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recriou a tradição do Leilão das Chouriças e falou-se da importância do pão

A aldeia de Travassos, no concelho de Mondim de Basto, viveu um fim de semana diferente, onde tradições ancestrais foram revisitadas, recuperando a forma de viver de outros tempos, mas vivenciadas no seculo XXI.

O Leilão das Chouriças foi o mote para um fim de semana onde se reviveu a tradição, com o leilão de fumeiro como ponto alto do evento, que atraiu muitos visitantes a esta aldeia nas encostas da Senhora da Graça, mas onde também se falou da importância do pão, não só no plano alimentar, mas também da sua origem.

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“Esta atividade que promovemos nesta aldeia de Travassos tem como grande objetivo valorizar os nossos produtos locais e o pão assume uma importância primordial, porque reconhecemos que nos faz falta no nosso dia a dia”, afirmou Carla Silva, vereadora da Câmara de Mondim de Basto, justificando que, “nesta perspetiva, ao promovermos estes produtos, como o pão e tudo o que lhe está associado, estamos a contribuir para a sua preservação e valorização”.

“Preservar as tradições, valorizar as nossas aldeias e dinamizá-las”

Sobre o Leilão das Chouriças, Carla Silva diz que é um evento que visa “recriar uma tradição das gentes da terra, que, no domingo magro de Carnaval, ofereciam os melhores produtos das suas colheitas para a realização de um leilão, cuja receita revertia a favor da padroeira Santa Bárbara. Este era um ato de louvor, mas também uma prece, porque pediam à Santa Barbara que as próximas colheitas a iniciar na primavera fossem prósperas”, afirmou a autarca, sustentando que “o objetivo, com a realização deste evento, é a preservação das tradições e dos nossos produtos e é a valorização das nossas aldeias e a sua dinamização”.

Travassos é uma aldeia tradicional, “onde a vida ainda corre”, mas “queremos que corra sempre mais, por isso é que estamos a investir nas nossas aldeias, que sofrem algum despovoamento, envelhecimento das populações e alguma falta de dinâmica”. Assim, acrescenta Carla Silva, “compete à Câmara Municipal permitir este investimento e fazer com que esse envelhecimento não se sinta”. “Todas estas ações vão contribuindo para que as nossas aldeias se mantenham vivas e para que as pessoas que nos visitam as valorizem, porque são muito bonitas e seria um dano enorme não investirmos nelas”, salientou.

Alfredo Aires, docente da UTAD, em Mondim de Basto

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