Comovi Salu

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COMO

Salu POR Toni Braga



INTRODUÇÃO LABORATÓRIO ELE QUE ME LEVOU FOLGAZÃO VIAGENS SALU POETA LEGENDAS AGRADECIMENTOS

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INTRODUÇÃO Manoel Salustiano Soares - o “Mestre Salu”

nasceu no dia 12 de novembro de 1945, no Engenho Oiteiro Alto, Cidade de Aliança, Zona da Mata Norte de Pernambuco. Filho de Dona Maria Tertonila da Conceição e Seu João Salustiano Soares, rabequeiro respeitado na mesma região, Mestre Salu teve uma infância muito sofrida no campo, cortando cana, limpando mato, carreando, cambitando, lá no engenho. Sempre lutava toda semana no campo e no fim-desemana tinha preocupação de ir para os espetáculos populares como Cavalo Marinho e Mamulengo, Ciranda e Maracatu. Conseguiu por si só transformar o terreiro de chão batido em palco de grandes espetáculos, e diferentes espetáculos, ora iluminados com a luz do candeeiro, ora iluminados com o clarão de refletores. No interior, na capital, em outros estados e países: Cuba, Estados Unidos, Bolívia, França… Lugares diferentes, com espetáculos diferentes, e com artistas iguais, basicamente da mesma origem, que tanto engolem a fumaça quente dos solos saturados da cana-deaçúcar, como respiram a fictícia fumaça de gelo seco nas grandes capitais.

Toni Braga nasceu no dia 12 de novembro de

1945, em Recife, Cidade de Aliança, Zona da Mata Norte de Pernambuco. Filho de Dona Maria Tertonila da Conceição e Seu João Salustiano Soares, rabequeiro respeitado na mesma região, Mestre Salu teve uma infância muito sofrida no campo, cortando cana, limpando mato, carreando, cambitando, lá no engenho. Sempre lutava toda semana no campo e no fim-de-semana tinha preocupação de ir para os espetáculos populares como Cavalo Marinho e Mamulengo, Ciranda e Maracatu. Conseguiu por si só transformar o terreiro de chão batido em palco de grandes espetáculos, e diferentes espetáculos, ora iluminados com a luz do candeeiro, ora iluminados com o clarão de refletores. No interior, na capital, em outros estados e países: Cuba, Estados Unidos, Bolívia, França… Lugares diferentes, com espetáculos diferentes, e com artistas iguais, basicamente da mesma origem, que tanto engolem a fumaça quente dos solos saturados da cana-deaçúcar, como respiram a fictícia fumaça de gelo seco nas grandes capitais.

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LABORATÓRIO


Mestre Salustiano com Nelson da Rabeca na fรกbrica de rabeca

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Oficina de Rabeca no terraรงo da sua casa


Oficina de Rabeca no terraรงo da sua casa

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MatĂŠria para programa de J. Ferreira


Da esquerda para direita Maciel / Salu / a ent達o prefeita Jacilda urquisa e Leda Alves

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Manoel Salustiano Soares é o retrato vivo do maracatu rural pernambucano. Quer dizer, não só disso. Motorista profissional, artesão, fabricante de rabecas, mestre em vários folguedos e vendedor de galinhas de capoeira, Mestre Salustiano é uma espécie de multimídia da cultura popular. 09


ELE QUE ME LEVOU


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Rock’in Rio III com Marcos Frota a direita


Mestre Salustiano influenciou uma série de artistas pernambucanos como Siba, Chico Science e Antônio Nóbrega. Nascido em Aliança, Zona da Mata de Pernambuco, o artista sempre lutou pela preservação das manifestações culturais da Zona da Mata, como ciranda, coco, maracatu e caboclinho. Apesar de ser um dos artistas mais influentes da cultura popular pernambucana, Salustiano gravou apenas quatro álbuns em mais de 50 anos de carreira: “Sonho da rabeca”, “As três gerações”, “Cavalomarinho”, e “Mestre Salu e a sua rabeca encantada”. Em 2007, Salustiano recebeu o título de Patrimônio vivo de Pernambuco. Ele também participou das mini-séries da Rede Globo “A Pedra do Reino” e “Hoje É Dia de Maria”. Autografando seu primeiro cd “Sonho da Rabeca”

