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Rota da Estrada Nacional 16 é aposta do Turismo do Centro na BTL 2023

Projeto envolve 14 municípios e atravessa o país de Aveiro a Vilar Formoso

Alavancar a economia e potenciar a região centro do país para que se torne “em mais um produto turístico, mas diferenciador”, é o objetivo do projeto da EN16.

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O presidente do Turismo Centro de Portugal colocou como objetivo promover o projeto da Estrada Nacional 16 (EN16), que envolve 14 municípios e atravessa o país, na próxima Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL). “É nosso compromisso, enquanto líderes do consórcio, a Turismo Centro de Portugal, criarmos as condições para no final do primeiro trimestre, na Bolsa de Turismo de Lisboa, em que o Centro de Portugal é o destino nacional convidado de 2023, apresentarmos já o ‘claim’, o ‘statement’, desta campanha, daquilo que vai ser a futura EN16", assumiu Pedro Machado.

Este responsável falava perante vários autarcas da região centro, na Feira de São Mateus, em Viseu, que serviu de palco para a assinatura de um protocolo entre o Turismo Centro de Portugal e as três Comunidades Intermunicipais (CIM) que a EN16 atravessa. O protocolo foi assinado com as CIM da Região de Aveiro, Viseu Dão Lafões e Beiras e Serra da Estrela, tendo em conta que a EN16 atravessa os municípios de Aveiro, Albergaria-A-Velha, Águeda, Sever do Vouga, Oliveira de Frades, Vouzela, São Pedro do Sul, Viseu, Mangualde, Fornos de Algodres,

Celorico da Beira, Guarda, Pinhel e Almeida. Com a assinatura deste documento, o Turismo Centro tem “a responsabilidade de coordenar esta candidatura, quer do ponto de vista da elaboração do plano de comunicação e de marketing da EN16", afirmou Pedro Machado, acrescentando que “cada câmara municipal terá a responsabilidade da obra física que tiver de ser feita. Seja da recuperação do traçado ou da segurança e sinalética ou de aspetos como o tratamento de espaços verdes e não só”.

O Turismo Centro vai também “bater à porta do Instituto de Estradas uma vez que há uma parte da EN16 que apresenta alguns abcessos que é preciso tratar, como é o caso entre Fornos de Algodres e Celorico da Beira, talvez o mais conhecido”.

Um produto turístico diferenciador

O projeto da EN16, que nasceu de uma ideia do presidente da Câmara de Vouzela, Rui Ladeira, tem como “objetivo alavancar a econo-

mia e potenciar a região, à semelhança do que invenção planetária que é o Viriato, pastel”, típico de Viseu, sublinhou acontece com a EN2” para que se “torne em mais Ribau Esteves. Corroborado pelos restantes autarcas, o presidente um produto turístico, mas diferenciador”. A rota tu- de Aveiro defendeu que “é com projetos como este que se combarística que está em preparação “é um produto muito tem as assimetrias inaceitáveis que existem nos 220 km de larguidêntico” ao que já existe em relação à Estrada Na- ra” do país e que a estrada atravessa. cional 2 (EN2). O projeto, que também envolve a Infraestruturas de Portugal, permitirá que futuramente O único projeto que une o litoral ao interior a EN16 faça parte das rotas turísticas nacionais e seja “um ponto de interesse” para os visitantes da região. A EN16, destacaram, “não vai manusear a parte ‘a’ ou ‘b’, mas

Os presidentes das CIM usaram a palavra para de- sim um único projeto que une a todos, do litoral ao interior, e que fenderem que “o interior tem mais qualidade de vida” percorre um conjunto de ofertas, cada uma por si, mas que poque a capital e “é com projetos como este que se evi- dem ser partilhadas, promovidas e vendidas como um só”. ta que o país seja Lisboa e o resto paisagem”, ou que O presidente de Viseu, Fernando Ruas, lembrou que a EN16 “estas regiões se tornem zonas de caça para alguém” “se cruza com a EN2, com as ecopistas e com os Caminhos de das “grandes cidades”. As “qualidades dos diferentes Santiago e, por isso, há uma série de sinergias que podem ser territórios” estiveram em destaque pelos também pre- aproveitadas”. sidentes das câmaras de Viseu, Gouveia e Aveiro, que Também o autarca de Gouveia, Luís Tadeu, lembrou “o turismo querem “evidenciar o que de melhor há” nas suas CIM termal, a gastronomia, os vinhos, todo um conjunto de produtos nas diferentes áreas, seja cultural, patrimonial, ambien- turísticos que passam a ter um novo chapéu que é a EN16” e tal ou gastronómico. que “apesar de todas as dificuldades e da falta de vontade de

Num projeto apelidado por todos como uma “doce olhar para o interior”, os autarcas são “resilientes e o interior é ideia” de Rui Ladeira, “inspirado nos pastéis de Vouzela”, uma terra viva”. Ribau Esteves (Aveiro) afirmou que este “doce conven- A presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvitual, que é dos mais fantásticos do país, dentro de si tem mento Regional (CCDR) do Centro, Isabel Damasceno, apeovos moles”, doce típico da sua cidade. lidada pelos autarcas por “ministra da região”, assumiu-se

“É fantástica esta mistura de verificarmos que a região como “madrinha do projeto” e prometeu “apoiar no que for tem esta plenitude de se misturar e essa mistura, obvia- possível” para o concretizar. mente, é altamente vantajosa para todos, seja para o pastel A EN16 atravessa 14 municípios dos distritos de Guarda, de Vouzela, seja para os ovos moles de Aveiro e podíamos Viseu e Aveiro e tem uma extensão de 220 quilómetros. percorrer a região com doçarias fantásticas, incluindo essa

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