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Mais de 660 mil hectares de floresta ardidos na União Europeia desde
from Gazeta Rural nº 413
by Gazeta Rural
Portugal é o terceiro país com mais área ardida Arderam mais de 660 mil hectares de floresta na União Europeia desde janeiro
Área mais afetada pelos incêndios é a Península Ibérica e, embora a época alta dos fogos ainda não tenha terminado, dados relativos à UE mostram a situação mais grave já vivida neste período do ano.
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países mais afetados, segundo os dados do serviço europeu. A França viveu anos piores na década de 1970, antes dos dados europeus normalizados, mas o ano de 2022 é o mais grave dos últimos 16 anos, de acordo com estes números, em grande parte devido a dois incêndios consecutivos em Gironde, no sudoeste do país, onde bombeiros alemães, polacos e austríacos chegaram esta semana como reforços. Só no período de verão, “2022 já é um ano recorde”, disse à France-Presse Jesus San-Miguel, coordenador da EFFIS.
O balanço provisório dos incêndios na União Europeia indica um novo reA seca excecional na Europa, aliada a ondas de calor, facilita o inícorde nesta fase do ano, com já mais de 660.000 hectares ardidos desde cio dos incêndios. Estas condições eram observadas mais frequenjaneiro, sendo Portugal o terceiro país com maior área ardida. temente em países limítrofes do Mar Mediterrâneo, mas “foi exata-
Desde 01 de janeiro, os incêndios devastaram 662.776 hectares de flomente isso que aconteceu na Europa Central”, até agora poupada por restas na União Europeia, de acordo com dados atualizados no domingo estes fenómenos meteorológicos, acrescenta Jesus San-Miguel. pelo Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS), que Por exemplo, a República Checa viu um incêndio devastar mais mantém estatísticas comparáveis desde 2006, graças a imagens de satélite de mil hectares, o que é pouco comparado com outros países, mas do programa Europeu Copernicus. 158 vezes mais do que a média de 2006-2021, quando os incêndios
A área mais afetada pelos incêndios é a Península Ibérica e, embora a époeram insignificantes. ca alta dos incêndios ainda não tenha terminado, os dados relativos à União Na Eslovénia, os bombeiros demoraram mais de dez dias, em juEuropeia mostram a situação mais grave já vivida neste período do ano. O anlho, a controlar o maior incêndio da história recente do país, ajudaterior recorde para a Europa foi em 2017, quando 420.913 hectares tinham dos por uma população tão mobilizada que o governo teve de pedir ardido até 13 de agosto e 988.087 hectares no total do ano, mais de 400.000 aos residentes que deixassem de fazer doações aos bombeiros. num só mês. Na Europa Central, as áreas ardidas são, contudo, ainda reduzi-
A Espanha, com uma grave seca e várias ondas de calor este verão, viu das em comparação com as dezenas de milhares de hectares em 246.278 hectares devastados por incêndios, principalmente na Galiza, no Espanha, França ou Portugal, mas a continuação do aquecimento noroeste. Em termos de áreas ardidas, depois de Espanha são a Roménia global em toda a Europa só deverá acentuar a tendência. (150.528 hectares), Portugal (75.277 hectares) e França (61.289 hectares), os