São José
PARÓQUIA SÃO JOSÉ
Igreja: Rua José Vicente Ramos, 82
Galpão: Rua Jurubim, 700
Jd. Monte Alegre - Pirituba
São Paulo - SP
Fone: (11) 3906.8873
E-mail: paroquiasaojose.pirituba@gmail.com
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Secretaria:
Terça a Sábado - 14h30 às 17h30
Pároco: Pe. Messias de M. Ferreira
Editorial: Felipe Alves
Fotografia: Emerson A. da Silva
Design Gráfico: Jéssica F. Brasil Veiga (11) 99558.0350
da Paróquia São José - Pirituba
Horário das
Missas
Caro leitor,
Desejo a você uma Feliz Páscoa, um tempo de renovação e renascimento. Que a ressurreição de Jesus possa nos inspirar a renovar nossos valores e virtudes, a buscar uma vida nova e plena de significado.
Que Deus abençoe a todos nós, que possamos sentir sua presença em nossas vidas e que possamos compartilhar a alegria da Páscoa com aqueles que amamos.
Na comunidade vemos vários sinais de ressurreição, da presença de Jesus . Animo a Comunidade ao Anucio e Testemunho do Senhor . "Deus habita esta Cidade, somos suas testemunhas " assim esta escrito na oração de São Paulo Apóstolo, da Arquidiocese de São Paulo.
Que esta Páscoa seja um tempo de paz, amor e esperança em nossos corações.
Feliz Páscoa!
Pe. Messias Ferreira Pároco
‡ Quinta-feira: 20h - Paróquia
Rua José Vicente Ramos, 82 ‡
09h | 18h
Rua Jurubim, 700
“SÃO JOSÉ” é uma publicação
DEZ ANOS DE PONTIFICADO
NO JEITO DE FRANCISCO
Há dez anos, no dia 13 de março de 2013, acontecia a eleição do cardeal Jorge Mario Bergoglio, então arcebispo de Buenos Aires, ao cargo de bispo de Roma e papa de toda a Igreja Católica Apostólica Romana. Já era noite e a chuva fina e fria não impediu que uma multidão acorresse à Praça de São Pedro, no Vaticano, para conhecer o novo papa, ouvir suas primeiras palavras e receber sua bênção.
Eram grandes as expectativas por mudanças no Vaticano e à frente da Igreja inteira. A maioria das pessoas, porém, não teria imaginado tantas e tão grandes surpresas em pouco tempo: um primeiro papa jesuíta, um papa não europeu depois de muitos séculos, um papa latino-americano, argentino! Não menos surpreendeu o nome escolhido, pois nunca houve, antes, um papa Francisco. E, em vez de morar nos aposentos do palácio apostólico, como seus predecessores, ele se recolheu num pequeno apartamento da Casa Santa Marta, que serve também para outros moradores estáveis e hóspedes de passagem.
As mudanças, porém, não ficaram apenas em aspectos simbólicos, mas foram aparecendo nas suas palavras, seus gestos e decisões. Francisco passou a reformar a Igreja, nem tanto nas doutrinas e estruturas, mas a partir de dentro, no espírito que a animava. Escolheu um conselho de cardeais que encarregou de pensar, com ele, a reforma da Cúria romana, estrutura de organismos que cercam o papa e o auxiliam no governo da Igreja. Desde logo, falou que gostaria de ver uma Igreja próxima das pessoas, de suas lutas, seus sofrimentos e angústias. Comparou-a com um hospital de campo em tempos de guerra, que está no lugar onde há feridos, para os socorrer. Desafiou toda a Igreja a não se voltar apenas para si mesma, mas a sair ao encontro do povo, como “Igreja em saída missionária”. E criticou a imagem da Igreja como instituição clerical, recordando que ela é povo de Deus e comunidade de todos os que acolhem a fé eclesial e recebem o batismo. Por isso, Francisco passou a acenar, desde o começo do seu pontificado, para a sinodalidade eclesial, qualidade que implica a união e a participação de todos os membros na vida e missão da Igreja.
Suas atenções não se voltaram apenas para a própria instituição eclesial. Francisco está preocupado com os pobres e todo tipo de pessoas que sofrem. Por isso, ele tem feito gestos simbólicos e tomado iniciativas concretas em relação aos migrantes que, depois de passarem toda sorte de agruras nos seus lugares de origem, acabam sendo explorados por modernos traficantes de escravos e chegam às portas dos países ricos, sem serem acolhidos. O papa tem se preocupado com os grupos periféricos, todas as pessoas descartadas pelos preconceitos mais diversos e por sistemas e projetos econômicos, que priorizam mais o lucro e a acumulação do que a partilha. Faz insistentes e quase solitários apelos pela paz e a solução das guerras e conflitos mediante o diálogo e a negociação justa. Faz questão de visitar países e lugares periféricos, para destacar a dignidade de todos e levar palavras de ânimo às populações esquecidas.
Francisco busca o entendimento e a fraternidade entre todos. Nesse sentido, ele tem procurado aproximar adversários em torno da mesa do diálogo, partindo do princípio de que qualquer solução conseguida mediante o diálogo sincero e paciente é melhor que uma batalha vencida na guerra. Com frequência, volta ao argumento da fraternidade universal de todos os povos, ensinando que a humanidade, apesar de suas diferenças étnicas, raciais, culturais, sociais ou religiosas, é uma única família, onde todos têm a mesma dignidade e os mesmos direitos fundamentais. Para prevenir ou solucionar conflitos, é necessário, portanto, desenvolver e aprofundar laços fraternos efetivos entre todos
os membros da grande família humana. Nesse sentido, Francisco promove o diálogo com outras religiões, partindo do princípio de que, antes mesmo das crenças e tradições religiosas, existe a base humana comum a todos os praticantes de religião, ou não praticantes, que deve ser valorizada. Além disso, a adoração de Deus não pode ser dissociada do interesse sincero pelas demais pessoas, que também são filhas de Deus.
Nos dez anos do pontificado de Francisco, cresceu a atenção da Igreja pelas questões ambientais. Não foi por opção ideológica, mas partindo do pressuposto de que o mundo não existe apenas para poucos nem para poucas gerações: o planeta Terra e o universo inteiro são a “casa comum” da grande família humana e seu cuidado está nas mãos do homem. Portanto, cabe-nos usufruir dos bens deste mundo para a existência digna de todos os seus habitantes. Não é justo que alguns vivam na superabundância, enquanto outros vivam na miséria. Ao mesmo tempo, cabe-nos zelar para que nossa habitação transitória não seja arruinada e permaneça acolhedora para todos os seus habitantes, presentes e futuros. Zelar bem pela casa comum é questão de justiça, amor ao próximo e respeito a Deus.
