4 minute read

Feira da Maçã Bravo de Esmolfe regressa ao Parque de Exposições

No dia 10 de Outubro, em Penalva do Castelo

Advertisement

O Parque de Exposições de Esmolfe volta a ser o palco da Feira da Maçã, cujo nome está associado a esta freguesia do concelho de Penalva do Castelo. Num ano de produção normal, a realização do certame visa ajudar os produtores a escoar a fruta, estando previsto que mais de 10 toneladas de maçã Bravo de Esmolfe sejam transacionadas durante aquele dia. Para além da Maçã, o certame é também uma mostra de outros produtos do concelho, nomeadamente o vinho, o mel, enchidos, queijos e outros produtos da terra.

Em conversa com a Gazeta Rural, o presidente da Câmara de Penalva do Castelo, Francisco Carvalho, diz que a feira vai realizar-se “com algumas restrições” e com “algumas adaptações no recinto”.

Gazeta Rural (GR): Depois da pandemia, a Feira da Maça regressa ao parque de Exposições de Esmolfe?

Francisco Carvalho (FC): Vamos realizar a Feira com algumas restrições, pois entendo que não era justo sacrificarmos os produtores mais um ano sem este evento. Haverá algumas adaptações no recinto e vamos fazer a feira de forma muito semelhante ao último ano antes da pandemia. Haverá stands de produtores de maçã, das associações e dos produtores de vinhos e outros produtos do concelho. Haverá algumas regras de distanciamento e de proteção contra o Covid. No recinto haverá um corredor de circulação de forma que as pessoas não se cruzem.

GR: Já falou com os produtores. Como será a campanha deste ano?

FC: Há mais maçã que nos anos anteriores e, em termos de maturação, estão na época certa. A data da realização da Feira foram os agricultores que a marcaram, pois disseram que nessa altura a maçã estaria no ponto ideal para ser comercializada.

GR: Tem uma estimativa da quantidade de maçã Bravo de Esmolfe no concelho?

FC: O que ouvi dos produtores é que a campanha deste ano será igual a 2019. Garantidamente não faltará fruta na feira. Na última feira presencial foram comercializadas cerca de 10 toneladas de maçã.

FC: Apareceram mais alguns, mas não podemos dizer que estejam ‘cimentados’. O que sabemos é que os produtores que existem plantaram mais pomares e, por via disso, a produção aumentou.

GR: Foi eleito para mais um mandato. Quais as prioridades?

FC: Este será o meu último mandato. Com a experiência acumulada, e tendo em conta que não houve alteração da equipa, queremos fazer mais e melhor. É isso que pretendemos. Esperamos que não haja nenhum incidente, como aconteceu no mandato que está a terminar. Estou a falar da pandemia, da seca e dos incêndios.

Este será um mandato para fechar “com chave de ouro”, não só em termos de concretização dos projectos que estão elaborados, mas para lançar outros. Será o mandato em que quero tornar a vila mais bonita e atractiva. Estamos com regeneração urbana bastante adiantada, nomeadamente com a praça do antigo edifício do município e a Praça Magalhães Coutinho, obras que já estão adjudicadas, bem como a rua 1º de Dezembro, que aguarda apenas o visto do Tribunal de Contas, uma vez que ultrapassa um milhão de euros e já está, também, adjudicada.

Depois disso queremos requalificar o espaço em frente ao edifício da Câmara, nomeadamente a parte poente, em conjunto com a Fonte do Outeiro, que queremos recuperar, bem como a construção do auditório junto à Biblioteca Municipal. Depois, e porque não queremos deixar nenhuma para trás, vamos fazer investimentos em todas as freguesias.

Temos também a empreitada da requalificação do Mosteiro do Santo Sepulcro, com o projeto feito e com a candidatura na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro e na Direcção Regional de Cultura do Centro. Vamos requalificá-lo, alterando a sua nomenclatura de um Monumento de Interesse Público para de Interesse Nacional, porque é um edifício em avançado estado de degradação.

Neste novo mandato teremos que estar muito atentos ao Portugal 20-30 e ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e ver se encontramos uma janela de oportunidade para concluirmos a circular à Vila, que está em Goje e ‘levá-la’ até Esmolfe, à zona empresarial, mas também a ligação de Penalva à A25, através do nó de Chãs de Tavares, obras só possíveis com verbas do PRR.

GR: Concorda que, e tem sido dito, o próximo mandato autárquico é o mais exigente?

FC: Concordo em absoluto. Vai ser um mandato bastante exigente em face da delegação de competências que foram atribuídas às autarquias, nomeadamente nas áreas da saúde e educação. Mas também vai ser exigente porque temos o Portugal 20-20 para concluir, temos o ‘overbooking’ do Portugal 2020, que será ainda uma janela de oportunidade, depois temos já o Portugal 20-30 e o PRR. Vamos ver o que nos cabe.

Sendo um concelho do Interior e de baixa densidade populacional, penso que vamos conseguir, nomeadamente na área social onde houve uma verba adicional, algumas candidaturas para a Santa Casa da Misericórdia, o Lar de Pindo e os ‘Melros’ de Germil, e também para a construção de um novo lar na freguesia de Sezures. Esperamos conseguir ir a esse ‘bolo’ buscar as verbas que nos faltam, pois são equipamentos estruturantes que fazem muita falta ao concelho.

This article is from: