ser efetuado medindo-se as tensões de entrada e saída de cada componente, assim como as medições de resistência. Os respectivos valores variam de modelo para modelo e estão disponibilizados nos manuais de serviços. No caso do Scooter e também para as demais motos da Honda, é necessário utilizar uma caixa de pinos, instalada em série entre o sensor e a ECM para que seja efetuado, com o auxílio de um multímetro as

O sistema de injeção eletrônica é inteligente e possui compensações, autoajustes e diagnósticos, para que a motocicleta funcione da melhor forma possível. A tensão da bateria deve estar acima dos 12,3 v para que o bom resultado dos diagnósticos seja assegurado. Alguns cuidados são necessários durante a remoção do sensor híbrido: substitua as vedações para que não ocorram entradas de ar ou água no motor que alterem a mistura ou o funcionamento do motor.Falha intermitente, é importante efetuar a verificação das conexões e também dos pinos do ECM, uma falha pode surgir sem

medições de tensão e resistência de cada componente. Porém a caixa de pinos só esta disponibilizada para a rede de concessionários. Nos nossos testes, utilizamos o scanner da Chiptronic e levantamos os valores de tensão e ângulo do TPS necessários para diagnosticar os componentes. Uma informação importante é que a MTE-THOMSON já desenvolveu a unidade de sensores para a Honda Titan Mix e em breve estará disponibilizando no mercado os demais modelo e marcas de motocicletas. O Scooter utilizado foi cedido pela escola de mecânica de motos “Mestre das Motos”. www.mestredasmotos.com.br.

TABELA DE CÓDIGOS DE DEFEITOS - PISCADAS CÓDIGOS DE PISCADAS

FALHA

1

FALHA NO CIRCUITO OU NO SENSOR DE PRESSÃO -MAP

8

FALHA NO TPS OU NO CIRCUITO DO SENSOR

9

FALHA NO CIRCUITO DO SENSOR OU NO SENSOR DE TEMPERATURA DO AR DA ADMISSÃO- IAT

CAUSA PROVÁVEL MAU CONTATO NO CONECTOR,CIRCUITO ABERTO OU CURTO- CIRCUITO, MAP DEFEITUOSO, FALHA NO ECM MAU CONTATO NO CONECTOR,CIRCUITO ABERTO OU CURTO- CIRCUITO, TPS -DEFEITUOSO, FALHA NO ECM MAU CONTATO NO CONECTOR,CIRCUITO ABERTO OU CURTO- CIRCUITO, IAT -DEFEITUOSO, FALHA NO ECM

SINTOMA O MOTOR FUNCIONA NORMALMENTE DIFICULDADE NA ACELERAÇÃO O MOTOR FUNCIONA NORMALMENTE


www.oficinabrasil.com.br/agendadocarro

Profissionais Agenda do Carro têm programa de fidelidade exclusivo Com o Mecânico Mais, os pontos adquiridos em compras serão acumulados em um único lugar

NOVAS OFICINAS AGENDA DO CARRO NOME FANTASIA

CIDADE

ESTADO

Z1 Troca de Óleo

São Paulo

SP

The Specialist 4X4 Service

São Paulo

SP

JCF Centro Automotivo

Juncal

SP

Junior Serviços Automotivos

Mauá

SP

Holambra

SP

Santos

SP

GF Centro Automotivo Auto Mecânica São Jorge J A Automotive

Bragança Paulista

SP

P & F Motor Sport

Rio de Janeiro

RJ

Centro Automotivo Car Mais

Rio de Janeiro

RJ

Neumann Haas Auto Mecânica Ltda

Contagem

MG

Pneuroda Serviços

Divinópolis

MG

Auto Centro Maranello

Contagem

MG

Auto Car Center

Monte Caramelo

MG

Bellenzier Pneus

Santo Ângelo

RS

Anta Gorda

RS

Aluisio Auto Center Auto Peças Taió

Taió

SC

Xanxere

SC

Liderança Multimarcas

Londrina

PR

Novakoski Imports

Colombo

PR

Mecânica Xanxere

Por Bruna Paranhos Os profissionais que atuam em oficinas participantes da Agenda do Carro contam agora com mais um benefício exclusivo: o programa Mecânico Mais. Com essa novidade, os reparadores poderão acumular os pontos adquiridos nos programas de relacionamento da Dayco e da MTE-Thomson. Para participar é fácil. O reparador deve visitar o site www.mecanicomais.com.br e se inscrever no programa de fidelidade das empresas. A partir daí, basta cadastrar os códigos das embalagens dos produtos que contam com o número de pontos de cada

item. Esses pontos serão somados e trocados por prêmios. A ação mostra o envolvimento de grandes empresas do setor em melhorar o relacionamento entre fornecedores e reparadores em uma ação inédita. “A união do já consolidado Programa Agenda do Carro, levando clientes, para as oficinas cadastradas, com os inéditos Programas de Fidelidade Mecânico MTE e Dayco. Ou seja, é o multiplus automotivo, consolidando um trabalho de ganha-ganha entre as indústrias e o reparador”, afirma Alfredo Bastos, gerente de marketing da MTEThomson. Talita Peres, coordenadora

de marketing da Dayco Power Transmission, ressalta a facilidade e a rapidez na troca de prêmios. “Nossa ideia era mostrar a parceria entre grandes marcas e encontrar uma forma de facilitar a troca de pontos pelos mecânicos que optassem por elas. A vantagem é que o reparador resgata os prêmios mais rápido, sem que o programa perca seu propósito inicial de estimular a participação do reparador e manter um canal de comunicação direto com eles. Com o ‘Mecânico Mais’, essa união das marcas e das pontuações, acho que conseguimos isso. Eles ficarão mais motivados para participar”, concluiu.

Jeronimo Car

Fortaleza

CE

Skaplan Auto Centro

Planaltina

DF

AGENDA DO CARRO CONFIRA AS OFICINAS MAIS ACESSADAS PELO SITE AGENDA DO CARRO EM JANEIRO Estado

Total de cliques

Aerocar

SP

90

N S Gloria Autocenter Ltda.

RJ

72

Auto Check Saúde

SP

69

Força Dupla Auto Center

RJ

69

TW Widmen Niterói

RJ

60

Lumatel Eletromecânica

RJ

54

Ascar Oficina Multimarcas

RJ

52

Auto Elétrico Vasco

SP

52

Auto Mecânica Brasil Europa

SP

51

Consertacar

RJ

51

Nome da Oficina





Rino Liciani Jr. Tel: (19) 3867-0444 www.brubicar.com.br

Fotos: Divulgação

Kawasaki KX 450 F O mundo do Off Road está crescendo mais e mais, e as montadoras vem investindo em novas tecnologias para as motocicletas para este segmento. Conheça agora algumas particularidades da KX 450 F, como componentes, funções e valores desta bela máquina.

COMPONENTES: 1. M CE - 2. Bomba de combustível - 3. Sensor temperatura - 4. Sensor TO - 5. Bobina de ignição - 6. Capacitor - 7. Sensor de rotação - 8. Sensor temperatura do ar

CORPO DE INJEÇÃO: 1. Conector para chicote principal - 2. Fixação do chicote - 3. Conector para Sensor de Temperatura do Ar - 4. Fixação do Sensor de Temperatura de Água - 5. Conector para Sensor de Temperatura do Motor - 6. Conector do Sensor de Borboleta - 7. Conector para Injetor - 8. Conector para Sensor MAP

LOCALIZAÇÃO DO MCE Este componente deve ser tratado com cuidado, não podendo ser submetido a picos de alta tensão, descargas elétricas, impactos e umidade excessiva. ELETROINJETOR

O injetor é responsável pela pulverização do combustível dentro da câmara de combustão. Possui uma bobina interna, que é energizada em milésimos de segundos pelo do MCE, portanto, nunca deve ser submetida

A. Suporte do injetor - B. injetor

Resistência do injetor 11,7Ω a 12,3 Ω


DUAS RODAS a tensões contínuas, e sua limpeza só é possível com o auxílio de uma cuba ultrassoneca. É fundamental que sua resistência ôhmica esteja dentro dos padrões de funcionamento, caso contrário poderá gerar falha no funcionamento do motor, tanto em baixas rotações como em altas rotações.

Sensor TO O Sensor TO, ou Sensor de Inclinação, tem o objetivo de desabilitar o funcionamento da bomba de combustível. Caso a motocicleta sofra uma inclinação entre 55° a 75° ao mesmo tempo em que esteja sem velocidade, a força gravitacional irá agir sobre o pêndulo existente no interior do sensor. Neste momento é ativado um timer de aproximadamente 17 segundos e logo após o término deste tempo o motor se apagará. Sensor de posição de marcha Posição de Marcha (E) N 10.32 ~ 11.47 Ω 1 11.64 ~ 12.86 Ω 2 9.71 ~ 10.31 Ω 3 934 ~ 10.31 Ω 4 9.07 ~ 10.02 Ω 5 8,89 ~ 9,98 Ω

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1 – Parafusos de fixação 2 – Sensor de posição de marcha

Este sensor tem a finalidade de informar a MCE qual a marcha utilizada a cada momento. A partir desta informação, o MCE definirá qual o arquivo de curvas de injeção e ignição serão utilizadas. Para nos certificar que este sensor está funcionando perfeitamente, deve-se verificar a resistência seguindo a tabela abaixo.

Sensor de rotação Este sensor é do tipo indutivo, ou seja, não precisa receber alimentação, pois o próprio movimento do magneto gera Posição de Marcha (D) N 1.17 ~ 1.89 Ω 1 3.00 ~ 3.32 Ω 2 1.07 ~ 1.19 Ω 3 695 ~ 769 Ω 4 430 ~ 476 Ω 5 248 ~ 274 Ω

impulsos para o MCE. Sensor de temperatura da água do motor Este sensor é um NTC. Sua função é informar ao MCE a temperatura do motor para que seja definido o débito de combustível em todas as condições e amplitudes de funcionamento. - 20°C 0° C 40° C 100° C

18.80 + 2,37 K Ω 6.544 K Ω 1.136 + 0.095 K Ω 0.1553 + 0.007 K Ω

Sensor de temperatura do ar Este sensor é um NTC, que tem a função de informar ao MCE a temperatura do ar, auxiliando nos cálculos de débito de com-

40° C 1363 Ω 100° C 190 Ω

49


bustível e cálculos de ignição. Sensor MAP Este sensor é responsável em identificar a pressão atmosférica local e a depressão do coletor. Através do sinal do MAP e do Sensor de Temperatura do Ar, é definido o TI – Tempo de Injeção, avanço e o ângulo de permanência da ignição. Nota: Esta estratégia também

é responsável pelo calculo de débito de partida.

deve-se obter a resistência entre 7.65 ~10.35 kΩ a 20°C.

Bobina de ignição A bobina de ignição deste sistema é de alta potência, gerando até 35 Kvolts. Para o teste de resistência do primário 1 2 3 deve-se obter a resistência entre 0.28 a 0.38 Ω a 20°C. O secundário 1 ou 2 com 3, Pinagem do MCE

Bomba de combustível

A. Alojamento da bomba B. Regulador de pressão C. Conector elétrico

Pressão: 294 kPa (3,0 kgf / cm ², 43 psi) Resistência + 3.0 Ω

1. Alimentação 12 Volts para ECU 2. Sensor de inclinação 3. Sensor de rotação (+) 4. Sensor de posição de marcha 5. Sinal do sensor TP 6. Sensor de pressão de admissão

7. Vago - 8. Massa 9. Sensor de rotação 10. Linha de comunicação com (kds) kawasaki 11. Diagnóstico system 12. Vago - 13. Vago 14. Alimentação para ECU 15. 12 Volts para alimentação da bomba 16. Bomba de combustível 17. Eletroinjetor - 18. Vago 19. Bobina de ignição 20. Vago - 21. Vago 22. Luz de anomalia da injeção eletrônica 23. Sensor de temperatura do motor 24. Vago - 25. Massa 26. Sensor de temperatura do ar 27. Vago - 28. Vago - 29. Vago 30. Linha K (diagnóstico) 31. Vago 32. Linha de comunicação principal 33. Linha de comunicação principal 34. Vago 35. Interruptor de parada do motor 36 e 37. Massa para ECU


técnica

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51

artigo

Francisco Satkunas é conselheiro da SaE BraSiL

Desde a última virada do século a mobilidade vive um formidável desenvolvimento de veículos dotados de motorizações inovadoras, sejam elétricas ou híbridas. A motivação se deve a muitos fatores, entre os quais dois se destacam claramente – a tendência de aumento do preço dos combustíveis líquidos, principalmente derivados do petróleo, um recurso não renovável, e a conscientização quanto à necessidade de preservação do meio ambiente, com redução dos poluentes gerados pelos motores, que, acredita-se, respondem por algo entre 15 e 20% das emissões do efeito estufa. Com a revolução industrial os cientistas passaram a pesquisar meios para produção e armazenamento de energia elétrica. O italiano Alessandro Volta foi precursor na transformação da energia química em elétrica - a primeira bateria de chumbo/ácido surgiu na França em 1860, com base em

suas pesquisas. A descoberta tornou possível o acúmulo de energia elétrica em uma caixa compacta. Em 1881, o francês Gustave Troné apresentava na Exposição Internacional de Eletricidade da França um triciclo elétrico à bateria. O início de 1900 trouxe à Europa uma variedade de silenciosos veículos elétricos, rodando lado a lado com sacolejantes e ruidosos veículos a gasolina, combustível que, por ser líquido, oferecia facilidades de transporte e de abastecimento rápido, enquanto os elétricos tinham o inconveniente da demora na recarga das baterias e não raro deixavam seus ocupantes ‘na mão’, ou melhor, nas vias. No universo da mobilidade, tais qualificações deram predominância à gasolina, ao óleo diesel, ao biodiesel, ao etanol e ao gás natural no século passado, e também nos dias atuais. A estabilização do preço do petróleo pode até favorecer o seu uso sob o

Fotos: Divulgação

Uma ideia antiga pode revolucionar a mobilidade? Toyota Prius

ponto de vista comercial, mas, seja por conflitos internacionais ou pela elevada curva de consumo observada nos países emergentes, cedo ou tarde nos defrontaremos com uma situação de escassez. Igualmente, o cuidado com o meio ambiente já passa de uma simples questão de consciência - é a lei, e isso tem conduzido governos e indústrias a reduzirem as emissões dos gases poluentes causadores do efeito estufa. Desde o surgimento dos primeiros relógios de pulso à bateria na década de 1950, os acumuladores elétricos tiveram desenvolvimento extraordinário, crescendo em potência energética e diminuindo em tamanho. Além do elemento chumbo, altamente pernicioso, as pesquisas concentraramse no níquel, cádmio, ferrita

e também no lítio. Tal fato alavancou o desenvolvimento de computadores e celulares portáteis, e uma infinidade de outros aparelhos eletrônicos. Atenta a essa evolução, a indústria automobilística passou a desenvolver baterias para motorização elétrica veicular, com foco na eficiência da mobilidade, na facilidade de recarga, e na paz com a natureza. Estima-se hoje que as vendas mundiais de veículos híbridos superam mais de dez milhões de unidades. O fato limitador é o custo, pois os carros ainda são bem mais caros que os convencionais. Na questão de híbridos não faltam tentativas. Em 2004, a Toyota apresentou o Prius Híbrido, com um motor a gasolina e outro elétrico, acionado por bateria. Acopla-


52

artigo

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dos, operam individualmente ou em conjunto, conforme a necessidade e conveniência. Existem híbridos de vários outros fabricantes, veículos em que, enquanto o motor a gasolina é acionado, o elétrico trabalha como gerador de eletricidade, os freios convertem sua energia em eletricidade para recarga das baterias, e o próprio motor/gerador faz esta função. Alguns dos novos híbridos, chamados de “plug-in’s” podem ser recarregados em tomadas conectadas à rede elétrica quando estacionados. Igualmente, nas frenagens, a energia é transformada em eletricidade para recarga das baterias. A Ford recentemente anunciou o início das vendas no Brasil do Fusion híbrido, a Nissan deve lançar no mercado americano o Leaf, ainda no início de 2011, anunciando uma autonomia de 160 km. Mais recentemente surgiram os veículos elétricos puros, acionados por motores alimentados por baterias potentes, que chegam a pesar 200 kg e custam mais de US$ 15 mil. Como em 80% dos casos os americanos rodam 60 km por dia em média, a recarga seria