Publicado originalmente no jornal O Estado de S. Paulo, em 11 de março de 2023
Cardeal Odilo Pedro Scherer Arcebispo Metropolitano de São PauloQUARESMA - TEMPO DE CONVERSÃO
A QUARESMA É UM TEMPO LITÚRGICO ESPECIAL, NO QUAL A IGREJA SE PREPARA PARA CELEBRAR O MISTÉRIO MAIS IMPORTANTE DA FÉ CRISTÃ: O MISTÉRIO PASCAL
Épura erudição saber que a palavra “quaresma” era, antigamente, um simples adjetivo em latim. Ela encontrava-se no início de uma frase e passou a denominar um período todo do ano litúrgico. Eis a frase em questão: “Quadragésima die Christus pro nobis tradétur”, que se traduz assim: “Daqui a 40 dias (no quadragésimo dia), Cristo será entregue por nós” para a nossa salvação. Quaresma é abreviação de quadragésima. Na frase latina, em questão, quadragésima está no feminino porque, em latim, dia, além de masculino, é também feminino. A língua portuguesa manteve a palavra no feminino.
Quaresma é, portanto, a palavra utilizada para designar o período de 40 dias, no qual os católicos realizam a preparação para a Páscoa, a mais importante festa do calendário litúrgico cristão, pois celebra a Ressurreição de Jesus, a base principal da fé cristã. Nesse período, que começa na Quarta-feira de Cinzas e termina na Quarta-feira da Semana Santa, os fiéis são convidados a fazerem um confronto especial entre suas vidas e a mensagem cristã expressa nos Evangelhos. Esse confronto deve levar o cristão a aprofundar sua compreensão da Palavra de Deus e a intensificar a prática dos princípios essenciais de sua fé.
Por volta do ano 350 d.C., a Igreja decidiu aumentar o tempo de preparação para a Páscoa, que era de três dias, que permaneceram como o Tríduo Sagrado da Semana Santa: Quinta feira Santa, Sexta-feira Santa (Paixão) e Sábado Santo. A preparação para a Páscoa passou, então, a ter 40 dias. Isso aconteceu porque os cristãos perceberam que três dias eram insuficientes para que se pudesse preparar adequadamente tão importante e central evento. Surgia, assim, a Quaresma.
O número quarenta tem um alto valor simbólico na linguagem bíblica: nos tempos de Noé, o dilúvio durou quarenta dias (cf. Gn 7,12); ainda no Gênesis, Isaac tinha quarenta anos quando casou com Rebeca (cf. Gn 25,20); Esaú tinha quarenta anos quando casou com Judite e Basemat (Gn 26,34); Moisés passou quarenta dias em oração no monte Sinai antes de receber as Tábuas da Lei (Dt 9,9-11) e conduziu o povo de Israel durante quarenta anos no deserto até chegar na Terra prometida. Moisés viveu cento e vinte anos (cf. Dt 34,7) e, mais tarde, Estevão divide esses anos em três etapas (cf. At 7,20-40): quarenta anos no Egito, quarenta como pastor em Madiã e quarenta no deserto; os doze espiões de Israel exploraram a terra de Canaã durante quarenta dias (cf. Nm 13,25); um castigo israelita mandava os culpados receberem exatamente
quarenta açoites (cf. Dt 25,3);
Golias desafiou os israelitas por quarenta dias (1Sm 17,16) até ser vencido por Davi; Davi reinou por quarenta anos (cf. 1Rs2,11), o mesmo período que seu antecessor Saul (cf. At 13,21) e que seu filho Salomão (cf. 1Rs 11,42); O profeta Elias passou quarenta dias jejuando no deserto antes de se encontrar com Deus no Horeb (cf. 1Rs 19,8); Jonas anunciou que Nínive seria destruída aos quarenta dias (cf. Jn 3,4).
No Novo Testamento, Jesus foi apresentado no Templo aos quarenta dias do seu nascimento como ordenava a Lei (cf. Lc 2,22; veja também Lv 12). Ainda, entre a Ressurreição e a sua Ascensão, Jesus continuou aparecendo e instruindo os apóstolos durante quarenta dias. Em relação à quaresma, deve-se afirmar que o sentido do número quarenta conserva a mesma intenção que levou Jesus a retirar-se no deserto antes da sua missão: preparação.
Os povos antigos atribuíam ao número 40 diversos significados. Um deles tem importância especial para os cristãos: um tempo de intensa preparação a acontecimentos marcantes na História da Salvação.
FONTES:https://formacao.cancaonova.com/liturgia/tempoliturgico/quaresma/qual-e-origem-e-o-sentido-da-quaresma/ https://comshalom.org/o-que-e-quaresma/
QUARTA-FEIRA DE CINZAS SÍMBOLO DO DEVER DA CONVERSÃO
AS CINZAS QUE OS CRISTÃOS CATÓLICOS RECEBEM NESTE DIA SÃO UM SÍMBOLO PARA A REFLEXÃO SOBRE O DEVER DA CONVERSÃO, DA MUDANÇA DE VIDA, RECORDANDO A PASSAGEIRA, TRANSITÓRIA, EFÊMERA FRAGILIDADE DA VIDA HUMANA, SUJEITA À MORTE.
Aespiritualidade da quaresma é marcada pelo convite ao arrependimento e à conversão. É com esta intenção que na inauguração do tempo quaresmal, durante o rito da imposição das cinzas (provenientes da queima dos ramos abençoados no Domingo de Ramos do ano anterior, misturada à água benta), é proferida a fórmula: “converteivos e crede no Evangelho”.
O DiadasCinzasé o primeiro dia da Quaresma no calendário gregoriano. A data é um símbolo do dever da conversão e da mudança de vida, para recordar a passageira fragilidade da vida humana, sujeita à morte. Coincide com o dia seguinte à terça-feira de Carnaval.
Para os antigos judeus, sentar-se sobre as cinzas já significava arrependimento dos pecados e volta para Deus. As cinzas bentas e colocadas sobre as nossas cabeças nos fazem lembrar que vamos morrer, que somos pó e ao pó da terra voltaremos (cf. Gn 3, 19), para que nosso corpo seja refeito por Deus de maneira gloriosa, para não mais perecer. A intenção deste sacramental é nos levar ao arrependimento dos pecados, é fazernos lembrar que não podemos nos apegar a esta vida, achando que a felicidade plena possa ser construída aqui. É uma ilusão perigosa. A morada definitiva é o céu.
Na Quarta-feira de Cinzas (e na Sextafeira Santa) a Igreja Católica aconselha os fiéis a fazerem jejum e a não comerem carne. Esta tradição já existe há muitos anos e tem como propósito fazer com que os fiéis tomem parte do sacrifício de Jesus. Assim como Jesus se sacrificou na cruz, aquele que crê também pode fazer um sacrifício, abstendo-se de uma coisa que gosta, neste caso, a carne.
