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Pascal e Domingo da Páscoa da Ressurreição do Senhor ‘Que o mundo possa experimentar o poder redentor de Cristo Ressuscitado’

“Este é o dia que o Senhor fez para nós: alegremo-nos e nele exultemos!”, diz o refrão do Salmo Responsorial (Sl 118) da missa da Solenidade do Domingo da Páscoa da Ressurreição, presidida Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, na Catedral da Sé, na manhã do dia 9.

“Neste dia, de maneira especial, o primeiro de todos os domingos, não fazemos apenas uma lembrança de fatos acontecidos há muito tempo, nós celebramos o Senhor Ressuscitado que está no meio de nós”, afirmou Dom Odilo, no início da homilia, acrescentando que este é também o dia de recordar que cada cristão teve um encontro com o Ressuscitado no começo da vida, especialmente por meio do Batismo.

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Promessa

“A Ressurreição de Jesus introduziu na nossa história a eternidade, a vida sobrenatural e, assim como Jesus ressuscitou dos mortos, Ele prometeu que todos os que Dele se aproximam, Nele creem e participam da Sua vida neste mundo, também terão parte com Ele na vida eterna”, sublinhou o Arcebispo, recordando as palavras do apóstolo São Paulo, que afirma: “Carregamos esse tesouro em vasos de barro”, mas reitera que, “pela graça de Deus, sempre é possível de novo recuperar a nossa dignidade, a nossa condição de filhos e filhas de Deus por sua misericórdia, ser perdoados também nos nossos pecados”.

“Deus nos valorizou muito, a ponto de enviar seu Filho unigênito ao mundo, para participar da nossa história, conhecer as nossas misérias, sentir na sua carne as nossas contradições, até mesmo a violência, a morte, a sepultura, para sabermos que nada disso é limite para Deus, para que Ele realize a sua obra e a sua promessa de nos transformar em Cristo Jesus e criar em nós o homem e a mulher novos”, continuou o Cardeal, salientando que a Páscoa é um chamado para que os cristãos renovem suas disposições e propósitos para construírem um mundo novo, sendo “expressão da glória de Deus e anúncio daquilo que Deus ainda tem para fazer por nós todos, à semelhança de Cristo ressuscitado”.

“Que este mundo possa experimentar o poder redentor de Cristo Ressuscitado”, concluiu Dom Odilo.

Noite Santa

A Páscoa da Ressurreição de Jesus foi anunciada solenemente na noite do Sábado Santo, 8, durante a Vigília Pascal. A liturgia, também presidida por Dom Odilo, começou na Praça da Sé, no marco zero da cidade, onde foi abençoado o “fogo novo” do qual é aceso o Círio Pascal, vela que simboliza o Senhor Ressuscitado.

Considerada a "mãe de todas as vigílias", esta celebração é marcada pela proclamação de sete leituras do Antigo

Testamento, que narram a história da salvação do povo de Deus, e duas leituras do Novo Testamento, entre estas, o Evangelho da Ressurreição de Jesus.

Batismo

Outro momento significativo dessa celebração é a Liturgia Batismal. Nessa ocasião, 17 adultos ex-dependentes químicos, que antes viviam em situação de rua e foram acolhidos e preparados pela Missão Belém, tornaram-se cristãos, recebendo os sacramentos do Batismo, da Confirmação (Crisma) e a primeira Eucaristia. Também houve a renovação das promessas batismais de todos os fiéis, com destaque para um grupo de integrantes do Caminho Neocatecumenal, após um longo período de preparação.

“Esta é uma noite muito especial para nós, pois recordamos as maravilhas de Deus na história da salvação”, afirmou Dom Odilo, na homilia, ressaltando que o mistério pascal começa com a encarnação do Verbo de Deus, que assumiu a humanidade, amando-a até o extremo de entregar sua vida por todos na cruz. “Quem poderia fazer isso senão Aquele que é todo amor e compaixão?”, completou.

Vida Plena

O Arcebispo destacou, ainda, que a Ressurreição de Jesus manifesta a vida em plenitude que Deus quer dar a todos.

“Em Jesus Cristo, verdadeiro Deus, mas também verdadeiro homem, já temos o representante da humanidade que ressuscitou, que está na glória do Pai, que abriu um horizonte novo para todos nós”, afirmou, recordando que a Vigília Pascal é, também, ocasião da renovação de suas promessas batismais.

“Pelo Batismo, também morremos com Cristo ao pecado, fomos sepultados nas águas, mas revivemos com Cristo para a vida nova. Por isso, a nossa condição de batizados é a de participantes da vida nova de Jesus Ressuscitado”, continuou o Cardeal, lembrando a exortação do apóstolo São Paulo para que todos vivam como “homens novos”, deixando morrer o “homem velho”, marcado pelo pecado.

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