Ford Fusion Hybrid

feita à noite, em casa, em pelo menos 8 horas, ou então, conectando a rede elétrica em postos nas estradas em até uma hora, tempo de saborear um lanche. Comparados aos similares à gasolina, o consumo desses carros seria de 30 km/l, praticamente sem emissão de poluentes. Entretanto, são dependentes de fonte de energia elétrica, essa sim, poluente, principalmente quando provinda de termoelétricas movidas a óleo ou carvão. A General Motors já iniciou as vendas dos primeiros Chevrolet Volt, um modelo elétrico ‘não puro’ equipado com um

Chevrolet Volt

motor a combustão auxiliar de 1,4 litros para a recarga, elevando (sem ter que parar) para mais 500 km a autonomia da bateria, que é de médios 60 km. Para obter a carga total, à noite o motorista deve conectar o carro à rede elétrica por no mínimo outras 8 horas, a exemplo dos demais carros elétricos. Essas soluções implicam na necessidade do equipamento de recarga, cabos etc. O mais difícil, segundo os especialistas, será a mudança do hábito de apenas estacionar, desligar e travar as portas ao chegar em casa. Além disso, o equipamento fixo de recarga requer um investimento estimado atualmente em US$ 3 mil. Uma terceira tecnologia, ainda em estagio inicial, é a

célula de combustível. Trata-se do uso do hidrogênio que se transforma em energia elétrica por meio de sofisticado sistema instalada no veículo. Auxiliados por bateria, os carros emitem somente vapor d’água. É, portanto, a melhor solução sob o aspecto ambiental. O abastecimento seria feito em postos de gás hidrogênio de forma rápida e limpa, com o inconveniente de que esse gás é extremamente inflamável. Existem ônibus dotados dessa propulsão em testes no Brasil. O estágio de desenvolvimento dessas tecnologias está apenas na fase da infância, pois cada fabricante adota sua própria solução e todas são diferentes entre si. Não existe ainda uma clara definição quanto ao melhor caminho a seguir para conquistar os consumidores. As baterias também não são padronizadas como no caso dos aparelhos eletrônicos atuais. Estamos numa fase semelhante a dos primórdios da aviação, ou da chegada dos telefones sem fio, quando o fone pesava quase um quilo. Hoje, pequeninos, com total mobilidade, muitas funções, recursos incorporados, e pre-

ços baixos, popularizaram-se. O mesmo vai acontecer com os automóveis e demais veículos de transporte. Estamos apenas no limiar de um novo tempo e de novas necessidades. Mesmo sem incentivos para o desenvolvimento de alternativas energéticas, as empresas estão fazendo pesquisas e testes de carros elétricos em parceria com potenciais clientes futuros, o que é muito promissor. Privilegiado pela abundância de etanol da cana, combustível limpo e renovável, e detentor da tecnologia bicombustível aplicada a mais de 90% de sua frota de automóveis, o Brasil desfruta de uma condição única no globo. Essa tecnologia, diga-se, pode ser aplicada facilmente nos veículos híbridos, transformando-os em híbridos com motor a combustão flex. Outro fato relevante é que os mais importantes fabricantes de veículos e peças da Europa e dos Estados Unidos estão também aqui e, portanto, não há necessidade de recursos bilionários na busca de novas alternativas energéticas. Basta aguardar pela definição das melhores soluções para adotálas, sem passar pelas dores do crescimento. Por enquanto nossa engenharia segue com foco no aperfeiçoamento dos motores e dos veículos, tornando-os mais eficientes, econômicos, seguros, e em paz com a natureza, com ganhos para os consumidores e a vida no planeta. Seria essa a resposta à pergunta do título?


técnicA

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técnicA

Fotos: Divulgação

Sistema Sirius 32 gasolina aplicados em veículos Renault Andre Luis Bernardo e Albino Buzolin Filho Especialistas em reparo de módulos automotivos (19) 3284-4831 www.designmecanica.com.br contato@designmecanica.com.br

Localização do conector de diagnose

Aplicado em vários veículos da Renault com motorização 1.0l 8v, 1.6l 16v e 2.0l 16v, tais como Clio, Kangoo e Scenic, o sistema Sirius 32 apresenta como característica quatro pulsos injetores, além de possuir rele principal separado do rele de bomba, comandados respectivamente pelos pinos 39 e 68 da central eletrônica. A maioria destes veículos possui sistema de Code com um led no painel. Quando apresenta problemas de imobilizador, na maioria dos casos este led acende. E aí, devemos proceder da

Localização da ECU no cofre do motor

seguinte maneira: retirar a chave do contato. Isso fará com que o led pisque em uma frequência. Introduza a chave no contato e vire. Se começar a piscar mais rápido é porque o imobilizador está travado, sendo necessário verificar o sistema. Outro problema característico neste veículo é falha ao ligar as ventoinhas. Já reparamos algumas centrais com este problema. Além disso, há o defeito de o rele principal não armar. Neste caso, verifique se falta pulso no pino 39 (central injeção). Também houve casos de

o problema ser no rele. Se for no módulo, é necessário repará-lo ou substituí-lo. Há ainda a possibilidade do rele da bomba não armar. Neste caso, verifique se há pulso negativo (pino 68 do módulo), pois é bastante comum o módulo não chavear este negativo, sendo necessário repará-lo ou substituí-lo. Já tivemos casos de veículos com problema de marcha lenta. Este é um defeito que ocorre com frequência. A solução é, primeiramente, analisar se há pulso nos quatro pinos do motor de passo (acelerando e em marcha len-

ta). É bastante comum neste sistema o módulo queimar a saída que comanda o pulso para este componente. É preciso tomar muito cuidado com entupimento na caixa do suporte deste módulo, como mostrado na figura 1. O recomendado é limpar o dreno da caixa plástica do suporte do módulo. Existem veículos com este sistema que possuem módulo de ventoinha à parte do módulo de injeção, que é chamado BAC. Tomar cuidado ao substituir esta central - este módulo BAC fica afixado perto do console central.


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Importante Erro no diagnóstico de faísca da bobina em série nos motores 1.6l 16v e 2.0l 16v. Neste sistema de injeção temos uma particularidade que é trabalhar com duas bobinas em série em cada disparo. Observa-se que este é de raros casos em que as bobinas trabalham em série. Assim, é preciso prestar muita atenção no diagnóstico. Nos veículos Renault equipados com os motores 1.6l 16v (K4M) e 2.0l 16v (F4R), os enrolamentos primários das bobinas de ignição dos cilindros 1 e 4 / 2 e 3 são ligados em série (conforme o esquema elétrico mostrado na figura 2). Por isso, se por algum motivo for desconectado o

conector elétrico das bobinas 3 e 4, consequentemente a sua correspondente (interligada) também irá parar de funcionar. Obs: soltar o conector da bobina 1 e 2 mata o funcionamento do mesmo cilindro, e ao soltar o conector das bobinas 4 e 3 matamos o funcionamento de dois cilindros (o que está sendo desconectado e sua correspondente). Ao utilizarmos a caneta de polaridade, iremos ter pulso nos pinos 1 e 32, se quiser medir o pulso na outra bobina que está em série, não será possível observar a canetinha de polaridade piscando. Agradeço ao amigo Marco Sarpa, da Dicatec, por fornecer informações para esta matéria.

TÉCNICA


téCNiCa

Fevereiro 2011

Parte 8 – Procedimento para reparo na caixa automática 4L30E (GM Omega e BMW Série 3) Colaborou por este artigo, Carlos Napoletano Neto Especialista em transmissões automáticas www.clinicadosautomaticos.com.br e-mail: contato@clinicadosautomáticos.com.br telefone: (11) 2376-0686

Conforme prometido, neste número iremos descrever a preparação dos conjuntos internos da transmissão 4L30-E, utilizada nos veículos Omega de 93 a 98 produzidos no Brasil, BMW série 3, Isuzu Trooper, Honda Passport. Desmontagem e montagem do conjunto do conversor e bomba de óleo. Passos da desmontagem (Figura 1) 1. Alojamento do conversor. 2. Anel de vedação externo. 3. Junta. 4. Placa de apoio da bomba. 5. Conjunto da bomba de

óleo. 6. Retentor do conversor. Após a desmontagem de todos os componentes, proceda a uma completa inspeção visual deles, e se notar algum dano, deformação ou desgaste, principalmente no alojamento do conversor, anel de vedação externo, placa de apoio da bomba ou retentor, substitua o item danificado. Atenção: A limpeza dos componentes, para inspeção, deverá ser realizada com Varsol, Shellraz ou solvente equivalente, que não agridem o meio ambiente. Jamais utilize thinner, óleo

diesel ou gasolina, pois estes componentes, além de serem prejudiciais ao meio ambiente, contaminam o fluido ATF, comprometendo a vida útil da transmissão. Montagem 1. Retentor (instale o retentor utilizando uma ferramenta apropriada, aplicando o torque recomendado de 3 Nm em seus três parafusos de fixação). 2. Conjunto da bomba de óleo. 3. Placa de apoio. 4. Junta. 5. Anel de vedação externo. 6. Alojamento do conversor.

Figura 2

Figura 1

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técnica

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Figura 3

a) Instale o alojamento do conversor de torque no conjunto completo da bomba. Alinhe-o utilizando dois pinos guias curtos nos furos dos parafusos de fixação. b) Instale somente com as mãos os cinco parafusos de 13 mm. c) Centralize a carcaça do conversor de torque utilizando a ferramenta centralizadora ou

Figura 4

um cubo do conversor usado (acionador da bomba). d) Aperte os cinco parafusos internos de 13 mm alternandoos, com um torque recomendado de 20 Nm. Bomba de óleo (Figura 2) Passos da desmontagem 1. Engrenagem motriz da bomba de óleo. 2. Engrenagem movida da

bomba de óleo. 3. Pino. 4. Plugue. 5. Mola. 6. Válvula de controle do conversor de torque. 7. Anel trava. 8. Assento da mola. 9. Mola. 10. Pistão acumulador do sinal de aceleração. 11. Pino da luva.

12. Luva. 13. Válvula de reforço. 14. Assento da mola. 15. Mola da válvula. 16. Assento da mola. 17. Válvula reguladora de pressão.

13. Mola. 14. Plugue. 15. Pino. 16. Engrenagem movida da bomba de óleo. 17. Engrenagem motriz da bomba de óleo.

Após a desmontagem de todos os componentes, proceda a uma completa inspeção visual deles, e se notar algum dano, deformação ou desgaste, localizado no anel trava, mola, válvula de retenção da mola, engrenagens ou bomba de óleo, substitua o item danificado.

Embreagem de uma via (roda livre) e embreagem da 3ª marcha

Remontagem (Figura 3) 1. Válvula reguladora de pressão. 2. Assento da mola (lubrifique e instale previamente o assento da mola do regulador de pressão na válvula, com o lado plano contra o ombro da válvula). 3. Mola da válvula. 4. Assento da mola. 5. Válvula de reforço. 6. Luva. 7. Pino da luva. 8. Pistão do acumulador do sinal de aceleração. 9. Mola. 10. Assento da mola (Instale o pistão do acumulador do sinal de aceleração, mola e seu assento, com o lado plano afastado da mola e do anel trava). 11. Anel trava. 12. Válvula de controle do conversor de torque.

Passos da desmontagem 1. Anel de retenção. 2. Conjunto da engrenagem solar de entrada. 3. Arruela retentora. 4. Rolamento de apoio. 5. Arruela de encosto. 6. Conjunto multidiscos. 7. Tambor da 3ª marcha. 1. Anel de retenção (Figura 4) a) Posicione a carcaça da embreagem da 3ª marcha e o conjunto do eixo intermediário voltados para cima, utilizando a engrenagem anelar da sobremarcha como suporte. b) Localize a ponta do anel trava da roda livre. Comprima uma das pontas do anel utilizando a ferramenta especial. Deslize uma lâmina para baixo entre a carcaça da 3ª marcha e o anel de retenção. c) Remova a ferramenta especial e repita este passo para a outra ponta do anel de retenção. d) Instale as quatro lâminas do retentor aproximadamente 90 graus separadas uma da outra utilizando a ferramenta


técnica

especial para compressão do anel retentor. e) Pressione a engrenagem solar de entrada para liberar o anel retentor de sua carcaça. f) Remova a ferramenta especial. 2. Conjunto da engrenagem solar de entrada (Figura 5) a) Puxe o conjunto da engrenagem solar de entrada até que o anel trava da roda livre libere o rasgo do anel. 3. Arruela de retenção. 4. Rolamento de apoio. 5. Arruela de encosto. 6. Discos de embreagem. 7. Tambor da embreagem da 3ª marcha. Inspeção e reparo Inspeção Visual Se for notado qualquer dano, deformação ou desgaste localizado no rolamento de apoio,

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arruela de encosto, discos de embreagem revestidos ou metálicos ou tambor da 3ª marcha, substitua-os. Remontagem 1. Tambor da embreagem da 3ª marcha. 2. Discos da embreagem. a) Posicione a carcaça da embreagem da 3ª marcha e o conjunto do eixo intermediário voltados para cima, utilizando a engrenagem anelar da sobremarcha como suporte. b) Instale a placa de amortecimento da mola da 3ª marcha com a face cônica para baixo. c) Instale os discos da embreagem da 3ª marcha alternandoos. Comece com um disco de aço e termine com outro disco de aço. Não esqueça que os discos deverão ser mergulhados em fluido ATF DEXRON III por pelo menos meia hora antes da montagem.

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3. Arruela de encosto. 4. Rolamento de apoio. 5. Arruela de retenção. 6. Conjunto da engrenagem solar de entrada. 7. Anel de retenção. a) Acople completamente as estrias do conjunto do cubo da embreagem de uma via (roda livre) nas abas internas da embreagem da 3ª marcha, girando simultaneamente a pista externa da roda livre para que se encaixe na carcaça da embreagem da 3ª marcha. b) Posicione as lâminas da ferramenta entre o anel de retenção e a carcaça da embreagem da 3ª marcha, aproximadamente 90 graus umas das outras e uma lâmina em cada ponta do anel trava. c) Empurre para baixo o conjunto da roda livre até que o conjunto assente na carcaça. d) Remova as lâminas da

Figura 5

Figura 6

ferramenta e encaixe o anel de retenção em seu rasgo na carcaça. (Figura 6) No próximo número, seguiremos com a preparação dos conjuntos da transmissão 4L30-E referente às especificações de folga e componentes das em-

breagens da 2ª e 3ª marchas, para que o reparo possa ser realizado da melhor maneira possível seguindo as indicações da montadora. Até lá e um ótimo mês a todos!


técnicA

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Sistema de freio antibloqueante (ABS) Ford ecosport Matéria elaborada por Pedro luiz Scopino, da AutoMecânica Scopino, colaborador do jornal Oficina Brasil, vice-presisdente da AESA-SP, integrante do Grupo GOE. Informações sobre participações em eventos em scopino@automecanicascopino.com.br

Em uma das maiores, talvez a maior, série de matérias sem interrupção para você, leitor do Jornal Oficina Brasil, temos mais informações em sistemas de freio antibloqueante, o ABS, que, nesta edição, será abordado o Ford Ecosport, um veículo leve com opções de motor 1.6l de oito válvulas e 2.0l de 16 válvulas, onde o sistema de freio ABS é opcional. Como o circuito hidráulico de freios é preservado, ou seja, não pode ser modificado, temos o controle hidráulico de frenagem efetuado eletronicamente nas quatro rodas, sendo com freio a disco ventilado com pinça flutuante na dianteira, e freio a tambor com sapatas autocentrantes e regulagem automática na traseira. Já de cara vemos algo incomum? É verdade, são muitos boatos de que o carro com freio ABS deve ter freio a disco nas quatro rodas. Seria melhor se pensarmos na eficiência do sistema de freio hidráulico (pedal sem ABS), mas, para o controle eletrônico que a unidade hidráulica faz com base nas informações e comandos da unidade eletrônica, o funcionamento do ABS é normal neste caso, mesmo com lonas, patins e tambor de freio na traseira. Vamos aos detalhes do Ecosport 2.0l 16v ano 2009.