FONTE:https://formacao.cancaonova.com/liturgia/tempo-liturgico/ quaresma/qual-o-sentido-da-quarta-feira-de-cinzas/
IGREJA NO BRASIL
QUARESMA NO BRASIL: A CAMPANHA DA FRATERNIDADE
A partir da década de 70, a Igreja no Brasil colocou na devoção dos fiéis que tradicionalmente acompanham, com muita piedade, a caminhada de Jesus para a Páscoa, um reforço à vivência do amor, da caridade que liberta, visto que Jesus deu Sua vida para nos salvar. Ao colocar a Campanha da Fraternidade no período da Quaresma, ela quer que sua organização e realização sejam uma mediação muito prática para a vivência da caridade, desenvolver e aprofundar a fraternidade, segundo o mandamento do amor: amar o próximo como Jesus nos amou
Fraternidade e Fome
Acada ano, um tema é tratado no espírito quaresmal de conversão, por meio da meditação, da oração, do jejum, da esmola, no sentido de caridade que liberta. Para facilitar, a Igreja oferece um texto base no esquema “Ver, Julgar, Agir” e diversos subsídios de apoio, motivando e estimulando os fiéis a levarem a meditação sobre Jesus perseguido e sofredor, e as demais práticas da Quaresma para atitudes concretas em favor do outro, privilegiadamente os sofredores.
A Campanha da Fraternidade nasceu por iniciativa de Dom Eugênio de Araújo Sales, em Nísia Floresta, Arquidiocese de Natal, RN, como expressão da caridade e da solidariedade em favor da dignidade da pessoa humana, dos filhos e filhas de Deus.
Assumida pelas Igrejas Particulares da Igreja no Brasil, a Campanha da Fraternidade tornou-se expressão de comunhão, conversão e partilha. Comunhão na busca de construir uma verdadeira fraternidade; conversão na tentativa de deixar-se transformar pela vida fecundada pelo Evangelho; partilha como visibilização do Reino de Deus que recorda a ação da fé, o esforço do amor, a constância na esperança em Cristo Jesus (Cf. 1Ts 1,3).
A Campanha da Fraternidade tem hoje os seguintes objetivos permanentes:
1 – Despertar o espírito comunitário e cristão no povo de Deus, comprometendo, em particular, os cristãos na busca do bem comum;
CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2023
2 – Educar para a vida em fraternidade, a partir da justiça e do amor, exigência central do Evangelho;
3 – Renovar a consciência da responsabilidade de todos pela ação da Igreja na evangelização, na promoção humana, em vista de uma sociedade justa e solidária (todos devem evangelizar e todos devem sustentar a ação evangelizadora e libertadora da Igreja)”.
2 de abril - Domingo de Ramos: Coleta Nacional da SolidariedadeDai-lhes vós mesmos de comer!”
(Mt 14,16)
A coleta da Campanha realizada como um dos gestos concretos de conversão quaresmal tem realizado um bem imenso no cuidado para com os pobres.
Ao percorrermos o itinerário da Campanha que nossos irmãos nos prepararam, possamos continuar seguindo Cristo, caminho, verdade e vida (Cf. Jo 14,6).
LEMA EM 2023 : “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16)
“É vocação, graça e missão da Igreja responder ao chamado e cumprir a ordem de Jesus, afirmamos no contexto do 3º Ano Vocacional que viveremos a partir de novembro deste ano. A fome é um instinto natural de sobrevivência presente em todos os seres vivos. Contudo, na sociedade humana, a fome é uma tragédia, um escândalo, é a negação da própria existência”.
O Arcebispo Metropolitano de Campinas e Grão-Chanceler da PUC-Campinas, D. João Inácio Müller, falou sobre a campanha. “A Campanha da Fraternidade é o modo brasileiro de celebrar a Quaresma. É a terceira vez que tem a fome como tema. Milhões de brasileiros e brasileiras vivem a triste situação de não ter com que se alimentar ou alimentar seus filhos e filhas. Hoje, 33 milhões de brasileiros enfrentam a fome, vítimas de uma estrutura social e política que concentra os bens nas mãos de poucos, de maneira especial os alimentos, que são mercadorias e quem não tem dinheiro passa fome”, disse.
Ele também lembrou dos princípios das primeiras comunidades cristãs. “A fome é resultado de uma profunda incoerência dos cristãos que se dizem seguidores daquele que veio para multiplicar os alimentos. Estamos muito distantes das primitivas comunidades cristãs, que tinham tudo em comum, partiam o pão pelas casas com alegria e simplicidade de coração. A fome de uma pessoa deve nos incomodar. Como foi que nos tornamos indiferentes à fome de tantos irmãos e irmãs?”, questionou.
“O Papa Francisco diz que Jesus tinha sempre compaixão, pensava sempre nos outros, se comovia, não era indiferente, não tinha o coração enrijecido. Dentro da realidade da fome e do ensinamento de Jesus não é possível ficar parado. Engajemo-nos todos na vivência da Campanha da Fraternidade e no Domingo de Ramos ofereçamos gestos concretos de solidariedade abençoada à Quaresma”, disse D. João.
O bispo auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, também dedicou a celebração às pessoas que experimentam a realidade da fome, aos atingidos e vítimas das chuvas no litoral Norte de São Paulo, guerras, catástrofes e situações de violência.
Neste ano, dom Joel pontuou que a Igreja vai aprofundar o tema da fome. “O Brasil enfrenta o flagelo social e humanitário da fome, fenômeno que demonstra a incapacidade de um país em oferecer para seus filhos e filhas as condições necessárias para satisfazer o seu instinto de sobrevivência e desenvolvimento como pessoa. “Quando a sobrevivência não é atendida é a morte que acontece. Assistimos recentemente o que está acontecendo com os Yanomami”, exemplificou.
O Papa Francisco, mantendo a tradição dos papas, enviou ao Brasil, uma carta por ocasião da Campanha da Fraternidade 2023. Seu desejo expresso no texto é que a reflexão sobre o tema da fome, proposto pela CNBB aos católicos brasileiros no Tempo da Quaresma, seja “uma atitude constante de todos nós, que nos compromete com Cristo presente em todo aquele que passa fome”.
A intenção é que essa reflexão gere em todos, diz o Papa, “a consciência de que a partilha dos dons que o Senhor nos concede em sua bondade não pode restringir-se a um momento, a uma campanha, a algumas ações pontuais”. Na mensagem, o Papa recorda o convite que Deus faz a trilhar um “caminho de verdadeira e sincera conversão” e que a proposta da Campanha da Fraternidade tem o intuito de animar o povo fiel “nesse itinerário ao encontro do Senhor”, com a a proposta de voltar o olhar para os mais necessitados, “afetados pelo flagelo da fome”.
O secretário-geral explicou porque a CNBB optou, pela terceira vez, por tratar o tema da fome. Segundo ele, uma das razões é o fato de o Brasil ter reingressado no Mapa da Fome da ONU. “Se a fome de uma pessoa deve nos incomodar, como nos tornar indiferentes diante da fome de milhões de irmãos e irmãs?”, questionou.