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Wagner Campos e Mestre Salustiano


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Salu e Silvério Pessoa nas gravções “Moro no Brasil


Ant么nio Carlos N贸brega e Mestre Salu na casa da rabeca

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“Antigamente no interior era assim, bom dia, boa tarde, sim sinhô, inhô sim... Aqui, não: é vossa excelência, ilustríssimo senhor, quem sabe lá o que é isso, ilustríssimo... Hoje eu já tenho recebido elogio do povo de que eu falo bem, e aí eu digo que não, que eu não sou dessas pessoas desenvolvidas pra falar. Mas pra vista do que eu era na cidade de interior, eu acho que aprendi alguma coisa. Não foi fácil chegar aonde eu cheguei, eu, um homem semi-analfabeto... Vim aprender a ler aqui no Recife, depois dos vinte anos. Até os vinte anos, não sabia um o.” 17

Salu e Hermino Belo de Carvalho


Recebendo a “Comenda do Mérito Cultural Brasileiro” do então Pres. Fernando Henrique

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O ent達o Ministro da Cultura Francisco Welfort


Mestre Salustiano / Luciana Santos / Gilberto Gil / Ariano Suassuna

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Paquito de Ribviera / N Sei/ Mestre Salustiano / Thiago de Oliveira


Carlinhos Brown / Salu / Antulio Madureira

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LaĂ­lson faz caricatura do mestre


FOLGAZテグ


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Cleiton e Maciel(mestres do maracatu Piaba de Ouro) no encontro de Maracatu

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Encontro de Cavalo-Marinho


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Eu botei na cabeça de fazer o Sonho da Rabeca, já sei que a partir deste momento nenhum cavalo-marinho, nenhum maracatu, nenhum mamulengo, nenhum pastoril vai ter condições de sobreviver com as suas apresentações de uma noite inteira. Eu tenho que inventar uma maneira de juntar tudinho e apresentar o que eu sei fazer ao povo. Tenho que inventar isso aí! Minha saída foi essa. O Sonho da Rabeca mostra todo o meu trabalho cultural, tudo aquilo que eu aprendi a fazer. Tudo num espaço só, dentro de uma hora e meia de show, e o povo fica com gosto de quero mais. Já que não tão mais mantendo a tradição, não tão ligando mais pra contratar uma brincadeira pra o povo passar a noite vendo, aí a gente passa uma sequência pra o povo não esquecer, não tirar da memória. Isso foi importante, isso pegou. Até disco gravado nós já temos.

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Dinda filho de mestre Salu

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“O povo tá vendendo foto de maracatu, e o dono do maracatu, recebe com isso o quê? Ou na época do carnaval o povo pega imagem da gente na rua e leva, ninguém dá autorização mas eles levam, pegam escondido, e a gente não pode nem dizer quem é nem quem foi. Eles tinham obrigação de dar satisfação, porque pegar a imagem dos outros, influir com ela e não dar nenhuma satisfação, é desonestidade”, Eles falam que televisão não paga nada a ninguém, apois se não paga, então não tem direito de mostrar. Quando chega perto de carnaval, pegam e usam os caboclos de lança por imagem, por efeito. Mostra só porque é bonito, fazem do caboclo um macaco. ‘Mas é bonitinho... Bonitinho é macaco! É isso que eles fazem, isso aí eu sou revoltado com essas coisas. A eles interessa demais cultura popular quando é pra satisfazer os interesses políticos deles, aí eles usam aquele espelho, aquela imagem”.

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Encontro de maricatu espaรงo Ilumiara Zumbi

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“tudo que a gente tem numa coisa que é tradição, depende logo de cores, do feitio da roupa, o feitio da indumentária. Pode mudar o material, mas o formato tem que ser o mesmo. O número de pessoas depende dos personagens que se bota, pode até aumentar com os acompanhantes, pode vir do jeito que vir, até personagem de outro brinquedo pode ser tudo acoplado dentro, e os iniciantes de qualquer jeito tá bom. 33