Alimentação elétrica Temos neste veículo a aplicação de um sistema ATE freios, com aterramento em dois pinos (16 e 47), a alimentação positiva direta linha 30 é pelos pinos 1 e 32. O primeiro protegido por um fusível posição 4 de 30A, e o segundo pelo fusível 3 de 20A. A alimentação pós-chave, linha 15, é protegida pelo fusível 21 de 10A e está ligada ao pino 4 da ECU eletrônica.

do os sinais dos sensores de velocidade (rotação) de cada uma das rodas e controlando as solenóides correspondentes de cada um dos circuitos pela unidade hidráulica. O controle da lâmpada de anomalia ocorre pelo pino 41. A diagnose pelos pinos 2, 11 e 15. AlimentAção elétricA PINOS / SISTEMA FORD ECOSPORT ATERRAMENTO 16 – 47 POSITIVO 1 – 4 – 32

Componentes Unidade eletrônica Localizada junto da unidade hidráulica, próximo ao cilindro-mestre, é o cérebro eletrônico do freio, receben-

Unidade hidráulica Com controle destinado apenas ao controle do freio, já que o veículo não dispõe de controle de tração, a unidade hidráulica é do tipo 4S4K, com

Fotos: Divulgação

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canais exclusivos a cada circuito de freio, com um controle individual roda por roda para não permitir o travamento e consequente aumento da distância de frenagem do veículo. Faz parte do conjunto da unidade eletrônica deste veículo. As oito solenóides estão dentro e são moduladas pela unidade hidráulica: • Isolamento dianteira direita; • Diminuição dianteira direita; • Isolamento dianteira esquerda; • Diminuição dianteira esquerda; • Isolamento traseira direita;


técnica

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• Diminuição traseira direita; • Isolamento traseira esquerda; • Diminuição traseira esquerda. Sensores Temos um sensor por roda do veículo e algumas curiosidades nesta aplicação. Primeiro, no eixo dianteiro temos o sensor montado de forma perpendicular ao sistema de suspensão (manga dianteira) direto no rolamento de roda. Segundo, no eixo traseiro o sistema de freio é do tipo tambor, e o sensor está fixo na proximidade do centro do espelho que serve de apoio de montagem dos patins de freio. Os sensores estão ligados à ECU eletrônica da seguinte forma: Dianteiro esquerdo – pinos 45 e 46 Dianteiro direito – pinos 33 e 34 Traseiro esquerdo – pinos 36 e 37 Traseiro direito – pinos 42 e 43 Comentários Mesmo em veículos mais novos podemos e temos novidades tanto pelo lado de tecnologia de ponta como componentes bem antigos e quase em desuso. É o caso do sistema ABS da Ecosport. Mesmo sendo um veículo com injeção eletrônica e controle de arrefecimento e pai-

Unidade hidráulica de 4 canais

Lâmpada ABS no painel

Sensor traseiro em freio tambor

Sensor dianteiro

nel de instrumentos em Rede de Comunicação, há um controle de freio ABS sem esta troca de informações, ou seja, o ABS não participa desta rede. Outra: um veículo que tem como opcional o controle ele-

trônico do freio ainda contam com a aplicação de um sistema que utiliza cilindros de rodas, patins e tambor na traseira. Se o sistema eletrônico de freio atua poucas, ou melhor, raríssimas vezes na utilização do veículo, o

freio tradicional apenas hidráulico está o tempo todo sendo utilizado. Mais detalhes para melhor. A utilização de tecnologia no eixo dianteiro junto aos rolamentos de rodas aem vez de utilizar as rodas dentadas nas

homocinéticas. E claro, nós da reparação devemos estar atentos na posição de montagem e aplicação do rolamento no momento da sua substituição. Na próxima edição, veremos o sistema ABS do Citroën Xsara.


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téCniCa

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Colaborou com este artigo Marcos Sarpa DICATEC treinamento e tecnologia automotiva Fone: (19) 3827-3330 www.dicatec.com.br contato@dicatec.com.br

Com passar do tempo nas oficinas e centros automotivos, percebemos que os mecânicos têm algumas dificuldades em reparar os Honda Civic 1.5l/1.6l 16V de 1991 até 2000, incluindo também os modelos Honda Civic 1.4l 16V, todos com sistema de injeção e ignição Honda PGM-Fi. Os reparadores têm nos procurado em treinamentos, apoio técnico e internet (site) com frequência questionando os seguintes defeitos: 1 – Motor raja a parte inferior (como se o motor tivesse fundido) até mesmo retificando o motor ainda continua rajando, por que acontece isso? 2 – Dificuldade em afinar

Fotos: Divulgação

Defeitos curiosos: Honda Civic 1.5l/1.6l 16v 1991/2000 Honda PGM-Fi

(regular a marcha lenta) após uma manutenção no motor ou até mesmo uma troca da bateria. 3 – Acende a luz de anomalias no painel e apresenta com uma constância o código 165 = relé de aquecimento da sonda lambda, troca a sonda e o defeito permanece (defeito é o relé ou a sonda lambda). 4 – Alguns veículos Honda Civic 1.4/1.5/1.6 16V tem 3 co-

nectores na Central Eletrônica e outros tem 4 conectores, qual é a diferença? 5 – E, em quinto lugar, reclamação a respeito dos esquemas elétricos que nunca conferem com os veículos a ser concertados quando entram nas oficinas. Nós da DICATEC também temos uma oficina mecânica e passamos pelos mesmos problemas citados acima. Quero trazer para vocês, leitores e amigos mecânicos de uma maneira ampla, clara e simples a respeito desses assuntos. Vou priorizar nessa matéria o quinto item (esquema elétrico que não confere com o veículo quando entra na oficina). Atenção senhores mecânicos, o problema não está no veículo e nem nos esquemas elétricos que vocês têm na oficina. A questão é que esses modelos com a motorização 1.4, 1.5 e 1.6 16V de 1991 até 2001 contêm sete esquema elétricos diferentes, normalmente temos 2, no máximo três esquemas elétricos. Sempre que entrar um des-

ses veículos em sua oficina, busque aplicação do esquema elétrico pelo código do motor e ano de fabricação. O código do motor está localizado a frente do motor, lado direito e ao lado do coletor de escapamento, fácil acesso. Segue como exemplo o esquema do Honda Civic 1.5 e 1.6 16V de 1996 até 2001 com os códigos D15Z6/D15Z8/ D16Y5/D16Y7/D16Y8. A diferença está na pinagem da Central, pinagem dos sensores e atuadores, coloração dos fios, alguns estão equipados com imobilizadores outros não, e outras diferenças a mais. A DICATEC trabalhou muito com seus mecânicos, técnicos e desenhista abrindo chicote e conferindo ponta a ponta, analisando todos os detalhes para trazer melhor informação possível para um bom diagnóstico. Já estamos disponibilizando esses sete esquemas elétricos do Honda Civic 1.4/1.5 e 1.6 16V de 1991 até 2001 comentado nessa matéria, em nosso (CD = manual eletrônico Dicatec). Confira em nosso site www. dicatec.com.br.


tĂŠcnica

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técnica

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Diagnóstico de falha do motor: pressão e vácuo Humberto Manavella Autor dos livros “Controle integrado do moto”,“Eletro-eletrônica automotiva”, e “Diagnóstico Automotivo Avançado”. Mais informações: (11) 3884-0183 www.hmautotron.eng.br

Os procedimentos de teste, baseados em medições de pressão e de vácuo constituem opções de diagnóstico de defeitos no trem de força: motor e transmissão. A seguir, os procedimentos analisados, serão aqueles correspondentes ao diagnóstico de falhas do motor. A este respeito, as medições de pressão e vácuo mais significativas, são: - Vácuo do coletor de admissão: Para o diagnóstico de falhas de combustão. - Compressão de cilindro: Para avaliação do estado mecânico do motor. - Contrapressão no escapamento (antes do catalisador): Para verificação do estado catalisador. - Pulsações na pressão de combustível: Para o diagnóstico de falhas de combustão em sistemas multiponto, verificando o estado dos injetores. Os recursos utilizados no diagnóstico incluem: - Medidor mecânico de

compressão e de vácuo: Apresentam valores médios em se tratando do vácuo do coletor e da contrapressão no escape. No caso da pressão nos cilindros (compressão), o medidor apresenta o valor máximo se equipado com válvula de retenção. - Transdutor eletrônico de pressão/vácuo e transdutor eletrônico de pressão diferencial: Conectados a um osciloscópio ou multímetro gráfico, permitem visualizar as ondas de pressão ou vácuo. - Equipamento de diagnóstico (“scanner automotivo”): Quando disponível no modo “contínuo”, o parâmetro “Pressão do Coletor” geralmente apresenta a pressão absoluta. No entanto, em alguns sistemas o scanner mostra o valor de vácuo. Em alguns casos, esta informação pode ser de pouca utilidade devido à baixa frequência de atualização do referido parâmetro na tela do

equipamento. Em todos os casos, os instrumentos devem ser do tipo profissional, ou seja, precisos e que produzam resultados repetitivos com resposta adequada. Para que os resultados sejam relevantes, os instrumentos devem detectar as rápidas flutuações de vácuo ou de pressão produzidas, por exemplo, pelas válvulas. Vácuo e Pressão Absoluta A seguir, uma breve introdução dos conceitos de pressão e vácuo, indispensáveis à correta interpretação dos resultados dos diversos procedimentos de teste. O importante a salientar é o conceito de pressão absoluta, que se mede desde o “zero” de pressão (vácuo total). Existe vácuo nos locais onde o valor da pressão absoluta é inferior ao da pressão atmosférica. Normalmente, o vácuo se referencia à pressão do ambiente. As-

sim, a pressão absoluta do coletor, por exemplo, resulta igual ao valor da pressão atmosférica no local menos o valor de vácuo medido. Pressão Absoluta = Pressão Atmosférica – Vácuo Medido O conceito de “vácuo” é utilizado para indicar um valor de pressão menor que a atmosférica. Na medição do vácuo do coletor, por exemplo, se compara a pressão no seu interior com a atmosférica, externa. Assim, se a pressão atmosférica for 92 kPa e o vácuo no coletor de admissão, 30 kPa, a pressão absoluta será 62 kPa. É esta diferença de pressão que impulsiona o ar para dentro da câmara de combustão. Um sensor MAP mede pressão absoluta, referenciada ao zero de pressão. Um vacuômetro mede depressão (vácuo) referenciada à pressão atmosférica do local.


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Unidades de Medida As unidades de medida utilizadas na medição da pressão e do vácuo e aplicadas às escalas dos vacuômetros e dos medidores de compressão existentes no mercado, são: - kg/cm2 (quilograma por centímetro quadrado): A indicação do medidor é a força equivalente, em quilogramas, que o fluido comprimido exerce sobre uma área de 1 cm2.

Divulgação

A figura 1 ilustra a relação entre pressão manométrica, pressão absoluta e vácuo. Pressão manométrica identifica aquela cujo valor é referenciado à pressão atmosférica. No caso da figura, é o valor de compressão do cilindro. A pressão absoluta na câmara, neste caso, é a somatória da pressão atmosférica e a pressão manométrica.

- psi (libra por polegada quadrada): A indicação do medidor representa a força equivalente, em libras, que o fluido comprimido exerce sobre uma área de 1 polegada quadrada.

- bar: A indicação do medidor é a força equivalente, em Newtons, que o fluido comprimido exerce sobre uma área de 1 cm2. - inHg (polegadas de mer-

cúrio): A indicação do medidor é a quantidade de polegadas que o fluido consegue elevar uma coluna de mercúrio. - mmHg (milímetros de mercúrio) ou cmHg (centí-

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metros de mercúrio): A indicação do medidor é a quantidade de milímetros ou centímetros que o fluido consegue elevar uma coluna de mercúrio. Nota: 1 libra = 453 gramas; 1 polegada = 2,54 cm; 1 Newton = 0,102 kg No nível do mar, a denominada “pressão atmosférica”, tem um valor de pressão absoluta que está em torno de: 14,4 psi = 100 kPa = 1 bar = 760 mmHg = 29,9 inHg = 1 kg/cm2 Em função de depender das condições da atmosfera no local, estes valores são aproximados assim como as equivalências apresentadas. O valor da pressão atmosférica diminui com a altitude do local; a 800 metros de altitude, por exemplo, o seu valor médio está entre 90 e 92 kPa.


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TÉCNICA

Parte 2 - Diagramas Fiat Linea 1.9l 16v Nesta edição, apresentaremos os diagramas elétricos do air bag e do sistema de freios ABS, aplicado aos veículos Fiat Linea 1.9 16V e Linea 1.4 16V T-JET. Nas próximas edições, daremos continuidade à apresentação de diagramas de outros sistemas desses veículos. Até lá. Colaborou com este artigo Válter Ravagnani Esta dica foi retirada da Enciclopédia Automotiva Doutor-ie Online www.drieonline.com.br . Para saber mais detalhes sobre a Enciclopédia e ou sobre a consultoria técnica prestada pela Doutor-ie, tanto para a linha leve como para a linha diesel, ligue para (48) 3238 0010 ou visite a loja virtual www.doutorie.com.br

DIAGRAMA ELÉTRICO AIR BAG LINEA NANO F.L.Ore.N.C.E. 1.9 16V FLEX 130/132cv (310A3011) LINEA NANO F.L.Ore.N.C.E. 1.9 16V FLEX 127/127cv (310A3011) LINEA NANO F.L.Ore.N.C.E. 1.4 16V T-JET 152cv (198A1000)



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DIAGRAMA ELÉTRICO ABS

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consultor ob

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consultor ob - especial suspensão

parte final – conceitos importantes e interferência da geometria Após conhecer os principais formatos de construção de uma suspensão e as principais características de cada um, vamos agora reforçar alguns conceitos citados durante este especial que irão ajudar a compreender todas as atribuições que um bom projeto deve ter, levando em consideração a proposta a que ele se submete. A principal responsável pela função da suspensão é a mola, que permite a movimentação da roda independente da carroceria. Ela absorve o impacto, acumula a energia e a devolve fazendo o conjunto voltar à posição inicial (o amortecedor apenas controla estes movimentos). À mola também está atribuído o fator que define uma das principais características de comportamento dinâmico do veículo, o equilíbrio entre maciez e estabilidade na rodagem, observando o limite de segurança e conforto quando se define qual a proposta do modelo. Esses fatores são definidos em grande parte pelo ‘rate’ da mola, que pode ser entendido como a quantidade de peso necessário para comprimi-la, ou seja, a relação entre carga aplicada e variação da altura. A movimentação da carroceria ao transpor um obstáculo

é proporcional ao rate da mola: quanto maior, mais ‘dura’ será a suspensão. Para um comportamento suave, as molas devem ter um rate baixo, para transpor lombadas, valetas e buracos com pouca oscilação da carroceria. No entanto, isso implica em uma maior rolagem da carroceria em curvas. Rolagem da carroceria Ao realizar uma curva com certa intensidade, a força centrifuga tenta levar a carroceria para o lado de fora da curva, mas como os pneus estão em atrito com o solo, a carroceria rola sobre o centro de gravidade. Essa rolagem é prejudicial no ponto em que altera a geometria da suspensão, porém é muito importante para um feedback ao motorista das condições de aderência e para alertá-lo sobre os limites do carro. Todo carro tem uma rolagem controlada, com uma variação de geometria programada em função das condições em que irá circular. O principal ângulo afetado por este fenômeno é a cambagem que, ao ser alterada, diminui a área de contato do pneu com o solo e consequentemente a aderência no momento em que mais se precisa, numa curva em velocidade. A solução é ter uma cambagem inicial negativa, que neste

Fotos: Divulgação

Marco antonio silvério Junior

Em uma curva, a carroceria inclina e força as molas que absorvem o impacto

momento será compensada e o pneu terá total área de atrito com o solo, como explicado no Box ‘cambagem negativa’ na parte 2 deste especial. O controle da rolagem é feito por de barras estabilizadoras, que tentam equalizar a altura dos dois lados da suspensão, sofrendo uma torção conforme aumenta a força de rolamento da carroceria. Carros com proposta esportiva, ou seja, que estão sujeitos a maiores forças centrífugas, por entrar em curvas com maior velocidade, utilizam barras esta-

bilizadoras de maior diâmetro. Porém, em um determinado momento não é mais possível conter a inclinação da carroceria, e a cambagem irá se alterar. Se a proposta do veículo é de uso urbano, em poucas situações irá chegar a este ponto, e o motorista sabe (ou deveria saber) das limitações do carro. Por isso a montadora não irá utilizar uma cambagem inicial negativa para evitar desgaste irregular do pneu.

Convergência e divergência Cada veículo tem um comportamento diferente, devido ao tipo construtivo, ou seja, posição do motor, eixo de tração, tipo de suspensão e direção. Tudo isso irá afetar a transferência de peso durante aceleração, frenagem e curvas, e mesmo veículos semelhante tipo construtivo podem ter comportamentos diferentes, provocados por outros fatores, como dimensões, rigidez estrutural e peso. Os valores de convergência das rodas dianteiras e traseiras são definidos em função do comportamento do carro. Alguns veículos têm tendência de levantar a frente nas acelerações devido as rodas apontarem para o centro do carro nesse momento, como fossem se encontrar. Para corrigir o efeito é adotado um alinhamento estático divergente, para que nas acelerações as rodas fiquem no máximo retas. Os valores de convergência e divergência também são utilizados para corrigir tendências a saídas de frente ou traseiras, assim como para melhorar a estabilidade em linha reta.