Dom Joel explicou que a Campanha se refere à fome não apenas como fenômeno biológico das necessidades humanas mas com um flagelo social e humanitário. “São aquelas situações em que o modo com uma sociedade está organizada acaba por deixar seus filhos e filhas em estado de insegurança e indigência alimentar”, definiu. O secretário-geral da CNBB explicou que a Campanha segue um caminho metodológico que busca compreender as causas da fome, ouvir a Palavra de Deus para buscar o discernimento e encontrar caminhos de ação.
“Mais do que apenas constatar, compreender e denunciar a triste e vergonhosa atual situação de fome no Brasil, a CF nos convida ao agir, a fazer o que for possível, para que essa triste situação seja extinta. A Campanha da Fraternidade nos insere numa situação de maior urgência no agir”, disse dom Joel.
FONTE: https://www.puc-campinas.edu.br/cnbb-lanca-campanhada-fraternidade-2023-com-a-fome-como-tema
ORAÇÃO
CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2023
Pai de bondade, ao ver a multidão faminta, vosso Filho encheu-se de compaixão, abençoou, repartiu os cinco pães e dois peixes e nos ensinou: “dai-lhes vós mesmos de comer”. Confiantes na ação do Espírito Santo, vos pedimos: inspirai-nos o sonho de um mundo novo, de diálogo, justiça, igualdade e paz;
ajudai-nos a promover uma sociedade mais solidária, sem fome, pobreza, violência e guerra; livrai-nos do pecado da indiferença com a vida.
Que Maria, nossa mãe, interceda por nós para acolhermos Jesus Cristo em cada pessoa, sobretudo nos abandonados, esquecidos e famintos.
Amém.
PADROEIRO
SÃO JOSÉ, O PATRONO DA IGREJA UNIVERSAL
O Evangelho fala pouco de sua vida, mas o exalta por ter vivido segundo “à obediência da fé” (cf. Rm 1,5). Deus nos dá a graça para viver pela fé (cf. Rm, 5,1.2; Hb 10,38) em todas as circunstâncias. São José, um homem humilde e justo, “viveu pela fé”, sem a qual “é impossível agradar a Deus” (cf. Hab 2,3; Rm 1,17; Hb 11,6).
Ogrande doutor da Igreja, Santo Agostinho, compara os outros santos às estrelas, e São José ele o compara ao Sol. Para esse grande santo, Deus confiou Suas riquezas: Jesus e a Virgem Maria. Por isso, o Papa Pio IX, em 1870, declarou São José Padroeiro da Igreja Universal com o decreto “Quemadmodum Deus”. Leão XIII, na Encíclica “Quanquam Pluries”, propôs que ele fosse tido como “advogado dos lares cristãos”. Pio XII o declarou como “exemplo para todos os trabalhadores” e fixou o dia 1º de maio como festa ao José Trabalhador.
São José foi pai verdadeiro de Jesus, não pela carne, mas pelo coração; protegeu o Menino das mãos assassinas de Herodes, o Grande, e ensinou-lhe o caminho do trabalho. O Senhor não se envergonhou de ser chamado “filho do carpinteiro”. Naquela rude carpintaria de Nazaré Ele trabalhou até iniciar Sua vida pública, mostrando-nos que o trabalho é redentor.
Santa Teresa de Ávila (1515-1582), a primeira doutora da Igreja, a reformadora do Carmelo, disse: “Quem não achar mestre que lhe ensine a orar, tome São José por mestre e não errará o caminho”. E declarava que: em todas as suas festas lhe fazia um pedido e que nunca deixou de ser atendida. Ensinava ainda que cada santo nos socorre em uma determinada necessidade, mas que São José nos socorre em todas.
Vida exemplar
Na história da salvação coube a São José dar a Jesus um nome, fazendo-O descendente da linhagem de Davi, como era necessário para cumprir as promessas divinas. A José coube a honra e a glória de dar o nome a Jesus na Sua circuncisão. O Anjo disse-lhe: “Ela dará à luz um filho e tu o chamarás com o nome de Jesus, pois ele salvará o seu povo dos seus pecados” (Mt 1,21).
A vida exemplar desse grande santo da Igreja é exemplo para todos nós. Num tempo de crise de autoridade paterna, na qual os pais já não conseguem “conquistar seus filhos” e fazerem-se obedecer, o exemplo do Menino Jesus submisso a seu pai torna-se urgente. Isso mostra-nos a enorme importância do pai na vida dos filhos. Se o Filho de Deus quis ter um pai, ao menos adotivo, neste mundo, o que dizer de muitos filhos que crescem sem o genitor? O que dizer de tantos “filhos órfãos de pais vivos” que existem no Brasil, como nos disse (aqui mesmo, em 1997) o Papa João
Paulo II? São José é o modelo de pai presente e atencioso, de esposo amoroso e fiel.
Não é sem razão que a Igreja, no meio da Quaresma, tira o roxo no dia 19 de março e coloca o branco na Liturgia para celebrar a festa de São José, esposo da Virgem Maria. Entre todos os homens do seu tempo, Deus escolheu o glorioso São José para ser pai adotivo do Seu Filho divino e humanado. E Jesus lhe era submisso, como mostra São Lucas.
Em 1870, o Papa Pio IX declarou José como patrono da Igreja Universal e instituiu outra festa, uma solenidade com uma oitava, a ser realizada em sua homenagem na quarta-feira, na segunda semana após a Páscoa. A festa de 1870 foi substituída no Calendário Romano Geral do Papa Pio XII, em 1955, pela Festa de “São José Operário”, a ser comemorada em 1º de maio. Essa data coincide com o Dia Internacional dos Trabalhadores, desde a década de 1890, e reflete o status de José como santo padroeiro dos trabalhadores.
Magistério
Em 1870, no Decreto QUEMADMODUM DEUS, o Papa Pio IX proclamou São José como Patrono da
Igreja à Cidade e ao Mundo. Logo após, em 1871, o mesmo Papa, na INCLYTUM PATRIARCHAM, Carta Apostólica, concedeu as prerrogativas litúrgicas dos Patriarcas às festas de São José para Perpétua Memória. Em 1889, o Papa Leão XIII emitiu a encíclica Quamquam Pluries, em que pedia aos católicos que rezassem a São José, como patrono da Igreja, em vista dos desafios que a Igreja enfrenta.
São José e o Plano da Redenção
Cânon
Em 1989, por ocasião do centenário dos cultos de Quamquam Pluries, o Papa João Paulo II emitiu o Redemptoris Custos (Guardião do Redentor), que apresentava o papel de São José no plano de redenção, como parte dos “documentos de redenção” emitidos por João Paulo II. Em 1962, o Papa João XXIII inseriu o nome de José no cânon da missa, imediatamente após o da Virgem Maria. Em 2013, o Papa Francisco inseriu seu nome nas três outras orações eucarísticas.
