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Feira 100% Agrolimiano 2022 em plataforma digital

Em Ponte de Lima de 1 a 28 Fevereiro

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Tal como em 2021, a autarquia minhota aposta na promoção da economia local e nos produtores locais a reerguerem-se através da plataforma mercadoagrolimiano.pt, para escoar os produtos locais.

Em entrevista à Gazeta Rural, o vice-presidente da Câmara de Ponte de Lima diz que a plataforma online oferece “mais de 200 produtos do setor agroalimentar do concelho”.

Paulo Sousa sustenta a necessidade de “tomar medidas, objectivas e claras, para apoiar os setores primário e da restauração”, afetados pela pandemia, p+ois “são fundamentais para o desenvolvimento dos nossos concelhos e dos territórios”.

gazeta Rural (gR): A Agrolimiano 2022 vai realizar-se em modo online?

Paulo Sousa (PS): Sim, durante todo o mês de Fevereiro e coloca ao dispor dos clientes e visitantes mais de 200 produtos, do setor agroalimentar do concelho de Ponte de Lima. Oferecemos um conjunto de mais valias a quem pretender comprar online, nomeada-

O Município de Ponte de Lima continua a apostar no mercado online para a venda de produtos locais. A Feira 100% Agrolimiano regressa em formato digital, durante todo o mês de Fevereiro, com descontos especiais dos melhores produtos de Ponte de Lima.

mente um desconto de 20% a quem adquirir um conjunto de produtos de valor superior a 50 euros, ou podem levantar os produtos diretamente da loja da Coopalima, com um desconto de 10%, onde podem encontrar também cabazes personalizados, em função dos vários produtos.

Ou seja, os visitantes têm a possibilidade de descobrir e degustar inúmeros produtos de vários setores do ramo agroalimentar, como o queijo, vinho, sidra, ao mel, aos enchidos, hortícolas, frutícolas, entre outros. São produtos de grande qualidade, e de valor acrescentado, alguns deles transformados em Ponte de Lima, onde temos empresas de referência nacional nas áreas dos enchidos, do fumeiro, do vinho, do mel e dos chocolates, que estão ao dispor dos visitantes e dos potenciais clientes.

Na verdade, através desta plataforma, que foi iniciada o ano passado por esta altura, foram feitas bastantes vendas, algumas tiveram como destino o mercado da saudade, nomeadamente para França e Alemanha, em que temos empresários nesses países que compram os nossos produtos através desta plataforma, que enriquecem a memória e são uma mais-valia do nosso território. Quem está longe adquire estes produtos, que relembram as suas origens e que assim têm oportunidade de ter verdadeiras experiências enogastronómicas com os seus amigos e familiares. Este é o desafio aos potenciais clientes e visitantes do Mercado Agrolimiano.

gR: Não é a mesma coisa, uma feira presencial de uma feira online, mas é uma forma de ajudar os produtores locais a escoarem os seus produtos?

PS: Exatamente. O objetivo é estruturar, no sentido de termos uma plataforma que concentre toda a oferta do ramo agroalimentar e estimular as suas vendas. Sabemos que a feira física, e presencial junto da comunidade local, tem outra abrangência, mas através da plataforma online conseguimos chegar a outros públicos e a outros mercados, mas é neste binómio, em face da pandemia, que temos que lidar e encontrar soluções, que vão de encontro às expectativas, não só dos nossos produtores e empresários, mas também junto dos clientes e visitantes que gostam de comprar e descobrir os nossos produtos. Há produtores a apresentar e a colocar no mercado novos produtos, de qualidade, alguns já premiados, de valor acrescentado, e que, estou certo, farão grande diferença à mesa, não só pela sua qualidade e tradição, pelo caráter genuíno e com identidade, duas coisas que também buscamos nesta feira.

gR: Já se torna quase repetitivo falar de pandemia. Contudo, perguntava-lhe como reagiu o setor primário e agroalimentar do concelho nos últimos dois anos?

PS: Afetou bastante, porque o setor da restauração e bebidas foi o mais afetado pelos planos de contingência e isso teve implicações ao nível do consumo no comércio, restauração e bebidas. Por isso, muitos produtores não conseguiram colocar os seus produtos, porque não havia clientes e daí a dificuldade em alguns setores. Houve alguns produtos que não sentiram tanto essa redução da procura, porque o cliente final os compra nas grandes superfícies ou no pequeno comércio.

Contudo, tudo isto acabou por afetar bastante o setor e é necessário que as entidades públicas, a administração central e local, olhem para os setores primário e da restauração e bebidas, que foram bastante penalizados durantes estes dois anos. Temos que encontrar soluções, muitas delas criativas e que não implicam grande esforço financeiro, mas pela atenção que se dá consegue-se reposicionar e estimular o aumento do consumo nos próximos meses, seja através de eventos ou medidas fiscais.

Na verdade, temos que tomar medidas, objectivas e claras, para apoiar estes setores, que são fundamentais para o desenvolvimento dos nossos concelhos e dos territórios, porque tratam da paisagem, empregam pessoas, produzem produtos de grande qualidade, muitas vezes com modelos de grande sustentabilidade, por vezes com grande impacto em termos ambientais e com baixa pegada ecológica. Com isso estamos também a investir no nosso território e nas pessoas que cá vivem. Esse é outros dos objetivos que pretendemos atingir, com a realização deste evento, em modo online.

gR: Falou em eventos que possam estimular o consumo. Já há novidades?

JS: Na verdade temos já previstos um conjunto de iniciativas a curto prazo para ajudar a alavancar estes setores, nomeadamente a restauração, já que em Ponte de Lima temos mais de cem restaurantes, a funcionar diariamente, e isso diz muito da força deste setor no nosso concelho, que emprega largas centenas de pessoas, e que é, por isso, um dos pilares de economia limiana.

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