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consultor ob

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Meio aMbiente

Descarte de resíduos sólidos tem práticas definidas por Plano nacional bruna Paranhos

Após 20 anos de trâmite no Congresso Nacional, em 2010 foi sancionado o PNRS (Plano Nacional de Resíduos Sólidos), um marco regulatório na área de descarte de resíduos sólidos e que faz distinção entre o lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado e os que não podem ser reaproveitados. A nova lei também se refere a todo tido de resíduo: doméstico, industrial, construção civil, eletrônico, lâmpadas de vapores mercuriais, agrosilvopastoril, áreas da saúde e perigosos. Para o setor de reparação automotiva, o mecânico deve ficar de olho em alguns itens que farão parte da rotina diária da oficina. Um deles é a logística reversa, um conjunto de ações que facilitam o retorno dos resíduos aos seus geradores para que sejam reciclados, como, por exemplo, embalagens. Atualmente, o sistema de logística reversa já funciona com pilhas, pneus e embalagens de agrotóxicos. Na rotina da oficina, a logística reversa já é vista pelos profissionais na troca da bateria, quando se devolve a antiga pela aquisição da nova. O ideal é que as indústrias sejam parceiras das oficinas, para

que o processo de destinação seja feito de maneira eficiente “A logística reversa, ou seja, a destinação ambientalmente adequada envolve os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes que são obrigados a estruturar e implementar este sistema”, ressalta Antonio Gaspar, do Sindirepa-SP. Além disso, outra ação que está ligada à categoria é o princípio da responsabilidade compartilhada, que responsabiliza os envolvidos na cadeia e comercialização, desde a indústria até a loja devem ser encarregados por cada parte do processo. O PNRS estabelece que todos os envolvidos na cadeia e comercialização devem ser responsáveis por cada parte. As empresas geradoras desses resíduos têm até o final de 2011 para se adequarem ao PNRS e quem perder o prazo ficará sujeito à regulamentação federal. Dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), revelam que o Brasil só recicla 12% das 170 mil toneladas de lixo que descarta diariamente. O objetivo da PNRS é aumentar este índice para 15% até 2015. Segundo Antonio Gaspar, no setor de reparação automotiva são gerados resíduos que

Fotos: Divulgação

Marco regulatório consolida itens que farão parte da rotina das oficinas como logística reversa e responsabilidade compartilhada

Mecânica Mano, de Salto, é referência em sustentabilidade

se enquadram como resíduos de classe I, ou seja, perigosos. “Peças trocadas, as embalagens das peças novas podem estar contaminadas com derivados de petróleo como graxa, óleo ou combustível depois do uso, por exemplo”, ressaltou. Gaspar ressalta ainda o papel do reparador. “O mecânico é o gerador e consumidor final e também aparece como comerciante e deve dar destinação ambientalmente adequada aos resíduos resultantes de suas atividades atendendo também a PNRS”, afirma. Para se adequar ao novo plano, a oficina deve ter em seus planos, ações simples, como, por exemplo, manter em seu poder documentos que comprovem a destinação legal dos resíduos gerados. “Quando for entregar

as sucatas, é responsabilidade do mecânico exigir comprovante legal. Isso é importante para não entregar resíduos contaminados aos catadores e ter problemas depois. É uma garantia que o reparador terá em mãos para provar que fez o processo corretamente”, alerta Gaspar. Na oficina Mano, de Salto, interior de São Paulo, o descarte de resíduos sólidos é feito há 12 anos. Lá, são tomados diversos cuidados para que os resíduos não sejam entregues contaminados. Os resíduos recicláveis são enviados a duas cooperativas da própria cidade, que são regulamentadas pelos órgãos fiscalizadores, como prefeitura municipal e o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). As embalagens de produtos,

As baterias são trocadas por novas e valem desconto no sistema ecoline

Papelão fica armazenado em local adequado Embalagens e produtos usados têm óleo escorrido antes da entrega para a reciclagem antes do descarte

por exemplo, passam por decante de óleo antes de ser entregue à cooperativa. O processo retira até 90% do óleo e, com isso, a embalagem não vai suja para o destino final e evita contaminações. Já o papelão é armazenado de maneira adequada, longe de locais onde possa haver contaminação de óleo. A cooperativa então faz a triagem do papel e dá o destino correto. Os resíduos ferrosos, como peças, são entregues limpos para a mesma cooperativa que retira o papelão. Esses resíduos também passam por uma separação dos metais, já que cada um tem um preço diferente. Os EPI´s (Equipamentos de Proteção Individual) e os filtros de óleo também são descartados corretamente. A oficina contratou empresas especializadas que retiram o material e fornecem um documento que comprova a retirada. As baterias são trocadas na linha ecoline, ou seja, o produto novo só é comprado se a empresa retira a carcaça usada. A oficina não armazena o item. Em alguns casos, é possível ainda conseguir um desconto, que chega a R$ 10 por carcaça. Fique de olho Antes mesmo da regulamentação de descarte ser sancionada, o setor da reparação já seguia algumas práticas previstas pelo Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), como descarte correto de óleo lubrificante usado, destinação de baterias e de pneus sem utilidade. O descarte de embalagens plásticas de óleo lubrificante em breve será aprovado. O Sindirepa-SP também propôs ao Conama que acrescente uma resolução para descarte correto de filtros de óleo lubrificante.



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em foco

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LegisLação

Nota fiscal eletrônica: o fim da era do papel Emissão da NF-e em oficinas mecânicas já é obrigatória em alguns Estados do País desde dezembro

A emissão de NF-e (Nota Fiscal Eletrônica) se tornou obrigatória em alguns Estados brasileiros desde dezembro de 2010 e substituiu os modelos 1 e 1-A. Agora, as empresas devem se adequar ao sistema de emissões de notas fiscais para se manter na legalidade. Portanto, o dono da oficina precisa ficar atento às novas regras. A falta desse novo sistema pode gerar multa de até 50% do valor de cada operação de venda. A NF-e é um sistema integrado de emissões de documentos fiscais, disponível no País desde 2005, com o objetivo de substituir a emissão via papel. A Nota Fiscal Eletrônica tem garantia jurídica pela assinatura digital, o que simplifica as obrigações dos contribuintes e permite acompanhar em tempo real as operações comerciais pelo Fisco. Desde a implantação, a NF-e traz facilidades para o contribuinte, tanto nas ope-

Divulgação

Bruna Paranhos

No Grupo Sahara, de São Paulo, o proprietrário Marcílio Irencio Filho aderiu voluntariamente sem gastos adicionais

rações quanto na fiscalização e prestações tributadas pelo ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e pelo IPI (Imposto sobre Pro-

confira alguns cuidados para a instalação da Nf-e na oficina Antes de instalar o sistema é preciso entrar em contato com a Secretaria da Fazenda do Estado onde a empresa está localizada e consultar a lista de CNAEs (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) e verificar se o seu segmento já é obrigado a emitir NF-e. Após a constatação, devese então fazer a solicitação, no mesmo site, da autorização de emissão. Há também a possibilidade de contratação de empresas credenciadas pela secretaria, algumas já são credenciadas pelo próprio órgão, mas na maioria das vezes o credenciamento deve

ser feito pela própria empresa. Além disso, a reparadora deve providenciar o certificado digital, que validará juridicamento a NF-e da empresa. Sem ela, não é possível emitir nota fiscal, pois o certificado é a garantia da autenticidade do arquivo eletrônico. O certificado digital deve ser adquirido em uma autoridade certificadora credenciada pela ICP Brasil. Após o processo, a empresa deve escolher um software no mercado que permita faze a gestão da nota fiscal eletrônica e que garanta armazenamento e organização, para o caso de auditorias da Receita Federal.

dutos Industrializados). Os benefícios de quem usa a NF-e não está somente na redução de custos com impressões e papéis. Também há diminuição de custos no envio e armazenagem de documentos fiscais, simplificação de obrigações acessórias, além do incentivo a uso de relacionamento eletrônico. Além disso, há melhoria no controle fiscal da empresa, o que facilita o compartilhamento de informações entre os Fiscos, redução de custos no controle de notas fiscais capturadas pela fiscalização de mercadorias em trânsito, diminuição de sonegação e aumento da arrecadação, entre outros. Legalidade na oficina A emissão da NF-e nas oficinas mecânicas é determinada pelo CNAE (Código

Nacional de Atividade Econômica). As reparadoras devem primeiramente consultar a prefeitura do município de residência. “A legislação é do próprio município”, alerta Marcos Eduardo Scobernatti, advogado especializado em Direito Tributário e Direito Empresarial com Concentração em Direito Tributário. Nas operações de venda de peças há obrigatoriedade da NF-e a nível nacional, em palavras, todos os componentes adquiridos pelas oficinas devem vir acompanhadas de NF-e, independente do local de compra. Na oficina, o serviço pode ou não ser acompanhado pela venda de peças. “A oficina pode pedir a chamada Nota Fiscal Conjugada quando há venda de peças. É onde vão constar informações da peça e do serviço, mas também é ne-

cessário consultar o município para verificar se há essa possibilidade”, afirma Scobernatti. As oficinas que prestam serviços para repartições públicas, seguradoras e empresas, que se veem obrigadas a emitir nota fiscal, serão as mais beneficiadas. “Essa sistemática vai equalizar o mercado, pois reduzirá a inadimplência dos seus concorrentes. Todos terão que pagar os tributos de igual forma, pois o Fisco estará com as informações on line”, disse o advogado. Como funciona? A NF-e gera um arquivo eletrônico com informações fiscais da operação comercial, que deve ser assinado de maneira digital, com o objetivo de garantir a integridade dos dados e a autoria do emissor. O arquivo eletrônico é transmitido então pela internet para a Secretaria da Fazenda de jurisdição do contribuinte. A Secretaria da Fazenda faz uma pré-validação do arquivo e devolve um protocolo de recebimento equivalente a autorização de uso. Sem ele, não pode haver trânsito da mercadoria. A Receita Federal também recebe a NF-e e armazena todas as informações em ambiente nacional. Para acompanhar o trânsito da mercadoria, é impressa uma representação simplificada da NF-e, Danfe (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica), e que terá a chave de acesso para consulta da NF-e na internet e um código de barras bidimensional que facilita a captura e a confirmação de informações da NF-e pelas unidades fiscais. Vale ressaltar que a Danfe não é uma nota fiscal, apenas serve como auxiliar de consulta da NF-e.



em foco

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Na cidade de São Paulo, oficinas já são obrigadas a emitir Nf-e Em cidades como São Paulo, os prestadores de serviços que atingem receita bruta igual ou superior a R$ 240 mil no exercício anterior e média de R$ 20 mil devem adquirir o sistema de NF-e. Uma boa opção é usar o sistema de emissão disponível no site da Prefeitura de São Paulo (www.prefeitura.sp.gov.br). No site é possível emitir as notas e armazená-las, poupando a impressão de papéis e facilidade no faturamento pelo contador. No Grupo Sahara, que fica em São Mateus, a emissão de NF-e é feita há mais de dois anos. A oficina aderiu voluntariamente à NF-e, e utiliza o sistema de emissão disponível pelo site da Prefeitura de São Paulo. Com isso, evitou gastos. Segundo o proprietário da Sahara, Marcilio Irencio Filho, o sistema facilitou a vida dentro da oficina. “Evita as burocracias com

papelada. As transações ficaram mais rápidas”, afirma. Pelo site da prefeitura de São Paulo, usado pelo Grupo Sahara, é possível fazer pesquisas nas notas antigas dos clientes, pois existe armazenamento de dados. A oficina imprime a via do cliente e o contador faz o gerenciamento pelo próprio sistema da prefeitura “Não há perigo de extravio”, diz. Outro benefício visto por Marcilio é a facilidade de enviar notas fiscais. “Podemos mandar via email para clientes empresariais, por exemplo. Se eles também são cadastrados no sistema da prefeitura, eles mesmos podem imprimir a nota fiscal sem burocracia”, afirmou. A legalidade também foi outro ponto importante. “A fiscalização é mais rigorosa. Não há como sonegar, fazer nota espelhada. O mecânico trabalha de maneira legal”, ressalta.

Como ter? A documentação técnica da NF-e está disponível no site nacional no endereço www.nfe. fazenda.gov.br, além do site da Secretaria de Fazenda. Pelo site, a empresa pode emitir nota fiscal avulsa. A substituição completa da nota fiscal em papel pela NF-e só ocorrerá no momento em que a empresa se enquadrar na obrigatoriedade. É importante ressaltar que a ferramenta disponível no site da Secretaria da Fazenda não realiza o gerenciamento e o armazenamento dos arquivos. O advogado Marcos Eduardo Scobernatti faz o alerta para quem quer implementar o sistema sozinho. Segundo ele, as oficinas terão de obter diversas informações fiscais com seus contadores ou a assessores jurídicos, para preencher corretamente. “Em todas as NF-e devem constar o código NCM - Nomenclatura Comum

Divulgação

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Scobernatti: “Essa sistemática vai equalizar o mercado, pois reduzirá a inadimplência dos seus concorrentes”

do Mercosul de cada produto, discriminação da tributação, tratamento tributário, entre outras informações que antes passavam desapercebidas nas notas fiscais modelo 1 / 1-A”, esclarece. Outra alternativa é contratar empresas especializadas de gerenciamento no mercado, que possuem softwares adequados para as emissões

das notas fiscais eletrônicas e podem facilitar o cadastro e o tratamento das informações. É importante ressaltar que pela legislação, os dados de todas as notas emitidas devem ser guardados por cinco anos, por isso, a necessidade de um sistema de gerenciamento eficiente. Também é imprescindível verificar se a empresa é credenciada junto à Secretaria da Fazenda do Estado. Segundo Scobernatti, o certificado NF-e varia entre R$ 250, com validade de 1 ano, e R$ 600, com validade de 3 anos. “Busque referências com quem já está utilizando o sistema e empresas locais que prestem suporte”, destaca o advogado. A instalação do programa da NF-e não depende só de um computador. Os funcionários que irão lidar com o sistema devem ainda ter conhecimentos básicos de informática.



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Mercado

Montadoras sob a mira da reparação Afinal, quem é o cliente das fabricantes de automóveis? Quem compra carro novo ou aquele que possui um veículo da marca? Somente aqueles que fazem manutenção na rede oficial? E quem opta pela manutenção na rede independente de oficinas? Segundo estatísticas, a montadora que opta pela primeira opção considera apenas cerca de 20% dos donos de carros efetivamente clientes... alexandre akashi

Nesta décima edição da pesquisa Imagem das Montadoras/Melhor Carro, realizada pela CINAU (Central de Inteligência Automotiva), unidade de negócios de pesquisas do Grupo Germinal, a Fiat confirmou a segunda colocação como marca de maior prestígio entre os reparadores automotivos, conquistada na edição anterior. Assim, está atrás apenas da General Motors, que há sete anos é líder absoluta na preferência dos profissionais da reparação. Já a Volkswagen, que no ano passado havia despencado para a quarta posição, esboça agora uma tímida recuperação, ao conquistar o terceiro lugar, com pouquíssima margem de vantagem sobre a Toyota, quarta indicada pela pesquisa, que nos meses de novembro e dezembro de 2010 ouviu 1.169 reparadores de todo o país, via internet e por carta. Outra alteração que vale destaque é a ascensão da Renault, que subiu uma posição e agora ocupa a colocação que era da Peugeot. Honda, Citroën e Ford não apresentaram alterações no quadro, e permanecem em quinto, sexto e último lugar, respectivamente. Afinal, o que querem os reparadores? Parafraseando a minissérie da TV Globo, a resposta a esta pergunta é bem mais simples do que a busca do herói da TV, que tentava entender o universo feminino. Para o reparador, carro bom é aquele que ele consegue consertar, de forma

rápida, pois ele lida com o pior dos mundos: a insatisfação do dono do carro. Assim, tudo o que querem é informação técnica e peças de reposição de qualidade, a preço justo. Estas são as matérias-primas do reparador. O advento da injeção eletrônica mostrou que os reparadores têm competência para aprender a lidar com as inovações tecnológicas, e o aumento cada vez mais frequente de dispositivos eletrônicos nos veículos passará a ser simplesmente mais motivos para eles se aperfeiçoarem tecnicamente. Porém, para que isso ocorra, é preciso que as montadoras disponibilizem as informações ao mercado, pois erra quem pensa que a rede concessionária tem condições de atender toda a frota de veículos circulante. Não é preciso ser muito esperto para fazer esta conta. Nos últimos três anos, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) tem divulgado quebra de recorde de vendas consecutivos, o que significa mais e mais carros nas ruas. Porém, a rede de concessionárias não cresce proporcionalmente. Neste ponto, volto a lembrar da entrevista do presidente da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), Sérgio Reze, no jornal Folha de S.Paulo, de 10 de novembro de 2010, em que ele afirmou que as concessionárias têm capacidade de atendimento de 25% a 30% dos carros que representam.