Justo
A primeira definição de José, que encontramos no Evangelho de Mateus, é “homem justo”. Diante da inexplicável gravidez da sua noiva, não pensa no próprio orgulho ou na sua dignidade ferida: pelo contrário, pensa salvar Maria da malvadez das pessoas, da lapidação à qual podia ser condenada. Ele não quis repudiá-la publicamente, mas deixá-la em segredo. Porém, um Anjo veio sugerir-lhe a escolha mais justa de não ter medo. “Não temas receber a Maria, tua esposa, porque o que nela está gerado é obra do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e lhe dará o nome de Jesus”.
Obediente e íntimo dos Anjos
Um Anjo acompanha José nos momentos mais difíceis da sua vida; a sua atitude, diante das palavras do Mensageiro celeste, foi de confiante obediência: recebe Maria como sua esposa! E, depois do nascimento de Jesus, o Anjo volta a advertir-lhe sobre o perigo da perseguição de Herodes. Então, de noite, ele fugiu com a sua família para o Egito, um país estrangeiro. Ali, ele deveria começar tudo de novo e procurar um trabalho. E quando o Anjo volta, mais uma vez, para avisar-lhe da morte de Herodes, convidando-o a regressar
para Israel, ele tomou consigo sua mulher e seu filho e se refugiou em Nazaré, na Galileia, sob a orientação do Anjo.
Santo Gertrudes (1256-1302), um grande místico da Saxônia, afirmou que “viu os Anjos inclinarem a cabeça quando no Céu pronunciavam o nome de São José”.
São José: exemplo de simplicidade
Carpinteiro e patrono dos trabalhadores
Mateus, no capítulo 13, fala da sua profissão de carpinteiro, quando os habitantes céticos de Nazaré se perguntam: “Não será este o filho do carpinteiro”? Assim, ele ganha a confiança dos vizinhos. Veem-se nesse grande homem a virtude do trabalho santificado de modo sublime. Ele trabalha e ensina o menino Jesus no serviço. Por isso, se torna modelo para nós, em nossos ofícios.
Pai putativo
Sem dúvida alguma, José amou Jesus com toda a ternura que um pai tem por seu filho: tudo o que José fez foi proteger e educar o misterioso Menino, obediente e sábio, que lhe fora confiado. Educar Jesus: a imensa desconformidade de uma tarefa de dizer ao Filho de Deus o que é justo e o que é injusto.
Deve ter sido difícil para ele, humanamente falando, ter que procurá-lo, com aflição, por três dias, no Templo, onde ele tinha ficado, sem avisar seus pais, para discutir com os doutores, e ter que ouvir daquele menino de doze anos: “Não sabias que devo ocupar-me das coisas do meu Pai?“. Este é um tipo de perplexidade que todo pai sente quando percebe que seus filhos não lhes pertencem e que o destino deles está nas mãos de Deus, por isso ele é modelo de paternidade e intercessor dessas causas.
Patrono dos moribundos
Segundo a tradição, José teria morrido circundado por Jesus e Maria. Por esse motivo, é invocado também como protetor dos moribundos. Tal invocação deve-se a todos nós que gostaríamos de deixar esta terra tendo ao nosso lado Jesus e sua Mãe.
CELEBRAR A FESTA DE SÃO JOSÉ É CELEBRAR A FAMÍLIA
Celebrar a festa de São
José é lembrar de que a família é fundamental para a sociedade e que não pode ser destruída pelas falsas noções de família, “caricaturas de família”, que nada têm a ver com o que Deus quer. É lutar para resgatar a família segundo a vontade e o coração de Deus. Em todos os tempos difíceis os Papas pediram aos fiéis que recorressem a São José; hoje, mais do que nunca é preciso clamar: “São José, valei-nos!”.
Ao falar desse santo, o Papa João Paulo II, na exortação apostólica “Redemptoris Custos” (o protetor do Redentor), de 15 de agosto de 1989, declarou: “Assim como cuidou com amor de Maria e se dedicou com empenho à educação de Jesus Cristo, assim também guarda e protege o seu Corpo Místico, a Igreja” (nº1). “Hoje ainda temos motivos que perduram, para recomendar todos e cada um dos homens a São José (nº 31).
Celebrar a festa de São José é celebrar a vitória da fé e da obediência sobre a rebeldia e a descrença que hoje invadem os lares, a sociedade e até a Igreja. O homem moderno quer liberdade; “é proibido proibir!”; e, nesta loucura, lança a humanidade no caos.
São José, tal como a Virgem Maria, com o seu “sim” a Deus, no meio da noite, preparou a chegada do Salvador. Deus Pai
contou com ele e não foi decepcionado. Que o Altíssimo possa contar também conosco! Cada um de nós também tem uma missão a cumprir no plano divino. E o mais importante é dizer “sim” a Deus como São José. “Despertando, José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado” (Mt 1,24).
Celebrar a festa de São José é celebrar a santidade, a espiritualidade, o silêncio profundo e fértil. O pai adotivo de Jesus entrou mudo e saiu calado, mas nos deixou o Salvador pronto para começar a Sua missão. É como alguém destacou: “O servo que faz muito sem dizer nada; o especial agente secreto de Deus”. Ele é o mestre da oração e da contemplação, da obediência e da fé. Com ele aprendemos a amar a Deus e ao próximo.
São José viveu o que ensinou João Batista: “É preciso que Ele [Jesus] cresça e eu diminua” (Jo 3,30).
FONTES: https://santo.cancaonova.com/santo/sao-jose/ https://formacao.cancaonova.com/igreja/santos/onosso-pai-sao-jose/
A FESTA DE SÃO JOSÉ, NA NOSSA PARÓQUIA
De 09 a 17 de Março de 2023, a Paróquia São José rezou intensamente durante a Novena em Honra à São José. Os fiéis uniram-se para participar da Santa Missa todas as noites, durante os 09 (nove) dias, numa corrente de oração e fé.
Todos os dias, as virtudes e características de São José foram meditadas e objetos abençoados. As missas foram preparadas pelas Pastorais e Grupos de Fiéis da Paróquia, segundo o tema proposto, e presididas a cada dia por um padre diferente.
No dia 09, quinta-feira, primeiro dia da Novena, o Paróco, Pe. Messias, falou sobre São José, Patrono das Famílias, e abençoou as famílias da paróquia, enquanto a Pastoral Familiar e o Grupo do ECC preparam a liturgia da Santa Missa.
foi São José, Patrono dos Enfermos, e os remédios foram abençoados pelo Bispo Dom Fernando.
Foi também o primeiro dia da Quermesse de São José, a chuva atrapalhou um pouco, mas muitos puderam aproveitar e se deliciar com os quitutes e lanches que foram vendidos.
