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Tondela quer louça preta de Molelos no inventário nacional do património imaterial

Município já iniciou o processo de inserção

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Tondela quer louça preta de Molelos no inventário nacional do património imaterial

O Município de Tondela iniciou o processo de inserção da louça preta de Molelos no inventário nacional do património imaterial, que tem como objetivo preservar a identidade desta arte ancestral e todo o seu saber fazer.

A novidade foi dada a conhecer durante a realização da Soenga - recriação da tradição da confeção da louça preta através do método de cozedura redutora - que se realizou em Molelos.

Durante a apresentação do livro “Soenga – Um relatório sobre um processo histórico de cerâmica em Molelos”, o vice-presidente da Câmara de Tondela, João Carlos Figueiredo, anunciou o início deste processo de classificação com vista à sua preservação e valorização, uma vez que o trabalho vai ser feito de acordo com o método da convenção para a salvaguarda dos bens da UNESCO e com as orientações da Direção-Geral do Património Cultural. “Sendo Molelos o maior centro de olaria preta do país, queremos que lidere um projeto internacional nesta área, nomeadamente com Itália e com Espanha. A apresentação deste livro vem ao encontro desta vontade, tendo em conta que o seu autor é alemão e personifica bem esta nossa vontade de parceria internacional”, realçou o autarca. O livro, apresentado durante o certame, é da autoria de Tobias

Werner, alemão, que há 30 anos conheceu Molelos e ficou deslumbrado com a atividade oleira. A Soenga atraiu, durante estes dois dias, centenas de pessoas até Molelos, mantendo viva a tradição da confeção da louça preta. Para a presidente da Câmara de Tondela, Carla Antunes Borges, “trata-se da recriação de uma prática ancestral, que envolve toda a comunidade de uma forma muito intensa, não só os habitantes de Molelos, mas o concelho inteiro. Há pessoas que participam com interesse académico e científico, fazendo um registo histórico muito importante e relevante”, explicou. “Com este evento queremos dar o devido valor e reconhecimento à louça preta, que ela merece”, rematou a autarca.

A organização da Soenga esteve a cargo do Município de Tondela, com a colaboração da Junta de Freguesia de Molelos e a participação das olarias Artantiga (José e Luís Lourosa), Barraca dos Oleiros (Xana Monteiro e Carlos Lima), Olaria Moderna (António Matos Marques), Olaria Tradicional de Molelos (Maria Fernanda Marques) e Olaria Feitiço da Púcara (António Duarte).

Vai decorrer de 8 a 12 de junho

“Primavera Tondela Parque” oferece experiências para toda a família

O Município de Tondela promove, pela primeira vez, o “Primavera Tondela Parque”, um festival que junta a vertente musical e estética, de 8 a 12 de junho. O programa conta com os músicos Sara Correia, Paulo de Carvalho, Luís Represas, Dany Silva e Luís Portugal.

tra, nesta altura do ano, em todo o seu esplendor e viver experiências culturais durante estes cinco dias”. A presidente da Câmara de Tondela, Carla Antunes Borges, explicou, durante a sua intervenção, que “este evento se enquadra na política de dinamização dos esVera Machado, vereadora responsável pelo pelouro dos eventos, explicou que este é o primeiro ano que o Município de Tondela aposta neste tipo de certame para que “o concelho e a cidade se tornem num grande palco de atração, criando um conceito inovador que oferece a possibilidade às famílias de desfrutarem dos nossos espaços”. O “Primavera Tondela Parque” conta com três palcos dispostos pelo Parque Urbano, onde irão decorrer vários concertos com artistas nacionais e locais. A literatura, o desporto e a animação infantil também estarão em evidência, com destaque para a exposição de artefactos museológicos do Museu Terras de Besteiros e a possibilidade de consulta de livros ao ar livre, da Biblioteca Municipal, criando experiências únicas e dinâmicas durante estes dias. A vereadora referiu ainda que, apesar do Parque Urbano ser o centro principal do festival, este será alargado às artérias da cidade, do Largo Anselmo Ferraz Carvalho à zona histórica, dinamizando também as zonas comerciais, que terão instalações de arte efémera. “O objetivo é que as pessoas possam desfrutar de um evento cultural em comunhão com a natureza, já que o Parque Urbano se enconpaços comerciais, trazendo vida à cidade, através de eventos culturais destinados a várias gerações e a toda a região”. A autarca salientou ainda que este festival coincide com a data da comemoração da língua portuguesa e que, por isso, o festival privilegia artistas nacionais. “Queremos trazer artistas portugueses que também podem enaltecer a nossa língua mãe, envolvendo em simultâneo os nossos artistas locais, em sintonia com as organizações e o movimento associativo que temos no nosso concelho, associando-nos por isso à ACERT e à CIM Viseu Dão Lafões”, acrescentou. “Este evento pretende envolver o público num conjunto rico de experiências, que proporcione a interação entre os participantes e o evento, permitindo que as pessoas possam desfrutar da nossa cidade”, concluiu. O “Primavera Tondela Parque” pauta-se ainda pela sua preocupação com a sustentabilidade em todas as suas vertentes, onde a decoração utilizada será reciclável e reutilizável, uma inovação no concelho de Tondela.

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