Assim, está mais do que claro que não faz mais sentido esta reserva de informação técnica. E, sendo assim, aqui vai outra pergunta: quem é o cliente da montadora? Quem compra o carro ou aquele que possui o carro da marca? Mal necessário? Pode parecer loucura, mas é de se pensar que pós-vendas é, para as montadoras, um mal necessário. O mundo perfeito seria o de carros que não quebram, não precisam de manutenção, são, enfim, descartáveis. Algumas indústrias já chegaram a este ponto, como a de eletrodomésticos. O liquidificador quebrou? Joga fora e compra um novo... é mais prático e sai mais barato do que mandar consertar. Quem sabe as fabricantes de automóveis não chegam a este ponto um dia? M a s , enquanto esse tempo não chega, c o m o fica o consumidor, o dono do carro? Ele é cliente enquanto está na concessionária, adquirindo um veículo novo, mas, e depois? A mesma reportagem do jornal

Folha de S.Paulo acima citada revelou que 17% dos donos de carro ainda em garantia não têm conseguido agendar a primeira revisão na concessionária, perdendo assim a garantia do veículo. Para onde vai este consumidor? Para a oficina independente! Mas, como será feita a manutenção do veículo se a informação técnica está em poder única e exclusivamente das montadoras e sua rede? Vender muitos carros é muito bom, porém, é preciso lembrar que o automóvel ainda não é um bem descartável. Algumas montadoras já entenderam

isso, parcialmente, e buscam aproximação com o reparador independente, como a Fiat, por exemplo. A marca, que na primeira edição da pesquisa CINAU Imagem das Montadoras, realizada em 2000, foi considerada a pior de todas, principalmente porque os carros apresentavam grande dificuldade de manutenção. Nos últimos anos, a marca trabalhou o pós-vendas e mudou o conceito dos reparadores, e hoje figura na segunda colocação entre as mais recomendadas. Veja o quadro com a avaliação das marcas.


MERCADO

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Raio-X por marca GM, Fiat, Volkswagen, Ford, Toyota, Honda, Peugeot, Renault e Citroën são as montadoras com maior expressão no volume de vendas do mercado interno e, por isso, faremos a seguir uma análise de desempenho de cada uma delas. Nenhuma marca é perfeita. Todas possuem prós (virtudes) e contras (pecados) na avaliação dos reparadores. A CINAU identifica anualmente quais são as virtudes e os pecados mais importantes para os mecânicos, criando assim um padrão. A partir deste padrão, compara com o resultado individual de cada montadora. O fato de uma montadora ter índice negativo significa, portanto, que comete mais pecados do que virtudes. É preciso, no entanto, levar em consideração o volume da frota circulante para cada montadora, pois menos carros significa que o reparador teve menor acesso à marca, e menores chances de experiências positivas e negativas. Mais carros na frota traz assim nitidez ao resultado, em relação à percepção do reparador.

A General Motors do Brasil conquistou a liderança na edição 2003/2004 da pesquisa CINAU Imagem das Montadoras, com 31,2% da preferência dos reparadores e não saiu mais desta posição. Porém, depois de atingir o pico em 2007, com 48,5%, vem apresentando índices cada vez menores. Em 2009 já havia perdido quase dois pontos em relação à pesquisa anterior, e nesta última, perdeu mais 1,4 ponto percentual, fechando

com 24,2%. A GM está em meio a um processo de reformulação da linha de produtos. Segundo a montadora, no ano que vem, 100% da linha será renovada, em outras palavras, adeus velhas plataformas, velhos motores. Isso vai ser bom para a imagem da empresa junto ao consumidor, porém o reparador terá muito o que reaprender. Em entrevista ao jornal Oficina Brasil, publicada na edição de janeiro, a diretora de pós-vendas, Isela Constantini, mostrou ser uma pessoa bem antenada com o mercado de reposição e reparação e, portanto, deverá iniciar um trabalho de aproximação com a categoria, para que os novos produtos não causem complicações aos reparadores. É esperar para ver.

A montadora de origem italiana confirmou a segunda posição alcançada na edição passada quando desbancou a Volkswagen. Fechou 2010 com 12,4% da preferência dos reparadores e só não foi melhor porque ainda restam algumas lembranças do passado recente de modelos como Tipo e Marea, que puxam o índice para baixo. Em 2010, investiu em novos modelos e, principalmente, na atualização da motorização dos veículos existentes, uma vez que a parceria com a GM acabou. Os novos motores E.torQ ainda são um mistério para a maioria dos reparadores, porém a marca tem como benefício um excelente trabalho de relacionamento com os reparadores e, com certeza, não vai deixar a peteca cair neste momento.

Se na pesquisa anterior a Volkswagen despencou do segundo para a quarta colocação, nesta edição recuperou uma, e fechou 2010 na terceira posição, com 10,4% da preferência do reparador. A VW foi a marca com maior índice de aprovação da história da pesquisa CINAU. Em 2000, no ano da estreia, obteve impressionantes 60,8 pontos. A perda da liderança ocorreu em 2003/2004, para a GM; em 2005, ficou em terceiro também, mas voltou para segundo lugar nas edições de 2006, 2007 e 2008. A marca apostou muitas fichas no novo Gol e Voyage, porém tem um trabalho ainda tímido de pós-vendas. Desempenho ruim dos carros e falta de qualidade foram as principais respostas dos reparadores em crítica à marca. Ainda assim, muitos ainda confiam na marca, o que é muito bom. Fato é que a VW quer se aproximar do reparador e pode aproveitar esta recuperação para marcar pontos com os profissionais da reparação.

A Toyota voltou para a quarta posição após figurar no terceiro lugar, na edição passada, quando obteve 8,2% de recomendação. Nesta edição, foram 7,8%, um diferença pequena, o que significa que a marca não fez absolutamente nada para melhorar, mesmo depois do mega-anúncio de recall. A ideia que os reparadores

têm da marca é de veículos duráveis e de qualidade, o que não é mentira, porém a falta de informações técnicas e pouca disponibilidade de peças prejudicam o trabalho na oficina. Este é um problema de cultura, pois tradicionalmente, as montadoras japonesas são bastante fechadas quando o assunto é relacionamento com aftermarket.

O conceito da Honda junto aos profissionais da reparação caiu bastante nesta última edição da pesquisa. Despencou de 6,3% para 3,8%, o que dá margem para a seguinte interpretação: acabou o namoro. Os novos Honda Fit não conseguiram superar os antigos. Estão mais difíceis de fazer manutenção, principalmente em São Paulo por causa da inspeção veicular ambiental. Aliado a isso, a dificuldade de acesso a i nfo r ma ç ã o t é c ni c a t e m deixado muito reparador de cabelo em pé quando chega um carro desses na oficina. Pode ser que para o ano que vem esse quadro mude um pouco, pois a Prefeitura de São Paulo fez algumas mudanças nos procedimentos de inspeção o que vai facilitar a vida dos reparadores. O grande problema do carro é a demora para baixar os índices de emissões de CO e HC em marcha lenta. 30 segundos não são suficientes. Com a nova norma, haverá carência de mais 30 segundos, caso os valores não caiam nos 30 primeiros (veja nota na página 78).

A montadora francesa que tem como slogan ‘Tecnologia Criativa’ melhorou alguns pontos em relação à pesquisa anterior, subiu de -7% para -5,9% na recomendação dos reparadores. Fato é que neste último ano, pouco fez tanto em relação ao mercado de reposição quanto no lançamento de novos veículos. A única novidade em 2010 foi o AirCross, derivativo do C3. As principais reclamações são dificuldade de acesso a informações técnicas, disponibilidade de peças insuficientes e dificuldade de manutenção. Somente as três mais importantes, na ordem. A favor, o reparador confirma a qualidade e a relação custo x benefício dos modelos da marca. Isso, porém, é pouco para o profissional da reparação recomendar o carro ao cliente, pois sabe que depois, quando chegar a hora da manutenção, o trabalho será maior que a recompensa.

Na montadora francesa com maior representatividade no mercado 2010 foi um bom ano, pois subiu uma posição, e ficou à frente da Peugeot, pela primeira vez. Se na pesquisa anterior tinha -10,5% de recomendação, nesta tem -7,1%. Um feito e tanto. O que os reparadores mais reclamam são de disponibilidade de peças insatisfatória, acesso precário a informação técnica, difícil manutenção e


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desconfiança da marca, nesta ordem. Porém, é uma marca que conquistou parte dos reparadores pela simpatia e qualidade. Pena que simpatia é a última virtude na escala de valores dos reparadores.

A queda da Peugeot para a oitava posição foi uma surpresa, porém fácil de explicar. Mais carros nas ruas (a marca cresceu no Brasil), e muitos ainda continuam com velhos defeitos, que já deveriam ter sido sanados. A vantagem da Peugeot sobre as demais francesas é a abertura de canal de relacionamento, ao menos com as redações da mídia especializada, graças ao bom trabalho desenvolvido

pela assessoria de imprensa da montadora, que não nega o fornecimento de informações técnicas aos jornalistas. Assim, sempre que houver qualquer dificuldade em relação aos modelos, contem conosco que faremos o possível para ajudar. Na pesquisa, os reparadores apontaram apenas três virtudes: confiança na marca, qualidade e relação custo x benefício. Já em relação aos pecados, predominam os três mais importantes: acesso precário a informações técnicas, disponibilidade de peças insatisfatória e difícil manutenção.

Como sempre, a Ford aparece na lanterna, na última posição entre as nove

principais montadoras instaladas no País, com índice de -16,2%. Tem mais contras do que prós, na opinião dos reparadores e, por isso, é a menos recomendada por eles aos clientes. Esta não parece ser uma preocupação da Ford, e dá margem para um questionamento: para eles, quem é o cliente? Quem compra carro zero km e utiliza os serviços da rede concessionária, ou quem tem um veículo da marca, independente de onde realiza manutenção? Da Ford, os reparadores reclamam da falta de itens básicos (disponibilidade de peças insuficiente e acesso precário à informação técnica), apresentada por montadoras mais recentes no País, como as francesas e japonesas. De certa forma, toda a tradição da marca no País resume-se na venda de veículos, em volume limitado.

A seu favor, os reparadores mostram forte confiança na marca e, mesmo com índice de -16,2%, é possível dizer que houve uma melhora significativa em relação à pesquisa anterior. Na edição passada, o índice foi de -26,2%. Reflexão Nesta edição mostramos a opinião do reparador em relação às montadoras. No mês que vem, traremos o estudo CINAU Melhor Carro, que identifica os modelos preferidos e detestados pelos profissionais de mecânica automotiva. Mas antes, uma pequena reflexão. Se a montadora considera o dono do carro da marca um cliente – independente de onde ele faz a manutenção do veículo – vale lembrar a afirmação do gerente de Marketing Pós-Vendas, Peças e Aces-

sórios da Fiat Automóveis, Armando Carvalho, que em entrevista a este jornal, publicada na edição de novembro do ano passado, disse: “Um pós-venda bem trabalhado é também uma pré-venda”. Não seria lógico, então, uma aproximação com o reparador independente, que afinal é responsável pela manutenção de quase 80% da frota da montadora? Nesta lógica, o reparador, motivado em relação à marca, faria a melhor pré-venda. Pois é esta lógica que esta pesquisa evidencia: as marcas estão sendo “vendidas” pela recomendação do mecânico e as que estão perdendo vendas pela falta de prestígio junto aos profissionais. Tal realidade ficará ainda mais evidente quando analisarmos os resultados por modelo na próxima edição.

DNA – Estudo de Virtudes e Pecados da CINAU O estudo de Virtudes e Pecados elaborado pela CINAU indica os pontos fortes e fracos das montadoras sob a ótica do reparador. São 11 virtudes e 11 pecados classificados por ordem de importância. Quanto mais citações, mais importante é o quesito. As virtudes são, em ordem de importância, a Confiança na Marca, Qualidade, Durabilidade, Acesso a Informação Técnica, Tecnologia, Disponibilidade de Peças, Relação Custo x Benefício, Facilidade de Manutenção, Mecânica, Desempenho do Carro e Simpatia com a Marca. Os pecados, também por ordem de importância, são Acesso Precário a Informação Técnica, Disponibilidade de Peças Insatisfatória, Dificuldade de Manutenção, Desconfiança na Marca, Antipatia da Marca, Desempenho do Carro Insatisfatório, Relação Custo x Benefício, Pouca Qualidade, Durabilidade Insuficiente, Mecânica e Tecnologia Defasada.


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Resultado dos Ăşltimos anos

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Premium Audi A8: o que de melhor um automóvel pode oferecer?

Nestes tempos em que as montadoras alteram até a geometria da suspensão na busca por economia de combustível em detrimento até da segurança, o A8 mostra o que é, na essência, desempenho, conforto, segurança e controle de emissões

Marco Antonio Silvério Junior O que um automóvel deve ter? Um desempenho satisfatório em relação às dimensões, oferecer uma boa posição de direção e visibilidade com certo conforto, de acordo com a proposta e itens de segurança que atenda, no mínimo, as normas do país onde irá circular. É o que nos acostumamos a observar nos veículos comuns para dizer se são razoáveis, e quando superam um ou outro ponto, chegam até a ser bons. Como na maioria dos casos, no máximo atendem as expectativas, exigimos que tenham manutenção simples, de baixo custo e baixo consumo de combustível. O A8 é o material didático da Audi para ensinar o que é um desempenho para deixar de boca aberta até se fosse um veículo de proposta esportiva com baixo peso e dimensões reduzidas. No quesito confor-

to, quando estiver com o banco traseiro na posição leito recebendo uma massagem nas costas e ombros, se sentirá em casa. Com relação à segurança, depois de conhecer toda a estrutura para preservar a vida de quem anda dentro e fora do A8, você vai ficar com medo de andar no seu carro. Dessa forma, ninguém irá exigir uma manutenção de baixo custo, e a simplicidade de diagnóstico é proporcional ao empenho do reparador, já que toda a rede autorizada recebe treinamento específico. Quanto ao consumo de combustível, apesar de não ser a principal preocupação de quem paga R$ 550 mil em um automóvel, é beneficiado pelas diversas soluções inteligentes para reduzir emissões de poluentes. Tivemos a honra de participar do treinamento para a rede autorizada Audi sobre o novo A8 que acaba de desembarcar no Brasil. Veja a seguir, separados por siste-

mas, os principais detalhes deste conceito superior de automóvel. Motor e controle de emissões O motor 4.2 FSI utiliza injeção direta de combustível e quatro comandos de válvulas variáveis. O sistema de injeção direta permitiu o uso de uma alta taxa de compressão, 12,5: 1, o suficiente para desenvolver 372 cv de potência a 6.800 rpm, com torque 445 Nm a 3.500 rpm. O gerenciamento da injeção de combustível é Bosch MED 17 e as emissões de gases poluentes atendem a norma Euro V, auxiliado por soluções inteligentes como a bomba de óleo regulada por demanda e ao termogerenciamento inovativo do sistema de arrefecimento. Esta bomba de óleo evita o desperdício de potência do motor para gerar mais fluxo do que o necessário para garantir a lubrificação do motor em baixos regimes

de funcionamento. Uma válvula magnética libera a passagem para aumento do fluxo quando preciso. O termogerenciamento inovativo se trata de um controle eletrônico do sistema de arrefecimento gerenciado por um software integrado a unidade de comando do motor para uma perfeita distribuição do calor fornecido pelo motor através de um sistema de válvulas para a transmissão, habitáculo e lubrificação do motor. A válvula termostática trabalha a 95°C, porém a plena carga recebe uma alimentação para fazer a temperatura subir a 99°C, aumentando a temperatura do lubrificante e tornando o funcionamento mais suave. Com o motor frio, a circulação do liquido é bloqueada para um aquecimento mais rápido, que após cerca de 120s, libera a circulação para o aquecimento do habitáculo, tornando a temperatura agradável. Caso a temperatura ambiente não ne-


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Bateria esta instalada abaixo do estepe

Motor 4,2 FSI de 372 cv leva o A8 de 0 a 100 km h em apenas 5,7 s

cessite de aquecimento, o líquido passa mais tempo parado até atingir 105°C e então aquece o fluido ATF da transmissão e passa a circular pelo cabeçote e válvula termostática, sendo gerenciado e direcionado para onde houver demanda de calor.

