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Produção de mirtilo na área da COAPE deve superar as 500 toneladas

Segundo Rui Costa, presidente da COAPE

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Produção de mirtilo da região deve superar as 500 toneladas

Os produtores de mirtilo na área da Cooperativa Agropecuária dos Agricultores de Mangualde (COAPE) estão confiante numa boa campanha, que na região deve superar as 500 toneladas, segundo revelou Rui Costa, presidente da cooperativa, em entrevista à Gazeta Rural.

nha e a Polónia colocaram muita fruta no mercado e o preço, ao produtor, chegou a estar muitíssimo baixo, o que nos preocupa bastante. Contudo, como ainda temos alguma margem para o início da companha, a nossa expetativa é que o preço suba, pois nessa altura só haverá fruta em Portugal e na Polónia, pelo que, acreditamos, o ano será positivo.

A preocupação deste responsável prende-se com o baixo preço a que está a ser pago o mirtilo no mercado internacional, fruto do excesso de oferta. Contudo, o dirigente mostra-se convicto que o início da campanha na região, que deverá ocorrer no início de Junho, os preços já estejam estabilizados.

Gazeta Rural (GR): Como está a produção de mirtilo na área da COAPE?

Rui Costa (RC): Do ponto de vista da produção estamos muito bem. Este ano andaremos acima das 500 toneladas, o que julgamos ser excelente, olhando às condições e a forma como as plantas se apresentam nesta altura na nossa região. Por outro lado, estamos preocupados, porque em termos europeus vamos tendo conhecimento que o preço está muito baixo, fruto da grande oferta que existe no mercado, mas também por alguns constrangimentos que a pandemia e, agora, a guerra podem estar a provocar no baixo consumo de fruto nalguns países.

Nesta altura há muita oferta. Sabemos que o norte de África, nomeadamente Marrocos, o sul de Espa-

GR: A produção na região cresceu como esperavam?

RC: Há dez anos houve de facto um ‘boom’ de plantação de pomares de mirtilo. Entretanto, as coisas foram acalmando, mas não deixa de haver todos os anos novos produtores a entrar na fileira, pelo que a nossa expectativa é que a produção na região centro andará próximo nas duas mil toneladas, o que bastante representativo no âmbito das exportações e uma riqueza que não podemos desperdiçar.

GR: Além do mirtilo, a região produz também outros pequenos frutos?

RC: A framboesa representa já uma parte significativa da produção de pequenos frutos no nosso território. E não há mais porque é uma fileira que exige um pouco mais de profissionalismo na cultura, bem como um maior investimento, nomeadamente a construção de tuneis de plástico para proteção. Vamos aguardar pelo quadro do PDR 2030 para perceber se vão existir novas candidaturas desta cultura.

Temos na zona de Mangualde algumas produções de fisális e de goji, mas são situações pontuais. São nichos de mercado muito pequenos e é, para nós, difícil fazer essa gestão, nomeadamente controlar os custos de produção, o transporte do fruto para o mercado e isso pode criar dificuldades competitivas ao produtor.

CIM promove a descoberta de Viseu Dão Lafões ‘Pé Ante Pé’

A Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões, promoveu na Reserva Botânica do Cambarinho, em Vouzela, o arranque da iniciativa “Viseu Dão Lafões Pé Ante Pé”. Esta proposta de ativação da Rede de Percursos Pedestres de Viseu Dão Lafões, desenvolvida em estreita colaboração com os municípios, é composta um calendário de 14 caminhadas (uma por cada município da CIM

Viseu Dão Lafões), com níveis de dificuldade que variam entre o 1 (fácil) e o 2 (médio), com um enquadramento cénico que presenteia, os participantes, com os melhores argumentos naturais da região.

Esta iniciativa é um convite da CIM para que os amantes do turismo natureza e atividades ao ar livre, de todos os pontos do País, descubram o melhor que Viseu Dão Lafões tem para oferecer e, partindo desta experiência se aventurem, percorram e se apaixonem por este magnífico território.

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Açores produzem 600 milhões de litros por ano

Pandemia e guerra estão a criar dificuldades aos produtores de leite açorianos

Os Açores produzem anualmente 600 milhões de litros de leite, o que representa entre 33 a 35% da produção nacional, mas o setor enfrenta “dificuldades” devido à pandemia e à guerra na Ucrânia, alertou o presidente da LactAçores.

“Os Açores produzem 600 milhões de litros de leite e 50% do queijo que é produzido a nível nacional é de origem açoriana. Temos produtos criados na excelência da nossa natureza. Mas, a pandemia de Covid-19 e a guerra criaram dificuldades ao setor”, afirmou Pedro Tavares, presidente da LactAçores, formada pela união de três cooperativas.

A LactAçores é uma União de Cooperativas produtoras de lacticínios e integra a Unileite (São Miguel), Uniqueijo (São Jorge) e Calf (Faial). Comercializa os produtos das três cooperativas associadas, como leite, natas, queijo e manteiga. O presidente da LactAçores destacou o peso do setor para a economia regional numa altura em que se colocam novos desafios devido à pandemia, que provocou instabilidade comercial e alteração de hábitos dos consumidores, e, mais recentemente, a guerra na Ucrânia que “agravou os custos de produção”.

“O leite tem um grande peso na economia regional, pois contribui de uma forma expressiva para a criação

O presidente da LactAçores apelou ao de emprego e para a promoção do turismo e gastronomia reconhecimento e valorização dos laticí- local”, referiu Pedro Tavares. Segundo o dirigente, neste nios açorianos num momento em que a momento “as dificuldades mais acentuadas” do setor do leite são “os aumentos dos custos de produção a todos os inflação causada pela pandemia e pela níveis”, nomeadamente o preço de fertilizantes, consumíveis guerra aumentaram os custos de pro- para as indústrias de transformação, energia e plásticos. dução. “Ao nível da comercialização, os transportes têm aumentado muito e nós, com a nossa insularidade, acabamos por ter dificuldades acrescidas. Mas, é um desafio que temos de ultrapassar”, disse o dirigente. Destacando as características dos produtos regionais, reconhecidos pela natureza, pelo bem-estar animal e sustentabilidade ambiental, o presidente da LactAçores apelou ao reconhecimento e valorização dos laticínios açorianos. “Apesar de todas estas dificuldades motivadas pela pandemia e pela recente guerra na Ucrânia a estratégia passa por assegurar um rendimento condigno dos nossos associados e é para isso que trabalhamos diariamente”, salientou. Para Pedro Tavares, “o respeito pelo bem-estar animal e pela natureza” permite criar nos Açores produtos de excelência. “O objetivo passa sempre por tentar fazer uma produção o mais sustentável possível e depender o mínimo possível do exterior, já que aumentaram os custos dos cereais que compõem as rações e os transportes”, defendeu o responsável, para quem é também necessário continuar a apostar na promoção dos laticínios, acompanhando as tendências do consumidor. A 1 de Junho assinala-se o Dia Mundial do Leite, o presidente da LactAçores apelou ao consumo de um produto que dá “garantias de qualidade” e que “faz, desde sempre, parte da alimentação”. “O leite é dos mais ricos e completos produtos na cadeia da alimentação. É um produto natural, rico em proteínas, hidratos de carbono, vitaminas, minerais. Além disso, é um alimento versátil na sua transformação, utilização e consumo, fatores que conferem uma facilidade de integração na nossa alimentação diária”, sublinhou.

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