No Domingo, dia 12, quarto dia da Novena, foi celebrado São José, Modelo de Oração e Trabalho, por DomCamilo - padre e Monge Beneditino - que abençoou as carteiras de trabalho, numa missa preparada liturgicamente pelo grupo do Terço dos Homens e a Pastoral da Sobriedade.
Na sexta, dia 10, segundo dia da Novena, a Pastoral da Catequese e os Jovens, uniram-se para preparar a liturgia da Missa, com o tema: São José, Modelo de Pai e educador. O Pe. João de Champs abençoou as Crianças e Jovens da Paróquia.
No sábado, dia 11, terceiro dia da Novena, a saúde foi lembrada pela Pastoral da Saúde e pelo Apostolado da Oração, o tema abordado
Na segunda-feira, dia 13, quinto dia da Novena São José, foi lembrado como Modelo de Intercessor, pelo Grupo de Oração, a bênção oferecida pelo Pe. Pedro foi aos objetos religiosos.
Na terça-feira dia 14, sexto dia da Novena, as Equipes de Festa e Intercessão, nos ajudaram a rezar pelas lideranças religiosas. Dom Mosé falou sobre São José, Homem de Obediência.
Na quarta-feira, dia 15, sétimo dia da Novena, São José, Modelo de Humildade foi observado o Pe. Daniel ofereceu a benção sobre as Velas e Água,a preparação da liturgia foi feita pelas Pastoral do Batismo e Equipe do Dízimo.
Na quinta-feira, dia 16, oitavo dia da Novena, a Pastoral da Caridade e o Grupo De Rua uniram-se para preparar a liturgia da Missa que venerou "São José, Modelo de Serviço aos Mais Carentes". O Padre Zacarias abençoou as Chaves e os alimentos.
ORAÇÃO A SÃO JOSÉ
Na sexta feira, dia 17, foi o último dia da Novena, e São José, foi celebrado como Modelo de Comunhão, os Coroinhas e os Ministros Extraordinários da Comunhão foram responsáveis pela preparação da Liturgia da celebração, que foi presidida pelo Pe. Paulo Lino que abençoou os Pães.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo Glorioso São José, vós que de Deus Eterno recebestes o especial privilégio de nos defender dos espíritos do mal na hora da nossa morte, humildemente Vos suplico, sede atento à prece que Vos dirijo, confiando em Vossos méritos de esposo da Santíssima Virgem Maria, Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Suplico-Vos, bem aventurado São José, pelos Vossos merecimentos, obter do Altíssimo que me seja concedida saúde, a mim e a todos os meus.
Bem sei que por Vosso intermédio, os Vossos devotos alcançaram de Nosso Senhor Jesus Cristo as graças que Vos são solicitadas.
A solenidade de São José foi celebrada, excepcionalmente, no dia 18 de Março, (isso acontece sempre que o dia 19 de Março é Domingo), pelo Padre Marcelo Jordan logo após houve mais uma noite de Festa, com lanches, doces e muita diversão.
Sois o padroeiro de todos os que trabalham e ganham honestamente o seu pão de cada dia. Sois o protetor das criaturas honestas, desambiciosas, pacíficas. Sois o guia dos moribundos e o seu defensor contra as ciladas dos demônios na hora da morte.
Por todos os vossos méritos e graças especiais, de que gozais junto a Nosso Senhor Jesus Cristo, rogo-Vos Castíssimo Esposo de Maria, obter da misericórdia Divina o favor que, pela Vossa intercessão, apresento aos pés de Deus.
(Fazer o pedido)
Mas o Domingo, 19 de Março foi marcado pela presença do Bispo Regional Lapa, D. José Benedito Cardoso, que celebrou o Dia de São José, e abençoou o tradicional Bolo de São José, que foi preparado pelas mãos habilidosas das paroquianas: Cidália, Cristina e Andressa. Continuaremos durante todo o ano, rezando e pedindo a intercessão de São José, para que possamos seguir o seu exemplo e obter as suas virtudes.
Bem aventurado São José, sois o nosso auxiliar e nosso protetor, quando nas tribulações invocamos o Vosso nome. Sede, pois o propicio à minha prece.
Senhor Deus Eterno, Justo e Misericordioso, que estabelecestes São José guardião de Vossa família, aqui na Terra, concedei-nos que, pela interseção sua, sejamos agraciados com o favor que vos rogamos, nós que somos devotos do Vosso Glorioso Santo, esposo da Virgem Maria.
São José, Luz dos patriarcas, orai por nós.
São José defensor de Jesus, orai por nós.
São José, espelho da paciência, rogai por nós.
São José esperança dos enfermos, orai por nós.
São José, patrono dos moribundos, orai por nós.
Em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo. Amém!
IGREJA NO BRASIL
SEMANA SANTA
Antes de dissertar sobre o tema, separamos uma dúvida que paira sempre na cabeça de muitas pessoas que não são frequentadoras dessa histórica tradição.
Carne: pode comer?
Um dos principais mandamentos da Semana Santa, principalmente na Sexta-feira Santa, dois dias antes da Páscoa, é não comer carne vermelha ou frango. Essa tradição foi passada de geração em geração, e muitas pessoas ainda mantêm o hábito de substituir a carne pelo peixe. A origem da prática seria na Idade Média, época na qual o consumo de carne vermelha era restrito apenas aos nobres, e o povo associava este hábito à gula e à luxúria. Entretanto, a Igreja Católica não adota mais o termo “proibido” quanto ao costume. Assim, a abstinência da carne vermelha durante o
DOMINGO DE RAMOS
período é uma escolha do cidadão, tradição que ainda segue para muitas famílias.
Uma curiosidade sobre o ato é que, se o Código de Direito Canônico do Vaticano fosse seguido à risca, os católicos não deveriam comer carne em todas as sextas-feiras do ano, além da Quartafeira de Cinzas – após o Carnaval. De acordo com o documento, as sextas-feiras devem ser reservadas para a penitência dos fiéis.
A Semana Santa é iniciada com o Domingo de Ramos, no qual relembramos e celebramos a entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém, dias antes de sofrer sua Paixão, Morte e Ressurreição.
O Significado
A denominação Domingo de Ramos tem origem na história sobre o povo de Jerusalém que cortou ramos de árvores, ramagens e folhas de palmeiras para cobrir o chão onde Jesus Cristo passaria, montado em seu jumentinho. Além disso, com folhas de palmeiras nas mãos, o povo o aclamava com os dizeres:
“Rei dos Judeus, Hosana ao Filho de Davi, Salve o Messias...”
A conspiração
A entrada triunfante de Jesus em Jerusalém despertou nos sacerdotes e
mestres da lei muita inveja, desconfiança e medo de perder o poder. A partir disso, foi iniciada uma trama para condenar Jesus à morte.
A mesma multidão que o aclamou, poucos dias depois, ao ser manipulada pelas autoridades religiosas, o acusou de impostor, blasfemador e falso messias. Incitado pelos sacerdotes e mestres da lei, o povo exigiu de Pôncio Pilatos, governador romano da província, a condenação de Jesus à morte.
