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Manuel Marques foi reeleito presidente da ANCOSE
from Gazeta Rural nº 400
by Gazeta Rural
Na presidência da Associação Nacional de Criadores de Ovinos Serra da Estrela (ANCOSE) desde 2004, Manuel Marques foi reeleito para mais um mandato, no ato eleitoral que teve lugar em Janeiro de 2022.
depois de recuperar a Associação, que encontrou em 2004 em grandes dificuldades financeiras, Manuel Marques diz que, agora que a ANCOSE vai “de vento em popa”, não a quer entregar “à desgraça, como esteve no passado”, tampouco “a franco-atiradores ou aventureiros”.
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O presidente reeleito diz que a ANCOSE “hoje, felizmente, vai de vento em popa, reconhecida nas instituições estatais, pelos seus associados e pela comunidade em geral”, pois quer que “sirva para ajudar os seus associados e os pastores em geral”.
No sentido de ajudar os produtores e pastores da região, Manuel Marques diz que já começou esse trabalho “em 2017, após os incêndios, e este ano com a compra de lã a 1,80 euros, quando a pagavam a 20 cêntimos”.
Porém, sustenta o dirigente, “há ainda muito trabalho a fazer e, nesse sentido, “vamos ter reuniões com a Angus, do grupo Pingo Doce, para escoarmos os borregos e as ovelhas”. “É essa a minha função e o meu combate”, salienta.
Contudo, a sustentabilidade do efetivo ovino da Região Demarcada do Queijo Serra da Estrela, que rondará as 120 mil cabeças, é outra preocupação. Se a Bordaleira Serra da Estrela “está bem”, a Churra Mondegueira “é uma raça em vias de extinção”, pois “continua com um efetivo reduzido”. “Se não nos preocuparmos com estas duas raças, estaremos a hipotecar o futuro da produção de queijo Serra da Estrela”, refere Manuel Marques.
Para além disso, há apoios que o dirigente entende que devem ser revistos. “Queremos que os produtores e pastores sejam tratados como merecem, pois, por exemplo, nas agro-ambientais recebem um subsídio de 15 euros e eu queria que aumentasse, no mínimo, para o dobro”, defende. É que, salienta Manuel Marques, “o queijo Serra da Estrela é dos melhores do mundo e nós não podemos perder este património, tão importante para a nossa região. Esta tradição com séculos não pode acabar”, rematou o dirigente.