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Cidade holandesa de Haarlem proíbe anúncios de carne em locais públicos

A partir do ano de 2024

Cidade holandesa de Haarlem proíbe anúncios de carne em locais públicos

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A cidade holandesa de Haarlem vai proibir anúncios de carne em espaços públicos a partir de 2024, numa decisão que levantou o debate sobre o impacto climático desta proteína animal. No município de 160 mil habitantes este foi o motivo da proposta elaborada pelo GroenLinks, um partido político verde.

Em resposta à chuva de críticas do setor das carnes a esta medida, Ziggy Klazes, vereadora do GroenLinks que redigiu a proposta, respondeu que “a carne é muito prejudicial ao meio ambiente”, pelo que “não podemos dizer às pessoas que há uma crise climática e incentivá-las a comprar produtos que fazem parte dela”. Admitindo que “há muitas pessoas que consideram a decisão um ultraje”, Ziggy Klazes disse que “também há muitas pessoas que acham a medida positiva”.

Haarlem deve ser a primeira cidade no mundo a tomar este tipo de iniciativa, amparada nos dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que indicam que a pecuária gera mais de 14% de todos os gases de efeito estufa produzidos pelo homem,

incluindo o metano. A decisão holandesa tem defensores noutras latitudes. O presidente da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) disse que “existe uma preocupação mundial quanto aos impactos que os nossos hábitos de consumo podem gerar para o futuro, na verdade, para o nosso presente”. Para Ricardo Laurino, “a alimentação baseada em carnes e derivados animais é um dos pilares urgentes a serem repensados diante de enormes impactos que um simples bife ou copo de leite podem trazer, não só para o meio ambiente, mas para nossa saúde e os próprios animais”.

A decisão da cidade holandesa também foi bem recebida por alguns nutricionistas, considerando que “o impacto positivo da retirada das carnes, do ovo e do leite e seus derivados na alimentação é percebido também pelo corpo”. Além disso, “uma alimentação 100% à base de vegetais, que exclui todos os alimentos de origem animal, não somente é possível como também é comprovadamente uma das formas mais efetivas de cuidar da saúde”, explicam.

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