Como os diferenciais distribuem o torque para a roda que apresenta menor resistência a rotação, o sistema de controle de tração e o ESP atuam no ABS para frear a roda que patinar, assim o diferencial envia o torque para a outra roda ou eixo.

Transmissão A nova caixa de transmissão ZF possui oito velocidades a frente mais uma a ré. Com isso o espaço entre cada marcha é menor tornando as trocas mais rápidas e com menor patinação para proporcionar suavidade, assim são reduzidas as emissões e há melhor aproveitamento da faixa de torque máximo do motor além de rodar em velocidade constante com baixo rpm. Outra característica adotada para evitar desperdício de potência foi a comutação automática para o neutro quando o veículo está parado e com o pedal do freio acionado, grande causa do alto consumo de combustível nos veículos automáticos. Nesta transmissão o eixo que leva o torque as rodas dianteiras passa entre o motor e a caixa possibilitando o deslocamento do conjunto mais para trás, liberando espaço entre o capô e o motor, importante para a proteção de pedestres como veremos na sessão segurança. A alavanca de engate é apenas um joystick com sensores do tipo Hall que avisam a unidade de comando a intenção do motorista, e uma mecatrônica realiza os comandos no câmbio, este sistema é chamado de Shift-by-Wire. O diferencial central acoplado a caixa transmite o torque de forma assimétrica, ou seja, cada uma das quatro rodas pode receber um valor de torque diferente, de acordo com as condições de aderência.

Carroceria – Audi Space Frame Como em todo A8, a carroceria é toda construída em alumínio, mas este último modelo abre uma exceção para a coluna B, fabricada em aço moldado a quente de ultraelevada resistência, fechada com uma chapa de aço moderno de elevada resistência. Com isso a estrutura ganhou maior rigidez e proteção contra colisões laterais. No restante da carroceria apenas alumínio. São utilizadas peças fundidas, chapas e perfis de chapa de alumínio prensados por extrusão. Esse tipo de construção, chamada Audi Space Frame, como no R8 da edição de janeiro, pesa cerca de 45% menos que a convencional, tornando o A8 o mais leve entre os concorrentes diretos, mesmo utilizando tração integral. A ligação entre os componentes é feita por rebites maciços e puncionados, parafusos do tipo flow-drill, colagem e soldas MIG (mais simples, rápida e produtiva que a TIG) e laser na costura do teto. Para facilitar a manutenção, as partes dianteiras das longarinas, mais suscetíveis a danos por impactos frontais, são aparafusadas. SEGURANÇA Segurança passsiva Este capítulo ocuparia facilmente dezenas de páginas do jornal, mas vamos tentar explicar em alguns parágrafos os sistemas mais inovadores presentes no A8. Os sistemas de segurança passiva, aquela que

Em caso de pane elétrica, existe uma alavanca no assoalho do lado do motorista para destravar o câmbio

protege os ocupantes em caso de acidente, atuam coordenadamente para reter os passageiros nos assentos e acionar os respectivos airbags. No total, a unidade de comando do airbag, localizada no centro do veículo entre os consoles centrais dianteiro e traseiro, controla oito bolsas de ar, quatro detonadores dos tensores dos cintos de segurança, dois limitadores de força nos tensores dos cintos dianteiros, e um detonador de interrupção da bateria, que por estar no porta-malas, distribui energia por uma extensa fita de cobre, assim em caso de colisão está sujeita a curto. Os cintos de segurança dianteiros também possuem uma unidade de comando cada para controlar os tensores reversíveis em diferentes situações, podendo ser apenas uma redução da folga, um tensionamento médio ou total. Veremos mais detalhes ao falar dos sistemas de segurança ativa. Para administrar os comandos, a unidade do airbag conta, além dos sensores convencionais, com informações de seis sensores de impacto (quatro laterais e dois frontais) e dois sensores de posição dos bancos dianteiros, que servem para adaptar o acionamento das bolsas e dos tensores pirotécnicos dos cintos, de acordo também com a gravidade do acidente. A adequação da bolsa é feita controlando a abertura da válvula de alívio por meio de um detonador, quanto mais cedo abrir, menor a intensidade. Providências também foram tomadas para minimizar os danos de um possível atropelamento. A frente do carro está mais longa, assim o espaço entre o capô e o motor aumentou, para absorver o impacto do

corpo antes de atingir o motor. Há ainda disponível para alguns países um sistema pirotécnico de elevação do capô, acionado quando é detectado um atropelamento por um dos três sensores de impacto para proteção de pedestres posicionados a frente do veículo. Segurança Ativa Mas a inteligência empregada vai além de simplesmente reconhecer uma desaceleração e acionar dispositivos pirotécnicos, o A8 é capaz de detectar uma aproximação rápida de um objeto a frente, alertar o motorista e, caso não haja reação, tomar as providências para que as consequências do impacto sejam amenizadas. Isto é segurança ativa, chamado pela Audi de pre sense. No pára-choque dianteiro, o que podem parecer dois faróis de milha, na verdade são radares, e em uma das quatro argolas na grade radiador existe uma câmera. Junto a informações de unidades de comando de outros sistemas, o pre sense consegue fazer a identificação de perigo e age em quatro fases: 1ª fase: Alerta sonoro e visual do motorista através do painel de instrumentos, enquanto pré-abastece o sistema hidráulico dos freios e ajusta a suspensão para o modo rígido. 2ª fase: Se não houver reação do motorista, o ABS aplica uma rápida pressão nos freios, dando um tranco no carro e mantendo uma pressão de frenagem de 30%, além de reduzir a folga do cinto de segurança. 3ª fase: Se ainda assim o motorista não tomar o controle da situação, a frenagem aumenta para 50% da força total. As luzes


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Tela de 7 polegadas no painel de instrumentos mostra as informações mais importantes...

de emergência (pisca alerta) são acionadas e todas as janelas e teto solar começam a se fechar, para evitar a entrada de objetos no habitáculo na hora do impacto. 4ª fase: O veículo irá bater, não há mais como o motorista tomar alguma atitude, então o pre sense aplica pressão total nos freios para diminuir a força do impacto e faz o tensionamento total dos cintos de segurança. A unidade do airbag aproveita as informações para saber o momento e a força do impacto para estar preparado. Caso o motorista acione o freio nas fases 1 e 2, um sistema chamado braking guard auxilia complementarmente a frenagem, e se o motorista acelerar mais o carro mesmo após o tranco aplicado pelo ABS, o sistema é desabilitado, pois entende que deseja assumir o controle, e jamais algum programa

...e também a câmera de visão noturna

deve sobrepor a decisão do motorista. Se o motorista conseguir parar a tempo e o veiculo que vier atrás se aproximar perigosamente, o pre sense rear (traseiro) liga o pisca alerta, fecha os vidros e teto solar e ajusta a posição do banco e encosto de cabeça para evitar o efeito chicote do pescoço. Se o impacto for realmente acontecer o tensionamento total do cinto é realizado. Suspensão O A8 possui de série o Adaptative Air Suspension, um sistema de suspensão a ar ativa que se adapta automaticamente às diferentes condições do piso e pilotagem. O condutor também pode selecionar manualmente o comportamento da suspensão através do Audi Drive Select na central multimídia.

As poltronas traseiras oferecem posição leito e massagem para os passageiros

Detalhe da câmera de visão noturna

Com a nova disposição do eixo de transmissão entre o motor e a caixa de transmissão, o conjunto de suspensão ficou posicionado a frente do eixo, proporcionando algumas vantagens, as principais são o aumento do entre eixos e a eliminação da necessidade de ajuste do famoso ponto ‘S’ (ajuste da convergência e posição do terminal de direção com o veículo a uma determinada altura). Porém o alinhamento só pode ser feita na rede autorizada devido a necessidade do alinhamento da câmera presente na grade do radiador, o que exige ferramental apropriado. A rigidez estrutural do agregado é formada por duas barras em X. Em nenhuma hipótese o veículo pode ser apoiado no chão com estas barras soltas, com a consequência de deformação do agregado, exigindo a troca do componente.

Alavanca de câmbio é apenas um joystick para comandar o câmbio. Não há cabos, apenas fios

Show de tecnologia Os radares e a câmera citados no item segurança ainda proporcionam realizar outras funções difíceis de imaginar até alguns anos atrás. Uma delas é o ACC – Adaptative Cruise Control fornecido pela Bosch. O que poderia ser banalmente chamado de piloto automático, mas vai muito além do que estamos acostumados a ver. O sistema pode acelerar e frear o veiculo de 0 a 250 km/h, mantendo uma distância determinada pelo condutor do veículo a frente. A câmera tem a possibilidade de identificar também pessoas através do reconhecimento de cabeça, tronco e membros, e assim frear o veículo caso haja tempo e espaço hábil para isso. A câmera de visão noturna mostra no painel de 7”, presente entre os indicadores

Encosto de cabeça se ajusta quando há risco eminente de impacto para evitar o efeito chicote no pescoço


FICHA TÉCNICA

A ferramenta para analise do sistema de injeção permite analisar cada componente do sistema através do pino na caixa de diagnóstico com numeração correspondente no módulo. Cada pino possuí duas entradas com um jump, assim é possível removê-lo e abrir o cicuito para análise de curtos ou de passagem de corrente. Também existe outra ferramenta específica para teste de rede CAN em formato parecido.

de velocidade e rpm, obstáculos e pessoas, indicando através da coloração a proximidade e se está na direção por onde o carro irá passar. O farol planar é ajustado automaticamente de acordo com o caminho à frente. Se estiver livre até onde o radar consegue detectar, irá usar longo alcance de iluminação, caso seja detectado um veículo vindo na direção contrária, irá reduzir o alcance do lado esquerdo para evitar ofuscamento da visão do motorista. Ao chegar em um cruzamento, o alcance transversal da iluminação é ampliado para facilitar a visibilidade de pedestres e veículos que pretendem cruzar a frente. Guiado por GPS A Audi promete que irá funcionar no Brasil um sistema de auxílio à condução por GPS. A vantagem será principalmente em rodovias, onde o veículo saberá o que existe após a próxima curva, evitando assim trocas de marchas desnecessárias, por exemplo: o motorista reduz a velocidade para entrar numa curva e o câmbio conse-

Motor Número de cilindros Valvulas por cilindro Sequência de ignição Diâmetro X Curso mm Cilindrada total cm³ Taxa de compressão Potência máxima Gas/Etanol Torque máximo Gas/ Etanol Gerenciamento do motor Aceleração 0 a 100 km/ h Velocidade máxima Consumo na cidade L/100 km Consumo na estrada L/100 km Consumo combinado L/ 100 km

quentemente reduz marchas para realizar a curva e sair com certo torque, sem saber o que vem a frente, o câmbio volta a subir as marchas assim que o motorista começa a acelerar. Se houver uma curva logo em seguida, irá precisar reduzir tudo de novo. Com os dados do GPS, o A8 saberá que a frente há outra curva e qual a sua intensidade, então irá manter a marcha ideal para contorná-la, aumentando o conforto, reduzindo emissões e desgaste do conjunto. Agora sim é possível imaginar que um dia veículos andarão sozinhos pelas ruas.

Transmissão

Relação de marchas 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª Ré Suspensão Dianteira Traseira

Reparadores de redes autorizadas de todo o Brasil participaram do treinamento ministrado por Lothar Werninghaus, auxiliado por Vander da Silva Souza

Direção Freios Numero de pistôes Diâmetro dos discos Dimensões em mm Comprimento Largura Altura Entre eixos Peso Capacidade do porta-malas Tanque de combustível

8 em V 4 1-5-4-8-6-3-7-2 84,5 X 92,8 4.163 12,5: 1 372 cv @ 6800 rpm 445 Nm @ 3500 Bosch MED 17 5,7 s 250 km/h limitada eletronicamente 13,3 7,2 9,5 "caixa de transmissão com planetárias de 8 velocidades controlado eletrohidraulicamente com conversor de torque hidrodinâmico e embreagem de trava do conversor de deslizamento controlado" Caixa de transmissão de marchas montada longitudinalmente e tração nas quatro rodas 4,71 3,14 2,11 1,67 1,29 1 0,84 0,67 3,32 Adaptive Air Suspension 5 Link com braços de aluminio

Traseiro 1 330 mm Hidráulica com bomba de fluxo variável acionada por correia Dianteiro 2 356 mm Multi Link com braços trapezoidais de aluminio

5.137 1.949 1.460 2.992 1835 510 l 90 l


84

EM BREVE, NA SUA OFICINA

Fevereiro 2011

EM BREVE, NA SUA OFICINA

Citroën C3 AirCross: ao gosto brasileiro A nova minivan da Citroën lançada na Europa como C3 Picasso, chega ao Brasil primeiro na versão aventureira, com powertrain bem conhecido do reparador

O AirCross foi desenvolvido para o público brasileiro, que encontrou nos veículos aventureiros com pneus mais altos e maior vão livre uma boa escolha para enfrentar as lombadas, valetas e inúmeros buracos no asfalto. O modelo é fabricado no Brasil, em Porto Real, RJ, sobre a plataforma do C3 hatch, porém há grande diferença nas medidas, principalmente no entre eixos, 8 cm maior, largura, 5,6 cm maior e no comprimento onde o AirCross é 43 cm maior. As três versões oferecidas se distanciam por uma grande diferença de preço e itens disponíveis. A inicial GL custa a partir de R$ 54.350, porém a única pintura sólida disponível é branca e o kit com tapetes, barra transversal, capa rígida para o estepe e guarnição do para-choque custa mais R$ 2.500, ou seja, o AirCross com pintura metálica e o kit parte de R$ 57.850. A versão GLX agrega bússola, inclinômetro, rádio mP3 e regulagem de altura do banco do motorista, que não está disponível nem como opcional na GL. O airbag duplo frontal também aparece como opcional a partir

Divulgação

Marco Antonio Silvério Junior

Com motor 1.6l 16v, o Aircross é uma minivan completa, porém não muito econômica

dessa versão, que com pintura metálica irá sair por R$ 61.650, quase o preço inicial da Exclusive, que completa mesmo, com airbags laterais, sistema de navegação, sensor de chuva, luminosidade e estacionamento, não sai por menos de R$ 70.550. Powertrain O C3 Picasso europeu já utiliza o motor desenvolvido em parceria com a BmW, aplicado também no mini Cooper, além das versões Diesel, mas o AirCross conta apenas com

a motorização 1.6l 16v, a mesma do C3 hatch, assim como a caixa de câmbio que teve a relação do diferencial encurtada em 15 % para compensar o peso extra. A potência máxima permanece em 110/ 113 cv (gas/ etanol), porém a rotação onde acontece subiu para 5800 rpm, para dar um fôlego a mais nas trocas de marchas compensando o maior peso, cerca de 250 kg dependendo da versão. O acerto da injeção também mostra diferença ao examinar o torque, que perde

Por baixo, as coisas não melhoram, o espaço Freio a tambor na traseira demonstra um para manutenção é limitado projeto mais econômico para o modelo

3 Nm em relação ao C3 hatch, são 142/ 155 (gas/ etanol) sendo que na gasolina acontece as 4000 rpm e no etanol às 4500 rpm. O conjunto dá conta do recado, disponibiliza bom torque para o trânsito urbano e na estrada não deixa o motorista na mão na hora de fazer ultrapassagens, porém se mostrou um tanto ‘beberrão’ fazendo uma média de 6,5 km/l abastecido com etanol. O sistema de injeção é o Bosch motronic mE 7.4.9R que substitui o antigo mE

Detalhe da suspensão dianteira com ferrugem em diversos pontos como nas buchas de bandeja

7.4.4, com a principal vantagem de ter na memória 17 possibilidades de reconhecimento da quantidade de etanol misturado ao combustível, começando em 20% até 100%, e a unidade faz esse ajuste em torno de um minuto. Este sistema já atende também a norma OBDBr2 com dois sensores de oxigênio do tipo planar, que garantem aquecimento mais rápido e constante durante o funcionamento do motor, além de uma leitura mais rápida, que aliada a comunicação com scanner via CAN (e não via linha K como no antigo) permite um diagnóstico mais preciso dos parâmetros do sistema de injeção. Reparabilidade O reparador não terá vida fácil para efetuar reparos no AirCross. O espaço no cofre do motor é limitado, a impressão é de que está tudo amontoado, os bocais de abastecimento dos reservatórios de partida a frio, líquido de arrefecimento e água do limpador de pára-brisa estão colados uma ao outro no lado direito do cofre e até um serviço simples como a troca da correia poly ‘v’ demandará grande mão de obra. Alguns componentes se

Módulo da injeção Bosch ME 7.4.9 está entre a caixa do filtro de ar e bateria


EM BREVE, NA SUA OFICINA

escondem por baixo da caixa por onde o ar entra para a cabine, como o coletor de admissão, o TBI e até o reservatório de freio, que ficou com o bocal numa posição inclinada e com um péssimo acesso, onde até a retirada da tampa é difícil e só é possível fazer o abastecimento com um funil. Um sistema de travas para a tampa do filtro de ar também seria mais conveniente que os parafusos, principalmente na posição ingrata onde está a parte traseira da mesma. Undercar Mas outros pontos merecem elogios, como o espaço para uma chave do tipo torx no parafuso do terminal de direção que poupa tempo nas situações onde o para-

Fevereiro 2011

fuso gira junto com a porca. A direção elétrica do C3 não foi adotada no AirCross, que utiliza bomba hidráulica acionada pela correia. A coxinização do escapamento é de ótima qualidade e possui cinta que impede a queda da peça em caso de quebra da borracha, já o material do escapamento não pareceu dos melhores, pois a corrosão já tomava conta do silencioso intermediário na unidade avaliada com apenas 6 mil km, situação que vem se repetindo em diversos veículos avaliados com motores Flex. Talvez o local de produção, Rio de Janeiro, tenha colaborado, mas outros componentes como as buchas de bandeja e semi-eixos tam-

bém apresentavam oxidação acima do normal, (lembrou o Chery Tiggo) causando má impressão em relação a qualidade dos materiais utilizados. As suspensões do tipo McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira, ambas com barras estabilizadoras, estão com montagem caprichada, perebe-se preocupação nos detalhes, como nos batentes dos amortecedores, molas bem encapadas e chapas que evitam a necessidade de segurar as porcas ao soltar parafusos dos amortecedores e quadro de suspensão. O comportamento na estrada também agrada, a rolagem da carroceria é bem controlada, visto a altura e o vão livre do veículo.

