Após reabertura, Lorena planeja iniciar o restauro do Solar Conde Moreira Lima neste ano

Felipe Rodrigues Freelancer

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Oespaço que viveu um dos mais ilustres nomes da história de Lorena, Conde Moreira Lima, foi reaberto à população. O casarão, interditado ainda durante a pandemia devido às más condições, recebeu reparos e aval, após vistoria. As obras de restauro devem iniciar neste ano, assim como as melhorias no Solar dos Antunes, que deverá ser transformado em um ambiente dedicado à arte e cultura, segundo a Prefeitura de Lorena.

O solar, que abrigou a Casa da Cultura por cerca de 20 anos, retomou as atividades e também os atendimentos relacionados à Secretaria da Cultura, após reparos feitos, a fim de preservar e proporcionar segurança aos servidores e visitantes.

Segundo o secretário da Cultura de Lorena, Leandro Meirinho, antes da reabertura, o casarão

Solar dos Antunes deverá ser transformado em Núcleo de Arte e Cultura passou por uma vistoria feita pela pasta de Obras, que deu o aval. “O telhado do Solar, estava bastante prejudicado, o que comprometia o prédio. Além desse reparo, foram efetuadas limpezas das calhas e em locais que empoçavam água e provocavam umidade. No entanto, alguns cômodos, os mais comprometidos, estão sendo mantidos fechados”, explicou. Em relação à restauração, apresentado em maio de 2019, mas que até o momento os trabalhos de execução não foram iniciados, Meirinho revela que o projeto está em fase de aguardo de orçamento. “Três empresas realizaram visitas no local. O intuito é iniciarmos pelos pontos críticos, incluindo as partes que caíram o reboco, os escoramentos necessários (para evitar que o tempo volte a danificar o local), além da pintura”. A previsão é de que os trabalhos se iniciem entre setembro e outubro deste ano.

Solar Conde Moreira Lima

A construção de 1832 é feita em taipa de pilão e fachadas, com elementos do ecletismo, trazendo na sua cobertura os beirais, típicos das construções mais antigas. O prédio foi deixado em testamento, pelo próprio Conde, para a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia em 1926. Entretanto, a Prefeitura Municipal adquiriu no valor de R$ 1,3 milhão após a conclusão de um processo administrativo de desapropriação amigável entre as partes. Tombado como patrimônio histórico pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) em 10 de outubro de 1975, mesmo ano que ocorreu o último restauro, as obras no Solar deverão ser faseadas, conforme os recursos sendo captados.

Outro patrimônio de Lorena que requer atenção é o Solar Baptista D’Azeve- do, também conhecido por ‘Solar dos Antunes’. O chefe da pasta da Cultura ressalta que a gestão deseja transformá-lo em Núcleo de Arte e Cultura (NAC). “Recentemente realizamos uma limpeza externa e interna no local. O casarão necessita de reparos específicos, como a parte elétrica, forro e pintura, por exemplo”. Meirinho explica que até setembro, as obras deverão ser iniciadas. “Acreditamos que no início de 2024, o solar esteja em funcionamento”, prevê.

Solar Baptista D’Azevedo O Casarão foi fundado em 25 de janeiro de 1832, data de casamento dos primeiros proprietários, Dona Emigdia D’As - sumpção e João Baptista D’Azevedo. Em 1941 o espaço foi restaurado pelo neto do casal, João Baptista D’Azevedo Antunes. Atualmente, também conhecido por Solar da Dona Mariazinha Pinto Antunes foi adquirido pelo Executivo em outubro de 2020, no final da gestão de Fábio Marcondes.

Trata-se de uma área de 3.119.20m², sendo 670m² apenas de construção. Localizado na região central, o terreno possui espécies raras de árvores e teve o investimento de R$ 1,6 milhão. O local, que sempre instigou e gerou curiosidades, está desabitado há seis anos. O Solar é mobiliado e decorado com peças autênticas e com arquitetura de época. Por fim, o secretário de Cultura de Lorena afirma que os reparos iniciais, em ambos solares, serão conduzidos com recursos próprios do município. “Apesar do termo (de Intenções para Restauração e Ampliação do Solar Conde de Moreira Lima) que temos com a Fundação Olga de Sá, os trabalhos serão iniciados pela Prefeitura devido à urgência e apelo da população, uma vez que o prazo desse acordo é de 75 meses, algo norma referente a situação, porém longo”, finalizou. O funcionamento da Secretaria no local é de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

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