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“Demore-se” em Mora e “deleite-se” com a gastronomia associada à caça

Os pratos à base de carne de caça estão em destaque numa mostra gastronómica, que decorre em Mora até 11 de dezembro, em 10 restaurantes do concelho. Contribuir para o “desenvolvimento turístico e económico” do concelho, através do

“aproveitamento das espécies cinegéticas” existentes na região e da “gastronomia típica de excelência” é o objetivo desta iniciativa. “Demore-se” em Mora e “deleite-se” com a gastronomia local, é o concelho da presidente da Câmara, Paula Chuço.

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Um concelho da presidente da Câmara, Paula Chuço

“Demore-se” em Mora e “deleite-se” com a gastronomia associada à caça

A Mostra Gastronómica da Caça do Concelho de Mora é um evento anual promovido pelo município do distrito de Évora, vai na vigésima sétima edição e já faz parte da tradição gastronómica do concelho, com participação nas quatro freguesias do concelho: Brotas, Cabeção, Mora e Pavia.

Os restaurantes aderentes têm as ementas ‘recheadas’ de pratos que têm como base a carne de caça, nomeadamente de javali, veado, lebre, faisão, tordos, pombo e pato, para ‘aguçar’ o ‘apetite’ de habitantes e turistas.

A presidente da Câmara de Mora, Paula Chuço, realçou que esta mostra gastronómica “permite trazer visitantes ao concelho” e apresentar a “gastronomia de excelência” da região.

“Permite mostrar o que de bem se faz no nosso concelho, assim como dar dinâmica à nossa restauração”, acrescentou a autarca. “Demore-se” em Mora e “deleite-se” com a gastronomia local, é o concelho da autarca.

Gazeta Rural (GR): Ao fim de 26 edições que expectativas tem para esta mostra gastronómica?

Paula Chuço (PC): A Mostra Gastronómica da Caça, com as suas 26 edições, é já um evento regular para a população e para os nossos visitantes, que é aguardado por todos nesta altura do ano.

Esta é a segunda edição organizada pelo atual executivo e, por isso, aquela em que decidimos ser mais ousados. Alteramos a imagem do evento, tornando-a mais moderna. Contudo, procuramos sempre manter a sua essência rústica e medieval, que já associamos a este evento. Com as pequenas alterações introduzidas, esperamos uma Mostra Gastronómica que se mantém igual a ela própria e que se continua a afirmar como um incentivo à restauração do concelho de Mora, promovendo uma relação de proximidade entre estes estabelecimentos e a autarquia.

GR: A gastronomia do concelho é um bom meio de promoção territorial e de atração de pessoas?

PC: A nossa gastronomia é de excelente qualidade, o que

traz diversos visitantes ao concelho. Come-se bem em Brotas, em Cabeção, em Mora e em Pavia. Há pessoas que nos visitam exatamente por saberem que aqui é um sítio onde podem ficar gastronomicamente satisfeitas.

Claro que também ajuda o facto de este ser um concelho com uma localização privilegiada, uma vez que se encontra na Rota da EN2 e a pouco mais de 100 quilómetros de Lisboa.

A isto alia-se ainda o facto de termos locais fantásticos para conhecer, com paisagens deslumbrantes, capazes de transmitir calma e tranquilidade aos que a procuram estas vilas do interior. Exemplo disso é o Parque Ecológico do Gameiro onde, além de uma zona de lazer à beira da água, os visitantes poderão encontrar o passadiço e um posto de observação rodeado pela natureza. Para quem procura um programa mais cultural e/ou educativo, temos também o Fluviário de Mora e o Museu do Megalitismo, que estão abertos para receber todos os curiosos com interesse na fauna fluvial ou no material megalítico.

GR: Nesta mostra, se tivesse de indicar um prato qual aconselharia?

PC: Embora já o tenha referido anteriormente, tenho de voltar a reiterar a qualidade da gastronomia do nosso concelho. Deleito-me com variados pratos e isso torna impossível a escolha de apenas um. Acho que qualquer pessoa que nos visite durante este evento irá, com certeza, compreender a minha dificuldade. Javali assado no forno, arroz de lebre, patê de coelho, veado no forno, tordos fritos, arroz de faisão, ensopado de javali, folhado de caça, chanfana de coelho, arroz de pato bravo, tudo isto é excecional.

GR: Que importância tem a caça para o concelho de Mora?

PC: O concelho de Mora tem uma dinâmica associativa bastante desenvolvida, parte dela associada à caça. Esta é uma atividade que tem ainda grande impacto no concelho e que continua a trazer inúmeras pessoas às nossas terras. O javali e o veado, por exemplo, são duas espécies cuja presença é bastante significativa e, por essa razão, motivam a esta prática desportiva. litismo, um dos locais que tem atraído inúmeros visitantes. À semelhança, temos também diversos monumentos megalíticos distribuídos pelas terras das nossas freguesias, de que é exemplo a Anta de Pavia. Num âmbito mais educativo, os nossos visitantes poderão visitar o Fluviário de Mora, onde ficarão a conhecer as diversas espécies que habitam os rios um pouco por todo o mundo e com especial ênfase na nossa região. Para quem gosta deste contacto mais próximo com a fauna e flora, não se pode deixar de referir o Parque Ecológico do Gameiro, com o passadiço e o posto de observação, assim como a Mata de Cabeção. Mora é ainda um concelho que não deixa de ser visitado por quem faz a EN2 ou pelos que se dedicam ao turismo religioso. A Igreja de Nossa Senhora de Brotas, por exemplo, é um dos nossos ex-líbris, com grande visibilidade.

GR: No que ao património diz respeito, quais os principais pontos de interesse do concelho?

PC: O concelho de Mora é rico em património natural, com paisagens a perder de vista em todas as suas freguesias, assim como em património cultural, que confere a cada uma das suas localidades uma identidade própria. A linha arquitetónica das vilas, com as suas casas baixas e paredes brancas, conferem às terras do concelho um espelho agradável do que é o interior alentejano.

O concelho é ainda rico no seu património megalítico, que nos permite ter conhecimento do território com milhares de anos de história. Foi neste âmbito que nasceu o Museu Interativo do Mega-

GR: Que conselho daria a um turista que vem pela primeira vez a Mora?

PC: Em Mora, demore-se. Este é um conselho que está direcionado para todos os turistas, independentemente das suas características. Seja com preferência em turismo religioso, cultural, natural, gastronómico ou enoturismo, temos resposta para os mais variados interesses. Neste sentido, o que podemos verdadeiramente aconselhar a quem nos visita é que por cá se demore para usufruir de tudo o que temos

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