Pára-brisa Acústico O AirCross vem equipado com um para brisa fabricado pela Saint-Gobain Sekurit, que possui entre as lâminas de vidro, uma camada de polivinil butirol, material com propriedades que filtram os ruídos externos, como o barulho do atrito entre os pneus e o solo, ruído do motor, vento e até o dos pingos de chuva, elevando o nível de conforto ao rodar com todos os vidros fechados.

Posição do conector de diagnose

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FIChA TéCNICA Motor Número de cilindros

4

Valvulas por cilindro

4

Diâmetro x Curso em mm Cilindrada total cm³

78,5 x 82 1587

Potência máxima Gas/Etanol

110/ 113 cv @ 5800 rpm

Torque máximo Gas/ Etanol

142/ 155 Nm @ 4000/ 4500 rpm

Cárter do motor com filtro Transmissão

3,2 l MA5R

Relação de marchas 1ª

3,63:1

1,95:1

1,28:1

0,97:1

0,76:1

3,58:1

Diferencial

4,92:1

Óleo

2l

Suspensão Dianteira

independente, tipo McPherson, com molas helicoidais, barra estabilizadora e amortecedores pressurizados

Traseira

travessa deformável, com molas helicoidais, amortecedores pressurizados e barra estabilizadora

Pneus

205/ 60 Pirelli Scorpion

Rodas

16" em liga leve

Dimensões mm

Os bocais de abstecimento estão amontoados, e o espaço para manutenção da correia é limitado

Comprimento

4279

Largura

1730

Altura

1753

Entre eixos

2542

Peso Kg

1404

Capacidade de carga Kg

408

Tanque de combustível

55 l

Cofre do motor é bem apertado. Repare o reservatório do fluido de freio ao lado da caixa do filtro de ar


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técnica

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RepaRadoRes, eu vi

Divulgação

carro chinês, você ainda vai reparar centenas deles alexandre akashi editor do jornal Oficina Brasil editor@grupogerminal.com.br

Estande da Chery no Salão do Automóvel: além dela, outras oito marcas chinesas apresentaram novidades na maior feira de automóveis do Brasil

Outro dia, ao passar pela banca de jornais, li uma manchete em uma revista especializada em automóveis que me chamou atenção: Carro chinês você ainda vai ter um! Ao ler a matéria, a primeira surpresa foi a legenda em destaque, com a foto do presidente da Districar, Abdul Ibramo: “Só crescerá no Brasil a marca que investir no pós-venda”. Li com atenção a análise de mercado que a editora Ana Flávia Furlan fez e tenho de concordar com tudo que ela escreveu. Os veículos que começam a desembarcar agora no Brasil, oriundos da China, têm muitos atrativos para conquistar o consumidor e isso vai mexer com o nosso mercado. Os chineses compram tecnologia aos montes, principalmente neste momento de crise dos mercados norteamericano e europeu. Fortaleceram a indústria automo-

tiva e vão ganhar o mundo, enquanto nós, aqui no Brasil, nos orgulhamos da Petrobras, da Embraer e ficamos à míngua quando o assunto é montadora de automóveis. Sim, temos Fiat (italiana), Volkswagen (alemã), Ford e General Motors (ambas norteamericanas) instaladas, há mais de 50 anos, e já atraímos fábricas de outras marcas, japonesas e francesas. Mas, e a brasileira? A tentativa mais duradoura foi frustrada e enterrada pela pressão imposta da concorrência que se sentiu ameaçada. Claro, naquela época, concorrente bom era concorrente falido. E, o governo abraçou a ideia, porque só pensou nele mesmo... Hoje vemos a invasão chinesa que mesmo produzindo veículos com tecnologia defasada, está a nossa frente, pois carro brasileiro mesmo, não existe.

O último Salão do Automóvel, realizado em outubro, em São Paulo, foi uma mostra da força da indústria automotiva chinesa: nada menos do que nove marcas em exposição. E poderia ser mais, porque lá eles produzem carros como quem monta um computador... Você vai lá, escolhe os modelos que quer e eles entregam o produto montado, com a sua marca. Seu único trabalho é montar a rede de concessionárias e os trâmites burocráticos de importação! Esta é a nossa realidade hoje. Somos o quarto maior mercado mundial de consumo de automóveis e não temos uma única montadora 100% nacional, enquanto países como França, Alemanha, Japão, Reino Unido, e até a Coréia têm. E a China nos ensina uma lição. A de que é possível. Neste campo, da engenharia automotiva, temos exce-

lentes profissionais, muita cultura e criatividade, principalmente no setor da reparação. Tanto, que é na oficina que nasce algumas melhorias que os projetistas deixam escapar, muitas vezes por conta da pressa em colocar o veículo no mercado. O avanço dos carros chineses colocará novamente os reparadores em prova, pois quem sabe o que vem pela frente? Com certeza, a grande maioria destes veículos não está preparada para nossas vias e os componentes de suspensão deverão ser os mais afetados. Então só resta esperar. E, se a previsão da editora Ana Flávia Furlan estiver correta, os reparadores também precisam se preparar para atender a esta nova demanda de veículos, que, por enquanto, são de qualidade duvidosa, mas com excelente custo de aquisição.


TÉCNICA

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DICAS DO CONSELHO

Quero ser empresário da reparação. Como faço? Divulgação

Recebemos recentemente uma dúvida interessante por e-mail do internauta Edinei Rodrigues, que tem uma oficina mecânica em Governador Valadares, MG. Porém, sem empresa aberta e sem registro de funcionários, querendo saber do conselho editorial o caminho para formalizar seu negócio. Veja a seguir. “Tenho uma pequena oficina mecânica em um salão alugado para cerca de quatro carros. Gostaria de formalizar meu negócio, abrir empresa e poder registrar o funcionário que trabalha comigo, para dar os primeiros passos. Conto com algumas dicas dos membros do conselho que podem dizer como posso começar a formalizar meu negócio”. Obrigado O conselheiro Júlio Cesar comentou como começou o processo para abrir a oficina e deu dicas imprescindíveis para quem quer seguir este caminho.

Veja a seguir as dicas comentadas pelo nosso conselheiro O primeiro passo é buscar um bom contador, de preferência por indicação. No meu caso tenho um tio que me orientou. Você precisará bolar um nome para criar a razão social, ou seja, o nome da empresa perante aos órgãos públicos, o contador irá lhe pedir ao menos três diferentes nomes, porque muitas vezes o nome já existe. O nome fantasia pode continuar o mesmo que já usa, por exemplo, a minha razão social é Souza Car Centro técnico Automotivo e o nome fantasia é Souza Car. Para abrir a empresa gastará cerca de R$ 500,00 mais meio salário mínimo mensais para o contador gerenciar sua empresa. Como tem apenas um funcionário talvez não cobre nada além disso. Agora, se tiver mais poderá cobrar algum valor extra. Uma dica importante é se cadastrar como

ME (microempresa) através do Simples, e colocar o objeto como prestação de serviços e venda de peças. O seu contador saberá lhe orientar nessa hora. Assim que abrir, a empresa começará a receber diversas cartas de sindicatos e você precisará se filiar a um deles. Cuidado para se cadastrar em apenas um, pois será cobrada uma taxa anual, e alguns deles não têm nada a ver com as atividades que exerce. Este mês mesmo recebi uma carta do sindicato dos desmanches. O contador também irá gerenciar o fluxo de notas fiscais, onde você irá pagar de 4,5% a 5% em impostos sobre o valor de cada nota, mas apesar de todos os custos, a formalização vale muito a pena: verá que seus negócios irão fluir de maneira mais saudável e controlada.

JÚLIO Cesar de Souza Souza Car - (11) 2295-7662 conselheiro.julio@oficinabrasil.com.br Equipe da Souza Car Centro Técnico Automotivo

Se você tem dúvidas técnicas e quer esclarecê-las, mande um email para leitor@oficinabrasil.com.br.


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AvAliAção do RepARAdoR

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AvAliAção do RepARAdoR

Kombi é avaliada aos 61 anos de idade O utilitário líder em vendas da Volkswagen trocou de motor, mas os incêndios continuam Fotos: Oficina Brasil

Marco Antonio Silvério Junior Na última mudança, talvez a mais significativa, a Kombi finalmente deixou para trás o motor boxer refrigerado a ar que só adquiriu injeção eletrônica a partir de 1997, quando o item se tornou obrigatório devido às leis de emissões de gases poluentes. Agora o modelo conta com o moderno motor 1.4l da família EA111, a mesma dos 1.0l e 1.6l utilizados nas famílias Gol, Fox e Polo, que manteve a fama de manutenção simples e durabilidade dos motores a ar, quando bem cuidados, é claro. Arrefecimento Muita atenção ao utilizar componentes de outros veículos equipados com o mesmo motor. A bomba d’água é um caso clássico, que foi explicado de maneira bem simples pelo conselheiro do jornal Oficina Brasil e proprietário da CobeioCar, de São Paulo, Cláudio Cobeio, ao contar o que ocorreu na sua oficina. Um cliente comprou uma Kombi 1.4, que rodava no interior normalmente. Porém, ao rodar no trânsito de São Paulo, o utilitário apresentou problemas de superaquecimento. Depois de muito examinar, o reparador removeu a bomba d’água e a comparou com à de um Fox que estourou o radiador duas vezes. Foi então que notou diferenças nas aletas. Por coincidência, o Fox utilizava uma bomba da Kombi e a Kombi, uma bomba do Fox. Como o radiador da Kombi está montado na frente é preciso uma bomba de maior vazão. A dica é observar as aletas na hora da compra,

Já na terceira idade, a perua mais vendida do Brasil apresenta problemas novos, mesmo depois de ganhar motor arrefecido a água

que, na bomba da Kombi, são praticamente retas e na do Fox tem uma grande inclinação. A capacidade do sistema é para 12,3 l de água mais aditivo do tipo G12, como é chamado na VW. A concentração de aditivo na mistura deve ser de 40%, que representa 4,9 l. Para fazer a drenagem do sistema, o ideal é desconectar as duas mangueiras na parte inferior do veículo que ligam o radiador ao motor, abrir a tampa do reservatório e o dreno na parte superior do radiador para garantir que todo líqui-

do seja escoado. Ao completar o nível, pressurize o sistema até que o líquido comece a sair pelo dreno e então o feche. Injeção eletrônica e ignição A potência do propulsor é de 78cv/80cv (gasolina/etanol) a 4.800 rpm, com torque de 12,5 kgfm/12,7 kgfm (gasolina/etanol) a 3.500 rpm. Os sistemas de injeção utilizados são Magneti Marelli e podem ser 4BV ou 4GV. Segundo o conselheiro e proprietário da AutoElétrico Torigoe, de São Paulo, Sérgio Torigoe, um jeito fá-

cil de diferenciá-los, além da etiqueta do módulo, é verificando a existência do sensor de velocidade no câmbio, no caso do 4GV, que no 4BV é acionado pela roda dianteira. Outra particularidade é o sistema de imobilizador que no 4BV, possui uma caixinha em baixo da capa do volante. Já no 4GV ele está integrado ao painel de instrumentos e em caso de pane precisa ser substituído por completo. Para este sistema de injeção, é bom lembrar, aplicamse os cuidados com a roda fônica do sensor de rotação e PMS que está posicionada

junto à flange do vedador traseiro do virabrequim, que exige ferramenta especial para o correto sincronismo. Se ele for instalado incorretamente, o motor não entra em funcionamento. O sistema também utiliza sensor de fase, localizado na tampa de válvulas, que possibilita a injeção sequencial e a correção da detonação em cada cilindro de forma independente. Segundo os conselheiros Júlio Cesar e Eduardo Topedo, da SouzaCar e Ingelauto, respectivamente, ambos de São Paulo, o sistema de


Kombi 1.4

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Caso o sensor de fase apresente problemas o motor ainda funciona

ignição exige atenção, pois quando a bobina apresenta fuga de corrente, acontece a desprogramação do corpo de borboleta e muitas vezes o veículo não funciona. Na coluna da edição de dezembro, André Bernardo recomendou a utilização de bobina original em caso de necessidade de troca, além de outras dicas importantes. O membro do fórum Oficina Brasil ‘mekanicomineiro’ também salientou os problemas do sistema de ignição e alertou para tomar cuidado com umidade nos cabos de vela. Segundo ele, até uma lavagem por baixo pode fazer com que chegue água neste componente, o que causa falhas no sistema, exigindo a troca. Os pedais foram modificados para receber o sistema E-Gas de acelerador eletrônico. Agora o de aceleração

Motor 1.4 Flex deu sangue novo à Kombi e manteve a fama de alta durabilidade e fácil manutenção

está na parte de cima, enquanto os outros permanecem no assoalho. É estranho, mas não atrapalha o acionamento. No lado da borboleta, pode haver oscilação de marcha lenta e perda de aceleração devido à formação de borra. A lâmpada EPC no painel deve acender ao ligar a ignição e desligar após a partida. Caso fique acesa, indica falha no E-Gas, sensores do pedal de freio ou embreagem, chicote ou módulo de injeção. Quando o módulo reconhece falha de ignição em um cilindro, realiza o corte da injeção de combustível no respectivo bico injetor para evitar danos ao catalisador, por isso é importante prestar muita atenção no diagnóstico. Para outras falhas graves de funcionamento, o módulo mantém uma rotação de

Mangueiras que fazem o líquido de arrefecimento circular até o radiador na frente do utilitário

1.800 rpm para que o veículo seja levado até uma oficina ou um local seguro. O sistema de alimentação de combustível trabalha a uma pressão de 4,2 bar com regulador de pressão dentro do tanque e retorno de combustível logo após o filtro de combustível, localizado ao lado do reservatório de partida a frio. A vazão correta da linha é de 3 l/ min. Suspensão e direção A suspensão traseira foi elogiada pela boa durabilidade e fácil manutenção. Já a dianteira recebeu críticas pela concepção antiga e dificuldade de reparos, como comentou o usuário do fórum “OB Higor”, do Rio Grande do Norte. O diâmetro de giro foi reduzido para 12,1 m, o que deixou a resposta aos movimentos do volante mais rápida, mas, por outro

Muita atenção na compra da bomba d’água, pois muitos vendem como sendo a mesma do Fox

lado, há reclamações de instabilidade em velocidades mais altas. Transmissão A transmissão 081 do modelo a ar permanece, porém a relação do diferencial foi alongada em 5,5%, o que proporciona uma dirigibilidade mais dócil e permite rotação do motor mais baixa. Assim o consumo de combustível e o ruído são reduzidos e há aproveitamento da maior potência do motor. No fórum “OB” houve crítica do usuário Anderson Zanol, da Auto Mecânica Zanol, quanto à escolha da VW em manter esta transmissão, principalmente quanto à nova relação do diferencial, que causa certa dificuldade para saída em aclives, reduzindo a vida útil da embreagem e da própria caixa. O usuário ‘mekanicominei-

Filtro de combustível ao lado do reservatório de partida a frio

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ro’ informou que teve diversos casos de quebra e embreagem queimada e chegou a substituir o conjunto coroa e pinhão pelo antigo 7:36, para reduzir este problema. Francisco Carlos da Stilo Motores recomendou uma volta junto ao motorista do veículo para verificar o modo de condução, que pode ser um dos motivos para danificação da caixa. O conselheiro Cláudio Cobeio também reclamou a falta da quinta marcha, assim como Daniel Pereira, da Auto Mecânica ARI e Emerson Reis, do Centro Automotivo Miltão, que indicou a correta regulagem do facão para evitar quebras na transmissão. Outro ponto criticado foi o acionamento impreciso, porém é difícil imaginar uma solução com uma alavanca de 60 cm e um varão de 3 metros.

