01/10/2014 - Variedades - Edição 3.067

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Variedades Cultura, diversão e entretenimento

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Quarta-feira, 1º de outubro de 2014

O trabalho

dos bastidores Apesar do público só ver o artista que está no palco, muitos outros profissionais trabalham para que um show aconteça Vitória Lovat geral1@jornalsemanario.com.br

Q

uando um artista sobe ao palco ele é ovacionado pelos fãs. Músicos, atores ou qualquer outra figura que esteja ali, diante do público, será reconhecido, na maioria das vezes, pelo seu talento e trabalho. No entanto, o que dificilmente é lembrado é a dedicação de quem está por trás das cortinas, os profissionais que chegam no espaço do evento muito antes dos artistas e que trabalham para que tudo esteja perfeito no momento em que começar o espetáculo. Ricardo Piccoli trabalha há 14 anos com organizações de shows e eventos e diz que a profissão é gratificante, mesmo sem o reconhecimento que deveria haver. Ele conta que, junto com sua equipe, carregar cabos e instalar equipamentos se torna muito satisfatório no momento em que se vê o resultado final. Ele lembra que sempre teve o sonho de ingressar no mercado e ter uma oportunidade sendo DJ em casas noturnas. “Eu sempre quis trabalhar com isso, eu gostava de organizar, planejar o áudio e vídeo, então comecei como DJ, onde aprendi muitas coisas sobre a técnica de som”, resgata. Com o aprendizado, Piccoli seguiu na carreira e fundou a DWR, empresa bento-gonçalvense especializada em organização de eventos. Ele destaca que a empresa virou referência na Serra Gaúcha e que ele já planejou o show de muitos cantores e bandas nacionais, como Frejat e Pitty. “É muito satisfatório ver os artistas chegando no local da apresentação e encontrando tudo pronto, da mais alta qualidade e aprovando o trabalho que foi feito. Além de clientes, eu faço muitos amigos de verdade, que se mantêm pra vida toda”, destaca.

Além da organização de grandes shows, a DWR também promove eventos sociais e familiares, como casamentos e festas de 15 anos.

Tecnologia em favor da profissão O trabalho dos bastidores de um show é completamente ligado às novas tecnologias e está sempre evoluindo e modificando. Piccoli diz que, na técnica de som, a digitalização das mesas sonorizadoras foi um dos grandes avanços da profissão. “Com as mesas digitais de som, o processo todo de amplificação ficou mais simples e dá menos preocupação do que antes, já que agora, além do trabalho ser facilitado, os equipamentos chegam com mais qualidade e garantia”, coloca. A tecnologia em iluminação também faz com que os eventos produzidos pela empresa sejam cada vez mais atrativos. Os jogos de luzes e qualidade de imagem dos telões de led, fazem com que os clientes se encantem. “Precisamos estar sempre ligados na novidades do mercado porque o cliente também conhece, então se ele solicitar um equipamento e você não tiver, terá alguns pontos negativos”, relata. Em cada evento, a equipe de trabalho de Piccoli é de, aproximadamente, 20 pessoas. Uma das principais dificuldades, segundo ele, é encontrar profissionais capacitados para atuar, já que a formação de um técnico de som leva, em média, dois anos. “Nós contratamos pessoas que querem trabalhar com isso e, aos poucos, vamos disponibilizando a formação para que, neste período elas sejam profissionais de alta qualidade”, explica. A empresa traz cursos de outras cidades para Bento, ou então, leva os funcionários até a capital para ter a especialização.


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