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Feira de Castro Verde mostra o melhor do mundo rural do concelho

A Feira de Castro 2022 está de regresso, após dois anos de pandemia. A maior e mais emblemática feira tradicional do Sul do país e ponto de encontro e de convívio entre familiares e amigos, comerciantes e fregueses, está de regresso nos dias 14, 15 e 16 de outubro.

Naquele fim-de-semana e, paralelamente à animação da própria Feira, a Câmara de Castro Verde dinamiza um programa cultural que arranca no dia 14, pelas 18 horas, com a abertura da Feira de Produtos Locais, na Rua Fialho de Almeida, e animação de rua com o grupo Next Combo, às 18 e às 21 horas, na Praça da República e ruas da Feira.

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À noite, a Praça da República é palco para diferentes concertos. Após o espetáculo com o popular José Malhoa, pelas 22 horas, sobe ao palco o músico “Mizzy Miles” (23,30 horas), para um concerto que promete muita animação.

No sábado, 15 de outubro, há animação de rua com o grupo PorBatuka, às 11 e às 15 horas; o III Encontro de Castrenses na Diáspora, pelas 12,30 horas, na EB2,3 Dr. António Francisco Colaço, que tem como objetivo reunir num almoço-convívio, os castrenses que vivem fora do concelho.

Sábado, na Praça da República, o grupo “Sangre Ibérico” (22 horas) e o projeto “Route N2” (23,30 horas) são os destaques do programa de animação. A partir da 1 horas, cabe ao DJ Pedro Simões (RFM/FridayBoyz) animar o público presente. No domingo, 16 de outubro, Castro Verde recebe o programa “Somos Portugal” da TVI, a partir das 14 horas, junto à Igreja dos Remédios.

Paralelamente e, ao longo dos três dias, há outras iniciativas a decorrer no âmbito do programa cultural da Feira de Castro, como o já habitual Desfile de Corais, que este ano conta com a participação de cinco grupos; o Encontro de Tocadores de Viola Campaniça, Cante ao Despique e Baldão, que assinala a sua trigésima edição; Folclore Algarvio, com o Rancho Folclórico do Algoz, e a Feira de

Aves, promovida pelo Clube Ornitológico de Castro Verde. Instituída por Filipe II, em 1620, em resposta a uma solicitação feita pelos moradores do concelho que pretendiam obter, com o rendimento dos terrádegos (imposto sobre o terreno ocupado pelas barracas e tendas dos feirantes), os fundos necessários à reconstrução da Igreja das Chagas do Salvador (ou Igreja de Nossa Senhora dos Remédios), a Feira de Castro depressa se tornou a principal feira do sul, primeiro de gado, depois de mil e uma mercadorias, manufaturas e produtos da terra, animando o comércio local e regional. Durante três dias e encerrando, invariavelmente, numa tradição que se perpetua no terceiro domingo de outubro, que originou o dito popular de “tão certo como a Feira de

Castro”, a feira mantém vivos alguns elos com o passado, desde o tradicional arraial de gado à venda dos produtos do pequeno comércio e da indústria familiar, das mantas de lã aos queijos, dos frutos secos aos artefactos da latoaria, das quinquilharias às loiças de barro, das alfaias agrícolas ao mobiliário rústico.

Com o passar dos tempos, a feira acabou por se moldar às exigências do presente e aos ditames da modernidade, tanto no comércio como na indústria do lazer e do divertimento. Porém, continua a mesma no apelo que faz ao convívio, à troca e ao encontro.

Paralelamente à animação da própria feira, é dinamizado um conjunto de iniciativas que têm como referência o valorizar da tradição e do património cultural da região, merecendo destaque o desfile de corais Planície a Cantar ou o Encontro de Tocadores de Viola Campaniça e Cantadores de Despique e Baldão

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