Os dois evangelhos
A celebração do Domingo de Ramos é proclamada, assim, por dois evangelhos, o que narra a entrada festiva de Jesus em Jerusalém, com grande aclamação do povo; e o que relata os acontecimentos do julgamento de Cristo, o Evangelho da Paixão do Nosso Senhor Jesus.
A liturgia
Com base nisso, o Domingo de Ramos também pode ser chamado de “Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor”. Nele, a liturgia nos relembra e nos convida a celebrar esses acontecimentos da vida de Jesus, que se entregou ao Pai como vítima perfeita e sem mancha, para nos salvar da escravidão do pecado e da morte.
Crer nos acontecimentos da Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo é crer no mistério central da nossa fé, na vida que vence a morte, vencer o mal e também ressuscitar com Cristo e, com Ele Vivo e Vitorioso, viver eternamente. É, por fim, proclamar, nas palavras de São Paulo: Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.
Dúvidas frequentes sobre o Domingo de Ramos
Por que a Missa do Domingo de Ramos começa com uma procissão?
Além de imitar a procissão de Jesus em Jerusalém, a igreja é naturalmente um lugar que simboliza o céu, com a presença de Jesus na Eucaristia.
Ademais, muitas igrejas possuem uma série de degraus. Isso também tem simbolismo, pois elevam nossos olhos (e corações) a Deus, e também nos lembram da subida de Jesus ao Monte Calvário. O sacerdote assume esta função e ascende a um “místico” Monte Calvário para oferecer o sacrifício da Missa, participando no único sacrifício de Jesus na cruz.
Por que usamos palmeiras ou outras plantas na procissão?
Os ramos representam os galhos que as pessoas usaram na entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. “A multidão estendia os mantos pelo caminho, cortava ramos de árvores e espalhava-os pela estrada” (Mateus 21, 8).
Em essência, quando os ramos de palmeira não estão disponíveis, é perfeitamente aceitável encontrar qualquer tipo de ramo para ajudar a celebrar o Domingo de Ramos. De fato, os ramos simbolizam a necessidade de entregar o nosso coração a Jesus, permitindo-lhe acesso ao nosso íntimo. É por isso que, mesmo que você não tenha ramos de nenhum tipo para sua celebração, você ainda pode participar do tema espiritual do Domingo de Ramos.
Por que o padre usa vermelho?
O vermelho é a cor do sangue e simboliza o amor, o fogo, a paixão e o sangue do sacrifício. O vermelho é usado no Domingo de Ramos, na Sexta-feira Santa, em qualquer dia relacionado com a Paixão de Jesus, no Pentecostes e nas festas daqueles que morreram pela fé (mártires).
Por que as imagens são cobertas?
Parece estranho que durante a época mais sagrada do ano os católicos cobrem tudo o que há de belo em suas igrejas, até mesmo o crucifixo. Não deveríamos estar olhando para a cena dolorosa no Calvário enquanto ouvimos a narrativa da Paixão no Domingo de Ramos?
Embora possa parecer contraditório cobrir estátuas e imagens durante a Quaresma, a Igreja Católica recomenda essa prática para aguçar nossos sentidos e construir dentro de nós um anseio pelo Domingo de Páscoa. É uma tradição que não deve acontecer apenas na nossa paróquia local, mas também pode ser uma atividade fecunda para a “igreja doméstica”.
Por que a leitura do Evangelho é tão longa?
Para os católicos romanos, as leituras semanais da missa de domingo são extremamente curtas quando comparadas à narrativa da Paixão que é recitada (ou cantada) todos os anos no Domingo de Ramos. Isso torna o Domingo de Ramos um tanto difícil de assistir para aqueles que têm dificuldade em se posicionar para a proclamação do Evangelho inteiro.
No entanto, você sabia que todos os domingos eram assim na Igreja Primitiva?
Muitos dos primeiros cristãos eram judeus e, portanto, não surpreendentemente, modelaram sua liturgia nos serviços da sinagoga. Isso incluía uma leitura contínua da Sagrada Escritura que era realizada de uma semana para a outra.
Por que a congregação participa da leitura da Paixão?
O Domingo de Ramos abre a Semana Santa com uma recitação solene da Paixão de Jesus, e normalmente cada pessoa tem um papel neste acontecimento. Quando celebrado em uma igreja, os paroquianos assumem o papel da multidão. Isso culmina com toda a congregação dizendo: “Crucifica-o! Crucifica-o!” Neste caso, reconhecemos o papel que nossos pecados têm na crucificação de Jesus e como Jesus sofreu e morreu por nós.
QUINTAFEIRA DE LAVA-PÉS
OLava-pés é um ritual litúrgico realizado, durante a celebração da Quinta-feira Santa, quando se recorda a última ceia do Senhor.
Jesus, ao lavar os pés dos discípulos, quer demonstrar Seu amor por cada um e mostrar a todos que a humildade e o serviço são o centro de Sua mensagem; portanto, esta celebração é a maior explicação para o grande gesto de Jesus, que é a Eucaristia.
O rito do lava-pés não é uma encenação dentro da Missa, mas um gesto litúrgico que repete o mesmo gesto de Jesus. O bispo ou o padre, que lava os pés de algumas pessoas da comunidade, está imitando Jesus no gesto; não como uma peça de teatro, mas como compromisso de estar a serviço da comunidade, para que todos tenham a
O que fazer com os ramos abençoados?
Assim, como os filhos dos Hebreus com ramos de palmeira correram ao encontro de Jesus, somos também nós seus discípulos convidados a direcionar nossos passos e ações para Ele. Portanto, faça o que quiser com os ramos, mas não os jogue fora! Eles são um lembrete deste chamado.
Qual o significado dos Ramos?
Os ramos simbolizam o reconhecimento de Jesus como filho de Deus e nos lembram que também somos filhos de Deus e parte da Igreja, além de reforçar o compromisso de seguir a Cristo. Após as celebrações os ramos podem ser levados para casa como sinal de proteção. Era tradição em algumas famílias queimarem os ramos em tempos de colheitas ou tempestades; e também jogarem em volta da casa para livrar de pestes e bichos peçonhentos.
salvação, como fez Jesus.
Reflexão
Entramos hoje, de modo profundo, no mistério da morte e ressurreição do Senhor. Para que isso seja vivido como desejaríamos, se faz necessário tomar atitudes espirituais apropriadas. A primeira é um recolhimento, um sair de si, em um descentramento, abandonando o que nos é
próprio, como nossos problemas e decisões, para nos abrirmos a uma realidade ainda misteriosa, e que nos será revelada, à medida que estivermos abertos para ela. Jesus padece e merece um amor maior do que agora sinto.
Não deveremos nos fixar tanto nas dores de Jesus, pois isso poderia nos distrair, mas voltar o olhar de nosso coração para o motivo de tal entrega que ele faz de si: o amor de Deus revelado na relação entre o Pai e o Filho.