O sensor de temperatura da água está junto a carcaça da válvula termostática


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AvAliAção do RepARAdoR

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indice de Reparabilidade e Recomendação A partir desta edição, os conselheiros votam separadamente para cada item, dando uma pontuação para acessibilidade, outra para disponibilidade do produto e uma terceira para a durabilidade. A pontuação que vocês podem ver abaixo; em cada item é uma média destes três subitens e, por isso, os números não estão arredondados.

nOTA: 6,3

dAnilo

CARlos BeRn.

AndRé BeRn.

toRigoe

eduARdo

Julio

CARlos oliv.

CoBeio

Filtro de ar

7

7

-

6,5

7

7,5

4,5

8

Filtro de óleo

7

7

-

8

6

8

6

8

Filtro de combustível

7

7

8

8,5

6

8

8

8

Filtro do ar-condicionado

-

-

-

-

-

-

-

7

Sistema de arrefecimento

5

5

-

7,3

5,3

6,6

-

7

itens

Tensores e Correias

6

7

-

7,6

5,6

-

6,3

8

7,3

6,3

-

7,3

4,6

6,6

6,6

9

Sensores do sistema de injeção eletrônica

5

7

6,6

7

6

7

7

9

Cabos e velas de ignição

5

6,3

5,6

7,3

6,3

7,5

6,6

9

Bateria

6

6,6

8

7

6,3

7,3

7,3

10

Conjunto de embreagem

6

5,3

-

7,3

7

7,6

7,3

6

Amortecedores da suspensão

6

-

-

-

6,3

7,6

9

Braços, bandejas e buchas de suspensão

6

-

-

-

6

7,6

2

6,5

Discos e pastilhas de freio

8

6,3

6

5,6

4,3

7

6,3

9,5

Válvulas injetoras de combustível

5

6,3

6,3

7

7

7,3

9

8,5

Bomba de combustível

5

5,3

7

7

6

7,6

7

9,5

Recursos para diagnóstico com scanner (ABS/ Transmissão/ Air Bag/ Carroceria/ Codificação)

-

-

8

7

4,6

7

-

-

Informações técnicas

8

-

7

7

-

7

9

7,5

Média

6,2

6,3

6,9

7,2

6

7,2

6,7

8,2

Recomenda?

não

sim

não

sim

não

sim

sim

sim

Média Final

6,8

Coxins de motor e câmbio

nOTA: 6,9

nOTA: 6,2

nOTA: 8,2

nOTA: 6

nOTA: 6,7

AndRé luis Bernardo Design Mecânica - (19) 3284-4831 conselheiro.andre@oficinabrasil.com.br www.designmecanica.com.br CARlos eduARdo BeRnARdo Design Mecânica - (19) 3284-4831 conselheiro.andre@oficinabrasil.com.br www.designmecanica.com.br dAnilo José tinelli Auto Mecânica Danilo - (11) 5068-1486 conselheiro.danilo@oficinabrasil.com.br José Claudio CoBeio Cobeio Car - (11) 5181-8447 conselho.cobeio@oficinabrasil.com.br www.cobeiocar.com.br eduARdo topedo Ingelauto Serviços Automotivos (11) 3892-8838 conselheiro.eduardo@oficinabrasil.com.br Francisco CARlos de oliveira Stilo Motores - (11) 2977-1124 stilo@stilomotores.com.br www.stilomotores.com.br Júlio Cesar de souza Souza Car - (11) 2295-7662 conselheiro.julio@oficinabrasil.com.br

nOTA: 7,2 sergio sehiti toRigoe Auto Elétrico Torigoe - (11) 7729-2667 conselheiro.torigoe@oficinabrasil.com.br nOTA: 7,2

incêndio No Auto Elétrico Torigoe, acompanhamos o reparo de uma Kombi que sofreu um incêndio. Durante a avaliação, Torigoe informou que era a segunda unidade de uma mesma empresa para a qual a oficina presta serviços. Dessa vez foram danificados o chicote completo do motor, bobina de ignição e cabos de velas, reservatório de água, caixa, mangueira e filtro de ar, TBI, coletor de admissão (com flauta e bicos injetores), módulo e carcaça da válvula termostática, além, é claro, das mangueiras de vácuo e combustível. Leonardo Campos, do Auto Elétrico Campos, também já realizou reparos em três modelos incendiados, com foco principal sempre no lado esquerdo do cofre do motor (visto da parte de trás do carro). Nenhuma delas apresentava o escapamento trincado, o que torna a hipótese do problema de trinca na flauta de distribuição de combustível (veja Box) uma possível causa do problema. Porém não há nada confirmado, já que as flautas se derretem com o calor do fogo.

Danos causados pelo incêndio na última Kombi recebida no Auto Elétrico Torigoe. Marcas do fogo chegam à entrada de ar e danificam todo o cofre do motor que precisa ser repintado


Kombi 1.4

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Depoimento do conselho editorial Carlos Bernardo: Recomendo. Veículo com design antigo, sem conforto, mas é útil para as necessidades da empresa.

comendo, pois existem outros veículos com melhor custo beneficio. Veículo de concepção atrasada, mesma com a nova motorização.

André Bernardo: Não recomendo. Apesar de vender muito pelo custo beneficio, o carro é ultrapassado.

Júlio Cesar de Souza: Recomendo. Atenção a falhas com a bobina, pois podem causar desprogramação do corpo de borboleta.

Danilo Tinelli: Não recomendo. O carro está ultrapassado e existem vans melhores no mercado. Sergio Torigoe: Recomendo, mas o proprietário deve respeitar as limitações de carga: caso contrário apresentará muita manutenção. Eduardo de Freitas Topedo: Não re-

Francisco Carlos de Oliveira: Recomendo. Em caso de problemas constantes com o câmbio, é bom ficar atento ao modo de condução do motorista. Claudio Cobeio: Recomendo, dependendo do uso. O custo das peças é compatível com o do veículo, porém o seguro é supercaro.

Ficha Técnica motor Número de cilindros Valvulas por cilindro Diâmetro x Curso em mm Cilindrada total cm³ Taxa de compressão Potência máxima Gas/Etanol Torque máximo Gas/ Etanol Cárter do motor com filtro Sistema de arrefecimento Abertura da valvula termostática Transmissão Relação de marchas 1ª 2ª 3ª 4ª Ré Diferencial Suspensão Dianteira Traseira

Acesso à bomba de combustível, onde também está o regulador de pressão

Recall Volks faz recall da flauta de distribuição de combustível A Volkswagen convocou para recall os donos de Fox, CrossFox, Polo Hatch, Polo Sedan, Golf e SpaceFox 1.6 e Kombi 1.4 para verificar e, se for preciso, substituir a galeria de combustível. Ao todo, estão envolvidos na convocação 40.800 veículos. Segundo a empresa, foi detectado que o dispositivo, onde ficam montados os bicos injetores dos motores 1.6 e 1.4, pode apresentar fissura. A ação tem como objetivo verificar a possibilidade de ocorrência de vazamento de combustível na peça, que envolve lotes do componente produzidos entre janeiro e março de 2006. Na Kombi, além da verificação e possível troca da galeria de combustível,

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Direção Diâmeto minimo de giro alinhamento Camber Dianteiro Cáster Pneus Rodas Dimensões em mm Comprimento Largura Altura Entre eixos Peso Capacidade de carga Tanque de combustível

4 2 76,5 x 75,6 1.390 11:01 78/ 80 cv @ 4800 rpm 12,5 / 12,7 kgfm @ 3500 rpm 3,3 l - API SJ SAE 5W40 12,3 l - sendo 40 % de aditivo G12 lilás 78°C a 82°C

3,8: 1 2,06:1 1,32:1 0,88: 1 3,88: 1 4,875:1 Independente, braço duplo longitudinal, barra de torção e barra estabilizadora Independente com braço transversal e longitudinal e barra de torção 12,1 m Dianteira 10’ a 1°10’ Traseiro -1° 20’ a 20’ 0° a 1° 185/ 80 R14 5,5J x 14” 4.505 1.720 2.040 2.400 1251 kg 1000 kg 45 l

será substituído também o amortecedor da direção, que pode causar dificuldade em manobras. Recall escapamento A Volkswagen convocou também 49.000 modelos de Kombi fabricadas nos anos de 2009, 2010 e 2011 que podem apresentar trincas no cano de escapamento, informando que, caso o veículo seja utilizado com essa trinca, poderá ocorrer a quebra do componente e em situações mais extremas, incêndios no compartimento do motor. Veja os números de chassis envolvidos: 2009: 9P 019 162 a 9P 999 999 2010: AP 000 001 a AP 999 999 2011: BP 000 001 a BP 013 884

Sem o pára-choque e a saia traseira, o espaço é livre para trabalhar na parte da frente do motor


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AVALIAÇÃO DO REPARADOR


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COLUNA DO CONSELHO

AMAURI Cebrian D. Gimenes

ANDRÉ LLuis Bernardo

CARLOS Eduardo Bernardo

José Claudio COBEIO

Francisco CARLOS de Oliveira

DANILO José Tinelli

EDUARDO Topedo

FABIO Cabral

JÚLIO César de Souza

PAULO Pedro B. Aguiar Jr.

Sergio Sehithi TORIGOE

Os consultores do Jornal Oficina Brasil iniciaram o ano com uma visita à sede da fábrica da MTE-Thomson em Jaguariúna, interior de São Paulo. Fomos recebidos, já no início do caminho, pelo gerente de Marketing Alfredo Bastos Junior e por Oswaldo Abrahão, gerente de componentes,que nos conduziram durante a visita. Após um breve café da manhã, começamos nossas atividades acompanhando o processo fabril de alguns sensores e válvulas, itens bem conhecidos pelos reparadores, mas que ainda geram muita polêmica. O primeiro comentário dos consultores foi sobre a organização e limpeza do local onde fica a produção da fábrica. Oswaldo Abrahão nos explicou que, para a matéria bruta chegar até o funcionário, basta o mesmo acionar um pequeno guindaste para as barras de cobre entrarem nas máquinas e ser iniciado o processo de corte da base de sensores de temperatura, interruptores e válvulas termostáticas. Questionados sobre os custos de fabricação das peças na própria empresa e sobre a opção da não terceirização das peças básicas, Alfredo nos esclareceu que assim o controle fica mais rigoroso e também porque a MTE é uma fábrica de componentes. Outro ponto de destaque e que agradou a todos os consultores foi o robô que circula por toda a linha de produção. É ele quem leva e traz o material para a linha de montagem e também retira os produtos confeccionados com a mais alta segurança, além de ser totalmente programável. Outra informação interessante foi saber que muitas

Divulgação

Visitamos a MTE-Thomson

máquinas e ferramentas são desenvolvidas pelos próprios funcionários da MTE. Segundo o consultor Danilo, isso possibilita que o reparo seja feito rapidamente bem como a manutenção periódica, facilitando a retomada da linha de produção em caso de alguma quebra. Após conhecermos todo o processo fabril dos sensores e válvulas, fomos ver os laboratórios de testes. No primeiro, verificamos os técnicos da MTE simulando o funcionamento das válvulas termostáticas e os demais sensores. “Também mostraram o teste severo de funcionamento até o fim da vida útil do componente dos sensores”, comentou o consultor Amauri, que ressaltou ainda. “Um exem-

plo deste teste é a câmara de Salt Spray. Ela simula a umidade excessiva do ambiente, a fim de testar a resistência da corrosão dos componentes”. Já no segundo laboratório, existe um equipamento que simula o funcionamento do motor. Logo ao lado está uma máquina que verifica os sensores na parte elétrica com variação de corrente e amperagem. A segunda parte da visita foi dentro do auditório. Foram mostrados todos os produtos fornecidos pela MTE no mercado. Todos os consultores receberam manuais de peças, injeção eletrônica, válvulas, etc. Vale destacar que todos elogiaram os manuais técnicos.

Durante a palestra técnica, o consultor Claudio Cobeio informou que tem em sua oficina alguma sondas lambda da marca MTE com problemas. Alfredo se prontificou a retirar as peças para análise. O consultor Sérgio Torigoe alegou que obteve problemas com interruptores, os famosos cebolões, e em algumas válvulas. A MTE nos informou então que alguns lotes dos produtos apresentaram falhas, mas que tudo foi solucionado. Agradecemos a todos os colaboradores da MTE por ter nos recebido em sua fábrica. Tivemos uma visão geral de todo o processo fabril e saímos satisfeitos e lisonjeados, pois fomos tratados como dignos reparadores.


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boletiM técnico

Mais casos para você aprender e guardar Colecione as dicas práticas extraídas do cotidiano das oficinas e enviadas pelos leitores e colaboradores do Oficina Brasil. Você também pode enviar a sua dica e auxiliar no crescimento do acervo de informações das reparadoras.

Dica: 486

Dica: 487

Veículo: Fiat Strada 1.5 2000 Problema: superaquecimento

Veículo: Parati 1.6 2003 Problema: Linha de combustível não mantém pressão

O veículo veio de outra oficina onde havia sido feito um serviço no radiador e ventoinha, porém estava superaquecendo. Foram examinados todos os outros componentes do sistema de arrefecimento, inclusive a bomba d’água foi retirada para análise, sem encontrar nenhum problema. Conversando um pouco mais com o proprietário, ele esclareceu que seu filho é quem tinha feito o serviço, então examinei o chicote da ventoinha. Foi quando descobri que os fios estavam invertidos, fazendo a hélice virar ao contrário. Solução: Inverter os fios da ventoinha.

O cliente reclamava de dificuldade de partida pela manhã. Ao verificar a pressão da bomba, verifiquei que estava entre 1 e 1,5 bar, quando o normal seria estar com 3 bar. O regulador de pressão foi substituído, porém, após uma semana o cliente voltou com o mesmo problema. Ao verificar a pressão estava em ordem, mas ao desligar o motor a mesma zerava. Solução: A flauta estava trincada exatamente onde o regulador de pressão é conectado. Fiz a substituição da mesma e o problema foi solucionado.

Dica extraída do fórum do site Oficina Brasil

Dica extraída do fórum do site Oficina Brasil

Dica: 488

Dica: 489

Veículo: Peugeot 206 1.0 16v 2003 Problema: Luz de injeção acesa e perda de aceleração

Veículo: Fiesta 1.0 motor Endura Problema: Eletroventilador não liga

Ao desligar o motor e ligar novamente a aceleração voltava ao normal,. Porém após alguns minutos o defeito reaparecia. O scanner acusou oito falhas, sendo quatro desconhecidas não presentes (P0262, P0271, P0268 e P0265), duas no circuito do MAP (P0105 e P0106), uma na pressão de combustível e outra na borboleta. Apaguei a memória e quando a falha apareceu foi gravada a anomalia P1112 monitor alto pressão de combustível. Como o coletor de admissão estava cheio de óleo, removi para uma limpeza e vi que o conector também estava com lubrificante. Após o serviço, inclusive a desobstrução do respiro, o defeito persistiu. Solução: Substituição do módulo de injeção. Dica extraída do fórum do site Oficina Brasil

Veículo aquecia devido ao não acionamento do eletroventilador. O primeiro passo foi examinar todos os fusíveis. Através dos testes de atuadores do scanner também não foi possível acionar o compenente, por isso desconfiei de uma falha no relé ou no chicote. Com o esquema elétrico da unidade de 60 pinos em mãos identifiquei que o relé é um verde escuro localizado na caixa de fusíveis do vão do motor e é acionado por um negativo enviado pelo pino 13 da ECU. Rastreando o caminho encontrei um mau contato na tomada embaixo da caixa do filtro de ar. Solução: Reparo da tomada e outras soldas malfeitas nos pinos da unidade Dica extraída do fórum do site Oficina Brasil

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