O importante é ter o suporte lá na frente, se o suporte tá na frente não tem nada errado, tá tudo bom, quem vier atrás tá sendo arrastado, não tem problema. Pode vir americano, pode vir espanhol, pode vir alemão, não tem problema nenhum. Pode participar, mas tá sabendo que o eixo tá na frente, que o comando tá com o boca de trincheira, o puxador de cordão, o mestre, contramestre, dama de paço, rei, rainha. São os cabeças, e a gente não pode misturar as bolas, não”. 34


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Encontro nao espaรงo Ilumiara Zumbi


VIAGENS


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Acre - AC na turnĂŞ Sonora Brasil


Congresso de Austronรกtica no Rio de Janeiro

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Palco da Cultura Popular FIG - 2003


Rock’in Rio III

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50 Anos de Cultura Popular No Brasil (Todo Mundo Viu)

Mas não é à toa 50 anos de cultura popular no Brasil Todo mundo viu Fui ao exterior As meninas disse: eu também vou Eu com a minha rabeca eu cheguei lá e fiz show...

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Pai de quinze filhos de nove mulheres, Mestre Salu mantém a tradição de repassar para os seus filhos a essência da arte, os ensinamentos recebidos do seu pai. Garboso, relata que recebeu a orientação de nove mestres de diferentes brincadeiras: Ciranda, Cavalo Marinho e Maracatu. Certamente, foi a influência dessas pessoas que fez de Mestre Salustiano um artista diversificado, com conhecimento e criatividade para renovar e inovar as brincadeiras. 43


SALU POETA


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Entrevista para o MIAC - Salvador - BA


Medalha de Mérito Fundação Joaquim Nabuco

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Salu na rabeca é bom, Igual doce de caju. Não tenho inveja de tu, Quem quiser luxar que luxe. Eu sou o tampa de Crush, Cantando Maracatu!



LEGENDAS Pg.

| Descrição

Capa | Salu nas filmagens “O Brincante Salu” Contra | Salu nas filmagens “O Brincante Salu”

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AGRADECIMENTOS Manoel Salustiano Soares - o “Mestre Salu”

nasceu no dia 12 de novembro de 1945, no Engenho Oiteiro Alto, Cidade de Aliança, Zona da Mata Norte de Pernambuco. Filho de Dona Maria Tertonila da Conceição e Seu João Salustiano Soares, rabequeiro respeitado na mesma região, Mestre Salu teve uma infância muito sofrida no campo, cortando cana, limpando mato, carreando, cambitando, lá no engenho. Sempre lutava toda semana no campo e no fim-desemana tinha preocupação de ir para os espetáculos populares como Cavalo Marinho e Mamulengo, Ciranda e Maracatu. Conseguiu por si só transformar o terreiro de chão batido em palco de grandes espetáculos, e diferentes espetáculos, ora iluminados com a luz do candeeiro, ora iluminados com o clarão de refletores. No interior, na capital, em outros estados e países: Cuba, Estados Unidos, Bolívia, França… Lugares diferentes, com espetáculos diferentes, e com artistas iguais, basicamente da mesma origem, que tanto engolem a fumaça quente dos solos saturados da cana-deaçúcar, como respiram a fictícia fumaça de gelo seco nas grandes capitais.

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CRÉDITOS Manoel Salustiano Soares - o “Mestre Salu” nasceu no dia 12 de novembro de 1945, no Engenho Oiteiro Alto, Cidade de Aliança, Zona da Mata Norte de Pernambuco. Filho de Dona Maria Tertonila da Conceição e Seu João Salustiano Soares, rabequeiro respeitado na mesma região, Mestre Salu teve uma infância muito sofrida no campo, cortando cana, limpando mato, carreando, cambitando, lá no engenho. Sempre lutava toda semana no campo e no fim-desemana tinha preocupação de ir para os espetáculos populares como Cavalo Marinho e Mamulengo, Ciranda e Maracatu. Conseguiu por si só transformar o terreiro de chão batido em palco de grandes espetáculos, e diferentes espetáculos, ora iluminados com a luz do candeeiro, ora iluminados com o clarão de refletores. No interior, na capital, em outros estados e países: Cuba, Estados Unidos, Bolívia, França… Lugares diferentes, com espetáculos diferentes, e com artistas iguais, basicamente da mesma origem, que tanto engolem a fumaça quente dos solos saturados da cana-deaçúcar, como respiram a fictícia fumaça de gelo seco nas grandes capitais.




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