Nesse sentido a cruz deverá deixar de ser um lugar de suplício e tornar-se o lugar onde brilha a glória de Deus e de onde ela é irradiada para toda a humanidade. Diferentemente da árvore do paraíso, onde o homem disse não a Deus, na árvore da cruz, o homem diz sim ao Pai.
Seguir Jesus Cristo implica em uma união de destino, em que a cruz surge como possível conseqüência de um seguimento fiel.
Na última ceia vemos a entrega livre de Jesus. Na hora da paixão física, na cruz, Jesus já se entregara por completo, fazendo-se obediente até a morte de cruz, sob os sinais do pão que já havia comido e do vinho que já havia bebido; ou sob o sinal das vestes depostas para lavar os pés dos discípulos.
Celebrar a quinta-feira da Ceia do Senhor, não se resume à celebração da Eucaristia, mas celebrar a Eucaristia deveria ser o ápice de um dia, de uma semana que foi marcada pelo êxodo de si mesmo, pelo esvaziar-se, para
permitir que o amor de Deus falasse em nós e por nós. Celebrar a Ceia de Jesus significaria que me despojei de mim mesmo, não só de minhas vestes, e lavei os pés de meus irmãos, isto é, prestei a eles o serviço do amor, do perdão, proporcionando vida de acordo com suas necessidades. Eucaristia éserviço, é partilha de dons, de vida!
SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO
a sexta-feira, celebra-se a paixão (o martírio) e a morte de Cristo. O ofício consiste na adoração do Cristo crucificado - ou Adoração da Cruz -, precedida por leituras da Bíblia e seguida pela comunhão eucarística. Em várias cidades brasileiras, após a celebração acontece a Procissão do Enterro, também conhecida como Procissão do Senhor Morto, em que populares e religiosos percorrem algumas ruas tocando e cantando músicas fúnebres.
NSUGESTÕES DO QUE COMER NA SEXTA-FEIRA SANTA
Procurando ideias do que comer na Sexta-feira Santa? Essa é uma celebração tradicional em quase todos os municípios brasileiros, conhecida também como Sexta-feira da Paixão ou Sexta-Feira Maior, em que todos os cristãos abrem mão de comer carne vermelha e carne de frango e preparam apenas receitas com bacalhau, peixes e outros frutos do mar até o almoço de domingo. Para respeitar o simbolismo do dia, as receitas para Sexta-feira Santa que separamos a seguir seguem a mesma linha de celebração da festa cristã e reúnem ideias como o strogonoff de camarão, a salada de bacalhau com feijão fradinho, o bacalhau à Gomes de Sá e o risoto de frutos do mar com mandioquinha. Experimente uma dessas delícias!
SÁBADO DE ALELUIA
O sábado de aleluia, ou sábado santo, é dia que antecede a ressurreição de Jesus, após ter sido morto na sexta-feira santa. É o momento em que os fiéis se preparam para celebrar a vida de Cristo.
O nome Sábado de Aleluia vem da tradição na Igreja Católica de não dizer “aleluia” na missa durante a Quaresma. No fim do Sábado de Aleluia, finalmente se diz aleluia, para anunciar o início da Páscoa. Segundo diz a Bíblia cristã, o sábado de aleluia foi um dia de muita tristeza para os seguidores de Jesus, pois este havia sido morto e sepultado. Como ninguém esperava a ressurreição, todos passaram o dia em luto e silêncio. Por isso, o sábado santo é entendido como o dia da espera pela volta de Jesus.
Ao final do sábado de aleluia, é celebrada a celebrada a Vigília Pascal, “a mãe de todas as vigílias”. Nessa missa, a vida de Cristo e a esperança são comemoradas. Ao final da vigília, pode-se dizer “glória” e “aleluia”, que foram omitidos durante o período da quaresma.
Vigília Pascal
A vigília se desenvolve em quatro etapas, são elas: Liturgia da luz: nesta etapa se acende o Círio Pascal e realiza-se a Benção do Fogo, que simbolizam Cristo morto e ressuscitado.
Liturgia da palavra: Neste momento são feitas as leituras da Bíblia, mais especificamente cinco leituras de trechos do Antigo Testamento, intercalados por salmos e orações.
Liturgia batismal: Esta etapa fala do batismo ou renascimento, que é um dos principais ensinamentos da páscoa, já que Jesus revive para seus fiéis. Nesse momento acontece a benção da água e a renovação das promessas de batismo.
Eucaristia: Essa é a parte mais importante da noite. É o momento em que acontece a eucaristia, a celebração do corpo e sangue de Jesus, por meio de pão e água. É considerada a eucaristia mais importante do ano, pois está sendo celebrada a ressurreição de Jesus.
O que não se pode fazer no sábado de aleluia?
Segundo a tradição católica, o sábado de aleluia é um dia de reflexão, um momento para estar junto de Maria, mãe de Jesus, que viu o filho morrer e aguarda a ressurreição. Por isso, a ideia é ficar resguardado e orando. O dia deve ser guardado para o senhor, portanto, não convém que os fiéis comam comidas prazerosas, vão à festas ou tomem bebidas alcoólicas.
"O comportamento dos fiéis para o Sábado é de silêncio, não é prevista nenhuma celebração, nenhuma reunião, a não ser a vigília pascal à noite. Vivemos esse dia junto com Maria, a mãe que viu o filho morto e espera a ressurreição"
DOMINGO DE PÁSCOA
"A Páscoa é uma celebração do calendário religioso cristão em memória à crucificação e à ressurreição de Jesus Cristo. A celebração cristã inspirou-se em uma comemoração judaica chamada pesach, que acontecia na mesma época que Jesus supostamente foi crucificado e ressuscitou.
Uma característica bem conhecida da Páscoa é o fato de que sua celebração é móvel, portanto, todo ano ela é realizada em uma data diferente. Os critérios usados para definir essa data foram estabelecidos pelas autoridades da Igreja Católica durante o Concílio de Nicéia, realizado no século IV d.C."
Importância da Páscoa
A Páscoa é, para muitos cristãos, a festa de maior importância do calendário religioso, uma vez que ressalta um acontecimento
de grande importância dentro da fé cristã: a ressurreição — entendida no cristianismo como uma demonstração da divindade de Jesus.
Essa ideia pode ser percebida na Bíblia, uma vez que ela registra uma fala de Paulo, que afirma (em I Coríntios 15:14): “E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé”. Assim, podemos identificar a importância da ressurreição de Jesus dentro da visão religiosa do cristianismo. Desse ponto de vista, foi por meio da ressurreição que a humanidade teve a redenção de seus pecados. Jesus Cristo, portanto, voluntariamente sacrificou-se para redimir a humanidade e dar-lhe uma nova chance de salvação. Uma vez realizado o sacrifício, o poder de Deus teria se manifestado."